FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA. FONSECA, Selva Guimarães. como nos tornarmos professores de história: a formação inicial e continuada. 8º ed, 2009.
A autora irá abordar as transformações na formação do professor de história
durante os anos 70 e 80, onde o movimento internacional de revisão e ampliação da produção historiográfica, o processo de redemocratização do Brasil, os movimentos sociais, as mudanças curriculares. Fizeram com que o ensino fundamental, médio e universitário fez emergir novos dilemas sobre os modelos de formação e a profissionalização do historiador do professor de história interpretações e predominava uma diversificação de abordagens, problemas e fontes, nas escolas de ensino, nesse caso, o texto aborda. Podemos afirmar que houve uma generalização entre os cstudantes de história, da ideia preconcebida de que para ser professor de história basta dominar os conteúdos de história. A autora discute que existe uma necessidade de formação mais ampla, abordando diferentes viés como saberes pedagógicos e práticos. É constituído pelo conhecimento específico da disciplina, no caso, o conhecimento historiográfico, os saberes curriculares (objetivos, conteúdos, metodologias e materiais), os saberes pedagógicos (concepções sobre a atividade educativa) e os saberes práticos da experiência. Assim, o historiador- educador ou professor de história é alguém que domina não apenas os mecanismos de produção do conhecimento histórico, mas conjunto de saberes, competências e habilidades que possibilitam o exercício profissional da docência Como a formação inicial universitária pode contribuir para a atuação, o papel ou a produção do professor, diante desse conjunto plural e complexo de saberes requeridos na contemporaneidade? O que propõe o texto/documento das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos Superiores de História, produto das novas políticas educacionais do MEC, para a formação inicial de professores? A autora ressalta também esse dilema entre professor/pesquisador, onde as diretrizes nacionais curriculares no curso de histórias são citadas, dando ênfase nessa formação também voltada para a pesquisa histórica. O texto das Diretrizes-documento histórico, produção de historiadores brasileiros aprovado pelo MEC é explícito: os cursos de história devem revelar o historiador, qualificado para o exercício da pesquisa. Atendida essa premissa o prisional estará apto para atuar nos diferentes campos, inclusive magistério. Forma-se o historiador A prática constitui mero campo de aplicação de teorias, logo, pura ser professor é necessário dominar os conhecimentos específicos da disciplina que vai ministrar, para a qual ele foi especializado. A escola, como lugar social, local de trabalho, espaço de conflitos, de formas culturais de resistência, exerce um papel fundamental na formação da consciência histórica dos cidadãos. Essa formação não se dá exclusivamente na educação cotidianos. Os professores de história sujeitos do processo vivenciam uma situação extremamente complexa, trata-se de uma disciplina que é ao mesmo tempo extremamente valorizada, estratégica para o poder r a sociedade e ao mesmo tempo desvalorizada pelos alunos e por diversos setores do aparato burocrático. As práticas escolares exigem dos professores de história muito mais que o conhecimento específico da disciplina, adquirido na formação universitária. Ora, o que o professor de história ensina e deixa de ensinar na sala de aula vai muito além de sua história como objeto de reflexão permanente do historiador/professor. Finalizando, o professor de história, com sua maneira própria de ser pensar, e agir e ensinar, transforma seu conjunto de complexos saberes em conhecimentos efetivamente ensináveis, faz com que o aluno não apenas compreenda, mas assimile, incorpore e reflita sobre os ensinamentos de variadas formas. Concluindo, é preciso sim formas professores, mas lutando para que o desenvolvimento pessoal e profissional do professor signifique também mudanças concretas no sistema educacional brasileiro Assim, os professores de história, ao fazerem um balanço de suas experiências, não se limitam. As profundezas de seus passados singulares, mesmo articulam suas trajetórias ao contesto de sequências, motivando o conjunto dos professores à tomada de consciência e à ação histórica. A autora ainda destaca as dificuldades da prática docente, considerando a escola como formadora de consciência histórica. E, concretamente, os professores demonstram que o gosto e o interesse pela história têm motivações muito diferentes. Alguns localizam a origem do gosto pela história nas experiências de criança. Outros despertaram para a história por influência de professores que marcaram significativamente suas vidas quando eram jovens escolares. Muitos deles atribuem o gosto e a opção profissional pela história, já na fase adulta, às circunstâncias próprias vida e também ao interesse pelas questões sociais e políticas.