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Análise Interna:: "D. Fernando, Infante de Portugal"
Análise Interna:: "D. Fernando, Infante de Portugal"
Análise Interna:
Este poema situa-se na I parte da Mensagem, intitulada “Brasão”, na subdivisão
“As quinas”, cujos poemas abordam as figuras que representam os lutadores e
mártires da nação.
Neste poema de Pessoa, ouvimos a voz do Infante Santo, assim apelidado por
ter morrido nos cárceres de Fez, na maior escravatura que é possível imaginar.
Na versão inicial de Mensagem, este poema intitulava-se Gládio e alguns críticos
literários consideram que este herói mártir se identifica com o próprio poeta, investido
de uma dimensão messiânica, um eleito de Deus para conduzir uma santa guerra
contra a morte do sonho, sacrificando-se desse modo, pela sua pátria.
Na primeira parte é referido um gládio, que é uma espada, que foi dada ao
sujeito poético por Deus. Isto significa, portanto, o poder que Deus investe no herói
para que este cumpra o seu destino. Este poder foi concebido na forma de uma
espada, com o objetivo de evangelizar os mouros ao cristianismo, sem causar dor ou
sofrimento, originando uma “Santa guerra”.
A febre de além é algo que lhe é dado, faz parte da sua condição sobre-humana
e faz com que este aja por vontade divina, impelindo-o à ação - o que se concretiza na
terceira estrofe.
No inicio da terceira estrofe, o herói esta confiante e calmo, pois tem o espírito
de Deus ao seu lado, a olhar pela sua missão. A sua fé em Deus permite-lhe enfrentar o
futuro sem medo e a sua lealdade a Portugal e a Deus mostram que este possui
verdadeiramente uma alma digna.
Análise Externa:
Figuras de Estilo:
“Em minha face calma,” – Hipálage (realçar a coragem do herói e o facto de ele ser
destemido pois tem Deus ao seu lado