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Cauê Bastos Celestino

Profª. Maria Bernadete Dos Santos Torres

Estudos Básicos de História – 1T – 2023

Dracena, 19 de março de 2023

Descobrimento do Brasil

“A praia das lágrimas para os que vão.


A terra do prazer para os que voltam.”

No dia 22 de abril de 1500, chegaram à costa, — na altura daquela que,


poucos anos mais tarde, viria a ser chamado de Porto Seguro, formada por nove
naus, três caravelas e uma naveta de mantimentos, a frota marítima de Pedro
Álvares Cabral, após 44 dias de expedição pelos mares do Oceano Atlântico.
Há 522 anos, o navegador português e sua tripulação lidaram com tormentas,
solitude e doenças. Dos 1,5 mil homens que zarparam de Portugal, apenas 500
conseguiram voltar, sãos e salvos, para casa. Fazendo parte da tão famigerada
expedição para o Novo Mundo.
Para os nativos: "alienígenas brancos" buscando contato amistoso. Para os
tripulantes: pardos corados, despidos e curiosos. Foi estimado que na época do
descobrimento, havia entre 500 mil e um milhão de indígenas habitando o litoral
brasileiro. Havendo diversas divisões de tribos e espaços reivindicados, foi a tribo
dos Tupiniquins, a primeira, a receber os lusos desconhecidos.
De todos os embarcadores presentes, Pero Vaz De Caminha se prestou
como o mais engajado em descrever e também analisar os viventes da costa
brasileira. Sendo responsável pelas inúmeras cartas enviadas à corte portuguesa,
sempre com muito entusiasmo e admiração ao retratar figurativamente sobre os
índios.
Das observações tomadas por Caminha, especial foi o momento que um índio
se dirigiu a Cabral, sem perceber que ele era o chefe, diante de nenhuma admiração
e nem veneração, pois não entendiam e nem tomavam conhecimento. Vaz De
Caminha concluiu que aqueles homens pareciam não ter “nenhuma idolatria, crença
ou adoração”. Eis que surgiria o provérbio, defendido mais tarde por outros
cronistas, que os indígenas que não pronunciavam as letras “F”, “L”, “R”, pois, não
possuíam “fé, lei ou rei”.
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Durante cerca de 70 anos foi duradouro a bilateralidade do grupo Tupiniquim


com os lusos brancos. Até que em por volta de 1570, foram todos extintos por
homens liderados pelo recém aposentado Mem De Sá, então Governador-Geral do
Brasil. Havia acabado a hegemonia de interesses, dando início a um ciclo quase que
interminável de exploração e anulamento.
Os primeiros anos do descobrimento do Brasil, foram cercados de aventuras
e peculiaridades entre as raças, tendo sido realizadas incontáveis trocas entre as
duas partes. Contudo, é importante ressaltar o objetivo crucial da frota expedida pelo
rei Dom Manuel I, que foi de se apropriar de novas terras, para além do oriente.
Diante de um encontro formidável, com direito a alfabetização e ao catecismo,
os povos originários se encontravam diante de seres que estavam dispostos a
reivindicar por tudo, menos as suas realidades.

Referências

BUENO. Eduardo, (1998). A Viagem do Descobrimento. Coleção Terra Brasilis.


Volume I
https://dlivros.com/livro/viagem-descobrimento-brasilis-01-eduardo-bueno. (Livro virtual).
(Acesso em 19/03/2023).

BERNARDO. André, (2020). Descobrimento do Brasil: os bastidores da viagem de


44 dias que levou Pedro Álvares Cabral ao país. BBC News Brasil.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51808373#:~:text=A%20frota%20de%20Cabral%20e
ra,e%20uma%20naveta%20de%20mantimentos. (Artigo virtual). (Acesso em 19/03/2023).

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