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Etec Parque Belém

ENSINO MÉDIO COM HABILITAÇÃO PROFISSIONAL DE TÉCNICO EM


DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS - NOVOTEC INTEGRADO

Revolta da Chibata

São Paulo

04/2022
Bianca Carol Mujica Mamani,

João Cristian Ajacopa Pacari,

Luiza da Costa Ribeiro Lopes,

Ricardo Mitsujhy Onishi Silva,

Rogério Carvalho de Melo Filho,

Roly Dikan Valero Quispe.

Revolta da Chibata

Trabalho sobre

Revolta da chibata.

Professor: Fabio Ryoji

Série: 2°DB

São Paulo

11/2022

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Sumário
Introdução 4
Causas5
Contexto histórico 6
Objetivos 7
Consequências 8
Informações adicionais 9
Conclusão 10
Referências bibliográficas 11

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Introdução
A revolta da chibata ocorreu no início do século 20 no dia 22 de novembro de
1910 no rio de janeiro, onde soldados das marinhas que exigiam o fim das
punições severas dos soldados com patentes menores a revolta foi liderada por
João Cândido Felisberto.

4
Causas
A revolta da chibata, ocorrida entre 22 e 26 de novembro de 1910, é lembrada
como uma reviravolta dos marinheiros contra as punições que eram
submetidos caso violassem o código de conduta da corporação. O castigo era
com base em chibatadas apenas aos marinheiros com a posição mais baixa na
hierarquia da marinha, tendo sua composição majoritariamente por negros e
mestiços.

A insatisfação dos marinheiros com as punições já havia a muito tempo, tanto


que antes da revolta ocorrer, haviam manifestado sua insatisfação quando
navegavam nas proximidades da costa do Chile. O estopim da revolta ocorreu
quando foi dada uma punição para Marcelino Rodrigues Menezes, recebendo
250 chibatadas.

Porém, o movimento não ocorreu apenas pelas punições físicas, mas sim com
a insatisfação dos marinheiros pertencentes às classes baixas, com o racismo
e a desigualdade social que havia na corporação.

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Contexto Histórico
Em fins do século XIX e início do século XX, ocorria uma “Corrida
armamentista internacional”, conforme observa o historiador José Miguel Arias
Neto. Trata-se de um confronto político e ideológico que resulta no incentivo à
pesquisa e desenvolvimento de armas, bem como no aperfeiçoamento de
táticas militares. O objetivo da corrida armamentista é a demonstração de
poder bélico e de superioridade aos demais países.

As práticas disciplinares impostas pela oficialidade e somadas ao racismo,


evidenciavam os dilemas e os conflitos que ocorriam no Brasil na primeira
década do século XX. Com o código disciplinar vigente na Marinha, as faltas
graves seriam penalizadas com ”25 chibatadas, no mínimo”, quantidade
frequentemente ultrapassada.

Naquela época, agudas interpretações responsabilizavam os marinheiros pelos


males que ocorriam na Armada. Para aqueles que condenavam o sistema de
recrutamento militar forçado, como o primeiro-tenente José Eduardo de
Macedo Soares.

Os quase 75% dos marinheiros a bordo dos navios envolvidos na Revolta da


Chibata eram predominantemente analfabetos e negros.

Eles representavam as primeiras gerações de filhos e de netos de ex escravos


ou dos nascidos a partir da Lei do Ventre Livre. Gerações que testemunharam
as famílias escravizadas, que ouviram narrativas sofridas e que presenciaram
as incontáveis barreiras impostas à ascensão econômica e aos direitos civis. A
escravidão deixara rastros e estilhaços Nessa perspectiva, pesquisadores do
assunto consideram que a Revolta da Chibata e João Cândido Felisberto
simbolizam esse cenário.

Em 22 de novembro de 1910 Marechal Hermes da Fonseca e seus ministro


assistiam as comemorações de sua vitória nas eleições que ocorriam daquele
ano, onde enquanto o evento ocorria, se ecoou um estrondo vindo do
encouraçado Minas Geraes que estão fundeado na Baía de Guanabara. Após
quatro dias da revolta Marechal Hermes aceita as pautas exigidas dos
marinheiros sublevados e concedeu que se entregarem o restante da frota.

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Objetivos
Mesmo após 20 anos da Lei Áurea, e da abolição dos castigos corporais no
exército, ainda existia um decreto da marinha onde era permitido aplicar até 25
chibatadas em faltas graves ocorrido dentro de um navio. Porém no dia 21 de
novembro de 1910 o marinheiro Marcelino Rodriguez Menezes é chicoteado
250 vezes, e 1 dia após o ocorrido a revolta explode. Assim fazendo os
manifestantes liderados por João Cândido, também conhecido como “almirante
negro” fazerem uma lista de solicitações, que incluía:

 A abolição das penalidades físicas;


 A melhora de condições de trabalho;
 O fornecimento de uma alimentação de melhor qualidade nos navios;
 A anistia para todos os marinheiros que participaram do levante;
 Substituição dos oficiais ditos como incompetentes;
 Melhoria no nível de educação de alguns marujos;
 Aumento do soldo;

E resumia que não suportavam mais a escravidão da marinha, e se


apresentavam como “cidadãos brasileiros e republicado”.

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Consequências
No fim da revolta, eram mais de 200 mortos e 2 mil expulsos do serviço da
marinha. Sem contar os que foram condenados a trabalhos forçados na
Amazônia. O líder da Revolta foi absolvido, mas expulso da marinha para
sempre.

Como uma das principais consequências da Revolta está a conscientização de


classe e do empoderamento de pessoas marginalizadas no Brasil. Com essa
revolta as pessoas puderam levantar a voz e denunciar os abusos cometidos
por seus superiores.

Essa Revolta abriu debates sobre as condições trabalhistas para essa classe.
E é visto hoje em dia como um marco histórico de uma luta contra a opressão,
a desigualdade e as péssimas condições de vida.

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Informações Adicionais
No dia 23 de julho de 2008, o governo concedeu a anistia a todos os
envolvidos da revolta da chibata, e no mesmo dia colocou uma estátua do
"Almirante Negro", João Cândido, na Praça XV, no estado de Rio de Janeiro

A revolta da chibata foi inspirada na revolta do encouraçado de Potemkin, que


ocorreu na Rússia em 1905.

O Almirante Negro terminou sua vida com um pescador

Os compositores João Bosco e Aldir Blanc compuseram uma música em


homenagem ao Almirante Negro, chamada "Mestre-Sala dos Mares", no
entanto a música foi censurada no período da ditatura militar.

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Conclusão
Os soldados marinheiro em geral, eram originários de famílias pobres onde
eles sofriam com a desigualdade social dentro da frota existente na Primeira
República. E por conta dessa e outras razões a Revolta da Chibata é
considerada pelos historiadores como uma revolta contra a desigualdade social
e racial existente tanto na Marinha como na sociedade como um todo, onde a
desigualdade ainda existe até hoje.

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Referência Bibliográfica
<https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/revolta-chibata.htm>
Data de acesso: 28/10

<http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/artigos/11831-a-revolta-da-
chibata> Data de acesso: 28/10

<http://revperseu.fpabramo.org.br/index.php/revista-perseu/article/view/190>
Data de acesso: 05/11

11

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