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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO

TOCANTINS/CAMETÁ - FACULDADE DE HISTÓRIA DO


TOCANTINS

ANDREY DOS SANTOS FARIAS

O SABER HISTÓRICO NA SALA DE AULA: LIVROS DIDÁTICOS


ENTRE TEXTOS E IMAGENS

CIRCE BITTENCOURT

CAMETÁ/PA
2023/2
1. INTRODUÇÃO
As competências leitoras e interpretativas de um aluno no âmbito de uma instituição
escolar devem ser permeadas por arcabouços metodológicos pedagogicamente bem
estruturados, nesse contexto, ligado a eficiência das proposições didáticas ilustrativas dos
livros escolares, deve-se primeiramente introduzir no indivíduo a formação de uma
mentalidade dialógica que saiba considerar os textos e imagens ilustrativas como
complementares com vistas a compreensão ou análise eficiente de um determinado contexto
histórico no ensino e história.
O texto que enviesa a abordagem critica desse contexto, incumbe problemáticas
importantes que devem se tornar reflexões pertinentes aos estudantes de histórias, além claro
dos profissionais da educação e os sistemas educacionais que propõem os materiais didáticos
de ensino. O livro didático e sua eficiência auxiliar no processo de ensino e aprendizagem é
debate teórico já a algum tempo, teorias dicotômicas que apoiam ou abominam esse material
são pertinentes até hoje.
Em primeira análise, as reflexões no campo da educação, referente a consideração do
livro didático e suas incumbências compreensivas escritas ou ilustrativas no campo da
educação não tem um veredito, é nesse contexto, entra a importância da reflexão dos
historiadores e dos profissionais que trabalham utilizam esses materiais para acrescentar
conclusões praticas que possam aperfeiçoar este material mais futuramente ou até mesmo
extingui-lo é plausível considerar que os livros didáticos são distribuídos até hoje pelo MEC
as instituições públicas educacionais, porém sua eficiência e uso ainda se encontram em
debate.

2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO CRÍTICO


A discussão proposta pelo autor nos ela uma viagem pelo campo da educação,
inclusive historicamente, é valido portanto considerar as revoluções categóricas educacionais
historicamente difundidas e que estruturaram a educação que temos hoje. É importante
considerarmos, ao analisar a problemática do material didático e sua eficiência, as vertentes
práticas, ou seja, a realidade a qual aquele material será atribuído. A proposição do
aprendizado, viabilizado por materiais didáticos deve ser minuciosamente estruturado, nesse
contexto, essa estrutura deve considerar a realidade do aluno e principalmente, trabalhar
dialogicamente a proposição do aprendizado. O livro didático por si só não vai ensinar o
aluno o que ele precisa, mas pode contribuir eficientemente para que isso aconteça.
Falando mais especificamente do conteúdo de um livro didático, partimos do
reconhecimento de materiais didáticos, utilizados ao longo da história, até a década passada
inclusive, que pouco ou quase nada tinham o papel auxiliar na compreensão do aluno sobre
um determinado conteúdo, seja por elevar o assunto uma complexidade longe da realidade do
aluno ou até mesmo ou principalmente por não propor a compreensão do material por outras
vertentes, ilustrativas ou dinâmicas.
Entende-se, ao considerar a monotonia dos materiais didáticos que, é uma necessidade
que haja correlação e utilização de variadas formas de proposição da compreensão de um
determinado material. Como o próprio autor cita, “graças ao cinematográfico, as ressureições
históricas não são mais uma utopia”. E é esse o ponto chave dessa discussão, como podemos
elevar a eficiência dos materiais pedagógicos e desenvolver um aprendizado histórico mais
efetivo? Ao considerarmos o livro didático como uma ferramenta de ensino, também devemos
saber que ele acima de tudo é um produto sistemático do governo e por isso incumbe certas
disposições didaticamente invariáveis. Nesse contexto, o profissional da educação, afim de
dinamizar deve propor o livro como um componente auxiliar e considerar outros métodos
para estruturar uma melhor eficiência.
Fator importante nessa discussão, pelo qual inclusive chegamos até aqui, é a atribuição
das ilustrações como importante no processo de aprendizagem de um determinado contexto
histórico, que esta ligado a toda uma dinâmica que deve ser desenvolvida ao apresentar aos
alunos. A importância da imagem como recurso pedagógico é algo consolidado à décadas por
grandes autores, que estruturaram a partir de estudos que a dinamização ilustrativa do material
contribui para o aprendizado e consolida a vertente teórica que reflete sobre o
aperfeiçoamento metodológico com vistas ao aprendizado histórico mais eficiente. A inclusão
da iconografia vem tomando espaço já a algum tempo desde o sec. XIX, porém, mais
especificamente, a partir do início do sec. XXI, quando já tínhamos esse preceito bem
consolidado e ao longo dos anos isso foi se desenvolvendo.
A premissa de enriquecer o texto ilustrando o contexto com imagem tinha como
pressuposto a finalidade de dinamizar o aprendizado, a porém, no entanto, o que muito se
discute, principalmente nos livros de história, e se essas ilustrações estão realmente
desempenhando seu papel dinâmico auxiliar. Nessa conjuntura, tudo deve ser considerado, os
livros de história tem um papel importante de nos levar a passado, a uma realidade a qual não
vivenciamos mas queremos ou precisamos compreender, e é por isso que a imersão nesse
contexto deve ser a mais incisiva possível.
Reconhecimento da importância dessas imagens para o aprendizado, principalmente o
histórico, pressupõe também uma reflexão, a qual inclusive se assemelha a outras no campo
educacional, nesse caso sendo ainda mais importante por se tratar das ações de homens e
mulheres no passado. Portanto, o pressuposto deve incumbir também a noção de necessidade
de aperfeiçoamento gradual, a mera ilustração das imagens junto a um texto histórico não
deve ser mais o único aparato pedagógico do professor, o aluno quando se deparar com um
livro de história por exemplo, lá no ensino fundamental sobre a cultura indígena, vai precisar
imergir naquele espaço e tempo histórico e é ai que entra a dinamização metodológica do
processo educacional histórico, que pressupõe a articulação de materiais e métodos para que o
aluno possa de fato se transportar para a realidade estudada e assim compreende-la com mais
facilidade.
A questão a seguir especificamente trata da realidade dessas ilustrações que tinham
uma finalidade explicativa mas acabavam deturpando certas realidades ou culturas históricas.
O paradoxo que se emprega aqui é pertinente por entregar ao aluno alguns estereótipos, nesse
contexto, mais especificamente sobre a cultura indígena, era ou ainda é muito visto nos livros
de história as ilustrações da cultura indígena a partir de um entendimento externo e irreal, e ai
está a problemática dicotômica de um livro didático sistematicamente produzido sobre a tutela
do governo em detrimento a realidade histórica e cultural indígena.

3. CONCLUSÃO
Na realidade, o debate teórico acerca dessa problemática ilustra a falta flexibilidade
pedagógica das políticas de educação e o estigma educacional oriundo de uma abordagem
histórica despreparada, e não é que seja culpa dos escritores ou historiadores responsáveis por
buscar o conhecimento, a questão aqui é justamente a sistematização estereotipada ou
desnecessária de alguns contextos históricos, que perdem sua riqueza nas etapas de produção
de um livro didático, se tornado um produto quase que inflexível que por mais que tente
ilustrar alguns fatores históricos não o faz de maneira clara, se tornando um paradigma ao
aprendizado histórico.
A discussão fundamentada pelo autor pressupõe reflexão ao que hoje podemos fazer
ou buscar aperfeiçoar, tirar do livro didático o papel de detentor de saberes concretos é
possibilita transformar a pesquisa e os documentos históricos em alicerces à formação de uma
mentalidade crítica que considera o saber histórico a partir deu uma perspectiva flexiva
permeada pela pesquisa que posteriormente irá proporcionar ao aluno uma leitura dinâmica
que pressupõe imersão as pesquisas e contextos historiográficos.
REFERENCIA

BITTENCOURT, Circe, Livros Didáticos: entre textos e imagens, In: O saber histórico e sala
de aula, São Paulo, Contexto, 1998.

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