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Antenas - Considerações gerais

• Uma antena pode ser considerada um transdutor entre propagação guiada e espaço livre
• Concentra energia num ângulo sólido em torno da direção do alvo (emissão)

• Concentra energia proveniente de um ângulo sólido em torno da direção do alvo (receção)

• Permite medir o ângulo de chegada, fornecendo indicação de azimute e elevação


• atua como um filtro espacial para separar alvos em ângulo e rejeitar sinais de outras
direções.
- Para esta funcionalidade requer, em geral, pequena largura de feixe, grande diretividade e baixo
nível de lobos secundários

- Em consequência terá geralmente grandes dimensões comparadas com o comprimento de onda

• Estabelece o tempo entre observações consecutivas e fornece informação para tracking

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Configurações mais comuns

• Antenas de abertura
– Aberturas planas, Fendas , Cornetas EM

• Antenas de refletor
– Simples - em geral parabólicos

– Duplos - paraboloide/hiperboloide, paraboloide/elipsoide, paraboloide/ plano

• Agregados com controlo de fase (phased arrays)


– Lineares

– Planares

• Orientação do feixe
– Rotação mecânica
– “Steering” eletrónico
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Exemplos de antenas usadas em radar em
terra

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Exemplos de antenas usadas em radares
aero-transportados

Honeywell IntuVue RDR-4000 3D Weather Radar System Garmin GWX 70

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Parâmetros das antenas
As antenas são caracterizadas pelos seguintes parâmetros:

–Diagrama de radiação
–Diretividade, rendimento e ganho
–Área efetiva
–Impedância
–Polarização
–Largura de banda
–Temperatura equivalente de ruído

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Conceitos da teoria das antenas:
Diagrama de radiação
• O diagrama de radiação de uma antena pode ser definido como uma
representação gráfica das propriedades de radiação em função de
coordenadas espaciais.

• Como as representações tridimensionais são difíceis recorre-se


habitualmente a representações bidimensionais, normalmente planas,
ex: plano vertical/ plano horizontal; plano E/ plano H

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Conceitos da teoria das antenas:
Diagrama de radiação
• É habitual usar as seguintes grandezas para representar diagramas de
radiação:
– Intensidade de radiação

U (q , j ) = r 2 S (r ,q , j )

– Intensidade total, ou das componentes do campo E a uma distância


fixa (Eθ , co-polar ou Eφ , cross-polar)

Nota: a intensidade total de radiação resulta da contribuição de duas componentes


ortogonais
2 2
Eθ ( r, θ , ϕ ) Eϕ ( r, θ , ϕ )
S(r, θ , φ ) = +
2Z 0 2Z 0

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Conceitos da teoria das antenas:
diretividade, ganho e área efetiva
Intensidade de radiação Potência radiada Rendimento de radiação

U ( θ , φ ) = S P ( r ,θ , φ ) ´ r 2 Prad = ò U (q ,f )dW (*) Prad


4p h=
< U >= Prad / 4π (*) dW = sinq dq df PT

ângulo sólido elementar

Diretividade Ganho Área efetiva

U (q ,f ) 4pU (q ,f ) l2
D(q ,f ) = G (q ,f ) = G(q ,f ) = hD(q ,f ) Aef (q ,f ) = ´ G(q ,f )
<U > PT 4p
max{U (q ,f ) 4pU max 4pU max
D0 = = G0 = G0 = hD0
<U > Prad PT

Consequência das relações de reciprocidade: as propriedades direcionais de uma


antena são idênticas em transmissão e em receção

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Conceitos da teoria das antenas:
Diagrama de radiação
0 dB
Lobo principal
-5
Lobo vestigial
-10
1º Lobo secundário
-15

-20 Lobo “para trás”

-25

-30

-35

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

Os diagramas de radiação podem ser representados por diagramas polares ou


cartesianos.
As escalas adotadas podem ser lineares ou logarítmicas, sendo este forma mais
frequentemente utilizada

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Lobos de radiação, larguras de feixe, nível de
lobos secundários
Emax Umax

Emax/√2 Emax/√2 Os diagramas de campo (a) e de


potência (b) podem exibir uma
Umax/2 Umax/2
estrutura de lobos (ou lóbulos).

Os diagramas de campo (a) e de potência (b) podem exibir uma estrutura de lobos (ou lóbulos).
A largura de feixe de um lobo é definida pela separação angular entre duas direções para lados opostos
relativamente à direção de radiação principal
A definição mais usada é a da largura de feixe a “meia-potência” (HPBW ), definida pelo IEEE com: “In a
plane containing the direction of the maximum of a beam, the angle between the two directions in which the
radiation intensity is one-half value of the beam”
Outra largura que se pode definir é a largura de feixe entre nulos (FNBW: First-Null Beamwidth) sendo a
separação angular entre direções de nulos (se existirem)
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Conceitos da teoria das antenas:
lobos de radiação, larguras de feixe, nível de lobos
secundários
Umax
Lobo principal

Umax/2 Umax/2
a -3dB

Largura de
feixe (ex: -3dB)
US
Lobos laterais
secundários

Nível de lobos ⎛ U ⎞
SLL = 10 log10 ⎜ S ⎟
⎝ U max ⎠
secundários

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Antenas de abertura
• As antenas de abertura são usadas nas bandas de UHF, SHF e EHF, bandas de frequências
também designadas por “microondas” ou “ondas centimétricas e milimétricas”

• As configurações mais comum destas antenas são as que resultam da expansão de um guia
de ondas retangular ou circular, designadas por cornetas eletromagnéticas

• Estas antenas podem ser utilizadas diretamente ou em conjunto com uma superfície
refletora, como por exemplo superfícies parabólicas, hiperbólicas e elipsóides

• Um parâmetro de mérito de uma abertura é a sua eficiência, definida como a razão entre a
abertura efetiva (conceito da teoria das antenas) e a sua área física

Ae
e ab =
A
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Formulação geral para radiação por fontes encerradas num
volume delimitado por uma superfície em meio indefinido

Fórmulas de Stratton-Chu

1 r1 P
[- jwµy ´ H a + (nˆ ´ E a ) ´ Ñ'y + E a × nˆ Ñ'y ]dS V
4p òS
E ( P) =
r r
1 S
[ jwey ´ E a + (nˆ ´ H a ) ´ Ñ'y + H a × nˆ Ñ'y ]dS
4p òS
H ( P) = O
JL , M
n
e - jkr1 æ 1 ö e - jkr1 S∞
onde y= Ñ'y = ç - + jk ÷÷
ç r1
r1 è r1 ø r1
Fontes equivalentes
com r1 = r - r ' r1 = r1
J L = nˆ ´ H a
M L = -nˆ ´ Ea

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Antenas de Abertura
Por vezes é possível definir uma “abertura”: sub- domínio (A) onde os campos são significa-
tivamente mais intensos
A abertura “A” pode ser considerado como a superfície ativa, responsável pela radiação em V

V (z>0)
V z
A

S-A A
S-A
S∞

Conceito genérico de abertura Aplicação: abertura plana. A superfície S


fecha-se pelo infinito e só se contabiliza a
radiação no semi-espaço z>0

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Aberturas planas em espaço livre:
aplicação dos teoremas de equivalência
Fórmulas de Stratton-Chu
Particularização para a zona distante

e - jkr
E ( P) = - j eˆr ´ ò éë nˆ ´ Ea - Z 0 eˆr ´ ( nˆ ´ H a ) ùû e - jkr '×eˆr dS
2l r A

1
H ( P) = eˆr ´ E ( P)
Z0 Densidade de corrente Densidade de corrente
magnética equivalente elétrica equivalente

Nota: normalmente escolhe-se o eixo


dos zz perpendicular à abertura nˆ = eˆz

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Aberturas planas em espaço livre
Aplicação dos teoremas de equivalência
z
Abertura plana iluminada por onda plana*
E0
Hip: Ea = E0 eˆ y , H a = - eˆ x
Z0 Ha
Fontes equivalentes M L = -eˆ z ´ E a = E0 eˆ x JL y
Ea
E A ML
J L = eˆ z ´ H a = - 0 eˆ y
Z0 x
n̂ = êz
(
êr × ⎡⎣êz × E0ê y − Z0 êr × êz × H a ê x ⎤⎦ )
= −E0 (1+ cosθ )(sin ϕ êθ + cos ϕ êϕ )

e jkr
E(P) = j (1 + cosθ ) ∫ E0 (x ', y ')e − jk sin θ ( x 'cosϕ + y 'sin ϕ ) dS (sin ϕ êθ + cos ϕ êϕ )
2λ r A

* Distribuição de campos de uma onda plana incidente na abertura dirigindo-se de z<0 para z>0

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Abertura plana elementar em espaço livre
Campo radiado, intensidade de radiação, potência radiada,
diretividade
e- jkr
Campo elétrico na zona distante E= j E0 A (1 + cos q ) ( sin j eˆq + cos j eˆj )
(aplicando as expressões gerais) 2l r

z vetor unitário

Intensidade do campo E0 A
E= (1 + cosq )
radiado 2l r
Ha
JL y
Ea Intensidade máxima E0 A
E=
A ML (θ=0) lr
x
E02 A2
Intensidade de U max =
2l2 Z 0
radiação máxima
E02 A
Prad =
Potência radiada 2 Z0

4p A
diretividade D=
l2

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Abertura Plana Unidimensional
x
A aplicação das fórmulas de Straton-Chu mostra que na
φ zona distante, e para direções θ <<1 o campo elétrico
r radiado por uma abertura unidimensional, sem variações
θ de iluminação segundo yy, é da forma
a a/2 V0 e − jkr
z
E(θ ) = E0 ∫
jk x x
F (x)e dx c/ E0 =
b −a/2 r
y = E0 × TFk [F (x)] e k x = k sin θ cos ϕ
x

F(x) representa a variação das fontes equivalentes na abertura


Campo radiado → proporcional à transformada de Fourier da iluminação no plano da abertura
Problemas de síntese → transformada inversa

F ( x ) = K ´ TF -1 [ E( k sin θ )] onde por simplicidade se


¥ tomou
= K ´ ò E( θ )e jk sin θ d ( k sin θ ) j =0

2π ¥ 1
=K´ × ò E( θ )e jk sin θ d (sin θ ) K=
λ -¥ E0

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Exemplos de Aberturas Planas
Unidimensionais

Iluminação Campo E na zona distante

- uniforme
sin[p (a / l ) sin q ]
F ( x) = F0 , constante, x £ a / 2 E (q ) = E0
p (a / l ) sin q

- “em coseno”
p é sin( Y + p / 2) sin( Y - p / 2) ù
E (q ) = E0 ´ +
4 êë Y + p / 2 Y - p / 2 úû
F (x) = cos(π x / a) , x ≤ a / 2
p 2 cos Y pa
= E0 ´ 2 c/ Y = sin q
p - 4Y 2 l

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Diagrama de radiação normalizado de
aberturas planas unidimensionais

-5
Diagramas normalizados

-10
Escala em dB

-15
Iluminação
-20 uniforme

Iluminação em
-25 “coseno”

pa
-4π -3 π -2 π -π 0 π 2π 3π 4π sin q
l
Para iluminação uniforme: Nível de lobos secundários, - 13.2 dB Largura de feixe -3dB, a = 51º l / a

Para iluminação em cos(px / a): Nível de lobos secundários, -23 dB Largura de feixe -3dB, a = 69º l / a

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Aberturas planas unidimensionais: características
do diagrama de radiação para várias distribuições
λ= comprimento de onda, L = extensão da abertura ( ! < #/2)
Tipo de iluminação Eficiência Largura de feixe -3dB Nível de lobos
de abertura ( º) secundários, dB
Uniforme 1 51 λ/L -13.2

Da forma cosn(πx/L)
n=1 0.81 69λ/L -23
n=2 0.667 83 λ/L -32
n=3 0.575 95λ/L -40
n=4 0.515 111 λ/L -48
Parabólica, 1-(1-Δ)(x/L)2
Δ=0.8 0.994 53 λ/L -15.8
Δ=0.5 0.97 56 λ/L -17.1
Δ=0 0.833 66 λ/L -20.6

Triangular, 1-|x/L| 0.75 73 λ/L -26.4

Circular 0.865 58.5 λ/L -17.6


“cos2 + pedestal”
0.33+0.66 cos2(πx/L) 0.88 63 λ/L -25.7
0.08+0.92 cos2(πx/L) 0.74 -42.8

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Abertura plana retangular em espaço livre
com iluminação uniforme e equifase
Campo elétrico na zona distante
(aplicando as expressões gerais)
z
ì Eq ü e - jkr sin X sin Y æ sin j ö b
í ý= j E0 A(1 + cosq ) × × ç ÷
îEj þ 2lr X Y çè cos j ÷ø
Ha
onde a JL y
ka kb Ea
X = sin q cos j Y = sin q sin j
2 2 A ML
A = a ´ b área da abertura x

(
E = Eθ2 + E 2 )
1/ 2
=
E0 A
2 λr
(1 + cos θ ) × sin X × sin Y
X Y

Nota: o campo na ZD é proporcional à TF bidimensional da distribuição na abertura, onde


(x,y) ↔(kx,ky) c/ kx= k sin θ cos φ , ky = k sin θ sin φ .
sin X sin Y
A TF de um impulso retangular bidimensional de extensão a×b é dada por ab ×
X Y

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Abertura plana retangular em espaço livre
Caracterização do diagrama de radiação
E0 A
Planos principais E (q ) = (1 + cosq ) × sin Z onde Z = X ,Y
kd
sin q d = a, b
2lr Z 2

Largura de feixe entre nulos


a = 2q ' = 2 sin -1 (l / d ) » 114.6! (l / d ) (hip : l / d << 1)

Largura de feixe a meia potência


a HP = 2q HP » 51º (l / d ) (hip : l / d << 1)

Nível de lobos secundários


SLL = -13.6 dB

Diretividade 4pab
D=
l2

Área efetiva A = ab (igual à área geométrica da abertura)

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Abertura plana circular em espaço livre
com iluminação uniforme e equifase (1)
Hip: Campo elétrico na abertura x
E a = E0 eˆ y (x 2
+y £a
2
) 2 r

Campo elétrico na zona distante


θ

pa 2 (1 + cosq ) J 1 (ka sin q ) a


E ( P) = ´ E0
lr ka sin q E0 z
E A J (x )
» 0 ´ 1 ( para q << 1) y
lr x /2
onde E0 é a intensidade do campo sobre a abertura
2p a
x= ´ sin q A = p a2 , área da abertura circular
l
perímetro
= ´ sin q
comp. onda

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Abertura plana circular com iluminação
uniforme e equifase (2)

Campo elétrico AE0 J (ka sin θ )


na zona distante E ( P) = (1 + cos θ ) 1
lr ka sin θ
Largura de feixe æ 3.83 ö
αn = 2 sin -1 ç ÷
entre nulos è ka ø 1º nulo para
ka sin θ = 3.83
Largura de feixe ⎛ 1.6 ⎞
α HP ≈ 2sin −1 ⎜ ⎟ (≈ 29.2 o λ / a)
a meia potência ⎝ ka ⎠ queda a -3dB para
Nível de lobos ka sin θ = 1.6
SLL » -17.5dB
secundários
2
4πA æ 2πa ö
Diretividade D= 2 =ç ÷ ( Ae = A , e ab = 1)
λ è λ ø
= ( perímetro / comp. onda ) 2

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Abertura plana circular com iluminação
uniforme e equifase (3)

-5
Diagrama de radiação
normalizado, dB
-10

-15

-20

-25

-30

-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 ®x
2p a
x= sin q
l

Nível de lobos secundários −17.5 dB


29.2°λ
Largura de feixe a “meia potência” α HP =
a
69.9°
e entre 1ºs nulos α FN = λ
a

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Abertura plana circular em plano condutor
com iluminação em modo TE11
Campos na abertura

Ea = E ρ eˆ ρ + Eφ eˆ φ ρ' £ a
sin φ' x'11 = 1.841
E ρ = E0 J1( x'11 ρ' / a )

ρ' ( )' º
Eφ = E0 J '1 ( x'11 ρ' / a ) cos φ' ¶ρ'

Campos radiados na zona distante


2 )
+,!- ./ (1// ./ (+, 5678)
!" = $% &'() × 5679
3 +, 5678
2 )
&'()
+,!- ./ (1// ./2 (+, 5678)
!: = $% × 2 >
?@58?@59
3 1 − (+, 567 8⁄1// )

Eficiência de abertura, εab = Ae /A = 0.836


Larguras de feixe a meia potência: plano E, 29.2º/(a/λ) ; plano H, 37º/(a/λ)
SLL: plano E, -17.5 dB; plano H, -26.2 dB

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Abertura plana circular em espaço livre com iluminação não
uniforme com simetria azimutal e equifase
n
Iluminação com simetria é æ ρ ö2 ù E 0 A æ 1 + cosq ö
E a (ρ) = E 0 ê1 - ç ÷ ú E(q ) = ÷ f (q , n)
azimutal do tipo “ parábola n ” êë è a ø úû lr è
ç
2 ø
Directividade 4 πA J (x )
D = 2 ´ e ab c/ f (q , n) = 2 n +1 (n + 1)! n +1n +1
λ x
2n + 1
Eficiência de abertura e ab =
(n + 1)2

Tipo de iluminação Uniforme n=0 n=1 n=2

Eficiência de abertura, εab 1 0.75 0.55

Largura de feixe a meia potência


0.51(λ/a) 0.64(λ/a) 0.73(λ/a)
(radianos)
Nível de lobos secundários -17.5 dB -24.6 dB -30.7 dB

E (normalizado)
2 J 1 (ka sin q ) 8J 2 (ka sin q ) 48 J 3 (ka sin q )
ka sin q (ka sin q ) 2 (ka sin q ) 3
Nota: Nesta tabela ignora-se a variação c/ (1+cos θ)/2
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Abertura plana circular em espaço livre com iluminação não
uniforme com simetria azimutal e equifase
Iluminação com simetria ì é æ ρ ö 2 ù üï
n
ï
azimutal do tipo “parábola n E a (ρ) = E0 íC + (1 - C ) ê1 - ç ÷ ú ý
sobre pedestal” ïî êë è a ø úû ïþ
1- C
C f (q , n = 0) + f (q , n)
E 0 A æ 1 + cosq ö n +1
E(q ) = ç ÷ f (q , n, C ) c / f (q , n, C ) =
lr è 2 ø 1- C
C+
n +1
f (q , n) : " slide anterior"
Iluminação no limite
n=1 n=2
da abertura (ρ=a)
CdB θHP(rad) SLL (dB) εab θHP(rad) SLL (dB) εab

-10 1.14 λ/(2a) -22.3 0.917 1.17 λ/(2a) -27 0.877

-20 1.21 λ/(2a) -24.3 0.817 1.32 λ/(2a) -34.7 0.69

Interpolação para obter θHP e εab para -20< CdB < -8


n=1 n=2
k= - 0.008CdB +
θHP = k λ(2a) k= - 0.015CdB + 1.02
1.06
εab εab=0.01CdB + 1.02 εab=0.019CdB + 1.06
Nota: Nestas tabelas ignora-se a variação c/ (1+cos θ)/2

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Exemplos de antenas de abertura
Cornetas eletromagnéticas
• As cornetas eletromagnéticas de secção rectangular podem ser setoriais ou
piramidais
• As cornetas cónicas obtêm-se da expansão de um guia circular

Setor E Setor H Piramidal cónica

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Cornetas de setor elétrico
Geometria
y dE
RE
x
y
B
a z z
FE
b B b rE

LE

æFE ö B - b æFE ö
r E = RE cosç ÷ LE = cotç ÷
è 2 ø 2 è 2 ø
B æF ö B2 B2
RE = cosecç E ÷ dE » s = d E /l »
2 è 2 ø 8r E 8lr E

⎛ 2⎞
⎛ B ⎞
Nota: uma expressão com maior precisão para δE é δ = ρ E ⎜ 1− 1− ⎜
E


⎜ ⎝ 2ρE ⎠ ⎟
⎝ ⎠
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Cornetas de setor E
Distribuição de campos na abertura
Campos sobre a abertura
jby´2
æ px' ö -
2rE
Eay = E0 cosç ÷ ´ e
è Aø 2π
com β»k=
jby´2 λ
E0 b æ px' ö -
2rE
H ax = - cosç ÷ ´ e
wµ è Aø

Fontes equivalentes
jby´2
æ px' ö -
2rE
M L x = E0 cosç ÷ ´ e
è Aø
jby´2
E0 æ px' ö -
2rE
J Ly = cosç ÷ ´ e
Z0 è Aø

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Cornetas setor E
Aproximação analítica para campos radiados na zona
distante
e - jkr
E= j E0 F (1 + cosq )(cos j eˆq - sin j eˆj )
2lr

onde
1 / 2 jk x r E 2
2pA æ k y A öæ r E ö
F= 2 cosçç ÷÷ç l ÷ e 2 k [C (t 2 ) - jS (t 2 ) - C (t1 ) + jS (t1 )]
p - ky
2
è 2 øè 2 ø

æp ö
t
k x = k cos φ sin θ k y = k sin φ sin θ C( t ) = ò cosç x 2 ÷dx
Integrais de 0 è2 ø
1/2
⎛ 1 ⎞ ⎡ i kB ⎤ Fresnel
ti = ⎜ ⎟
⎝ π k ρE ⎠
( )
⎢ −1
2
− k ρ
x E⎥
t
æp ö
S ( t ) = ò sinç x 2 ÷ dx
⎣ ⎦ 0 è2 ø

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Cornetas de setor E
Aproximação analítica para a zona distante

Campos na ZD nos planos principais


normalizados a E(θ=0)

(1 + cosq ) ì [C (t 2 ) - C (t1 )] + [S (t 2 ) - S (t1 )] ü


1/ 2
Plano E 2 2
E/E( q = 0) =
(!=90º) 2
´í
î 4 C 2
[ ( ) ( )]
2 s + S 2
2 s
ý
þ

æ pA ö
Plano H cosç sin q ÷
(1 + cos q ) è l ø
E/E( q = 0) = ´
(!=0º) 2 æ 2A ö
2

1- ç sin q ÷
è l ø

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Diagramas de radiação aproximados de
cornetas de setor-E no Plano E
Parâmetro: desvio de fase máximo
no plano da abertura, 2πδE/λ
Intensidade relativa (dB)

(B/λ)sin θ

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Diretividade de cornetas
eletromagnéticas de setor E
Diretividade máxima
Frequentemente usa-se
64ar E 2 B2
DE = [C (2 s ) + S 2 (2 s )] com s=
8lr E
p lB

Contudo, uma expressão mais precisa é

pa æç l ö
÷
1-
16aB l çè l g ÷
DE = [C 2
( 2 s ) + S 2
(2 s )]e ø
l2 (1 + lg / l )

onde λg é o comprimento de onda do modo TE10 no


interior do guia

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Diretividade de cornetas
eletromagnéticas de setor E
Em alternativa, a diretividade (ganho, assumindo η=1)
pode ser estimada por
4p 8
DE = a B ´ e abE e abE = e t ´ e ph
E
et =
l2 p2

e ph
E
= [C 2 (2 s ) + S 2 (2 s )]/(4s)

com
e ph
E
» 1.0033 - 0.119s - 2.752s 2

com bons resultados para 0 £ s £ 0.262

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Diretividade de cornetas de setor E

r E / l = 50

30
(λ/a)DE

20
15
10

B/λ
Variação da diretividade de cornetas de setor E em função
das dimensões no plano da abertura. ρE

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“Otimização” de cornetas
eletromagnéticas de setor E
“Otimização”

sopt = 1 / 4 , d opt
E
= l /4 B = 2lr E

Diretividade da corneta 4p
DE ,opt = a B ´ e opt
E

otimizada l2

8.15a B
=
l2
Eficiência de abertura e opt
E
= 8.15 / 4p = 0.649

Largura de feixe (a )
E
HP opt » 54°l / B

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Cornetas de setor H
Geometria
y RH dH
x
x
A
a FH z
a
b rH
z
A
b

LH

æ FH ö A - a æ FH ö
r H = RH cosç ÷ LH = cotç ÷
è 2 ø 2 è 2 ø
A æF ö A2 A2
RH = cosecç H ÷ rH » t = d /l »
H

2 è 2 ø 8r H 8l r H
æ æ A ö
2 ö
ç ÷
Nota: uma expressão com maior precisão para δH é d H
= r H ç1 - 1 + çç ÷÷ ÷÷
ç
è è 2r H ø ø
Radar – IST – A. Moreira 40
Cornetas eletromagnéticas de setor E
Distribuição de campos na abertura
Campos na abertura

jkx´2
æ px' ö -
2rH
Eax = E0 cosç ÷ ´ e
è Aø
jkx´2
E0 æ px' ö -
2rH
H ay = - cosç ÷ ´ e
Z0 è Aø

Fontes equivalentes
jkx´2
æ px' ö -
2rH
M L y = E0 cosç ÷ ´ e
è Aø
jky´2
E0 æ px' ö - 2 r H
J Lx = cosç ÷ ´ e
Z0 è Aø

Radar – IST – A. Moreira 41


Cornetas de setor H
Aproximação analítica para a zona distante

e - jkr
E= j E0 F (1 + cos θ )(cos φeˆθ - sin φ eˆ )
2 λr

onde sin( k x B / 2)
F= I
kx
I = (l r H / k )
1/ 2
{e ( )
j k y +p / A 2 r H / 2 k
[C (t2 ) - jS (t2 ) - C (t1 ) + jS (t1 )] +
( )
e
j k y -p / A 2 r H / 2k
[C (t4 ) - jS (t4 ) - C (t3 ) + jS (t3 )]
1/ 2
æ 1 ö é kA ù
t i = çç ÷÷ ê(-1) i - k y r H + a ipr H / Aú a1 = a 2 = -a 3 = -a 4 = 1
è pkr H ø ë 2 û

Radar – IST – A. Moreira 42


Cornetas de setor H
Aproximação analítica para a zona distante

Campos na ZD nos planos principais


normalizados a E(θ=0)
é pB ù
sin ê sin q ú
(1 + cos q ) l
´ ë û
Plano E
E/E( q = 0) =
2 pB
(φ=0) sin q
l

Plano H
(1 + cosq ) I (q , f = 0)
(φ=90º) E/E( q = 0) = ´
2 I (q = 0, f = 0)

{ }
1/2
onde ⎛ ρ ⎞ j ⎡(k y +π / A)2 ρ H /2k ⎤ j ⎡(k y −π / A)2 ρ H /2k ⎤
I = ⎜λ H ⎟ e ⎣ ⎦
⎡⎣C(t2 ) − jS(t2 ) − C(t1 ) + jS(t1 ) ⎤⎦ + e ⎣ ⎦
⎡⎣C(t4 ) − jS(t4 ) − C(t3 ) + jS(t3 ) ⎤⎦
⎝ k ⎠ 1/2
⎛ 1 ⎞ ⎡ i kA ⎤
ti = ⎜ ⎟
⎝ π k ρH ⎠
( )
⎢ −1 2 − k y ρ H + α iπρ H / A⎥ α 1 = α 2 = −α 3 = −α 4 = 1
⎣ ⎦

Radar – IST – A. Moreira 43


Diagramas de radiação normalizados aproximados
de cornetas de setor-H no plano H
Parâmetro: desvio de fase máximo no plano
da abertura, 2πδH/λ
Intensidade relativa (dB)

(A/λ)sin θ
Radar – IST – A. Moreira 44
Diretividade de cornetas
eletromagnéticas de setor H
Diretividade

4pbr H
DH = {[C (u ) - C (v)]2 + [ S (u ) - S (v)]2 }
lA

c/
A2 é 1ù é 1ù
t= (t = d H / l ) u = 2 t ê1 + ú , v = 2 t ê- 1 + ú
8lr H ë 8t û ë 8t û

4p 8
DH = Ab ´ e abH e abH = e t ´ e ph
H
et =
l2 p2

p2
e H
ph =
64t
{[C (u) - C (v)] + [S (u) - S (v)] }
2 2

Nota: para 0 £ t £ 0.4 pode usar-se e ph


H
» 1.00323 - 0.08784t - 1.27048t 2

Radar – IST – A. Moreira 45


Diretividade de cornetas de setor H

r H / l = 50

30

20
(λ/b)DH

15
10

A/λ
Variação da diretividade de cornetas de setor H em
função das dimensões no plano da abertura, ρH

Radar – IST – A. Moreira 46


“Otimização” de cornetas
eletromagnéticas de setor H
“Otimização”

topt = 3 / 8, d opt
H
= 3λ / 8 A = 3l r H

Diretividade da corneta 4p
otimizada DH ,opt = Ab ´ e opt
H

l2

8 Ab
=
l2
Eficiência de abertura e opt
H
= 2 / p = 0.637

Largura de feixe (a )
H
HP opt » 78°l / A

Radar – IST – A. Moreira 47


Corneta eletromagnética “piramidal”
geometria

B
a a a
A-a B
b 2 b b
L
B -b
W 2
d
A A
L F1H / 2

F1E / 2 B -b
W B -b d 2 = L2 + W 2 tan(F E / 2) =
2 2L
d 2 2
æ A-a ö æ B -bö A-a
d = L +ç
2 2
÷ +ç ÷ tan(F H / 2) =
a - ai è 2 ø è 2 ø 2L
2

Radar – IST – A. Moreira 48


Corneta piramidal
y
x

a z
b B

Condição de realizabilidade
B - b æ fE ö A - a æ fH ö
LE = LH Þ cotç ÷ = cotç ÷
2 è 2 ø 2 è 2 ø

éæ RE ö 2 1 ù é
2 æ RH ö
2
1ù B -b A-a
( B - b) êç
2
÷ - ú = ( A - a ) êç ÷ - ú ou rE = rH
ëêè B ø 4 úû ëêè A ø 4 úû B A

Radar – IST – A. Moreira 49


Diretividade de uma corneta piramidal :
aproximação analítica
Diretividade
Pode obter-se recorrendo às expressões de cornetas
setoriais
[setor E (a, B, ρE ), setor H (A, b, ρH )]

p æl öæ l ö
DP = ç DE (a, B, r E ) ÷ç DH ( A, b, r H ) ÷
32 è a øè b ø

4p
DP = AB ´ e t ´ e ph
E
´ e ph
H

l2

Radar – IST – A. Moreira 50


Corneta piramidal otimizada nos dois setores

Desenho ótimo
B = 2lr E A = 3lr H 4pAB
DP ,opt = ´ e P ,opt
l2
Condição de realizabilidade
e P ,opt = 0.51

B=
2lLE B
B -b
1
(
ou B 2 - bB - 2lLE = 0 ® B = b + b 2 + 8lLE
2
)

A - a æ A2 ö 1æ 8 A( A - a ) ö
LH = çç ÷÷ ® B = ç b + b 2 + ÷ ( L = LE = LH )
A è 3l ø 2 çè 3 ÷
ø

Radar – IST – A. Moreira 51


Corneta piramidal otimizada nos dois setores

Para um valor pretendido de diretividade (ou ganho, G assumindo η=1)

4p AB 4p 1æ 8 A( A - a ) ö
D= e ab , D = A ç b + b 2
+ ÷e ab
l2 l2 2 çè 3 ÷
ø
Expandindo estas equações obtém-se a
equação de 4ª ordem em A

3b Dl2 3D 2 l4
A - aA +
4 3
A- =0
8p e ab 32p 2e ab
2

A solução pode ser obtida analiticamente (embora de forma elaborada) ou


numericamente. Como 1ª aproximação pode usar-se
A1 = 0.45l D

Radar – IST – A. Moreira 52


Utilização de superfícies corrugadas nas
paredes internas de uma corneta
Corrugação óptima: cavas espaçadas de p < λ e profundidade d =λ/4
A impedância superficial é infinita quando d =λ/4

A corrugação equivale então a uma superfície com tiras alternadas de condutor eléctrico perfeito
(PEC) e condutor magnético perfeito (PMC)

As condições fronteira impõem então o anulamento da componente tangencial do campo


magnético e da componente normal do campo eléctrico

Radar – IST – A. Moreira 53


Corneta piramidal corrugada
Podem fazer-se corrugações no plano E e no plano H, quer em cornetas
piramidais, quer em cónicas

Corrugações no plano E numa corneta piramidal

Para ser eficiente: a) o “dente” deve ser fino (t<<λ0);


b) As reflexões nas “slots” devem ser no modo TEM.
Estas condições verificam-se aproximadamente quando w é pequeno comparado com λ0 e com a
profundidade das cavas, d (normalmente w<λ0/10)

Radar – IST – A. Moreira 54


Corneta piramidal corrugada
Campos aproximados na abertura

jkx´2 jky´2
æ p x' ö æ p y ' ö -
2rH
-
2rE Eax
Eax = E0 cosç ÷ cosç ÷´e e , H ay = -
è A ø è B ø Z0

Diagramas de radiação nos planos E e H:


• Semelhantes ao obtido no plano H de uma corneta de setor H com a mesma dimensão
máxima da abertura no setor respetivo
• No caso da abertura ser quadrada o lobo principal tem aproximadamente simetria de
revolução
Largura de banda: dependente da dimensão das cavas das corrugações λ/4 <d <λ/2

Radar – IST – A. Moreira 55


Corneta cónica
R δ

ρ
dm

Para uma corneta cónica excitada no modo fundamental TE11,


a diretividade pode ser aproximada por

4π ⎛ π dm2 ⎞
Dc = ε
λ 2 ⎜⎝ 4 ⎟⎠ ab

2
æC ö d m2
Dc (dB) = 10 log10 ç ÷ - L( s ) C = p d
èlø onde m (perímetro) e s = (s ≈ δ/λ)
8 λR

L( s ) = -10 log10 (e ab ) » 0.8 - 1.71s + 26.25s 2 - 17.79 s 3

Radar – IST – A. Moreira 56


Corneta “cónica”
Desenho “ótimo”

d m2

Diretividade Dc (escala linear)


3
= d m = 3lR

Diretividade Dc (dB)
8λ R 8

Diretividade

6.53 æ p d m2 ö 6.53 Linha “ótima”


Dopt = 2 çç ÷
÷
e opt = = 0.52 correspondendo à
l è 4 ø 4p diretividade máxima
para comprimento
fixo, ρ

Larfgura de feixe a meia potência

60º λ 70º λ
aE » aH » Diâmetro da abertura dm (em comp. onda)
dm dm

Radar – IST – A. Moreira 57


Antenas refletoras

• As caraterísticas de radiação de uma antena podem ser alteradas quando usada em conjunto
com uma superfície metálica refletora

• Um dimensionamento conveniente do conjunto fonte primária (ou “feed”) e refletor pode


permitir a obtenção de diretividades elevadas, larguras de feixe pretendidas, ou a síntese de
formas específicas de diagramas de radiação
• As superfícies refletoras, embora finitas, são geralmente obtidas a partir de superfícies
ideais como planos, cantos, ou superfícies geradas por curvas do 2º grau como parábolas,
hipérboles e elipses

• Os efeitos da dimensão finita dos refletores poder ser contabilizados recorrendo aos
desenvolvimentos da teoria da difracção

Radar – IST – A. Moreira 58


Antenas com Superfícies Refletoras

Tipos comuns
– Refletor plano
– Refletores de canto
– Superfícies geradas por curvas do 2º grau
• Paraboloides
• Hiperboloides
• Elipsoides
– Refletores duplos

Radar – IST – A. Moreira 59


Métodos de análise de antenas com
superfícies refletoras

• Métodos de Análise
– distribuição do campo "na abertura"
– distribuição da corrente induzida no refletor
• Suporte teórico
– teoremas de equivalência
– ótica geométrica
– ótica física
– teoria geométrica da difração
• No método da abertura, identifica-se uma "abertura" por uma projeção do recorte do refletor
sobre um plano paralelo paralela ao plano focal. Aplicam-se os teoremas de equivalência
sendo abertura a "superfície ativa".
• No método da corrente induzida a superfície iluminada do refletor é considerada a "superfície
ativa", sendo a densidade de corrente sobre o refletor J L = 2nˆ ´ H inc

Radar – IST – A. Moreira 60


Superfícies geradas por cónicas
• Tem particular interesse a utilização de superfícies geradas por curvas do 2º
grau, entre elas contam-se
– Paraboloides
– Hiperboloides
– Elipsoides
podendo ser superfícies de cilíndricas ou de revolução

• A motivação para a utilização de superfícies refletoras deste tipos decorre das


propriedades geométricas que no limite das frequência mais elevadas são
semelhantes às conhecidas propriedades óticas
• Daremos particular atenção aos chamados refletores parabólicos

Radar – IST – A. Moreira 61


Propriedades geométricas de uma
superfície parabólica
relação entre "semiabertura",
ou "semiângulo incluso",
a distância focal, e raio/ diâmetro do "disco"

θ0
foco
f0 =
d æq ö
cotç 0 ÷
r´+ r´´= 2 f 0
z f0 4 è 2ø
r´ a æq ö r ¢¢ = r ¢ cos q '
f 0 = cotç 0 ÷
2 è 2ø r´(1 + cos q ' ) = 2 f 0
r´´
æq ö
a = 2 f 0 tanç 0 ÷ r ' = f 0 / cos 2 (q ' / 2)
è 2ø

Se a fonte for pontual e estiver no foco, após a reflexão os raios são paralelos e a
distribuição do campo é equifase dado que o percurso até ao refletor adicionado ao
percurso até ao plano focal é constante r´+ r´´= 2 f0 (foco-refletor-plano focal = 2f0 )

Radar – IST – A. Moreira 62


Paraboloide de revolução com alimentação
frontal
x ≡ y’
Geometria φ P(r,θ,φ)

r´ r´
z’ φ´ θ z
θ´

x’ ≡ y

f0

Radar – IST – A. Moreira 63


Campo elétrico devolvido pelo refletor (1)

Campo elétrico sobre o plano focal

Z0 e − jkr'(1+cosθ ') E sci


Eab = Pt GP (θ ', ϕ ') ⋅ ê p/ab E ab
2π r' ê p r'
eˆ p / ab
= Eax êx + Eay êy z
q'
F

onde ê p é um vetor de polarização

Nota: mostra-se, por exemplo, que se a fonte primária radiar um


campo elétrico com polarização linear no plano yz
sin j´ cos j'( 1 - cos j') sin 2 j´ cos j' + cos 2 j'
eˆ p/ab = eˆ x - eˆ y
1 - sin θ' sin j'
2 2
1 - sin θ' sin j'
2 2

Radar – IST – A. Moreira 64


Campo elétrico devolvido pelo refletor (2)

1 1 æq ' ö
Usando r' (1 + cosq ' ) = 2 f 0 = cos 2 ç ÷
r' f0 è2ø
Definindo um fator direcional da
fonte primária por GP (q ' , j ' )
f D (q ' , j ' ) =
GP0
Pode escrever-se de forma
equivalente
V0 æq ' ö
E ab = × f D (q ' , j ' ) ´ cos 2 ç ÷ e - jkr' 2 f0 × eˆ p / ab
f0 è2ø
onde V0 e a intensidade de radiação
máxima da fonte primária se relacionam por
Nota: este termo traduz a influência geométrica
do refletor parabolóide na distribuição de
V02
U MP = amplitude (tapering) no plano focal
2Z 0

Radar – IST – A. Moreira 65


Método da abertura
Fontes equivalentes e campo radiado

Abertura equivalente: podemos considerar uma “abertura equivalente” que consiste na


projeção da superfície do refletor sobre o plano focal, tendo fontes equivalentes com
densidades de corrente
Eax E
JL = - eˆx - ay eˆy
Z0 Z0
M L = - Eay eˆx + Eaxeˆy

Campo elétrico radiado na zona distante: usando as fórmulas de Stratton-Chu

Z 0 E ax
Eq = je - jkr (1 + cosq ) òò (- E ax cos j - E ay sin j )e jk ( x 'sin q cos j + y 'sin q sin j ) dx ' dy '
2l r abert
Z 0 E ax
Ej = je - jkr (1 + cosq ) òò (- E ax sin j + E ay cos j )e jk ( x 'sin q cos j + y 'sin q sin j ) dx ' dy '
2l r abert

Radar – IST – A. Moreira 66


Refletor paraboloide de revolução
com fonte com simetria de revolução (1)
Considere-se agora um refletor e fonte com simetria de revolução em torno do eixo da
parábola. Faz-se uso de propriedades geométricas conhecidas

æq ö æq' ö V0 æq' ö
a = 2 f 0 tanç 0 ÷ , r ' = 2 f 0 tanç ÷ e Eab = × f D (q ' ) ´ cos 2 ç ÷
è2ø è2ø f0 è2ø

O Campo elétrico na zona distante pode ser obtido, após alguma manipulação,
recorrendo a uma mudança de variável de integração na expressão do slide anterior,
obtendo-se
q0
pa
E ( P) = V0 (1 + cos q ) cot(q 0 / 2) ò f D (q ' ) tan(q ' / 2) J 0 (2kf 0 tan (q ' / 2 )sin q )dq '
lr 0

onde θ´ é o ângulo relativo ao percurso da radiação desde a fonte até ao refletor e θ é o


ângulo relativo à direção de observação na zona distante

Radar – IST – A. Moreira 67


Refletor paraboloide de revolução
com fonte com simetria de revolução (2)
Obtém-se então para o campo E na zona distante, num ponto segundo o eixo dos zz

πa ⎛ θ 0 ⎞ θ0 ⎛ θ´ ⎞
V0 cot ⎜ ⎟ ∫ f D (θ ´) tan ⎜ ⎟ dθ '
Campo eléctrico na direção
EM =
de máximo na zona distante λr ⎝ 2⎠ 0 ⎝ 2⎠

definimos o fator direcional


4pU M r 2 EM2 GP ( q ' )
da fonte primária por D= UM = f D (q' ) =
Prad 2Z 0 G0

a æ E 2 ( r ') ö
Após integração sobre a abertura Prad = 2p ò ç ab
ç
÷
÷ dr '
0 ç 2 Z0 ÷
è ø
E usando uma mudança de variável
æq' ö
r ' = 2 f 0 tanç ÷
obtém-se è2ø

2 q 2
æ 2pa ö 2 æ q0 ö æq' ö
ç ÷ ò [DP (q ' )] tanç ÷dq '
0
1/ 2
D=ç ÷ cot
è l ø è2ø 0 è2ø

Radar – IST – A. Moreira 68


Refletor paraboloide de revolução
com fonte com simetria de revolução (3)
4pA 4pA æ 2pa ö
2
Usando a definição de eficiência de abertura, D= ´ e ab e =ç ÷
l2 l2 è l ø
Obtém-se,
2
æq ö 0 æq' ö
q
Eficiência de abertura e ab = cot ç 0 ÷ ò [DP (q ' )] tanç ÷dq '
2 1/ 2

è2ø 0 è2ø

Alguns modelos de fontes podem agora ser testados

Radar – IST – A. Moreira 69


Refletor paraboloide de revolução
Fonte com simetria azimutal e variação cosn(θ)
No caso de fontes primárias com fator direcional
da forma ì cos n ( θ ¢ ) θ £ π / 2
f D ( θ¢ ) µ í
î0 π/ 2£θ £π
(nota: quanto mais elevado for n, mais diretiva é a fonte)
O cálculo da eficiência de abertura conduz aos seguintes resultados
2
æq öì 2 æ q 0 ö é æq öù ü
(n = 2) e ab = 24 cot ç 0
2
÷ísin ç ÷ + ln êcosç 0 ÷ú ý
è 2 øî è 2ø ë è 2 øû þ
2
æq öì 4 æ q 0 ö é æq öù ü
(n = 4) e ab = 40 cot ç 0
2
÷ísin ç ÷ + ln êcosç 0 ÷ú ý
è 2 øî è 2ø ë è 2 øû þ
2
æq öì é æ q 0 öù [1 - cos(q 0 )] ü
3
1
(n = 6) e ab = 14 cot ç 0
2
÷í2 ln êcosç ÷ú + + sin 2 (q 0 )ý
è 2 øî ë è 2 øû 3 2 þ

Radar – IST – A. Moreira 70


Eficiência de abertura quando as fontes são do
tipo “cosn(θ)”
Eficiência de abertura εab n=2

n=4

n=6

Semi-abertura do refletor θ0 (grau)

Representação gráfica da eficiência de abertura de uma antena com refletor paraboloide de


revolução, e fontes com variação “cosn(θ’)”
Nota: a eficiência de abertura inclui o efeito da iluminação não ser uniforme (“tappering”), e de parte da radiação
da fonte primária não ser intersectada pelo refletor (“spill-over”)

Radar – IST – A. Moreira 71


Eficiência de iluminação ("tapering") e
de “spill-over”
A eficiência de abertura pode ser decomposta no produto do rendimento de spill-over
pela eficiência de iluminação, ou “tapering”

e ab = e s ´ e t
4pU max
tapering et =
Pintersectada

Spill-over P intersetada pelo reflector


es =
P radiada pela fonte primária

θ0

εs =
ò
0
DP(θ ')sin (θ ') dθ '
π
ò
0
DP(θ ')sin (θ ') dθ '

Radar – IST – A. Moreira 72


“Spill-over” – conceito
“spill-over”

potência intersetada pelo refletor


ou potência na abertura

θ0

“spill-over” εs =
ò
0
DP(θ ')sin (θ ') dθ '
π
ò
0
DP(θ ')sin (θ ') dθ '

Radar – IST – A. Moreira 73


Eficiência de “tapering”
Comparando o ganho da antena refletora, considerada como uma “abertura”, com o de
uma abertura uniforme e equi-fase com a mesma geometria, obtemos a eficiência de
“tapering”

æ 4pU max ö æ 4pA ö U max l2 (Pabert= Potência intersetada


e t = çç ÷÷ : ç 2 ÷ = ×
è Pabert ø è l ø Pabert A pelo refletor)

Radar – IST – A. Moreira 74


Rendimento de spill-over e de iluminação
para fontes “cosn(θ)”

n=2
εsp

6 4

εt
4 6
n=2

θ0
θ0

Eficiência de spill-over em função da Eficiência de iluminação em função da


semi-abertura do refletor θ0 (grau) para semi-abertura do refletor θ0 (grau) para
fontes “cosn(θ)” fontes “cosn(θ)”

Radar – IST – A. Moreira 75


Notas sobre refletores com fontes com fator
direcional “cosn(θ)”
O estudo da variação da eficiência de abertura, spill-over e tapering em função da semi-
abertura do refletor, para fontes com fator direcional da forma f (q ¢) µ cos n (q ¢)
D
permite concluir:
– para cada fonte primária há um valor ideal de θ0 (ângulo de semiabertura) que
maximiza a eficiência de abertura
– a eficiência de abertura depende apenas de fatores geométricos do refletor e da
caracterização de fonte
– quanto mais diretiva é a fonte primária menor é o valor ideal da semiabertura
Um refletor paraboloide alimentado por uma corneta piramidal e convenientemente
dimensionado permite obter normalmente uma eficiência de abertura entre ≈ 0.5-0.6 e as
larguras de feixe a -3dB têm, tipicamente, valores próximos de

35º l 70º l
a -3 dB » =
a d

Radar – IST – A. Moreira 76


Notas: inclusão dos efeitos de fase, polarização,
bloqueamento e rugosidade

• se considerarmos uma fase não uniforme sobre o plano da abertura, o ganho reduz-se; define-se
uma eficiência de fase εph para contabilizar este efeito

• quando a polarização não é uniforme, pode definir-se uma eficiência de polarização, εpol
• a redução do ganho pelo bloqueamento de objetos, que pode incluir a fonte primária, sub-
refletores guias e objetos de suporte, é contabilizada pelo fator de bloqueio, ε b

• os desvios erráticos à forma da superfície idealizada reduzem o ganho sendo contabilizados


através de um fator de rugosidade εr. Segundo Ruze, admitindo um modelo de distribuição
gaussiana de rugosidade com intervalo de correlação grande comparado com o comprimento de
onda,
2
æ 4ps ö
-ç ÷
er = e è l ø

onde σ, parâmetro de rugosidade, é o valor rms dos desvios da superfície, e εr traduz uma redução
no ganho

Considerando todos este efeitos, obtém-se e ab = e se te phe pole be r

Radar – IST – A. Moreira 77


Interação entre refletor e fonte primária

A devolução de radiação pelo refletor origina


– Desadaptação de impedâncias na fonte primária (onda estacionária no guia)
– Bloqueamento (radiação intersetada)

Onda
estacionária
bloqueamento

Radar – IST – A. Moreira 78


Notas: bloqueamento em refletores por
obstáculos circulares
Bloqueamento causado por um obstáculo circular de raio
rb em frente a um refletor de raio a. s/ bloq.
-5
c/ bloq.
Quando a iluminação não bloqueada é da forma,

Intensidade relativa
-10
[ ]

ao máximo (dB)
E ( r ) = E0 1 - ( r / a )
2 n

-15
pode mostrar-se que a redução no ganho é ,
-20
{
eb = 1- d 2
{[(1 - d ) ]n + 1}}
2 n
2

-25
onde δ = ρb /a. Neste caso o nível de lobos secundários
pode ser estimado por -30

2
⎛ SLL + (n +1)δ 2 ⎞
SLL ' = ⎜ ⎟⎠
-15 -10 -5 0 5 10 15
⎝ 1 − (n +1)δ
2
Ângulo (grau)

onde SLL é o nível de lobos secundários com Diagrama de radiação de uma abertura circular com e sem
bloqueamento e SLL nível sem bloqueamento. bloqueamento; no exemplo E(ρ)=[1-(ρ/a)2] e δ = 0.1

A figura corresponde a uma distribuição de iluminação “em parábola (n=1)” bloqueada por um disco com diâmetro 10%
do diâmetro da abertura. Note-se a redução no ganho máximo, e o crescimento dos lobos secundários

Radar – IST – A. Moreira 79


Nota: bloqueamento em fontes com fator
direcional cosn(θ )
Efeito do bloqueamento no ganho devido a uma fonte primária em forma de
obstáculo circular de raio rb em frente a um refletor de raio a, quando a
iluminação não bloqueada é da forma, cosn(θ )

2 Ex1:
e b = 1 - Db rb/a =0.1; n=2; θ0=65º
c/ D b = Cb (rb / a ) 2 Cb=1.4; Δb=0.014; εb=0.97
n ´ tan 2 (q 0 / 2) Ex2:
e Cb = rb/a =0.2; n=4; θ0=60º
2(1 - cos 2 (q 0 / 2))
Cb =1.524; Δb=0.061; εb =0.88

Radar – IST – A. Moreira 80


Notas: outras configurações
Refletor parabólico alimentado por fonte com offset

Motivação: redução do bloqueamento

Radar – IST – A. Moreira 81


Notas: deformação de refletor “parabólico”
para se obter diagramas em “cosec2(θ)”

Diagrama aproximadamente em cosec2(θ) num setor angular


Diagrama ideal e realizado na prática

Radar – IST – A. Moreira 82


Notas: obtenção de diagrama de radiação
em “cosec2(θ)” com feeds múltiplos

Radar – IST – A. Moreira 83


Notas: outras configurações, refletor duplo
com montagem Cassegrain

Fonte
Fonte
Virtual

Distância focal do Distância focal do


paraboloide real paraboloide “equivalente”

Motivação: redução das distorções “óticas” por aumento da distância focal equivalente; spill-
over frontal, vantajoso em aplicações de antenas para ligações via satélite

Radar – IST – A. Moreira 84


Notas: outras configurações
Refletores duplos :Cassegrain e Gregoriano

F2 F1
F1
F2

Cassegrain Gregoriano
Refletor parabólico (foco F1 ) + Refletor parabólico (foco F1 ) +
Refletor hiperbólico (focos F1 e F2 ) Refletor elíptico (focos F1 e F2 )

Radar – IST – A. Moreira 85


Notas: montagem Cassegrain com técnicas de
redução do bloqueamento
Camada de rotação de
polarização

Sub-refletor constituído por grelhas de condutores paralelos


Rotação de polarização no refletor principal produzindo uma polarização ortogonal no
sub-refletor

Radar – IST – A. Moreira 86


Agregados planares

Os agregados planares são muito usados em antenas de radar quando se pretende efetuar um
varrimento eletrónico rápido, normalmente na coordenada de elevação. O controlo da
orientação do feixe faz-se recorrendo ao controlo de fase na alimentação dos seus elementos

Radar – IST – A. Moreira 87


Agregados planares
Dois tipos:
Agregados lineares de agregados com desfasamento progressivo
• Consistem normalmente numa sequência de agregados lineares
com desfasamento progressivo.
• A excitação de cada agregado tem o mesmo desfasador.
• O conjunto forma uma antena “planar”.
– Favorável: geometria simples
– Desfavorável: só é possível o controlo do feixe num plano

Agregados planares com formatação do feixe em dois planos


• Neste caso cada elemento tem um desfasador próprio, apesar de
em geral existirem desfasadores para cada fileira de elementos
– Favorável: é possível a formatação do feixe (beam
forming) em dois planos
– Desfavorável: controlo de fase mais exigente

Radar – IST – A. Moreira 88


Agregado linear uniforme com desfasamento
progressivo
E (P)
θ

Hip: correntes de excitação com


a mesma magnitude (agregado

in θ
uniforme) e variação progressiva

)d s
da fase

1
(N-

θ
si n

θ
3d

si n

in θ
2d

ds
(N) (3) (2) (1)

Ae j ( N -1)f ... Ae j 2f Ae jf Ae j 0

E ( P) = E1 ( P) + E2 ( P) + ! + EN ( P)
Tomando a antena (1)
como referência E1 ( P) = E0 ( P) , E2 ( P) = E1 ( P)e j (f - kd sin q ) ! EN ( P) = E1 ( P)e j ( N -1)(f - kd sin q )

E( P) = E0 ( P) ´ 1 + e j (f - kd sinq ) + e j 2(f - kd sinq ) ! e j ( N -1)(f - kd sinq )

Radar – IST – A. Moreira 89


Agregado linear uniforme com desfasamento
progressivo
E( P) = E0 ( P) ´ 1 + e j (f - kd sinq ) + e j 2(f - kd sinq ) + ! + e j ( N -1)(f - kd sinq )

fator espacial, F
fator espacial F = 1 + e - jy + e - j 2y + ! + e - j ( N -1)y
1 - e - jNy
=
1 - e - jy

2pd sin( Ny / 2)
c/ y= sin q - f F (y ) =
l sin(y / 2)

sin[ Np (d / l ) sin q - Nf / 2]
F (sin q ) =
sin[p (d / l ) sin q - f / 2]

Radar – IST – A. Moreira 90


Agregado linear uniforme com desfasamento
progressivo
O valor máximo do fator espacial ocorre para quando Ψ=0 (também para Ψ= 2πm)
sendo igual a N, pelo que é habitual usar-se a representação normalizada
1 sin( Ny / 2)
Fn (y ) =
N sin(y / 2)

O diagrama de radiação descrito em função do ganho vale então

2
2 1 æ sin( Ny / 2) ö
Fn (y ) = 2 çç ÷
N è sin(y / 2) ÷ø

Nota: com N elevado, a queda a -3 dB ocorre aproximadamente para

Y = 2.782 / N

Radar – IST – A. Moreira 91


Agregado linear uniforme com desfasamento
progressivo
O máximo do fator espacial ocorre quando Ψ=0 2πm æ 2pd ö
çy = sin q - f ÷
è l ø

A re-orientação eletrónica do feixe é pois possível controlando (eletronicamente) a diferença de fase


entre elementos. A direção de máximo que corresponde a Ψ=0, ocorre para

f l
sin q 0 = ×
2p d

Note-se, no entanto que quando Ψ= 2πm, também origina máximos do fator espacial (correspondem a
lobos secundários de valor igual ao principal, os chamados grating lobes) que ocorrem para

æ f ö l
sin q gl = ç ! m÷ ×
è 2p ø d

Radar – IST – A. Moreira 92


Agregado linear uniforme com desfasamento
progressivo; direção de máximo
O fator espacial pode então
sin[ Np (d / l )(sin q - sin q 0 )]
escrever-se na forma F=
sin[p (d / l )(sin q - sin q 0 )]

O diagrama final obtém-se pelo produto de fator espacial pelo diagrama dos elementos que
constituem o agregado
• fator espacial condiciona o diagrama de radiação, podendo original o chamados “grating
lobes”, se o espaçamento entre antenas for superior ao comprimento de onda.
• Exemplo na figura, correspondendo a um agregado com 10 elementos

p (d / l )(sin q - sin q 0 ) ®

Radar – IST – A. Moreira 93


Agregados lineares com desfasamento
progressivo; circuitos de alimentação (feeds)
Pode usar-se uma alimentação em paralelo com desfasadores variáveis em cada elemento (na figura,
exemplificado com 4 elementos).
2p d
Com a diferença de fase entre elementos consecutivos f = sin q 0 a direção de máximo do feixe
ficará orientada para o ângulo θ0 l

Em alternativa pode também ser usada alimentação em série a partir de uma extremidade (geralmente
com perdas elevadas) ou a partir do centro

Radar – IST – A. Moreira 94


Agregados lineares com desfasamento
progressivo; varrimento em frequência
Neste método (com pouco uso nos radares modernos) utiliza-se uma alimentação em série sendo as
diferenças de fase entre elementos conseguidas pelo uso de troços de guia em “serpentina” (também
designados por “snakeline”); o comprimento de onda do sinal nestes guias depende da frequência, pelo
que o mesmo sucede com a diferença de fase.

2p l
f=
lg
l, comp. dos troços
λg, comp. onda
nos guias

Neste caso

l l l l l
y =0 sin q 0 = × , y = ±2p m sin q 0 = ! m + ×
d lg d d lg
e a direção de máximo é variável com a frequência, permitindo a re-orientação do feixe

Radar – IST – A. Moreira 95

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