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Revolta da Chibata

Liderada pelo marinheiro negro João Cândido, em 1910, a Revolta da Chibata marcou
a luta dos negros contra a opressão do Estado. A marinha brasileira - apesar de ter
oficialmente abolido os castigos corporais – continuava punindo os marinheiros, na
maioria negros, com violência física a golpes de chibatadas.

No dia 22 de novembro de 1910, o marinheiro Marcelino Rodrigues foi punido com 250
chibatadas e o castigo assistido por toda a tripulação do navio. Esse foi o estopim para
a maior rebelião ocorrida dentro das Forças Armadas brasileiras.

Uma após outra, a poderosa esquadra da marinha brasileira foi se insurgindo, ficando
às ordens do jovem marinheiro João Candido e dos demais líderes da revolta, com
grande apoio da população.

Assustados com as conseqüências da mobilização, lideranças liberais da política


burguesa, como o senador abolicionista Rui Barbosa, Campos Sales, Bernardino
Monteiro e Sá Freire, além do deputado José Carlos de Carvalho, mesmo não
apoiando a revolta, eram a favor de uma negociação com os amotinados.

Depois de intensos debates, são aprovadas sobre forte pressão as principais


reivindicações, entre elas a anistia os marinheiros que participaram da revolta,
inclusive os que estiveram envolvidos nas mortes dos oficiais, além do fim das
chibatadas.

Fim do levante

Em 25 de março, com as suas principais reivindicações atendidas, os cerca de três mil


rebeldes resolvem terminar o levante, mesmo com a oposição de outras esquadras,
que insistiam em continuar a revolta.

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