Primeira República: Messianismo – Final do séc. XIX Após a Proclamação da República aconteceram dois movimentos messiânicos que são considerados os maiores do Brasil: Ambos são semelhantes, tanto pelo número de seguidores quanto pela resposta violenta do governo ao tratar da questão. Decepcionados com a proclamação da República, camponeses de várias partes do Brasil, se juntam a líderes carismáticos que prometem melhores condições de vida à população. Em Canudos-BA, um grupo de trabalhadores rurais se agrupa em torno a Antônio Conselheiro. Constroem um grande povoado onde vivem à margem da lei e começam a incomodar os coronéis locais. O grupo é dissolvido após intensas batalhas contra as tropas republicanas. Santa Dica
Antônio Conselheiro
O Arraial de Canudos chegou a ter uma população
de 25 mil pessoas, que o consideravam como a “terra prometida”. A Revolta da Vacina Aconteceu entre 10 e 16 de novembro de 1904, na cidade do Rio de Janeiro, à época, capital do Brasil. A Revolta da Vacina foi uma revolta popular que aconteceu pela insatisfação da população por conta da violência do processo de sanitarização da capital. Naquele momento, o Rio de Janeiro passava por uma campanha de vacinação forçada da população contra a varíola. O Brasil, na época, era governado por Rodrigues Alves, e a capital, por ordem presidencial, passava por um processo de modernização e revitalização. Nesse processo, ordenou-se, por exemplo, o alargamento de uma série de avenidas da cidade. Era necessário combater o mosquito e o rato, transmissores das principais doenças. Por isso, o intuito central da campanha era precisamente acabar com os focos das doenças e o lixo acumulado pela cidade. Primeiro, o governo anunciou que pagaria a população por cada rato que fosse entregue às autoridades. O resultado foi o surgimento de criadores desses roedores a fim de conseguirem uma renda extra. A Revolta da Chibata
Iniciou-se no dia 22 de novembro de 1910,
conforme mencionado, após a punição a um marujo
de nome Marcelino. Os marujos rebelaram-se e
tomaram o controle de quatro embarcações da
Marinha brasileira: Minas Gerais, São Paulo, Bahia
e Deodoro. Os marujos revoltosos exigiam do
governo o fim dos castigos físicos; caso contrário, a
capital seria bombardeada. A liderança desse motim
foi realizada por João Cândido, o Almirante Negro.
O MANIFESTO DOS MARINHEIROS REVOLTOSOS FOI CONSIDERADO UM DOCUMENTO MUITO BEM ESCRITO E NELE OS MARINHEIROS FAZIAM UMA SÉRIE DE REIVINDICAÇÕES:
• substituição de oficiais,
• aumento do soldo,
• fim dos castigos físicos,
• melhor tratamento na Marinha brasileira etc.
O GOVERNO BRASILEIRO ACEITOU AS CONDIÇÕES DOS
MARINHEIROS e prometeu-lhes anistia caso colocassem fim à revolta.
• Assim, os marinheiros revoltosos entregaram as embarcações para seus
oficiais no dia 26 de novembro de 1910. No entanto, a promessa feita pelo governo brasileiro não foi mantida e, no dia 4 de dezembro de 1910, veio a resposta do governo aos revoltosos. Ao todo, o governo brasileiro prendeu 22 marujos e enviou-os para a Ilha das Cobras, local onde foram aprisionados e torturados.