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Entendendo o poema:
O eu lírico, apresentado como “eu” e um “fantasma”, que responde nos três últimos versos.
Num ambiente campestre, durante a noite. Há um cavaleiro a galope, numa longa montanha, e
referências ao ambiente noturno – escuridão, treva, noite.
4- Ao lado das imagens que se referem ao mistério e ao sinistro, há palavras / imagens no poema
que fazem referência ao sentimento amoroso erótico. Identifique-as no texto.
O contexto geral do poema, associado ao ritmo, faz com que algumas imagens adquiram conotação
erótica: olhos ardentes, gemidos, lábios frementes, fogo do teu coração.
5- Escrever a paráfrase de um texto consiste em recontar o texto usando suas próprias palavras.
Mesmo quando se trata de poemas, as paráfrases são feitas em parágrafos, não em versos. Esse
procedimento auxilia bastante na compreensão de textos mais simbólicos, em que pode ser difícil
apreender as ideias numa primeira leitura. Com o objetivo de compreender melhor o poema lido,
faça a paráfrase dele.
O sujeito poético parece ser seguido por um cavaleiro que tem nas mãos uma espada suja de
sangue. Esse cavaleiro tem olhos ardentes, lábios frementes, ou seja, vibrantes. Ele não consegue
identificar quem é o cavaleiro e estabelece hipóteses: seria ele o remorso, galopando no vale, por trevas
impuras, pálido como um morto na tumba? Pode ser também alguém que busca vingança, alguém
misterioso, que assombra o sujeito poético. O fantasma responde que é o sonho da esperança do sujeito
poético, uma febre que nunca descansa, um delírio que irá causar a morte do eu lírico.
6- Retome o título do poema. Em sua opinião, ele é adequado? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Pode-se dizer que sim, pois o poema apresenta uma
atmosfera fantasiosa, uma situação que foge aos padrões da realidade, ou seja, uma atmosfera onírica,
isto é, de sonho. Por outro lado, é possível responder que a atmosfera se aproxima à de um pesadelo, já
que as sensações angustiosas são as que predominam ao longo do poema.
Sim. A partir do diálogo entre o “Eu” e o “Fantasma”, é possível inferir que o temor do cavaleiro vem
do medo de amar, de seu erotismo, marcados pela febre, pela angústia. Embora a ideia de morte esteja
muito mais presente no poema que a ideia de amor, que vem subentendida, é possível inferir que é o
amor e a culpa pela ideia de amar, pela descoberta do sexo, representada pela “impureza”, que fazem
com que o “Eu” se sinta delirante, febril.