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ESCOLA SECUNDÁRIA DE DOMINGOS SEQUEIRA

ANO LETIVO 2022/23

O Palácio da Ventura
Antero de Quental

Sonho que sou um cavaleiro andante.


Por desertos, por sóis, por noite escura,
Linhas de leitura:
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura! Através da metáfora do “cavaleiro andante” o sujeito
poético enfrenta todas as adversidades até encontrar “o
Mas já desmaio, exausto e vacilante, palácio encantado da ventura” (metáfora de felicidade).
Quebrada a espada já, rota a armadura... A adversativa “mas” desvenda já a frustração das suas
E eis que súbito o avisto, fulgurante intenções. As forças teimam em falhar, o caminho difícil
Na sua pompa e aérea formosura! desgastou-o.

Com grandes golpes bato à porta e brado: Ao chegar ao destino procurado não encontra o que
esperava e sente-se desiludido e sofre com essa
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
frustração.
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d'ouro com fragor...


Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

Estrutura do soneto:
1º - entusiasmo inicial- primeira quadra
2º- desalento- vv. 5 e 6
3º- renascimento da esperança- vv. 7 a 11
4º- expetativa e desilusão final- último terceto

Vocabulário do campo lexical de luta:


cavaleiro, Paladino, espada, armadura, golpes, brado

Recursos expressivos:
Adjetivação: «exausto e vacilante»
Metáfora: «cavaleiro andante»; «sóis»; «o palácio encantado da ventura»
Antítese: «por sóis, por noite escura»
Enumeração: «Por desertos, por sóis, por noite escura»
Apóstrofe: «portas de ouro»
Aliteração do som p/b (consoantes labiais): «bato à porta e brado»

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