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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA DA


INFORMAÇÃO

Resenha Crítica de Caso


Rodrigo Pereira de Sousa

Trabalho da disciplina Políticas de Segurança e Classificação da Informação


Tutor: Prof. SERGIO RODRIGUES AFFONSO FRANCO

Rio de Janeiro/RJ
2021

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APÓS A IRREGULARIDADE: O QUE GERENTES DEVEM FAZER SOBRE DELAÇÕES

Referência: Harris, D., & Barrett, K. (16 de fevereiro de 2009). Former manager says peanut plant
complaints ignored. ABC News. Retirado de http://abcnews.go.com/GMA/story?id=6888169

Basu, M. (22 de setembro de 2015). 28 years for salmonella: Peanut exec gets groundbreaking
sentence. CNN.com. Retirado de h t tp: // www.cnn. com/2 01 5/ 09 /2 1/ us/ sa lmon ell a - pea
nutexec-sentenced/index.html

Seja no papel de um funcionário que atua na área operacional da empresa ou como diretor, a
qualquer momento poderemos no deparar com uma irregularidade na empresa que trabalhamos. Portanto,
devemos sempre estar cientes de como, quando e para quem delatar o ocorrido, e se for o caso de sermos
diretores ou atuar nas áreas gerencias de alto escalão, sabermos receber a delação e garantir que sempre
que possível ela nunca seja externa. A maioria das empresas que sofrem com delação de irregularidades de
forma externa, quase sempre chegam à falência, para que isso não aconteça, existem 4 recomendações para
os “receptores de delação”:
 Investigar as alegações e procurar por provas;
 Tornar público o resultado da investigação para os envolvidos;
 Corrigir o problema caso ele seja descoberto;
 Garantir que o delator não sofra nenhuma represália.
Satiricamente, os resultados da pesquisa revelam que as ações normalmente tomadas por gerentes
visando a prevenção contra delações externas, são justamente as medidas que fazem elas acontecerem.
“Por exemplo, na Peanut Corporation of America, o gerente de fábrica Kenneth Kendrick reportou
para o Presidente Executivo, Stewart Parnell, que as condições da fábrica eram insalubres. Em resposta,
Parnell disse a Kendrick para enviar os amendoins apesar da contaminação devido a vazamento no teto que
deixou sujeita e fezes de aves entrarem na instalação de produção. Kendrick então enviou um e-mail para o
Departamento de Saúde do Texas, mas não recebeu resposta. Finalmente, como Kendrick descobriu que
surtos de salmonela estavam atingindo e matando vários outros, ele foi ao Good Morning America e
explicou que se sentiu obrigado a reclamar para a mídia quando sua própria neta ficou doente após comer
manteiga de amendoim contaminada” (Harris & Barrett, 2009).

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O Ex-Presidente Executivo Stewart Parnell foi condenado a 28 anos de prisão, a "pena mais dura
para um executivo corporativo em um surto de intoxicação alimentar" (Basu, 2015).
Ser um delator não é uma característica de berço, e sim de momento, geralmente estando na hora e
lugar errados, portanto, presenciam eventos irregulares, e com isso o dever de relatar a situação para
alguém com poder de colocar um fim desse evento. E esse dever pode ser crítico de acordo com a
gravidade da irregularidade, temos exemplos simples como má administração ou gravíssimos como
assédio sexual. Infelizmente existem muitos casos em que os funcionários que observaram a irregularidade
não fazem a delação, e o motivo mais comum para que isso aconteça é o medo de sofrer retaliação. Uma
grande prova disso é o aumento significativo no número de delações em órgãos públicos nos EUA após a
criação de leis de proteção contra represálias após a delação. Mas existe sempre um contraponto, e nesse
caso é a criatividade dos infratores, fazendo represálias de forma que burle as leis de proteção. Alguns
exemplos são, má avaliação de desempenho; perseguição e cobranças excessivas em ambiente de trabalho;
assédio moral e intimidação. Portanto, é muito importante o debate e expor ideias para melhorar a proteção
dos delatores e o tratamento com rigor para os infratores, trazendo assim o bom funcionamento das
organizações.

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