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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO DESPORTO


CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
APRENDIZAGEM MOTORA

INSTRUMENTOS MOTORES

Docente: Prof. Dra. Shirley Regina de Almeida Batista


Discente: Adrian Henrique da Silva Magalhães
Erick Antonio de Oliveira R.
Jefferson Ruan Batista P.
Jessiane da Silva Coelho
João Victor do Nascimento

Rio Branco, Acre


2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................01
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................02
2.1 Instrumento, autor, ano, objetivo, regras de execução, procedimentos de
aplicação, público-alvo, restrições e normas..........................................02 - 09
3. CONCLUSÃO................................................................................................. 10
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS...........................................................10 -11
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INTRODUÇÃO
A mão é o mais importante órgão sensorial tátil e possui capacidade de
realizar movimentos finos, controle de força e precisão. É utilizada também para a
manipulação e preensão de objetos, tornando-se um instrumento importante para o
desempenho satisfatório das atividades de vida diária por sua capacidade de
executar habilidades de destreza e funções diversas. Barela e colegas (2019)
observaram que crianças e adolescentes necessitam de um tempo maior para
tomada de decisão. Crianças e adolescentes também podem apresentar diferentes
desempenhos na coordenação motora fina que podem estar relacionadas com
outros aspectos desenvolvimentais das crianças (Freitas Júnior et al., 2019).

Esse trabalho aborda a importância de instrumentos que servem para


identificar a aprendizagem da coordenação motora, compreensão do indivíduo e etc.
Onde será apresentado dados de 5 artigos que servem para o público aprender
ainda mais de como é utilizado cada instrumento, sendo possível utilizá-los para
entender capacidades de aprendizado ou melhorar naquilo que é praticado.
Também é importante ressaltar, a aprendizagem motora na utilização desses
instrumentos, pois com elas sabemos algumas desordens motoras que levam o
indivíduo a ter dificuldades de desenvolver determinadas habilidades motoras. Em
muitos casos, essas desordens são observadas na escola, quando se verifica a
dificuldade do aluno de realizar as atividades indicadas, como pintar dentro de
limites. Em outras pessoas essas desordens estão associadas a problemas como
hiperatividade e dificuldade de leitura, sendo fundamental, portanto,
o acompanhamento do indivíduo para seu melhor desenvolvimento.

Segundo os artigos, o principal objetivo do instrumento nove pinos é


comparar o desempenho na tomada de decisão e na coordenação manual de
crianças praticantes de jogos eletrônicos e crianças não praticantes de jogos
eletrônicos. O objetivo do segundo artigo que é sobre o cubo de corrida este estudo
teve por objetivo apresentar normas da tarefa do Cubos de Corsi para uma
população adulta. Na qual é um instrumento análogo ao teste de Span de Dígitos
que avalia o alcance da memória operacional utilizando a alça visuoespacial (Corsi,
1973). O artigo sobre caixa em blocos teve por objetivo principal, a caracterização
do desempenho de destreza manual pelo Teste Caixa e Blocos (TCB) em crianças e
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adolescentes entre 07 a 14 anos. O artigo sobre a Torre de Hanói tem como objetivo
colocar os anéis na haste oposta, movendo um anel de cada vez e não colocar o
anel maior em cima do menor. Já o último artigo, fala sobre o teste de Stroop, na
qual os objetivos deste trabalho foram realizar um estudo de normatização para o
teste de Stroop numa amostra brasileira, tradicionalmente aceita como medida de
atenção seletiva e flexibilidade mental, usando como referência a versão Victoria do
teste, bem como analisar diferenças no desempenho de estudantes de escolas das
redes pública e particular, e também investigar diferenças quanto ao sexo, além de
observar se aumento de idade e anos de escolaridade favorecem um melhor
desempenho no teste.

Alguns instrumentos de avaliação podem ser usados para quantificar o


desempenho da capacidade manual de um indivíduo, como o teste caixa e blocos
(TCB) validado e padronizado por Mathiowetz et al. A resolução do problema requer
o uso da razão: estabelecimento de um objetivo final, planejamento e execução de
uma sequência de etapas lógicas (Sant'Anna e colaboradores, 2007).

Artigo: Obtenção de dados normativos para desempenho no teste de Stroop num


grupo de estudantes do ensino fundamental em Niterói

Instrumento: Stroop

Autor: Maria Teresa Duncan

Ano: 2006

Objetivo: Foi realizar um estudo de normatização para o teste de Stroop numa


amostra brasileira, tradicionalmente aceita como medida de atenção seletiva e
flexibilidade mental, usando como referência a versão Victoria do teste, bem como
analisar diferenças no desempenho de estudantes de escolas das redes pública e
particular, e também investigar diferenças quanto ao sexo, além de observar se
aumento de idade e anos de escolaridade favorecem um melhor desempenho no
teste.

Regras de Execução: O teste compreendia três cartões medindo 18 x 11,5cm,


contendo 24 estímulos cada, impressos sobre fundo branco. O cartão 1 compunha-
se de 24 retângulos dispostos em seis carreiras de quatro itens, observando-se um
espaçamento de 1cm entre as carreiras e 2cm entre os itens. Os retângulos foram
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impressos nas cores verde, rosa, azul e marrom, de modo a que cada cor
aparecesse apenas uma vez por carreira, e num arranjo aleatório. Nesse cartão a
tarefa consistia em nomear as cores dos retângulos o mais rapidamente possível. O
cartão 2 era similar ao 1, exceto pelos estímulos, onde, em lugar dos retângulos,
encontravam-se palavras não relacionadas a conceitos de cor (cada, nunca, hoje,
tudo) impressas em letras maiúsculas, nas cores verde, rosa, azul e marrom
dispostas aleatoriamente. Nesse cartão, a tarefa consistia em nomear as cores das
palavras (ignorando ler as palavras) o mais rapidamente possível. O cartão 3
consistia no cartão interferência, em que os estímulos foram nomes de cores
(marrom, azul, rosa e verde) impressos em letras maiúsculas, nas cores verde, rosa,
azul e marrom, de tal modo que a cor de tinta da impressão e o nome da cor nunca
combinavam (por exemplo, a palavra marrom aparecia impressa nas cores rosa,
verde e azul, mas nunca na cor marrom, e assim por diante). Nesse cartão, o sujeito
era solicitado a nomear as cores de impressão (ignorando ler os nomes das cores)
tão rápido quanto possível. Os três cartões eram apresentados sempre na mesma
ordem (retângulos, palavras comuns e nomes de cores). A exploração dos estímulos
era feita através das linhas, da esquerda para a direita, de cima para baixo,
conforme formato de leitura inglesa. Para cada cartão, o tempo gasto para completar
a tarefa era cronometrado, iniciando a cronometragem logo após o término das
instruções dadas. Acompanhava o instrumento a folha de respostas, que
apresentava espaços específicos para registros do tempo para completar e do
número de erros cometidos para cada cartão

Procedimentos de aplicação: A aplicação do teste foi individual e ocorreu nas


dependências das escolas, em espaços cedidos pelos setores de coordenação
escolar. Inicialmente, realizou-se a entrevista e apresentou-se uma amostra
contendo uma carreira de retângulos, impressos nas cores do instrumento, para
verificar possíveis problemas quanto ao reconhecimento das cores, bem como se o
examinando as nomeava em conformidade com as denominações empregadas no
experimento, O teste foi administrado primeiramente aos alunos da escola particular.
As instruções para o cartão 1 foram expressas nos seguintes termos: “Neste cartão,
você deve nomear as cores dos retângulos o mais rápido que puder”, para os alunos
da escola pública, essa instrução foi mudada, uma vez que eles tiveram dificuldade
para entender o significado da palavra nomear, sendo estabelecida a seguinte
instrução: “Neste cartão, você deve me dizer as cores dos retângulos o mais rápido
que puder”. Após essa instrução, o cartão 1 era colocado sobre a mesa, diante do
examinando.
Com o cartão 2 nas mãos, com seu verso voltado para o examinando,
o examinador dizia: “Neste cartão, você deve nomear as cores das palavras o mais
rápido possível”. Após essa instrução, o examinador punha o cartão sobre a mesa,
diante do examinando, e prosseguia: “Comece aqui (apontando a primeira palavra) e
vá através da linha, fazendo linha por linha, da esquerda para a direita, até o fim do
cartão”. Se necessário uma instrução adicional, poderia ser dito: “Nomeie as cores
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nas quais as palavras estão impressas”. Colocava-se novamente o cartão diante do


examinando e dizia-se: “Comece”.
Com o cartão 3 nas mãos, com seu verso voltado para o examinando,
o examinador dizia: “Neste cartão, novamente você deve nomear as cores das
palavras. Nomeie as cores nas quais as palavras estão impressas o mais rápido que
puder”. Se necessário uma instrução adicional, poderia ser dito: “Não leia a palavra,
diga a cor na qual ela está impressa”. Após ter se certificado de que o examinando
entendera a tarefa, o examinador dizia: “Pode começar”. Iniciava-se a
cronometragem do tempo e seguia-se procedimento igual ao do cartão 2
A determinação dos escores finais incidiu sobre o tempo (em segundos) e o número
de erros cometidos para cada cartão. Respostas espontânea e automaticamente
corrigidas durante a realização das provas foram registradas como acerto.

Público-alvo: Cento e trinta e dois estudantes voluntários, de ambos os sexos, na


faixa etária de 12 a 14 anos, cursando a 6a, 7a e 8a séries do ensino fundamental.
Duas amostras foram recrutadas: a primeira, formada por 70 alunos de uma escola
particular, sendo 33 do sexo masculino e 37 do feminino; e a segunda, por 62 alunos
de uma escola pública, com 23 do sexo masculino e 39 do feminino.

Restrições: Todos os sujeitos foram submetidos a uma entrevista antes do início


dos procedimentos de testagem, respondendo a perguntas sobre a vida escolar e o
estado de saúde geral (disponível através de solicitação ao autor). Não puderam
compor a amostra estudantes previamente diagnosticados como portadores de
algum tipo de distúrbio neurológico (p. ex., epilepsia) ou psiquiátrico (p. ex.,
transtorno do déficit de atenção e hiperatividade [TDAH]), distúrbio de linguagem
receptiva ou expressiva, distúrbio da competência visual (p. ex., cegueira para
cores), ou seja, distúrbios que comprovadamente, em algum grau, comprometem a
capacidade atentiva, a velocidade de processamento de informação, o tempo de
reação, a compreensão de enunciados, a fluência da fala e/ou competência visual.

Normas: O teste de Stroop é conhecido é muito útil para avaliar as funções


executivas em pacientes com Alzheimer, esquizofrenia e entre outras, é por sua
simplicidade de uso e aplicação.

 É administrado individualmente.
 Tem curta duração, que não ultrapassa 15 minutos.
 Pode ser aplicado em indivíduos que já adquiriram o processo de leitura, de
forma que, geralmente, é utilizado em pessoas entre 7 e 70 anos.
 O teste de Stroop consiste em três slides contendo 100 elementos.
 O objetivo é que o indivíduo seja capaz de reduzir seus impulsos ou aquela
primeira resposta automática que geralmente surge ao ver as imagens.
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Artigo: ASPECTOS FISIO-COGNITIVOS COM A UTILIZAÇÃO DA TORRE DE


HANÓI NO ENSINO FUNDAMENTAL

Instrumento: Torre de Hanói

Autor: Leonardo Almeida Cavalcanti, Ademir Lentz, Marcia Garcia Lopes

Ano: 2014

Objetivo: Consiste na aplicação e estudo da torre de Hanói para caracterizar o nível


de ação e o nível de compreensão deste jogo, Podendo melhorar o comportamento
planejado e intencional usado para a solução de uma tarefa, refletindo o nível
estratégico do sujeito.

Regras de Execução: Inicialmente foram esclarecidas o objetivo que consiste em


transferir a torre, movendo um disco de cada vez, de um pino de início tratado de
pino X para um pino final trado de pino Z, utilizando um pino intermediário tratado de
pino Y, com a limitação de que um disco menor jamais fique debaixo de um disco
maior. Instruiu-se que as alunas pensassem antes de cada movimento, pois o ato de
tirar o disco e colocá-lo em outro pino ou no mesmo pino era contado como um
movimento. A ordem do teste foi determinada pela ordem crescente da idade em
anos.

Procedimento de aplicação: Referente a ação

Nível I - Os sujeitos tentam resolver o problema de qualquer maneira e para isso


violam frequentemente as regras do jogo.

Nível II - Os sujeitos liberam o disco maior e formam a torre de n discos na coluna


intermediária ou liberam o disco maior, mas não o passam diretamente para a
coluna de chegada.

Nível III - Os sujeitos liberam o disco maior, formando uma torre de n discos na
coluna intermediária, passando diretamente o disco maior para a coluna de chegada
e conduzem o primeiro disco para a coluna de chegada.
Referente à compreensão

Nível I - Os sujeitos não se referem a nenhuma estratégia; quando muito, referem-se


às regras do jogo ou descrevem as jogadas realizadas.
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Nível II - Os sujeitos se referem à necessidade de liberar o disco maior ou de formar


torres de n-1 discos na coluna intermediária ou de passar o disco maior diretamente
para a coluna de chegada.

Nível III - Os sujeitos se referem à necessidade: (a) de liberar o disco maior; (b) de
formar torres de n-1 discos na coluna intermediária; (c) de passar o disco maior
diretamente para a coluna de chegada; (d) de conduzir o primeiro disco para a
coluna de chegada.

Público-alvo: O presente estudo foi realizado no município de Vera-MT, com alunos


matriculados no ensino público participantes do projeto Vôlei Vera desenvolvido pelo
departamento de esportes, cultura e lazer. Onde o projeto Vôlei Vera atende a um
grupo de dez alunas com faixa etária entre 13 a 15 anos de idade.

Restrições: A amostragem foi obtida por meio de assentimento voluntário das


alunas em participarem da pesquisa e consentimento dos responsáveis legais, logo
após foi realizado uma explanação do objetivo da pesquisa.

Normas: A missão é mover todos os discos para alguma outra torre sem violar a
sequência do arranjo. Algumas regras a serem seguidas para a Torre de Hanói são -

 Apenas um disco pode ser movido entre as torres a qualquer


momento.
 Apenas o disco "superior" pode ser removido.
 Nenhum disco grande pode ficar sobre um disco pequeno.

Artigo: Caracterização do desempenho de destreza manual pelo teste caixa e


blocos em crianças e adolescentes brasileiros

Instrumento: Caixa em Blocos (TCB)

Autor: Bruna Paula Boe De Almeida Turco, Raquel Cymrot, Silvana Maria Blascovi-
Assis
Ano: 2018

Objetivo: Pesquisar Caracterização do desempenho da destreza manual Teste de


caixa e bloco (BCT) para crianças e adolescentes Entre 07 e 14 anos.

Regra de Execução: O examinador deve orientar o participante sobre como


proceder ao teste. O teste é simples e consiste no transporte dos pequenos cubos
de madeira de um lado para o outro durante um minuto. Esses blocos devem ser
levados de uma extremidade a outra. No final o número de blocos deve ser
registrado para membro superior dominante e não dominante, mediante duas
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tentativas. O examinador deve sempre levar em consideração o seu comando verbal


para melhor aplicação do teste, estimulando cada vez mais o participante a
conseguir realizar maior número de transferências de blocos dentro do tempo
estimado. Ao iniciar o teste, o avaliado deve ser instruído que comece com a mão
dominante, para isso pode ser aplicado um teste de lateralidade, o qual define se o
sujeito é destro ou canhoto,

Procedimento de Aplicação: Foi aplicado o questionário de preferência manual de


Van Strien11, o qual solicita ao avaliado a indicação da mão preferida para a
realização de 11 tarefas: pegar no lápis quando desenha (1); segurar a escova (2);
lavar os dentes (3); desenroscar a tampa de uma garrafa (4); lançar uma bola (5);
dar as cartas de um baralho (6); pegar numa raquete (7); abrir a tampa de uma caixa
(8); pegar numa colher quando come sopa (9); apagar com uma borracha (10); abrir
uma porta com uma chave (11). Para a opção pela mão direita será atribuído o valor
+1, para a opção pela mão esquerda o valor −1, e à opção por “qualquer delas”, o
valor 0. Os participantes foram classificados como fortemente destrímanos (com
valores entre 8 e 10) e fortemente sinistromanos (com valores entre −10 e −8). Os
participantes foram convidados, sempre individualmente a realizarem o TCB. Todos
os participantes puderam treinar por cerca de 15 segundos antes da aplicação do
teste. Após o treino, os blocos foram colocados na posição inicial. Foram feitas duas
avaliações sequenciais para a mão dominante, e duas para a mão não dominante,
tomando-se a média dos blocos transferidos por minuto para os cálculos dos
escores. O tempo cronometrado foi de um minuto e em seguida o número de blocos
transferidos foram computados, sendo este o escore do teste (blocos/minuto).

Público-alvo: Foram convidadas a participar 120 pessoas, de ambos os sexos,


entre 7 e 14 anos, divididas em dois grupos: Grupo 1 (7-10 anos) e Grupo 2 (11-14
anos), com desenvolvimento típico.
Restrições: A amostra foi de conveniência e o convite para participação ocorreu por
meio de apresentação do projeto às escolas e consentimento dos responsáveis. Aos
participantes foi apresentado o teste, dando-lhes liberdade para prosseguir ou não
com as avaliações, que ocorreram durante o período de dois meses, sendo
avaliados todos aqueles que manifestaram interesse na participação, até que fosse
completado o número previsto de participantes.

Normas: Pedir ao cliente para mover, um por um, o número máximo de blocos de
um compartimento de uma caixa para outro de tamanho igual, dentro de 60
segundos. A caixa deve ser orientada longitudinalmente e colocada na linha média
do cliente, com o compartimento segurando os blocos orientados para a mão que
está sendo testada.

Artigo: Normas do Cubos de Corsi para população adulta

Instrumento: Cubo de Corsi


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Autor: Yuri Eduardo Gomes de Santana, Jonatas Reis Bessa da Conceição,


Gustavo Luís Cerqueira Caribé, Talia Ramos de Oliveira, Ramile Costa Brito Correia,
Kelly Cristina Atalaia-Silva e Neander Abreu.

Ano: 2021

Objetivo:  Avaliar a memória operacional visuoespacial no contexto brasileiro.

Regras de Execução: O indivíduo é instruído a repetir uma sequência de


movimentos realizada pelo examinador, tocando os cubos. A sua aplicação se divide
em duas etapas. A primeira é chamada de ordem direta, no qual o testando deve
repetir de maneira precisa sequências executadas pelo avaliador. A segunda fase,
nomeada de ordem inversa, exigirá do testando reter as sequências expostas pelo
avaliador e executá-las no sentido contrário. O participante deve realizar duas
tentativas por número de sequência de blocos (2 a 9). Caso não apresente acerto
em duas tentativas no mesmo número de itens de uma sequência, o teste é
interrompido.

Procedimento de Aplicação: A tarefa de Cubos de Corsi utiliza nove cubos


colocados em uma superfície retangular de madeira, que visa avaliar a memória
operacional visuoespacial (de Paula et al., 2016). Para a aplicação, o avaliador toca
na parte superior de alguns cubos, utilizando uma ordem sequencial previamente
estabelecida. Após a conclusão de cada sequência, o participante deve, assim como
o avaliador, tocar na parte superior dos cubos, repetindo a sequência. O número de
itens aumenta progressivamente começando com séries de dois e terminando com
séries de nove cubos, o número de itens aumenta após a realização de duas
sequências com o mesmo número de cubos.

Público-alvo: Os participantes da amostra foram voluntários selecionados por


conveniência em instituições de ensino superior e instituições religiosas no estado
da Bahia (Brasil). O estudo apresentou uma amostra composta por 260
participantes, que possuíam idades entre 18 e 75 anos.

Restrições: Não houve restrições

Normas: É preciso nove cubos colocados em uma superfície retangular de


madeira, que visa avaliar a memória operacional visuoespacial. Para a
aplicação, o avaliador toca na parte superior de alguns cubos, utilizando uma
ordem sequencial previamente estabelecida. Após a conclusão de cada
sequência, o participante deve, assim como o avaliador, tocar na parte
superior dos cubos, repetindo a sequência.

Artigo: INFLUÊNCIA DE JOGOS ELETRÔNICOS NA TOMADA DE DECISÃO E


COORDENAÇÃO MOTORA FINA EM CRIANÇAS
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Instrumento: Nove Pinos (9-PNB)

Autor: DIEGO VIRGÍLIO CRISTOFOLETTI

Ano: 2022

Objetivo: Comparar o desempenho na tomada de decisão e na coordenação


manual de crianças praticantes de jogos eletrônicos e crianças não praticantes de
jogos eletrônicos.

Regras de Execução: Para examinar a coordenação motora manual, foi utilizado o


“teste dos nove pinos” Esse teste consiste em um tabuleiro separado em dois, onde
uma metade apresenta uma concavidade embutida, com 9 pinos (6,4 mm de
diâmetro e 32 mm de comprimento) dispostos ali, enquanto ao outro lado, se
apresentam 9 buracos (7,1 mm de diâmetro e 13 mm de comprimento) dispostos em
formato de um quadrado de três por três, com distância de 3,2 cm entre um buraco e
outro. A colocação e retirada dos pinos deveria ser interrupção e o mais rápido
possível. Cada criança realizou o teste 3 vezes com a mão dominante e 3 vezes
com a mão não dominante. O tempo de cada realização foi obtido utilizando um
cronômetro digital. O menor tempo entre as 3 realizações, para cada um dos lados,
foi considerado e utilizado para análise posterior, sendo dado em segundos.

Procedimento de aplicação: Para a realização do teste, a criança se sentou


confortavelmente com o tabuleiro posicionado em uma mesa. No início do teste,
todos os nove pinos foram posicionados dentro do recipiente côncavo, e a criança foi
solicitada a retirar pino a pino do recipiente e encaixá-lo em um dos nove buracos.
Após a colocação dos pinos, a criança deveria retirar cada um dos pinos e colocá-
los de volta no recipiente inicial.

Público-alvo: Vinte crianças com idade entre 10 e 12 anos, de ambos os sexos,


foram convidadas a participar do presente estudo. Essas crianças formaram dois
grupos: grupo de crianças com experiência com jogos eletrônicos, com idade média
de 10,6 anos, sendo que essas crianças deveriam praticar pelo menos 10 horas
semanais e grupo de crianças sem experiência com jogos eletrônicos, com idade
média de 10,9 anos, neste caso, não ter experiência com jogos eletrônicos.

Restrições: Após a seleção das crianças, com autorização dos responsáveis, em


dias diferentes e seguindo todos os protocolos de segurança contra a COVID – 19,
foram realizados dois testes, teste dos nove pinos e um teste de tempo de reação de
escolha.

Normas: Consiste em pegar cada um dos pinos e colocá-los em orifícios localizados


no tabuleiro, o tempo normativo para realização do teste dos nove pinos é descrito
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entre 19 e 22 segundos. O teste é realizado com uma mão de cada vez (mão
dominante e não dominante).

CONCLUSÃO

Portanto, a importância dos instrumentos apresentados, deve ser


implementada não só na vida do indivíduo como também no ambiente escolar ou na
faculdade, pois é com esses instrumentos que identificamos o processo de tomada
de decisão e coordenação manual em crianças, abrindo possibilidades para melhor
planejamento terapêutico para as diversas faixas etárias e diferentes quadros
clínicos. Com isso, os artigos trazidos analisam diversos fatores mostrando como é
importante a utilização desses instrumentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUNCAN, M. T. Obtenção de dados normativos para desempenho no teste de


Stroop num grupo de estudantes do ensino fundamental em Niterói. Jornal
Brasileiro de Psiquiatria, v. 55, n. 1, p. 42–48, 2006.

‌ AVALCANTI, L. A.; LENTZ, A.; LOPES, M. G. ASPECTOS FISIO-COGNITIVOS COM A


C
UTILIZAÇÃO DA TORRE DE HANÓI NO ENSINO FUNDAMENTAL. Revista Brasileira
de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v. 08, n. 43, p. 33–39, 1 fev. 2014

TURCO, B. P. B. D. A.; CYMROT, R.; BLASCOVI-ASSIS, S. M. Caracterização do


desempenho de destreza manual pelo teste caixa e blocos em crianças e
adolescentes brasileiros. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São
Paulo, v. 29, n. 2, p. 164–169, 31 dez. 2018.

SANTANA, Y. E. G. de; DA CONCEIÇÃO, J. R. B.; CARIBÉ, G. L. C.; OLIVEIRA, T.


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Corsi para população adulta. Neuropsicología Latinoamericana, [S. l.], v. 13, n. 2,
2021.
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CRISTOFOLETTI, D. V. Influência de jogos eletrônicos na tomada de decisão e


coordenação motora fina em crianças. Repositório.unesp.br, 12 jan.2022.

Barela, Jose A., Anselmo A., Gabriella A., Andrew R., & Job. Age differences in the
use of implicit visual cues in a response time task. Brazilian Journal of Motor
Behavior, Rio Claro, v. 13 (2), p. 86-93, 2019

Freitas Júnior, Paulo B., Barela, José A., Pedão, Sabrina T., Lima, Kauê A., &
Ribeiro, Cristina L. Avaliação da destreza dos dedos e da força de preensão máxima
em crianças com dislexia desenvolvimental. Revista Brasileira de Educação Física
e Esporte, São Paulo, v. 33 (2), p. 201-206, 2019.

Corsi, P. M. (1973). Human memory and the medial temporal region of the brain.
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Mathiowetz V, Volland G, Kashman N, Weber K. Adult Norms for the Box and Block
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10.5014/ajot.39.6.386.

Sant'Anna, B. A.; e colaboradores. Torre de Hanói: proposta de utilização do


instrumento para sujeitos de 13 a 16 anos. Psicol. hosp.Vol. 5. Núm. 2. 2007.

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