Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autor(es): elymartins
Índice
(Cap. 1) Prólogo
(Cap. 2) Implacável
(Cap. 3) Declarando guerra
(Cap. 4) Castigo
(Cap. 5) Queda de braço
(Cap. 6) Guerra de nervos
(Cap. 7) Perdão da dívida
(Cap. 8) Pra vida inteira?
(Cap. 9) Poderosa Cullen
(Cap. 10) Raro momento
(Cap. 11) Revelação Bombástica
(Cap. 12) Tudo por uma simples vingança
(Cap. 13) Ciúmes...e mais ciúmes
(Cap. 14) A nova Cullen
(Cap. 15) Comunicado
(Cap. 16) Traição
(Cap. 17) Entregando os pontos
(Cap. 18) O Herdeiro
(Cap. 19) Bônus - Emoções à flor da pele
(Cap. 20) Poder...amor...união
(Cap. 21) Lua de mel
(Cap. 22) Voltando pra casa
(Cap. 23) Perigo mora ao lado
(Cap. 24) A queda
(Cap. 25) De caso com a máfia
(Cap. 26) A volta do poderoso
(Cap. 27) O amor e o poder
(Cap. 28) O sexo dos anjos
(Cap. 29) Os brutos também amam
(Cap. 30) Mentiras e punições
(Cap. 31) Muito perto do fim
(Cap. 32) Sem perdão
(Cap. 33) Em crise
(Cap. 34) Inesperado
(Cap. 35) Dando um tempo
(Cap. 36) Em suas mãos
(Cap. 37) Volta pra casa
(Cap. 38) Caso de família
(Cap. 39) Celebrando
(Cap. 40) Confronto
(Cap. 41) Companheira
(Cap. 42) Minha família... minha vida
(Cap. 43) Lançando os dados
(Cap. 44) BOAS NOTÍCIAS
(Cap. 45) Amar... é assim
(Cap. 46) Bônus
(Cap. 47) De volta às origens
(Cap. 48) Em pé de guerra
(Cap. 49) Acerto de contas
(Cap. 50) Astúcia
(Cap. 51) Gata e rato
(Cap. 52) Começo do fim - Parte 1
(Cap. 53) Começo do fim - Parte Final
(Cap. 54) Melhores Dias
(Cap. 55) Non tutto è la fine
(Cap. 56) Epílogo
(Cap. 1) Prólogo
Mais um daqueles dias em que minha cabeça fervilhava. Por que será que quando as
coisas têm que dar errado, vêm todas de uma só vez? E sempre aparecia um
engraçadinho para me tirar do sério. Hoje meu humor não era dos melhores, o que era
péssimo. Normalmente eu não era bem humorado. Talvez o fardo dos negócios todo em
minhas costas. Às vezes eu mesmo me achava muito sisudo para alguém com apenas 24
anos. Estava sentado em meu escritorio quando as enormes portas de madeira se
abriram. Encarei os dois homens a minha frente e pela expressão deles as notícias não
eram favoráveis.
– Más notícias,chefe.
– Na verdade não falamos com Mike. Fomos recebidos pela irmã dele. Ergui minha
sobrancelha pra eles.
– E?
– Ela disse que não irá tirar um centavo da herança deles para pagar um vagabundo
como você.
– Sim, chefe. E culpa o senhor por.....tudo o que acontece com o irmão dela.
– Ela tem 21 anos,chefe. É a responsável por toda a fortuna deles agora: Isabella Swan.
–Sei.......e ela acha que ficará assim? Não irá me pagar um centavo?
– Mas chefe.....
– Ótimo. Excelente.
– Então........
–Senhor Cullen....eu já devolvi tudo, cada grão daquela droga, não me restou nada. Isso
não é necessário.
– Cale a boca. Não me venha dizer o que devo fazer. Você me desafiou
Mccalister.......Sabe que eu não perdôo isso.
– Sim....mas....
– Emmet....a corda.
Vi o rosto do homem empalidecer e o terror tomar conta dele.
– Pensasse nela antes de tentar me roubar. Isso é só um aviso para que ninguém da sua
família atravesse o meu caminho. Ou será bem pior.
Sorri.
– Eu sei que tem......e um filho tão vagabundo quanto você. Agora chega de conversa.
– Emmet.
Fiz sinal com a cabeça e Emmet ajustou a corda no pescoço do homem. Ele tremia
visivelmente.
Eu ri alto.
– Adeus, Mccaslister.
Me afastei um pouco, ficando ao lado de Jasper. Eu sabia que ele era fraco. Emmet
aguardava meu sinal, que veio rapidamente.
Com um chute certeiro, Emmet tirou o caixote dos pés do homem.Suas pernas se
debateram no ar, o barulho da corda ringindo. Continuei olhando a cena, totalmente
desprovido de emoção. Os olhos do homem já estavam esbugalhados, a face roxa e a
língua para fora. Um de seus órgãos internos se desprendeu , enchendo o ambiente com
o odor da morte. Jasper virou o rosto.
Jasper endireitou o corpo, mas com a respiração suspensa. Eu não tinha mais nada a
fazer ali. Mccalister estava morto. Merecidamente. Ninguém me desafiava e saia
impune.
Cheguei em casa e fui direto ao meu escritório. Esparramei meu corpo na poltrona
acendendo meu cigarro.
Dei uma longa tragada deixando a fumaça invadir meu organismo. Acho que esse fora
um dos dias mais massacrantes pra mim. Não pelo que acabara de acontecer. Aquele
homem não valia muita coisa. Mas por me recordar a todo instante das palavras do meu
pai: um herdeiro. Merda. O pior de tudo é que eu estava com Victoria agora. Ela estava
longe de ser a mulher ideal, apesar de ser gostosa e boa de cama. E apesar de ser um
chefão poderoso, temido e sem sentimentos, eu não me envolvia com mais de uma
mulher ao mesmo tempo. Primeiro porque mulheres davam trabalho demais. E
segundo...porque eu não tinha a mínima paciência com elas.
– Edward?
Estava tão distraído que não percebi a chegada de Vitória, deliciosa numa camisola
vermelha.
– Está tenso.
– Seria excelente.
– Vem cá.
Puxei-a sobre meu corpo, erguendo sua camisola. Vitória já sabia como era. Ela mesma
pegou um preservativo em meu bolso, deslizando em meu pau. Em seguida sentou-se
sobre mim, já cavalgando.
Segurei firme em sua bunda, forçando seu corpo a se unir mais ao meu. Victoria
inclinou seu corpo e abocanhei seu seio, mordendo seu mamilo.
– Edward....hummm....tão bom...
Victoria cavalgava com vontade, me levando rapidamente ao ápice, mas não antes dela.
Nunca gozava antes de uma mulher. Apesar de serem maçantes e pedantes às vezes, eu
adorava dar prazer a elas.
– Você merece.
Como sempre,ela me obedeceu. Liguei o chuveiro ,deixando a água morna relaxar meus
músculos tensos. Amanhã ainda teria que estar bem cedo no outro galpão para ver o
carregamento de cocaína que acabara de chegar. Lavei meu corpo. Eu ainda sentia o
cheiro do Mccalister no ar. Não iria morrer se não tivesse me desafiado. Se tivesse sido
apenas o roubo, talvez perderia apenas um braço, uma mão....mas desafiar Edward
Berllucci Cullen? Estava pedindo para morrer.
Sai do banho, mas não fui pra cama. Victoria ja estava a sono solto. Fraca demais.
Nunca aguentava mais que duas transas. Voltei para o escritorio e reli os papéis do
Mccalister. Sujeito burro.Morreu por ter um ego inflado demais. Agora restavam apenas
os dois filhos dele.. Ainda iria me decidir o que fazer com eles. Se não me dessem
trabalho, viveriam muito tempo. Se é que se podia chamar de vida, a miséria em que
ficariam em pouco tempo.
A situação estava pior do que imaginava. Quanto mais eu olhava os papéis em minhas
mãos, mais eu tinha a certeza que Mccalister me roubara várias vezes. Trabalhou com
meu pai durante muitos anos, até que resolveu se tornar um homem "honesto". Pelo
menos aparentemente. Já que vivia do dinheiro que nos roubou. Assim que descobrimos
suas artimanhas, preparamos uma armadilha e ele caiu feito um pato. Antes de executá-
lo eu ainda o fiz me devolver tudo o que roubara durante esses anos. E o resultado:
Deixara seus filhos na miséria, sem um centavo sequer. Apesar de tudo eu não tinha
nada contra os filhos dele. Sequer os conhecia. Sabia apenas que era uma moça e um
rapaz.Nunca fiz questão alguma de saber de vida de ninguém. assim como não permitia
que se enfiassem na minha vida. Eu planejava realmente deixá-los curtindo sua
"herança" por um tempo. No entanto esse pensamento me ocorreu antes que Emmet me
trouxesse outra bomba.
– Edward?
– Entre, Emm.
– Más notícias.
– Caramba, Edward.
– Desembucha logo.
– Que porra de amadorismo é esse Emmet? Será que vou ter que ensinar tudo de novo?
Como você me fornece droga para alguém que não quer pagar?
Ótimo....maravilhoso. Era tudo o que eu precisava agora. Era óbvio que não iria pagar.
Estava falido, embora ainda não soubesse.
– Emmet....ou você honra essas calças ou então cai fora do esquema. Eu não admito
gente fraca do meu lado.
Agora eu entendia porque meu pai simplesmente desistira de tudo e jogara nas minhas
costas. Um bando de inútil ao seu lado. Só aborrecimento.
E além de tudo hoje era dia de almoçar com meus pais. Sempre a mesma lenga lenga. E
não deu outra.
– Estou esperando uma mulher que preste para me dar esse filho.
– E Victoria?
– Sexo.
– Não entendo. Você sempre foi meu bebezinho, Ed. Meu caçulinha. Veja no que se
transformou.
– Epa....Esme....você sabia disso desde quando se casou comigo. Ah...pronto. Agora iria
começar a briga de casal.
Sai de lá chateado, como sempre. Melhor trabalhar. era menos desgastante. Verifiquei o
carregamento que havia chegado na noite anterior e voltei para o escritório. Nem tive
tempo de me sentar e Emmet entrou, seguido por Jasper.
– Más notícias,chefe.
– Na verdade não falamos com Mike. Fomos recebidos pela irmã dele. Ergui minha
sobrancelha pra eles.
– E?
– Ela disse que não irá tirar um centavo da herança deles para pagar um vagabundo
como você.
– Sim, chefe. E culpa o senhor por.....tudo o que acontece com o irmão dela.
– Ela tem 21 anos,chefe. É a responsável por toda a fortuna deles agora: Isabella Swan.
–Sei.......e ela acha que ficará assim? Não irá me pagar um centavo?
– Mas chefe.....
Bella POV
Meu corpo tremia de raiva. Meus punhos estavam fechados e eu tinha a vontade de
socar a cara do Mike.
– Tanto que te avisei, Mike. Te pedi para que não se envolvesse com nada ilegal. E
agora me faz passar por isso?
– Eu ia pagar, Bella. Não tenho culpa se meu pai bloqueou minha conta.
– Claro. Deveria saber desse seu vício. Olha a situação em que me colocou. Dois
mafiosos brutamontes na minha porta.
Mike riu.
– E você os enxotou.
– Isso não tem graça. eu estava com raiva, nervosa. Mas você melhor do que eu deve
saber que eles voltarão.
– Sabe quem é?
– Em mim ninguém mete medo. e se ele vier na minha porta solto os cachorros de novo.
– Mike.....MIKE....
Me deixou falando sozinha, o desgraçado. Enterrei meu rosto em minhas mãos. Eu com
apenas 19 anos seria responsável por aquele infeliz. Tinha 23 anos de pura falta de
juízo. Meu pai partira....foi assassinado. Nem adiantava me dizer que ele se suicidara. eu
não acreditava nisso. Seu corpo foi encontrado num aterro. Enforcado. Não duvidava
nada que fosse essa máfia podre que acabara com sua vida.
Eu ri alto.
– Jacob. James. Ao ouvir seus nomes o loiro e o moreno de dirigiram a mim. Tentei me
afastar e correr mas mãos fortes me pegaram e me amordaçaram.
– E é gostosa.
– Não toque nela, Jacob. Se ela for nos servir.....tenho certeza que Edward irá usufruir
primeiro.
Arregalei meus olhos. Eles estavam falando de......transar comigo? Meu coração quase
pulou pela boca. Eram brutamontes. Iriam destruir meu corpo virgem e imaculado.
Voaram pelas ruas da cidade. Antes de chegarmos eles me vendaram. Desci do carro
ainda vendada, ouvindo apenas os passos e as risadas deles. Uma batida e abriram uma
porta.
– Tirem a venda.
Um arrepio me fez estremecer. A voz era sexy. Com um puxão um deles retirou minha
venda. Forcei meus olhos a se acostumarem com a claridade. Assim que isso foi
possível eu me deparei com profundos olhos verdes. Olhos verdes do filho da puta mais
bonito que já vi em toda minha vida. Seu olhar percorreu meu corpo, reparando em cada
detalhe.
Em dois segundo ele estava a minha frente. Segurou minha bochecha com força.
– Seu pai procurou a morte, Isabella. Não tive como negar isso a ele.
– Ordinário.
– Acho bom se acalmar. Pessoas atrevidas como você acabam a sete palmos debaixo da
terra.
– Eu não tenho medo de você. Não pense que me intimida. você não verá um centavo
do meu dinheiro para sustentar seu vicio......sua perversidade.
– Não fale do que não sabe, pequena. Pode até não me pagar com dinheiro.
– Não estou falando de mim,senhorita. Você é pouca areia pra mim. Não estou
disposto a morrer de tédio numa cama.
Minha mão ergueu-se certeira para acertar seu rosto. Foi parada no ar, me puxando com
força. Bati de encontro ao seu peito e minha respiração acelerou. Seus olhos
faíscaram,suas narinas se dilatando.
–Eu não faria isso se fosse você. Não meça forças comigo. Não me enfrente. Será
melhor pra você.
– Faça o que quiser, Senhor Cullen. Me deixe presa aqui, se achar melhor. E vou
transformar sua vida num inferno.
Ele me apertou com tanta força que senti lágrimas em meus olhos.
Me empurrou com força e cai sentada na poltrona. foi até a porta e a trancou. Quando se
virou eu vi escrito claramente em seu rosto: PERIGO.
Fiquei de pe novamente.
–Tem dois minutos pra falar.
– Bravinha.....
–Não pense.....
Encarei-o novamente.
Empurrou-me novamente.
(Cap. 4) Castigo
Edward POV
– RESPONDA!
– Tenho 19 anos.
– 19?
Então Emmet mentira. E eu já sabia bem o por que. Se interessou por ela. E com apenas
19 anos eu não a entregaria para meus homens. Por isso me disse que ela tinha 21.
Poderia ser loucura de minha parte. Eram apenas dois anos de diferença, mas eu achava
19 anos quase uma criança. Eu tinha meus princípios, bem enterrados , mas tinha.
Eu ri.
– Não. Tem cara de bebê. Um bebÊ que será castigado por ser tão insolente.
A raiva ferveu meu sangue. Avancei sobre ela e segurei-a pelo braço.
– Que se dane. Já disse que não tenho medo de você. Não sou como seus capachos que
tremem só de ouvir sua voz.
– Seu......
Ela avançou para mim, novamente, a palma da mão erguida. Mais uma vez, segurei sua
mão no ar. Apertei seu corpo que tremia, contra o meu. Com a outra mão eu segurava a
mão que tentava me bater.
Segurei sua mão espalmada em meu rosto. Virei o rosto e passei a língua por sua mão e
seus dedos. Ela arfou e seu corpo tremeu ainda mais.
– Domando você....
– Ora seu......
Tentou puxar sua mão mas eu era milhões de vezes mais forte.
– Pelo visto Mccalister não te ensinou nada, não é? Acho que terei que ser eu a fazê-lo.
Arrastei-a ate o sofá e sentei-me, ainda segurando a pelo braço. Peguei a palmatória que
havia caído no chão e com muita facilidade deitei-a em meu colo.
Ergui seu vestido e quase desisti da idéia. A bunda era deliciosa demais, vestida numa
minúscula calcinha de renda. Ela se contorceu, querendo se soltar e seu sexo roçou em
minha perna.
– Me solta....
– PARE!!
– Respeito?
– JAMAIS.
Outra palmada e mais outra e ela pulou em meu colo. Puxei-a de volta e minha mão se
enfiou no decote da blusa, imediatamente envolvendo o seio generoso.
Continuei batendo, sem retirar minha mão. Eu estava completamente maluco. Remexi
minha perna, massageando assim o seu sexo. Ela gritou novamente, a respiração
ofegante. Mesmo através do tecido da calça eu senti seu sexo me molhando.
Vadia.....estava gostando.
– Sim.
Olhei a bunda gostosa....estava machucada. Desci sua saia e a levantei. Ia ser difícil se
sentar agora. Ajeitou sua roupa, de cabeça baixa. Eu percebi que chorava. Peguei o
interfone e liguei para Victoria.
Tinha sido uma excelente idéia ter esse escritório para encontros mais “desgastantes”
em minha própria casa. Era muito útil às vezes. Victoria veio rapidamente.
– Edward?
– Foi castigada?
Bella acompanhou Victoria sem me olhar. Confesso que exagerei dessa vez. Eu só
castigava assim quando as mulheres realmente me tiravam do sério. Bem, ela me tirou
do sério. De uma forma diferente, mas tirou. Acendi um charuto e deixei a fumaça
penetrar meu corpo. Há tempos eu queria parar com esse hábito, mas se revelou uma
tarefa difícil. Horas mais tarde, Victoria voltou ao escritório.
– Tudo certo?
– Sim. Já cuidei das feridas dela. E a alimentei também. Está dormindo agora.
– Os seguranças?
Apaguei meu charuto e puxei Victoria para o meu colo. Invadi sua boca, minha língua
devastando-a, buscando cada parte de sua boca. Meu pau já estava absurdamente duro e
eu precisava me liberar urgente. Abri minha calça, massageando meu pau. Victoria se
levantou e ajoelhou-se a minha frente, a boca engolindo imediatamente toda minha
extensão.
– Hummmm......delicia.....
A boca macia e quente operava verdadeiro milagre. Meu pau se contorcia e inchava
cada vez mais dentro de sua boca. Eu não demoraria a gozar. Puxei Victoria de volta.
Ela mesma se adiantou, pegando o preservativo e envolvendo meu pau. Apoiou-se em
meu ombro e desceu sobre mim. Ergui seu vestido, apenas afastando sua calcinha.
Apertei-a pelos ombros, sentando-a de uma só vez sobre meu pau, me enterrando fundo
nela. Victoria gemeu alto. Baixei seu vestido e engoli os seios suculentos, já socando
meu pau com toda força dentro dela. Fechei os olhos e a imagem da bunda perfeita e
deliciosa me veio a mente. Abri novamente, para espantar aqueles pensamentos, mas
não foi o bastante. Victoria cavalgava gemendo sobre mim. Levantei-me com Victoria e
sai de dentro dela, virando-a sobre a mesa. Puxei sua bunda para mim e enterrei-me nela
novamente, dessa vez estocando forte e rápido. A imagem da bunda perfeita em minha
mente novamente. Segurei sua cintura com mais força. A boceta encharcada de Victoria
fazia meu pau deslizar com facilidade. Ela gemeu alto, já gozando e a acompanhei. Meu
gozo abandonando meu corpo violentamente, me fazendo estremecer. Afastei-me dela,
tirando o preservativo e jogando no lixo.
– Sim.
– No quarto vermelho.
Esperei que Victoria saísse e fui ate o quarto vermelho. Realmente Victoria não mentira.
Os seguranças estavam a postos. Entrei no quarto e ela dormia.Victoria deve ter lhe
arrumado uma camisola. Usava uma que mal cobria seu corpo. Aproximei-me dela e
olhei a bunda dos meus sonhos, vermelha, marcada. De repente ela abriu os olhos.
– O que faz aqui?
Seu olhar era temeroso? Isso me espantou. Ela era tão cheia de si, tão segura.
– Isabella....tem certas coisas que vocÊ precisa saber. Por ora vou deixar que descanse.
Amanhã bem cedo quero vê-la.
– Senhor Cullen?
– Sim?
– E.....meu irmão?
–Boa noite.
Caralho....era deprimente dizer isso, mas eu quase gozei. Maldito...e agora queria
conversar civilizadamente. Cara de pau. Eu ia me vingar daquela surra, ah..se ia. Ele
não perdia por esperar.
Felizmente hoje eu não sentia dor. Aquele monte de coisa que a tal Victoria passou em
mim realmente melhorara e muito a ardência. Levantei e ergui a camisola. Só um pouco
vermelha. Amanhã já teria desaparecido.
– Fique a vontade.
– Sou Tasha. Vim trazer -lhe uma roupa para vestir. O senhor Cullen garante que esse é
seu número.
–São suas, senhorita. O senhor Cullen comprou para a senhora. Joguei-as de volta na
cama.
– Não quero.
A voz veio de trás de mim. virei-me e antes que pudesse retrucar ele já tinha saído.
– puto.
Tasha segurou um riso e pediu licença, se retirando. Eu ia mostrar pra ele. Tomei um
banho e vesti a mesma camisola, que Victoria tinha me dado. E assim fui até seu
escritório. Não bati. fui entrando. Ele estava de cabeça baixa, olhando alguns papeis e
ergueu seus olhos pra mim.
Me puxou com força e meu corpo bateu com força no seu peito de aço, seu braço me
apertando as costas. A outra mão segurou meus cabelos com força, puxando-os para
trás, ate que eu o olhasse. A boca estava muito próxima a minha, os olhos escuros ,
brilhavam de raiva.
Por uma fração de segundo eu pensei que ele fosse me beijar. Mas não. Saiu me
arrastando com força pelo braço, me levando de volta ao quarto. Pegou a roupa sobre a
cama e jogou em mim.
– Vista.
– Vista.....agora!
– Não.
– Ah...não?
Muito rápido,que eu mal pude recuar ele rasgou minha camisola de fora a fora.Fiquei
apenas de calcinha a sua frente.
– Seu....seu...vagabundo.
Avancei sobre ele com os punhos fechados. Ele os segurou me empurrando de volta
contra a parede, seu corpo forte me esmagando. Ergueu meus braços acima da cabeça,
segurando com apenas uma das mãos. A outra fechou-se sobre meu seio.
Me soltou tão rápido que eu quase fui ao chão. Passou as mãos nos cabelos, de costas
pra mim.
– Agora vista essa porra dessa roupa e venha ao escritório antes que eu me enfureça de
verdade com você,.
–Faça isso de novo e farei você se arrepender de ter me conhecido. Bateu a porta
novamente.
– filho da puta.
Olhei meu rosto corado no espelho. Meus lábios estavam inchados e tinham sangrado
um pouco.
Além de tudo o vadio tinha bom gosto....e olho clínico. A roupa caiu perfeitamente em
mim. A contragosto fui ate o escritório. Ele me olhou de cima a baixo, mas não
comentou nada.
– Sente-se.
– Você...
Peguei a pasta e o encarei antes de começar a ler. A medida que meus olhos percorriam
o papel minha garganta se fechava. Eu não era totalmente leiga nos assuntos do meu
pai. Então eu entendia perfeitamente o que eu tinha em minhas mãos. Tudo o que
tínhamos, toda a herança que tínhamos na verdade pertenciam ao odioso homem à
minha frente. Tudo o que pensei que meu pai havia construído para nós, na verdade era
fruto do seu roubo nas empresas dos Cullen.
Além de ter que devolver tudo a ele, ainda tinha a dívida do Mike com ele.
Merda...merda.....
Ergui meus olhos para ele. Não havia nenhum sinal de emoção ou mesmo de deboche.
Sua expressão era fria, como sempre.
– Satisfeito agora?
– Na verdade, não.
– E o que espera que eu faça, hã? Pegue logo essa sua merda de dinheiro e nos deixe em
paz.
– Não me toque.
Ele riu.
Pela segunda vez nesse dia eu me vi prensada contra a parede. Deus...esse homem era
rápido demais. Sua mão segurava minha bochecha com força. A boca quase roçando a
minha, seu corpo colado ao meu.
– Eu sempre fico com uma mulher de cada vez. E essa é sua sorte.
– por que?
– Nunca.
Sua mão puxou meu cabelo novamente erguendo meu rosto para ele. Seus dentes
cravaram-se em meu pescoço e depois lambeu. Eu gemi alto, vergonhosamente.
–Sim...e não tente me enganar. Eu sei que é isso o que quer também.
– Edward?
Ele me soltou e se virou para a porta. Victoria estava parada ali, totalmente ruborizada.
Eu gargalhei.
–Sonha.
– Você....você....isso é chantagem?
– Troca de favores.
– você é pior do que pensei. Eu faço o que for....vou pra cama com todos os seus
homens, menos com você.
Ele riu.
Empalideci.
– Eu estava lá, é claro. garanto a você que não é nada agradável para uma dama.
Acredite-me....você estará presente se eu tiver que dar o mesmo fim ao seu irmão.
Eu estava profundamente irritado, o que não era nenhuma novidade. De um lado esse
bando de incompetentes que trabalhavam comigo. De outro aquela porra daquela garota
que não saia da minha cabeça. Atrevida, petulante....e deliciosa. Combinação perigosa e
que eu adorava em uma mulher. Embora eu gostasse disso, eu não gostava de perder o
controle. E eu já tinha perdido o controle duas vezes com ela. Merda....eu tinha que
beijá-la? Isso só fez aumentar o tesão absurdo que eu sentia por ela. E me fez ter idéias
ainda mais absurdas. Mas que a cada minuto tomava forma e se enveredava na minha
mente. De uma coisa eu tinha certeza e não tinha volta: Victoria era carta fora do
baralho. Mas isso não era novidade. Na verdade ela ate durou mais que as outras. Tinha
pena dela. Victoria era humilde. Jamais me deu trabalho. Talvez por isso tenha ficado
um pouco mais. Mas agora era hora de entregar-lhe as chaves de sua nova casa. Eu
jamais deixava minhas ex mulheres desamparadas. - Chefe? Olhei para os homens a
minha frente que aguardavam minha ordem. Eu nem ao menos tinha percebido o que eu
fazia. Não sabia se o carregamento de armas que acabávamos de receber estava mesmo
correto. Mas eu não estava com cabeça pra isso. - Será que uma vez na vida vocês
conseguiriam fazer alguma coisa sem mim? Meu Deus...parecem um bando de
garotinhos.
– Jacob...cuide disso.
Jacob era o menos incompetente deles. Às vezes um deslize ou outro, mas nada grave.
Seguia sempre sua intuição e não me decepcionava.
– E Isabella Swan?
– Ela é um problema meu, Emmet. Aliás....isso me lembra uma coisa: por que mentiu a
idade dela?
– Edward.
–Cale a boca. Achou que dessa forma eu a entregaria a vocês não é? Escutem bem uma
coisa e só vou falar dessa vez: fiquem longe de Isabella. Não vou admitir nenhum tipo
de gracinha com ela.
– Isso também não é da conta de vocês. Cuidem do seus serviços e estão fazendo muito.
– E Victoria?
Sai dali antes que eu apelasse de vez e o mandasse à merda. Fui direto pra casa. Victoria
estaria me esperando para o almoço, como sempre. Parei à entrada da minha casa,
observando aquela imensidão toda. Ou eu colocava meu plano em prática ou não teria
ninguém para herdar aquilo tudo.
Ela baixou os olhos. Já sabia o que viria, ainda mais depois de me ver atracado com
Bella.
– Sim.
Aquilo me surpreendeu. Ajudando Victoria na cozinha? Que gentileza era essa agora?
Falta do que fazer,só poderia ser. Resolvi não ir vê-la. Era melhor almoçar primeiro
antes que Victoria se aborrecesse ainda mais. Feliz por tirar o terno e a maldita gravata
que tinha que usar todos os dias, tomei uma ducha rápida. Era bom ficar me casa, com
roupas normais de vez em quando. Voltei para a sala de jantar aonde Victoria me
aguardava. Se tinha uma coisa que não me agradava muito era essa mania que ela tinha
de fazer meu prato. Mas depois de um tempo eu deixei de reclamar. Se ela gostava,
paciência.
Em matéria de culinária eu não podia reclamar, Victoria cozinhava muito bem. Em todo
esse tempo jamais precisei reclamar de nada. Mas como sempre tudo tem a primeira
vez. Comia tranqüilamente quando mastiguei algo que quase me matou, literalmente.
Afastei-me da mesa bruscamente,as mãos na garganta.
– Deus do céu.......eu juro que não coloquei,Edward. Ainda avisei pra Isabella que você
não podia...
Nem precisei ouvir mais nada. Só poderia ter sido ela, claro. Subi as pressas para meu
quarto e me deitei enquanto Victoria pegava meu remédio. Esse nunca faltava em casa.
Às vezes acontecia de surgir alergia a alguma coisa que eu ainda não sabia. Meus olhos
já estavam se fechando de tão inchados, quando Victoria me entregou o remédio. Bebi
quase o vidro inteiro. Eu ia matar Isabella assim que eu saísse dessa cama. O que talvez
demoraria um pouco, afinal esse remédio me dava sono.
Bella POV
Eu estava com tanta raiva de Edward e por vários motivos. Primeiro ele era um grosso.
Segundo, agora era dono de tudo o que eu julgava que fosse meu. Terceiro queria
receber o que meu irmão devia de outra forma que eu nem queria pensar. E por
último....ele era um maldito gostoso que estava me levando a loucura. Eu estava a fazer
alguma coisa para me vingar dele. A princípio eu tinha pensado em me insinuar para os
rapazes na frente dele. Por isso mesmo vesti uma saia minúscula e uma camiseta que
moldava perfeitamente meus seios, não deixando margem a imaginação.
Mas ele estava demorando a chegar e resolvi ir ajudar Victoria um pouco. Ela não
parecia aborrecida pelo fato de ter pegado eu e Edward juntos. Mas quando ela me
avisou que eu não deveria colocar pimenta na comida de Edward.....um riso maléfico
brotou em meu rosto. E enchi o recheio da carne assada com pimentas. Queria estar por
perto quando ele se sentisse mal. Mas quem entrou furiosa no meu quarto foi Victoria. -
Por que vocÊ fez isso,hã? Queria matar Edward?
–Eu te avisei, Isabella. Edward tem alergia. Por que colocou pimenta na comida dele?
– Eu não.....
– Não minta pra mim. Edward está péssimo....ele poderia ter morrido.
Me assustei com isso, pois não parecia que Victoria estava mentindo.
– Eu só......
– Edward?
– Edward?
Me aproximei mais e tirei seu braço do rosto. Dei um passo para trás. Seu rosto estava
inchado e vermelho. Ainda assim o maldito não deixava de ser lindo. Apreciei seu corpo
vestido com a calça jeans justa e uma camiseta modelando os músculos perfeitos. Ele
dormia.....somente assim parecia um anjo.
Levei minha mão e toquei seu rosto.Garras de aço se fecharam sobre meu pulso e
arregalei meus olhos ao ver o verde de seus olhos me encarando com fúria.
– O que você pretendia,hã? Me deixar mais furioso do que o normal? -Edward....eu não
sabi......
Ele me puxou com força e cai sobre a cama, seu corpo imediatamente sobre o meu.
Seus dedos se enfiaram em meus cabelos, seu tórax másculo comprimindo com força os
meus seios.
–Não banque a santinha comigo. Nós dois sabemos que você não é. Apertou com mais
força meus cabelos e fechei meus olhos de dor.
– O que pretendia com isso? Responde!!
– Irritar você....
Mas sua boca já cobria a minha, a língua atrevida e luxuriante devastando todo o
espaço,buscando a minha.
Tentei me afastar, socando minhas mãos em punho contra seu peito,sem surtir efeito
algum. Edward investiu seus quadris contra mim e mesmo sobre o tecido grosso do
jeans eu senti sua ereção. Um gemido involuntário me escapou quando sua mão tocou
meu seio sobre a blusa e depois puxou-a com força para baixo. Afastou-se um pouco e
olhou,me fazendo ruborizar. A língua lasciva passou sobre os lábios, ainda sem
desgrudar o olhar do meu seio. Minha respiração se acelerou quase me impedindo de
falar.
Sem aviso algum sua boca desceu e cobriu meu seio. Eu gemi alto e arqueei meu corpo.
Mais uma vez ele investiu seus quadris e rebolou sobre mim, me deixando a beira da
loucura. Sua língua circulava meus mamilos e depois voltava a engolir meu seio.
Agarrei-o pelos cabelos.
Mais uma investida dos seus quadris e eu enlouqueci.Cruzei minhas pernas em volta de
sua cintura,minha saia subindo acima dos meus quadris. Eu pude sentir toda a potência
da sua masculinidade.Enfiei minhas mãos sob sua camisa arranhando suas costas.Dessa
vez ele gemeu,tomando minha boca novamente, a mão ocupando seu lugar em meu
seio.Minha língua se enroscou na dele e eu tive vontade de engolir esse homem.
–Eu também não.Quero estar dentro de você.Vou me enterrar tão fundo que vai perder
os sentidos. Juro que vai.
–Ah..merda.
Meu sexo latejava violentamente e piorou quando seu dedo me invadiu. -Porra....
Ele sorriu e retirou o dedo,levando-o aos lábios numa cena altamente erótica.
–Agora,suma daqui.
–Você....você é um....grosso!
–Seu idiota!!
–Porque não vê a hora de ter meu pau esfolando você. Mas eu posso adiar isso por
muito tempo, se não for uma boa menina.
–Agora vá. Antes que eu me lembre que foi por sua causa que estou nessa cama.
Ele gargalhou e sai batendo a porta. Merda.Ele estava certo. Estava louca para me
entregar para aquele vagabundo.Queria me acabar com ele. Mas se ele pensava que só
ele sabia enlouquecer...ia ter uma surpresa. Iria me transformar numa leoa pra ele.....e
deixá-lo enlouquecido de prazer.
Não adiantava mais nada adiar. Aliás eu não estava adiando nada. Nunca fui homem de
fugir da raia. Fui obrigado a isso pela idéia daquela infeliz em colocar pimenta na
comida. Agora depois de passado o pior, meu rosto já desinchado eu até ri. Bella era
terrível. Mas eu dava conta dela. Na verdade eu não pensava mais em domá-la. Eu
gostava assim. Mulher que desafiasse meus nervos e meu controle. Era exatamente isso
o que ela fazia comigo. O que só me fazia ficar ainda mais maluco por ela. Louco para
me enterrar dentro dela. Fazê-la berrar de tanto prazer. E isso seria logo. Mas
primeiro.....Victoria. Eu já até me sentia mal por isso, afinal eu já andei dando uns pegas
em Bella antes mesmo de terminar com Victoria, coisa que eu nunca fazia.
– Acho que não precisamos ir até seu escritório para você me dizer o que eu já sei.
– O que isso poderá mudar, Edward? Eu apenas irei me juntar ao rol de mulheres
abandonadas pelo poderoso Edward Cullen.
– Você sempre soube que seria assim, Victoria. Todas vocês sabiam.
– Isabella sabe?
– Sim, Edward. Todas nós sabíamos. Mas todas nós sempre tivemos a esperança que se
apaixonasse por uma de nós. Mulheres maduras capazes de te acompanhar em qualquer
caminho que resolva seguir. Mas tai a ironia. Se apaixonou por uma garotinha que mal
saiu das fraldas.
– Minhas coisas já estão arrumadas. Só estava esperando você vir falar comigo.
– Seu apartamento está pronto pra você, Victoria. Eu mesmo inspecionei tudo.
– Sim. E acredito que irei gostar. Você conhece meus gostos.....e ...apesar dos pesares,
você sempre foi muito generosos com todas as suas mulheres.
– Você foi especial, Victoria. Sabe disso. Foi uma das melhores, sem sombra de dúvida.
Eu não estava mentindo. Realmente Victoria fora uma das que menos me deu
aborrecimentos. Tanto que foi a única a ganhar um luxuoso triplex. O das outras era
duplex.
– Laurent poderá levar você. Seu carro já está em sua garagem também. - Carro?
– Eu nunca falei....
Seus braços me envolveram e beijei seus cabelos. Uma das poucas que não se
descabelou ou se agarrou a mim, como se isso adiantasse alguma coisa.
Eu não era tão insensível assim. De verdade eu me sentia mal quando alguma delas
partiam. Com Victoria não foi diferente.
Mas como diria o Emmet......a fila anda. E no meu caso.....andava rápido demais.
Assim que Victoria partiu eu fui até o escritório.Ainda tinha coisas chatas a resolver.
Uma delas atendia pelo nome de Mike Swan.
O vagabundo nem se dera ao trabalho de vir ate mim. Mesmo sabendo que sua irmã
estava em meu poder. Verifiquei o que tinha para o dia de hoje. Nenhum carregamento,
felizmente.
– Chefe?
Ergui meus olhos e vi meus homens parados ali. Estranhei. Geralmente vinham apenas
Emmet e Jasper.
– Algum problema?
– Sim.
Foi só pensar no capeta e diabo mostrou o rabo. Suspirei pesadamente. - Invadiu um dos
galpões. Onde estava a coca. Ele queria...você sabe...
– Com certeza não .A não ser que queira ir parar numa vala fétida por ai. - Continue,
Emmet. E ai?
– Bom....pegamos ele, é claro. Mas Jacob achou melhor deixá-lo preso e vigiado e
virmos falar com você primeiro.
– Obrigado, chefe.
Quatro pares de olhos a encararam, famintos. Meus olhos se fecharam em fenda e travei
meus dentes.
– Oi rapazes....
– Ola...
– Isso o que?
– Provocando os rapazes.
– Vamos parar com esse joguinho, hã? Veio aqui me provocar. Me mostrar como é
gostosa. Não precisa disso. Eu sei disso há séculos.
– E sabe por que quer me provocar? Porque está louca para que eu foda você. Anime-se
Bella. Victoria já se foi. Será a próxima em minha cama. Senti seu corpo estremecer e
sorri.
Invadi sua boca antes que ela terminasse de falar. Seus braços imediatamente enlaçaram
meu pescoço, deixando sua língua tocar a minha. Minha mão apertou seu seio e Bella
gemeu baixinho.
– Negue que você me quer. Negue que está louca para sentir meu pau devorando você.
–Sei disso. Assim como sei que você está encharcada ai embaixo. Quer tirar a prova?
– Não.
Eu ri e desci minha mão, puxando sua perna e colocando-a em volta da minha cintura.
Passei meu dedo e afastei a calcinha. Nós gememos juntos. Era como eu disse. Estava
inundada com seu próprio tesão.
–Edward.....
Seus dedos apertaram meus cabelos e sua boca procurou a minha novamente, seus
quadris se esfregando nos meus. Peguei-a pela cintura e levei-a até a mesa.
– Deite-se ai.
Ela obedeceu. Apoiada nos cotovelos, a planta dos pés sobre a mesa. Arranquei sua
calcinha, enfiando um dedo dentro dela. Ela gemeu e tombou sua cabeça para trás.
Estoquei uma vez e ela mordeu os lábios. - Eu sei que é muito pouco pra você.
Enterrei minha língua na boceta suculenta e molhada. Bella gritou e seu corpo
escorregou sobre a mesa, ficando completamente deitada e aberta pra mim. O gosto
delicioso e doce penetrou minha boca, me fazendo gemer. Meu pau estava duro e
molhava minha calça de tesão. Bella rebolou em minha boca ,gemendo novamente.
Agarrei suas coxas investindo minha língua mais fundo. Apertei seu clitóris entre meus
dentes e ela berrou, segurando minha cabeça com as mãos, seu gozo escorrendo em
minha língua.
Seu corpo tremia e ela respirava com dificuldade quando puxei-a da mesa e apertei seu
corpo no meu.
– Maldito.
Eu ri.
–Gostosa.
–Me solta.
– Você é um cretino,Edward.
–Sim...um cretino que você está maluca para subir no pau dele.
Dessa vez eu não fui rápido o suficiente e sua mão desceu sobre minha face. Segurei
seus pulsos com força.
– Um momento.
– Escute bem, Isabella Deliciosa Swan......se você não quiser meu pau se enfiando
dentro de você e te arrombando a noite inteira......é melhor trancar a porta do seu quarto.
Agora vá.....e não dê bola para os rapazes.....a menos que queira ser estuprada por
vários.
Ela empalideceu.
– Não? Eu não permito que toquem nas minhas mulheres. Você não é minha
mulher......ainda. Agora seja boazinha....e vá.
– Hã....não se esqueça de levar o que restou da sua calcinha. Apesar do que...não irá
precisar dela mais a noite.
Ela saiu furiosa mas estacou ao ver quem estava do lado de fora.
– Mike!!!
Ele encarou o rosto ruborizado de Bella, os cabelos desalinhados e avançou para mim.
–Isabella.....
Eu não precisei dizer mais nada. Apenas deu um abraço no irmão e se afastou.
– Fale logo o que quer Swan. Não estou com tempo e nem paciência.
Eu gargalhei.
– Como?
– Ficou surdo?
– Agora vá.
– E...Isabella?
– Vou esperá-la.
–Como...como assim?
– Uma troca justa.Você fica livre de sua dívida. E em troca Isabella fica comigo.
–Ta....ta......EMMET!!!
– Eu volto,senhor Cullen.
–Já ouvi essa frase em vários desenhos animados. Agora vá que a Disney está lançando
uns ótimos, bebê.
Ele bufou e foi arrastado por Emmet. Idiota. Joguei-me na cadeira, as mãos no rosto.
A imagem e o gosto daquela mulher incrustados em meu organismo. Eu tinha que ter
essa mulher e ia ser agora.
Levantei-me e fui ate seu quarto, ficando parado do lado de fora. Se a porta estivesse
trancada...eu teria que me esforçar para não arrombá-la. Forcei o trinco......estava aberta.
–Isso não quer dizer nada. Eu queria que entrasse apenas para dizer uma coisa.
–Diga.
– Não vai me ter. Pode me jogar para seus homens....fico com eles...todos eles ao
mesmo tempo, menos com você.
Uma raiva, um ódio fervente tomou conta de mim. Em um segundo estava à frente dela
e arranquei-a da cama, pelos pulsos.
–Ai.....
– Assim fica melhor ainda......lutando contra mim, lutando contra o desejo de me ter
dentro de você.
Rocei meus quadris nela, friccionando minha ereção em sua bunda. Bella gemeu
jogando sua cabeça para trás.
Minha língua circulou sua orelha e se enfiou ali,fazendo Bella estremecer. Continuei
rebolando contra ela a boca agora abaixo do seu ouvido. -Sente como me deixa duro?
Tarado por você? Sei que está assim também. Quase posso sentir você
escorrendo.....doida para sentar em meu pau.
–Ah....Deus.......
–Não.....nada de Deus aqui.Chame o Demônio....é ele quem está fazendo sua boceta
pegar fogo, doida pra ser fodida.
–Edward....
–Vou socar tão forte dentro de você que arrisco a sair do outro lado. -Deus....
Ela roçava uma perna na outra e empurrei meus quadris contra ela novamente.
–Claro que antes disso outra coisa vai se enterrar em você: minha língua. Vou sugar
você até não restar liquido nesse corpo gostoso. -Ahhhhhh.....PORRA......acaba logo
com isso,Edward.....por favor.
–Sim....eu sei que precisa.....vai ter meu pau grande e duro latejando dentro de você,...
Investi mais uma vez contra ela. Mesmo sob a calça.....eu estava quase explodindo
também.
–Entendeu agora,delícia? Por que me chamam de Poderoso? Por fazer uma mulher
gozar sem mal tocá-la? Imagina quando estou dentro? -Deus.....
Segurei-a pela cintura e girei seu corpo, suas costas contra a parede. -Então?Vai
continuar lutando?
Porra...diabo de mulher.....eu sabia que era fachada. Apesar de ser fogosa, Isabella era
virgem. Eu apostava minha cabeça nisso.
Puxei suas pernas quase com violência,enlaçando em minha cintura. -Você escolhe
tigresa......quer gozar com olhares? Ou que se acabar com meu pau dentro de você?
Bella segurou meus cabelos e sua boca engoliu a minha. Eu já tinha minha resposta.
Finalmente eu teria essa mulher. Essa garota pra ser verdadeiro. Uma gata rebelde que
agora estava agarrada ao meu corpo. Eu podia sentir a boceta latejando contra minha
barriga e isso somente contribuía para elevar meu tesão a mil. Aumentava ainda mais
minha vontade de enterrar-me por inteiro no corpo pequeno e quente. Mas apesar de ser
um grosso, eu não era um monstro. Eu sabia que ela virgem e não iria machucá-la de
forma alguma.Por isso mesmo caminhei lentamente com ela ate a cama e coloquei-a de
pé.
– Vergonha?
– Eu sei que não. Sua primeira vez só poderia ser comigo. Vai....tire a roupa, sem pudor.
Você é linda.
Lentamente, me olhando ela foi tirando sua roupa. O corpo perfeito e delicioso se
desvendando a minha frente. Meu pau se contorceu dentro da calça. Tudo nela era
gostoso. Desde os seios perfeitos e firmes, passando pela barriga, pela boceta suculenta ,
as coxas grossas......
– Vire.
Ela se virou e balancei a cabeça. Totalmente louco pela bunda daquela mulher.
– Venha cá.
Ela se aproximou e não foi preciso que eu dissesse o que eu queria. Suas mãos já me
despiam, primeiro a camisa, depositando beijos em meu tórax. Eu gemi baixo e segurei
seus cabelos. Desceu as mãos até o zíper da minha calça e desceu juntamente com a
boxer. Ela arfou e se afastou, encostando seu corpo contra a parede. Meu pau estava
absurdamente duro e latejante. Sua cabeça quase explodia quase duplicando seu
tamanho.
Seu corpo nu estava colado ao meu e cada vez que meu pau latejava,ela arfava.
– Estou.....
Desci minha boca pelo seu rosto ate seu pescoço, mordiscando levemente.
– Eu não vou machucá-la, Bella. Em minha cama só existe prazer. Caminhei com ela ate
que seus joelhos encontraram a beirada da cama e Bella caiu deitada, seu peito arfando.
Ajeitei seu corpo sobre a cama e fiquei de joelhos,seu corpo entre minhas pernas. Seus
olhos permaneciam fixos no meu pau e só aumentava ainda mais o meu tesão. Segurei
seu corpo ,minhas mãos espalmadas em suas coxa subindo até seus seios. Deitei um
pouco meu corpo sobre ela e Bella me agarrou pelos cabelos beijando minha boca.
–Edward....
Bella gemeu, seu corpo estremecendo enquanto agarrava com mais força meus cabelos,
forçando minha boca em seus seios. Praticamente engoli seus seios, me deliciando com
seu cheiro, seu sabor. Seu corpo pegava fogo e me deixava em brasas também, louco
para me enfiar de vez dentro dela. Bella segurou meu pau,apertando levemente a
cabeça, uma pequena quantidade de liquido saindo na fenda. Fechei meus olhos e gemi
alto, impulsionando meu pau em sua mão. Bella guiou-o ate sua entrada.
– Vem....agora....
– Ainda não.....
Deslizei meu corpo e minha boca pelo dela e minha língua encontrou seu clitóris
inchado e latejante. Apertei –o em minha boca e seu corpo saltou da cama. O
movimento fez minha língua deslizar e se enterrar dentro dela.Bella gritou alto,se
contorcendo.
–Ahh....porra....
Suas pernas se enroscaram em meu pescoço e Bella rebolava sem parar em minha boca,
até explodir, o corpo inteiro tremendo. Continuei sugando e lambendo seu liquido, seu
gosto e cheiro totalmente inebriantes. Subi novamente meu corpo e me posicionei sobre
ela que ainda lutava para recuperar o fôlego.
Ela confirmou, o rosto ainda tomado pelo Êxtase, alguns fios de cabelo grudados em sua
bochecha. Quando eu me preparava para penetrá-la Bella me impediu.
– O que foi?
– Eu....quero.....
Olhou para o meu pau e entendi o que ela queria. Girei meu corpo, deitando-me na
cama, uma das mãos me massageando. Seus olhos gulosos acompanhavam o
movimento das minhas mãos, e passou a língua nos lábios.
–É assim que estará dentro de você, forte e duro,socando fundo até alcançar seu útero.
Ela gemeu e caiu de boca em mim, sua mão ocupando o espaço da minha. Mordeu de
leve a cabeça e circulou com a língua. Ergui meus quadris e sua boca se abriu,me
abrigando. Lambeu toda a extensão e incrivelmente me engoliu por inteiro.
Pude sentir meu pau alcançando as paredes da sua garganta e gemi alto e demorado. Sua
boca subia e descia em meu pau se permitindo ser fodida, quase me fazendo gozar.
–Chega.
Girei meu corpo novamente e me posicionei sobre ela, erguendo uma de suas coxas e
envolvendo meu quadril. Direcionei meu pau até sua entrada e lentamente investi pra
dentro dela. Senti a barreira de sua virgindade me esmagando e depois cedendo a mim.
Eu estava quase sem ar tamanho era meu desejo por ela.
Gemi, forçando um pouco mais a penetração. Tudo bem que era virgem....porra.....mas
apertada demais.
– Dói?
Mas ela fez. Ergueu seus quadris de uma só vez e meu pau se enterrou completamente,
nós dois berrando de prazer.
–AHHHHH.......FUCK......
– Tudo bem?
– Simmmm....
Ergui um pouco seus quadris e rebolei meu pau dentro dela. Suas unhas cravaram –se
em meus braços e sua outra perna envolveu minha cintura. Porra....ela era muito
gostosa. Não ia me contentar em ir dessa maneira. Sai um pouco e voltei com força.
Bella gemeu e mordeu os lábios. Novamente sai e voltei novamente com mais força me
enterrando até a base.
– Assimmmmmmmmmmm.....assimmmm....Edward.
Foi o que bastou .Com um grunhido acelerei meus movimentos, socando com toda força
dentro dela. E ela me acompanhava no mesmo ritmo, rebolando em meu pau,gemendo
meu nome.
Sua boceta apertou meu pau com tanta força que gemi alto, estocando com mais força
ainda. Levei meu dedo ao seu clitóris e seu corpo estremeceu, esmagando meu pau e
gozando deliciosamente sobre ele. Não me segurei e meu jato disparou de dentro de
mim, quente e abundante escorrendo dentro e fora do seu corpo. Baixei minha cabeça e
beijei seu pescoço. Deite-me na cama e imediatamente Bella girou, sentando –se sobre
mim, um sorriso diabólico no rosto.
– O que.....
Ela ergueu um pouco os quadris e sentou com toda a força em meu pau.
Qualquer outra mulher teria gritado de dor, mas ela gemeu de prazer,jogando sua cabeça
para trás e cavalgando em meu pau. E olha que ela era mais apertada que qualquer
mulher que já comi. Subiu novamente e ficou com a planta dos pés apoiada no colchão
agachando-se novamente em meu pau. Não...isso não era possível. Só faltei entrar com
bola e tudo.
Ela era virgem, meu Deus.....apenas uma mulher tinha feito isso.
Seus pés apoiados no colchão facilitavam sua subida e ela sentava sem dó em meu pau.
Agarrei-a pelos ombros forçando ainda mais seu corpo pra baixo.
Suas unhas desceram pelo meu peito e depois pegou minhas mãos levando-as aos seus
seios. Apertei seus mamilos ao mesmo tempo em que ergui meus quadris. Senti
claramente meu pau tocando algum ponto desconhecido, fazendo Bella berrar. Seu tesão
deslizou em meu pau, mas ela não parou.
Pelo contrário, ergueu mais o corpo , deixando somente a cabeça dentro e sentou com
força novamente, o ar abandonando meus pulmões.
– Pornô?
Edward Cullen agora não há mais dúvida,meu amigo. Acabou de encontrar a mulher da
sua vida inteira.
Deus do sexo... maquina de proporcionar prazer. Não tinha especificação melhor para o
homem que há horas me fodia ferozmente, sem piedade. Orgasmos? Já tinha perdido a
conta de quantos eu tive. Cada um mais intenso que o outro. Era uma delícia de homem
e eu estava alucinada por ele. E que pique que ele tinha... incansável. Mas eu agüentava
bem. Edward estava sentado à beira da cama e eu sentada em seu colo, de costas pra ele.
Minhas costas coladas em seu peito e suas mãos agarradas em meu seios. A boca estava
colada em minha pele, mordendo meus ombros. Eu segurava em suas coxas másculas,
subindo e descendo com força em seu pau. Edward inclinou um pouco meu corpo pra
frente, me segurando pelos ombros, deixando minha bunda a seu bel prazer. -Porra...
não imagina como está deliciosa assim,Bella.
Eu gemi e rebolei mais, sentindo suas estocadas cada vez mais fortes. Puxou meu corpo
de volta, minha cabeça em seu ombro enquanto sua língua invadia minha boca. O braço
em volta da minha cintura ajudando nos movimentos, contribuindo para que seu pau
praticamente me arrombasse. A outra mão estava em meu clitóris, massageando em
círculos, me fazendo gemer alto.
Novamente ele mordeu meu ombro e meteu com mais força, meu corpo se
convulsionando ao mesmo tempo em que recebia seu sêmen. Minha pele colava na dele
devido ao suor e eu estava amando aquilo. Seu cheiro, seu suor misturado ao cheiro de
sexo que exalava no quarto era excitante demais. Suas mãos acariciaram meus cabelos e
Edward tomou minha boca novamente. Era tão carinhoso. Eu quase conseguia me
esquecer que ele matara meu pai. Admito que tinha seus motivos. Ainda assim era meu
pai. Entretanto, agora que eu provei das delícias que Edward proporcionava... eu não ia
sair assim....como se nada tivesse acontecido. Eu sabia perfeitamente bem que agora o
lugar de Victória era meu. No entanto eu não teria o mesmo destino das outras. Não iria
sair daqui assim que Edward enjoasse de mim, porque isso não iria acontecer.
Definitivamente, eu vim pra ficar. Ainda que Edward fosse petulante, insensível e
cruel... eu o queria pra mim. Ponto final. Senti meu corpo sendo erguido e passei meus
braços em volta do seu pescoço.
–Cansada?
–Não.
–Mentirosa.
Eu ri e escondi meu rosto em seu peito. Fiquei assim ate sentir a água morna escorrendo
pelo meu corpo. Gemi de puro prazer e abri os olhos encontrando os de Edward. Ele
ainda me aninhava em seu corpo como se fosse um bebê.
–É suportável.
– Por quê?
–Porque depois desse banho ainda tenho muito a te dar, minha linda. A noite inteira
esqueceu?
Seu pau já foi se enfiando em mim, sem aviso, me fazendo ofegar. Cada estocada era
seguida por outra ainda mais forte. Fechei meus olhos e me deixei levar. Só sentia a
pressão do seu corpo contra o meu, e é claro, muito... muito prazer. Jamais imaginei que
eu fosse algum dia ter tantos orgasmos em uma única noite, que alias ainda estava na
metade. Um ligeiro torpor já me dominava quando Edward me carregou novamente de
volta para o quarto. Deitou meu corpo de bruços na cama e eu gemi alto quando fui
invadida novamente por ele. Realmente era uma máquina. Tive vontade de perguntar se
ele tomava alguma coisa para manter a ereção. Isso não podia ser normal. Eu não sei a
que altura da noite eu dormi. Só me lembro de sentir os lábios de Edward sobre os meus
e depois meu corpo se enroscou ao dele. Ainda pude ouvir sua voz, embora eu não
soubesse se era real ou se estava sonhando.
Acordei com a claridade machucando meus olhos. Edward já estava de pé, terminando
de colocar a gravata. Merda. Eu estava no lugar de Victoria agora.Não deveria preparar
o café dele? Levantei-me e já ia me vestir quando sua voz me paralisou.
–Acha que irei me arriscar a comer qualquer coisa preparada por você?
–Edward... eu não.....
Ele me interrompeu.
Cavalo.
Ai... que raiva. Nem parecia que o maldito passou a noite inteira me comendo. Meu
corpo estava dolorido e com alguns hematomas, provavelmente marcas dos dedos dele.
Quer saber? Ele disse para eu dormir não é? Então eu iria dormir. Acordei novamente e
vi que passava um pouco da uma da tarde. Estiquei meu corpo na cama e levantei.
Tomei um banho e coloquei um vestido leve. Parei assustada ao ver Edward ali. Olhou-
me de cima a baixo, quase sem emoção.
–Coma alguma coisa e depois venha até meu escritório. Precisamos conversar.
Que merda. O que eu fiz de errado? Caralho... acho que ele sentiu prazer comigo
também....e muito. Prova disso eram os chupões e mordidas em meu corpo. Precisa ser
tão sisudo assim? Comi um sanduíche e um suco e fui até o escritório. O que quer que
ele tivesse a dizer, não deveria ser coisa boa. Dei uma batida de leve e entrei.
–Aqui estou.
Gostoso do caralho. Parou a minha frente e rapidamente me puxou pela cintura beijando
minha boca. Automaticamente e muito rápido meus braços envolveram seu pescoço, me
deliciando com seu beijo. Mas muito cedo ele se afastou e caminhou até o cofre. Retirou
uma pequena caixa de veludo e voltou ate mim. Abriu-a e meu queixo caiu. Um
belíssimo anel de ouro, com alguns diamantes incrustados e uma enorme safira ao meio.
Soltei minha respiração lentamente quando ele colocou-o em meu dedo.
Mas para minha surpresa, ele se aproximou, me segurando pela nuca, seu corpo
colando-se ao meu.
– Não pense nisso agora. Não se compare a elas. Você foi a única a agüentar mais de
três numa noite. Isso te dá uma larga vantagem sobre elas.
– A única?
– Sim... a única. E isso me traz uma vontade louca de começar novamente. Agarrei-me
aos ombros dele, a boca entreaberta, se oferecendo. Ele riu.
Cobriu minha boca com a sua, as mãos já subindo até meus seios. Apertou com força
meus mamilos, me fazendo gemer. Desci minha mão e apertei seu pau, que já estava
duro e latejando. Ele gemeu seus dentes repuxando meus lábios.
Eu nem terminei e a porta se abriu. Ajeitei meu vestido e praticamente pulei da mesa.
Mas a raiva me subiu. Tudo bem o escambau... eu queria muito ter continuado..ali
mesmo sobre a mesa.
–Faziam, falou bem. Não farão mais. Faziam quando isso era terra de ninguém. Edward
cruzou os braços sobre o peito e me encarou. Apesar da postura e da expressão séria, eu
vi um brilho divertido em seus olhos. Emmet olhou para Edward em busca de socorro
– Chefe?
–Isabella é dona da casa agora, Emmet. Cumpra o que ela diz. O que queria?
– Hã...
Eu interrompi.
– Na verdade, não...
Assim que os dois saíram Edward me puxou novamente, colando nossos corpos. -
Então... agora é a Poderosa Cullen?
– Não....AINDA não é.
Seu rosto se enterrou em meus cabelos e depois deslizou pela minha pele. A boca
quente e a voz rouca em meu ouvido fez minha pele se arrepiar e meu sexo escorrer.
– Além do mais, como você mesmo disse......você é chamado de Poderoso por outros
motivos.
A língua deslizava pelo meu pescoço indo ate meu ouvido e quase me fazendo enfartar.
– Sim....mas a julgar pela forma como você me deixa....em brasas....louco para tocar seu
corpo, sentir seu cheiro..... Sem contar, a forma como você se entrega pra mim.......como
uma gata selvagem...eu posso chamá-la de Poderosa.
– Poderosa? Eu?
Agarrei-me aos seus cabelos,colando minha boca na dele ,querendo desfrutar tudo
daquele homem.
Senti-me desconfortável em saber que iria para o quarto que ele dividiu com Victoria e
sei La mais quantas.Mas no momento eu so pensava em me deleitar em seus braços.
Edward não desgrudou nossos lábios durante nosso breve percurso até o quarto.
Somente quando ele me colocou de pé eu observei o lugar. Eu já tinha estado em seu
quarto antes, quando ele esteve de cama, por causa da alergia. Não era o mesmo. Antes
que eu perguntasse ele falou, roçando sua boca em meu ouvido.
E tinha. Ele acertara em cheio. Não perdi tempo perguntando se ele fez isso com todas
ou como descobrira meu gosto. Apenas atirei-me em seus braços, beijando sua boca,
minhas mãos já trabalhando e despindo – o. Para minha grata surpresa ele se deixou
levar. Eu estava no comando. Minha boca deslizava em seu peito, já nu, fazendo
Edward gemer e segurar com força em meus cabelos. Fui descendo minha boca,
deslizando meu corpo contra o dele, até ficar de joelhos à sua frente. Em seguida eu
engolia seu pau. Edward tombou a cabeça para trás, fechando os olhos com força e
gemendo. Seus quadris ganharam vida própria e investiram contra minha boca, fazendo-
me sentir toda a potência do seu pau em minha boca. Fiquei de pé e me afastei apenas o
suficiente para tirar meu vestido. Edward percorreu cada milímetro do meu corpo com
olhos famintos. Segurou meus seios em concha e apertou meus mamilos. Um simples
toque daquele homem fazia meu corpo queimar e implorar por mais Sua boca desceu
pelo meu pescoço, descendo ao meu colo. Mordiscou cada seio antes de lambê-los. Meu
corpo amoleceu ao sentir seus dedos me invadirem. Rebolei em sua mão fazendo
Edward rosnar. Tentei empurrá-lo para a cama, mas Edward era forte, sequer moveu um
músculo. Arrisquei, deslizando minha unha pelo tórax perfeito. Senti seus pelos
eriçaram e colei mais meu corpo no dele. - Deite-se, Edward. Deixe-me cavalgá-lo... Eu
imaginei que ele dissesse não. Edward gostava de estar no comando,sempre. Mas pelo
jeito no sexo era diferente. Ele fez o que pedi, levando meu corpo junto com o dele.
Fiquei completamente deitada sobre ele, sentindo seu pau latejando contra minha pele.
Novamente mordi e lambi seu peito, a língua cálida passeando por toda aquela
maravilha. Edward segurou-me pela cintura quando ergui meu corpo e segurei seu pau,
encaixando-me nele em seguida. Nosso gemido alto ecoou pelo quarto. Meus olhos
estavam fechados fortemente sentindo toda sua virilidade dentro de mim. Suas mãos
seguiram para os meus seios, momento em que abri meus olhos e encarei os seus.
Curvei meu corpo sobre o dele, sua mão forçou minha bunda fazendo seu pau me
penetrar mais profundamente.
Segurou meus cabelos, nossos olhares se conectaram. Edward ainda falou antes que sua
língua invadisse minha boca.
Eu poderia ser de Edward para sempre. Mas como dizem... sempre não é todo dia.(O.M)
Mais de três horas de reunião e ainda não tínhamos chegado a um consenso. Embora eu
desse a última palavra, e o que eu dissesse deveria ser cumprido, hoje não estava
funcionando. Simplesmente porque minha mente estava longe. Não tinha um
pensamento específico. Era tudo muito confuso e misturado. Mas em todos os
pensamentos Bella estava neles. Principalmente depois da notícia que Emmet me dera
mais cedo. Há tempos vasculhávamos o ocorrido há seis anos buscando o culpado.
Embora eu tivesse quase certeza, não podia afirmar. Mas agora felizmente eu já sabia a
verdade. E isso complicaria demais a minha vida. Simplesmente porque eu não
conseguia deixar de ser um homem rancoroso e vingativo. Era meu pior defeito, eu
acho.
– Acho que já podem ir. Não estou com cabeça para pensar nisso.
– Mas Edward...
– Jacob... agora não. Aliás, nossa cabeça funciona quase da mesma maneira. Repense
algumas coisas e depois me diga.
Eu vi Emmet fuzilar Jacob com os olhos. Dei de ombros. Jacob era o único que
trabalhava e agia da forma que eu gostava.
– Podem ir. Já são quase duas da manhã e daqui a pouco teremos que nos encontrar la
no galpão.
– Boa noite.
– Diga.
– Você não está ficando com a Bella... por vingança não ne?
– Deixa de ser idiota, Emmet. Eu ainda nem tinha certeza disso quando a quis pra mim.
– Pode até ser. Mas desse jeito você ofende a Bella. Acha que ela não tem qualificação
suficiente para ser minha mulher? Que serviria apenas como vingança?
– Não... é que...
– Tudo bem, Emmet. No fundo eu sei que se preocupa comigo. E sei que às vezes sou
bruto e rude com você. Mas... eu não quero continuar nessa vida eternamente. Alguém
terá que assumir um dia.
– Seu filho...
Saiu e fechou a porta atrás de si. Escorreguei meu corpo na poltrona e fechei meus
olhos. Eu precisava de um banho, de cama... dormir. Estava exausto. E olha que nem
tive tanto serviço hoje. Pelo menos não com a máfia. Mas na minha cama... Bella tinha
se mostrado tão insaciável quanto eu. E estava há muito tempo acostumado a não ter
mais que duas fodas numa noite. Desde quando? Provavelmente a última que conseguiu
mais de duas foi Kate. Depois dela ainda vieram Irina, Gaby, Laureen, Leah, Emily e
Victoria. Porra... muito tempo. Não era de se estranhar meu cansaço. Pura falta de
prática. Bella... Acabei sorrindo com a lembrança dela. Pequenininha que mal alcançava
meu peito, e era topetuda. Encarava qualquer um de frente, inclusive a mim. Eu gostava
do jeito dela. Adoro mulheres fortes e decididas que me enfrentam sem baixar a cabeça.
O que era raro. A maioria, para não dizer todas, se comportava como um cordeirinho.
Isso me irritava às vezes. Estava quase cochilando quando senti mãos macias que
acariciavam meus ombros descendo ate meu peito. Abri meus olhos e encarei os de
Bella. Estava atrás da minha poltrona, os longos cabelos caindo em cascata quase
chegando aos meus ombros. Ela era tão linda. Suspirei e coloquei minhas mãos sobre a
dela.
– Eu ouvi quando os rapazes foram embora. Pensei que talvez precisasse de uma
massagem, um banho relaxante... ficou fora o dia todo.
– Não quero que fique se preocupando comigo. Tem que dormir bem.
– Muita.
Levei minha mão para trás segurando sua nuca e puxando-a para mim. Bella tinha um
gosto tão bom, doce... me dava água na boca.
Segurei em sua mão e me permiti ser arrastado ate nossa suíte. Bella me deixava sem
rumo, as vezes.
É... Edward Cullen apaixonado. Quem iria imaginar isso um dia? Realmente quando
entrei a enorme banheira já estava praticamente cheia, coberta de espumas pelos sais
que Bella colocara. O cheiro era maravilhoso. Bella tirou meu terno e gravata jogando-
os a um canto.
– Fiz uma mistura. Alguma coisa para relaxar... outra para perfumar.....acho que ficou
legal não é?
– Realmente...
– Dormi?
– Um pouco.
Estendeu o roupão para mim. Eu estava até meio lento de tanto sono. Merda... eu
precisava de um café...odiava ficar com tanto sono assim. Assim que cheguei ao meu
quarto vi uma xícara fumegante ao lado da cama.
– O que é isso?
– Fiz um café pra você. Sei que você não gosta de dormir muito.
Quem era essa mulher, hã? Não me lembro de ter dito isso a ela. Como ela sempre
adivinhava meus pensamentos?
Vesti apenas uma boxer e peguei o café. Fechei meus olhos ao sorver o líquido. Aquilo
era muito bom. Bella sentou-se na cama, as costas apoiadas na cabeceira. - Deu tudo
certo hoje?
– Com o que?
Fiquei calado um tempo. Nenhuma das mulheres que já tive me perguntara sobre
minhas atividades. Não sei se por medo ou por falta de interesse. Também não procurei
saber. Mas Bella me surpreendia sempre mais e mais.
Levantei-me e coloquei a xícara sobre a mesinha. Quando me virei para Bella, ela abriu
os braços para mim. Ela abriu um pouco as pernas e me acomodei ali, a cabeça entre
seus seios. Porra... eu estava ficando mole mesmo. Nunca me permiti ter esses
momentos... melosos? Sim, essa era a definição correta. Mas estava tão bom que
imediatamente afastei esses pensamentos. Bella deslizou as mãos pelo meu peito e deu
um beijo em meu pescoço. Era um gesto de carinho que eu não estava acostumado a ter.
Meu jeito rude e autoritário fazia com que as pessoas, principalmente as mulheres
temessem isso. Senti seus lábios em meus cabelos e em seguida ela suspirou.
– Isso o que?
Levantei-me e encarei seus olhos. Pra ser sincero, eu não via falsidade ali. Deitei-me
novamente, mas dessa vez ao lado dela, as mãos sob minha cabeça.
– Mas você não é sempre assim. Eu sei que não. Claro que você é... rude, grosseiro e
isso irrita. Faz a gente realmente ter raiva de você. Mas você também sabe ser carinhoso
quando quer.
Ela dizia isso tudo sem desgrudar os olhos dos meus. As mãos espalmadas em meu
peito me acariciavam levemente.
– E quando isso acontece... a gente acaba esquecendo das coisas ruins que você faz. Eu
pelo menos esqueço.
Não soube o que dizer. Bella tinha esse poder de me deixar sem palavras. Minhas mãos
apertaram suas coxas e subiram, erguendo a camisola. Eu sabia que ela estava
inteiramente nua sob a camisola e so esse pensamento me fez salivar. Bella colocou
suas mãos sobre as minhas e subiu a camisola, tirando e jogando ao chão. O corpo nu e
delicioso me fez latejar e não contive um gemido rouco. Antes que minhas mãos
alcançassem seu seio Bella inclinou-se e me beijou. Minha língua se juntou a dela,
numa dança erótica, duelando como se um tivesse medo de perder o outro. Abracei seu
corpo e minhas mãos escorregaram ate a bunda perfeita e macia. Bella gemeu, mas se
afastou. Desceu as unhas em meu peito, me causando arrepios. Depois levou as mãos a
minha boxer. Ergui um pouco os quadris ajudando-a a retirar a peça por completo. Bella
me olhou passando a língua nos lábios e não se fez de rogada. Abaixou-se e abocanhou
meu pau de uma só vez. Sua língua passava pela fenda e sorvia o liquido que escapava e
novamente engolia meu pau. Eu podia senti-lo raspando sua boca, descendo até sua
garganta. Porra... merda de mulher deliciosa. Até nisso ela superava as outras. Engolia
com maestria. Quando senti meu pau dilatando dentro de sua boca eu segurei-a pelos
cabelos e a trouxe pra cima, voltando a engolir sua boca. Senti a boceta molhada
lambuzando meu pau, quase me levando a loucura.
Ela rebolou, quase esmagando meu pau. Gemi mais alto, meus dedos cravando na carne
de sua coxa.
– Eu sei?
– Você é Diva...
Ela saiu de cima de mim e olhei pra ela, confuso. Não estava brincando comigo, estava?
–Se você acha mesmo que eu sei....hummm....eu acho que você adora minha bunda.
Que merda era aquela agora?Ela tinha noção do quanto era gostosa e do quanto me
enlouquecia?
–Sim...adoro...amo...
Do que ela estava falando? Bella subiu novamente na cama, dessa vez de costas pra
mim....e desceu encaixando meu pau em sua entrada. Girou seu pescoço me olhando.
Enlouqueci de vez. Segurei sua cintura e a fiz sentar de uma só vez. Meu pau se
enterrou bem fundo,fazendo nós dois gritarmos.
–Ah....porra, Edward...
Mais uma vez suas mãos cobriram a minha sobre sua cintura. Bella subia em meu pau
deixando- o quase totalmente fora e descia novamente, rebolando. Sentir aquela boceta
encharcada e apertada me mastigando e ainda vendo a bunda deliciosa rebolando estava
me fazendo perder o juízo,literalmente. Ergui meus quadris e meti com tanta força que
seu corpo inclinou para frente. Puxei-a de volta,mas tirando-a de cima de mim. Sentei-
me na cama e coloquei-a sobre mim novamente, já me enfiando dentro dela. Seu rosto
estava ruborizado e alguns fios de cabelo grudavam em seu rosto.
–Realmente eu amo a sua bunda. Mas eu amo ver o seu prazer. Preciso...olhar pra você.
– Me beija,Edward.
Nem pensei em recusar, engolindo sua boca com tanta voracidade que eu sabia que iria
machucá-la. Bella choramingou e agarrou meus cabelos.
Golpe baixo era sacanagem. Mal acabou de pronunciar essas palavras e meu jato
disparou de dentro de mim, transbordando em seu corpo. Bella por sua vez estava
enlouquecida. Nunca vi uma mulher ter um orgasmo tão intenso. Sua boca cravou-se em
meus ombros, mas não senti dor....so tesão. Bella enlaçou meu pescoço, a respiração
ainda descompassada. Seus seios estavam esmagados em meu peito. Estávamos
completamente colados um no outro. Meu cansaço ja tinha desaparecido ha muito
tempo. Com cuidado deitei na cama,levando Bella comigo. Ela se virou de lado, a
cabeça em meu peito. Seus dedos brincavam com meus mamilos me fazendo arrepiar.
–Edward?
–Hummm?
–Eu sabia que não era boa da cabeça.Mas eu também gosto de tê-la por perto. -Outro dia
você me disse....que eu era sua.
–Sim. Reafirmo.
–Eu sou seu desde o dia em que entrou pela minha porta,Bella.
Eu ouvia a movimentação no quarto mas não conseguia abrir meus olhos. Que
merda..nunca fui de ter tanto sono assim. Por que eu simplesmente não abria os olhos?
Meu corpo estava pesado e eu não conseguia sequer mover o braço ou perna. Gemi.
– Porra...
Meu Deus...de onde esse homem tirava tanta energia? Isso não era normal. Ele usava
alguma espécie de droga, agora eu tinha certeza. Nenhum ser humano por mais forte
que fosse poderia dormir tão pouco. Sono é essencial. Pelo menos pra mim.
– Dormiu há pouco mais de duas horas, Edward.
Com muito custo consegui abrir os olhos e vi a figura alta e imponente que ajeitava a
gravata.
Ele veio até mim e puxou meu corpo. Confesso que assustei com a violência, pensei que
fosse realmente me forçar a sair da cama, já que eu insistia. Mas ele me beijou,
apertando meu corpo de encontro ao dele.
Senti meu rosto arder, por saber que ele se referia ao sexo que fizemos pela madrugada
afora.
Merda. Vergonha.
– Então...eu tenho...
Ahhh...merda. Eu sabia que deveria estar aprontando. Eu precisava ir la, mas era melhor
falar com Edward primeiro. Não queria uma briga agora que ele estava tão maleável.
Tomei um banho, tomei meu café e pensei no que diria a Edward. O problema é que
iríamos almoçar com os pais dele...teria que conversar com ele mais tarde. Resolvi ir ate
o escritório dele e procurar algo para ler. Vi uma infinidade de títulos la. Era uma
chance de descobrir seu gosto pela leitura. Percorri a prateleira e peguei um exemplar
em couro. Era uma bela capa: O morro dos ventos uivantes. Edward lendo isso?
Comecei a ler certa vez e não fui à frente. Por que não agora? Sentei-me na poltrona
dele e folheei o livro. Um papel dentro me chamou a atenção. Peguei e vi que se tratava
de uma foto. Uma garota loira de uns 17 anos. Era bonita. Olhei o verso da foto e parei
de respirar ao ler a dedicatória.
Para Edward
Com amor,
Jéssica.
Quem seria essa Jéssica? Alguma namorada? Pelo visto Edward gostava dela ou não
teria guardado a foto. E se gostava, por que não estava com ela? Lágrimas de revolta
surgiram em meus olhos. Cachorro. Por um instante pensei que gostasse um pouco de
mim. Sem que eu percebesse as lágrimas deslizaram. Ódio...odiava chorar. Limpei-as
com raiva. E principalmente...eu estava com ciúmes....muito ciúme. Eu nunca fui de
viver a sombra de ninguém. Embora so tivesse tido namoricos com rapazolas eu não
gostava de viver assim. Quer saber? Eu iria embora. Além do mais meu irmão precisava
de mim.
– Algum problema?
Dei um pulo na cadeira ao ouvir a voz dele. Merda. Voltou mais rápido do que pensei.
Olhei pra ele com raiva.
– Você que sempre arrotou por ai que nunca se envolvia com mais de uma mulher ao
mesmo tempo.
– E não mesmo.
– Deixa de ser mentiroso. Pode ate não ter se envolvido. Mas ficava com uma desejando
a outra.
Suspirei fundo.
– Quem é Jéssica?
– Nesse livro.
–Quer saber? Seja la o porquê de não ter ficado com ela, não vivo a sombra de ninguém.
Estou indo embora dessa casa.
Ao passar por ele, Edward me segurou pelo braço e me beijou, abraçando meu corpo
inteiro. Eu bati em seu peito, mas mesmo assim ele me carregou e me colocou sobre a
mesa.
– Me solta. Eu vou embora agora. Suas mãos já abriam o zíper do meu vestido e
expunham meu seio.
– Me solta....
Mas vou admitir...minha vontade era que ele continuasse. Continuasse me beijando,
passando as mãos pelo meu corpo e roçando seu pau duro em mim.
– Convencido.
– Vai...libera meu pau pra você. Ele está louco para se enfiar em você.
Eu gemi e nem sonhei em desobedecer.Abri seu zíper e gemi novamente ao pegar seu
pau duro e quente em minhas mãos. Edward empurrou um pouco meu corpo sobre a
mesa e se enterrou em mim, me fazendo gritar. - Isso ....grita pro seu macho...esquece
isso de ciúmes....
– Não estou com ci...
– Edward...
Começou a estocar mais forte e cada vez mais fundo dentro de mim. Eu gemia, agarrada
aos braços dele até explodir de prazer, sentido seu jato quente me invadindo ao mesmo
tempo. Meu coração parecia que ia saltar pela boca, mas a respiração dele estava bem
controlada. Puxou meu corpo e sua língua invadiu minha boca. Agarrei-o pelos cabelos,
fazendo-o gemer e enrosquei minha língua na dele.
–Está. E pare com essa coisa de mulherzinha. Não tenho paciência para isso.
– Idiota.
Vesti meu vestido e sai batendo a porta. Comecei a chorar novamente e fui para o
quarto. Arrumei algumas roupas na mala , eu iria embora. Quando estava terminando
ele entrou no quarto.
– Isso é uma mala. Coisa que a gente usa quando se vai viajar ou quando vai embora de
algum lugar. No meu caso, é a segunda opção.
– Quem é ela?
Não respondeu. Continuou me olhando, impassível. Retirei meu anel e estendi para ele.
Olhou brevemente e depois encarou meus olhos.
– Estou te devolvendo.
Para minha surpresa ele estendeu a mão para pega-lo. E fiquei ainda mais surpresa
quando sua mão se fechou sobre a minha e me puxou ate ele, abraçando meu corpo.
Merda. Engoli em seco. Ele sabia que eu estava apaixonada por ele. Seu dedo ergueu
meu queixo, forçando-me a olhá-lo.
– Bella, temos um almoço com minha família. Quando voltarmos eu te falo sobre a
Jéssica. Mas já vou te adiantar: não é uma historia que irá gostar de ouvir.
Estremeci.
– Tudo bem.
– Certo, chefe.
Tive a impressão de ver um meio sorriso em seu rosto, mas já tinha me virado. Escolhi
um vestido simples, mas elegante. Precisava voltar em casa e pegar mais roupas. So
então me lembrei que também queria falar com ele sobre Mike. Ia ter que esperar.
Estava curiosa demais com essa tal Jéssica.
– Está linda.
– Podemos ir?
– Sim.
Edward me pegou pela mão e seguimos até a entrada da casa onde estava seu volvo.
– Não se deixe levar pelo meu pai. Ele fala demais às vezes.
– Nossa...
– O que?
– Vamos ver.
Assim que chegamos à enorme mansão, Edward abriu a porta pra mim e segurou minha
mão. Um casal aguardava na entrada. Um homem alto e imponente, loiro...e lindo. Era o
Todo Poderoso Pai. Ao seu lado uma mulher mais baixa,cabelos cor de mel até os
ombros.
– Senhor, não. Sou bem mais jovem que seu esposo. Apenas Carlisle. Uma emoção
estranha me dominou ao ouvir “seu esposo”.
– Obrigada, Carlisle.
– Obrigada.....hã...Esme?
– Não obrigada.
– Hum.....então é destemida. Gosto disso. É bom que juntando os genes de vocês, seus
herdeiros serão destemidos também.
– Herdeiros?
– Nunca disse.
– Típico dele. Mas dessa vez ele escolheu bem. Tem ancas largas, deve ser boa
parideira.
– Não deve falar essas coisas. Está deixando a garota sem graça.
Fora isso nosso almoço transcorreu tranqüilo. Gostei deles e pelo que pude perceber
gostaram de mim também. Depois do almoço Edward e Carlisle desapareceram e
ficamos eu e Esme. Pegou o álbum da família e me mostrava fotos de Edward. Sempre
foi lindo, desde criança.Sem perceber deixei escapar.
– Não precisa mentir. Eles são muito tolos para perceberem isso, mas eu vejo
claramente.
– Eu percebi que ele está mais calmo, menos briguento. Deve ser por sua causa.
– Talvez.
–Sabe....Edward sempre se sentiu meio responsável por tudo e por todos. Sempre foi
assim desde criança. Sempre preocupado com tudo, mas....ele é adorável, Bella. Essa
cara de durão é so fachada. No fundo ele é um meninão. As outras é que não souberam
levá-lo.
– Sim. Porque nunca encontrou alguém a altura dele. E quando digo a altura eu quero
dizer alguém tão durona quanto ele. Que o encarasse. Ela sorriu.
– Bella?
Ergui meus olhos para Edward. Amaldiçoei a intromissão .Queria ouvir o que Esme
tinha a dizer.
– Vamos agora?
–sim..podemos ir.
Esme me abraçou.
–Ah..com certeza.
Edward dirigiu em silêncio uma boa parte do tempo ate que resolveu falar.
– Como?
– Nada.
Entramos em casa e Edward foi direto ao escritório. Fui atrás. Sentei-me a sua frente e
ele me encarou, as mãos cruzadas sobre o colo.
Engoli em seco.
– Hoje eu vejo que não era isso. Na época eu pensei que sim.
– Ah....
– E o que aconteceu?
– Como disse Jéssica era linda e por isso mesmo chamava a atenção dos rapazes. E ela
escolheu a mim, o filho do todo poderoso. E isso atraiu a ira daqueles que a desejavam.
– Sim, descobri.
Ele me respondeu com um sorriso ao mesmo tempo amargo e zombeteiro. Meu pai e
meu irmão? Assassinos e estupradores?
Ele deveria estar brincando. Olhei em seus olhos e vi que embora doesse em minha
alma, o que ele dizia era verdade.
Bella POV
Estiquei meu corpo na cama, uma sensação de plenitude me dominando.Ao meu lado o
miserável, maldito mais gostoso desse mundo dormia. Parecia um anjo, assim tão livre
da sua fachada de Poderoso.Fiquei tentada a tocar seu rosto, mas fiquei com medo de
acordá-lo. Edward andava mais elétrico que o normal, precisava descansar um pouco,
embora ele negasse. Como sempre ele cumprira com sua palavra. Voltou mais cedo para
“fazer amor” comigo. E realmente ele fez. Foi tão intenso, sem deixar de ser sensual e
carinhoso. Queria tanto acreditar que ele sentia alguma coisa por mim. Mas Edward era
sempre tão enigmático, tão seguro de si. O tipo de homem que jamais se apaixonava.
Ainda assim isso não mudava nada. Estava loucamente apaixonada por ele e tenho
certeza que a tendência era só aumentar cada vez mais.
Levantei-me silenciosamente e corri para tomar um banho. Daqui a pouco os rapazes
chegariam para a partida de poker, que alias eu nem tinha conhecimento. Passei o dia
tentando pensar o que fazer pra eles. Edward não dissera nada. Pedi opinião para uma
das empregadas da casa que já estavam acostumadas com essas visitas. Canapés,
petiscos, ponches, cervejas, uísque e essas porcariadas que os homens gostam de comer
quando estão reunidos. Fora, é claro, os famoso charutos. Não me lembro de já ter visto
Edward fumar algum. Mesmo assim deixei a caixa de madeira ao lado da mesa, no salão
de jogos. Nunca tinha estado ali. Como todo o resto era elegantemente decorado.
Coloquei um vestido verde, justo e curto. Passei uma maquiagem leve e deixei meus
cabelos soltos. As sandálias de salto fino com tiras completavam o visual. Por que eu
tinha a leve impressão que Edward iria me matar?
Mas eu não iria fazer nada demais. Queria apenas fazer ciúmes nele.Adorava vê-lo
bravo.
Desci até a cozinha e dei ordens a Desiree para que levasse o réchaud até o salão. Eles
mesmo se serviriam. Assim era um Buffet elegante.
Eram quase sete e meia da noite quando ouvi os homens chegando. Subi e fui até o
quarto. Edward permanecia de bruços, inteiramente nu. Consegui vencer minha vontade
de tirar a roupa e me deitar com ele.
Coloquei seu celular para despertar às sete e quarenta e cinco. Tempo suficiente para eu
me entrosar com os rapazes.
Desci para cumprimentá-los e quatro pares de olhos famintos desceram pelo meu corpo.
– Ola rapazes.
– Boa...boa noite.
Emmet respondeu e foi seguido pelos outros.
– Edward irá descer logo. Estava um pouco cansado.
– Ah...tudo bem. Nós que estamos um pouco adiantados.
– Vamos para o salão? Assim podem beber algo se quiserem.
Eles me seguiram em silêncio como cães de guarda. Estavam visivelmente
desconfortáveis na minha presença.
Olhei o relógio e vi que a essa hora Edward já teria acordado. Fui até o bar e servi
bebida para todos. Servi um ponche sem álcool para mim e sentei-me cruzando as
pernas. Os olhares acompanharam meu gesto.
– Não vão se sentar? Parece que estão com medo de mim.
– De você não.
Jasper falou e eu gargalhei.
– Quanta bobagem. Eu não sabia que se reuniam sempre aqui.
– Edward gosta disso. Acho que ele se sente bem nos massacrando.
– Como assim, James?
– Ele nunca perde uma partida.
– Ele rouba?
Todos eles riram.
– Não...ele joga limpo, por incrível que pareça. Tem sorte, eu acho.
– É estranho vê-la aqui.
– Por que diz isso, Jacob?
–Assim...nada contra, mas geralmente as mulheres do chefe não nos dirigia a
palavra.Talvez por medo dele achar ruim, ou sentir ciúmes...
Eu gargalhei alto com essa.
– O Todo Poderoso com ciúmes? Duvido.
– Bom...acho melhor falarmos de outro assunto se quisermos manter nossos empregos.
Mudamos de assunto. Falávamos sobre os macetes dos jogos. Descobri que no final das
contas ,eles não pareciam pessoas ruins. Eram até bastante simpáticos.
Estávamos distraídos, rindo das palhaçadas do Jacob quando a porta se abriu e o
ambiente foi preenchido pela presença máscula e imponente dele. Seu olhar percorreu
todo o aposento, passando por cada homem ate chegar em mim. Subiu pelas minhas
pernas cruzadas, mostrando quase completamente as coxas, subindo pelo decote e
parando um pouco em meus seios. Continuou a inspeção e quando seus olhos se fixaram
nos meus eu tremi.
Suas narinas inflaram e o maxilar ficou rígido. Percebi claramente sua respiração se
alterar.
– Edward...boa noi.....
– O Que está acontecendo aqui?
– Como assim, amor? Seus amigos estão esperando você para o poker.
– Isabella...quer dizer...sua..hã companheira nos convidou a esperá-lo aqui, mano.
– Bella...estou te esperando aqui fora. Agora.
– Edward...vai deixá-los esperando ainda mais?
Eu estava abusando, eu sabia. Estava levando Edward ao limite, eu via claramente.
– Não me faça ir até você. Será bem pior.
Os rapazes estavam olhando de Edward para mim, sem saber o que fazer. Obviamente
não ousavam sair e passar perto daquele leão enjaulado.
– Meu Deus..que bicho mordeu você, Edward?
Ele avançou até mim. Emmet segurou-o pelo braço.
– Hei...brow...calma...
Edward apenas levou a mão ao peito dele que caiu sentado. Aparentemente ele não
havia colocado força, mas eu sabia que o peso da sua ira deixara-o mais forte que
Emmet nesse momento.
Agarrou meu braço me tirando do sofá, minha taça indo ao chão.
– Edward...
– Quieta. Será melhor pra você.
Edward praticamente me arrastou pelo salão a fora. Eu seguia atrás dele tropeçando nos
próprios pés. Entrou comigo no escritório, me jogando com força no sofá.
– Que merda você pensa que estava fazendo,hum?Está querendo testar meus limites?
está querendo testar a porra da paciência que eu não tenho?
– Edward você me machucou, seu cavalo.
Eu xinguei olhando as marcas vermelhas em meu braço. Ele se aproximou me
segurando pela bochecha. Puxei meu corpo com violência, meu decote deixando meus
seios a mostra.
– É isso o que pretendia? Se mostrar para um bando de famintos?
Ele me soltou de novo com força e andou pelo quarto.
– Não entendo o motivo dessa raiva.
Ele se virou e fechou os punhos como se preparasse um soco. Se desse eu morreria na
hora, com certeza. Inconscientemente eu me encolhi.
– Eu não vou bater em você, sua idiota.
Andou novamente pelo escritório e parou de costas pra mim, as mãos na cintura. Depois
meneou a cabeça,jogando-a para trás.
–Que prazer você sente em me irritar assim? O que ganha com isso?
Agora era hora do carinho. Tratar meu Rei Todo Poderoso como ele merece. Ajeitei
meu vestido e caminhei até ele,abraçando-o por trás. Encostei minha cabeça em suas
costas,sentindo seus músculos enrijecerem.
Fiquei assim por um tempo depois passei à sua frente,as mãos espalmadas em seu peito.
Ergui minha cabeça para olhá-lo e percebi que a raiva ainda presente.Parecia que queria
me trucidar.Os músculos em seu maxilar pulsavam.
–Diga logo o que pretendia?Me desafiar na frente dos meus homens?
–Você mesmo disse que estava sentindo falta da garota atrevida e topetuda e agora
reclama? Você tem que se decidir,Edward.
Ele continuou imóvel,os braços ao longo do corpo. De repente me deu medo. E se ele
me colocasse porta afora? Percebi que seu corpo tremeu ligeiramente e olhou
novamente em seu rosto.....ele estava rindo???
Sim...estava rindo a valer.Segurou-me pela nuca e aproximou sua boca da minha.
– O que eu faço com você,heim Bella?
Sem perder tempo me apertei a ele,esperando seu beijo.
–Seja meu...somente meu.
Sua boca roçou a minha me fazendo gemer.
–Não já te disse? Sou seu desde que passou pela minha porta.
Minhas pernas bambearam.
–Edward...
Sua boca já cobria a minha, me impedindo de dizer uma besteira.
Caramba...ele não estava mais bravo? Parecia que não.
Ainda segurando minha nuca ele mordeu meu nariz.
– Os rapazes estão me esperando.
–Vou com você.
–Então seja boazinha...troque essa roupa.
–Não é a roupa que faz a pessoa,Edward.
–Por isso mesmo.Ainda que fosse o contrário..o efeito seria o mesmo. É tentadora
demais.
–Tem que confiar em mim,Edward. Sou sua mulher ou não sou?
–Minha mulher...
Ele me olhou de forma tão estranha que meu coração disparou. O que aquela expressão
significava? Não soube dizer.
Ele apenas segurou minha mão ainda me olhando de forma estranha e seguiu comigo até
a sala de jogos. Eu venci pelo menos uma.
Edward parou com a mão na maçaneta.
–A propósito...essa rebeldia terá conseqüências. Eu cuido de você mais tarde.
Joguei um beijo pra ele. Gostoso.Dependendo do que viesse....eu queria e muito.
Obviamente ninguém entendeu quando entramos novamente na sala. Os olhares se
revezaram de Edward para mim, mas sem dizer nada.
Percebi que Emmet tentou esconder um sorriso.Sentaram-se a mesa e eu fiquei próxima
a Edward, as mãos em seus ombros.
Começaram a jogar e em determinado momento desci minha mão até o tórax de
Edward. Imediatamente sua mão cobriu a minha,acariciando-a com o polegar.
Mais uma vez os rapazes entreolharam-se. Provavelmente essa não era uma atitude
normal dele.
–Está desconcentrado hoje,chefe?
–Porque você ganhou duas partidas,Jacob?
Ele deu de ombros.
–Eu nunca ganho.
Edward já havia perdido duas rodadas. Para quem sempre ganha, só tinha uma
explicação: eu estava tirando a concentração dele. Então era hora de dar uma ajudinha
aos rapazes. Mas fui eu quem quase perdeu o gingado. Edward pegou um charuto e
acendeu.Porra...ele ficava sexy demais daquele jeito. Olhou pra mim em meio a
fumaça,mas não disse nada.
Sentei no colo dele, passando o braço em volta do seu pescoço e esperei sua reação.
Sua respiração acelerou um pouco e sua mão apertou minha coxa sob a mesa. Mordi
meus lábios para evitar um gemido.
Sem muito esforço eu consegui sentir seu membro pulsando violentamente contra
minha bunda.
Não sei se os outros percebiam a tensão sexual entre nós dois. Mas a minha vontade era
de sentar logo no pau dele.
Seis rodadas depois Edward jogou as cartas na mesa.
–Chega!
Os rapazes explodiram em gargalhada.
–É preciso perder alguma vez,chefe.
–Engano seu. Perde-se de um lado, ganha-se de outro.
Colocaram-se todos de pé. Levantei-me também para acompanhá-los ate a porta.
Edward estava tão duro que seria constrangedor se levantasse também.
–Amanhã às oito,chefe?
–Sim,Emmet.Passem aqui primeiro. Tem algumas coisas que quero falar com vocês.
–Certo.Boa noite.
Os demais também se despediram. Quando Emmet passou por mim eu li seus lábios.
"Virei seu fã".
Prendi o riso. Mas Edward estava longe de ser bobo.Assim que saíram e fechei a porta
ele me chamou.
–Senta aqui.
Prontamente obedeci e sentei-me em seu colo.
–O que Emmet disse?
–Nada.
–Bella....
–Disse que virou meu fã.
–Foi muito feio o que fez hoje,mocinha.
–Não sei do que está falando.
Rapidamente ele segurou o decote do meu vestido e com uma única puxada, forte e
firme, rasgou-o de cima a baixo.
–Edward....eu gostava desse vestido.
–VocÊ e mais quatro gulosos que saíram daqui.
Ergueu-me um pouco pelos quadris e ouvi seu zíper sendo aberto. Quando me puxou de
volta cai sentada em seu pau, que já se enterrou em mim, um grito de dor e prazer
escapando de mim.
–Era isso o que pretendia não é? Me provocando desse jeito?
Não consegui responder. Uma de suas mãos apertavam meus seios e a outra segurava
minha cintura,socando seu pau com tanta força dentro de mim que eu literalmente perdi
as forças.
–Não vai responder?
–Ed....
Ele me ergueu e me fez curvar sobre a mesa, empinando minha bunda. Entrou com tanta
violência que minhas mãos deslizaram sobre a mesa entre cartas e charutos.Meus seios
ficaram prensados contra a mesa no momento em que deitei minha cabeça.Edward
curvou seu corpo sobre o meu,estocando ainda com mais força.Meu sexo se
contraia,liberando meu gozo que já escorria pelas minhas pernas.
Edward estocou mais duas...três vezes antes de se liberar dentro de mim com um urro de
prazer.
Lentamente saiu de dentro de mim.Tirou sua camisa e me fez vestir depois me pegou no
colo.
–Vou te dar uma surra tão grande que vai se arrepender de ter me provocado?
Arrepender? Eu acho que iria gostar.
************************
Meu corpo estava completamente moído. Estava de bruços na cama e duvidava que
conseguisse me mover. Edward dissera ,já em nossa cama, que me daria uma surra de
pau.E foi o que ele fez. Vagabundo...me esfolou inteira.E eu adorei cada momento, cada
aperto em meu corpo, cada grito de prazer dele. Senti um movimento no colchão e abri
meus olhos.
– Onde vai?
– Tomar um banho. Os rapazes chegam logo.
– Que merda. Que horas são?
– Sete e meia da manhã.
Eu não sabia ao certo a que horas fui dormir. Só me lembro que em determinado
momento olhei o celular e vi que eram três e meia da manhã. Depois disso Edward
ainda me possuiu várias vezes. Ou seja...eu devo ter dormido apenas alguns minutos.
– Posso ir com você? Sei que depois não vou conseguir levantar sozinha.
Ele riu e me pegou no colo levando-me ate a banheira. no entanto ele entrou sob a ducha
e eu fiquei prostrada na banheira. Minutos depois senti a esponja deslizando pelo meu
corpo. Abri meus olhos e encontrei os seus.
– Eu não machuquei você, não é?
– Não...só uma dorzinha gostosa.
Ele riu e terminou de me lavar. Enrolou meu corpo e me levou de volta ao quarto. Eu já
me sentia um pouquinho melhor. consegui ate vestir minha roupa.
– Não precisa se levantar agora, sabe disso.
– sim, mas eu....
Fui interrompida pela batida na porta do quarto.
– Chefe? É urgente.
Edward franziu o cenho e foi até a porta, abrindo-a parcialmente.
– O que foi, Emmet?
– Bom dia. Uma mulher... estava nos rondando e praticamente implorou para falar com
você. Acho que é serio.
– Que mulher? Onde ela está?
– Está ai fora com o Jacob. uma tal Tânia.
– LEve-a para o escritório. Já desço.Você a conhece?
– Quem me dera conhecer.
Epa...não gostei do comentário do Emmet. Se disse isso deveria ser uma mulher no
mínimo gostosa.
Edward fechou a porta e terminou de se vestir.
– Tenho que descer, Bella.
– vou com você.
– Ficou louca? Quer repetir a dose de ontem?
– Eu ouvi o Emmet. Não vou deixar você sozinho com outra mulher.
Vi a surpresa em seus olhos, em seguida um sorriso cínico.
– Ciúmes?
– Não...só estou cuidando do que é meu.
Ele se aproximou e roçou a barba mal feita em meu pescoço me fazendo arrepiar.
– Agora você disse uma verdade: Seu.
– Por favor, Edward. Deixe-me ir.
Ele me olhou por um tempo que pra mim foi uma eternidade.
– Tudo bem, venha. Mas nada de aprontar ou dessa vez a surra vai ser diferente.
Sorri e fui saltitante atrás dele.
Ele entrou no escritório e entrei atrás dele. La estavam Emmet e uma mulher alta e loira.
– Pode ir Emmet.
– sim, chefe.
Deu uma piscadela pra mim assim que passou.
– então, senhorita....
– Denali....Tânia Denali.
– O que quer de mim?
Edward era o rei da simpatia, meu Deus...custava ser mais educado? Só então prestei
atenção à mulher. Usava um vestido branco quase transparente colado ao corpo. Os
seios grandes quase pulavam para fora do decote e dava para perceber a ausência da
calcinha.
– Senhor cullen...meu filho...ele...ele tem uma dívida enorme com você. Eu não sabia,
juro que não sabia que ele usava ....essas coisas.
Edward sentou-se e encarou a mulher.
– Quem é seu filho?
–Narruel...Naruel Denali.
– Humm...aquele moleque realmente tem dado trabalho, junto com um outro.
Olhou pra mim e tive a certeza que falava do Mike.
– Olha...seus homens foram atrás dele. Eu já fiz de tudo, mas não tenho dinheiro, não
sei como arrumar mais do que já dei.
Era tão triste. O que Edward faria? Meu Deus...ele não poderia perdoar nenhuma vez?
Comecei a sentir pena da mulher.
– E onde eu entro nisso? O que quer que eu faça? Diga com todas as letras.
– Eu vim oferecer meus serviços.
– Serviços? Que tipo de serviços.
– já ouvi falar muito do senhor e de suas preferências. Sei que tem bom gosto e que é
um homem insaciável.
Eu congelei. Edward se levantou e ela também. Ele olhou minuciosamente cada detalhe
do corpo dela, fazendo meu corpo ferver.
– Está me oferecendo sexo?
– Sim...todas as horas, de todas as formas que o senhor quiser.
Quando Edward passou a língua nos lábios meu sangue ferveu ainda mais.
Ele caminhou em volta dela como se analisasse o material. Parou novamente em frente
a ela, um vinco profundo marcando sua testa.
Que merda aquele vagabundo estava pensando? Iria aceitar aquela puta? Minha
solidariedade com ela passara num piscar de olhos.
– Uma mulher jovem e bonita me oferecendo sexo de todas as formas...deliciosas, eu
imagino...
– O senhor não seria capaz de imaginar.
Senti lágrimas em meus olhos e quase cega de ciúmes parti pra cima da mulher.
– sua vagabunda. Como se atreve a vir se oferecer para o meu homem? Ficou louca?
Está pedindo para morrer?
– Eu sei muito bem do que ele gosta. Várias amigas já passaram pelas mãos dele.Só
estou oferecendo o que uma garotinha não podia dar.
– VADIA.
Dei um tapa tão forte em sua cara que minha mão ardeu.
– BELLA! CHEGA!.
Parei, assustada comigo mesmo e olhei para Edward.
– Nunca.mais.se.atreva.a.fazer.isso.
Ele pontuou cada palavra e percebi que ele realmente estava zangado. A outra se ajeitou
passando a mão no rosto.
– E então, senhor Cullen? Esta ai a prova que precisa de uma mulher de verdade.
Olhei novamente para Edward e a raiva que vi me deu a certeza:ele iria aceitar aquela
vagabunda. Merda...como pude me apaixonar por alguém assim?
Bella POV
Minhas pernas estavam tão bambas que eu mal conseguia me segurar de pé. A raiva que
eu sentia era tão grande que eu tinha vontade de avançar em Edward e arrebentar a cara
dele. Sem contar a vagabunda loira, atrevida. Vir dar em cima do meu homem na maior
cara dura. Edward encarou-a.
–Sente-se.
Ele também se sentou e pegou seu Black Berry digitando rapidamente. Depois encarou
Tânia novamente.
– Aqui, Bella.
Com o coração quase saindo pela boca eu estendi a mão e segurei a dele, que me puxou
ate ele. Meus braços envolveram o pescoço dele, mas continuei de pé ao seu lado. Seus
braços envolveram minha cintura. Que merda. Eu não estava entendendo mais nada.
Edward estava a fim de brincar comigo, era isso? Há minutos estava analisando o corpo
da lombriga loira a minha frente. Agora estava abraçado a minha cintura? Era piada, só
podia ser.
– Não faço idéia, senhor Cullen. Ele se recusava a falar e quando seus homens
estiveram em minha casa, eu fiquei tão nervosa que nem prestei atenção ao que eles
diziam.
– Desapareceu. Fez as malas e sumiu. Faz mais de um mês que não o vejo.
– Vamos esperar o Emmet chegar com as informações.E então verei o que faço com
você.
A vagabunda deu um sorriso de orelha a orelha e cruzou bem as pernas deixando quase
o útero a mostra. Ahh... mas eu ia pegar essa vadia. Minha respiração se acelerou um
pouco, o que não deve ter passado despercebido a Edward que aumentou o aperto em
minha cintura. Mas se o negócio era provocar... então vamos lá.
Eu perguntei com um sorriso falso no rosto. Seu olhar demonstrou espanto, mas
rapidamente ela disfarçou.
Eu sorri. Era exatamente isso que eu esperava que ele fizesse, embora a essa altura do
jogo, eu não tivesse mais certeza de nada. Enterrei meus dedos nos cabelos de Edward,
o que fez com que ele me olhasse.
– E você, Edward?
Seus olhos brilharam intensamente, me fitando. Olhei a boca carnuda e sexy e tive
vontade de mordê-lo.
– Nada pra mim, obrigado.
Peguei o telefone que dava acesso à cozinha e pedi a Desiree que levasse o suco da
vadia. Emmet chegou assim que desliguei o telefone.
– Bem, obrigado.
Entregou uma pasta preta para Edward. Desiree chegou com o suco. Era uma pena que
não tivesse colocado um pouco de veneno ali.
Olhei para Emmet que tinha o cenho franzido. Tanto eu quanto ele nos perguntávamos o
que Edward faria com a limusine. Ele não gostava muito de sair com ela. Preferia o
volvo prata blindado.
Assim que Emmet saiu Edward abriu a pasta e deu uma olhada nos papeis. Depois
voltou novamente ao começo e releu tudo mais lentamente. Eu não tirava os olhos da
vadia, que cruzava e descruzava as pernas, talvez de nervosismo, mas talvez quisesse
chamar a atenção de Edward, que parecia alheio a tudo, exceto aos papéis em sua mão.
Depois de alguns minutos ele finalmente ergueu os olhos.
– Bom... aqui consta tudo o que seu...Narruel andou fazendo...e tudo o que ele me deve.
Quantos anos ele tem?
– 16 anos.
Revirei meus olhos. Como Edward era cínico. Ele também era culpado disso, uma vez
que fornecia drogas para esses pobre viciados. Mas eu nem ousava falar isso com ele
novamente. Eu não estava em boas condições para ficar provocando-o.
– Seu filho andou aprontando bastante, Denalli. Por muito menos que isso vários já
foram parar debaixo da terra.
– Sim, mas... creio que está buscando um jeito de arrumar esse dinheiro.
– Sei...
Edward jogou a pasta sobre a mesa e inclinou-se na direção de Tânia, os dedos das
mãos entrelaçados a sua frente.
– Sim.
– Está se oferecendo para ocupar minha cama todas as horas, todos os dias em troca do
perdão da divida do seu filho?
– Pois muito bem... eu perdôo a dívida de vinte mil dólares que seu filho tem comigo. E
você fica.
Minha cabeça girou. Meu estômago embrulhou e uma ânsia de vômito quase me fez
despejar todo meu asco ali mesmo, em cima de Edward. A ordinária arreganhou ainda
mais a cara e só faltou abrir as pernas pra ele. Eu estava congelada no mesmo lugar, as
mãos ainda nos ombros dele.
– Mas?
– Preste bem atenção, Tânia. Você mesma disse que me conhecia muito bem.
– Então elas devem ter contado que eu JAMAIS fico com mais de uma mulher ao
mesmo tempo. E eu estou com Bella agora.
– Sim, mas... e se eu esperasse? Quer dizer... elas não duram muito tempo em sua vida.
Você pode me cobrar juros, é claro..
–Se você realmente for esperar eu me cansar da Bella para começar a pagar sua divida,
ela ficará tão alta que nem se me der todos os seus orifícios 24 horas por dia, você
conseguirá me pagar."
– Mas.....
– Eu vou falar e pela ultima vez. Odeio repetição.Minha cama já está ocupada e muito
bem ocupada, diga-se de passagem. Não existe a mínima chance de outra mulher vir a
ocupar o lugar de Bella. Outra coisa que suas amigas não devem ter-lhe dito: tem
milhares de mulheres correndo atrás de mim, modéstia a parte. Eu não gosto disso. EU
gosto de procurar a ideal para mim. Não gosto de nada fácil demais. Mulheres que se
oferecem demais beiram a vulgaridade e definitivamente isso não faz meu gênero.
Ela estava pálida e eu congelada. Eu tentava desbloquear meu cérebro e processar tudo
o que Edward estava dizendo. Era quase irreal.
– Não é uma ofensa. Mas há de convir comigo que ofendeu minha mulher. Resumindo:
em relação ao seu oferecimento: não estou interessado. Tudo o que me ofereceu, eu já
tenho e de sobra. Mas você poderá me ser útil de outra forma. E se quiser usar seus
“dotes”... ótimo. Desde que atinja os meus objetivos.
– E o que seria?
– Você irá seguir com o Emmet e ele te dirá tudo. E preste bem atenção: eu exijo
LEALDADE a mim. Nunca se esqueça de uma coisa: por muito menos que vinte mil
dólares eu já matei.
Percebi claramente como ela estremeceu de medo. Alias só o tom da voz de Edward
dava medo.
– Mas... e se for alguma coisa que eu não concorde? Alguma coisa ilegal, escusa?
Edward suspirou fundo e a encarou tão seriamente que eu quase senti pena.
– Então aconselho você a procurar um prostíbulo e oferecer o que você me ofereceu. Vá
juntando o que receber e me pague os vinte mil dólares.
Ele sorriu abertamente. Maldito, vagabundo.... como podia ser tão lindo e tão ordinário?
Dois toques no seu Black Berry e três minutos depois Emmet apareceu.
– Chefe?
– Emmet... leve a senhorita Denalli. Na limusine.... você sabe pra onde. Creio que ela
será de grande valia naquele nosso caso.
– Don Matteo?
– Exatamente.
– Vamos senhorita?
Ela se levantou ainda encarando Edward. Depois me olhou com visível desprezo.
Ela girou e saiu da sala com Emmet. Só então percebi que eu estava com a respiração
suspensa. Olhei para Edward e ele me encara, um brilho divertido nos olhos. Raiva.
Vontade de socar a cara dele.
– Venha aqui....
Cruzei os braços em frente ao peito e não me movi. Ele então se levantou e ficou a
minha frente.
– O que foi?
– Isso o que?
– Eu fiz isso?
– FEZ!
Eu berrei com ódio.
– Bella... você me decepciona às vezes. Quantas vezes terei que repetir que não fico
com mais de uma mulher ao mesmo tempo?
–Entenda uma coisa de uma vez por todas: Não existe mulher à sua altura. Mas é como
eu disse antes. Eu adoro aquela mulher atrevida, forte, destemida.... é assim que deve
ser uma Cullen. E onde ela está agora? Aqui na minha frente feito uma gatinha
assustada.
Ele falava isso quase num sussurro, rouco, sexy e quase acabando com a porra da minha
sanidade.
– Acha mesmo que eu deixaria você partir a troco de sexo fácil? Eu tenho você.. pra que
irei querer outra?
– Não foi minha intenção humilhar você... mas se sentiu assim: Me perdoe.
– Mas eu não podia deixar você espancá-la porque eu já tinha percebido que ela me
seria útil. E gritei também de raiva de você. Como pode pensar tão mal de mim assim?
– Bella, me entenda, por favor. Sei que sou um grosseirão, mas é meu jeito. Mas isso
não significa que eu seja um monstro totalmente insensível. A gente se da relativamente
bem.... quando você não apronta.
– Você é bonita, inteligente... sexo entre nós é mais que fantástico. Agora me diga: pra
que deixar você? Porra... eu...gosto de você. De estar com você.
– Eu confio. Mas.... precisava ficar reparando no corpo dela e passando a língua nos
lábios?
Ele gargalhou.... alto. Merda... foi lindo ouvir isso. Por que ele tinha que ser tão sério
sempre? Sua boca roçou meu ouvido e mordiscou o lóbulo da minha orelha. - É bom
ficar com ciúmes não é?
– Estava me devendo essa Bella. Aquele vestidinho ainda está atravessado na minha
garganta.
Eu me preparava para responder a altura quando sua boca buscou a minha e então não
me lembrei de mais nada. Nada mais tinha importância. Só queria sentir sua boca
exigente devorando a minha. A língua macia e atrevida percorrendo cada canto da
minha boca. Merda.... ele me deixava em chamas.
– agora venha cá.... prometi que iríamos conversar sobre seu irmão.
Edward foi ate o sofá e me fez sentar em seu colo. Sentei-me e acariciei seus cabelos.
– Eu não farei nada com ele, Bella. POR VOCÊ. Mas é bom ele ficar longe de mim, de
nós.
– Mas.... eu tenho duas condições. E ai passo uma borracha em tudo e esqueço tudo o
que o Mike fez.
– Que condições?
Morri mais uma vez. Edward Berlucci Cullen queria se casar? Seria a notícia do século.
E antes que eu sequer raciocinasse, minhas palavras saíram atropeladas. - Eu aceito. Eu
me caso com você e te dou quantos filhos quiser.
Sua boca buscou a minha e seu beijo foi tão suave e carinhoso que quase me fez chorar.
– Espere um instante.
Ele foi até o cofre e voltou com uma caixinha na mão. Meu coração disparou. Pegou
minha mão direita e tirou o anel do meu dedo anelar e colocou em outro dedo. No seu
lugar colocou uma grossa aliança de ouro.
– Como?
Ele me entregou a caixinha onde estava a aliança DELE. Peguei-a e coloquei no dedo
dele, uma estranha emoção me percorrendo. Estava surpresa por ele usar aliança. Como
se adivinhasse meus pensamentos, ele falou.
– Faço questão de usar aliança, Bella. Quero que todo mundo saiba que tenho DONA.
Aliás... temos que ir ate minha casa. Será apresentada como a nova Cullen. Agora
oficial.
Meia hora mais tarde chegávamos à casa dos pais de Edward. Entramos de mãos dados
e ao chegarmos na sala não somente seus pais como Jasper e Emmet estavam lá.
–Bom dia.
– Bom dia, filho...Bella. Nossa como demoraram.
Edward deu de ombros.
– Culpa da Bella. Essa dai parece que nasceu primeiro que a cama.
Pela expressão de todos percebi que esse não era o tipo de conversa descontraída que
Edward costumava ter.
Carlisle me abraçou e Esme beijou meu rosto. JAsper acenou com a cabeça e Emmet
deu uma piscadela marota.
– Fiquei preocupada quando ligou querendo a família reunida.
– Preocupada ou curiosa,mãe?
–Os dois.
Edward e eu continuávamos de mãos dadas e foi assim que nos sentamos. Nossas mãos
permaneceram entrelaçadas.
–Vou direto ao ponto,não posso me demorar.Tenho um comunicado a fazer.
Edward olhou para cada um dos rostos ansiosos antes de finalmente falar.
–Bella e eu iremos nos casar. Breve.
– Casar? Como assim?
–Como é que se casa,pai? Civil...igreja...vestido..festa...essas parafernália toda.
– espera ai....vão se casar com direito a tudo?
– Por que não, mãe? Não é o correto?
Jasper e Emmet olhavam de mim para Edward mas eu podia jurar que eles estavam se
divertindo, e muito. Quem diria,o todo poderoso querendo se casar?
Carlisle me olhou,sorrindo.
–Como conseguiu essa proeza,garota?
–Eu não...
Edward me interrompeu.
–Nunca fui contra o casamento,pai. Só não tinha encontrado a mulher ideal.
CArlisle balançava a cabeça,satisfeito. Esme ainda não saira do transe.
–Bella, minha norinha querida....você é...porreta.
Senti minhas bochechas queimarem. Para minha surpresa Edward levou minha mãos
aos lábios e beijou.
–AH...MEU DEUS!!
Esme praticamente berrou...os olhos fixos no dedo de Edward.
–Com aliança e tudo o mais?
Edward revirou os olhos e bufou.
–Mãe....não é assim que funciona um casamento?Meu Deus...não entendo a surpresa de
vocês.
–Bella...já te falei que sou seu fã,não é?
Emmet falou e Edward fuzilou-o com os olhos. Ele e Jasper se contorciam, loucos para
rir de Edward, é óbvio.
–E para quando será o casamento?
–O mais rápido possível,mãe. Mas como não entendo nada disso...ficará por sua conta e
da Bella. Igreja,vestido,festa,convite...tudo.
– Ah...meu pai. E eu que já tinha perdido as esperanças de vê-lo casado.
–Vocês são afoitos demais. Não poderia simplesmente casar com qualquer uma.
Carlisle se levantou e abriu os braços para mim. Fui até ele e recebi seu abraço
caloroso,assim como dos demais.
–Bem vinda a família,Bella. Dessa vez com uma Cullen.
–Obrigada,Carlisle. É...uma honra fazer parte dessa família.
Mordi meus lábios e olhei para Edward,notando que ele ficara satisfeito por ouvir isso.
–E o herdeiro? Como fica?
Dessa vez eu me adiantei a Edward.
–Bom..Edward e eu estamos trabalhando nisso ha tempos,Carlisle.
Os três homens: Jasper,Carlisle e Emmet se olharam e depois explodiram numa
gargalhada. Os olhos de Edward se estreitaram.
–Gente...essa daí vai dar trabalho.
–Já acabaram as palhaçadas ou vou precisar esperar as meninas se acalmarem?
Edward olhava para eles com raiva. Esme estava ao meu lado segurando minha mão e
ainda olhando a aliança como se não acreditasse no que via.
–Isso definitivamente merece um brinde,filho.
CArlisle chamou uma das empregadas que rapidamente trouxe champanhe. Brindamos
e acho que quase sem pensar no que fazia,Edward me puxou pela cintura colando sua
boca na minha. Eu suspirei de puro prazer enlaçando seu pescoço.
– Hanhã...
Alguém pigarreou, provavelmente Carlisle e Edward me soltou.
–Mãe...combine com Bella o que acham que deve ser feito. O que ela decidir...está
decidido.
Olhei pra ele sem acreditar.
–Carta branca,Edward?
–Vocês é quem entendem disso,Bella.
Sorri,satisfeita.
Mais alguns minutos de conversa e Edward despachou JAsper e Emmet para alguma
missão.
–Mãe...como está Alice?
–Não desceu hoje. Estava lendo quando fui até lá.
–Vou vê-la um pouco.
Ele se levantou e continuei sentada. Afinal ele disse que iria pensar se me deixaria falar
com ela.
No entanto ele estendeu a mão pra mim.
–Vem,Bella.
Ergui-me imediatamente.
–Com licença,Esme...Carlisle...
Subi com Edward. Ele parou em frente a uma porta,deu uma leve batida e abriu.
–Alice? Posso entrar?
Provavelmente ela assentiu, já que ele entrou. Foi direto até a cama.Vi uma coisinha
miúda de cabelos curtos e espetados sentada na cama com um livro no colo.Parei para
observar a cena, refletindo sobre como Edward estava sempre a me surpreender. Gestos,
atitudes,palavras....tudo tão diferente do que estava acostumada a ver e que contribuía e
muito para aumentar ainda mais meu amor por ele.
Bella POV
Esse era um momento raro. Eu tinha mais é que aproveitar. Edward continuava na cama
mesmo depois do sol infiltrar-se pela janela. Em dias normais ele já teria saído ha muito
tempo.Mas ele estava aqui, abraçado ao meu corpo, as mãos fortes deslizando em
minhas costas. Seu cheiro de homem invadia meu organismo e atingia diretamente meu
sistema nervoso.
Falando assim parecia que havia dias que eu não o via, que não o tinha em minha cama.
Mas a verdade é que passei a noite em claro desfrutando dos prazeres que ele me
proporcionava.
Nesse momento eu não tinha sono, tinha apenas fome. Fome dele.
Girei um pouco meu corpo, colando minha boca em seu peito. Deslizei minha língua
descendo até seu umbigo. Os músculos firmes de sua barriga se contraíram e seus pelos
se eriçaram.
– Não está com dor, Bella? estive dentro de você a noite inteira...
– Quer conferir?
Antes que ele pensasse em responder , ergui-me e desci meu corpo em seu pau ereto,que
também ansiava por isso.
Ele gemeu de prazer...eu de dor. Ainda assim apoiei-me em seus ombros e cavalguei
sobre ele, empurrando seu pau para dentro de mim. Olhei nos olhos de Edward e eles
me devoravam. Agarrou minha cintura com força e com uma agilidade impressionante
ficou sentado na cama com meu corpo ainda sobre o dele. Sua boca imediatamente
colou-se em meu seio enquanto ele começava sua devastação.
A boca, dentes e língua devoravam meus seios enquanto ele estocava seu pau
violentamente dentro de mim. Eu gemia alto, a cabeça inclinada para trás, as mãos
agarradas aos ombros dele.
Agarrei seus cabelos puxando sua boca para a minha, meus seios instantaneamente
reclamando da intromissão. Eu sentia Edward em todos os meus poros, em todos os
meus sentidos transbordantes de luxúria.
– Te quero demais, Bella.Só você tem essa porra desse poder sobre mim.
– Então faça o que quiser de mim, Edward. Me invade, com força...tudo o que quiser....
Eu respondi, tresloucada, rebolando sobre ele. Edward literalmente rosnou e apoiando-
se em uma das mãos, ergueu seu corpo e ficou de pé, jogando-me na cama em seguida.
Cai de costas sobre a cama e vi Edward se ajoelhar no chão. Puxou meu corpo com
força, seu pau já se enterrando dentro de mim. Meus pés ficaram apoiados no chão,
apenas minhas costas sobre a cama. Eu nunca imaginei fazer dessa forma, pensei que
fosse desconfortável. Mas Edward segurava meus quadris com firmeza e metia tão forte
que eu apenas gemia, o peito doendo pela dificuldade em respirar.
Edward parecia ainda mais enlouquecido que eu. Investia com toda sua força, os dentes
trincados. O suor já escorria pelo seu corpo, fazendo sua pele brilhar.
Eu que pensei que não poderia ficar ainda mais enlouquecida vi que estava enganada
quando Edward elevou minhas pernas até seus ombros, invadindo novamente meu
corpo. Assim como eu, ele percebeu o quanto eu fiquei apertada. Ele praticamente urrou
de prazer.
– Porra....cacete....ah...Bella....
Edward estava fora de controle, enlouquecido...e eu embarcava naquela loucura.
Rebolava no pau dele, minhas unhas cravadas em suas mãos, praticamente berrando,
implorando por mais.
– Mais...Edward...ahhh....gostoso, filho da puta....acaba comigo.
– Vem Bella...goza agora comigo.
Nem era preciso pedir. Meu corpo já se convulsionava lançando espasmos por cada
célula do meu organismo.
–SIM....meu homem...Meu todo poderoso.
Edward gemeu ainda mais alto enchendo meu corpo com seu sêmen. Eu ainda gemia,
descontrolada, incapaz de segurar a merda da minha boca.
– Ahh....Deus....eu amo você, Edward.
Ele puxou meu corpo com violência, deixando-me colada a ele e invadiu minha boca. A
língua ávida devastou cada canto antes de se enroscar na minha. Mas à medida que
nossa respiração acalmava, nosso beijo também ficava mais terno.
– Droga...
– O que?
Ele sussurrou em meu ouvido, a voz rouca provocando nova onda de arrepio.
– Não queria ter dito aquilo.
Ele riu.
– Por que não? Eu já sei disso.
Edward POV
Nem mesmo a água quase gelada conseguia apagar a onda de calor que se alastrava pelo
meu corpo. Absurdo. Eu poderia ser considerado um maldito pervertido, tarado. Mas
isso não estava em mim, definitivamente. Bella era a culpada de tudo. Não vou negar
que sempre tive uma vida sexual bastante movimentada, mas isso se resumia a várias
mulheres e não várias vezes numa noite com a mesma mulher.
Mulher alguma jamais conseguiu seguir esse ritmo que eu impunha. Ritmo que Bella
seguia perfeitamente e ainda pedia mais. Porra, a mulher era um vulcão...e era
inteiramente minha.
Eu quase podia imaginar como ela deveria estar agora. Dolorida. Afinal eu mesmo,
apesar de ainda duro, estava meio dolorido, esfolado. Ainda assim eu gemi ao lembrar-
me do seu corpo quente e delicioso entregue a mim. Eu adorava isso nela. Essa
capacidade de se entregar a mim sem reservas, sem questionar hora ou lugar. Não era a
toa que seria minha esposa.
Mas não era somente por isso, é claro. Bella era linda, espontânea, geniosa, teimosa,
turrona, persistente... e apaixonante. E todas as demais qualidades que eu sempre
apreciei em uma mulher e que encontrei reunidas somente nela.
Embora eu sempre tivesse pensado em me casar, com certeza, não esperava amor.
Queria apenas o casamento como forma de dar uma família estruturada ao meu
herdeiro.
Casamento por amor estava fora de questão. Mas Bella rompera esses muros que ergui
em volta do meu coração. E o pior de tudo era ter conseguido isso sem esforço algum.
Simplesmente se instalara dentro de mim sem pedir licença. E sequer se dava conta
disso.
Olhei para a grossa aliança em meu dedo. Desde quando eu fazia questão de mostrar
que eu pertencia a uma mulher? Ah... sim..desde quando conheci Bella. Será que todo
homem agia assim? Fazia questão de mostrar que tinha dona, que existia alguém que
dominava sua mente e seus desejos? Acho que todo homem apaixonado era assim.
Sim. Estava apaixonado por ela. Amava, na verdade. E era um sentimento forte, que me
fazia perder as estribeiras às vezes. Quantas vezes eu fiquei horas sem pensar nos meus
negócios antes de conhecer Bella? Eu tinha a resposta na ponta da língua: nunca. Nunca
mulher alguma ocupou minha mente quando eu deveria pensar nos negócios. Mas Bella
conseguia essa proeza.
Por várias vezes quis deixar os rapazes tomarem conta de tudo e volta para casa, para os
braços dela. Era ali que eu me sentia verdadeiramente homem. Dizem que todo homem
tem uma porção mulher. Eu sempre debochei disso. Hoje em dia eu entendia que essa
tal porção mulher poderia referir-se ao amor. A grande capacidade que elas têm de amar
incondicionalmente.
Acredito que estava descobrindo essa porção em mim. E devo admitir que era a melhor
parte de mim. Minha porção mulher.
Ai credo... que coisa mais boiola de se pensar. Ainda bem que o Emmet jamais saberia
disso. Balancei a cabeça horrorizado. Bella tinha esse poder... me transformar num
molenga.
Terminei meu banho e voltei ao quarto ainda balançando a cabeça. Em que espécie de
homem eu havia me transformado? Aliás... Bella havia me transformado.
Parei de supetão olhando a mulher adormecida em minha cama. Belíssima. Só de olhar
a bunda durinha e empinada totalmente despida como se me chamasse, meu pau ficou
duro novamente. Merda de mulher deliciosa. Era melhor sair logo daqui ou não iria me
responsabilizar por mais nada.
Não conseguia esconder suas emoções. E isso só servia para me deixar ainda mais
maluco por ela. Era excitante demais ver o seu prazer enquanto possuía seu corpo, ou
mesmo quando estava apenas juntos, na cama. Era claro o quanto ela gostava dos
momentos que ficávamos juntos. E comigo não era diferente, tanto que estava quase
desistindo de sair desse quarto e deitar-me ao lado dela, velando seu sono.
Nessas horas eu sentia o peso de ser o chefe nas minhas costas. Às vezes pensava em
desistir de tudo e simplesmente ir curtir a minha mulher. Estava em falta com ela, sabia
disso. Mas não foi assim com as outras também?
Bufei. As outras não eram a Bella, seu idiota.
Virei-me de costas pra ela e terminei de me trocar ou então não sairia mais daquele
quarto. Não iria mexer com ela. Bella precisava descansar. Nenhuma mulher agüentaria
essa maratona de sexo como a da noite anterior sem descansar um pouco.
Sai do quarto fechando a porta com cuidado e dirigi-me ao quarto de Tânia. Bati e
esperei enquanto permitia minha entrada.
– Esse já era de se esperar. Bom...tenho que tirá-la do pais.. Tem notícia do seu filho?
– Não.
– Vou colocar alguns detetives atrás dele. Se Dom Matteo descobrir sobre ele...
– Não... Edward. Eu irei continuar.
– Como assim continuar?
– Vou voltar até Dom Matteo.
– Nunca. De forma nenhuma. Ele já sabe que está comigo, Tânia. Não vou arriscar.
– Mas, Edward... eu quero ajudar..eu tenho que pagar...
– Esqueça essa dívida, Tânia. O horror que você sofreu deixa a mim em dívida com
você.
– Edward...
–Apenas descanse agora. Eu preciso sair.
– Sim. Obrigada... por tudo.
Sai do quarto completamente arrasado. Meu pai tirou a mãe do James da sarjeta,
ajudando-a a criá-lo desde pequeno. E era assim que ele mostrava sua gratidão.
Entretanto eu não iria arrebentar com ele agora. Tinha coisas mais importantes a fazer.
Uma delas era buscar Alice. Se ela queria ajudar em meu casamento era melhor que
estivesse aqui logo. Eu tinha pressa.
Minha mãe já esperava por mim, acompanhada por Alice.
– Oi filho... Já estamos sabendo. Como você está?
– Estou bem, mãe.
Baguncei o cabelo da Alice.
– Oi baixinha.
– Oi grandão.
Eu ri. Alice e Bella iriam me dar trabalho, tinha certeza disso.
– Meu pai?
– Saiu com Jasper e Emmett.
– Onde foram?
–Ele não disse. Também não insisti. Mas não deve ser nada grave. Estavam sorrindo.
Estranhei. Os três saindo como uma família normal era novidade pra mim. Ainda mais
sorrindo, livres da fachada de “bandidos”.
Apenas balancei a cabeça, sem responder. Estava realizando o sonho da minha mãe:
ver-me casado e ainda por cima apaixonado.
Dei um abraço nela e nos despedimos. Eu poderia até ter ficado um pouco mais, mas
certo olhar de chocolate me impulsionava a retornar mais cedo.
– Estamos com pressa, heim?
– Alice... eu não conhecia esse seu lado debochado.
– E eu não conhecia esse seu lado apaixonado.
– Puff... vocês mulheres são românticas demais para o meu gosto.
– Se você diz... Como está Bella?
Preferi não responder. Eu já tinha entregado os pontos mesmo, pelo menos pra mim. E
qualquer um que não fosse tão avoado quanto Bella iria perceber que eu estava sim,
apaixonado.
Estacionei o carro e vi como Alice olhava embevecida para minha casa.
– Nossa... é ainda mais maravilhosa que a do seu pai.
–Sim... gosto muito dela.
Envolvi seus ombros com meus braços e entramos em casa. Assim que passamos pela
sala vi Bella parada, um sorriso largo no rosto. Usava um vestido leve, branco, deixando
suas coxas à mostra.
– Oi, Alice. Seja bem vinda.
– Obrigada, Bella.
Ela falava com Alice, mas seus olhos estavam fixos em mim, como se pensasse no que
iria fazer. Estranhei. Geralmente Bella não pensava muito para agir. Era totalmente
absurda. Acabei sorrindo com esses pensamentos.
Foi o que bastou para que ela me pegasse de surpresa, atravessando a sala correndo e se
jogando em meus braços, as pernas envolvendo minha cintura. Foi espontâneo e
absolutamente... agradável. Abracei sua cintura e cheirei seus cabelos.
– Oi... isso tudo é saudade?
– Pior que é.
– Hum... eu posso cuidar disso mais tarde.
– Pode ir, Edward. Eu espero aqui. Acho que isso ai não pode esperar.
Eu ri com as palavras de Alice e nem ousei recusar.
– Eu já volto bruxinha.
Fui andando com Bella em meu colo, agarrada a minha cintura, quase me impedindo de
caminhar. Busquei sua boca com voracidade, enroscando minha língua na dela.
– Não devia fazer isso, Bella. Se soubesse como estou tarado por você desde que sai de
casa.
– Mesmo?
– Sim...
Entrei com ela no quarto, fechando a porta com o corpo dela.
Vagarosamente fiz seu corpo deslizar pelo meu, cada milímetro da nossa pele roçando
uma na outra. Bella gemeu fechando os olhos.
– O que foi, hã? Parece que não me teve a noite inteira...
– Você é tão bom que nunca é suficiente, Edward.
Girei seu corpo, deixando-a de costas pra mim, o rosto contra a porta do quarto.
Ergui seu vestido, constando o que já tinha percebido: a ausência da calcinha.
– Não sabe como sai daqui: duro... louco pra me enfiar em você de novo.
Mordi sua orelha ao mesmo tempo em passava minhas mãos em sua bunda.
– Estava deliciosa... Pronta pra mim... tenho certeza que estava tão encharcada quanto
agora. Louca para que eu me enfiasse em você... fundo....forte...
– Ahh...Edward.
Ela já rebolava contra mim, a respiração ofegante. Passei minha língua novamente em
sua orelha antes de efetivamente enfiá-la em seu ouvido, fazendo Bella gemer mais alto.
– Edward...
–Sim... assim que eu gosto...louca para sentir meu pau arrombando você, metendo em
você cada vez mais forte.... Até minha porra invadir você.
Seu corpo se convulsionou e seus joelhos cederam. Rapidamente segurei-a, abraçando
seu corpo.
– Está tão maluca por mim que gozou em menos de cinco minutos, Bella? Sem que eu
mal a tocasse?
– Maldito filho da mãe...
– Isso... xinga...
Falei carregando-a para a cama.
–Xinga bastante...principalmente quando eu estiver fodendo você, gostosa.
Joguei-a na cama e comecei a tirar minha roupa sob seu olhar atento e guloso. Nem
tinha como negar que eu estava inteiramente nas mãos dela. Do amor da minha vida.
Minha Bella.
Era bom sair com as duas. Além de serem divertidas eram eficientes. Meu vestido foi
comprado, o Buffet contratado, convites prontos. Eu nem sei por que ainda me
impressionava. Sempre que íamos a alguma loja ou outro lugar qualquer e Esme dizia
que era para o casamento de Edward Cullen as coisas rapidamente se ajeitavam. Apesar
de ser um contraventor, Edward era respeitado. Ou então temido, o que era mais
provável.
Uma coisa que me surpreendeu mais do que tudo foi o comunicado do enlace pela
imprensa. Eu imaginei que talvez Edward não quisesse esse tipo de exposição. Ele
sempre agia ao contrário do que eu esperava. Tanto que não se importou quando Alice
levou um fotógrafo para que tirasse foto de nós dois juntos. Devo admitir que
combinávamos perfeitamente.
Entretanto quando saiu a nota no jornal, nossa foto estampada na primeira página eu
tive medo da sua reação. Creio que foi mais pelos dizeres:
“O Todo Poderoso Edward Berlucci Cullen finalmente preso nas garras do amor.”
Ele ia bufar e fazer aquela cara perigosa que eu muitas vezes temia. E obviamente
mandaria recolher os jornais. Pronto. Mais uma vez cai do cavalo. Estávamos na sala,
Alice e eu, quando ele chegou já afrouxando o nó da gravata.
Alice saiu da sala e Edward veio se aproximando. Logo estava à minha frente,
estendendo a mão para mim. Fui puxada do sofá assim que nossas mãos se tocaram.
Meu corpo grudou-se ao dele e como sempre, de forma quase automática, eu enlacei seu
pescoço. Sua boca desceu ávida sobre a minha, a língua já devastando a minha boca. Eu
gemi e apertei meus dedos em seus cabelos, meu corpo inteiro se acendendo berrando
por mais.
Desceu beijos pelo meu pescoço e colo antes de pegar minha mão e me olhar
profundamente.
Ele voltou novamente para o meu lado. Fechei meus olhos e quase me encolhi
esperando pelo “Não é da sua conta”.
– Por enquanto nada. Talvez eu dê corda para ele se enforcar. Mas por enquanto ficarei
como se não soubesse de nada. No momento nosso casamento é o que importa. Quero
que tudo seja perfeito pra você.
Esse homem ainda ia me matar algum dia. Matar-me de tesão, de paixão. Ele baixou
minha crista sem que eu ao menos percebesse. Mas também... ele era apaixonante
demais. Mesmo sendo um bruto, um cavalo, às vezes. Acho que isso tudo era parte do
charme dele.
Sem vergonha alguma eu admito que amo isso.
– Obrigada, Edward.
– Disponha.
Ele beijou meus cabelos e depois subiu. Não fui atrás dele embora meu corpo quisesse
ardentemente isso. Mas me contive. Precisava ser menos... ”despudorada”.
Pouco depois Alice voltou só sorrisos.
– O que foi?
– Você doma Edward direitinho.
– Deixa de ser boba, Alice. Ele sim me domou sem que eu percebesse.
– Ambos, então. Edward pelo pouco que conheço dele nunca foi dado a esse tipo de
carinho.
Em parte ela tinha razão. Mas aquele lado bruto dele não dava descanso. Era parte dele
e tínhamos que conviver com isso. E nem adiantava tentar me enganar. Na maioria das
vezes esses coices dele me deixavam abismada, mas eu vergonhosamente gostava disso.
Tânia já tinha saído da nossa casa. Ela tanto insistira que Edward acabara cedendo. Ela
voltaria para Don Matteo, mas não agora. Edward acomodou-a em um de seus
apartamentos. Lá ela ficaria até que passasse nosso casamento. Só então ela iria até Don
Matteo se dizendo arrependida. O plano exato deles eu nem fazia idéia. Eu percebia
claramente o ódio e repulsa de Tânia por Don Matteo e não tirava sua razão. Entretanto
isso poderia ser perigoso, principalmente pra ela. Tomara que dê tudo certo.
Alice folgadamente deitou no sofá, a cabeça em meu colo. Fiz um cafuné em seus
cabelos.
Talvez eu fosse mesmo uma retardada e não percebesse isso. Ou então ele era o rei da
sutileza. Ou as duas coisas.
Pouco depois ele desceu novamente, os cabelos ainda molhados, vestido num outro
terno. Era impressionante como ele ficava ainda mais gostoso vestido assim. Aliás...
acho que é gostoso de qualquer jeito. Transbordava sensualidade, gostosura... sexo.
Vontade de avançar nele e apertá-lo inteiro.
Fui para o quarto e apenas tirei minhas roupas, deitando-me nua. Queria pensar um
pouco em meu futuro marido, mas o sono me abraçou quase que instantaneamente.
E isso foi péssimo. Dormi tanto que quando percebi que Edward dormia ao meu lado já
eram seis da manhã. Que merda. Eu sempre acordava, mesmo quando Edward chegava
com o dia raiando. Tive vontade de acordá-lo, mas ele dormia tão profundamente que
desisti. Tomei um banho e desci. Alice já estava acordada e separava os convites de
casamento.
Peguei um roupão e o protetor solar e desci. Alice já me esperava, vestida num biquíni
roxo.
– Vamos aproveitar que esse horário o sol ainda está fraquinho.
Realmente Alice estava certa. Era um desperdício uma piscina daquela e não desfrutar.
Retirei o roupão e Alice sorriu em aprovação ao olhar para o minúsculo biquíni que eu
usava.
– Muito bem. Vai ficar uma marca bem pequena. É mais sexy.
Revirei os olhos. Alice estava aos poucos mostrando suas garrinhas, além da língua
ferina.
– Aliás, nem te agradeci por ter vindo. É muito bom ter sua companhia.
–Sabe. Edward sempre me chamou, mas eu nunca quis. Não ia muito com a cara das ex
mulheres dele. Eram todas muito artificiais para o meu gosto. Acho que Victoria era a
menos pior.
– Menos pior? Nossa... simpática você.
–Estou falando a verdade. Algumas se achavam e me olhavam com certo desprezo, já
que eu não era da família.
– Mas elas também não eram.
– Mas eram burras o suficiente para achar que Edward se casaria com elas
– Entendo.
–Engraçado... eu sempre pensei que Edward se casaria um dia. Mas não com uma
pessoa tão jovem quanto você. Muito menos com toda essa pompa que ele faz questão.
E o melhor de tudo... completamente apaixonado.
Não falei nada, afinal Alice parecia ter um pouco de razão. Levantei-me e espreguicei
meu corpo. Melhor mergulhar novamente. Mas percebi, constrangida, os olhares dos
rapazes em meu corpo. Jesus... se Edward visse isso estaríamos todos mortos. Como se
eu pressentisse o pior ergui minha cabeça e olhei para a varanda do nosso quarto que
dava visão inteira da piscina. Meu coração perdeu uma batida. Lá estava ele, vestindo
apenas uma bermuda, o tórax masculino brilhando pela luz do sol. Engoli em seco.
Não sei o que me deu. Talvez o medo tivesse me paralisado no lugar. Minhas pernas
tremiam. Já vi Edward furioso várias vezes, mas o brilho que via em seus olhos agora
me apavorou, realmente. Como não sai do lugar ele voltou e me pegou pela cintura,
jogando-me sobre o ombro numa facilidade impressionante.
Parecia um homem das cavernas.
– Edward, me solte seu ordinário.
– Vou soltar... lá no nosso quarto. E depois vai se arrepender de ter me pedido para
soltá-la.
– Alice, me ajuda.
Alice veio para o nosso lado, mas com apenas uma mão Edward parou-a empurrando-a,
mas sem colocar força.
– Fique fora disso, Alice.
Inutilmente eu dava socos em suas costas. Ele era forte, provavelmente nem sentia nada.
Entrou comigo dentro de casa e ao chegarmos ao quarto jogou meu corpo de qualquer
maneira sobre a cama. Voltou e trancou a porta.
–Seu... seu bruto insensível.
– Sua idiota inconseqüente. O que você pretende, heim? Ser agarrada por aquele bando
de homens?
– Que absurdo Edward. Eles respeitam você.
Seus olhos fecharam-se em fenda e em dois segundos ele me segurava pelos cabelos.
Bingo. Sua respiração acelerou e senti seu membro latejar de encontro a mim. Levantei
uma das pernas, roçando em seu corpo, já transbordando desejo e luxúria.
– Você já é tudo isso, idiota.
Sua voz soou mais calma, mais rouca, mais fodidamente sexy. Peguei sua mão,
apertando-a. Assim que afrouxou o aperto em meu braço fiz com que subisse a mão e
envolvesse meu seio.
Eu gemi, fechando os olhos.
– Senti tanto sua falta ontem... do seu cheiro... do seu corpo.
Ele gemeu e se afastou um pouco. Arregalei meus olhos ao ser penetrada com força,
sem qualquer aviso.
Quando falou isso, Edward estocou com tanta força que trinquei meus dentes,
segurando-me para não berrar de prazer. Meu corpo se convulsionava, minhas pernas
pareciam gelatinas.
E Edward continuava estocando violentamente, atacando meus seios com sua boca
voraz.
– Eu te quero... assim... sempre, Ed...
Fui engolfada pelo orgasmo intenso, cravando minhas unhas em suas costas. Edward
gritou, jogando sua cabeça para trás e liberando jatos do seu sêmen dentro de mim.
Depois colocou a cabeça em meus seios, enquanto nossa respiração voltava ao normal.
– Não faça mais isso ou não sei do que serei capaz.
– Mas, Edward.
–PARE DE RETRUCAR, PORRA. VOCÊ É MINHA. MARMANJO NENHUM VAI
FICAR BABANDO EM VOCÊ.
Passei a mão em seu rosto e ele me encarou, ainda furioso.
– E se for com você? Com seu corpo forte ao meu lado, me protegendo? Assim pode?
Ele estreitou os olhos, assimilando imediatamente a minha tática; que incrivelmente
funcionou.
– Assim pode.
Eu ri e apertei meus lábios contra os dele.
– É por isso que eu te amo.
Edward me abraçou com força.
– Você já sabe a minha resposta.
Soltou meu corpo rapidamente e se afastou. Uma vertigem forte me nocauteou. Levei as
mãos à cabeça, tentando me segurar, inspirando profundamente.
– Ah... Deus...
Edward virou-se instantaneamente e me viu literalmente escorregar pela parede. Creio
que não atingi o chão. Seus braços fortes me ampararam antes de tudo virar escuridão.
Acordei um tempo depois. Não sei precisar quanto tempo. Encontrei o olhar aflito de
Edward com Alice ao seu lado.
– Ah... Bella, graças a Deus. Perdoa-me.
– Não...
Falei com dificuldade.
– Foi só... uma queda de pressão. Não foi sua culpa.
Fiz menção de me levantar, mas Edward me impediu.
– Fique quietinha. A médica já está vindo.
–Médica?
Alice interrompeu.
– É Bella... ele se recusou a deixar que um homem examinasse você. Chamei a médica
que a Esme costumava me levar. Espero que não se importe.
– Mas não é precis...
– Shh... você reclama demais, Bella.
Edward segurava minha mão e seu olhar era tão preocupado que senti remorso da raiva
que senti dele antes, mordendo sua mão.
– Bom dia? Com licença?
Olhei para a porta e uma loira alta e deslumbrante entrava.
– Oi Alice, como vai?
– Tudo bem, Rosalie? Poderia dar uma olhada na Bella?
– Como vai?
Ela cumprimentou Edward com um aperto de mão. Que idéia era essa de Alice? Trazer
uma mulher dessa para minha casa? Perto do meu Edward?
– Tudo bem, Bella?
–Sim. Foi só uma queda de pressão. Meu noivo é... exagerado.
Ele não se manifestou. Seu olhar era angustiado.
– Senhor Cullen, pode nos dar licença?
– Por quê?
– Para que eu possa examiná-la.
– Não arredo pé daqui.
–Deixa.
Falei para a tal Rosalie que começou as perguntas de sempre. Eu respondia de forma
mecânica. Queria Edward aqui novamente. Estava mais parecendo uma criança birrenta.
Entretanto Rosalie me fez uma pergunta que me fez franzir o cenho.
– Como andam suas regras?
Quanto tempo fazia que menstruei pela última vez? Não me lembro. Edward e eu
transávamos todos os dias, não teve um só dia que precisamos ficar sem fazer por causa
disso.
Comecei a tremer.
– Está se prevenindo, Bella? Creio que mantém relações com seu noivo.
– Não e sim.
– Não está se prevenindo e mantém relações?
–Sim.
– Pode me acompanhar até o banheiro?
– Pra que?
Edward se adiantou. Rosalie por sua vez olhou para ele com altivez.
– Está me atrapalhando. Permita que eu examine sua noiva, por favor.
Ele se afastou a contragosto.
Segui com Rosalie até o banheiro. Retirou uma embalagem de dentro de sua maleta.
– Esse é o mais moderno teste para detecção de gravidez que temos. Consegue precisar
com apenas uma semana de atraso menstrual.
– Gra... gravidez?
– É o que me parece.
– Mas...
– Faça o teste, por favor.
Segui as instruções de Rosalie e fiz o tal teste. Meu coração batia descompassado ao
esperar o resultado.
– Vamos voltar para o quarto?
– E o resultado?
– Vamos? É bom que seu noivo esteja presente.
Não precisava dizer mais nada. Eu estava grávida. Meu coração pulsava violentamente.
Não sei se estava alegre ou triste. Edward andava cheio de não me toques. E se ele
quisesse o bebê apenas depois de um tempo de casados?
Alice se retirou com Rosalie, deixando-nos a sós. Eu começava a ficar inquieta. Não
sabia o que Edward estaria pensando. Por que ele não falava nada? Que merda.
–Edward? Pelo amor de Deus... diga alguma coisa.
Ele pareceu sair do transe. Andou até a cama e sentou-se em frente a mim. Permaneceu
me olhando.
Sem entender como, eu estava nos braços dele. Edward me abraçava forte, o rosto
enterrado em meus cabelos. Depois beijou meus cabelos, meus olhos, minha boca. E
quando eu encarei seus olhos, fiquei sobressaltada. Não pude acreditar no que via.
– Está feliz?
– Bella... eu... obrigado.
Mordi meus lábios, inutilmente tentando segurar meu choro.
Sua mão posou sobre meu ventre.
Pela primeira vez na minha vida, talvez a última, eu vi meu Todo Poderoso chorar. Essa
imagem jamais sairia da minha mente. A imagem de um Deus aos prantos.
Bella POV
Eu ainda estava meio atordoada com todos os acontecimentos. Nem tanto pela gravidez
em si, afinal eu tinha uma vida sexual bem intensa, sem usar contraceptivos. Gravidez
era conseqüência natural e mais que esperada. Entretanto eu esperava isso para depois
do casamento. Idiotice minha, é claro. Afinal nossas células não são programadas para
funcionarem apenas após o matrimônio, ou então não haveria tantas mães solteiras por
ai.
Tirando isso, o que mais me deixou foi perplexa foi Edward. Eu não sabia exatamente
qual seria a sua reação. Poderia ser uma explosão de raiva ou até mesmo um meio
sorriso frio.
Nada me preparou para aquela cena. Meu Edward, o Todo Poderoso da Máfia aos
prantos porque seria pai. Fiquei paralisada, estática apenas me permitindo ser abraçada
por ele.
Depois de muito tempo, quando segurou seu choro, Edward beijou meu rosto, várias
vezes, lentamente, para finalmente beijar meus lábios. Acariciou meus cabelos e me
beijou novamente antes de falar.
– Está feliz?
– Muito...muito,Edward.
Segurei sua mão e deslizei-a sobre meu ventre ainda sem qualquer mudança. Seus olhos
brilharam intensamente.
– Saber que carrego um filho seu aqui...é uma felicidade tão grande que não encontro
palavras pra isso.
– Confesso que não esperava que fosse tão rápido assim, embora isso tenha me deixado
estupidamente feliz.
– Rápido? Há quanto tempo estamos juntos, Edward?
– Eu não sei. Eu não conto meu tempo com você pelo correr dos dias.
Eu quis perguntar o que ele queria dizer com aquilo. Mas covardemente eu me calei.
Edward estava tão carinhoso, não queria estragar esse momento com uma pergunta
estúpida.
– Bom...eu acho que já tem bem uns quatro meses.
Edward deu de ombros. Ajeitou os travesseiros na cabeceira da cama e sentou-se, as
costas apoiadas nos travesseiros. Puxou-me para perto dele. Meu corpo ficou entre suas
pernas e minha cabeça apoiada em seu peito. Sua mão escovava meus cabelos.
Eu ri baixinho sem que ele percebesse. Estava com ciúmes e eu adorava ver Edward
assim. Resolvi mudar de assunto.
– Seus pais devem gostar da novidade não é?
– Eles vão ficar malucos. Principalmente meu pai. Sempre me importunava por causa de
um neto.
– Suas outras...hã...mulheres não quiseram?
– Na verdade, eu não quis. Por isso sempre me prevenia. Nenhuma delas tinha cacife
para ser mãe do meu filho.
Senti meu ego inflar-se . As outras não tinham, mas eu tinha. Por isso ele evitava, coisa
que nunca fez comigo. Tantas mulheres que ele teve e eu fui a escolhida para lhe dar um
filho. Apertei-me mais ao peito dele, feliz demais.
– Daqui a pouco iremos almoçar e depois você irá descansar.
– Descansar de que? Não estou cansada, Edward.
– Esqueceu que fará uma consulta à tarde?
– Você irá comigo?
– É óbvio. Que pergunta mais tola. Não só nessa consulta como em todas as outras.
– Quero que seja a cara do pai.
– Por quê?
– Ainda pergunta?
Ele se levantou afastando da cama.
– Vai ficar sem me tocar a gravidez inteira?
– Claro que não, mas...
– Por favor, Edward...eu quero fazer amor com você.
Ele se virou lentamente e me encarou. Não consegui decifrar sua expressão.
– Por favor, Edward.
Quando Edward levou as mãos aos botões da camisa, desabotoando- a e jogando-a ao
chão, eu fechei meus olhos e sorri. Meu homem não negava fogo jamais.
Olhei para Alice que fez cara de paisagem. Ela era terrível.Desafiava Edward na cara
dura sem medo algum. Talvez porque tivesse a certeza que ele jamais iria fazer algo
contra ela.
–Alice?
–Quem mais poderia ser? Estou precisando começar a cortar certas asinhas.
– Não vai brigar comigo,Edward. Demorei tanto tempo pra vir morar com você e agora
me trata assim?
– Edward...Bella...
Esme se adiantou e depois avistou Alice que vinha logo atrás.
– Ah...Alice. Deus...vocês três parecem tão felizes.
– E estamos Esme.
Falei dando um abraço apertado em minha sogra e depois em meu sogro.
– Como vai, Carlisle?
– Estamos todos bem, filha. E estou me roendo de curiosidade.
Carlisle se dirigiu a Edward dando um tapinha em seu ombro. Homens....
Custava dar um abraço? Esme e Alice estavam abraçadas, já sentadas no sofá. Edward
me abraçou também e nos sentamos.
–Sente-se, pai.
– Alice falou que queriam falar conosco. É alguma mudança em relação ao casamento?
Por que não foram até nossa casa?
– Calma, mãe. Uma coisa de cada vez.
Edward olhou feio para Alice.
– Pra começar...nem era pra ser agora. Mas essa bocuda dessa Alice não consegue parar.
Sinceramente... se eu soubesse que ela se transformaria assim eu nem tinha trazido-a pra
cá.
– Edward! Coitada.
O olhar dele me fez calar.
– Irei direto ao assunto porque como sabem, eu odeio rodeios.
Dessa vez ele apertou levemente minha mão e me olhou profundamente antes de dizer.
Eu mesma fui até ela e a abracei, ainda sentada ao lado de Alice. Chorava
copiosamente.
– Ah...Bella, é o meu sonho...
– Eu te disse que ela era boa parideira, Edward.
Por incrível que pareça pai e filho estavam abraçados. Os poderosos também se
emocionam... coisa linda de se ver. Carlisle tinha os olhos marejados mas não soltou
nenhuma lágrima. Edward já tinha chorado o suficiente por hoje.
Arrisquei um breve olhar em sua direção. Conversava com o Jasper mas o olhar estava
fixo em mim. Joguei um beijo pra ele e fui agraciada com seu belo e raro sorriso torto.
Ele poderia até tentar, mas jamais conseguiria esconder sua felicidade. Pelo menos, não
de mim.
Passei a fingir que não ouvia a pergunta de Edward. Desde que sua família saiu de nossa
casa ele não parava de me azucrinar, querendo saber o que Emmet me disse.
–Eu não vou perguntar novamente,Bella.
–Já falei que só deu os parabéns,Edward.
–Tudo bem. Vou fingir que acredito.
Segui até o banheiro,trêmula da cabeça aos pés. Voltei e deitei-me novamente. Rosalie
pegou uma espécie de sonda.
–Faremos um ultra-som endovaginal. Preciso ter certeza de uma coisa.
–Não está pensando em colocar isso dentro dela,está?
–Não só estou pensando como irei,senhor Cullen.
–Não...não...isso...vai machucá-la.
Ela arqueou as sobrancelhas perfeitas.
–O senhor ja chegou a machucá-la?
Ele bufou.Segurei em cima mão,fazendo-o me olhar.
–Está tudo bem,meu amor. É pelo bebê.
Seu rosto suavizou-se imediatamente,voltando a sentar-se.
Relaxei o máximo que pude quando introduziu o aparelho. Meu olhar assim como o de
Edward estava fixo na tela. Por fim,Rosalie sorriu.
–Estou grávida?
–Muito grávida. Oito semanas de gestação,ou seja, mais ou menos dois meses.
Edward acariciou minha mão.
–Nosso bebê,Edward.
–Está enganada,Isabella.
–Como?
–Deveria dizer nossos bebês. São gêmeos.
Em seus olhos a luta fervorosa para não demonstrar novamente sua fraqueza. Em vão.
Percebi que perdeu a batalha quando enterrou o rosto em meus cabelos. Nesse momento
eu não precisava ouvir um Eu te amo. O poderoso em meus braços,mostrando sua
fragilidade dizia tudo.
Ely
Bella POV
Imagino que meu subconsciente tenha agido como um despertador para o meu corpo.
Somente isso poderia ter me feito acordar às cinco da manhã a tempo de ver Edward se
arrumar para sair. Isso era raro ultimamente. Tinha sono demais e muitas vezes eu só
acordava quando Edward estava de volta.
Não me lembro a que horas fui dormir. Mas estava tão cansada que apaguei enquanto
Edward acariciava meus cabelos. Ultimamente vínhamos conversando muito à noite e
isso me agradava bastante. A cada novo dia, mais encantada eu ficava por Edward. E
agora vendo-o se vestir eu finalmente admitia que tinha tirado a sorte grande. Edward
tinha muitos defeitos, eu sei. Mas as qualidades que descobria nele superavam esses
defeitos, então eu podia dizer de boca cheia: Edward era um homem perfeito. E seria
meu em poucas horas. Hoje... dia do nosso casamento.
Eu nem fazia idéia de como seria realmente. A decoração de festa, igreja... nada. Esme e
Alice não me deixaram ver. Mas algumas mudanças eram perceptíveis, como por
exemplo, a segurança da casa. Edward parecia ter triplicado os seus homens. E entre
eles, havia mulheres como “guarda-costas”. Uma delas, Leah, ficava na minha cola.
Revirei os olhos ao lembrar-me das palavras dela sempre que eu dava um passo: “O
senhor Cullen mandou ficar de olho para que não fizesse nenhuma estripulia.”
Eu até entendia a preocupação de Edward. Somente por isso não reclamei. Ele andava
bem mais preocupado desde que descobrimos que vamos ter gêmeos.
Fechei meus olhos novamente, lembrando-me com prazer daquele dia. Edward mais
uma vez chorou em meus braços. Beijou-me com ardor, com amor. No final, com a voz
naturalmente rouca e ainda um pouco mais pelo choro, Edward falou em meu ouvido.
“- Odeio quando você faz isso comigo.”
Eu apenas o abracei mais forte. Não iria fazer piadinhas do momento lindo que ele me
permitiu presenciar. Eram momentos raros e pra mim, intensos. Abri os olhos
novamente ao ouvir sua voz.
– Não deveria estar dormindo?
– Bom dia. Acordei assim, de repente.
Ele veio até mim, sentou-se na beirada da cama.
– Bom dia. Está sentindo alguma coisa pra acordar assim? Tem dormido tanto.
– Não. Talvez seja ansiedade.
– Ansiedade em se unir a um rabugento?
Perguntou enquanto me aceitava em seus braços.
– Você não é rabugento. É mandão, autoritário e meio cavalo às vezes. Mas... tem
qualidades que superam isso.
– E você tem todas as qualidades que uma mulher deseja possuir.
Edward falava e roçava a barba por fazer em meu pescoço, causando ondas de arrepio
em meu corpo. Meus mamilos ficaram rígidos imediatamente.
– Edward...
– Hei... não era para atiçar você.
Ele riu, mas deslizou a mão pelo meu rosto.
– É a única mulher que conheço que consegue acordar linda, fantástica... ainda mais
depois de uma noite mal dormida.
Edward conseguia elevar meu ego ao grau máximo. Isso nem era muito bom. Eu
poderia ficar mal acostumada e não era todo dia que ele estava um doce de pessoa.
Fiz manha. Coisa de criança birrenta, eu sei. Mas eu queria Edward por perto.
– Não iria adiantar, Bella. Minha mãe já avisou que não chegarei perto de você hoje.
– Mas só de estar por perto fico mais tranqüila.
– Você não era assim tão medrosa.
– Não era. Antes de saber que havia dois que precisavam de mim e de um pai.
Seus olhos brilharam, e como vinha fazendo muito nesses últimos dias, Edward levou as
mãos ao meu ventre, acariciando-o. Entretanto dessa vez ele me surpreendeu ao abaixar-
se e deixar seus lábios tocarem minha barriga.
Um sensação indescritível tomou conta do meu corpo, da minha alma. Acariciei os
cabelos dele enquanto seu rosto permanecia contra meu ventre. Depois abraçou-me
novamente.
Eu não entendi realmente por que eu chorei assim que a porta se fechou. Aliás... eu sei.
Porque ele nem ao menos tinha ido e eu já sentia falta dele. Quem diria, hein, Dona
Bella? Aquela topetuda que entrou por essa porta disposta a enfrentar o Todo Poderoso.
Comecei a imaginar o que seria de mim se Edward não tivesse se interessado. Sim,
porque eu fiquei louca por ele desde a primeira vez que o vi. Se ele tivesse me colocado
pra fora a ponta pés, hoje eu estaria por aí, sofrendo? Ou teria encontrado algum jeito de
ser feliz?
Balancei a cabeça com raiva de mim mesma.
Eu escolhi Alice para ser minha madrinha. Como eu não tinha amigas resolvi chamar
Rosalie, minha médica. Depois pensei na besteira. Eu ficaria ofuscada pela beleza dela.
Mas depois pensei em algo mais importante: Mike. Apesar de tudo era a única pessoa da
minha família. E nem sequer estaria presente no dia mais feliz da minha vida. Pensei em
desafiar Edward e convidá-lo. Mas Edward já tinha sido generoso demais com ele. Eu
não poderia abusar tanto.
Bom... cada um tem o fim que merece. Mike traçou seu próprio destino. Resolvi que
seria egoísta. Iria pensar em mim. Em ser feliz com Edward e com nossos filhos.
– Tome logo esse café. Iremos começar a nossa luta.
– Ainn...
– Deixe esses gemidos pra sua lua de mel.
– Nada disso. Antes da cerimônia ainda dá tempo para...
– Edward não chegará perto de você, Bella. Pelo menos até a hora do casamento.
– É verdade mesmo? Eu não irei vê-lo mais?
– Não.
Murchei na hora. Era impossível ficar sem ver Edward mesmo que por poucos minutos.
– Ah, desfaça essa cara. As horas passarão voando, vai ver.
Deixei-me levar por Alice. Já que eu não veria Edward, pelo menos iria me distrair.
Esme chegou logo em seguida. E depois dela uma quantidade exagerada de mulheres.
Loiras, morenas, ruivas, negras. Passei de mão em mão. Me senti um copo de botequim,
que todo mundo pega.
– Vai ficar ainda mais deslumbrante do que já é, Bella.
– Perto das minhas madrinhas? Duvido.
– Não se menospreze, Bella. Arrebatou o coração do Todo Poderoso e ainda se acha
pouca coisa?
– Queria vê-lo. E se... e se ele se atrasar ou ...
– Ele não irá se atrasar, Bella. Ele já está em casa. Está por aí, pelos jardins talvez.
– Não...
– Como não?
– Ele vai ficar circulando por aí com esse bando de mulher aqui, Esme? Eu preciso ir
falar com ele.
Tentei me levantar da poltrona onde estava deitada enquanto Alice massageava meu
rosto.
– Nada disso. Quieta aí.
– Alice...mas...
– Deixa de ser ciumenta e insegura, mulher. Pelo amor de Deus. Edward está aflito,
louco pra ver você.
Olhei nos olhos de Esme procurando ver se ela brincava comigo. Ela estava bem séria.
Então era verdade.
– Jura?
– Claro. Só Deus sabe o trabalho que Carlisle teve para impedi-lo de entrar aqui. Sabe o
que o atrevido me disse?
Neguei, balançando a cabeça.
– Que não era pra gente inventar nenhuma palhaçada com você. Você já é linda e não
precisa de nenhum artifício.
Resignei-me. Não ia ter saída mesmo. Senti milhares de mãos em mim ao mesmo
tempo. Massagem no rosto, no corpo, trabalhando em minhas unhas, cabelos. Tudo isso
aliado aos bebês na barriga levou-me ao sono.
– Bella?
Abri meus olhos com dificuldade e encontrei Alice.
– Nossa... dormiu tanto. Fiquei preocupada.
– Não dormi muito na noite passada, só isso.
– Acho melhor fazer um lanche leve, Bella. Não pode ficar sem se alimentar e já está na
hora de começar a se arrumar.
– Que horas são?
– Quase cinco da tarde.
– Deus do céu... o que você colocou no meu café da manhã?
– Não seja ridícula. Como você disse, dormiu muito pouco. Estava recuperando o sono.
Percebi que estava faminta. Aceitei o lanche que Esme levou e em segundos devorei
tudo.
– E Edward?
– Está lá embaixo com Carlisle e Emmet. Carrancudo como sempre.
– Por quê?
– Como por quê? Porque quer ver você.
– Então deixe que ele me veja.
– Não, Bella. Agora levante-se. Vai tomar um longo banho e começaremos a vesti-la.
Elas não perdiam tempo. A banheira já estava cheia, borbulhante, cheia de sais e pétalas
de rosa. Eu gemi de prazer ao entrar na água morna. Minutos depois senti as mãos de
Alice massageando meu corpo novamente.
– Eu sei me lavar, Alice.
– Cala a boca e aproveite.
Calei-me. Vinte minutos mais tarde eu saía envolta em um roupão felpudo. Meu vestido
já estava sobre a cama juntamente com a lingerie.
Antes do vestido... mais cremes pelo corpo.
Vesti a lingerie e meia calça. Esme ajudou-me com os sapatos. Por fim, Alice deslizou o
vestido tomara que caia e com longa cauda pelo meu corpo. Em seguida uma das
moças, Betina, subiu em uma cadeira e começou a trabalhar em meu cabelo.
Carlisle estendeu a mão. Eu entraria de braços dados com ele. Deu um tapa de leve em
minhas mãos enquanto descíamos até os jardins. A limusine branca de Edward estava
parada nos aguardando. Fomos eu, Alice, Esme e Carlisle. Os outros já estavam na
igreja.
Eu ainda ficava encantada com o luxo do seu interior. Mas Edward preferia o volvo,
nem sei por que. Mas isso não foi suficiente para me distrair dessa vez. Meu nervosismo
voltou com força total. Em poucos minutos estaria definitivamente casada com Edward.
Eu sempre acreditei que sonhos não pudessem se tornar realidade. Agora vi como me
enganei.
Assim que a porta da limusine foi erguida meu corpo voltou a tremer, dessa vez
visivelmente.
– Bella, calma. Nem tente fugir agora.
Nem mesmo a brincadeira de Esme me acalmou. Seria apenas pelo casamento em si?
Ou seria pelo noivo?
Alice e Esme desceram e foram logo entrando para a igreja. Eu deveria ter imaginado
que seria a igreja mais luxuosa da cidade. Nem esse conhecimento eu pude ter
anteriormente. Todos os detalhes da cerimônia, festa e lua de mel foram feitos em
segredo.
Carlisle estendeu a mão para mim. Peguei sem pestanejar ou iria cair. Preparei-me para
seguir quando Carlisle me fez parar.
– Bella...
– Sim?
– Quero que saiba que sou muito grato a você... por dar tanto amor ao meu filho. Por
aturar seu jeito mandão, rude, grosseiro...
– Ele tem seus momentos, Carlisle.
– Eu sei. Acho que ele aprendeu comigo a ser durão. Mas confesso que ele é ainda mais
que eu. E você rapidamente conseguiu destruir as barreiras dele. Posso afirmar
categoricamente que eu nunca vi Edward tão feliz, embora ele tente esconder isso.
Minha garganta estava embargada, mas mesmo assim eu ainda consegui conversar um
pouco com Carlisle.
– Eu o amo, Carlisle. Os momentos em que ele consegue demonstrar carinho superam
qualquer grosseria que tenha feito comigo.
Ele sorriu e me ofereceu o braço.
– Agora vamos. Ele ficou feito um leão enjaulado o dia todo.
Caminhei de braços dados com Carlisle até a porta da igreja. Mal tive tempo de prestar
atenção à decoração e a música começou a tocar. O som ecoou pela igreja e minhas
pernas bambearam. Sinceramente, se Carlisle não me segurasse eu teria desabado.
– Meu pai do céu... quem escolheu essa música?
Carlisle riu baixinho.
– Alice. Disse que combina com ele. Forte e poderoso.
E como combinava. Foquei meu olhar nele que andava de um lado a outro quando a
música começou. Parou olhando em minha direção. O corredor até o altar era extenso o
que me impedia de ver suas feições. Mas eu percebia perfeitamente seu magnetismo. O
terno escuro em contraste com os cabelos e a pele clara era de enlouquecer.
Eu precisava vê-lo, tocá-lo. De repente minhas pernas não me obedeciam mais. Dei dois
ou três passos apressados quando Carlisle me freou.
– Calma. Ele não vai fugir. Está prestes a avançar nele, Bella.
– Preciso estar perto dele, Carlisle.
– Eu sei. Mas não é assim que uma noiva recatada deve agir, hã?
– Tudo bem. Vou me controlar.
Foi quase impossível. À medida que me aproximava e a música continuava a tocar eu ia
confirmando o que Alice pensou. A música me remetia a Edward. Forte, vigoroso,
poderoso.
A dois passos dele seu olhar queimou minha pele. Estavam intensos e gloriosos.
Parei em frente a ele que pegou minha mão que Carlisle oferecia e beijou. E depois, pela
primeira vez eu o vi sorrir abertamente, seus dentes perfeitamente brancos reluzindo,
demonstrando sua felicidade.
Seguimos até o altar, sem desviar nosso olhar. Eu me perdia nele, e ele estava perdido
em mim também. Edward não se encaixava em nenhum papel de príncipe que já tenha
ouvido falar. Mas decididamente era como se eu estivesse vivenciando um conto de
fadas. A forma como Edward olhava para mim, dizia-me que teríamos sim o nosso
felizes para sempre.
Edward POV
Quantas emoções um homem poderia sentir e ainda assim permanecer com sua fachada
rude e grosseira? Eu digo fachada, porque tantas vezes Bella me desarmou de forma tão
sutil que cheguei a ter certeza que eu não era o bruto arrogante que tentava mostrar. Ou
então eu só conseguia ter sentimentos bons com quem fazia o mesmo comigo. Porque
definitivamente era isso o que ela fazia comigo. Como se não bastasse a felicidade por
me descobrir pai, ainda seria pai de gêmeos. Merda. Que poder ela tinha de me fazer
chorar duas vezes em tão pouco tempo?
Eu já quase conseguia visualizar uma garotinha com a aparência da mãe, topetuda feito
ela.
Sorri feito um idiota. Eu agüentaria esperar durante nove meses? Ou melhor... eu ainda
estaria vivo pra isso? Essa mulher ia me matar aos poucos.
Não há nada no mundo que se compare a tê-la em meus braços, seja fazendo amor ou
apenas conversando, como vínhamos fazendo muito nos últimos dias. Seu cheiro me
inebriava e me deixava louco. Sem contar sua voz doce, suave dizendo que me ama.
Eu sabia que ela gostaria de ouvir isso também. E embora eu a ame com loucura, eu
simplesmente não consigo dizer tais palavras. Seria me mostrar frágil, entregue, o que
era absolutamente ridículo. Minha fraqueza diante dela deixava isso mais do que claro.
Era mais do que evidente que eu estava literalmente a seus pés.
Andei feito uma fera pelos jardins, saí e fui ver um carregamento, mas nada disso me
fazia desligar de seu rosto, de seu cheiro, de tudo.
Nessa hora eu quis mesmo ser Poderoso e avançar o tempo, transformando horas em
apenas segundos.
Mas felizmente a hora chegou. Estava em um quarto bem afastado do meu, segundo
ordens da general nanica infeliz. Vontade de dar umas boas palmadas nela assim como
fiz com Bella. Se bem que com Bella eu fiz de golpe, só para colocar as mãos na bunda
deliciosa.
– Filho?
– Oi, mãe.
– Estava tão distraído aí. Nem me viu entrar.
– Pensando na vida.
– Mais especificamente na Bella, não é?
Não contive um sorriso.
– Sim.
Minha mãe se aproximou e me abraçou.
– Estou tão feliz, Edward. Ver você se entregar a um sentimento sempre foi meu maior
sonho.
– Acho que me entreguei até demais.
– Nunca é demais, Edward.
– Eu sei. Foi modo de me expressar. Modo de dizer que a amo com loucura e quase fico
maluco quando sou obrigado a ficar longe dela.
Ela entendeu minha indireta e sorriu.
– Ela está linda, Edward.
– Ela sempre foi linda, mãe. Já viu alguém acordar pela manhã como se tivesse acabado
de sair de uma sessão fotográfica? Eu vejo toda manhã.
– Ah... meu Deus, Edward. Sempre quis que se apaixonasse, mas nunca imaginei que
veria realmente esse dia e que esse sentimento fosse tão intenso.
– Culpa dela, mãe. Bella tirou toda minha sanidade, se é que um dia eu tive.
– E você já disse isso a ela, Edward? Que a ama?
– Em termos.
– Em termos significa que você não disse: “Bella eu te amo”.
– Mãe... isso são apenas palavras. Palavras o vento leva. O que importa é o que eu sinto.
E tenho certeza que ela sabe disso muito bem.
– Mas é sempre bom ouvir um “eu te amo” de alguém que amamos, Edward.
– Eu... não sei se consigo, mãe.
– Venha cá.
Sentei-me na cama e minha mãe me abraçou com seus braços curtos que quase não me
envolviam. Exatamente como fazia quando eu era criança.
– Você sempre foi o mais turrão de todos os meus filhos. Mas mesmo sob essa casca eu
sempre percebi que você é o mais intenso de todos. Você odeia com intensidade e ama
da mesma forma. Não poderia ser diferente com Bella. E felizmente ela tocou você de
maneira tão especial que você não consegue mais esconder o que você é: um homem
apaixonado. Não se esconda, Edward. Não tenha medo de se mostrar frágil. Dê à sua
mulher o prazer de ouvir de você que a ama.
Fechei meus olhos ainda embalado pelos braços da minha mãe. Isso seria mesmo tão
necessário? Eu demonstrava isso todo dia. Eu não acreditava mesmo que Bella não
percebesse isso.
– Quando eu estiver preparado... sei lá. Simplesmente não sai, mãe.
– Sabe o que parece? Que você tem medo de assustá-la ao dizer que a ama.
Pensei nas palavras da minha mãe. No fundo era isso mesmo. Medo de dizer a ela que a
amava... e que isso a fizesse desaparecer de vez da minha vida. Que motivos ela teria
pra isso? Não sei. Talvez fosse apenas loucura da mente de um homem perdidamente
apaixonado.
– Vamos? Seu pai já foi buscá-la. Irá entrar com ela na igreja.
– Por quê? Ela poderia entrar sozinha.
– Edward Berlucci Cullen! Não vá me dizer que está com ciúmes do seu pai.
– Claro que não. Quer dizer... talvez só um pouco. Ou demais. Mãe... eu não suporto
nenhum outro homem perto dela. Ela é minha.
– Ninguém ousaria tirá-la de você, seu ciumento possessivo de uma figa. Vamos... está
na hora de torná-la sua definitivamente. Embora já o seja desde sempre.
Sorri. Imbecil de merda. Ficou mole depressa demais, hein, Edward?
***
Um dia eu iria matar um. Da mesma forma como estavam me matando de desespero.
Deus do céu onde Bella estava que não chegava? Quem foi o estúpido que inventou essa
palhaçada que a noiva tem que se atrasar? Por Deus... ela estava atrasada há meses...
desde quando entrou por aquela porra da minha porta, me enfrentando. Já era pra ter
sido minha ali. E agora demorava esse tempo todo para se unir a mim definitivamente?
Olhei para a porta da igreja e revirei meus olhos. Como não olhei isso antes? Olha só a
extensão desse corredor! Até que ela atravessasse aquilo tudo? Aposto que Alice
escolheu uma música bem lenta, para Bella entrar bem devagar, me matando aos
poucos.
Suplício... por que mesmo que inventei essa loucura de me casar dessa forma? Não
deveria ter simplesmente ido a um cartório e fim de papo? Não. Não poderia ser assim,
seu quadrúpede. Primeiro porque Bella merece isso. E segundo... bem... todo mundo
precisa saber que ela é minha dona. Dona dos meus sonhos, dona das minhas vontades e
desejos, dona da minha completa falta de juízo, dona...
Alguém me segure, pelo amor de Deus... o que era aquilo parado à porta da igreja?
Eu que andava de um lado a outro no altar, parei, admirando o que eu nem conseguia
ver direito, mas já sabia ser a visão do paraíso... ou algo bem melhor que isso. Quando
soou os primeiros acordes da música meu pé tomou vida própria e deu um passo a
frente. Meu coração batia tão acelerado que se a música parasse todos ouviriam.
Merda... por que ela não vinha logo? Automaticamente meu pé deu outro passo, mas
uma mão forte me segurou.
Entretanto quando ele me entregou sua mão eu senti o vento soprar em outra direção,
mostrando-me que o que eu queria para minha vida inteira estava bem diante de mim.
Beijei sua mão e não consegui segurar meu sorriso de felicidade.
Segui com ela até o altar sem conseguir desgrudar meu olhar do dela. Não consegui
encontrar uma só palavra que resumisse sua beleza nesse momento. Estava
completamente perdido em seu olhar.
O padre esperou até que a minha música preferida acabasse e começou o falatório de
sempre. Só percebi que falei alto quando algumas pessoas, inclusive Bella, começaram
a rir.
– Não dá pra pular essa parte e ir para os finalmente?
– O amor transborda em seu olhar, filho. Entendo sua ânsia em contrair matrimônio,
mas uma vez que já estamos aqui, vamos seguir o ritual.
Olhei pra frente e vi Jasper e Emmet se contorcendo de rir. Vagabundos. Acertaria com
eles depois. Voltei meu olhar pra Bella que ainda me encarava... e sorria. Será que ela
era meio avoada ou fazia aquilo de propósito? Ela não sabia que eu simplesmente
idolatrava aquele sorriso dela? Saco... ainda não tinha chegado aquela parte do “Pode
beijar a noiva”? Se bem que não seria uma boa idéia. Com aquele vestido... estava me
deixando maluco.
“Bella, eu quero pertencer a você, quero ser seu companheiro, seu amigo, seu amante,
na dor e na alegria, na aflição e no ânimo, nas derrotas e nas vitórias, nas trevas e na
luz. Para isto, estou disposto a colocar minha experiência de vida ao seu alcance.
Quero dar-lhe coragem quando você desanimar, dar-lhe esperança quando você estiver
descrente, quero ser sua força e escudo como me compete como homem e mostrar-lhe o
caminho sempre que a estrada da vida lhe causar embaraço. Bella, quero fazê-la feliz,
muito feliz, todos os dias da nossa vida. Por isto, confirmo meu sentimento por você,
diante de Deus e dos nossos amigos.”
Capturei uma lágrima fugitiva com meu polegar. E depois outra lágrima se juntou à
primeira.
– Isabella? Gostaria de fazer seu próprio juramento?
Ela me olhou, o rosto agora banhado em lágrimas.
– Sim... padre.
Não... ela não ia fazer isso comigo. Como assim, ficou louca? Ia me fazer chorar na
frente dessa multidão? Força, Edward. Você não é um Maria mole.
"Edward, eu quero ser sempre sua. Quero viver com você na dor e na alegria, nos
momentos fáceis e difíceis. Quero entendê-lo cada dia melhor, quero amá-lo cada dia
mais, quero dar-lhe ânimo, carinho e força no caminho. Quero ser a mãe de seus filhos.
A amiga de todas as horas, a companheira de jornada, a esposa fiel. Não quero que seu
amor pare em mim, mas que eu seja apoio para seu amor a Deus e aos outros. Edward,
quero fazer você feliz, muito feliz, todos os dias da minha vida. Por isto, confirmo meu
amor por você, diante de Deus e dos amigos."
Fiquei estático, segurando suas mãos... e segurando a porra de uma lágrima maldita e
traiçoeira que deslizou pelo meu rosto antes que eu pudesse impedir. Senti seus dedos
deslizarem pelo meu rosto exatamente como fiz com ela.
Trocamos nossas alianças sem que eu ao menos me desse conta. Até que finalmente
ouvi as palavras de salvação: “Pode beijar a noiva, filho.”
Não esperei duas vezes. Segurei o rosto dela em minhas mãos e busquei sua boca de
forma quase voraz. Precisava matar a vontade que estava dela desde cedo. Seus braços
envolveram minha cintura enquanto aprofundava o beijo, investindo minha língua
contra a sua. Somente me separei dela quando Bella suspirou em busca de fôlego.
Mas Alice já tinha tudo dentro dos conformes. Alguns pouquíssimos fotógrafos teriam
acesso ao clube privado onde seria a recepção. Era pra lá que nos dirigíamos assim que
entramos na limusine. Apenas Bella e eu.
Mal fechamos a porta e puxei seu corpo colocando-a sobre meu colo, mesmo com a
cauda enorme do vestido.
– Está tão linda, Bella.
– Ia dizer o mesmo sobre você.
Colei minha boca na dela. Eu parecia um morto de fome, que precisava urgentemente
ser saciado para que não morresse de vez. A cada pedaço, cada parte dela que eu
conseguia ter pra mim, mais aumentava minha necessidade dela.
Ainda beijando sua boca, deslizei minha mão pelo seu colo baixando o decote do
vestido e expondo os seios perfeitos.
– Edward... não...
– Senti sua falta o dia todo. Preciso ao menos tocar você.
Seu gemido de prazer me atiçou ainda mais e acabei colando minha boca em seu seio,
sugando-o com desejo.
– Edward...
Bella agarrou meus cabelos, forçando-me a olhá-la.
– Estou feliz demais. Eu amo você...
– Como pode fazer isso comigo, hã? Fazer-me chorar feito um bezerrão na frente de
todo mundo?
– Eu não fiz nada, Edward.
– Foi mais forte que eu... a... intensidade dos meus sentimentos.
– Eu sei. Sei exatamente do que está falando, Edward. Sei que você me ama, embora
bem menos que eu a você.
– Você não sabe de nada, Bella.
– Então me mostre seus sentimentos de novo... e de novo.
– E sempre.
Abracei-a com força.
– Bella, tem idéia de onde se meteu?
– Como assim?
– É pra sempre agora. Não irei permitir nunca, jamais, que você saia da minha vida.
Mesmo que um dia você não me ame mais... o que eu sinto vale por nós dois. Não irei
viver sem você. Aliás...
Toquei seu ventre.
– Sem vocês.
– Acha que será tão fácil se ver livre de mim, senhor Cullen? Serei seu carma...
– Você já é senhora Cullen.
Pode alguém viver um sonho que não acaba nunca? Mesmo com todas as diferenças e
desavenças, minha vida com Edward caminhava para a perfeição. Era quase um sonho,
depois de ser a milionésima mulher dele, ser agora nada mais que a Senhora Cullen.
Não queria parecer convencida, nem nada disso. Mas estava “me sentindo”. Afinal,
mais uma vez consegui arrancar lágrimas de Edward. E não só lágrimas. Eu não
esperava aquele juramento vindo de livre e espontânea vontade. Aliás, ninguém
esperava. Chorei de emoção, chorei de amor... Deus... esse homem ainda ia ser minha
ruína. Um ruína bem prazerosa , devo dizer.
A porta ergueu-se e Edward se adiantou. Do lado de fora estendeu a mão para mim.
Tentei segurar um pouco a cauda do vestido antes que ela me levasse ao chão.
– Está maravilhosa. Mas não vejo a hora de tirar esse monte de tecido daí.
– Contenha-se. Tenho que estar apresentável.
– Ainda que estivesse usando um trapo qualquer estaria deslumbrante.
Observei o lugar. Era um clube privativo, onde somente os poderosos tinham acesso.
Então estávamos no lugar certo.
– Meu Deus... Alice e Esme se encarregaram disso tudo? Pra que? Você nem gosta de
festas, Edward.
– Faço isso pela minha rainha.
E beijou minhas mãos.
– Até que enfim... só faltavam vocês.
Esme nos empurrou para dentro do salão que já estava lotado. Nem sabia que Edward
tinha tantos “amigos” assim. Fomos fazer os cumprimentos de praxe. Ele é claro, fazia a
tromba de sempre, quando aparecia algum homem para me cumprimentar.
Percebi a rigidez dos seus músculos quando James apareceu para nos cumprimentar.
Fomos até os pais deles. A um canto percebi Emmet e minha médica Rosalie entretidos
num assunto só deles, a julgar pelos olhares.
– Vocês já se viram juntos? Juro que nunca vi um casal tão perfeitamente glorioso.
– É o amor, Esme. Faz essas coisas.
– Você, pai? Falando de amor?
– Eu sou um eterno apaixonado, Edward. E graças a Deus... até nesse aspecto você
puxou a mim.
Carlisle parou ao meu lado e me pegou num abraço apertado.
– Nunca se esqueça de tudo o que lhe falei hoje.
– Nunca. E obrigada... a você e Esme.
– A nós? Por que, querida?
– Pelo filho maravilhoso que vocês tem. E que me faz feliz a cada dia ao seu lado.
– Você é incrível, Bella.
Felizmente eu não vi nenhuma das suas “ex-mulheres” por aqui. Só me faltava essa. Ter
que cumprimentar uma mulher que já dividiu a cama com meu marido. Só de pensar
nisso me dava náuseas.
– Acho que agora poderemos ser só nós dois, não é?
– Enquanto Alice não vier atras.
Edward enlaçou minha cintura, seu rosto quase colado ao meu.
– Diga-me sinceramente, Bella. Está realmente feliz? Sou eu mesmo que você quer para
sua vida?
– Você ainda duvida, Edward?
– Não é que eu duvide. Eu tenho medo que você acorde amanhã e perceba que não sou
o homem que você sonha.
Mas eu vi a decepção em seus olhos e nos de Alice. Mas eu não conseguiria fazer isso.
Desde meus tempos de colégio quando fui dançar com um garoto pelo qual era
apaixonada e acabei me atrapalhando e caindo. Fui motivo de chacota durante vários
dias. A partir desse dia, nunca mais dancei.
– Está triste comigo?
– Claro que não Bella. Não irei obrigá-la. Ainda mais num dia como hoje.
– Eu nem sabia que gostava de dançar, Edward.
– Às vezes faz bem.
Não tocou mais no assunto. Ficamos isolados do mundo, nos beijando, ou simplesmente
abraçados enquanto a festa continuava.
– Bella?
Esme me chamou, delicadamente. O oposto da euforia de Alice.
– Vamos cortar o bolo? Pelo menos isso, vamos?
Isso pra mim não seria pedir nada. Dançar era meu único problema.
Seguimos atras de Esme até onde estava a enorme mesa com o bolo. Edward
posicionou-se ao meu lado. Esme veio correndo até nós.
Como eu era idiota. Rico e poderoso como era , obviamente ele teria que ter um jatinho.
Reunimos nossa família para nos despedirmos. Entre abraços, beijos e desejos de
felicidades, Edward e eu saímos em direção a limusine. Assim que entramos vi uma
caixa preta e dourada sobre uma das poltronas.
– Isso para você se trocar.
– E você?
– Irei me trocar também, é claro.
– Ajude-me com o vestido, Edward.
Edward colocou-se atras de mim distribuindo beijos pelos meus ombros enquanto meu
vestido deslizava pelo meu corpo. Suas mãos grandes e fortes envolveram meus seios, e
mordia meus ombros.
– Edward...
– Sossegue. Não irei passar disso.
– Cachorro. Saia daqui então.
Ele obedeceu. Rapidamente vesti um vestido leve, vermelho e curto que estava dentro
da caixa. Edward voltou em seguida com uma calça jeans e camisa azul escuro. O diabo
ficava perfeito em tudo.
– Não vai me dizer para onde iremos?
– Não. Você é muito curiosa, Bella.
– Até parece que você não é.
– E não mesmo. Isso é característica de vocês, mulheres.
Mudou de assunto rapidamente, colocando a mão sobre meu ventre.
– Jamais seria assim, Edward. E não me fale nesse tom de morte que me deprime.
Edward abraçou meu corpo. Vinte minutos depois saíamos da limusine e entrávamos no
seu jatinho. Assim como a limusine, era igualmente luxuoso.
– Pode descansar um pouco. A viagem será demorada.
– Mas então terei que descansar muito.
– Não. Porque eu tenho outros planos pra você.
Eu conhecia aquele olhar. Olhar de quem me queria aqui e agora. E isso era o suficiente
para fazer meu sexo latejar e escorrer.
– Não estou cansada. Pode colocar seus planos em prática.
Meu assento estava de frente para o dele. Edward inclinou um pouco o corpo para frente
e passou as mãos pelas minhas coxas. Fechei meus olhos, mordendo os lábios e deixei
meu corpo escorregar pela poltrona.
– Sabe como desejei você hoje? Longe...sem poder ao menos te ver. Isso foi covardia,
Bella.
– Não foi minha culpa, Edward.
– Eu sei que não. Mas agora estou a ponto de explodir. Acho que posso gozar só de
tocar seu corpo.
Eu gemi alto, meu corpo escorregando um pouco mais.
– Você é forte.
– Não quando o assunto é você. Nunca poderá saber o que é ter o pau duro o dia todo...
querendo se enterrar dentro de você.
– Puta que pariu, Edward....
Suas mãos continuaram subindo até meu vestido ser completamente erguido e tirado
sobre minha cabeça. Edward ofegou ao ver minha lingerie.
– Está mais roliça... tão gostosa... porra...
Avançou ate mim, ficando de joelhos à minha frente. Seus dedos tocaram o tecido
delicado da calcinha de renda, afastando –a para o lado. Seu dedo tocou e apertou meu
músculo fazendo-me gemer alto e em seguida tapar minha boca.
– Fique tranqüila, amor. O piloto não irá ouvir você.
Edward rolou minha calcinha, descendo-a pelas minhas pernas. Em seguida desabotoou
meu sutiã, jogando-o a um canto também.
A boca quente cobriu meu seio e a outra mão apertou levemente meus mamilos. Eu
gemi e me contorci na poltrona, pedindo por mais. Eu gemia e o volume dos sons
aumentava a cada lambida da língua de Edward em meu corpo. E gritei quando sua
língua invadiu meu sexo, contorcendo-se dentro de mim, entrando e saindo num vai e
vem frenética que me tirava a razão. Agarrei-me em seus cabelos , rebolando em sua
boca.
Passei minha língua languidamente, deliciando –me com aquele sabor que era
exclusivamente dele. Entretanto isso era muito pouco para mim. Não tardei a engolir
sua extensão que alcançava facilmente as paredes da minha garganta. Edward gemeu e
olhei em seus olhos. Estavam cerrados, mas ao me ver olhando ele mordeu os lábios e
rebolou em minha boca. Eu enlouqueci e suguei com vontade, descendo minha língua
até alcançar suas bolas. Voltei a sugar e morder levemente a cabeça que latejava em
minha língua. Edward segurou meus cabelos, gemendo mais alto.
– Pare...
Mas não parei continuei engolindo seu pau, devorando cada pedaço da sua carne quente
e saborosa até sentir seus jatos inundarem minha boca, escorrendo pela minha garganta.
Edward puxou meu corpo, firme, mas delicadamente e me fez sentar sobre ele. Suas
mãos cobriram meus seios e nós dois gemíamos a cada centímetro de meu corpo que era
devastado pelo seu pau ainda duro de tesão mesmo depois de ter gozado em minha
boca.
Edward me abraçou pela cintura, forçando meus quadris para baixo ao mesmo tempo
em que erguia os seus, penetrando fundo em mim.
– Louco por você...
– Eu também, Edward. Completamente maluca por você.
Edward aumentou suas investidas dentro de mim, estocando mais forte, escovando
minhas paredes que se contraiam a ponto de gozar novamente.
– Vem, amor... comigo.
Eu gemi alto e mordi seu ombro, sentindo seu gozo sendo liberado dentro de mim. Meu
sexo se contraiu quase violentamente, esmagando seu pau dentro de mim. Edward
berrou de prazer.
– Porra... Bella... acaba comigo.
Passei minhas mãos pelo abdômen bem definido, contraído pela respiração ofegante.
Seus olhos estavam fechados, mas sua expressão era de êxtase.
– Bella?
– Sim?
Encostei meu rosto em seu ombro. Sua mão deslizou pelo meu cabelo.
– Não me deixe. Nunca.
Ergui minha cabeça instantaneamente. O que estava acontecendo afinal? Eu nunca vi
Edward tão frágil.
– Já te falei que não será fácil se livrar de mim, Edward. Não nem sonhar em viver sem
você.
Fui abraçada novamente e assim fiquei até adormecer.
Isso sim era novidade. Ouvir Edward dizer que estava cansado era pra entrar para
história. Tirei meu roupão ficando nua à sua frente. Seu olhar de adoração e desejo me
despertava em questão de segundos. Levei minha mão até a faixa que prendia o roupão
dele e abri, revelando sua potente masculinidade. Sorri e me aproximei dele, mas antes
que pudesse toca-lo, ele segurou minhas mãos.
– Não se preocupe com isso. Só de pensar em seu nome eu fico de pau duro. Mas agora
iremos dormir um pouco.
– Tudo bem. O chefe manda, eu obedeço.
– Boa garota. Vivendo e aprendendo.
Deitei-me com ele ao meu lado abraçando meu corpo.
– Estou feliz, Edward.
– Eu também. Muito além do que imaginei ser possível.
Enrosquei-me em seu corpo quente , sentindo seus lábios em meus cabelos.
– Boa noite, Edward.
– Boa noite, meu anjo.
Assim nem tinha como não dormir bem. Ao lado dele e ainda ouvindo essas palavras
doces...
Estiquei meu corpo elevando meus braços acima da cabeça. Dessa vez eu podia dizer
que estava descansada. Olhei para o lado e encontrei o vazio. Ergui meu corpo
imediatamente.
– Edward?
– Aqui.
Nem sei por que, suspirei aliviada. Ele estava na varanda do quarto, apenas uma toalha
em volta dos quadris. As costas largas e musculosas ainda ligeiramente úmidas pelo
banho. Vesti o roupão e fui ate ele abraçando-o por trás.
– É linda.
– Sim. Apesar do que meu conceito de linda mudou muito desde que conheci você.
Passei minhas mãos pelo peito dele, apertando os mamilos.
– Não faz isso, Bella.
Mordi suas costas. Imediatamente ele girou o corpo, a toalha ligeiramente estendida
devido sua ereção. Empurrou-me para dentro, girando-me novamente e me prensando
contra a parede. Sem dizer nada abriu meu roupão e eu puxei sua toalha. Ergueu minha
perna, penetrando –me em seguida.
– É normal isso? Desejar tanto alguém a ponto de doer?
– Se é normal eu não sei, Edward. Mas é o que acontece comigo.
Seu corpo começou a mover-se com o meu, lentamente. Provavelmente com medo de
machucar os bebês, já que nessa posição ele era sempre muito selvagem.
– Mais forte, Edward.
– Não.
Segurei seu rosto.
– Acha que iria arriscar a vida dos nossos mini poderosos?
Ele saiu lentamente dentro de mim e voltou em seguida mais rápido e com muita força.
Um grito escapou de minha garganta. Repetiu o gesto, dessa vez ainda mais forte.
Cravei minhas unhas em seus ombros.
– É assim que quer?
– Sim... sim, Edward. Assimmm...
Seu pau passou a me penetrar cada vez mais forte, mais fundo, deixando-me alucinada e
ao mesmo tempo sem ar.
– Caralho... vou gozar...
Sua boca desceu sobre meu mamilo, prendendo- o entre os dentes, fazendo-me berrar de
prazer. Meu sexo latejava, contraindo-se gradativamente.
– Porra... tá me esmagando, amor.
– Goza dentro de mim, Edward. Meu homem... poderoso... gostoso.
– Puta que pariu...
Assim que deslizei o vestido pelo meu corpo eu saquei o que Edward pretendia. Ele não
ia fazer isso comigo. Seria possível?
Quando ele saiu do banho eu já estava vestida, penteada e com uma leve maquiagem.
Seu olhar demorou sobre meu corpo.
– Perfeita.
O longo vestido vermelho tinha um decote que valorizava meus seios, era justo
moldando-se perfeitamente às minhas curvas. A longa fenda na lateral revelava minhas
pernas e coxas ao menor movimento.
– Edward... não está pensando em... dançar um tango não, né?
Seu corpo másculo e cheiroso rodeou o meu. Seus lábios tocaram meus ouvidos me
fazendo arrepiar.
– Por que não?
– Edward... eu não sei...
– Não tem problema. Eu conduzo você. Aqui ninguém te conhece, exceto eu.
Seu olhar sexy me desarmou.
– Basta colar seu corpo delicioso ao meu.
Sua mão tocou minha cintura e apertou delicadamente. Virei-me imediatamente pra ele.
– Vamos agora.
Ele riu alto.
– Sabia que não iria resistir.
– Pronta, madame?
– Sim, chefe.
Agora sim ele parecia o poderoso chefão da máfia. Ainda mais comigo vestida daquele
jeito ao seu lado.
– Tem certeza que nunca esteve aqui? Parece conhecer perfeitamente os lugares.
Eu perguntei ao ouvi-lo dar instruções ao taxista.
– Pesquisei, Bella.
O lugar onde fomos era magnífico. Vários casais já estavam na imensa pista dançando.
– Então... quer jantar primeiro e dançar depois? Não terá escapatória.
– Ai... vou dar vexame, Edward.
– Vai nada. E então?
– Almoçamos tarde. Não estou com fome.
– Então vamos apenas procurar nossa mesa e depois...
– Não tenha medo. Lembre-se que é o seu homem que está aqui. Solte-se.
Quem mandou falar Seu homem? Buscando uma coragem que eu não tinha soltei meu
corpo. Edward começou a se mover ao som fodidamente sensual da música. E pior...
seus olhos intensos não se desgrudavam dos meus. A cada giro do nosso corpo a
intensidade do seu olhar e do aperto em meu corpo aumentava de intensidade.
Inclinou meu corpo para trás e notei, satisfeita , que tive facilidade em fazer aquilo.
Girou novamente meu corpo, mas dessa vez deixando-me de costas pra ele. A Boca
roçava meu pescoço enquanto ele continuava a mover-se sensualmente.
Segurou minha mão e girou-me novamente, com força, no mesmo ritmo da musica.
Meus seios bateram com força em seu peito e eu ofeguei. Edward elevou meus braços,
ficamos ainda mais colados. Sorri sensualmente pra ele e ousei. Deixei meu corpo
deslizar pelo dele até o chão.
Suas mãos fortes me seguraram, puxando-me para cima lentamente. No entanto, assim
que minha boca passou sobre sua virilidade eu depositei um beijo ali. Subi novamente e
encontrei seu olhar em chamas. Olhei para os lados com medo que alguém tivesse visto
a cena. Ninguém prestava atenção em nós. Edward me apertou, as mãos deslizando
pelas minhas costas e chegando até minha bunda, apertando-a. Eu gemi baixo sendo
acompanhada por ele. Edward inclinou novamente para trás e ergui minha perna na
altura dos seus quadris. A fenda do meu vestido abriu-se revelando minhas coxas.
Edward levou a mão lenta e sensualmente, subindo pela perna, coxa até passar
displicentemente pelo meu sexo. Puxou-me de volta, segurando minha nuca.
Ele estocava forte e fundo... e me dizia isso com essa voz rouca. Meus músculos
tremeram, minhas vistas ficaram turvas e gritei seu nome ao sentir meu êxtase, meu
gozo deslizando nele. Edward logo me acompanhou, jorrando seu sêmen dentro de
mim, urrando de prazer.
Quando por fim, voltei a respirar normalmente, Edward ajeitou meu vestido, a calcinha
já era.
Abraçou meu corpo e começou a rir.
– Dois idiotas... nem dançar civilizadamente conseguimos.
– Culpa sua.
– Acho melhor sairmos daqui... ou virão nos expulsar.
Eu arfei e encarei seus olhos. Se eu dissesse sim, ele aceitaria. Eu via em seus olhos que
nada mais importava a ele além de ficar comigo. Era assim comigo também. Então...
que essa lua de mel durasse ainda por muito tempo.
Bem...Natal chegando...não sei se terei condições de postar por esses dias. Caso eu não
apareça: Desejo à todas um FELIZ NATAL, repleto de alegria,saúde,amor e
principalmente PAZ.
Saibam que todas vocês sem exceção, são importantíssimas pra mim e tenho um carinho
especial por cada uma de vocês.
Bella POV
O vento que agitava as cortinas e penetrava no quarto de hotel não era suficiente para
diminuir o calor insuportável. Meu corpo ainda nu repousava de bruços na cama.
Senti a ponta dos dedos de Edward deslizando pela minha coluna e sorri, deliciando-me
com seu toque. Suas mãos subiram pelas minhas costas afastando os cabelos do meu
pescoço.
Como se não bastasse a temperatura ambiente, havia ainda o calor que emanava do
corpo de Edward. Eu sentia o suor escorrendo pelo meu corpo, grudando alguns fios de
cabelo em meu rosto. A boca macia e úmida de Edward deslizou pelo meu pescoço e
em seguida mordeu.
Eu estava impressionada com Edward. Além do pique que tinha, ele se mostrou o rei da
paciência. Não sei se era por ser nossa lua de mel ou se no fundo essa era mais uma de
suas facetas que eu desconhecia.
Ficamos quatro dias em Buenos Aires. Saímos às compras e andamos por horas. À noite
fomos a outro local dançar tango. Dessa vez nós conseguimos ir até o fim. Mas assim
que chegamos ao hotel, Edward acabou comigo. Penetrou meu corpo tantas e tantas
vezes que por fim, não conseguia nem ao menos abrir os olhos.
Nos dias que se seguiram continuamos nosso tour pela cidade. E fiquei apaixonada pelo
lugar. Edward me prometeu que voltaríamos mais vezes. E depois me surpreendeu ao
dizer que esticaríamos nossa lua de mel.
Hoje estávamos no Brasil. Mais especificamente no Rio de Janeiro. E meu Deus... fazia
um calor dos infernos aqui. Edward debochava de mim, mas a verdade é que esse calor
aliado à energia dele estava acabando comigo.
Edward me puxou, abraçando meu corpo.
Aquilo realmente me pegou de surpresa. Olhei para Edward buscando algum vestígio de
diversão em seu rosto. Ele olhava extasiado para meu ventre.
Às vezes eu me perguntava até quando isso ia durar. Entretanto, às vezes achava que eu
era uma tremenda safada masoquista. Sentia falta daquele jeito durão dele. Não estava
reclamando de forma alguma. Edward tão doce e carinhoso era ainda mais apaixonante.
Eu só preferia as duas combinações. Isso era fatal e me jogava literalmente de quatro
por ele.
Edward ergueu um pouco seu corpo e depois desceu sua boca até meu ventre, beijando-
o. Meu coração disparou com esse gesto. Acariciei os cabelos macios, deliciada com a
atitude dele.
– Quando é que irei senti-los se mexendo?
– Eu não sei ao certo. Vou perguntar à Rosalie na próxima consulta.
Edward me surpreendeu ao deslizar sua mão pelas minhas coxas e subir novamente,
seus dedos massageando meu sexo. Instintivamente separei minhas coxas.
Era engraçado. Eu nem ao menos estava pensando em sexo. Mas bastou Edward
deslizar as mãos pelas minhas coxas para me acender. Ele gemeu ao sentir meu sexo
completamente encharcado.
– Sempre pronta pra mim...
– Sempre, Edward. Eu amo você.
– É minha vida, Bella. Nunca se esqueça disso.
Puxei-o para o meu corpo, enroscando minhas pernas em volta da sua cintura. Edward
apoiou as duas mãos espalmadas sobre a cama.
– Calma amor.
– Preciso de você, agora.
Ele já conhecia o desespero em minha voz. Nem ao menos titubeou. Penetrou meu
corpo segurando minha coxa com firmeza, seus dedos marcando minha pele. Percebia
que ele tentava se controlar, afinal, carinhoso ou não Edward era másculo demais. Tudo
nele era intenso.
– Não quero machucá-la.
Agarrei-me aos cabelos de sua nuca, me abrindo mais para ele, querendo abrigar toda
sua potência. Edward gemeu se movendo dentro de mim, rebolando seu pau dentro de
mim, levando-me à loucura.
– Deus... eu me perco em você, Bella.
Ergui meus quadris, buscando sempre mais e mais. Minha paixão por ele explodia fácil.
Bastava um olhar, um toque das mãos em meu corpo e eu enlouquecia.
Edward olhava para o meu corpo, para os meus seios ainda mais cheios e arredondados.
Seu olhar queimava minha pele, fazia-me sentir a mulher mais linda do mundo. Como
se adivinhasse meus pensamentos, Edward inclinou seu corpo e sussurrou em meu
ouvido.
Passou as mãos sob meu corpo, segurando meus seios. Nós dois gemíamos alto. Quanto
mais ele estocava dentro de mim, mais eu rebolava minha bunda, chocando nossos
corpos, levando-o à loucura. Eu quase podia adivinhar sua expressão, cerrando seus
dentes, o maxilar travado pelo prazer absurdo que sentia ao me ver rebolando para ele.
Enterrei meus dedos nos lençóis da cama ao sentir meu sexo pompoando-o, fazendo
com que Edward gemesse mais alto e seu liquido invadisse meu corpo.
– Eu não entendo essa mania que vocês mulheres têm de usar roupas curtas demais.
– Está calor, Edward. Você pode usar uma camiseta ou mesmo ficar sem ela. Eu não
posso.
– Não é desculpa.
Ele estava meio carrancudo. Mas foi ele quem insistiu para que saíssemos um pouco. Eu
preferia ter ficado no hotel, escondendo-me do sol.
Assim que terminei de subir as escadas eu olhei para cima abobalhada. Estava em frente
ao Cristo Redentor.
Um pensamento passou pela minha cabeça e antes que eu pudesse travar minha língua a
pergunta saiu.
– Não acredita em Deus, Edward?
Novamente um bom tempo em silêncio até que ele me respondeu.
– Eu pensava que se existisse Deus, eu não precisaria fazer justiça com minhas próprias
mãos.
– E desde quando matar pessoas é fazer justiça?
– Depende do ponto de vista.
– Pois eu acredito. E rezo todas as noites. Peço por nós... principalmente por você.
Ele desviou o olhar da estátua para me olhar.
Nem era preciso perguntar mais nada. Agora ele acreditava em Deus. Não ousei
perguntar o motivo. Ele já falou demais. Até para admitir sua crença ele era durão.
Não sei quanto tempo passamos explorando aquilo tudo. Somente quando o sol
começava a dar sinais de cansaço resolvi que queria ir a praia. E mais uma vez
presenciei a intensidade dos sentimentos de Edward.
Assim como tudo naquela cidade, a praia era linda. E estava muito cheia. Edward
sentou-se na areia. Tinha tirado a camisa, o que não me agradou muito. Antes mesmo de
fazer isso eu já percebia os olhares sobre ele.
Vi quando duas garotas sentaram-se muito próximas a ele e imediatamente sai da água.
Caminhei em direção a ele, mas no meio do caminho fui cercada por dois rapazes.
Diziam-me alguma coisa que não entendi por não saber a língua. Mas era claramente
um elogio.
Quando olhei na direção de Edward ele estava de pé, os braços cruzados sobre o peito
largo, pronto para ir até onde eu estava. Mais que depressa sai de perto dos rapazes. Mal
cheguei perto e ele estendeu o vestido para mim.
– Vista.
– Edward, por favor...
– Quantas mil vezes eu preciso falar para vestir a merda de um maiô? Dê-se ao respeito,
Bella. É uma mulher casada.
– Eu sei disso. E eu não fiz nada, tá?
– E aqueles dois marmanjos babando em você? Meu Deus... eles não vêm que está
grávida?
– Claro que não, Edward. Ainda não da pra perceber.
– Vamos embora.
– Você é muito hipócrita, Edward. As mulheres podem ficam babando, quase sentando
em seu colo.
– Que mulheres?
Revirei meus olhos. Mas incrivelmente seus olhos estavam confusos. Edward não
percebia mesmo os olhares sobre ele? Parecia que não. E ele me confirmou isso.
– Todas as mulheres dessa praia.
– Com você quase nua pra todo mundo ver, acha que eu ia me preocupar com coisas
banais, Bella?
– Não, mas...
– Ah... cala a boca e vamos embora.
– Grosso.
Ai... como Edward era bobo. Antes mesmo que eu me desse conta do meu amor, ele já
sabia disso. Pra que essa frescura agora? Que mulher em sã consciência o deixaria livre
para outras?
Seguimos em silêncio até o hotel. Silêncio que só foi quebrado quando o celular dele
tocou. Edward franziu o cenho ao ver quem era.
– Fala Emmet.
A medida que Emmet ia falando o olhar de Edward ia escurecendo, suas feições
endurecendo.
Entramos em nosso quarto com ele ainda ao telefone. Eu prestava atenção, tentando
descobrir o que estava acontecendo.
– Pra que eu pago esse bando de seguranças? E tem vocês também... como são passados
pra trás por uma garotinha? Terei uma conversa séria com Alice quando chegar ai. E
deixe Jasper na cola dela.
Uma pausa para ouvir o que Emmet dizia.
– Esse assunto eu resolvo quando chegar ai, Emmet. Agora acabou a brincadeira. Deixe-
o comigo. E diga a Alice que prepare o traseiro para umas boas palmadas.
Jesus... o que Alice andou aprontando? Melhor ficar quietinha ou ia acabar sobrando pra
mim também. Fiz de conta que não estava me mordendo de curiosidade e não perguntei
nada.
Engoli em seco. Eu sabia que ele estava tentando me poupar. E só havia um motivo para
tanto. Eu não queria acreditar, mas não via outra explicação. E Edward teria que me
dizer.
– É o Mike não? Ele está de conluio com o James.
Edward suspirou e passou as mãos pelos cabelos.
– Bella, eu avisei que não o queria em meu caminho.
Poderia ser cruel da minha parte. Mas a única coisa que eu conseguia raciocinar era que
Mike estava fazendo mal a Edward. Tentando acabar com a vida dele e com vida
daqueles que o cercavam. Sinceramente... eu já não me importava com o que Edward
iria fazer com ele.
– Não pense em mim, Edward. Faça o que tem que ser feito.
Ele me olhou, espantado, mas não disse nada. De repente um soco na mesa me fez pular
na cama.
– Merda. Tudo seria mais simples se vocês ouvissem o que eu digo. Seria uma
preocupação a menos porque eu saberia que estão seguras. Mas não... você e Alice tem
que me irritar, me provocar até meu limite. Por quê? Responda.
Vasculhei minha mente em busca de alguma coisa para dizer. Mas eu olhava para
Edward assim, bravo, feito um animal acuado e a única coisa que me vinha à mente era:
Gostoso.
Porra... como esse homem ficava ainda mais sexy e tentador raivoso desse jeito. Soltei
sem pensar.
– Porque você fica ainda mais fodidamente gostoso quando está bravo.
Novamente a surpresa em seu olhar. Colocou as mãos na cintura e balançou a cabeça.
Depois riu e veio ate mim.
– Pena que essa braveza não esteja funcionando com vocês duas. Conseguem me
desarmar na cara dura.
Abracei sua cintura com força.
– Bella... prometa-me que vai fazer o que digo. Olhe pra mim.
Ergui meu rosto e vi tanto amor em seus olhos que os meus imediatamente ficaram
úmidos.
– Fazer o que eu digo não quer dizer que está cedendo a caprichos ou vontades minhas,
Bella. Eu me preocupo com a segurança de vocês. Não quero que nada de mal aconteça
a Alice, à você e aos nossos filhos. Tente me entender.
Engoli em seco. E fiquei preocupada. Seu olhar era quase desesperado.
– Desculpe-me, Edward. Eu juro que...
Edward segurou meu rosto, deslizando uma das mãos pela minha face.
– Eu não sei o que sou capaz de fazer se algo acontecer a vocês. Eu vou atrás do infeliz
até no inferno.
– Eu farei o que você quiser Edward.
– Se ouvir o que digo já é um bom começo.
Pressionou seus lábios em meus cabelos e em seguida me fez chorar. De emoção.
– Eu não quero perder você, amor.
Mordi meus lábios com força tentando sufocar um soluço.
– Farei tudo o que quiser. Eu também não quero perder você, Edward.
– Isso nunca.
Quem disse que eu precisava ouvir um Eu te amo?
Então vou me despedindo de vocês, desejando a todas muita saúde, paz e grandes
realizações nesse novo ano.
E não deixem de sonhar. Nunca!
Edward me surpreendeu várias vezes e das mais variadas formas. Sem dúvida alguma
dançar um tango com ele foi... magnífico. Eu jamais vislumbrei Edward desse jeito.
Talvez fosse uma tática muito bem sucedida dele para me deixar ainda mais apaixonada
por ele.
Daqui a um tempo já não sobraria espaço dentro de mim para tanto amor. Somente
aumentava, a cada segundo ao lado dele.
Estávamos em seu jatinho, quase chegando em casa... infelizmente. Suspirei e coloquei
minha cabeça em seu ombro.
Edward beijou o topo da minha cabeça, permanecendo um bom tempo com os lábios
pressionados em meus cabelos.
– Eu prometi que teríamos nova lua de mel. E irei cumprir, Bella.
– Eu sei. VocÊ sempre cumpre. Mas é que estava tão bom.
– Sim... foi muito bom.
Seus dedos se entrelaçaram nos meus e assim ficaram até o jatinho finalmente pousar.
Estávamos de volta a realidade. Pousamos numa das fazendas de Edward. Dali
imediatamente entramos na limusine que já nos esperava e fomos direto para casa.
– Por que não pousamos em nossa casa mesmo? Sei que ali tem o local apropriado.
– Achei melhor assim.
Não insisti. Algum motivo ele tinha, isso era óbvio.
Mal tínhamos entrado pela porta da sala e Alice veio correndo ao meu encontro.
– Bellinha...minha gata...
Deu-me um abraço forte, balançando-se de um lado a outro.
Alice parou à frente de Edward toda sorridente. Foi muito divertido ver a cena. Alice
toda esfuziante encarando Edward e ele tentando se fazer de bravo, os braços cruzados
em frente ao peito.
– Edizinho...que saudades...
Forçou os braços dele e o abraçou.
– Ai...que cheirinho bom que você tem.
Ele não resistiu e riu abraçando-a.
–Também estava com saudades, peste. Mas mesmo assim estou bravo.
Ela deu de ombros.
– Não fiz nada para contribuir com isso.
– Alice...depois iremos conversar e é sério.
Olhei pra Alice num pedido mudo para que ela não provocasse. Depois de conhecer
várias facetas de Edward nesses últimos dias, eu entendia seu excesso de zelo e
preocupação. Alice pareceu captar meu recado.
Olhei para Alice, desconsolada. Ela estava coberta de razão. Não sei quanto tempo mais
eu conseguiria ficar ao lado desse homem sem morrer de amor.
Passei mais de uma hora ao lado de Alice até que subi para tomar um banho também.
Edward dormia totalmente largado na cama, apenas com a boxer. Balancei minha
cabeça e rumei para o banheiro. Tomei um banho bem rápido e voltei ao quarto a tempo
de me jogar na cama ao lado dele. Seus braços me envolveram aconchegando –me ao
seu peito. Entretanto continuou a dormir. Eu fiz o mesmo. Iria aproveitar esses
momentos tranqüilos enquanto podia. Sabia que daqui pra frente as coisas não seriam
fáceis. Pra nenhum de nós.
Girei na cama e encontrei o vazio. Bufei. Nem sei por que eu ainda não tinha me
acostumado com isso.
–Se quiser pode continuar deitada. Eu irei conversar com Alice antes de sair.
Quase enfartei de susto. Edward estava do lado oposto da cama, atrás de mim, já
vestido.
–Sabe que se me matar de susto...irá matar três de uma tacada só.
–Nem brinque com isso.
Imediatamente estava ao meu lado, as mãos em meu ventre.
Edward esperou, os magníficos olhos verdes queimando minha pele. Puta merda... que
poder esse homem tinha apenas com os olhos.
–Alem do mais o que?
– Tem um lado seu que...acho que apenas eu conheço. E agora eu entendo toda sua
preocupação conosco. Eu prometi e irei cumprir... não vou mais ficar desobedecendo
você quando a questão for nossa SEGURANÇA.
Ele riu quando eu frisei a palavra segurança.
– Melhor assim. Vá lavar o rosto, então. Eu espero você.
Desci com Edward para conversarmos com Alice. A cara de paisagem dela era hilária.
Edward sentou-se ao lado dela, encarando-a sem dizer uma única palavra.
–Alice, pelo amor de Deus...prometa-me que nunca mais irá fazer isso. Eu não faço isso
porque sou mandão. Eu me preocupo com vocês. A maluca da sua amiga eu já consegui
convencer.
Alice mordeu os lábios, olhando de mim para Edward.
Pela primeira vez eu vi Alice sem palavras. Mordeu novamente os lábios e torceu as
mãos no colo.
–Assim... a gente...
–Tudo bem. Não irei interferir.
Edward ficou de pé e me puxou para junto dele.
–Mas cuidem-se. Eu não quero ser tio nem tão cedo.
Alice ruborizou,mas levantou-se e o abraçou.
Meu coração apertou-se violentamente. Edward estava indo atrás do James e do Mike.
Mas eu não estava me importando com eles e sim com Edward.
–Vou até a varanda com você.
Edward deu um beijo na cabeça de Alice.
–Juízo.
Sai com ele para a noite na varanda. Seus braços me envolveram e Edward me olhou
por um longo momento.
–Você..é pai dos meus filhos...não pode acontecer nada com você. Além disso...
– O que?
–Você sabe que amo você.
Edward me abraçou mais forte.
–Nada vai me acontecer...calma.
–Por que não vai no blindado? Deixe o volvo...
Ele riu e bagunçou meu cabelo.
–Tão medrosa... eu volto logo.
–Edward...
Sua boca tomou a minha com paixão. Agarrei-me, desesperada, aos seus cabelos,
colando meu corpo ao dele. Sua boca ávida desceu pelo meu pescoço, e depois subiu até
minha orelha.
–Me espere...com uma daquelas camisolas sexys que você usa e que me deixa maluco.
Meu corpo inteiro estremeceu em expectativa.
Entretanto não consegui dormir. Meu coração batia descompassadamente. Tentei ler,
ouvir música...tudo em vão.
Andei de um lado a outro, remexi em nossas roupas e presentes que trouxemos da
viagem...
Pensei em ligar pra ele...mas ele poderia ficar realmente furioso.
Controlei-me e não comi minhas unhas...Edward não gostava.
Tomei outro banho e vesti a camisola como ele pediu.
Creio que cochilei um pouco. Acordei sobressaltada com o ronco do volvo.
Olhei as horas e vi que passavam das quatro da manhã. Corri até a janela a tempo de vê-
lo saindo do volvo, o paletó jogado sobre o ombro.
Meu coração disparou quando ele ergueu a cabeça e me encontrou na varanda.
Sorri abertamente de pura felicidade.
Entretanto meu sorriso congelou no rosto ao ver Edward cambalear e encostar na lateral
do volvo. Contorceu-se mais uma vez, a mão no peito.
Meu coração ia saltar do peito, minhas pernas pareciam gelatinas.
Não ouvi som algum...o que estava havendo?
O outro veículo, que os rapazes usavam parou logo atras. Emmet e Jasper correram em
direção a Edward que ainda estava encostado no volvo.´
Vi seu corpo escorregar lentamente e sua mão cair ao lado do corpo.
Abri minha boca e meus olhos se arregalaram ao ver o sangue encharcando a camisa
azul.
Berrei desesperada antes de correr porta afora.
– EDWARD!NÃO...MEU AMOR...NÃO....
Sai desesperada pelo corredor, cega pelas lágrimas, temendo pelo meu homem...meu
Poderoso que estava de alguma forma (que eu ainda não tinha entendido)...ferido.
Edward POV
Muitas vezes(e todas essas vezes foram depois que conheci Bella), eu tive vontade de
simplesmente apertar a porra de um botão no cérebro e deixar no automático. Estava
cansado de tanta preocupação com negócios que muitas vezes me tiravam o sono.
Antes eu não me importava. As mulheres que se deitavam ao meu lado não eram tão
interessantes a ponto de me fazer escolher entre elas e o trabalho. Agora as coisas
mudaram drasticamente. Levantava-me da cama praticamente empurrado por alguma
força oculta, já que vontade eu não tinha nenhuma. O único desejo era permanecer ao
lado de Bella. Essa mulher roubava minha sanidade e me fazia ir ao céu e ao inferno
com uma facilidade impressionante. Bem que dizem que os fortes e arrogantes sempre
se dobram perante uma mulher. Taí...eu era a prova viva disso. E isso não é uma
reclamação. É apenas uma constatação dos fatos. Uma mulher que me levava ao delírio
na cama, como nenhuma outra jamais fez, atiçava meus ciúmes e possessividade , além
de inflar meu ego com sua entrega incondicional. Resumindo: era minha perdição. E
como o ser intenso que sou, meu amor por ela não poderia ser menos intenso.
E eu sabia que ela esperava ouvir de mim as tão tradicionais palavras, embora eu tenha
demonstrado de formas que nem eu mesmo imaginei. E também nem sei o porquê de
me esquivar tanto de dizer isso. Talvez porque ao proferir tais palavras eu me colocasse
definitivamente nas mãos dela. E isso também não era nenhuma novidade. Bella era tão
forte e prepotente quanto eu, e não duvido nada que se por algum motivo eu não
estivesse aqui, ela tomaria frente nos negócios.
Eu precisava mais do que nunca me doar além do que já fiz. Ela merecia isso não so por
aturar minhas constantes mudanças de humor como por ter me dado e seu amor. E
mais... teríamos dois filhos.
Gêmeos... porra...a mulher é tão espetacular que até nisso ela conseguiu me surpreender.
Esse foi um dos motivos que me fez decidir tirar uma “licença” dos negócios e dedicar-
me a ela. Antes é claro, eu daria cabo do desgraçado que andava rondando minha
família. E depois...Emmet que se virasse e tomasse a dianteira.
Nessa noite minha mente já tinha tudo maquinado... Iria atrás do James e acabaria com
sua raça. E voltaria inteiro para os baços de Bella. Eu não tinha mais medo algum de
parecer fraco ou piegas. Hoje ela ouviria o que tanto ansiava.
Assim que voltamos da nossa lua de mel, que aliás, estaria definitivamente cravada em
minha memória, eu fui descansar um pouco. E acordei com Bella em meus braços.
Deus...como era difícil sair e deixá-la tão linda, sozinha... Estava ficando pior a cada
dia. Mas eu precisava descer e conversar com Alice. Felizmente Bella já tinha aceitado
o fato de serem importantes demais pra mim. E muitas vezes eu poderia até exagerar na
segurança delas, mas era pura e simplesmente porque não suportaria perder nenhuma.
Menos mal que Alice ouviu os conselhos de Bella e prometeu, embora eu duvidasse que
fosse cumprir, jamais sair sem algum segurança.
No fundo ela já deveria imaginar que James já estava preso e era questão de horas até
que eu acabasse com a vida do maldito. O Swan ainda estava solto por ai. Mas seria
questão de horas também.
–Edward... levará mais homens com você,não é?
–Bella, o importante são vocês quatro. Não se preocupe comigo.
–É claro que me preocupo...
Amaldiçoei a mim mesmo por estar causando tanto sofrimento a ela. Suas lágrimas
desciam incontroláveis pelo seu rosto, deixando-me pior do que já me sentia. Apesar de
ser um grosso na maioria das vezes, eu odiava vê-la chorar.
–Você..é pai dos meus filhos...não pode acontecer nada com você. Além disso...
– O que?
–Você sabe que amo você.
Abracei-a ainda mais forte. Até quando Bella iria me colocar acima de tudo? Será que
ela não percebia que sem ela EU não era ninguém?
Busquei sua boca com paixão, com desejo. Bella imediatamente agarrou-se a mim, o
corpo delicioso colando-se ao meu. Antes que eu perdesse completamente o juízo, dei
um jeito de afastar.
–Me espere...com uma daquelas camisolas sexys que você usa e que me deixa maluco.
–Eu espero. Eu amo você.
Isso...continua derrubando todas as minhas barreiras. Isso era terrível num momento
como esse. Sabia que o tempo todo em que estivesse no trabalho, eu estaria pensando
nela. E essa desatenção poderia ser fatal não so para mim, como para os outros rapazes.
–Linda...
Entrei no carro antes que mudasse de idéia. Antes de sair ainda olhei sua figura estática
na varanda, os cabelos soltos esvoaçando. Balancei minha cabeça, inconformado.
Prometi a mim mesmo que Bella nunca mais iria sofrer desse jeito por minha causa.
Enfiei o pé no acelerador indo em direção ao local onde James estava preso. Quanto
antes eu acabasse com isso, mais cedo eu voltaria para os braços de Bella.
– Porque você sabe que mais cedo ou mais tarde iremos encontrá-lo. E dizer ou não
dizer...será apenas uma forma de escolher o quão dolorosa será sua morte.
– Não. Apenas acima de você. Alias qualquer um nesse mundo está acima de um verme.
Agora me diga... o que ganhou me traindo? Exceto sua morte, é claro.
– Você sempre se achou, Cullen. Pegando todas as mulheres que nós desejávamos,
esfregando-as na nossa cara. Agora quero ver seu reinado ruir. Seu império está
ruindo...e você nem se da conta.
Suspirei, exasperado.
– Não terá tempo de ver isso, James. Suas horas estão contadas. Agora... tudo isso por
causa de mulher, James? Acha que não sei que você sempre ia atrás delas quando eu as
descartava? Tem mais ai que eu sei. Pode ir falando.
– Mike e eu sempre fomos amigos. Isabella seria minha. E você como sempre passando
à frente. Ele te odiou de cara, Cullen. Disse que tinha nojo de você. E então eu resolvi
passar para o outro lado. Porque vi que estava balançado por ela. Sua queda seria ainda
mais prazerosa.
– Mano, vamos acabar logo com isso e ir atrás do Swan. Jasper está... preocupado com a
Alice.
Realmente Emmet estava certo. James não tinha um motivo plausível para sua traição
exceto inveja e burrice.
– Felizmente, Cullen... eu ainda tive o prazer de comer uma de suas mulheres enquanto
ela ainda estava com você. Me fartei de gozar com ela, fazendo de você um corno.
Meu sangue ferveu não por saber que fui traído, mas por ser chamado de corno por um
ser insignificante.
– E o que ganhou com isso, hã? Que prazer você teve ao foder uma mulher minha e ela
gozar berrando meu nome?
Eu ri com sarcasmo. Eu não sabia de porra nenhuma. Pelo contrário. Nem imaginava
quem foi a infeliz que fez isso. E nem me interessava. Mulheres do meu passado
tornaram-se insignificantes demais depois de Bella.
Eu disse puramente por saber que depois de estar em meus braços... mulher alguma
sentiria prazer com um crápula como o James. E isso não é convencimento, é a
realidade.
– Basta olhar pra mim e pra você, James. Não é difícil descobrir quem elas preferem.
– Mas a sua queridinha Bella preferiu... tanto que quis ser minha... e eu iria comê-la
quando você...
Eu sabia que nada disso era verdade. Não me deixava influenciar por palavras e sim por
atos. E Bella demonstrou ser minha desde a primeira vez que toquei nela. Eu não iria
permitir que ninguém... ninguém mesmo falasse dela dessa forma.
– Cala a boca...
Com apenas um passo eu fiquei mais próximo dele. Apenas estendi minha mão para um
facão que estava ali do lado. Sem pensar duas vezes e sem remorso algum eu passei o
facão de fora a fora em sua garganta, o corte abrindo-se imediatamente.
– Acabou.
Os olhos de James se arregalaram enquanto o sangue jorrava de suas artérias. Ele tossiu
e engasgou com o próprio sangue.
Passei os olhos pelos meus homens: Emmet, JAsper, Jacob, Laurent, Lestat... todos me
olhavam assombrados. Não era isso que tínhamos planejado. Ele seria enforcado assim
como Charlie Swan.
O único som que se ouvia era o engasgar estranho da vida que se esvaía.
– Estou indo pra casa. E Emmet... não jogue isso para os urubus. Eles merecem coisa
melhor.
Sem esperar qualquer resposta afastei-me dali indo em direção ao volvo. Fiquei um bom
tempo sentado, as mãos no volante. Como o ser humano pode ser tão burro? Trair e
ainda por cima desafiar Edward Cullen. Talvez estivesse mesmo a fim de morrer. Mas
creio que existem formas menos dolorosas de se conseguir isso.
Olhei as horas e vi que passava um pouco da meia noite. Não era uma boa idéia ir para
casa agora. Eu tinha acabado de matar um homem friamente e seria um ultraje deitar-me
e tocar o corpo da minha mulher depois disso. Não que eu me arrependesse. Mas eu me
senti... sujo.
Culpa daquele traste que se atreveu a atravessar meu caminho sem pensar nas
conseqüências. O que ele disse sobre uma das minhas ex mulheres decididamente não
me interessava. Por mim poderia ter pegado todas, desde que nem sequer olhasse pra
Bella.
Liguei o carro e rodei por uns minutos decidindo sobre o que fazer a partir de agora.
Embora o maldito Swan ainda estivesse solto por ai, eu não tinha a mínima vontade de
prosseguir nessa busca. Gente... eu queria simplesmente ser o bom pai e marido perfeito
por algumas horas. E definitivamente, meu estilo de vida não condizia com o estilo que
eu queria e que queria dar a Bella.
Estava na hora de conversar com meu pai e definir minha posição. Pelo menos por uns
tempos, eu queria me afastar dos negócios da máfia.
Resolvi passar pela casa que eu adquiri recentemente e que seria dada de presente à
Alice. Já que ela e Jasper estavam juntos realmente...e eu não poderia fazer nada contra,
melhor que tivessem logo seu canto. Obviamente Jasper tinha ótimas condições
financeiras assim como Emmet também. Mas eu me sentia responsável por Alice, nada
mais natural que dar esse presente a ela. Mandei fazer uns pequenos reparos para que
ficasse a cara daquela maluca.
Dali segui para a antiga casa de Bella. Apesar de ter descoberto que seu pai e irmão
eram dois bandidos, imagino que ela gostaria de ter a antiga casa de volta. Afinal, eu
também não era nenhum santo e ainda assim ela me amava.
Quando finalmente eu resolvi voltar para casa reparei que levei mais tempo do que
imaginei visitando as duas residências. Eram quase quatro da manhã. E pra ser sincero...
estava louco de saudades de Bella.
Dirigi o mais rápido que pude e finalmente estacionei nos jardins da casa. Peguei meu
paletó jogado no banco do carro e coloquei-o sobre o ombro. Assim que sai do carro,
meus sentidos aguçados pelos anos de máfia me colocaram em alerta. Tinha alguém à
espreita. Girei meu corpo, mas meus olhos dirigiram –se para a sacada do meu quarto,
como um ímã. E lá estava Bella... perfeita e linda...um sorriso se abrindo ao me ver. A
visão magnífica distraiu-me do perigo que eu sabia...rondava nossa casa. Entretanto essa
percepção foi tarde demais. Logo em seguida senti minha carne queimar próximo à
minha barriga. E outra vez queimando, agora em meu peito, onde levei minha mão
instintivamente. Sabia, obviamente que havia sido ferido. E quem o fez, usou um
silenciador. Total ausência de som. De onde estava consegui ouvir o grito desesperado
de Bella. Merda...lógico que ela nem ia pensar que corria risco ao vir até mim.
Foi com alívio que percebi meus irmãos chegando logo depois. Emmet e JAsper
correram até onde eu estava.
– Emmet...cala a boca... não deixe que a Bella venha até aqui. Jasper... sabe o que fazer.
A queimação ia cedendo espaço à dor, que fez meu corpo escorregar pela lateral do
carro sem que eu pudesse impedir. Minha mão caiu ao longo do corpo.
Meu corpo inteiro estremeceu ao ouvir os gritos de Bella. Porra de mulher louca...
– EDWARD...EDWARD...
Era estranho como funcionava a mente da gente. Mesmo morrendo de dor e louco para
tirar Bella dali, minha visão periférica registrou a camisola que ela usava revelando
quase tudo. Reuni forças e joguei meu paletó para ela, quase rosnando.
– Cubra-se.
Ela obedeceu.
Minha mente me pregava uma peça... insistia em querer se desligar quando o que eu
mais precisava era ficar alerta. A dor aumentava significativamente e eu já sentia
incapacidade para respirar. Fechei meus olhos com força ao sentir meu corpo deslizar
mais até o chão.
Eu quase ri com a ordem de Bella, mas não tinha forças. Meu corpo já estava
inteiramente no chão. Bella pegou minha cabeça,colocando-a em seu colo, as lágrimas
correndo livremente e escorrendo pelo meu rosto. Nesse momento eu desconhecia a
palavra força, meus olhos insistiam em fechar-se.
– Bella...
– Edward...fique quietinho, por favor. Me ouça pelo menos uma vez nada vida.
Minhas mãos tremiam violentamente ao tocar em seu rosto manchado pelas lágrimas.
Fechei meus olhos, engolindo com dificuldade. Percebi que eu chorava. Não sei ao certo
por que. Se de dor... se de tristeza por vê-la sofrendo, ou por mim mesmo, que via a
morte iminente se aproximar...afastando-me de vez da mulher que eu amava.
Bella POV
Corri o mais rápido que consegui, trombando nos móveis, empurrando os seguranças
inúteis que atravancavam meu caminho até finalmente cair ajoelhada ao lado de
Edward. Seu peito estava completamente encharcado de sangue. Por dentro eu gritava
desesperada, mas me continha para não causar ainda mais pânico e pior...deixá-lo triste
por mim.
Estranho foi ver o vislumbre de um sorriso ao ouvir minhas ordens para o Emmet. Sem
contar que mesmo caindo de dor, seu lado ciumento falou mais alto, atirando –me seu
paletó.
Mas nem isso era capaz de diminuir minha aflição. Alias a única coisa que me deixaria
realmente bem seria vê-lo de pé, forte e imponente como sempre.
Eu não sabia o que fazer, mas meu amor por ele parecia expandir por todos os poros.
Coloquei sua cabeça em meu colo, tentando a todo custo segurar meu desespero. Seu
rosto estava contorcido de dor e várias vezes ele fechou os olhos.Eu tinha a vaga idéia
que não deveria deixá-lo desligar-se,mas ao mesmo tempo não queria que ele falasse.
Ele estava fraco, perdendo muito sangue...e a droga da ambulância não chegava.
– Bella?
– Edward...fique quietinho, por favor. Me ouça pelo menos uma vez na vida.
– Que você é a única mulher que eu amo. A única que amei em toda minha vida.
Abracei seu corpo sem me importar com o sangue que manchava também a minha
roupa. Emoção e medo se misturando.
–Pare com isso. Você não vai morrer...não pode me deixar...é meu Poderoso.
Eu não sei de onde tirei forças para responder. Meu marido, meu Deus...meu mundo se
declarando pra mim...como se fosse uma despedida.
–Eu também amo você, mas não faça isso. Não se despeça de mim.
Foi com o coração doendo e um grito desesperado que vi seus olhos se fecharem para
mim.
Emmet pegou-me delicadamente pelo braço, afastando-me de Edward para que ele
pudesse ser removido.
– Pelo amor de Deus...diga que ele está vivo...não posso perdê-lo, Emmet.
Olhei para o homem alto e moreno que me encarava. Como se adivinhasse Emmet o
identificou.
– Fique calma. Já estamos levando-o para o hospital. Edward é forte...vai sair dessa.
–Bella..não podemos esperar. E você não pode ir nesses trajes ou Edward nos mata
quando acordar. Alice está descendo para ajudar você. Em seguida eu levo você até o
hospital.
Alice apareceu correndo com Jasper em seu encalço. Pegou-me num abraço, arrastando-
me para dentro de casa. Ainda olhei para trás a tempo de ver a ambulância se afastando.
– Bella...sei que é difícil, amiga. Mas tente se acalmar. Pense nos bebês.
– Eu sei.E ele te ama também. Por isso eu tenho certeza que ele irá lutar para ficar vivo.
– Mas...e se...
– Shh...eu proíbo você de pensar negativo. Vou ajudá-la a se trocar e iremos para o
hospital.
Eu fazia tudo mecanicamente. Vestia-me feito um robô sem ainda conseguir acreditar
que meu marido estava ferido.
– Edward está tão apaixonado por você que se esquece dele, Bella. Essa é a verdade.
Ainda sem conseguir controlar meu choro histérico eu desci com Alice, encontrando
Emmet conversando com a polícia.
Uma raiva me subiu. Todos os seguranças estavam ali...aliás quase todos. Não cabia
tanta gente ali.
– EU NÃO SEI...PERGUNTEM PRA ESSES IMBECIS QUE SÃO PAGOS PRA
ISSO E PERMITIRAM QUE MEU MARIDO FOSSE FERIDO.
Um dos seguranças falou atiçando ainda mais a minha raiva. Avancei sobre ele, as mãos
fechadas em punho, socando seu peito.
–VOCÊ TINHA QUE VIGIAR NOSSA CASA, SEU IMBECIL. ISSO INCLUÍA MEU
MARIDO.
– Bella...Bella...calma...
– Preciso ir...Emmet...
Sai com Alice e nem me dei ao trabalho de perguntar o que Emmet disse aos policiais.
A única coisa que me importava era estar perto de Edward.
Cheguei ao hospital e disparei pelos corredores. Logo avistei Esme e Carlisle que
vieram ao meu encontro. Carlisle me acolheu e foi como receber o abraço de um pai.
Quando Billy surgiu minhas pernas tremeram ainda mais. Apoiei-me em Esme temendo
cair.
–Edward está sedado. Foi atingido por uma bala na barriga e... bem... a outra está
alojada entre o pulmão e o coração. Teremos que fazer uma cirurgia de emergência.
Senti minha cabeça girar e minhas vistas escurecerem. Busquei o ar com toda força que
eu tinha.
–É grave?
–Isabella... ele está ligado a aparelhos, não consegue respirar...mas o quadro é estável.
– Eu não posso...vê-lo?
Acompanhei Billy, amparada por ele. Sozinha eu não teria condições. Ao entrar na sala
e ver Edward desacordado as lágrimas ressurgiram ainda mais intensas. Aproximei-me
da cama e toquei suas mãos. O rosto ainda mais pálido que o normal, mesmo
desacordado ainda demonstrava a dor que sentiu.
–Edward... eu te amo tanto. Por favor... não me abandone agora. Eu preciso de você.
Nós precisamos de você. Por favor...lute. Por mim. Por nossos bebês.
– Eu prometo... nunca mais irei aborrecer você. Apenas... volte pra mim.
Olhei novamente para o rosto do meu marido antes de me retirar. Não me restava nada
mais,além de esperar.
–Emmet... acha que a polícia irá descobrir... será que algum dos seguranças...
–Não. Logo que Edward saiu, depois de acertarmos com o James...nós tivemos que...
você sabe...
–Sim. Algum tempo depois Tânia nos ligou. Contrariando as ordens de Edward ela
voltou para Don Matteo. E ouviu quando Don Matteo comentava que...James conseguiu
colocar Mike na residência. Como ele fez isso...ainda não descobrimos.
–Desgraçados...
–Mike queria pegar você,Bella. Se ele quisesse Edward, teria usado uma arma que
arrebentaria Edward por dentro.
Levei minhas mãos à boca, em choque. Meu próprio irmão. Até onde Mike chegou, meu
Deus.
–Ele imaginava que Edward seria bem mais difícil de pegar, provavelmente. Quando
viu que seria fácil....atirou.
**************
Mais de três horas depois Billy reapareceu com um ar cansado. Meu corpo doía pela
posição incômoda, mas eu pouco me importava. Coloquei-me de pé instantaneamente
assim como os demais.
– E então?
–Mas?
Carlisle se adiantou.
–Vejam bem...foi uma surpresa para todos nós. Ele estava bem.
–Ele...
Eu não ouvia mais nada. Senti apenas os braços de Emmet me amparar antes de
mergulhar na escuridão.
(Cap. 25) De caso com a máfia
Bella POV
Como obrigar minha mente a racionalizar a situação? Como acalmar meu coração e
dizer que estava tudo sob controle? Não... não estava nada sob controle. Meu marido
permanecia ha quatro dias em coma no hospital e eu já não sabia mais como suportar
sua ausência.
Era doloroso demais olhar seu corpo imóvel naquela cama, os olhos fechados para mim.
Eu não tinha sono, não tinha fome, não tinha sede. Apenas o desejo incontrolável de tê-
lo bem, novamente ao meu lado.
Toquei sua mão, apertando-a ligeiramente.
– Eu te amo tanto, Edward. Por que foi fazer isso comigo? Eu não vou suportar perder
você.
– Bella, ele está bem. Como te disse, é um coma induzido. Apenas medicação que
estamos administrando nele para que seu estado não fique comprometido. Ele está
reagindo muito bem e em breve iremos começar a diminuir a quantidade de
medicamentos.
– É normal isso, Billy? Ele... nem se mover? Se é como estivesse dormindo... sedado,
ele não deveria se mexer?
– Bella, tenha a certeza que ele ouve tudo o que se passa ao seu redor. Reforço que ele
está bem.
Eu não acreditava. Está certo que o médico sabe muito mais que eu. Mas se Edward me
ouvia, por que não se manifestava de alguma forma? Ele me ouvia dizer que o amava...
e nada. Nem um dedo se mexia. Eu não acreditava que ele estivesse me ouvindo. Pra
mim, sua mente estava muito longe daqui... e eu tinha medo que ela não regressasse
nunca mais.
– Você precisa ir agora, Bella. Descanse... pense nos bebês. Quando Edward voltar ele
não ficará satisfeito em saber que não se cuidou.
– Se ele voltar, Billy...
Saí antes que ele dissesse mais alguma coisa. Estava perdendo as esperanças.
Praticamente me arrastei até em casa. Fui recebida por Alice e Jasper.
Não pude deixar de rir. Realmente Edward ficaria uma fera e se voltasse... seus homens
seriam os primeiros a sofrerem as conseqüências da sua ira.
Uma raiva tão grande me subiu, impedindo-me de ouvir o que Jasper dizia. Bando de
incompetentes que nem se prestaram a proteger meu marido.
Em um instante me decidi sobre o que iria fazer. Iria colocar as coisas para funcionarem
do meu jeito.
– E eu posso perguntar o por quê? O que está planejando? Bella, estou resolvendo
assuntos import...
– Dane-se. Quero a planta. Sabe onde fica?
– No cofre.
Merda. Eu iria precisar da senha. Esperava sinceramente que Emmet soubesse.
– Sabe a senha... suponho.
– Bem, Edward muda constantemente. Tentaremos descobrir. Geralmente só usa datas
especiais para ele.
Emmet tentou a última que Edward colocou. Não deu certo.
– Que merda. O que foi que Edward usou dessa vez? Ele sempre dizia a mesma coisa
quando eu perguntava o porquê das senhas: Só uso datas especiais para mim...
Emmet parou de supetão e me encarou.
– Lembra-se exatamente da data em que se conheceram?
Bufei.
– Como eu poderia esquecer?
Informei a data e vi Emmet abrir-se em sorriso quando a porta do cofre se abriu.
– Datas especiais, Bella.
Senti meus olhos molhados pelas lágrimas que eu não permiti que caíssem. Edward era
surpreendente.
– Fico admirada por ele ter agido assim. Ele acha o que? Que é a prova de balas?
– A única preocupação dele é que você estivesse bem, Bella.
Entendia perfeitamente o que Emmet queria dizer. Um bolo se formou em minha
garganta e eu quase chorava ao olhar para ele.
– Como posso ficar bem sem ele comigo, Emmet?
– Você o ama mesmo, não é?
Não respondi. Apenas engoli minhas lágrimas e continuei a escrever na planta. Passei a
tarde quase toda analisando, com Emmet em silêncio à minha frente.
Emmet me obedeceu sem pestanejar. Quinze minutos depois o escritório estava lotado
de homens e algumas mulheres. Eles me olhavam com curiosidade, alguns até meio
debochados. Passei meu olhar em cada um deles.
– Bom... não irei mais culpá-los pelo acontecido. Pelo menos, não completamente.
Afinal, meu marido não os colocou em seus devidos lugares.
Alguns deles se entreolharam.
– Pois bem... eu fiz uma espécie de mapa, onde mostra as posições estratégicas e outras
nem tanto dessa residência. E a posição exata em que cada um de vocês ficará. E já vou
avisando: eu não irei aceitar erros. Todos os dias eu passarei e verificarei se estão de
acordo com o que coloquei.
Peguei algumas normas que redigi e passei a cada um deles.
– Aí estão seus direitos e deveres. Quero seus deveres cumpridos à risca. Assim como
terão seus direitos cumpridos da forma que está especificado.
Olhei-os. Ninguém se manifestava.
– Se alguém não concorda com o que está aí... a hora de se retirar é agora.
Mais uma vez, silêncio.
– Acho que posso concluir que concordam com o que está aí. Pois então... podem
ocupar seus lugares a partir de agora. E lembrem-se: eu não irei perdoar erros dessa vez.
Um a um eles se retiraram. Assim que a porta se fechou Emmet bateu palmas.
– Acho que eles vão implorar pela volta do Edward.
– Claro... Edward deixava todos eles na mamata. Agora... tenho outra coisa a resolver.
– Ai, meu Deus... Bella... por favor, não comece a se intrometer demais senão...
– Cala a boca, Emmet. E eu sei que hoje à noite chega um carregamento.
Olhei para ele de forma enigmática.
– Eu estarei presente.
– DE JEITO NENHUM... FICOU MALUCA?
– E você não fique retrucando senão tiro você também. Agora me dê licença.
Emmet suspirou, mas não desobedeceu.
– Sim senhora... chefa.
Eu ri e peguei o telefone. Antes procurei o número na agenda. Ao terceiro toque ela
atendeu.
– Tânia? É a Bella.
– Bella? Algum problema com Edward?
– Não. Mas eu preciso vê-la ainda hoje.
Ela nem pestanejou.
– Estarei aí.
Recostei-me na cadeira, girando-a. Se Mike estava com Dom Matteo... Tânia saberia
como fazer para eu ficar cara a cara com ele.
E então ele pagaria. Pagaria muito caro por ter se atrevido a machucar o homem da
minha vida. Eu, sua própria irmã, acabaria com a sua vida. Lenta e dolorosamente.
**************
Tânia saboreava seu vinho tranquilamente, as pernas cruzadas revelando as coxas bem
torneadas. As unhas bem pintadas batucavam no braço da poltrona. Já tínhamos tudo
combinado. Tenho certeza que não seria problema. Tânia revelou-se uma mulher muito
astuta.
– Bella, por favor, prometa-me que irá me proteger da ira de Edward. Quando ele
souber que ajudei você...
Ela estremeceu.
– Deus do céu... confesso que mesmo naquela cama de hospital esse homem me mete
medo.
– Deixa de ser boba. Edward nem é tão carrasco assim.
– Não é o que dizem os comparsas de Dom Matteo.
–Bom, mas isso não interessa. Você tem certeza que Mike aceitará?
– Seu irmão é ganancioso e invejoso, Bella. Eu sei que ele me deseja. E além do mais...
eu acho que ele está meio perturbado. Não vai pestanejar em aceitar minha proposta.
–Ótimo. Eu tenho pressa. Tem que ser amanhã sem falta. Quero que ele esteja bem
acabado quando Edward estiver de volta.
Ela sorriu,maliciosa.
–Bella...além de não querermos que você se machuque, queremos salvar nossa pele
também. Pelo amor de Deus não cometa nenhuma loucura.
– Deixem de pensar bobagens. Já está na hora do carregamento chegar não é?
Passava um pouco das dez da noite. Geralmente Edward saía antes desse horário. Mas
os rapazes ainda não tinham saído, então imaginei que tivessem adiado o horário.
Enchi-me de orgulho pelo meu marido. Ele era, em palavras chulas, muito foda.
– Então leve Demetri. Ele é bastante forte.
– Muito músculo na maioria das vezes indica falta de cérebro.
– Está me chamando de burro, Bella.
– Não, Emmet. Você é exceção.
Era estranho. Se Edward tinha negócios escusos...por que não havia policiais, FBI,
Interpol..sei lá...qualquer um deles a postos para inibi-los?
Jacob pareceu entender minhas dúvidas.
– Edward sempre lança pistas falsas, Bella. Muitos de nós sempre estão em outros
lugares, totalmente diferentes de onde o carregamento irá chegar.
– Ah...
Era óbvio...tão burra.
Jasper passou o braço sobre meus ombros.
– Venha, Bella. Está na hora de conhecer o seu “bebê”.
– Meu bebê? Como assim?
Assim que o motor foi desligado Emmet segurou-me delicadamente nas costas
caminhando em direção à embarcação. Quando estávamos próximos as luzes se
acenderam e eu arfei com a visão. Um belíssimo iate vermelho e branco estava parado à
nossa frente. Mas não foi o luxo e a beleza que me fizeram ficar boquiaberta. Um nó se
formou em minha garganta e tive que inspirar profundamente para não chorar na frente
dos rapazes. Bem à sua frente estava gravado o nome do iate: Bella.
Deus do céu... o que eu faria com Edward? Como pode ser tão durão e ao mesmo tempo
tão sensível?
A voz de Emmet me tirou dos devaneios.
– Vamos lá conferir tudo.
Comecei a andar com eles e Emmet parou, me olhando feio. Devolvi o olhar, erguendo
meu queixo.
– Eu já vim até aqui. Agora irei até o fim.
Embora eu tivesse a noção que aquilo tudo era ilegal, e pra ser sincera, eu não
concordava com essas atitudes, eu fiquei encantada com aquilo. Encantada com a forma
como eles agiam, tudo perfeitamente calculado sem deixar rastros. Trabalhavam
rapidamente e às vezes com um simples olhar eles se comunicavam. Em questão de
segundos eu peguei o jeito da coisa e até dava ordens, como se isso fosse novidade. À
certa altura eu ultrapassei os homens na verificação de tudo.
– Porra...
– Cuidado com o palavreado, Jacob.
– Não se preocupe, Emmet. Eu ouço isso do Edward o tempo todo.
–Sim, mas...
Eu interrompi o Emmet.
– Por que disse isso, Jacob?
– Você...caramba. Parece que tem anos de prática. Definitivamente você nasceu para
essa vida, Bella. Literalmente...de caso com a máfia.
Eu sorri, completamente satisfeita. Nasci para essa vida. Nasci para ser esposa de
Edward.
*************
Cheguei em casa às quatro e meia da manhã, completamente exausta. Tá...admito que
fui meio irresponsável. Mas a minha felicidade por ter entrado um pouco mais no
mundo de Edward era quase absurda.
Eu, Isabella Swan Cullen... uma mafiosa. Eu ri com esse pensamento, completamente
esparramada na banheira de hidromassagem. Agora me restava apenas pegar o verme do
meu irmão.
Quando voltei para o quarto encontrei Alice me olhando com reprovação, mas com uma
bandeja repleta de comida.
E acordei assustada com um som estranho. Custei a perceber que era meu celular que
tocava.Esfreguei meus olhos e olhei as horas: onze e trinta da manhã. Dormi muito
pouco para os meus padrões. Mas logo me esqueci desse detalhe ao ver quem me ligava:
Tânia.
– Tânia?
– Bella?
Ela falava muito baixo.
– Sim.
– O pato já está a caminho da lagoa.
– Excelente, Tânia. Estou indo agora.
Levantei-me apressada, joguei uma água no rosto e me troquei. Desci até a cozinha e
peguei uma fruta, suco e iogurte para ir comendo no caminho. Encontrei um bilhete da
Alice me informando que tinha saído com Jasper.
Fui procurar alguns dos seguranças e recrutei Demetri,Dan e Harry para irem comigo.
Acompanharam-me sem perguntar qualquer coisa.
Estava a caminho do apartamento de Tânia. Sabendo so seu interesse por ela, Tânia
convenceu Mike a se encontrarem escondido no apartamento dela. Será que ele não
percebia que Tânia era mulher demais pra ele? Isso eu tinha que admitir.
Fiz todo o percurso em silêncio, saboreando meu lanche. Somente quando estávamos na
porta do prédio de Tânia eu instrui meus seguranças.
Fiz sinal de silêncio e peguei a chave reserva que Tânia havia me dado. Era chegada a
hora de meu querido irmãozinho começar a sofrer.
************
Entrei sem fazer barulho algum e segui até o quarto. Os seguranças ficaram na sala.
Parei à porta e ouvi...apenas gemidos.
Empurrei a porta e vi Tânia deitada na cama, apenas de lingerie. A cara de nojo era
evidente. Mike estava sobre ela descendo beijos pelo seu corpo. Não ia me
demorar...Tânia ja sofreu demais.
Pigarreei.
A imagem de Edward ferido em meus braços surgiu em minha mente com uma clareza
impressionante. Aproximei-me e parei à sua frente.
–Vou cuidar de você enquanto ele...se recupera.
O ódio me cegou.Qualquer mulher mais classuda, teria dado um bofetão em seu rosto.
Mas eu só pensava em Edward. Afastei meu braço, um pouco dobrado e reunindo toda
raiva e medo de perder Edward,fechei minha mão e acertei-lhe um soco no rosto. Sua
cabeça girou e ao me olhar seu nariz sangrava.
–Bella...
Tânia levantou-se.
–Quieta ai,Tânia. Agora escute aqui seu desgraçado...
Peguei-o pelo pescoço. Eu sentia os seguranças atrás de mim, por isso Mike não reagia.
–Comece a rezar... mas não rezar pela sua vida. Essa você ja perdeu. Reze para Edward
sair dessa... porque se ele não sair, Mike... sua morte será mil vezes pior do que
imaginei.
–Bella, você...
–CALA A PORRA DA BOCA!Não faz idéia do que estou sofrendo,Mike. Mas se
conseguir imaginar...multiplique por mil...e terá a noção da sua própria dor.
Olhei para os seguranças.
–Façam o que combinamos.
Mike olhou-me em total desespero. Eu não me importei. Meu sangue fervia e eu só
pensava em aniquilar de vez aquele abutre.
Somente quando os seguranças o arrastaram porta afora, eu me sentei na
cama,tremendo.
Tânia ajoelhou-se à minha.
–Está tudo bem?
–Sim..comigo e com os bebês.
Só então eu chorei. Porque no fundo eu sabia que essa vingança era pouco pra mim.
Não me traria paz. As únicas coisas que me dariam paz eram meus filhos...e meu
marido.
Eu não acreditava em tudo o que estava acontecendo. Esse mundo estava mesmo de
cabeça virada. Onde é que o doido do meu irmão foi se meter? Que mulher maluca era
essa? E pior... que bando de bundões nós somos? Ela mandava e desmandava e nós
simplesmente obedecíamos. Ah... meu pai... Edward ia comer meu fígado. Podia dar
adeus à minha vida.
O engraçado era que a diaba levava mesmo jeito pra coisa. Era brava, topetuda... e forte.
Mas meu cérebro ainda não conseguia processar aquela cena. O vagabundo do Mike
amarrado à cama naquele quarto mal iluminado, cercado por três seguranças. E ao seu
lado... a toda poderosa Bella. Com uma toalha molhada nas mãos e batendo sem dó no
próprio irmão.
Nem tinha como fingir. Ela estava vingando meu irmão. Vingando o seu homem. Fiquei
um bom tempo olhando aquela criatura minúscula que logo após aquela tragédia se
mostrou gigante. Edward ficaria furioso... mas ao mesmo tempo orgulhoso. Ele gostava
de mulheres fortes, ousadas. Não era a toa que estava apaixonado por Bella. E nem
adiantava negar.
– Achou que iria escapar, não é, seu vagabundo? Iria atentar contra a vida do meu
marido e eu iria deixar barato?
– Bella... sou seu irmão.
– Cala a boca.
Desceu a toalha em suas pernas com uma força inacreditável, fazendo Mike berrar.
Graças ao céus, ultimamente ela vinha se cuidando mais. E me ouviu mais uma vez.
– Epa...
Não havia um único traço de emoção em seu rosto quando olhou para o irmão. Senti
pena dele. Edward precisava voltar logo, ou não iria sobrar Mike nem para os urubus.
Ultimamente eu ia com Bella sempre que ia visitar Edward. Ela voltava sempre tão
arrasada que achei melhor acompanhá-la sempre.
–Meu amor... onde você está, heim? Está fazendo tanta falta, Edward. Quando irá voltar
pra mim? Pra nós.
Suspirou profundamente e depois me chamou.
–Emmett?
–Sim?
Ela suspirou novamente, as mãos sobre as dele. Era uma cena triste de se ver. Vendo
Edward assim...tão imóvel, eu me perguntava se ele realmente voltaria um dia.
– Mike eu já peguei, Edward. E agora eu irei atrás de Don Matteo. Irei acabar com um
por um. Todos que ousaram machucar você. Eu amo você.
Segurei a porta para que ela passasse e nos afastamos. Billy já tinha ido pra casa então
não nos demoramos no hospital.
– Vê se descansa um pouco agora,Bella. Isso tudo não faz bem a você e nem aos bebês.
Voltamos pra casa e Alice subiu com Bella. Resolvi ir ver como Mike estava, mas o
toque do meu celular me impediu. Atendi sem ao menos olhar o visor.
– Emmet Cullen.
– Emmett? É o Billy.
– Algum problema?
Praticamente voei ate o hospital e quase atropelei Billy que saía do quarto de Edward.
– O que aconteceu?
Entrei no quarto e quase cai para trás ao ver Edward recostado na cama... e de olhos
bem abertos. E devo acrescentar: esses olhos me encaravam com fúria. Olhei para Billy,
assombrado.
– Esse homem é um demônio,Emmett. Nunca vi um caso assim. Ele acordou sem que
diminuíssemos a quantidade de medicamentos que estávamos administrando.
Aproximei-me da cama, mas antes que chegasse muito perto, Edward sibilou.
–Você ficou maluco? Perdeu o amor à vida? Era sua obrigação cuidar da Bella.
Eu nem ousei esconder qualquer coisa. Já estava ferrado mesmo. Na medida em que ia
falando os olhos de Edward se arregalavam e seu rosto ficava ainda mais pálido.
– Estão ótimos.
– Tudo bem.
– Emmett? Conte a ela. É melhor que ver logo que chegar aqui. A emoção...
Novamente disparei pelas ruas da cidade até a casa de Edward. Subi correndo até o
quarto e bati à porta.
– Bella?
– Entre, Emmett.
Ela provavelmente notou algo estranho em meu rosto. Sentou-se imediatamente na
cama, as mãos no peito.
– Edward...
Sorri.
Sorri e peguei-a pela mão.Eu sabia que Bella era apaixonada por Edward. Só não
imaginei que ela fez dele, a sua própria vida.
Bella POV
Meu dia tinha sido atribulado. Mas eu precisava extravasar toda minha raiva, todo meu
ódio pelo meu irmão. Ele iria sofrer... e sofrer muito. Eu o faria desejar estar nas mãos
de Edward. Ele com certeza o mataria rapidamente. Mas eu não. Eu queria ver o
sofrimento dele. O mesmo sofrimento que ele imputou à garota que estuprou e matou. O
mesmo que imputou a Edward e a mim.
Entretanto Emmett estava certo. Eu precisava descansar. Foi muita coisa para um dia só.
Meus bebês tinham que estar bem. Eu precisava controlar minhas emoções.
Mas como controlá-las agora, se meu coração parecia pertencer a uma bateria de escola
de samba?
Eu não conseguia acreditar no que o Emmett me dizia. Edward... meu Edward... meu
Todo Poderoso, meu marido, amor da minha vida estava de volta. E queria me ver.
Eu chorava feito um bebezinho nos braços do Emmett.Não sei se meu coração
suportaria tamanha emoção.
Ele riu e saiu do quarto. Troquei-me rapidamente e passei uma maquiagem leve.
Coloquei um vestido azul de alças finas e sai com o Emmett.
Alice tinha ido até a casa da Esme com Jasper. Pra mim já estavam planejando o
casamento.
Assim que paramos à porta do quarto eu tremia tanto que sentia até meus dentes
baterem.
–Hei...
Emmet apenas conferiu se havia mais alguém no quarto e fez sinal para que eu entrasse.
Assim que ultrapassei a barreira da porta, meus joelhos fraquejaram novamente. A porta
fechou-se silenciosamente atrás de mim.
Um soluço me escapou ao ver Edward recostado na cama, os olhos fixos em mim. E...
ele estava bravo. Merda... ele já sabia de tudo.
Fui andando devagar, mordendo meus lábios. Quando estava mais próxima, minha
emoção era tanta que levei minhas unhas à boca. Edward apenas me olhava ainda com
raiva.
– Edward...
Aproximei-me um pouco mais da cama. Com o braço que estava livre dos aparelhos
Edward enlaçou minha cintura e puxou-me para junto dele. Imediatamente sua boca
buscou a minha num beijo cheio de amor e saudade. Deslizei minhas mãos pelos seus
cabelos e mesmo beijando-o loucamente, não conseguia segurar minhas lágrimas.
Deslizei minhas mãos pelo seu rosto como se quisesse gravar cada pedaço do homem
perfeito à minha frente.
– Senti tanta falta disso.Acho que minha memória não é muito boa.
Puxou-me novamente deitando minha cabeça em seu peito. Senti seu coração disparado,
a respiração acelerada.
– E os bebês?
– Perfeitos.
– Edward...
– Bella...eu juro que só não vou te dar umas boas palmadas pura e simplesmente por
causa dos bebês. Onde já se viu? Você ficou maluca?
– Edward...
– E o pior de tudo é que meus irmãos são um bando de maricas. Como deixaram você
aprontar tanto em minha ausência? Bella... Bella... o que eu faço com você?
Novamente seu braço enlaçou minha cintura. Colou sua testa na minha, mas nossos
olhos estavam conectados.
Fechei meus olhos tentando absorver aquelas palavras. Da primeira vez em que ele disse
estava tão transtornado de dor que cheguei a pensar que ele não estava racionalizando
muito bem. Mas vendo-o hoje, parecendo relativamente bem, eu podia apreciar aquelas
palavras.
Solucei alto e nova cascata de lágrimas já transbordava. Eu odiava ser tão fraca, às
vezes.
– Bella...sei que demorei a dizer isso. E aquele não era o momento. Mas eu tive medo
sim, de morrer e você jamais ouvir de minha boca.
– Às vezes é bom ouvir isso. Mesmo que você já tenha demonstrado de outras formas.
– Eu sei. Só não queria parecer tão frágil. O amor nos deixa fracos, vulneráveis, Bella. E
eu não posso ser assim. Principalmente porque eu já sou completamente fraco quando se
trata de você. Eu sempre estive em suas mãos, você que é maluquinha demais pra
perceber isso.
– Por quê? Vai me dizer que é frágil e sensível agora? Não é o que ouvi. Sei que meus
homens estão loucos para que eu volte. O que andou aprontando, hã?
– N...nada.
– Bella...
– Que fosse o Emmet ou o Jasper, porra. Ou meu pai. Não você. Pelo menos tem se
vestido decentemente?
Eu ri disfarçadamente.
– Não.
– Bella, falando sério. Que loucura foi essa? Você não pensou nos bebês ao ir atrás do
Mike? Que merda...você poderia... estar morta agora.
Ele ficou um tempo me encarando. Um longo tempo. Mordi meus lábios, apreensiva,
esperando a fúria explodir. Mas ela não veio.
– Eu sempre soube que você era poderosa. Não foi por acaso que me apaixonei. Tenho
orgulho em tê-la como minha esposa.
A felicidade, orgulho e sei lá mais o que explodiram em mim. Abracei-o com força,
louca de amor, de saudades dele. Mas logo me afastei. Ele ainda deveria sentir dor.
– Estou. Mas essa dor é infinitamente menor se comparada à dor que senti quando
pensei que nunca mais veria você.
Aquele homem era incrível. Eu sabia que ele ainda estava fraco. Mas ainda emanava
força e poder. Principalmente o poder das palavras. Porque bastou dizer isso, e da forma
como disse, para meu corpo inteiro ser dominado pelas chamas.
– Edward...
Uma batida na porta me fez afastar rapidamente. Seus olhos estavam escuros, em
brasas, quase me engolindo.
– Merda.
Ele resmungou qualquer coisa que não entendi. Entretanto eu estava ligada na
enfermeira com um decote pronunciado que se curvava diante de Edward.
Peguei uma almofada e coloquei, por acaso, sobre o colo dele. Sabia como deveria estar
a situação lá e não ia permitir que aquela mulher pensasse que era por causa dos seus
seios enormes que quase pulavam para fora.
Cruzei meus braços sobre o peito ao ver Edward olhar fixamente para o decote da
mulher. Uma fúria tão grande me subiu e mesmo sabendo do seu estado, minha vontade
foi de estapear a cara de Edward. E a piranha estava fazendo de propósito. Já tinha
aferido a pressão duas vezes e quando ia para a terceira, eu impedi.
– Chega. Ou você é tão incompetente que precisa do dia inteiro para aferir essa merda
dessa pressão?
– Acho que está no lugar errado, então. Uma boate ou um puteiro seriam mais
adequados às suas atitudes.
– Agora saia daqui. E pode chamar outra para seu lugar. Ou as coisas ficarão feias por
aqui.
Ela saiu com o rabo entre as pernas. Olhei para Edward com ódio e ele sorria.
– Edward... não faça isso comigo. Se o Mike não conseguiu, eu consigo. Posso te matar
com minhas próprias mãos.
Com um único puxão, meu corpo foi para cima do dele, fazendo- o gemer... de dor.
Mesmo assim manteve seu braço em volta da minha cintura.
– Precisava ver minha poderosa em ação. Estava louco de saudade desse seu jeito.
Gosto de você meio dengosa, quase frágil. Mas amo você assim... atrevida.
– Fez de propósito?
– Já te falei que mulher nenhuma é páreo pra você, Bella. É única... e é minha.
Quase não esperei que ele terminasse de falar e invadi sua boca, minha língua buscando
urgentemente pela dele. Desci minha mão e senti seu pau latejando sob o lençol que
cobria seu corpo. Uma coisa era certa. Ou Edward voltava logo para casa ou a falta de
sexo com ele ia subir para meu cérebro e eu iria parar de funcionar de vez.
– Edward, deixe de ser mal educado. Terão muito tempo para matar as saudades depois
que eu tiver certeza que está realmente bem.
Levantei-me da cama para não atrapalhar. Billy riu ao notar o estado em que Edward se
encontrava.
Mas Edward permaneceu carrancudo. Olhava para Billy com raiva. Pensei que fosse
pela interrupção, mas me enganei.
– Estapafúrdia o cacete, Edward. Acha que eu iria colocar sua vida em risco?
– E o que fez? Colocou a da minha mulher em risco. Tem idéia do que essa louca andou
aprontando?
Fiquei a um canto apenas olhando a discussão dos dois. Eu nunca imaginei uma cena
assim num hospital.
–Eu fiquei sabendo. Jake me contou. Arrumou uma mulher porreta, heim?
– Pare de falar essas besteiras na frente dela. Ela está grávida, entendeu? Grá.vi.da.
– Edward... eu não duvido nada que qualquer dia desses irei atendê-lo cheio de
hematomas. Vai ser espancado pela Bella.
– Os únicos hematomas e arranhões que ela deixa em mim são conseqüência do que eu
iria fazer com ela se não tivesse entrado aqui.
Senti meu rosto pegar fogo. Como Edward podia falar uma coisa dessas com o Billy?
Na minha frente?
– Hanhã... nada de sexo, Edward. Tá pensando o que? É forte mas não é Deus. Aliás até
agora eu me pergunto como você saiu dessa de forma tão atrevida.
– Bella, eu te avisei que iríamos começar a diminuir as doses dos medicamentos para
tirá-lo do coma aos poucos. Nunca imaginei que esse louco iria acordar assim...do nada
e ainda botando banca.
– Você queria que eu fizesse o que? Ouvindo essa biruta falar que ia atrás do Don
Matteo? Fiquei desesperado. Eu... eu...
Ele falava com o Billy, mas seus olhos estavam fixos em mim.
–Bem... depois dessa só me resta terminar os exames que começamos mais cedo...e
mandá-lo sumir daqui.
–Cala a boca que eu sou o médico aqui. Você só obedece. Eu deixo a poderosa segurar
sua mão.
– Edward!
Entretanto eu não estava nem um pouco brava com ele. Jamais estaria. A felicidade que
eu sentia por vê-lo “vivo” novamente era tão intensa que eu tive medo que fosse apenas
um sonho. Tinha medo de acordar e ver que ele ainda permanecia com os olhos
fechados para mim. Fechei e abri meus olhos várias e em todas elas, eu encontrei seu
olhar fixo em mim.
Sim. Ele estava de volta. Falei muito baixo, mas Edward pareceu ouvir pois fez um
gesto com a cabeça, concordando com minhas palavras.
– Obrigada por isso, meu Deus. Por trazer meu marido de volta.
*****************
Não sei quanto tempo permaneci naquela poltrona esperando enquanto Billy fazia
exames em Edward em outra sala. Agora sim eu poderia me considerar plenamente
feliz. Meu marido de volta, meus filhos bem... finalmente livre daquela nuvem negra
que pairava sobre minha cabeça.
Sorri ao me lembrar das palavras de Edward. Quando soube que ele tinha acordado
sequer imaginei que ele voltaria tão apaixonado e ainda dizendo que me amava. Pensei
que voltaria o mesmo cavalo de sempre, e que diga-se de passagem, eu amava. Amava
tudo naquele homem. Todas as qualidades, todos os defeitos, até as pintas que eu
conhecia de cor no corpo perfeito.
Abri meus olhos ao ouvir a porta se abrir. Edward estava com um aspecto bem melhor.
Ainda cansado, mas mesmo assim impactante.
– Então Billy?
– Sabe...eu estava pensando. Essa vida de vocês deve ser uma queda de braço constante.
– Como assim?
Assim que ele saiu do quarto fui até a cama e coloquei a cabeça no ombro de Edward.
***********
Fui quase expulsa do hospital. Será que ninguém percebia que quase um mês era tempo
demais para uma mulher apaixonada ficar longe do seu homem? Caramba... eu sentia
tanta falta dele.
Mas fui obrigada e convencida por Edward a voltar pra casa. No dia seguinte, à tarde,
eu iria vê-lo novamente. Agora era rezar para que a noite passasse depressa.
– Bella?
– Conseguiu vê-lo?
– Pois eu acredito. O tanto que ele me xingou por não ter cuidado bem de você.
–Sim. Falou que era minha obrigação proteger você e não deixar que cometesse
loucuras. Falou...falou...falou.
– E você?
– Dei um abraço apertado nele e disse que nesse aspecto vocês eram bem parecidos.
Dois turrões atrevidos que pouco se lixavam para o que a gente diz.
– Ah... meu Deus. Será que Edward teve algum problema na cabeça?
– Deixa de ser idiota, Bella. Edward tem sentimentos, apesar de não parecer. E acho que
ver a morte de perto fez com que ele percebesse o quanto é bom dizer às pessoas o
quanto são importantes pra nós.
– Acho que tem razão. E nem posso reclamar também. Edward sabe ser carinhoso
quando quer.
– Pois é. Mas agora deixe-me fazer o que ele mandou. Vigiar você até que durma. E
durma muito. Nada de olheiras amanhã.
Sorri e fechei meus olhos. Mergulhei num sono gostoso, sem pesadelos, quase sem
sonhos. Eu digo quase porque Edward e nossos bebês estavam sempre presentes em
meus sonhos.
Quando acordei o sol já ia alto. Estava de frente para a varanda e via a manhã quase
chegando ao fim. Estava quase chegando a hora de ir ver meu amor novamente.
Mas de repente meu cérebro ficou alerta. Percebi uma presença em meu quarto. Girei
meu corpo e meu coração disparou no peito quase me fazendo enfartar.
Edward POV
Eu nunca entendi muito bem como funcionavam as coisas quando se está quase morto.
Eu não conseguia captar realmente o que se passava comigo. Sabia que estava num
hospital. E sabia também que estava numa espécie de coma induzido. Ouvi Billy falar
que iriam aplicar medicamentos para que meu estado não se agravasse. Mas eu estava
bem, não estava? Sei que fui operado. Sentia dores insuportáveis no peito, na barriga...
na cabeça.
Mas nenhuma delas se comparava à dor em meu coração. Dor por não ver o rosto lindo
que eu amava. Tentava a todo custo segurar sua imagem em minha mente, para que, se
eu me fosse, levasse-a comigo.
Mas eu não podia morrer agora, podia? Como dizem, todos temos uma missão aqui na
terra. Nunca acreditei nessa baboseira, mas agora eu precisava crer. Eu não tinha
cumprido minha missão, tinha? O que eu fiz nessa minha porra de vida até hoje, além de
matar e traficar? Nada. Que droga de missão eu tinha, então? A única coisa que eu tinha
em mente era que minha missão era amar Bella. Amar e protegê-la do imbecil do irmão.
Então...eu tinha que ficar. Além disso tinha meus filhos. Deus iria permitir que eu me
fosse sem ao menos conhecê-los? Não... era injusto.
Em meu estado mental deprimente eu rezei pela primeira vez em muitos anos. Eu tinha
que ficar bem. Minha família não estava completa. Eu não vivi minha vida de casado,
de marido apaixonado como eu deveria. Implorei a Deus que me deixasse voltar,
embora eu soubesse, não merecia isso. Já matei, torturei, fiz horrores. E sabia que se
continuasse a viver, eu voltaria a fazer isso.
Em certo momento eu não tive certeza se estava em coma, se estava realmente morto.
Até começar a ouvir a voz dela. Todos os dias ouvia sua voz sofrida dizendo que me
amava e me pedindo para voltar. E por que, merda, eu não reagia? Tentei por várias
vezes erguer meu braço e abraçá-la, mas nada. Só ouvia seu choro e o pedido
angustiado.
Deus...como eu amava essa mulher. O que eu tinha que fazer? Onde estava aquele que
intitularam O Poderoso? Eu não era ninguém. Pelo menos longe dela.
Por dias ou meses, sei lá, eu tentei reagir ao seu toque, à sua voz, mas nada. Até ouvir
aquele absurdo.
– Mike eu já peguei, Edward. E agora eu irei atrás de Don Matteo. Irei acabar com um
por um. Todos que ousaram machucar você. Eu amo você.
Desesperei. Ouvi o som da porta se fechando, mas não consegui reagir. Bella ia atrás de
Dom Matteo. Ele iria acabar com ela. Iria matar minha mulher e meus filhos.
– NÂO...
Eu berrei abrindo meus olhos, a pulsação disparando,fazendo com que o bip do aparelho
disparasse também. Respirei com dificuldade, como alguém que acabava de se afogar,
buscando oxigênio.
– NÃO...
– Nãoooo...porra...chamem o Emmett.
Não entendia muito bem o que faziam. Só sei que falavam sem parar, examinando-me
até Billy entrar e me olhar completamente incrédulo.
Com muito custo, algum asno filho da mãe fez o que pedi. E quando Emmett entrou no
quarto eu tive vontade de esganá-lo.
– O que você anda fazendo, hã? Por que Bella foi atrás do irmão? Vocês são frouxos ou
o que?
Quando Emmett começou a falar pensei que teria um AVC. Como assim, Bella assumiu
os negócios? Tudo bem que eu sabia que se eu deixasse ela faria isso. Mas...cacete...ela
está grávida. Eu quase ri quando Emmett me disse que os seguranças estavam
assombrados e até rezaram para que eu voltasse. Minha baixinha era fogo.
Mas depois a raiva me assaltou novamente. E assim fiquei até Emmet voltar com ela.
Quando a vi entrar com aquela carinha de santa me deu vontade de bater e bater muito.
Mas eu consegui enxergar além disso. Consegui ver o medo, apreensão e principalmente
felicidade em seus olhos. E eu estava a ponto de explodir também, só por poder ver seu
rosto novamente.
Não resisti e abracei-a, beijando –a quase com desespero. Meu amor por ela falava mais
alto que tudo nesse momento. E precisei dizer isso a ela ou acabaria me afogando em
meus próprios sentimentos.
Claro que tive que dar um pequeno sermão. Mas no fundo eu sentia um puta orgulho da
minha mulher. Mesmo carregando dois bebês, sofrendo, esmigalhada por dentro, ela
teve peito. Encarou mais de trinta homens e...putz...bateu no próprio irmão.
Ela era a Poderosa. A poderosa Cullen... a mulher da minha vida. Percebi nesse
momento, que minha história não teria sentido sem ela. Ela era minha história... minha
vida.
Só faltei implorar ao Billy para me deixar ir embora com ela. Eu precisava dormir
abraçado ao corpo dela, sentir seu calor a noite toda, como antes. Infelizmente não foi
possível e tive que deixá-la ir.
Entretanto na manhã seguinte eu quase matei o Billy do coração quando ele entrou no
quarto. Me encontrou de pé, já vestido, pronto para ir embora.
– Ai...meu Deus...pare com isso, homem. Você não vai a lugar nenhum. Onde estão as
enfermeiras?
– Expulsei todas daqui. Billy...eu irei embora agora...ou então eu enfio uma faca no meu
peito de uma vez, mas não ficarei mais nenhuma porra de um minuto nesse hospital.
– Tão dramático... olha...é por sua conta e risco. Você vai assinar pra mim...você me
coagiu.
Esperei com a paciência que eu não tinha, até Billy liberar tudo. Chamei um táxi e
mandei que seguisse até minha casa.
E nem acreditei quando parei nos jardins. Todos os meus seguranças a postos, de terno e
gravata naquele calor infernal. Um deles quase caiu pra trás ao me barrar na entrada.
– Obrigado.
Continuei olhando todos que mesmo me vendo não saíram de suas posições. Fui até
cada um deles e quase ri, ao ver o alívio com que me cumprimentavam. Estava
impressionado com Bella, admito.
– Ah...Cristo...Edward.
– Você voltou.
– Seu imbecil.
– Ninguém sabia, Jasper. E não se incomode. Não irei brigar por causa do sexo quase
explicito. Tenho outras preocupações agora. Onde está Bella?
Eram quase onze horas da manhã. Deixei o casal na sala e segui até meu quarto, sem
reparar muito em algumas mudanças na decoração.
Abri a porta lentamente e imediatamente a paz encheu meu corpo e minha alma. Bella
dormia feito um anjo, um meio sorriso nos lábios. Perdi a noção do tempo observando-a
até que abriu os olhos, olhando para a varanda. Depois de alguns segundos , como se
sentisse minha presença, ela se virou. Notei como sua respiração ficou alterada e seus
olhos se arregalaram.
– Edward?
Continuei parado, sem dizer palavra alguma. Fechou os olhos novamente e suspirou.
Ela abriu os olhos novamente, me encarando. Caminhei até ela. Bella se levantou
ficando de joelhos na cama, já começando a chorar.
Com duas passadas largas eu a alcancei erguendo seu corpo da cama, abraçando-a.
Eu não iria conseguir falar muita coisa. Por isso mesmo apenas devorei sua boca,
apertando seu corpo contra o meu, mesmo ainda um pouco dolorido. Minha língua
explorava cada canto de sua boca, quase engolindo-a por inteiro. Apertei minhas mãos
em seu corpo, queimando de desejo por ela.
Bella sorriu e entre lágrimas colocou suas mãos sobre as minhas ainda em seu ventre.
Gentilmente eu empurrei seu corpo de volta à cama, minha mão descendo até a barra da
camisola.
– Descansou bem?
– Muito bem.
Nesse momento nada disso me importava. O importante era viver o meu amor em toda
sua plenitude. Era viver o homem no qual Bella me transformou: um ser apaixonado.
Mais uma vez, com certeza pela força do nosso amor, eu venci. Dessa vez eu venci a
morte. E tudo por ela: minha Bella, minha poderosa. Dois poderosos juntos só podia
resultar num amor ainda mais poderoso. E eterno.
"O Amor...
Eu queria abraçar forte, apertá-lo feito uma camisa de força, agarrar todas as suas
partes. Minha boca buscava a dele com sofreguidão numa busca desesperada, querendo
matar minha saudade em poucos minutos. O que era humanamente impossível, já que o
simples fato de ficar um segundo longe de mim já me enchia de saudades... que dirá
quase um mês.
Edward por sua vez também me apertava em seus braços, a língua cálida enroscando na
minha e sugando logo depois. Novamente eu me agarrei aos cabelos dele, gemendo e
chorando ao mesmo tempo.
– Não...
– Calma princesa.
A voz dele estava ainda mais rouca. Eu bem conhecia esse sinal... sinal de quem não via
a hora de se enterrar em meu corpo. Em poucos segundos fiquei inteiramente nua à
frente dele.
Ele olhou e deu a volta na cama. Meu sexo latejava absurdamente fazendo-me arfar.
– Abra as pernas.
Era automático. Ele falava, eu obedecia. Mas eu não ia suportar isso. Estava a ponto de
avançar nele e fazê-lo penetrar logo meu corpo. Mas fiz o que ele queria. Deixei meus
pés apoiados no colchão, os joelhos dobrados e abri minhas pernas. Edward passou a
língua nos lábios e acariciou seu membro.
Ele continuava me olhando, seu olhar fechando-se em fenda, sua mão ainda
massageando seu membro.
– Está tão inchada e brilhante, Bella. Vejo seu tesão escorrendo tamanha é sua vontade
de se entregar a mim.
– Não faça isso. Não seja afoita. Logo eu estarei dentro de você, fodendo você do jeito
que você gosta.
Ele suspirou.
– Mas eu não me canso de olhar... e tentar entender como uma boceta tão pequena
comporta isso tudo dentro dela...
– Edward... pelo amor de Deus... não me faça gozar sem você dentro de mim.
– Mesmo porque... eu não irei durar muito tempo dentro de você...assim que essa boceta
esmagar meu pau eu irei jorrar porra dentro de você.
Meu corpo estava em chamas e eu quase gritava. Meu músculo latejava tanto que
chegava a doer.
Quando pensei que Edward fosse se deitar comigo, ele sentou-se a beira da cama e me
olhou sobre o ombro.
Epa... era comigo mesmo. Um pulo e eu estava à sua frente. Edward me segurou pela
bunda e sua língua se enterrou em meu sexo, fazendo-me gritar agarrada aos seus
cabelos. Sua língua me devastava de forma magistral, circulando meu clitóris e voltando
a se enfiar dentro de mim. Com as mãos ainda em minha bunda ele mexia meu corpo
fazendo-me rebolar em sua boca... eu estava prestes a gozar quando praticamente
implorei.
Que Deus o conservasse assim... menos carrasco. Edward me soltou e afastou um pouco
seu corpo olhando-me nos olhos.
– Sempre deliciosa... venha.
Ele também mordeu seus lábios, remexendo seus quadris e estreitando mais uma vez
seus olhos. E fez isso de uma forma tão fodidamente sexy que eu me descontrolei. Desci
meu corpo de uma só vez, seu membro enterrando fundo em mim, fazendo com que
gritássemos juntos.
Edward abraçou meu corpo, como eu gostava. Seus braços pareciam estar em todos os
lugares. Sua boca engoliu meu seio enquanto eu subia e descia rebolando nele. Edward
gemia incontrolavelmente e erguia seus quadris aumentando a potência de suas
estocadas.
– Edward... eu...
So entendi o que ele quis dizer quando ergueu meu corpo e me colocou deitada na cama
novamente. Deitou-se sobre mim, voltando a me penetrar e erguendo minha perna até
seu ombro.
– Ah... Deus...
– Está machucando?
Edward segurou minha coxa com força, estocando mais rápida, fazendo minha
respiração sair aos arquejos. Plantei meu pé livre sobre o colchão impulsionando mais
meus quadris e apertando a bunda dele contra mim. Ele rebolou e estocou mais fundo.
Mordi seu ombro com força e segurei-o pela bunda, agora com as duas mãos.
Conscientemente eu contrai os músculos do meu sexo, fazendo Edward literalmente
rosnar.
Enterrei meu rosto em seu peito, mordendo-o em várias partes, minhas unhas
enterrando-se na bunda musculosa. Edward virou o rosto e mordeu minha coxa
aumentando suas investidas. Eu gritei e minhas paredes se fecharam em seu membro.
Edward gritou também no momento em que meu gozo se misturava ao dele.
– Porra...
Ele continuava estocando, gemendo meu nome. Eu não tinha forças, minha boca
permanecia colada em seu ombro, mordendo. Edward puxou-me pelos cabelos
invadindo minha boca e sem parar de investir dentro de mim. Meu corpo tremia
consideravelmente e aos poucos Edward foi parando seus movimentos, a boca macia
movendo-se com a minha mais suavemente.
– Mentirosa.
– Eu não podia é ficar sem isso, Bella. Tanto tempo sem tocar você... é pra me deixar
maluco.
– Mais do que já, não é? Que historia é essa de sair antes do dia?
– E você pode falar alguma? Dois bebês na barriga e sai distribuindo porrada por ai.
– Vi.
– E o que achou?
– E?
– Sei lá... diga que sou boa de serviço. Que mandei bem...
Com as duas mãos em minha cintura ele girou meu corpo, deixando-me de bruços.
Deitou-se sobre mim e colou sua boca em meu ouvido, seu membro já abrindo espaço
dentro do meu corpo.
Sorri feliz deixando meu corpo à mercê daquele homem que se tornou a razão da minha
loucura e ao mesmo tempo o motivo para eu respirar. Uma coisa era fato... Se Edward
se fosse... eu não sobreviveria também, pelo menos não completamente.
************
Abri meus olhos e olhei ao meu lado: vazio. Merda. Já ia começar? Sentei-me na cama e
um sorriso se abriu ao ver a pequena mesa posta. Levantei-me e fui ver do que se
tratava.
– Seu almoço-jantar.
Eu dei um pulo.
– Porra, Edward.
– Claro que não, Bella. A maior parte você passou sendo comida.
Deus... bastava ele falar qualquer coisa com conotação sexual e eu estremecia.
– Agora sente-se e coma. Não pode ficar tanto tempo sem se alimentar. Cansei de dizer
isso.
–Eu também.
Desisto. Sentei-me e me servi sob o olhar atento dele. Estava de banho tomado, usando
apenas um jeans e sapatos. Comi sem tirar meus olhos do peito másculo.
Só então eu me lembrei de uma coisa. Levantei-me e pulei nos braços dele, beijando seu
rosto, sua boca.
Fechei a cara pra ele, mas continuei comendo. E pra dizer eu estava bem feliz. Sou
muito bipolar, so pode. Não sei do que gosto mais. Adoro quando Edward está todo
dengoso e carinhoso. Mas confesso que esse jeito rude e mandão dele me deixa sem ar...
e molhada.
Ah... vou assumir. Ele é gostoso de todas as formas possíveis e imagináveis. E é meu.
Isso é o melhor de tudo.
Mas eu estava muito curiosa para saber o que ele tinha que resolver. Pelo jeito não iria
falar mesmo. Terminei minha refeição e tomei um banho. Meu corpo ainda mostrava as
marcas das mãos de Edward. Quantas vezes eu gozei hoje? Nem sei. O importante é:
ainda não estou satisfeita.
Por isso mesmo me troquei e sai atrás de Edward. Absurdo. Fiquei tempo demais longe
dele. Queria-o de volta à minha cama já. Meu desejo era intenso... e urgente.
“O prazer que mais deleita é o que provém da satisfação de uma necessidade mais
incômoda e urgente.” (Marques de Maricá)
Edward POV
Eu sabia que ainda não era chegada a hora de morrer. Onde já se viu? Partir e deixar
toda aquela gostosura para qualquer vagabundo? Não. Bella nasceu para ser mulher de
um poderoso. Nasceu para ser minha. Não estou podendo morrer agora. Deus teve uma
idéia de jerico ao me colocar nessa situação.
Vesti um roupão e fui ate a cozinha. A casa estava em silêncio. Peguei algumas coisas
para Bella se alimentar. Passou o dia inteiro na cama comigo. Irresponsável.
Suspirei ao entrar no banho. Estive horas dentro do corpo dela, transando loucamente
com ela e ainda assim não estava satisfeito. Sai da cama pura e simplesmente para não
deixá-la esfolada de tanto meter meu pau em seu corpo.
Eu gemi sob a ducha ao me lembrar da gostosura que era sentir sua carne à minha volta,
me esmagando, levando-me à loucura. Era tentação demais para um homem só.
Merda. Bater punheta já era demais. Eu queria desaguar meu prazer dentro dela.
Com dificuldade consegui me conter e tomar um banho decente. E obriguei Bella a
comer. Mas a diaba gostava de me provocar. Enquanto comia, ela me olhava, a boca
sexy se movendo quase me levando ao delírio.
Mas o que me espantou foi seu rompante ao pular em meus braços e me beijar. Tudo
por causa do iate que levava seu nome. Tão bobinha. Até parece que não sabia que tudo
em minha vida dizia respeito a ela.
*************
Eu quase ri ao ver todos os seguranças usando terno e gravata e me olhando com cara de
alívio.
– Sim, senhor.
– Bem... vejo que minha esposa fez algumas mudanças por aqui.
– Sim. Agora todos temos nossa posição fixa. E temos que nos vestir assim.
– Aparentemente sim.
– Então não vejo porque mudar. Continuarão assim... e sob a supervisão da Bella.
Percebi claramente alguns se retesarem. Mas a surpresa era evidente em todos eles.
– Como dizem por ai: Não se mexe em que time que está ganhando.
Saíram todos em silêncio. Eu ri assim que a porta se fechou. Com certeza eles não
esperavam por isso. E pra ser sincero... nem eu. Fiz totalmente o oposto do que
planejava. Sabe-se La porque.
Agora era a parte chata e que eu queria evitar. Falar com o ordinário do Mike.
Sai e dei a volta na casa subindo até o quarto mais afastado onde ele estava. Mas eu não
iria fazer nada com ele. Não hoje.
Devo admitir que jamais imaginei aquela cena. Ao abrir a porta Mike estava deitado de
bruços na cama, amarrado e apenas de cueca. Seu corpo inteiro tinha vergões,
provavelmente resultantes da surra que levou. Dois seguranças estavam no quarto.
– senhor Cullen...
– Boa noite.
Ele ergueu imediatamente a cabeça ao ouvir meu nome. Quantas surpresas eu ainda
teria? A cara dele ao me ver foi de... alivio?
– Edward...
–Eu faço tudo o que quiser... mas deixe essa louca longe de mim.
– A única coisa que quero de você é o serviço completo a serviço de Don Matteo. Tudo
e se esconder alguma coisa... seu fim será infinitamente pior do que imagina.
Levantei-me novamente.
– Emmett estará aqui em breve para ouvir tudo o que tem a contar. E não ouse me
contrariar, Mike.
– Eu? Nada.
– Como?
Olhei pra ele e depois meu olhar parou em Bella. Ela arfava e seus olhos eram
suplicantes. Toquei sua bochecha, mas minha vontade era beijá-la ate deixá-la sem
fôlego. Somente uma mulher muito forte e loucamente apaixonada seria capaz de fazer
aquilo com o próprio irmão.
Ele sabia muito bem que o ódio de Bella nesse momento era infinitamente maior que o
meu. Eu sempre ouvi dizer que as mulheres eram mais cruéis na vingança. Nunca
imaginei que isso era verdade. Comprovei isso agora.
– Edward?
Passei minha língua em seu pescoço e mordi o lóbulo da sua orelha antes de sussurrar.
– Foder você.
Suas pernas fraquejaram e eu peguei-a em meus braços. Ela sorriu e apoiou a cabeça em
meu peito.
Não nos interessava quem era o poderoso. Quem mandava. Não era isso que queríamos.
Isso era apenas uma conseqüência da nossa força. A única coisa que nos interessava e
isso estava mais do que evidente... era o amor que nos unia.
"Onde reina o amor, não há vontade de poder, e onde domina o poder, falta o amor.
Um é a sombra do outro."( Carl Gustav Jung )
Beijos
Ely
Mas eu ainda não tinha matado toda a minha saudade. Edward havia voltado para casa
ontem... pouco tempo para quem ficou quase um mês fora. Meus sentidos foram
alertados pelo cheiro. Eu estava ficando boa nisso. Abri meus olhos e o vi parado,
acabando de vestir a camisa. Os cabelos ainda molhados brilhavam feito pequenos
diamantes.
Provavelmente sentindo que era observado, ele se virou e encontrou meu olhar.
– Bom dia.
– Bom dia, Edward.
–Precisa se levantar e comer alguma coisa. Já falei que está relapsa demais com sua
alimentação, Bella. Aliás...já liguei para Rosalie. Hoje a tarde iremos lá.
– Mas ainda não está na época.
– Eu sei. Mas vocÊ passou por muita coisa nos últimos dias. É melhor dar uma olhada.
– Mas precisa acordar tão cedo?
–Cedo, Bella? Já são dez da manhã.
Abri a boca, mais revoltada que tudo. Fiquei esse tempo todo na cama com Edward e
fiquei dormindo? Quer perda de tempo. Edward entretanto, olhava-me debochadamente.
– Precisa dormir bem também. Mas agora é melhor se levantar. Temos visita.
– Visita? Quem é?
Ele fez cara de poucos amigos.
– Meus pais.
Eu ri alto. Provavelmente teriam vindo dar uma bronca nele por ter saído daquele jeito
do hospital. Não que isso fosse fazer alguma diferença. Edward nunca teve medo de
cara feia. Pelo contrário, parecia que ele se divertia com isso.
Levantei-me da cama e minhas pernas bambearam ao ver seu olhar em chamas pelo
meu corpo nu. Dessa vez seus olhos concentraram –se em meu ventre, já modificado
pela gravidez.
Não teceu nenhum comentário, mas o brilho em seus olhos entregava sua emoção pelos
bebês.
– Está grávida, Bella. Nada de gorda aqui. Vista algo mais solto...
Ele foi até o closet e voltou com um vestido claro e florido nas mãos.
– Você fica perfeita nele.
Olhei pra ele desconfiada. Talvez ele estivesse apenas tentando fazer com que eu não
me demorasse tanto. Obviamente ele percebeu.
Segurei meu riso.Podia até ser loucura, mas eu amava essas mudanças de humor dele.
Era um charme à parte. E seus rompantes de carinho então? Mais uma vez ele me pegou
completamente de surpresa ao pegar a escova e pentear meus cabelos. Estava
posicionado atrás de mim, que fiquei estática.
– Amo esses cabelos.
Engoli em seco encarando seus olhos pelo espelho. Como era possível alguém amar
tanto uma pessoa que chegava a ponto de se esquecer de si mesma? Era exatamente isso
o que acontecia comigo.
****************
Desci de mãos dadas com Edward até a sala, onde meus sogros já nos esperavam. Esme
estava sentada ao lado de Alice e tinha uma expressão preocupada.Carlisle estava de pé,
os braços cruzados sobre o peito, uma expressão indecifrável no rosto bonito.
– Bom dia.
Falei alegremente tentando amenizar o clima que ameaçava ficar pesado.
– Bom dia, querida.
Esme se levantou e veio me abraçar.
–Nossa...mas já da pra perceber o volume. E você está cada dia mais linda.
– Obrigada.
Depois olhei para o meu sogro.
– Como vai, Carlisle?
– Poderia estar melhor, não é, Bella?
Mas depois sua expressão suavizou-se ao perguntar pelos bebês. Edward abraçava a
mãe que apalpava todo seu corpo como se quisesse confirmar se ele estava realmente
bem.
– Que idéia maluca foi essa, meu filho? Como pode sair do hospital contrariando as
ordens do Billy? Arriscando sua saúde e quase me matando de susto?
–Eu estou bem, mãe. Não há motivos para se preocupar comigo.
–Está bem? E desde quando é formado em medicina?
–Mãe...eu precisava ver Bella ou iria enlouquecer.
Surpresa para todo mundo. Jamais esperei que Edward assumisse isso, assim na frente
de todos.
–Ah, filho. Eu entendo você. Mesmo assim poderia...
– Poderia, mas não esperei, mãe. E estou ótimo.
Esme por fim, sorriu. Não iria adiantar discutir com ele.
Os dois riram alto novamente. Não tinha como não se apaixonar por essa família.
Sentamo-nos todos. Edward é claro, puxou-me para bem perto dele.
– Pai, é claro que já sabe sobre Alice e Jasper.
Alice ficou vermelha. Ela não era tão topetuda com Carlisle quanto era com Edward.
–Sim...Jasper conversou comigo. Por que? Você desaprova?
– De forma alguma. Só acho que eles devem... sei lá...se querem mesmo ficar juntos,
Jasper tem condições de começar a formar uma família.
– Mas não é muito cedo pra isso?
– Claro que não. Eu já tinha notado isso há tempos. Desde quando eu trouxe Alice para
junto da nossa família.
Alice abriu a boca, encarando Edward.
Passamos o resto da manhã conversando. Depois almoçamos juntos. Alice parecia bem
entusiasmada com a possibilidade de se casar com Jasper. Falava sem parar.
– Aliás, Alice...quando eu voltar quero te entregar uma coisa. Um presente.
Os olhos dela brilharem.
– Presente? Pra mim?
–Sim, por que não? Você merece.
Olhei pra Alice e ela também parecia confusa. O que poderia ser? Um presente assim,
de repente, vindo do nada? Mas não estendi o assunto. Sabia que ele não me diria nada
além disso.
– Alice, irá conosco à clinica?
– Não irei, Bella. Sei como Edward está nervoso com isso. Acho que esse momento é de
vocês.
– Ainda bem que o desconfiômetro está ligado hoje.
Gargalhamos com as palavras de Edward.
**********
Às treze e trinta meus sogros foram embora. Sai com Edward e fomos para a clínica.
– Está se sentindo bem?
– Perfeitamente, Edward. Não se preocupe.
A porta do consultório se abriu e a loira deslumbrante apareceu.
– Olá...vamos entrar?
Edward esperou que eu entrasse e entrou logo em seguida.
– Como vai, senhor Cullen? Que susto deu em sua mulher, heim?
– Deus sabe como eu queria evitar qualquer coisa desse tipo...nada de perturbações.
Rosalie riu,compreensiva.
– Bella é forte. Confesso que também fiquei apreensiva quando a vi desesperada por sua
causa. Mas logo em seguida ela reergueu-se. Parecia uma leoa.
O sorriso de orgulho que Edward deu era melhor que qualquer presente ou declaração,
sem duvida nenhuma.
– Vamos ao exame? Tem se sentido bem?
– Perfeitamente bem, Rose. Acho que nunca estive tão bem.
Ela pegou meu cartão de pré natal e fez algumas anotações logo após checar minha
pressão. Depois fui até o banheiro vestir a camisola horrorosa.
–Deite-se ali, por favor.
Edward me ajudou como um verdadeiro marido atencioso. Desses comuns demais que
se encontra por ai.
Rose passou a mão pela minha perna, apertando com o polegar. Apertou também meus
pés, tudo sob o olhar atento de Edward.
– Nada de inchaço... maravilhoso. Está com quatro meses e meio, Bella. Sabe que já
conseguimos ver o sexo dos bebês?
Falou enquanto apalpava minha barriga, sobre o pequeno volume.
– Tente acompanhar o que irei mostrar, senhor cullen. É meio complicado por ainda
serem novinhos, mas com sorte conseguirá ver.
Instintivamente levei minha mão até Edward e segurei-a. Ele me olhou com extrema
ternura ao ouvirmos o coração de um dos bebês.
– Nossa...é assim mesmo, Rose? Tão rápido?
– É exatamente assim ,Bella. Esse tem uma saúde de ferro...
Esperou um pouco e em seguida encontrou o outro bebÊ.
Meu coração batia absurdamente alto, pelo menos eu imaginava que sim. A felicidade
em saber que ali estava uma garotinha saudável era imensa. E melhor ainda...ver como
Edward ficou emocionado. Era visível sua satisfação por saber que teríamos uma
garotinha.
– Perfeita...realmente o senhor Cullen tem razão. Deve ter puxado a mãe. Não pára
quieta.
– Puxou aos dois. O pai também não fica atrás.
Rose riu e continuou observando.
– Esse está tão quietinho. Parece que está dormindo. Vou continuar tentando, quem sabe
ele se mexe.
Edward acariciou minha mão com o polegar e desviei meu olhar para ele. Fui
presenteada com um daqueles sorrisos que me tiravam o fôlego.
–Opa...está começando a se mexer...
Vi claramente o bebê se mexer...queria tanto sentir, mas eu apenas via.
–Ah...olha aqui. Esse está bem perceptível, pelo menos pra mim. Vejam se conseguem
descobrir o que é.
Eu continuei olhando. Puff... nada. Não conseguia distinguir nada, embora ela tivesse
colocado o cursor sobre o sexo dele. Fiquei surpresa ao ouvir Edward arfar e sorrir mais
uma vez.
– É um garotão...
Rose sorriu.
– Isso ai...um garotão. Parabéns...terão um casal.
Inevitavelmente, chorei. Não quero dizer que eu tinha alguma preferência sobre o sexo
dos bebês. Mas um casal seria perfeito pra nós dois. E fomos agraciados com isso.
Depois de fazer todas as anotações e marcar meu retorno, Rose se despediu de nós dois.
Saímos de mãos dadas e vi, com satisfação, as pessoas se virarem para nos olhar. Tive
que admitir que formávamos um casal bonito.
– Agora vamos ao seu presente.
– Estou curiosa, Edward. Por que presente? Nem é meu aniversário...
– E precisa ser aniversário para eu presentear minha esposa? Além do mais ...esse é seu
presente de casamento.
– Nenhuma dica?
Ele riu.
– não.
O jeito era esperar. Conhecia Edward muito bem e sabia quando não adiantava usar
táticas para fazê-lo falar. Ele pegou minha mão sobre meu colo e levou-a aos lábios.
– Um casal...nossos anjinhos.
–Lindo, não é? Juro que não esperava por isso.
– Eu também não. Como já te falei...eu nunca me importei com o sexo. Mas confesso
que será muito interessante ter um casal.
– Estou louca pra ver a carinha deles.
– Você viu minha princesa? É tão maluquinha quanto você. Vai dar trabalho. Mas o
garotão é tranqüilo...feito o pai.
Eu ri alto. Na verdade gargalhei com a cara de pau dele.
Continuei rindo da falsidade dele. Alias, hoje eu conseguiria rir por qualquer coisa. Ver
meus filhos fortes e saudáveis e ver a felicidade estampada no rosto do pai...era
realmente para fazer qualquer um sorrir. Até mesmo quem estava de fora conseguiria
ver como estávamos felizes.
Acabei me distraindo, tentando imaginar como eles seriam. A garota se pareceria
comigo? Ou com Edward? E o garoto? Um mini Edward? A copia fiel dele? Seria
demais pra mim...dois Edward’s em minha vida.
Eu ri, mas em seguida fiquei atônita. Fiquei tão distraída que não percebi o caminho que
Edward seguia. Agora eu via claramente...estávamos indo em direção à minha antiga
casa. Onde pensei que fosse feliz ao lado do meu pai e do meu irmão.
Minhas mãos suavam tanto que passei-a pelo meu vestido. Entretanto ele parou em
frente a uma casa completamente diferente. Quer dizer...o estilo e o lugar onde estava
localizada eram os mesmos...mas ela estava diferente. Poderia realmente ser chamada
de uma mansão agora. Não que antes fosse uma coisa caindo aos pedaços, mas estava
precisando de alguns reparos.
– Edward...
– O que foi?
Ele falou com fingida inocência enquanto estacionava o carro e descia para abrir a porta
pra mim.
– Eu não acredito.
– Não acredita em que?
Ele perguntou abraçando-me por trás enquanto eu observava a fachada da casa.
Virei-me para Edward que estendia a chave para mim. Quando estendi minha mão para
pegá-la, Edward puxou-me para ele, abraçando minha cintura. Sua boca buscou a minha
e foi imediatamente correspondido. Enlacei-o pelo pescoço e me coloquei na ponta dos
pés. Edward ergueu-me um pouco do chão, acabando com minha dificuldade.
– Vamos lá...quero ver se vai gostar.
Subi as escadas, com o coração batendo a mil. Destranquei a porta e meus olhos
encheram-se de lágrimas ao ver a beleza de tudo. Do piso de mármore escuro até os
moveis luxuosos...
Era tudo de extremo bom gosto.
Edward me puxou pela mão e saímos novamente para a entrada da casa. Caminhou até a
garagem e deduzi o que seria. Minhas pernas fraquejaram.
Edward acionou o portão que ergueu-se. Prendi a respiração ao ver a magnífica Ferrari
vermelha reluzente.
– Meu Deus...
–Acho que está à sua altura.
Ainda boquiaberta, dei a volta ao lado do carro, passando minha mão sobre ele.
– Edward...Deus...é lindo.Você...você é louco.
–Fiz de propósito. Assim os homens, como tolos que são, irão olhar para o carro e
esquecer de você.
Olhei pra ele e balancei a cabeça, sem acreditar nele, obviamente.
– Quantos quilos de blindagem tem aqui?
– Melhor não saber.
Minha boca abriu-se ainda mais quando a porta do carro abriu-se para cima e pude ver
seu interior luxuoso em vermelho e preto.
Voltei para perto de Edward e abracei-o pela cintura.
–São apenas coisas materiais, Bella. Não é dessa forma que quero mostrar o que sinto
por você.
– Você já me mostrou, Edward. De várias formas. Não só por ter dito que me ama, mas
por ter confiado em mim, por ter voltado pra mim por pura preocupação.
– Eu sei. Mas isso não é nem um décimo do que sinto. Bella...se eu tiver que atravessar
o mundo por você, eu farei. A distância será pouca se o destino for você.
Ele riu levemente antes de me beijar. Entreguei-me ao beijo sem reservas. Edward
nunca foi tão Poderoso como agora. Somente um Homem, no verdadeiro sentido da
palavra seria capaz de fazer isso. Demonstrar seu amor, sua fragilidade diante de uma
mulher e expressar tão bem em palavras. Não tinha medo ou vergonha de mostrar seu
lado apaixonado. Esse sim, era o verdadeiro Homem Poderoso.
http://midia.iplay.com.br/Imagens/Fotos/002864.jpg
http://www.car-list.com/newcars/2006/image/2006_ferrari_f430_interior.jpg
Segundo...esse foi o último capitulo do nosso Poderoso meigo, sensível. Como diria o
Carlisle, agora ele volta à sua cavalice.
Meu abraço todo especial àquelas que recomendaram a fic com palavras tão fantásticas.
À todas que contribuem com seus reviews (3819 comentários o.O) sem esperar retorno,
um beijo muito mais que especial.
Como eu ja disse..vocês fazem a Fic.
Hasta...
Edward POV
Acho que já suportei tudo o que um coração humano e meloso era capaz de suportar.
Embora eu vivesse um momento perfeito em minha vida pessoal, não poderia me
esquecer que a profissional cobrava minha presença.
Está certo que deixei meus seguranças e o patife do Mike aos cuidados de Bella, e pra
ser sincero, até hoje não sei onde estava com a porra da cabeça quando fiz isso. Mas já
passou. Não sou homem de voltar atrás em minhas palavras. O jeito era cuidar para que
aquela maluca não aprontasse muito. Definitivamente, as vezes ela não usava a cabeça.
Agia com o coração e isso não era bom.
Vesti meu terno sem desviar meu olhar dela nem por um segundo. Dormia feito um
anjo. A barriga proeminente totalmente à vista,devido ao corpo nu. Pegou mania de
dormir nua. tinha certeza que era para me provocar.
E conseguia. Estava terrivelmente mais linda e mais gostosa. Sorri ao me lembrar de sua
ultima consulta ha duas semanas. Saber que teríamos um casal de bebês foi para acabar
de vez com o pouco de sanidade que ainda me restava.
Desde então começaram as reformas para o quarto deles. Alice e minha mãe ajudavam.
Eu dei carta branca, mas não dava palpites. Não tinha jeito para essas coisas. Pelo
menos Bella ficava com a mente ocupada e esquecia um pouco essa idéia de querer
mandar nos seguranças e no Mike. Quer dizer..eu pensei que seria assim. Mas a danada
dava conta de tudo. Sabia exatamente quando um dos seguranças falhava em alguma
coisa e o pior... os castigos do Mike.
O peito dele estava muito vermelho e sem pelos. Mike não era assim. Bella me disse
que tinha feito uma depilação nele...com cera quente. E agora retirava os pelos
encravados com uma pinça.
Sai do quarto sem ao menos dar um beijo nela. Iria acordar com certeza.
Ainda não eram seis da manhã quando entrei no galpão. Meus homens já estavam lá,
obviamente.
– Que porra foi aquela? Alguém pode me dizer o que houve? E já antecipo que não
aceito as explicações que os incompetentes costumam dar.
– E desde quando eu pago vocês para serem desprevenidos? Vocês sabem o valor
daquela merda toda? Um contrabando de diamantes e vocês permitem que seja
roubado?
– Mas, chefe...
– Mas chefe o caralho. Eu não trabalho com imprevistos. vocês têm que pensar em tudo.
Absolutamente tudo. Eu não posso me afastar um minuto e logo vem merda?
Nenhuma resposta.
Suspirei, passando minhas mãos pelos cabelos. Eu conhecia aquela região muito bem. E
sabia também como aqueles que se intitulavam piratas agiam. E eu iria atrás deles. E
pegaria minha carga de volta.
Pensei rapidamente...dois dias seriam suficientes. Dois dias longe de Bella, dos meus
bebês...Acho que eu sobreviveria.
– Mas,Edward...eu e Alice...
– Sua vida particular não me interessa, Jasper. Não nesse momento. É por ficarem
pensando nos rabos de saia que ficam fazendo merda por ai.
– E como agiremos?
– Três.
– Vocês sabiam no que estavam se metendo quando quiseram trabalhar pra mim. Matar
ou morrer...dar a vida se preciso. Se alguém aqui for um covarde....é melhor parar por
aqui.
Voltei pra casa irritadíssimo. Eu odiava amadorismo. O que deu na porra da cabeça
desses homens para serem passados para trás assim? E pior...por três....TRÊS imbecis
que se diziam piratas dos mares.
–ARGHHHHHHH....MERDA.
Agora teria que me ausentar por dois dias... isso me incomodava profundamente. Pelo
menos a segurança da casa estava impecável.A Ferrari não estava à vista,então
provavelmente Bella tinha ido às compras para os bebês.
Estacionei meu carro e subi direto para o quarto do traste. Ainda tinha muito a falar com
ele. O que disse ao Emmett estava muito aquém do que ele sabia. Eu queria muito mais,
antes de dar a Bella a oportunidade de fazer o que ela queria: acabar com a vida dele.
Pensei que com o passar do tempo seu desejo de vingança fosse diminuindo, mas não.
Parecia aumentar a cada vez que ela olhava para a cara do maldito.
Como sempre acontecia, Mike ergueu a cabeça quando a porta foi aberta. Ele ainda
ficava aliviado toda vez que me via. Definitivamente seu pavor era Bella.
Eu ri alto, mas por dentro meu estômago revirava. Sinceramente essa idéia de foder
outro homem me enojava ao extremo. Mas... tem gente que gosta, fazer o que?
Sentei-me à sua frente. Seus pulsos, bem como seus tornozelos estavam machucados.
–Eu estive pensando...em unir-me à Bella quando ela for castigá-lo. Acho que
formamos uma dupla e tanto.
–Bem...Dom Matteo odeia você porque ele quer comandar todo o contrabando além do
tráfico de menores para prostituição. E ele sabe que você sendo contra isso...pode se
aliar à polícia. Assim livraria sua cara duas vezes: posava de bom moço para a polícia e
ficava livre dele.Mas o ódio dele ficou ainda mais forte e insano quando você pegou a
Victoria. Dom Matteo e ela... eram amantes.
–Pois bem...ela sempre foi uma vadia. Quando você não estava ela ia até lá e ficava com
ele. Às vezes participava das surubas que ele promovia com as menores.Mas ainda
assim ela se recusava a abandonar você. Sabia que se ela se fosse por iniciativa sua, ela
ficaria bem de vida.Então assim que saiu, ela voltou para Dom Matteo. Está ajudando-o
no tráfico das menores.
– E onde Bella entra nessa história? Por que ao que me consta...você queria pegá-la
naquela noite e não a mim.
–Sim,é verdade. Dom Matteo além de se vingar de você, queria se vingar de Victoria.
Queria...er... transar com Bella na frente da Victoria, além de filmar tudo.
Senti minhas narinas dilatarem de puro ódio. Primeiro de Dom Matteo por ousar querer
tocar em Bella. Segundo... de mim mesmo por confiar na vagabunda da Victoria. Por
quanto tempo fui corno?
E como aquele vagabundo teve a coragem de quase entregar a irmã para um homem
asqueroso daquele?
–Mike...você sabe que merece tudo o que a Bella está fazendo não é? Como pode pensar
em fazer isso com ela? Tudo isso por causa de dinheiro? De drogas?
–Também. Eu devia muito dinheiro a ele.E ele me prometeu... prometeu que me
ajudaria...
Esperei. Os lábios brancos feito cera tremiam. Ele estava realmente com medo, nervoso.
Não era fingimento. O que esse pulha ainda estava escondendo?
–Fale.
Com apenas uma mão eu segurei suas bochechas apertando com força até formar um
bico.
–Você é da minha conta, seu verme. Fale logo antes que perca a merda da paciência que
eu não tenho.
–Anda...
Soltei-o e dei um passo para trás.Como assim...mãe? Nunca conversei com Bella a
respeito disso, mas pelo que sabíamos, a mãe deles morreu pouco depois de dar a luz à
Bella. Que diabos esse louco estava dizendo agora?
–Mãe? A droga está corroendo seu cérebro?Nós dois sabemos que ela morreu ha anos.
–Não morreu... pouco antes de vocês pegarem meu pai, ele confessou. Já imaginava que
seria pego a qualquer momento.Então me contou que...descobriu que minha mãe era
uma vadia. Andava com todos os homens que conhecia.Ele...apesar de tudo, a amava.
Mas acabou...vendendo-a como uma espécie de escrava branca.Ganhou uma pequena
fortuna, mas perdeu tudo com as drogas...com você.
–Mas e você? Você já tinha idade suficiente para saber que sua mãe não estava morta. E
o enterro?
Aquilo tudo era muito fantasioso. Até onde aquilo poderia ser verdade? E se fosse
verdade...como Bella ficaria? Que merda...era mais uma dor de cabeça. Mais um
mistério a ser desvendado.
–Como eu fico,Edward?
–Vou averiguar essa informação,Mike. Mas depois disso pode começar a rezar.
Sai antes que ele dissesse mais alguma coisa.Minha cabeça fervilhava. Precisava
conversar com meu pai a respeito disso. Talvez ele tivesse alguma informação que por
descuido, deixou de me repassar.Peguei meu celular. Também precisava falar com
Tânia.
*************
Acabava de tomar meu banho quando ouvi o motor da Ferrari entrando nos jardins.Bella
andava enfiando o pé no acelerador pelo que pude perceber.
Olhei para o visor do meu celular e vi uma chamada não atendida. Tânia havia me
retornado. Liguei novamente.
–Pode falar,Edward.
–Preciso que tente descobrir tudo a respeito da mãe da Bella. Dom Matteo deve ter
descoberto algo sobre ela, se é que ha algo a ser descoberto.
–Assunto meu,Bella.
–Mas eu também...
–Chega,Bella. Já te dei seu parquinho de diversões. Por que não vai brincar com seus
soldadinhos de chumbo e me deixa em paz?
– O que é? Nem vem com essa palhaçadinha de ciúmes da Tânia que não estou com
humor pra isso.
–Bella, eu apenas disse que esse assunto não lhe diz respeito. Por que não aceita
isso,merda?
Ela me olhou com tanta raiva, a respiração ofegante que tive medo. Por ela e pelos
bebês.
–Tudo bem, baby. Quem sabe eu encontre uma distração por ai. Afinal...estou viajando
agora e só voltarei daqui ha dois dias.
Segurei-a pelo pescoço e engoli sua boca, beijando-a até perder o fôlego.
– Agora vá brincar de casinha com a Alice. Eu volto logo. Cuide-se bem e de nossos
bebês.
–Edward...
**********
Já era noite quando desembarcamos em Guiné.Fomos direto para o porto onde os tais
piratas atacavam.A sorte deles é que não atacaram o Bella...senão eu arrebentaria com
eles.
Eu já tinha ligado e alugado um iate.Tudo para atraí-los.
Geralmente eles atacavam no mesmo horário, então em pouco tempo eles apareceriam.
–Mas será que eles não irão se ocupar de outros carregamentos, chefe?
–Eu já pesquisei tudo isso antes de falar com vocês pela manhã, Jake. Sinceramente
você está perdendo o jeito. Quando falei com vocês eu já sabia exatamente o que tinha
acontecido.
Eles se entreolharam.
Bufei.
Fui para a parte de baixo do iate conforme nosso plano.O mundo inteiro conhecia
Edward Berlucci Cullen. E apenas alguns pouquíssimos desajuizados não temiam esse
nome. A maioria tremia somente em ouvir meu nome, que dirá ver pessoalmente.
Enquanto esperava peguei meu celular constatando a ausência de sinal.Será que Bella
teria tentado falar comigo? Estava arrependido por ter sido tão estúpido com ela.Mas eu
estava tão preocupado com a história da mãe dela que acabei me estressando a toa.
Precisava controlar esse meu gênio...pelo menos com ela. Imagino o quão desagradável
tenha sido me ouvir falando aquelas barbaridades.Droga.
Mas parecia que tudo contribuía para que eu me estressasse. Essa falha dos rapazes
perdendo aquele carregamento foi imperdoável. Um erro grotesco.
Recostei meu corpo na poltrona enquanto aguardava a chegada dos bebezinhos metidos
a heróis.
Fechei meus olhos sem conseguir relaxar.O que eu diria a Bella sobre minha conversa
com Mike?Deus do céu... será que Bella era a única que escapava nessa família? Pelo
jeito,sim.
Provavelmente cochilei. Meus sentidos ficaram alertas de repente e me sentei. Olhei as
horas: três e quarenta da manhã.
Ouvi passos apressados e vozes alteradas. Conferi meu bolso e em seguida subi.
O céu nublado e a pouca luz do iate impediam que vissem completamente meu rosto.
Emmett e Jake tinham uma arma apontada em suas cabeças. Jasper e mais dois homens
estavam amarrados. Realmente eram três piratinhas.
– Olá.
Minha voz soou mais grave que o normal. Um dos piratas apontou a arma em minha
direção.
–Quem é você?
–Berlucci?
Eu ri novamente.
–Caramba...Berlucci...nós...
–Berlucci uma ova. Pra vocês vem o Senhor antes do meu nome.
–Senhor Berlucci...
Passei a mão em meu cabelo, começando a ficar nervoso. Como meus homens perderam
o carregamento para esses três patetas?
–Dá pra desamarrar meus homens e tirar essa porra de arma da cabeça deles?
–Nunca mais atravessem meu caminho. Olha o tempo que me fizeram perder ao vir
aqui. Agora...vamos logo buscar minha carga. Vocês precisam trocar a fraldinha antes
de dormir.
Que chatice. Tão fácil. Nem tinha graça. Gostava que me enfrentassem, sem medo.
Puff...merdinhas de mão cheia.
Felizmente não era um carregamento tão grande e nosso jatinho era bem espaçoso.
–Por que eu faria isso? Vocês, por si mesmos, metem os pés pelas mãos.
Eles se entreolharam.
Eles riram.
Mas fiquei ainda mais irritado.Foi desnecessário? Foi. Mas tocou no nome de Bella...tá
pedindo pra morrer.E eu não neguei. Levei a mão ao meu bolso. Girei e apontei a
pistola Bul M5, atirando no grego no mesmo instante.O sujeito cambaleou e caiu ao
mar.
–Quem é o próximo?
**************
Passava das duas da tarde quando o jatinho finalmente pousou. Daqui a pouco
completaria vinte e quatro horas longe de Bella...terrível.
–Vamos,Jasper. Não posso arriscar a repassar isso sem ter certeza de que está tudo
certo.
Emmett e Jake saíram para comprar alguma coisa para comerem. Enquanto isso
verifiquei meu celular. Nenhuma ligação de Bella.Estava realmente brava comigo.
Decidi não ligar, fatalmente desligaria em minha cara.
Em determinado momento Jasper ligou pra Alice. As duas estavam no shopping, pra
variar. Não deu notícias de Bella. Topetuda do caralho.
E foi quase isso. Foi mais demorado do que imaginei. Passava das onze da noite quando
finalmente me despedi dos rapazes.
Subi e tomei um banho num quarto de hóspedes para não acordar Bella.
Quando entrei em nosso quarto uma paz incrível me dominou. Bella dormia de lado, as
pernas ligeiramente encolhidas. Aproximei-me da cama e meu coração disparou ao ver
minha foto em sua mão, junto ao peito.
–Não...
Ela reclamou.
–Edward?
–Eu sei.
–Amo você,Bella.
Bella abriu novamente os olhos e me encarou. Beijei seus olhos, seu nariz...sua boca.
– Ainda não tenho certeza. Assim que souber exatamente o que está acontecendo eu irei
dizer à você.
Fechei meus olhos sentindo seu cheiro.Por mais que eu tentasse...jamais seria o mesmo.
Bella mudou-me completamente. Somente ali em seus braços, eu me sentia
verdadeiramente homem.
Aquela frase maquinou na minha cabeça o dia inteiro: Chega Bella. Já te dei seu
parquinho de diversões. Por que não vai brincar com seus soldadinhos de chumbo e me
deixa em paz?
Ahh... que ódio que sentia de Edward às vezes. Mas só às vezes... e bem pouquinho.
Merda nenhuma. Minha raiva não durava nem um segundo. Sou completamente
apaixonada por aquele cavalão. E mesmo me tratando rudemente, eu sabia que ele me
amava também. E não era so porque ele me disse com todas as letras, mas porque ele
demonstrava isso em todos os seus atos.
E ainda por cima voltou antes do dia, pegando-me no flagra. Dormia com sua foto junto
ao meu peito. Gostoso, filho da mãe. Enquanto ele dormia eu reparava no corpo
perfeito. Suspira e morre, Bella. Isso é homem demais pra você. Não resisti e deslizei
meu dedo do peito ate a barriga dele, parando perto do elástico do calção.
–Não está pretendendo me estuprar como fez com seu irmão não, ne?
– Bella... por que esses bebês ainda estão ai dentro da sua barriga?
Estranhei a pergunta, mas percebi que ele esperava uma resposta. Respondi o óbvio.
– Exatamente. Tudo na vida tem sua hora. Se eu não te contei nada ainda é porque não
está na hora.
– Chato...horroroso.
Virei-me de costas pra ele e fechei meus olhos. Ele ficou quieto por uns minutos, mas
depois senti sua mão em minha cintura e depois deslizar até minha bunda. Estremeci
quando senti seu peito forte colar-se às minhas costas e seu hálito quente assoprar em
minha orelha.
– Está querendo me provocar, é? Sabe que essa bunda me deixa louco...fico de pau duro
só de olhar.
Ele apertou minha cintura e puxou meu corpo um pouco para trás, deixando-nos
inteiramente grudados.A boca desceu pelo meu pescoço...mordendo... e a barba por
fazer arranhava minha pele, fazendo com que o bico dos meus seios enrijecessem no
mesmo instante.
Deslizou sua mão para frente e apertou meu clitóris, me fazendo gemer um pouco mais
alto.
– Hum... olha só que delícia... prontinha pra mim.É assim que eu gosto...
Empurrei meus quadris contra sua grossa ereção quando sua mão fechou-se sobre meu
seio, apertando meu mamilo.Levei meu braço para trás segurando sua cabeça em meu
pescoço e rebolando contra ele.
Ele riu alto, sua respiração fazendo minha pele arrepiar-se ainda mais.
No mesmo instante ergui minha perna, colocando-a para trás sobre a perna dele.
Edward mordeu meu ombro enquanto deslizava seu pau para dentro de mim com
relativa facilidade. Girei um pouco minha cabeça, sua boca já estava pronta para a
minha. Praticamente me devorou enquanto empurrava seu pau com firmeza, provocando
ondas de arrepio por todo meu corpo.
Desceu novamente sua mão até meu clitóris e massageou magistralmente fazendo a
primeira onda de prazer me arrebatar. Edward segurou minha perna e estocou mais
fundo, rebolando seu pau de um lado a outro,como se quisesse me abrir mais para ele.
Decididamente esse homem me deixava maluca. Quanto mais eu tinha... mais eu queria.
Isso não teria fim. Era um vício... um veneno que por ironia, era essencial para minha
sobrevivência.
Meu sexo contraiu-se novamente, prendendo-o dentro de mim, fazendo Edward rosnar.
–Poderosa do caralho...gostosa...amo...
Edward gemia enquanto seu jato abundante penetrava meu corpo, escorrendo por entre
minhas coxas.
Lentamente ele abandonou meu corpo e deitou-se de costas na cama. Virei-me de frente
pra ele e coloquei minha cabeça em seu peito.
–Estou bem.
–Eu sei, Edward. Mas você tem que ver que nem todo mundo tem seu ritmo, seu estilo
de fazer as coisas.
– Tudo bem. Então que aprendam. Há quanto tempo estão comigo? Meu Deus do
céu...parecem um bando de garotinhas
– Você não acha nada. Cuide das suas coisas que eu cuido das minhas. Agora...
Ele me afastou e ficou sentado na cama, as costas apoiadas na cabeceira. Puxou-me para
o vão entre suas pernas e me abraçou.
– Pode falar...
Fiquei tensa com sua pergunta. Ele estava preocupado há uns dias e agora me fazia essa
pergunta?
–Não tenho muito que falar. Nem cheguei a conhecê-la, Edward. Morreu logo depois
que eu nasci.
–Apenas uma vez. Disse que era uma mulher maravilhosa, que já me amava muito...e
que por isso ele nunca mais se casaria novamente. Depois disso nunca mais falou nada e
eu também não perguntei.
– Entendi.
Ele ficou um tempo calado. Estranhei... indecisão não era uma atitude típica de Edward.
Passou a mão pelo meu ventre.
– Percebi...só não comentei que achei que pudesse ser cisma minha.
– Tudo bem. Agora pare de me enrolar. Por que me perguntou sobre minha mãe?
– E?
– Nesses dias de tortura, você chegou a perguntar alguma coisa pra ele? Do por que de
ter se juntado a Dom Matteo?
–Não. Pra mim o fato de ter se juntado a ele foi única e exclusivamente para se vingar
de você. Afinal, além de tê-lo humilhado bastante, você se casou comigo e eu fiquei do
seu lado incondicionalmente. Não é por isso?
– Pelo menos ele disse que não. Primeiro ele tem dívidas com Dom Matteo também.
– E segundo...
–O que?
–Ele disse que Dom Matteo irá ajudá-lo a ... encontrar sua mãe.
O susto que levei foi tão grande que parecia que todo o sangue fugia do meu corpo.
Minha pele ficou gelada e eu senti minha cabeça leve como se eu fosse desmaiar.
– Bella? Bella?
– Fale comigo, por favor. Ah..merda. Sabia que não deveria ter falado nada.
– Está bem?
Então ele me contou tudo o que o Mike dissera. Minha boca ia se abrindo à medida que
ele falava. E estranhamente... eu não duvidei. Meu pai foi tão ordinário que eu não
duvidava nada que aquilo fosse verdade.
– Então eu liguei pra Tânia e pedi que ela viesse aqui hoje. Vamos precisar dela.
– Meu Deus, Edward... mas essa família que tive é...nojenta.
– não consigo nem chorar, Edward. Acho que já vi tanto horror vindo dessa banda
podre. Felizmente com você eu so conheço a felicidade...então não tem muita coisa que
me abale mais.
– A única coisa que pode me abalar...é se acontecer algo com você ou com nossos
filhos.
– Mas nós iremos descobrir isso. E sinceramente, Bella? Eu acho que seu irmão já foi
castigado demais. Está na hora de você se decidir.
Inspirei profundamente. Não porque eu tivesse alguma dúvida. Não tinha nenhuma,
estava muito convicta do que iria fazer. Eu estava apenas tentando criar coragem, afinal
nunca matei ninguém a sangue frio como Edward. Mas o desespero que passei quando
pensei que fosse perder Edward ainda corroia em minhas veias.
– Peça aos seus homens para preparem tudo, Edward. Amanhã Mike partirá dessa pra
melhor.
Levantei-me e fui até o banheiro, ligando a ducha. Não sabia exatamente em que
espécie de ser eu havia me transformado. Ou em que espécie de mulher o amor por
aquele homem havia me transformado.
****************
Eu dava uma olhada na relação dos seguranças enquanto Edward se ocupava de olhar
outros papeis . Estávamos aguardando a chegada de Tânia a qualquer momento. Eu
tentava mostrar naturalidade, mas não estava conseguindo. Pra mim essa história estava
mais fedida do que tudo. Não ousei perguntar a Edward qual era a sua opinião a
respeito.
Ouvi a batida na porta e antes que eu me levantasse, Edward ordenou que entrasse.
Tânia entrou deslumbrante como sempre, usando um vestido roxo, pouco acima dos
joelhos.
–Bom dia,Edward.
– Como vai,Bella?
– Por enquanto nenhuma. Mas vou te dizer, heim...as coisas começam a se complicar
para o lado de Dom Matteo.
– Como assim?
–Uma das garotas que foi traficada conseguiu fugir... não se sabe como.
–Aconteceu que a Brianna, não se sabe como, conseguiu fugir. Suspeita-se que saiu
escondida no carro de um dos clientes. E desde então Dom Matteo está louco atrás dela.
– Porque se ela chegar até “alguém” poderoso e influente... será o fim de Dom Matteo.
– Dom Matteo acha que ela pode estar querendo chegar até mim?
– Mas, Edward...
– Tânia...você tem feito seu trabalho direitinho? Tem certeza que Dom Matteo não
desconfia de nada?
– Absoluta, Edward. E eu me esforço pra isso. Afinal, se não fosse você, meu filho não
estaria a salvo.
Chegava a ser cômico. O maior traficante do país, aquele que contribuía para que a
população, principalmente os jovens, se enveredassem pro mundo das drogas...
ajudando uma pessoa a se livrar do vício.
– Mas eu tenho outra coisa que quero que descubra pra mim, Tânia.
– Victória.
Meu sangue congelou nas veias e arregalei meus olhos. Edward so poderia estar
brincando. Sua ex mulher? O que ele queria saber dela, afinal?
Eu perguntei, mas ele sequer olhou em minha direção. Continuou encarando Tânia.
– Claro que não, Edward. Ficou louco? Victoria tem pavor daquele homem. Ela nem
está mais no apartamento que você deu a ela. Tem medo de ficar sozinha.
– Vive num hotel. Nem sai de lá. Dom Matteo quer a Victoria de qualquer jeito. Sabe
como ele é em relação a ...suas ex.
– Como por quê? Você deixa tudo muito claro pra elas. A partir do momento que
deixam de ser companheiras...nada de envolvimento. Nem um olá.
Isso era novidade pra mim.
Edward me olhou tão intensamente, que por um momento eu fiquei meio perdida. Não
soube decifrar o que se passava com ele.
Dei um sorriso largo pra ele e movi meus lábios, sem emitir som: Gostoso.
– Onde ela estaria segura, Edward? Onde Dom MAtteo não se arriscaria a entrar?
Eu ainda não tinha entendido o que Edward queria exatamente com Victoria. Mas não
iria perguntar. Não que eu tivesse medo das palmadas, mas simplesmente não queria vê-
lo irritado comigo. Pelo menos, não hoje.
– Mas Dom Matteo não pode estar atrás de Victoria simplesmente porque ela foi minha
mulher. Ele deve ter outros interesses.
–Sim. Pelo que entendi, Victoria sabe de alguma coisa que ele está correndo atrás. Mas
isso eu também não consegui descobrir ainda.
– Quer dizer que Victoria nunca teve nada com ele? Nem quando estava comigo?
– Vai dar uma de engraçadinha agora também? Perdeu todo o senso do perigo?
– Victoria tem nojo daquele homem. Ele já quis pega-la a força, mas ela conseguiu
escapar.
A agonia ia acabar me matando. Levantei-me novamente e fui até Edward.
– De onde tirou essa idéia de que Victoria poderia ter traído você, Edward?
Perguntei deixando meus dedos enfiaram-se em seus cabelos. Ele ergueu os olhos pra
mim e passou o braço pela minha cintura.
– Um franguinho depenado me contou. Mas agora...acho que está na hora de fazer uma
canja com ele.
– O que...
Edward pegou o telefone e esperou, seus dedos acariciando de leve a minha barriga.
Assim que a ligação foi completada, ele se levantou.
– Eu sei que dei folga a vocês hoje. Não tem que me lembrar de nada e eu jamais volto
atrás em minha palavra. Quero apenas que fiquem avisados que amanhã bem cedo,
antes do dia clarear...venham buscar alguém e levem para o galpão. E sem atrasos.
– Tânia, obrigado por ter vindo. Quero que fique atenta à questão da garota. Mas
colocarei meus homens em alerta também.
Saiu do escritório ventando. E eu fui atrás apenas dando um tchau pra Tânia.
– O que é?
– Sim. Com aquele filho da puta que tentou me enganar, dizendo que Victoria me traía
com Dom Matteo. Já passou da hora de acabar com a raça vagabunda dele.
– Por que isso, hã? Tudo isso é ciuminho da Victoria?
Antes que eu tivesse tempo de pensar, meu corpo foi prensado contra a parede e sua
boca esmagou a minha com ferocidade, a língua se enfiando entre meus dentes sem
pedir licença. Não me fiz de rogada, é claro e agarrei-o pelos cabelos. Mas rapidamente
ele se afastou. Mesmo sendo breve, foi o bastante para me deixar ofegante.
–Pareço estar com ciúmes, hã? Bella...Bella...só me faça um favor: não me irrite hoje.
Não estou pra brincadeiras.
Deu as costas pra mim e voltou a caminhar em direção ao quarto onde Mike
estava.Corri atrás novamente. A porta foi escancarada com violência e Edward entrou
indo direto até Mike. Como sempre ele estava de bruços na cama. Edward pegou-o pelo
pescoço, fazendo-o grunhir.
– O que...
Passei à frente de Edward e pude ver a fúria assassina em seus olhos. Confesso...dessa
vez eu tive medo dele. Pela primeira vez eu me vi realmente casada com o Dono da
máfia. O Todo poderoso frio e implacável que metia medo em todo mundo.
– Estou falando da Victoria. Você queria que eu fosse atrás dela, não é? Que eu tentasse
tira-la das mãos de Dom Matteo.
–Não ...eu so falei a verdade. Que ela era uma vadia e...
Outra bofetada e Mike gemeu.Edward sentou-se à frente de Mike e olhou para um dos
seguranças.
– Donovan?
–Sim, chefe?
Ele saiu apressado e voltou menos de cinco minutos depois. Edward acendeu o charuto
e recostou-se na cadeira. Eu tenho que dizer...nem era hora disso, mas aquela cena era
sexy demais. O meu poderoso gostoso, sentado tranquilamente na poltrona, a fumaça do
charuto ocultando parcialmente seu rosto.Eu me molhei toda, foi inevitável.
– Comece falando a verdade, Mike. E não me venha com gracinhas. Estou aborrecido
hoje.
–AHHHHH...PARE...
Edward voltou a recostar na cadeira. Olhei para a mão em carne viva do meu irmão. Até
quando ele ia se negar a contar a verdade?
– Vamos lá...franga...fale.
Mike arfava e não falava nada. Era um burro mesmo. Ia morrer de qualquer jeito. Por
que não falava logo de uma vez?
– Mike?
Silêncio.
Edward se levantou, uma das mãos no bolso da calça e a outra segurando o charuto.
Mas Mike queria mesmo brincar com o perigo. E queria me arrastar junto com ele.
Olhou debochadamente para mim e depois para Edward.
– O que foi, Edward? Vai brincar com meu instrumento também? Assim como minha
doce irmãzinha brincava? Passando a linguinha nele?
A respiração de Edward ficou suspensa, mas ele não moveu um único músculo.
Ergueu o charuto e ficou um bom tempo olhando pra ele. Eu já imaginava o que ele iria
fazer.
Fui até ele e toquei seu braço. So esperava que com esse gesto, ele não acreditasse nas
palavras absurdas de Mike. Não sei o que estava havendo comigo. Por que eu não o
espancava como fiz várias vezes? Passei a mão em meu ventre. Eu já sabia a resposta.
– Edward...
Ele se virou pra mim. Os olhos de um assassino frio me encararam. Apenas sibilou.
Desci as escadas correndo, passei ventando pela sala e fui para o nosso quarto. Meu
corpo inteiro tremia. Mike filho da puta, desgraçado. Querendo jogar Edward contra
mim. E eu estava numa maré estranha. Forte e medrosa ao mesmo tempo.
Quinze minutos depois quando Edward abriu a porta do quarto, meu coração perdeu
uma batida. Enquanto caminhava ate mim, minha respiração acelerava. Parou à minha
frente e me encarou.
– Levante-se.
–É mentira dele, Edward. Eu juro que nunca fiz nada...você não pode acreditar nele.
– Eu sei.
Empurrei-o.
Mordi meus lábios. Merda...estava com ciúmes sim...e muito. Ele arqueou a
sobrancelha.
Abri um sorriso.
–Quero.
Ele esperou até que eu me aproximasse e suspirou, a boca colou-se ao meu ouvido.
– So irei respeitar essa insegurança despropositada porque está sensível por causa da
gravidez. Vou repetir mais uma vez, dentre milhares que já disse: Você é única pra
mim. Me completa. Não preciso de outra. Agora vamos que já está me atrasando.
– Alguma coisa me diz que a Victoria é o passaporte para chegarmos ate sua mãe.
– Não sei. Mas eu tenho quase certeza...sua mãe está viva sim...e Victoria vai nos levar
ate ela. Quem sabe não será ela a me ajudar a destruir Dom MAtteo?
Minha mãe viva...Victoria sabendo da verdade... Até que ponto Edward estaria certo?
“Não é bom dizer mentiras; mas quando a verdade puder trazer uma terrível ruína,
então dizer o que não é bom também é perdoável.” (Sófocles)
O bom é que hoje tenho boas notícias: A Ely está se recuperando bem e ja irá receber
alta. Está ainda um pouco confusa, mas está bem.
Acho que em breve ela estará de volta. Acho que ainda tem outro capitulo de outra
historia para postar, mas eu como sou analfabeta virtual, não consegui encontrar.
Que coisa mais linda de se ler. CAraca...esse último capitulo postado acabou comigo.
ella POV
Coisas demais na minha cabeça. Às vezes eu achava que não ia suportar aquilo tudo.
Era um pai vagabundo, irmão, minha mãe... e claro, meu marido quase morto. Parece
que as coisas ficavam aguardando tranquilamente. Quando pensava que estava livre de
uma... a outra vinha. Começava a ter dúvidas se era uma Poderosa mesmo.
O único alívio era saber que tinha Edward ao meu lado. Embora às vezes, minha
vontade fosse de matá-lo. não sei que prazer ele encontrava em tirar onda com minha
cara. Fazendo-me quase morrer de tanto ciúmes ou simplesmente se fazendo de bravo
comigo.
Entretanto devo concordar com ele em uma coisa: eu sou uma idiota. Quando
demonstrações de amor ele já me deu? Mas ninguém pode me crucificar. Quem não
sentiria ciúmes de um homem lindo e tesudo feito ele?
– Bella...
– Sabia. Mas pra mim não deve ter segredos. Fale agora.
Bufei.
– Estava pensando no quanto meu marido é lindo e gostoso. Está bom assim?
– Bella?
–Você passou por muita coisa ultimamente, Bella. isso pode ser prejudicial a vocês.
–Porque você é tola. Eu vou te dizer algumas coisas e verá como tenho razão. ´
Esperei, encarando-o
Fechei minha cara e cruzei meus braços em frente ao peito, fazendo-o gargalhar.
– Olha só você... Muito bem. Da mesma forma existem homens lindos. E eu pergunto:
E dai? Eu não estou com você somente por sua beleza, e tenho certeza que o mesmo
acontece com você. Eu acredito realmente que eu so iria me interessar por outra mulher,
se existisse alguma brecha entre nós... se me faltasse alguma coisa. E não me falta
absolutamente nada. Eu tenho tudo com você, Bella.
Merda de homem que sabia mexer comigo. Como eu poderia sentir raiva, brigar,
maltratar um homem desse?
– Você é... completamente diferente de todas que já conheci. É tão madura pra sua
idade. Sinceramente às vezes eu me esqueço que você tem apenas dezenove anos.
– Eu sei Edward. Eu tento pensar dessa forma, mas é uma coisa incontrolável. Quando
eu vejo... já foi. E não adianta... você é lindo demais, gostoso demais...e eu morro de
ciúmes mesmo.
– Eu também sinto isso e você sabe muito bem. Já me viu várias vezes tendo um ataque
de ciúmes.
– Pois é... apesar disso nem me passa pela cabeça que você poderá me deixar um dia....
Olhei pra ele, assustada. E fiquei mais assustada ainda ao constatar que ele falava sério.
Eu respondi, mas já olhando para o gigantesco hotel onde Edward entrava. Abriu a porta
pra mim e entregou as chaves para o manobrista. Passamos pela recepção e Edward
parou para verificar em qual quarto Victoria estava.
– Quem é?
– Edward.
– Vou direto ao assunto. Conhece-me muito bem. O que você sabe a respeito da mãe da
Bella?
Estranhamente a expressão dela não se alterou. Provavelmente ela já sabia que Edward
iria procurá-la e sim... ela sabia alguma coisa.
– Eu também serei direta com você, Edward. Dom Matteo quer a mim. Por isso estou
escondida aqui.
– Para que eu o leve até a mãe de Bella... ou melhor, para minha irmã.
Eu abri minha boca, mas tapei-a com a mão para abafar meu grito. Edward por sua vez
semicerrou os olhos... daquele jeito perigoso que costumava fazer.
– O que você está dizendo, Victoria? Está querendo dizer que você e Bella...
Ela me encarou com seus grandes olhos verdes. Minha respiração estava acelerada e era
possível perceber meu peito subindo e descendo de forma incontrolável.
–Renné se casou aos quinze anos... apaixonada por Charlie. Eu ainda era criança. Ainda
nessa época meus pais se separaram justamente por causa do casamento. Minha mãe
não aceitava. Desse jeito eu fiquei com minha mãe. Meu pai faleceu uns dois anos
depois. E minha mãe faleceu ha seis meses.
– você se lembra que minha mãe também não gostou quando vim morar com você? Na
verdade nem era nada contra você. Nesses anos todos ela acompanhou a vida de Renné.
Sabia tudo o que se passava com ela. E me contou que Charlie conhecia Dom Matteo
desde seu casamento. Vivia naquela vida que você já sabe: drogas, mulheres... ou
melhor...meninas...E Charlie acabou colocando Renné nesse meio. Depois que Bella
nasceu... Renné fugiu. Ela não agüentava mais aquela vida.
– Ela não tinha para onde ir, Edward. Acho que ela pretendia encontrar um lugar para
ficar e so depois voltar para buscá-la. Ela mudou de nome, falsificou documentos e
simplesmente desapareceu. A única que mantinha contato com ela era minha mãe.
– E por que não me contou nada? Meu Deus do céu, Victoria... era minha chance de
pegar Dom Matteo. Se Renne sabe tanto assim....
– Primeiramente porque eu sei das regras, Edward. Nenhum contato, esqueceu? E
depois...aquele maldito Mike.Ele tentou...me violentar certa vez. Eles adoram pegar as
mulheres que foram suas, Edward.
Engoli em seco. Eu odiava ouvir aquilo. Odiava lembrar que várias mulheres passaram
pela cama do meu marido.
– Desgraçado.
– Eu...
– Nem me venha com essa. Você vai me dizer onde ela está e eu irei atrás dela.
Minha respiração ficou suspensa. Se Edward ousasse levar essa mulher pra nossa
casa...Tá certo que já conversamos sobre nossos relacionamento. Mas levar a ex
mulher... isso não. Ainda que fosse minha... tia.
– Vou levá-la para a casa dos meus pais. Alice ficou anos lá. Não se preocupe. estará
bem mais segura do que aqui.
Assim que ela se afastou, Edward sentou-se ao meu lado e beijou minhas mãos.
– Obrigado, amor.
Sorri e passei a mão em seus cabelos. Tinha que aprender a lidar com meu ciúme. Não
tinha saída.
******************
Quando finalmente Edward estacionou em nossa casa, meu corpo pedia cama. Estava
morta de cansaço. Levamos Victoria para casa de Carlisle e tivemos que recontar toda a
história. Quem diria...a ex mulher de Edward era minha tia. Ah...essa vida estava
acabando com minha sanidade.
– É verdade.
– Quero esquecer esse assunto por ora. estou cansado, amanhã temos um longo dia. tudo
o que quero agora é um banho e depois fazer amor com minha mulher.
– Amor ou sexo?
Ele riu.
– Porque eu estou cansado e nervoso. E quando estou assim tenho que extravasar.
–É verdade. Sabe o que parece? Parece que você se fechou com medo que os bebês
saiam a qualquer momento.
Eu arfei. Eu conhecia aquele jeito selvagem dele muito bem. E eu so faltava palpitar por
isso. Apertei a mão dele e ele me olhou.
–Sim. Bastou você falar e já estou louca para sentir você ...
Ele rosnou e apertou minha cintura com tanta força que fiquei na ponta dos pés.
Edward engoliu minha boca,quase arrancando minha língua. E foi assim que entramos
em casa. Aos beijos...um quase comendo o outro.
–hanhã...
Edward se separou de mim no mesmo instante. Alice estava parada ao lado de Jasper,
torcendo as mãos. Claro que sabia que estava procurando a morte, interrompendo
Edward desse jeito.
– O que é?
– Não brigue comigo, Edward. Mas tem uma mocinha querendo falar com você.
– Brianna?
–sim.
Edward girou e foi direto para o escritório. Lembrei-me das palavras de Tânia: bem ao
estilo da Bella.
Não perdi tempo e corri atrás. Edward, incrivelmente não se opôs. Pelo contrário,
segurou minha mão enquanto entrávamos no escritório.
Uma garota um pouco mais baixa que eu, pele clara e cabelos castanhos estava sentada
no sofá de couro olhando para a porta. Sua boca se abriu ao olhar para Edward. Posso
dizer que literalmente ela babou no meu marido. Tinha minhas dúvidas se as garotas de
Dom Matteo eram tão ingênuas quanto diziam.
– Brianna?
– Oi, Bella.
– Olá.
– Está.
– Dezesseis.
– Catorze.
– Como foi que chegou ate mim? Ao que me consta os homens de Dom Matteo estão
atrás de você..
–Eu fico sempre escondida. E alem disso uso a peruca que ...que roubei.
– Ontem à noite eu estava dormindo num banco e vi quando seu irmão passou com uma
moça loira.
– Emmett?
– Do motel.
– Sim. Ai quando saíram corri pra falar com ele. Ele não acreditou muito, mas depois
que eu falei que Tânia podia confirmar...ele ligou pra ela e me trouxe pra cá.
– Dessa daí o cacete. Olha lá como fala comigo, pirralha.Eu sou a esposa desse homem ,
a dona dessa casa...
Eu sabia que minhas bochechas deviam estar quase roxas de tanta raiva.
–Hei...calma,amor.
– Acho bom.
– Continue, Brianna.
–Então. O Mike gostava de filmar tudo. Ele tem vários filmes. Mas eu consegui pegar
pelo menos esses dois. Tem todos eles...todos.
– Ah...sim. Eu sempre guardava muito bem guardado. Er... o senhor pode se virar?
Ele franziu o cenho, mas nada disse. Apenas girou a cadeira ficando de costas pra nós.
Ela rapidamente desceu a calça e retirou um embrulho. Uma mistura de jornal e
papelão, no meio das coxas e em seguida se vestiu de novo. Estendeu-o para mim.
– Obrigada.
Edward se virou novamente e pegou o embrulho. Abriu-o e tirou dois pequenos cd´s la
de dentro.
– Eu irei ver isso junto com Bella. Você ficará aos cuidados do meu pai, assim como
outra amiga. Amanhã eu irei procura-la.
– Está certo. Eu so peço...por favor, senhor. Cullen. Aja depressa. Minha irmã…
– Fique tranquila. Eu lhe dou minha palavra. Agora venha que o Jasper irá levá-la até a
casa dos meus pais.
Assim que eles se foram segui com Edward até a sala de TV.
–Você mesma disse que assistia filme pornô. Isso aqui não deve te deixar muito
horrorizada.
Mas o pior foi que deixou. Nem nos filmes que assisti, vi tamanha orgia...tamanha...
nojeira. Essa era a palavra. Edward observava, o maxila travado, os olhos quase se
fechando em fenda. Ali estavam James, Mike, Dom Matteo e vários outros...todas com
garotinhas.
Edward balançou a cabeça e tirou o filme,colocando o outro em seguida. E foi ali que
meu coração disparou e meu estômago revirou. Mike com a tal Brianna. Realmente ela
se parecia muito comigo. Confesso que quase pedi para que Edward tirasse o filme. Mas
antes que eu falasse qualquer coisa, ouvimos a voz do Mike.
Ele saiu da sala tão rápido que foi apenas um borrão passando por mim. Corri atrás dele.
–Edward...Edward...
Era o fim. E eu nem poderia ter o gostinho de acabar com meu irmão na manhã
seguinte. Edward iria matá-lo com as próprias mãos.
E com a fúria que ele estava...era melhor ficar fora do caminho dele.
"Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso
experimenta a morte apenas uma vez.(William Shakespeare)
Notas finais do capítulo
Que a Bella não leia isso, mas o Poderoso deu um aperto e uma encoxada na:
SANDRA_N_S_PENA
Todo feliz com a última recomendação. Obrigada, linda
Bella POV
Medo. Agora eu tinha muito medo. Não sei exatamente do que, mas meu coração
chegava a doer tamanha força com que batia. Definitivamente não era medo pelo Mike.
Mais uma vez ele me provou que não valia nada. Talvez eu temesse por Edward. Nunca,
em todo esse tempo, eu o vi tão nervoso e descontrolado. Todas as cenas que presenciei,
poderia dizer que ele estava bravo. Hoje não. Ele tinha ódio... um ódio intenso.
Eu seguia a passos rápidos atrás dele, que sequer se dignava a me olhar. Sei que não
estava nervoso comigo, mas ele era assim. E sei também que jamais passaria pela
cabeça dele que tive alguma coisa com meu irmão. Como ele mesmo disse... eu gosto de
homem, não de moleque.
E era exatamente isso que Mike era. Um moleque inconsequente que cismou de brincar
com o homem mais perigoso que já conheci. Edward tinha várias facetas e eu nunca
sabia ao certo o que esperar dele.
Quando estava a poucos metros do quarto de Mike, ele parou e se virou abruptamente.
–Acho melhor não vir comigo. O que irá acontecer daqui pra frente não lhe fará bem.
–Não estou falando de você. Sei que é topetuda o bastante para assistir a tudo como se
fosse realmente forte. Estou falando dos bebês. Isso não será bom pra eles... e espero
que tenha juízo quanto a isso.
–Emmett? Estou saindo daqui agora com nosso amiguinho. Peça ao Jacob que prepare a
“bebida de Jesus”.
Franzi meu cenho. Bebida de Jesus? Que código era esse? Ou eles iriam comemorar
bebendo vinho?
– Não.
Ele respondeu empurrando a porta do quarto. Confesso que fiquei chocada com a
aparência de Mike. Não me parecia nem de longe o garoto bonito e cheio de vida que
conheci um dia. Estava acabado, machucado e pior... agora ele não era mais atrevido.
Ele olhava para Edward com pavor.
– Como estou bem humorado hoje... você poderá escolher nas mãos de quem quer
morrer. Nas minhas... ou nas da sua doce irmãzinha?
–Sim.
–Sim, senhor.
Edward se afastou e fui atrás dele. Minha garganta estava seca e minha respiração
ligeiramente alterada.O fato de não ter a mínima idéia do que Edward faria é o que me
angustiava.
Alice nos interceptou antes que chegássemos ao volvo. Também parecia apreensiva.
–Jasper já foi?
–Sim. Edward... não acha melhor a Bella ficar?
Edward bufou.
–Puff... não que eu esteja discordando. Mas vindo do Jasper qualquer coisa nesse
sentido é horrível. Ele é meio frouxo pra isso.
–Só porque ele não tem o mesmo sangue frio que você... não quer dizer que seja frouxo.
–Ah... Alice. Não me aborreça você também. Já estou com problemas demais e
paciência de menos.
– Então não venha descontar em mim. Apenas tente convencer essa maluca a ficar.
Você consegue quando quer.
Edward me olhou tão intensamente que senti minhas pernas fraquejarem. Seus olhos
varreram meu rosto em busca de algo que não consegui decifrar.
–Bella...
–Nem tente, Edward. Você não conseguirá me fazer desistir. Não dessa vez.
–Viu?
–Alice, se eu achar que é demais pra mim, eu juro que saio de lá, está bem?
Ela deu de ombros. Sabia que nada do que dissesse iria me demover da idéia de
acompanhar os últimos minutos da vida de Mike.
Edward deu um beijo no alto da cabeça de Alice e deu a volta no volvo, abrindo a porta
para mim.
–Cuide-se, Alice.
Pouco tempo depois, Mike surgiu arrastado por dois seguranças que o colocaram no
Aston logo atrás do volvo.
Edward deu a partida, seu maxilar trincado enquanto olhava pelo retrovisor. Suas mãos
estavam tão crispadas ao volante que eu podia perceber os nós entre seus dedos mais
brancos que o normal.
Ele havia colocado os óculos de sol, o que me impedia de ver seus olhos. Era sempre
através deles que eu tinha uma pequena noção do que estaria por vir. Ele nem ao menos
olhava em minha direção. Dirigia com apenas uma das mãos, a outra apoiada na janela,
seus dedos desalinhando ainda mais seus cabelos.
Mesmo nesse momento turbulento eu não podia deixar de pensar no quanto ele estava
lindo. Mais que isso... estava divino, de tirar o fôlego. Isso bastava para que eu me
assanhasse e começasse a pensar em formas de deliciar-me com ele tão logo
estivéssemos de volta à nossa casa.
Estranhei a demora em chegar ao local, mas logo vi o porque. Não estávamos indo para
o galpão onde estive com os rapazes. Era bem mais distante e totalmente isolado. Um
grande portão fechava o acesso ao galpão, bem menor que o outro. Edward parou o
carro esperando o portão se abrir. Entretanto ele não saiu do lugar quando o mesmo
abriu-se. Continuou com o motor ligado, mas olhando pelo retrovisor. Assim que o
aston estacionou, ele saiu do carro, falando comigo pela primeira vez.
–Desça, Bella.
– Tirem a franga daí. Bella... você vai com os seguranças até o galpão.
– Mas...
Calculei mentalmente a distância até o galpão... uns cinqüenta metros? Acho que mais.
Sei lá... não era muito boa nessas coisas.
Isso? Isso o que? Edward estava começando a me assustar. Ele se aproximou de Mike e
segurou-o pelas bochechas, apertando-as.
– Vamos dar um passeio. Viu como estou bonzinho hoje? Mas antes disso ainda irei
contar uma historinha pra você.
–Sim... aquela garotinha indefesa que você e aquele bando de safados usam e abusam
como se fosse um lixo qualquer. Aquela que você transou e gritou o nome da sua
irmãzinha... ou seja...da minha esposa.
–Edward...
–Cala a boca. Só eu falo aqui. O que você queria, hã? É tão doente assim que queria a
própria irmã, seu incestuoso do caralho?
–Não...eu juro que não. Fiz isso porque Dom Matteo queria. Bella já tinha dono...
sempre teve.
Edward deu uma bofetada nele tão violenta que sua cabeça girou sobre o pescoço.
–Eu... eu nunca pensei em Bella assim. Mas ela tinha dono... desde quando meu pai
conheceu Dom Matteo... ela foi prometida a ele. Ela seria o “presente” no aniversário de
sessenta anos dele. Por isso meu pai nunca permitiu que homem nenhum chegasse perto
dela. Pra que ela continuasse virgem. Mas quando você entrou na jogada...
Edward ainda bufava de raiva. Talvez agora não tivesse mais tanta raiva do Mike. Mas
logo em seguida, eu tive a certeza que o cérebro dele foi totalmente tomado pelas
drogas. Mike era inconstante. Em um momento dizia uma coisa e no seguinte... dizia
outra, contradizendo as palavras anteriores. Será que ele não percebia que isso enfurecia
Edward ainda mais?
– Bella seria nosso brinquedinho. Primeiro ela seria apenas de Dom Matteo... e depois
seria nossa...hum... dava água na boca so de imaginar toda apertadinha... Agora não
quero mais... já deve estar arrombad...
Ele não terminou de falar. Edward apertou-lhe o pescoço, deixando seus lábios quase
roxos.
– Já ouvi dizer que quem fala demais dá bom dia a cavalo? Pois agora você dará bom
dia ao capeta... é pra junto dele que você irá. Mas vamos nos divertir primeiro.
–Edward.
Sinceramente? Eu não ousaria fazer isso. Não nesse momento. A cena do que viria já
passava pela minha cabeça. Eu creio que não teria estômago pra isso. Se fosse o que eu
estava pensando... jamais me passaria pela cabeça uma coisa daquelas. Mesmo depois
de tudo o que já vi e ouvi... não acreditava que Edward tivesse tanto sangue frio.
Entrei no aston sem dizer uma palavra. Ainda dei um último olhar para Edward e depois
para Mike que esperneava, amarrado na traseira do volvo. Realmente... ele fez uma
péssima escolha. Eu daria no máximo alguns tiros nele e mais nada.
Assim que o aston parou perto do galpão, os rapazes saíram e pararam ao meu lado.
Provavelmente já sabiam dos planos de Edward, pois não fizeram nenhum comentário.
Jacob interrompeu.
– Não diga nada, Emmett. Se o chefe não disse nada a ela... então é melhor que ela não
saiba... daqui a pouco saberá.
Edward estava certo ao confiar plenamente em Jacob. Ele cumpria à risca as ordens
dele, mesmo que fosse para responder uma simples pergunta.
Todos eles sorriam. Deus do céu... eles gostavam disso. Pelo jeito não eram tão frouxos
como Edward dizia. Minhas pernas bambearam e me apoiei em Jasper quando vi o
volvo se movimentar e Mike berrar. Minha respiração estava absurdamente acelerada e
tive a impressão que não conseguiria respirar mais.
Edward dirigia devagar, mesmo assim eu ouvia os gritos de Mike, a poeira subindo e
cobrindo seu corpo que arrastava pelo terreno pedregoso. Quando o carro passou à
nossa frente os rapazes gritaram, mas eu fechei os olhos. Não que eu estivesse com pena
do Mike. Não tinha nenhuma. Mas eu não teria estômago para ver como ele estaria
depois de ter sido arrastado por tantos metros.
–Deus do céu...
Eu balbuciei quando ouvi Edward acelerar e o carro ganhar velocidade. Não sei o que
era pior. Se o som do motor esgoelando, ou se os gritos terríveis de Mike.
Pra que me fazer de durona? Eu não estava me agüentando. Eu iria acabar vomitando de
tanto desespero bem ali na frente dos homens de Edward.
Jasper segurou-me pela cintura e me fez entrar no galpão, ajudando-me a sentar numa
cadeira. Inspirei lentamente para ver se conseguia aliviar o torpor em minha cabeça.
–Beba.
Abri os olhos para pegar o copo e fiquei rígida na cadeira. À minha frente estava uma
enorme cruz de madeira e logo abaixo dela, o que me pareceu ser uma fogueira.
–Bella, ouça um conselho de amigo. Não fique aqui pra ver isso. Sinceramente nem sei
se eu conseguirei assistir.
Mordi meus lábios e baixei meus olhos, encarando o copo com água. Se ele não tinha
coragem, o que dizer de mim? Eu não era a poderosa como Edward achava que fosse.
Em alguns aspectos eu até que me saía bem. Mas no quesito mortes violentas... eu era
uma molenga, assim como Jasper.
– Não há de que.
Os dois homens riram alto. Dei um pulo na cadeira quando a porta foi aberta com
violência e Emmett entrou arrastando Mike. Jacob e Jasper ajudavam. Edward me olhou
dentro dos olhos antes de fechar a porta. Aproximou-se de mim e deslizou um dedo pelo
meu rosto.
Ele apenas balançou a cabeça e olhou na direção da cruz. Meu coração disparou mais
uma vez ao ver Mike sendo amarrado nela. Suas roupas estavam em frangalhos e várias
partes do seu corpo estavam em carne viva.
Aprumei meu corpo na cadeira, esperando a tal bebida de Jesus. Eu estava morta de
curiosidade com aquilo.
–Aposto como você nunca ouviu a história de Jesus... de quando ele foi crucificado.
Sabe... eu ficava me perguntando. Se ele conseguiu transformar a água em vinho... por
quando colocaram algodão com vinagre em sua boca, ele não fez o mesmo?
–Hoje eu tenho a resposta. Porque ele quis assim. Simples. Quis sofrer por nós. E sabe?
Acho que você quis ser Jesus...quis sofrer. Então...
So então reparei que Emmett estava de volta, com um pequeno balde, como se fosse um
balde de gelo. Estendeu-o para Edward.
–Vamos lá franga... tenho que lavar esse sangue que está em você.
Minha cabeça girou pela milésima vez nessa noite. Ou eu estava muito enganada... ou o
que havia naquele balde era vinagre?
Edward pegou o balde e caminhou até uma pequena escada ao lado da cruz onde estava
Mike. Subiu alguns degraus e quando estava pouco acima da cabeça dele... virou o
balde lentamente.
Mike berrou alto... mais alto do que jamais ouvi. E se debateu... eu quase pude sentir
sua carne sendo queimada... ardendo.
Edward riu e virou mais o liquido sobre Mike. Ele gritou novamente, já rouco, quase
sem forças. Seu peito subia e descia por causa da respiração descontrolada. O cheiro
começava a ser insuportável. Vinagre... sangue... a terra que grudava em seu corpo... e
urina. Mike urinou de tanta dor que estava sentindo.
– Jasper...
Pedi num fio de voz, mas ele não me ouviu. Eu precisava sair dali o quanto antes... ou
iria vomitar na frente de todos, inclusive de Edward.
Antes que eu chamasse Jasper novamente, Edward desceu a escada e jogou o restante
do liquido sobre o peito do Mike.
–Jacob...
Fez apenas um sinal com a cabeça e Jacob se abaixou em frente a fogueira, jogando um
liquido que pelo cheiro... era álcool.
Pensei em interferir. Pedir a Edward que desse uns tiros nele e pronto. Agora já não
sabia se estava com pena do Mike, se estava assombrada com aquilo tudo... ou se era
tudo junto. Mas as palavras de Mike me impediram de sequer tentar.
– Não imagina como foi... entrei com tudo... sem dó. E ela gritou feito uma vadia. E
enquanto eu a fodia com força... ela berrava seu nome... pedindo a ajuda que não veio.
O maxilar de Edward tremia e suas narinas estavam infladas. Ele não disse nada.
Apenas cruzou os braços e desviou o olhar para Jacob.
–Jacob...
Creio que somente nesse instante o estúpido do Mike percebeu o que iriam fazer com
ele. Mas já era tarde. Jacob se afastou e jogou um fósforo aceso. O fogo foi imediato. A
expressão no rosto de Mike foi de puro pavor.
–Não... não... me tirem daqui. Cullen... me tire daqui,seu maldito. Minha irmã está ali.
Edward se virou e sustentou o meu olhar. Engoli em seco, sem saber se saía ou não.
Sozinha seria impossível, já que minhas pernas estavam feito gelatina. Girou e
caminhou até mim, colocando sua mão em meu ombro.
–Saia daqui.
–BELLA... ME AJUDE!
Olhei para Mike e me arrependi. Seu corpo já estava em chamas. Levei minha mão à
boca novamente, segurando a onda de vômito que ameaçava sair.
Edward e Jacob permaneciam imóveis, assim como os seguranças e outros rapazes que
eu ainda não conhecia. Jasper e Emmett olhavam para o vazio.
Mike ainda gritava e se debatia. Eu não olhava mais. E nem sei de onde tirei forças para
me levantar e sair correndo quando o cheiro de carne queimada dominou o ambiente.
– Edward...
Jasper caminhou comigo lentamente até o carro dele e abriu a porta para mim. Entrou e
deu a partida. Eu encostei minha cabeça no banco do carro e fechei meus olhos, as
lágrimas descendo lentamente pelo meu rosto.
Eu queria acreditar nisso. Mas eu sabia que Edward não ficaria bem após isso. Eu o
conhecia muito bem para saber que ele não era tão frio como demonstrava às vezes.
Quando chegamos em casa Alice veio me abraçar e foi comigo até o quarto.
– Obrigada.
Não iria ter paciência para esperar que a banheira enchesse. Entrei sob a ducha e fechei
meus olhos quando a água morna deslizou sobre minha pele. Em certo momentos aquele
cheiro ainda penetrava meu organismo. Parecia que estava impregnado em toda a parte.
Suspirei. Por mais que eu tentasse... jamais iria descobrir o que se passava na mente do
Mike. Realmente ele não estava bem da cabeça. Somente alguém muito doente poderia
ter feito e dito tudo o que disse a Edward e pensar que teria uma morte rápida e indolor.
O pior de tudo é que vi em seus olhos que ele realmente não fazia idéia de que ele seria
queimado vivo.
Estremeci ao me lembrar disso. Até então eu tinha evitado falar essas palavras:
queimado vivo. Soava cruel demais e eu não queria vinculá-la a Edward.Entretanto, eu
sabia que ele não merecia perdão. Corri até o vaso e vomitei novamente ao me lembrar
das palavras dele: prometida a Dom Matteo. Que nojo.
–Beba tudo.
– Obrigada, Alice.
– Bella, por favor, se cuide. Não pode passar por essas coisas nessa fase em que está.
Jasper me falou como... como foi feita a coisa. Você só pode estar maluca.
–Pra ser sincera, Alice... eu não esperava que fosse desse jeito.
–Você me surpreende, Bella. Depois de tudo o que ele fez a vocês e principalmente ao
Edward... acha que ele teria uma morte rápida? Pelo amor de Deus...Edward não é
homem para brincadeiras e você melhor que ninguém sabe disso.
– Creio que não. Jasper ligou para o Emmett e ele disse que estava tudo acabado.
Estavam apenas... ajeitando as coisas. Geralmente Edward não fica...
Alice me deu um beijo no rosto e saiu fechando a porta. Meu estômago já estava mais
calmo, o que foi um alívio. Ajeitei os travesseiros junto à cabeceira da cama e recostei
meu corpo, fechando meus olhos. A vida desregrada do meu irmão chegou ao fim. No
entanto ainda tínhamos pendências, lacunas em minha vida que nem sei se seriam
preenchidas. Minha curiosidade agora era saber se minha mãe estava realmente viva.
Era tudo fantasioso demais e eu tinha medo de me desiludir. Sem contar que era muito
louca essa situação. A ex companheira do meu marido... minha tia. Não sei se queria
conviver com Victoria. Estar perto de mulheres que eu sabiam que estiveram na cama
dele... sinceramente não fazia parte do meu enredo.
– Os bebês?
– Ótimo.
Entrou no banheiro e logo em seguida ouvi o som da ducha. Eu não queria dormir.
Queria me aninhar no peito dele e ali ficar, mesmo que em silêncio. Não tinha jeito... eu
só ficava bem quando estava com ele.
Pouco depois saiu do banho, vestindo o roupão preto. Seu cabelo ainda respingava e a
imagem era simplesmente perfeita. Pensei que ele fosse se deitar, mas ele saiu do quarto
sem dizer uma única palavra. Esperei... esperei... e nada de Edward voltar.
Levantei-me e fui atrás dele. Encontrei Alice na sala, com Jasper deitado em seu colo.
–Desde a hora que chegou não desceu mais. E eu não sai daqui.
–Estranho...
–Edward?
Como não obtive resposta fui até ele e me sentei ao seu lado.
–Não.
–Você não é cruel. Agiu com crueldade, admito. Mas nem sempre é assim. E sabemos
que ele mereceu. E além do mais, Edward... eu já sabia desse seu lado quando meu
apaixonei por você.
Rapidamente ele me puxou para os seus braços. Deitei minha cabeça em seu peito
ouvindo o martelar do seu coração.
– Eu preciso amar você, Bella. Mas não acho justo... depois do que fiz.
– Não acha justo por que? Por que era meu irmão ou por que está se sentindo mal com a
situação?
–Mas eu não penso assim. A única coisa que quero é meu marido ao meu lado... na
nossa cama.
Caminhamos até nosso quarto e fomos direto para a cama. Desamarrei seu roupão e
inconscientemente lambi meus lábios ao ver toda a beleza e perfeição apenas com a
boxer branca. Será que Edward tinha noção do quanto ele ficava gostoso vestido com
ela? Deslizei minhas mãos desde seu tórax até suas coxas musculosas, que apertei
levemente.
–Edward... amor...
Ele me encarou, seu olhar quase se fechando, demonstrando o que seu corpo já havia
denunciado: seu desejo por mim.
–Eu não quero que fique pensando nisso. Acabou. E pare com isso de não querer me
tocar por se sentir sujo. Eu não o vejo assim.
–Mas eu me sinto assim. Não por ele ou por mim, mas por você... por nossos filhos.
Não quero que me vejam como um brucutu cruel e insensível, embora eu seja realmente
assim.
–Não...
Sentei-se sobre seus quadris e inclinei meu corpo até roçar sua boca com a minha.
–E antes que eu me esqueça... não se pode fugir de certas coisas, Edward: Uma vez
poderoso... sempre poderoso.
Não consegui dizer nada. Edward sempre dizia que me amava. E a cada dia, dizia de
uma maneira diferente, mas sempre sincera.
“Mostre-me um homem que não seja escravo das suas paixões.” (Shakespeare)
Edward POV
Eu não me reconhecia mais. Pra dizer a verdade... será que alguém dia eu me conheci?
Eu era realmente aquele sujeito cruel, desumano e insensível? Quantas e quantas vezes
eu falei que queria ser um homem melhor para que Bella se orgulhasse de mim? E que
merda foi aquela que fiz?
Está certo que nunca tive piedade de quem se metia comigo. Mas queimar um homem
vivo? Pior... eu fiz isso pura e simplesmente por ele ter colocado Bella no meio da
conversa. Confesso que estava com medo de mim mesmo. Até onde eu iria por ela? Que
loucuras a mais eu faria por amor aquela mulher?
Eu não queria sujar minhas mãos com aquele ser desprezível do Mike... decididamente
aquele homem que assistiu a outro morrendo queimado não era eu. E veio o depois...
olhar nos olhos de Bella. Deitar-me ao lado daquela mulher maravilhosa que carregava
meus filhos... e eu tão sujo. Embora eu soubesse que Bella não me culpava, sequer
tocou no assunto... a culpa me massacrava.
Deus... o que estava havendo comigo? Mesmo agora, três semanas depois do ocorrido...
eu mal conseguia olhar Bella diretamente. Simplesmente deixei tudo parado. E impedi
que ela se envolvesse também. Nada de Dom Matteo, Brianna, Victoria, Renné... nada.
Às vezes minha vontade era de sumir por uns tempos para ver se eu me reencontrava.
Mas ai eu sempre voltava no mesmo ponto: Bella. Como ficar longe dessa mulher?
Alguém me explique, por favor, como dominar esse amor tão arrebatador que eu sentia
que estava literalmente acabando com meu juízo, com minha capacidade de
racionalizar?
Eu não queria que se transformasse num amor nocivo, que machuca, que fere. Só quero
ver minha mulher feliz. Eu me odiava por ver Bella me rodeando e eu sem dar chance
para uma conversa. Eu não tinha condições. Não ainda.
No dia seguinte à morte do Mike, chamei Rosalie para examinar Bella. Felizmente os
três estavam bem. Sorri. Consegui sorrir. Sua barriga deu um “salto” de repente.
Cresceu absurdamente nesse meio tempo. E ela estava linda.Meu Deus... como eu
amava olhar aquela barriga redonda, que abrigava meus amores.
E era exatamente por eles que eu precisava me transformar numa pessoa melhor. Eu até
chego a pensar que não sou tão ruim. Tenho apenas que parar de ficar estressadinho
quando o assunto é Bella. Mas, caralho... o simples olhar de um homem sobre ela faz
meu sangue ferver. Há três dias fui buscá-la que estava com Alice comprando mais
roupas para os bebês. Eu pirei ao ver o vendedor jogando charme pra ela. Se não fosse
Alice... eu teria partido a cara dele.
Será que não seria o caso de procurar um tratamento... um psicólogo...sei lá? Isso não
era normal. Ou era? Ah...sei lá, porra! Eu nunca amei.
Olhei as horas: uma e meia da manhã. Merda... ultimamente ela estava tendo mais sono
ainda. So poderia falar com ela pela manhã. Levantei-me, batendo na calça para retirar a
areia e entrei no volvo. Tentaria evitar qualquer pensamento agora. Liguei o som e segui
cantarolando baixinho. Mas como tudo me remetia a ela... a música que começou logo a
seguir era a música que dançamos em Buenos Aires.
Eu ri alto ao me lembrar de nós dois feito adolescentes, correndo para o banheiro. Ela
me excitava além da conta, me deixava maluco. Estava sentindo uma puta saudade
daquele corpo, daquela boca.
–AH...BELLA...BELLA...EU TE AMO!
Eu berrei como se aquilo aliviasse alguma coisa.Eu acho que entendi uma coisa: eu
amava. Amava Bella com loucura. Mas eu precisava aprender a amar. Aprender a não
deixar que aquele amor chegasse ao ponto de sufocá-la.
Ainda permaneci um tempo dentro do carro logo após estacionar em casa. Há dias eu
chegava tarde em casa e ela nunca mais ficou na sacada me esperando. Cristo... o que eu
estava fazendo com meu casamento? Depois da morte Mike resolveu me assombrar?
Entrei em casa... tudo às escuras. Combinava bem comigo. Entrei em meu quarto e
como sempre prendi a respiração. Geralmente Bella dormia de costas pra porta. Hoje
não. Estava de frente, os cabelos espalhados pelo travesseiro.Usava apenas o short do
baby doll e um top. Sorri com aquela visão. A barriga proeminente, reluzia à luz fraca.
Bella se lambuzava de hidratante todas as noites com medo das tais estrias. Revirei
meus olhos e fui para o banheiro. Como se umas simples manchinhas fossem deixá-la
menos desejável e menos amada.
Tirei minhas roupas e entrei sob a ducha, a areia em meu corpo começava a me pinicar.
Iria dormir e amanhã conversaria seriamente com Bella. Apesar do que, eu nem sabia ao
certo o que iria dizer a ela.
Vesti apenas o calção do pijama e fui até a varanda, sentado-me na cadeira. Pra piorar
tudo, eu não tinha sono. Mesmo assim tentaria dormir...ou iria ficar louco de tanto
pensar besteira.
Fechei meus olhos, tentando acalmar meu coração que pulava com o susto que levei.
Girei lentamente meu corpo e encarei Bella. Puta merda... mas ela estava linda demais.
Era isso que acabava comigo.
Bella ficou em silêncio, talvez analisando se valia a pena começar uma discussão a essa
hora. Por fim ela se sentou na cadeira ao lado da minha.
–Eu não consigo dormir enquanto não está ao meu lado, Edward. A cama fica... fria,
vazia.
Não tive como responder. Fui pego completamente de surpresa. Sempre pensei que
estivesse dormindo quando chegava. Mas não. Ela estava atenta a todos os meus
movimentos.
–Ai é que está,Bella. Nunca me importei porque nunca tinha sido tão cruel assim.
–Ele mereceu.
–Não. Ele merecia morrer, mas não daquele jeito. Bella...eu fiz aquilo movido pela
raiva, pelo ciúme... pelo amor doentio que sinto por você. Não pode ser assim.
Pela primeira vez nessa noite nossos olhares se cruzaram. Havia tanto dor nos olhos
dela que eu quis me matar. Merda... merda... por que eu fazia tudo errado?
–Você quer dizer... nosso amor te faz mal? Edward, por favor... não faça isso. Não
acabe com nosso casamento assim.
–Não. não é isso meu amor. Eu quis dizer que o meu amor pode ser nocivo. Eu perco o
controle sobre mim. Ajo sem pensar. Prova disso é o que fiz. Bella, eu não quero ser
assim...tão mal. Eu quero que você sinta orgulho de mim. Quero que nossos filhos
tenham orgulho de mim, que eu seja uma referência pra eles.
–Não é... não é nocivo, Edward. Como algo nocivo poderia gerar dois bebês que já
amamos tanto? Você é maravilhoso...
–Nossos filhos já amam você, Edward. Eu sei... eu sinto. E eles terão o maior orgulho
em serem seus filhos.
Eu ofeguei e arregalei meus olhos. Olhei pra Bella que também tinha os olhos
arregalados e uma nova enxurrada de lágrimas descia pelo seu rosto.
Era um sentimento estranho... um aperto no peito e logo em seguida uma explosão. Mas
eu nem conseguia respirar direito, sequer falar. Um bolo se formava em minha garganta
e eu so sabia chorar. E novamente eles se moveram. Eu olhava para a barriga de Bella,
encantado. Parecia um bocó, apenas sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
–Viu como eu tenho razão? Pare com essa birutice. Você é o marido perfeito e será o
pai perfeito. Teve um deslize, tudo bem. Mas o seu amor so me faz bem, Edward. So me
faz mal... quando me deixa só. Não faça isso mais. Não suporto ficar sem o som da sua
voz, sem seu sorriso, sem seu toque...
Levantei-me puxando-a para cima e devorando sua boca. Minhas mãos seguravam seus
cabelos enquanto nossos lábios se esfregavam vorazes... famintos. E agora eu nem
conseguiria esmagá-la em meus braços como eu gostava. Mas era por uma boa causa.
Eram meus bambinos que estavam ali.
Peguei-a no colo e levei até nossa cama, sem separar nossos lábios. Desci beijos pelo
seu colo, passando por seu ventre, mas Bella me puxou pelos cabelos.
Uma de minhas mãos estava em seu ventre. Nós rimos ao sentir o movimento
novamente.
–Ah...bebês...vão dormir...
–Não vão dormir, nada. Esperei muito tempo pra sentir isso.
–Edward...
–Minha princesa...
Era maravilhoso. Parecia que eles me respondiam. A cada frase que dizia eles se
moviam.
–É uma sensação tão boa, Edward. Agora realmente eu tenho certeza que eles estão
bem.
–Sei lá... minha barriga demorou tanto a crescer...e ainda não se mexiam. Ficava
parecendo que era um sonho.
–É claro que perdôo. Desde que não saia de perto de mim nunca mais.
–Eu juro que não. Mas você ao menos entendeu o que se passa comigo, Bella?
–Entendi, Edward. Mas não é nada disso do que está pensando. Tudo bem, como eu
disse talvez você tenha exagerado um pouco no castigo do Mike. Mas já foi...
acabou.Eu só não quero que pense que seu amor nos faz mal. Ah... quer saber?
Ela se virou e ficou sobre meu corpo, seus quadris colados ao meu complicando um
pouco minha capacidade de raciocínio. Toquei sua barriga.
–Estão quietinhos?
–Agora sim. Mas, Edward...como eu estava dizendo. Podem dizer que sou
louca...doente...masoquista... mas eu gritarei bem alto: FODA-SE.
No entanto fui eu a rir alto. E Bella me agarrou pelos cabelos da nuca, beijando-me com
brutalidade.
–Caramba... eu amo sua risada.Que falta senti dela. Mas deixe-me continuar.
Ela me beijou mais uma vez antes de falar. E estava difícil...alguém já latejava La
embaixo.
–Sou uma safada, eu sei. Mas eu AMO esse seu jeito, Edward. Você é maravilhoso
quando está romântico, carinhoso, apaixonado. Mas é igualmente perfeito quando está
bravo, ciumento... possessivo. Foi assim que te conheci, foi assim que te amei. Não
quero que mude. Eu te amo assim: bruto, arrogante, possessivo, lindo e filho da puta de
gostoso.
Eu ri novamente, mas meu pau quase se enfiava nela sem pedir licença.
Antes que eu entendesse o que ela queria dizer, Bella ergueu um pouco os quadris e
desceu sua mão segurando meu pau. Em seguida desceu, abrindo-se para mim e
permitindo que eu me enterrasse por inteiro dentro dela.
Ergui meu corpo, ficando sentado na cama mas sem permitir que um milímetro saísse
de dentro dela. Bella segurou em meus ombros enquanto eu segurava sua cintura,
forçando-a pra cima e pra baixo. No começo tive medo. Bella subia e descia com tanta
força em meu pau que minha respiração saía aos arquejos.
Mas depois minha paixão por ela falou mais alto. Passei a erguer meus quadris,
entrando com força e rápido em seu corpo. Bella me apertava tanto fora quanto dentro
do seu corpo. Balancei minha cabeça, completamente alucinado quando Bella gritou
estremeceu, seu gozo escorrendo em mim e contribuindo para o meu próprio orgasmo.
Meu sêmen disparou em jatos fortes de dentro de mim e agradeci por estar sentado. A
explosão de prazer foi tão intensa que fatalmente não agüentaria de pé.
Bella mordeu minha orelha, ainda gemendo... ainda rebolando sobre mim.
Mesmo com a boca colada em seus seios ,eu respondi, meu desejo ainda não satisfeito.
–Disse que você não é tão poderoso a ponto de machucar nossos bebês.
Sorri.
–Quer dizer que posso pega-la com força... até perder os sentidos?
–Não.
–Bella...
–Estou barriguda, mas não estou morta. Castigo... nunca mais vai me deixar três
semanas na seca. Vou sentar tanto minha boceta em seu pau, Edward.
Desceu suas unhas feito felina, do meu peito até minha barriga. Eu gemi de dor e prazer
e também por ouvir suas palavras.
Ela girou o corpo e de costas pra mim, desceu novamente engolindo meu pau.
Ergui meu corpo e mordi suas costas, minhas mãos fechando-se sobre seus seios.
Ela girou a cabeça e a expressão luxuriante em seu rosto me fez perder o fôlego.
Gemi novamente e fechei meus olhos. Pensando bem... eu deveria ter crises de
consciência com mais freqüência.
“Respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim
em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de
viver.” (Clarice Lispector)
Bella POV
Três semanas... tempo demais longe do meu homem. E o pior de tudo era tentar
imaginar o que se passava naquela cabeça. Por um momento insano eu pensei que meu
casamento tinha chegado ao fim. E nesse instante de loucura eu odiei ainda mais o meu
irmão. Era por culpa da sua morte que Edward estava assim. Nem depois de morto a
praga dava sossego.
Entretanto Edward era uma caixinha de surpresa. Eu nunca deixei de acreditar que por
trás daquela máscara de homem frio e insensível havia um homem fantasticamente
apaixonado e sensível. Eu o amava com todas as minhas forças e não iria permitir que
ficasse abalado por causa de um merdinha.
Mas nem foi preciso dizer nada. As barreiras dele desabaram no momento em que
nossos bebês se mexeram. Nunca conseguirei explicar o que senti naquele momento.
Tenho certeza que eles se manifestaram para dizer ao pai o quanto ele é amado. Porque
é simplesmente impossível conhecer Edward e não amá-lo. Posso dizer que esse é um
dos momentos mais felizes da minha vida. A volta do meu marido e sentir nossos filhos
se mexendo. A prova de que estavam bem e felizes.
Senti tanta saudade que chegava a doer. Mas agora eu o tinha novamente em meus
braços, novamente dentro de mim, levando-me a loucura. Eu bem que queria castigá-lo,
deixá-lo sem condições de sair da cama de tanto fazer amor comigo. Presunçosa que
sou. Esqueci-me que ele é O poderoso não é à toa. Que disposição tinha esse homem.
Meu corpo e meu tesão agradeciam tanto vigor. Eu falei que seriam 48 horas de sexo e
ele estava levando ao pé da letra. Quanto tempo ele me deixou dormir? Duas horas...
três? Aliás, sempre reforçando que fazia isso por causa dos bebês. Se eu não estivesse
grávida... seriam dois dias ininterruptos. Mas essa eu pagava pra ver. Nem ele
agüentaria.
Eu estava deitada de lado, as pernas encolhidas quase próximas ao meu ventre. Edward
estava atrás de mim e eu podia sentir seu pau duro em meu traseiro. Sua mão estava
fechada sobre meu seio e sua boca deslizava pelo meu pescoço provocando arrepios.
–Descansada?
–Só um pouco.
–É?
Ele mordiscou o lóbulo da minha orelha e isso foi o suficiente para que eu sentisse meu
sexo palpitar.
Apenas gemi. Mas isso não o satisfez. Apertou meu mamilo e enfiou a língua em meu
ouvido. E como se não bastasse isso, rebolou seus quadris, seu pau quase se enfiando
em meu traseiro.
– Responde. Quer meu pau dentro de você? Quer sentir como ele fica esmagado dentro
dessa boceta apertada?
Gemi novamente e levei minha mão para trás alcançando seu pau. Meu dedo deslizou
pela cabeça úmida e eu sorri ao ouvi-lo gemer.
–Sei que está absurdamente molhada... mas nem isso ajuda. Meu pau sempre acaba
esfolado de tanto foder você. E é o que vou fazer agora.
Revirei meus olhos. Ele me enlouquecia apenas com palavras. Porra de homem mais
gostoso. Não me cansava de dizer isso.
Não me fiz de rogada, mesmo porque era impossível sentir aquela potência dentro de
mim e não rebolar alucinada pedindo mais. Edward estocava com vigor, suas bolas
quase massageando meu clitóris. Segurou minha cintura com apenas uma das mãos e a
outra deslizou pelas minhas costas até alcançar minhas nádegas. Seu dedo circulou meu
ânus e eu rebolei mais afoitamente.
–Gostou não é?
Ele rosnou e deu fortes estocadas ao mesmo tempo em que seu dedo se enfiou naquele
lugar ainda intocado. Eu gritei... dor e um prazer imenso percorrendo meu corpo.
Edward parou os movimentos com o dedo, mas seu pau continuava estocando fundo.
–Com os dois...
Aumentou o ritmo, seu quadril batendo com força em minha bunda e seu dedo entrando
e saindo do meu ânus. Milhares de sensações percorriam meu corpo. Dor, prazer,
arrepios e meu sexo começou a se contrair. A cada contração eu estremecia e sentia meu
liquido escorrendo. Eu gemia sem parar, e não conseguia mais racionalizar nada.
Somente sentia o pau muito duro me arrombando, entrando e saindo, rebolando dentro
de mim e aquele dedo mágico transmitindo sensações que jamais pensei que existissem.
Isso não ajudou muito. Dessa vez minhas paredes se fecharam como se tivessem medo
que ele escapasse e eu gozei novamente. Um orgasmo avassalador que me fez gritar e
consequentemente Edward também gritou ao se sentir mastigado pelo meu sexo. Em
seguida se sêmen me invadia, quente e abundante.
–Sim... mais...
–Quer se deitar?
–So se for em seu pau.
–Bella?
Parei de falar quando Edward olhou para baixo, para o próprio corpo. Eu ofeguei. Ele
ainda estava duro ou voltou a ficar duro? Puta que pariu... ninguém pode me recriminar
por ser tarada por ele.
Ele riu e saiu da cama mas apenas para se sentar na beirada dela.Segurou seu pau com
firmeza próximo a base e ergueu os olhos luxuriantes pra mim.Levei minha mão ao meu
sexo, apertando-o para ver se cessava aquele latejar constante. Ele sorriu, passando a
língua pelos lábios.
Fui até ele e ajoelhei-me na cama. Segurando em seus ombros, desci meu corpo,
mordendo meus lábios e gemendo ao sentir seu pau alargando meu corpo, que voltou a
se fechar à sua volta.Eu ofeguei e suspirei ao senti-lo tão fundo que quase tocava meu
útero. Mas era muito bom. Edward abraçou minha cintura e eu segurei em seus cabelos,
buscando sua boca. Comecei a rebolar sobre ele lentamente, mas a sensação de te-lo era
boa demais para ficar nessa calmaria. Ergui um pouco os quadris e desci de novo com
força... com vontade. Edward gemeu abafadamente, a boca colada em meu seio. Mas
seus braços começaram a me impulsionar com mais força, socando meu sexo com força
em seu pau. Ele gemia e trincava os dentes, metendo sem parar e cada vez mais fundo.
Inclinei um pouco para frente, deixando minha bunda um pouco empinada.
–Mais, Edward...mais...
Ele estocou com força, parou dentro de mim e rebolou. Minhas pálpebras reviraram e eu
grunhi, incapaz de me controlar. Levei minha mão para trás e peguei em sua mão,
forçando-a em meu ânus. Edward entendeu e mais um dedo se juntou ao outro. Eu gemi
mais alto e cravei meus dentes em seu ombro, rebolando de forma alucinada.
–Quero...ah...Edward...eu quero...
–Ahh... vadio...gostoso...
Ele se afastou um pouco, olhando para o meu rosto, ainda estocando ,mas agora
lentamente.
–Machuquei você,amor?
–Bella...
Passei minhas mãos pelo rosto bonito, olhando-o quase com adoração.
Agora eu estava molinha. Deixei-me ser colocada na cama com um sorriso feliz no
rosto.
Existiria espaço para tanta felicidade ainda em minha vida? Em matéria de amor entre
homem e mulher, quero dizer. Porque em outros aspectos ainda tínhamos muitas
surpresas maravilhosas. Como seriam nossos bebês? Um Edward e uma Bella? Ou a
garota seria parecida com ele e o garoto comigo? Ou todos parecidos com ele? Apenas
comigo, não. Eles teriam que ter os traços deslumbrantes do pai.Sorri ao pensar na
palavra que Edward iria abominar: dois mafiosinhos. Ele nem ao menos poderia sonhar
que pensei isso. Tão tolo. Ele era isso e pronto. Eu amava assim e que se dane quem
acha que ele me trata mal, que é grosso e insensível. Somente eu o conhecia
profundamente.
**********
Abri meus olhos tentando me acostumar com a claridade.Ao meu lado na cama, Edward
lia um livro.
–Edward?
–Eu dormi?
–Parecia desmaiada.
–Três da tarde.
Merda. Quando Edward me deixou para ir a cozinha eram oito da manhã. Dormi
demais. Ele se levantou e pegou uma bandeja parando ao lado da cama e esperando que
eu me sentasse.
–Grosso.
–É safada mesmo.
Levantou-se e eu o segui com o olhar. Somente então percebi duas malas. Meu coração
disparou feito louco dentro do peito.
–Vai viajar?
–Sim.
–Pra onde?
–Pensei que fosse perguntar com quem.
–Com quem,Edward?
Peguei uma batata em meu prato e atirei na direção dele. Claro, sendo bom em tudo ele
a pegou no ar...e comeu.
–Tudo bem. A maluca sou eu. Pra onde vamos e por quê?
–Vamos para o Caribe. Apenas para passear. Ficarmos a sós. Acho que você merece um
mimo depois de termos ficado tanto tempo afastados.
Sorri.
–É só brincadeira, linda. Parece que você ainda tem medo que eu deixe você.
–Nunca. Eu prometo isso. Nunca vou te deixar. E jamais irei me afastar por tanto
tempo. É uma promessa.
Voltei a comer enquanto Edward vestia sua camisa. Pouco depois uma batida na porta e
à ordem de Edward, Alice abriu a porta.
–Oi,Bella.
–Mataram as saudades?
–Sim.
–Fale por você, Bella. Eu ainda não recuperei tudo o que perdi.
Eu me intrometi no assunto.
–Bom...vou descer que irei sair com a Esme para comprar algumas roupas pra Brianna.
–Obrigada,Alice. Irei me esforçar. Ele está ali no closet e já estou com saudades.
Ela revirou os olhos e saiu. Terminei meu almoço e depois fui olhar a mala que Edward
separou.
–O que quer?
–Sim.
–Meu xampu?
–Sim.
–Sou mesmo. Agora tome um banho rápido senão fará mal a você.
–Vaco.
Resmunguei entrando para o banheiro, mas ouvi sua risada no quarto. Praga de homem.
Deixava-me feliz até dando coice.
Tomei um banho rápido como ele disse e coloquei um vestido solto que acentuava ainda
mais minha barriga. Deixei meus cabelos soltos e quando me virei encontrei seu olhar.
Que coisa estúpida...meu coração ainda não estava acostumado com isso e disparou
violentamente.
–Sim.
Seguimos ate a fazenda e lá pegamos o jatinho. Não sei se era impressão minha, mas
Edward estava com um brilho diferente no olhar, como se estivesse livre pela primeira
vez na vida.
CONTINUA....
Notas finais do capítulo
Bem, eu sei que vocês odeiam essa última palavra do capítulo e eu também.Entretanto
foi preciso para não deixa-las sem uma dose do poderoso no fim de
semana.Então...quem me acompanha no orkut sabe que minha pressão resolveu dar uma
de Daiane dos Santos e deu um duplo twist carpado...e quase fui dessa pro lado de lá.
Por isso não consegui escrever o capítulo todo. Mas agora estou bem e postarei a
continuação o mais rápido possível. Bejos no core Ahhh...ja ia me esquecendo. O
Poderoso está quase alcançando os 5000 reviews...*enxuga lágrimas*...e vocês
merecem um mimo. Conto mais depois.
Girei minha cabeça para um lado e depois para o outro avaliando o material à minha
frente. Não sabia o que era melhor... frente ou verso. So sabia que ambos faziam meu
pau subir com uma velocidade impressionante. Nesse momento já parecia uma rocha
molhada, babando... subindo e descendo. Apertei a cabeça com força, trincando meus
dentes. Aquela bunda empinada acabava com meu juízo. Me vinha uma ânsia de
estapeá-la com força e depois socar meu pau com toda força que conseguisse ter.
–Vire-se.
Meus olhos passaram pelos seus seios e ventre volumosos. Inclinei novamente a cabeça
para ver melhor a bocetinha pequena e inchada.
Em dois segundos eu parei diante dela, meus olhos quase se fechando de tanto tesão. Eu
tinha certeza que um dia Bella seria minha ruína...nem que fosse minha ruína sexual,
deixar-me completamente brocha.
Claro que, falando em meus filhos, eu iria parar na hora. Mas não resisti. Depois de
transar com ela bem contido, para não machucar...ela me falou que eu estava perdendo a
prática. Bandida... sabia mexer comigo.
Isso...me desarma. Eu era um mafioso de merda isso sim. Onde já se viu sucumbir tão
fácil perante uma mulher? Os outros chefões de outros países certamente iriam rir da
minha cara se me vissem todo derretido. Ia ser motivo de chacota por anos.
E eu diria: que se fodam todos. Se todos os bandidos desse mundo tivessem uma mulher
gostosa e quente como a minha não teriam tempo para pensar apenas em crimes.
Abracei o corpo deliciosamente nu e arrastei-a ate a cama. Embora eu ainda estive louco
de tesão por ela, não iria fazer nada... por enquanto. Bella se aconchegou em meu peito
bocejando.
–Precisava pensar, Bella. E além do mais você precisa ficar livre de toda aquela tensão
que é nossa vida. Por mim ficaria aqui e so voltaria quando os bebês tivessem nascido.
–Agora está, Bella. Mas poderia não ter estado. Passar por tudo o que você passou desde
quando fui baleado. Aposto como esses bebês vão nascer neuróticos.
–Pois é... bebês malucos e com ferraduras nos pés...já que a cavalice faz parte da
genética do pai.
–No começo até que sim. O perigo me excita...a descarga de adrenalina é viciante
demais. Mas isso foi numa outra época...eu era solteiro...
–Sim, mas você vivia com mulheres. Eram companheiras, de certa forma.
–Mas nunca fiz segredo pra ninguém que não passaria daquilo. Nem sei por que ficava
com essas mulheres.
–Sexo.
Ponderei. Será que foi apenas por isso mesmo? Algumas nem eram tão boas de cama
assim. Era mais uma das inúmeras perguntas que teria que me fazer quando estivesse às
sós com minha consciência.
–Que seja. Mas hoje eu tenho você. E tenho filhos que sempre foi meu sonho...eu não
posso continuar desse jeito, arriscando a minha vida e a de vocês.
–Sinceramente? Eu não vejo você assim...longe de tudo isso. Essa sua imagem...sei lá.
Se bem que você emana poder mesmo se estiver so de cueca.
–Pense nisso depois... vamos ficar assim juntinho. Não vai ter ninguém pra nos
atrapalhar.
–Tem a empregada.
–Chefão em declínio.
–Não acho que está caído. Pelo contrário...sinto você bem duro aqui atrás.
–Bella, não comece. Eu preciso estar mais relaxado para não machucar você.
–Calma, Bella.
O rosto vermelho denunciava a verdade que ela tentou em vão ocultar. A principio eu
não me importei. Bella era pequena demais para mim e não era incomum isso acontecer.
Porém so depois eu me toquei. Porra...ela está grávida...poderia prejudicar de alguma
forma. Se ela não estivesse...tudo bem. Eu já estaria esfolando sua boceta com meu pau
há muito tempo.
Novamente ela atacou minha boca, rebolando seu corpo sobre o meu. Afastei-a
repentinamente.
–Só um minuto.
Ela se sentou com os braços cruzados e a cara emburrada. Peguei o ipad e ignorei o
olhar ultrajado dela.
Abri a página de pesquisas e digitei: sexo na gravidez. Foi o suficiente para Bella
explodir numa gargalhada.
–AHHH...viu só? A não ser que haja algum problema na gravidez...o que não é nosso
caso. O pênis não tem como machucar o bebê.
–Mas olhe só isso: o sêmen tem substâncias que podem provocar as contrações.
–Ai...meu Deus...so no final da gravidez , Edward...ah...seu frouxo. Pra mim ta é de
boiolagem.
–Quero demais...vem.
Segurei-a pelo pescoço e engoli sua boca, fazendo-a gemer, não sei se de dor ou susto.
Sua mão macia envolveu meu pau, massageando-o.
–Vire.
–Você quer aqui, não é safada? Eu também estou louco pra foder esse rabinho
apertado...
Segurei meu pau que molhava completamente minha mão e passei lentamente pelo
pequeno orifício...gemendo mais alto. Foi demais pra Bella...empinou a bunda fazendo
meu pau entrar um pouco naquele pequeno buraco, me fazendo gritar...de prazer e raiva.
–Porra...sua louca...
Apertei ainda mais sua coxa, metendo meu pau sem descanso.
Assim que senti a última gota se esvair cai ao seu lado. Falei que ela ainda iria acabar
comigo. Estava moído. Entretanto Bella girou meio desengonçada e sorriu.
–Nem vem...
–Edward...
Eu ri e fechei a porta.
–EDWARD.
Bella POV
No instante seguinte ele já quis ficar a sós. Viemos para o Caribe passar um tempo.
Edward estava certo. Eu precisava relaxar. Às vezes achava que não iria conseguir
aguentar tanta coisa. Sou forte, como ele mesmo já disse várias vezes. Mas nem sempre
minha mente agüenta tanta coisa.
Fiquei maravilhada com a dedicação dele em querer me proporcionar dias mais calmos.
Entretanto aquela idéia de abandonar o mundo ilegal não era bem vista aos meus olhos.
Eu não sei explicar. Amo Edward de todas as formas possíveis e explicáveis. Mas
aquele jeito durão, implacável e rude me excitava além da razão. Eu tinha medo que
isso se perdesse caso ele se desligasse mesmo da máfia.
Mas eu discutiria isso com ele outra hora. Se ele queria que me ver descansada e livre
de preocupações... Então eu ficaria quietinha. Entretanto eu sempre me esquecia da sua
bipolaridade. Depois de fazer sexo comigo de forma intensa e apaixonada, ele
simplesmente dizia que iria sair com uma amiga? Que merda de amiga era essa que eu
nem tinha consciência? E eu iria ficar aqui enquanto ele ia se divertir com uma ordinária
qualquer?
–EDWARD.
Eu berrei já sentindo minha pulsação acelerada. Isso não... Hoje eu iria matar Edward
antes que ele me matasse. Revirei minhas coisas e peguei um vestido qualquer. Ele não
iria fazer isso comigo. Já começava a imaginá-lo na praia com alguma loira do lado.
Minha garganta se fechou e lágrimas quentes escorreram pelo meu rosto. Ele nem
queria me tocar direito.
Olhei-me no espelho tocando o ventre volumoso. Será que eu estava tão feia assim?
Tremendo, eu calcei as sandálias e estavam prontas para sair quando a porta se abriu e
Edward apareceu novamente. Olhei para o rosto perfeito e um pouco assustado, o peito
másculo desprovido de camisa... me subiu uma raiva tão grande que avancei pra ele já
esmurrando seu peito e chorando incontrolavelmente.
–Seu maldito, desgraçado... por isso que me trouxe aqui? Para matar as saudades de
suas vagabundas? Vai ficar por ai se divertindo enquanto eu fico trancada aqui?
–Calma? Meu marido já vai sair com outra e quer que eu tenha calma?
–Eu não suporto outra mulher perto de você, Edward. Não faça isso comigo.
Sentei-me na cama e ele se ajoelhou aos meus pés. Seu olhar era angustiado.
–Brincadeira?
Ele se levantou e foi até a jarra pegando um copo com água para mim.
–Beba... acalme-se.
Então existia mesmo uma amiga. Isso não aliviava em nada meu coração. Meu
Edward... meu poderoso chefão da máfia tinha uma amiga aqui no Caribe? Lembrei-me
dos dias em que ficou fora... já no primeiro dia o Emmett disse que não duvidava nada
que ele tivesse vindo pra cá... Pra ficar com ela? Poderia ser infantilidade, mas eu
jamais aceitaria a amizade de Edward com uma mulher. Mulher nenhuma iria querer ser
apenas amiga dele..
–Está melhor?
–RESPONDA, PORRA!
Ele suspirou.
Edward levantou-se e estendeu a mão para mim. Ignorei e segurando na borda da cama,
levantei-me. Já entrava no sétimo mês de gestação e estava mais difícil me levantar sem
apoio.
Ele revirou os olhos e pegou uma camiseta que apenas jogou sobre os ombros.
Saímos pela enorme porta da cozinha que dava acesso ao extenso jardim. A piscina
ficava um pouco mais afastada, mas ainda assim era possível vê-la perfeitamente.
Ele falou caminhando à minha frente. Mostrei língua às suas costas, numa atitude
infantil. Mas não conseguia desviar meu olhar das costas e bunda musculosas que
andavam a minha frente. Quando ele morresse iria pagar por ser tão gostoso assim.
Ele parou, as mãos na cintura e assoviou. Franzi meu cenho e parei um pouco atrás dele.
Era assim que ele mostrava que havia chegado?
Minha boca foi se abrindo em espanto quando vi uma enorme cadela marrom e branca
da raça Husky Siberiano se aproximar correndo e pular em volta de Edward.
Ele se agachou, acariciando a cabeça dela que se apoiou nas patas, a língua pra fora,
adorando os carinhos dele.
Meus olhos se fecharam enquanto caminhava para mais perto. Parei ao lado de Edward
e dei um tapão em sua cabeça.
–Ai...
Ela obedeceu e eu me derreti. Ela era linda e pelo pouco que vi, Edward tinha
verdadeira adoração por ela.
–Oi Brigitte...
–Ela está eufórica. Preciso levá-la para passear. Pode vir caminhando até a praia? Não
vou tocar em você, já que peguei nela.
–Basta ir devagar.
–Então vamos...
Caminhei ao lado dele que ia tranquilamente, como se há pouco não tivesse quase me
feito ter um colapso. O vento desmanchava os cabelos dele e os meus. Contrariando o
que disse anteriormente sobre não me tocar, ele afastou uma mecha do meu rosto,
colocando-a atrás da orelha.
Chegamos à praia e esperei enquanto Edward olhava para os lados como se procurasse
alguma coisa.
– O que foi?
Brigitte permanecia ao lado dele, abanando o rabo, a língua ainda pra fora.
Por fim sentei-me em uma pedra enquanto Edward tirava seus tênis. Abaixou-se e ficou
com o rosto próximo ao meu.
Como eu poderia ficar brava com aquele verde intenso me encarando? Aquela boca
sexy se movendo e a voz rouca causando calafrios em minha pele?
–Não...
Diante de minha negativa, ele me beijou suavemente. Roçou os lábios e depois penetrou
sua língua calmamente. Eu suspirei fazendo- o rir.
–Quietinha ai.
Estava ai mais uma faceta do meu poderoso. Em nossa casa não havia animais tão
mansos. Apenas quatro cachorrões que eu tinha até medo de olhar para eles. Jamais
ficavam à vista, felizmente.
Ele me olhou ainda sorrindo e não pude reprimir um sorriso também.Eu poderia ficar o
dia inteiro aqui vendo essa cena. Edward e Brigitte brincando na praia, deixando sempre
um sorriso em meu rosto. Gargalhei quando Brigitte se embaralhou nas pernas de
Edward, jogando-o ao chão.
Agora eu entendia seu desejo de abandonar a máfia. Apesar de toda a casca que usava,
Edward era um homem comum. E estava cansado de ser durão o tempo todo. Agora eu
o via livre como jamais vi e imaginei em minha vida.
Sorri novamente quando ele me olhou. Era esse o pai que meus filhos teriam. Passei a
mão pelo meu ventre sentindo-os se mexendo.
–Vocês não imaginam o pai maravilhoso que espera por vocês, meus anjos.
************************
Eu não me lembrava de Edward ter dito que teria mais alguém na casa além de nós, mas
tudo bem. Ela parecia ser boa pessoa. Além do mais, passei uma manhã tão maravilhosa
com Edward na praia que nada iria estragar meu dia.
Tão logo ele subiu para um banho, eu corri para a cozinha. Meu estômago já estava
reclamando. Foi então que encontrei a senhora na cozinha. Aparentava ter mais de
sessenta anos, era baixinha e gordinha. Mais parecia uma vovó com os óculos na ponta
do nariz.
–Há anos. Desde quando Carlisle comprou essa casa. Está vendo a intimidade não é? O
menino Jasper ainda nem era nascido.
–Mesmo? Nossa... mais de vinte anos...acho lindo isso. Você mora aqui ou não?
–Carlisle permite que eu fique numa casa bem lá no fundo... acho que nem chegou a
ver. Mas geralmente não fico aqui. É meio isolado de tudo e às vezes pode ter alguma
mulher precisando de mim. Fica complicado sair daqui a tempo.
–Eu sou parteira. Se ficasse aqui todos os dias... acho que você não viu a distância daqui
até o centro mais habitado.
–Não mesmo. Mas me diga uma coisa...disse que é parteira. Faz parto
assim...sozinha...sem um médico por perto?
– Às vezes simplesmente não dá tempo, Isabella. E outras vezes as próprias mães
escolhem isso.
–Antigamente a maioria das mulheres tinha o parto em casa... Eu fui enfermeira durante
vinte anos. Quando conheci os Cullen eu tinha acabado de deixar o hospital. Eles
precisavam de alguém para cuidar de tudo. Acabei ficando
Ela riu.
–Até me assustei quando o vi à frente dos negócios do pai. Ele sempre foi muito
decidido, desde criança. Mas era sempre tão carinhoso que sinceramente... jamais o
imaginei nessa vida. Ele só me chamava de Dinda.
–Caramba...
–E pra mim ele era sempre o meu menino. Vivia perambulando aqui pela cozinha. Mas
depois cresceram, as visitas ficaram cada vez mais raras. E quando vinha, na maioria
das vezes estava sozinho. Ai passava horas com a Brigitte.
–Brigitte é dele?
–Desde quando conheço meu menino... você foi a única que veio aqui com ele. As
outras vinham... mas nunca com ele.
Era impossível não me sentir lisonjeada. Nenhuma das ex mulheres dele estiveram aqui
ao mesmo tempo em que ele... apenas eu. Era ou não era para me sentir poderosa?
– Porto Rico. Essa é uma das áreas menos habitadas da região. Pra chegar até aqui de
carro leva em média meia hora, quarenta minutos. Aposto que o Edward vai levá-la para
conhecer tudo. Ele ama esse lugar. Sempre quando vem pega o veleiro e desaparece por
ai... e sempre Leva a Brigitte.
Levantei-me para pegar um suco e vi que ela reparava em minha barriga, franzindo o
cenho.
–Sua barriga está grande... como se fosse ter os bebês a qualquer momento, mas ela
ainda não está na posição...então imaginei que seria mais de um.
–Hum... então está perto. Sabia que na maioria das vezes quando a gravidez é múltipla
não se chega aos nove meses.
–mesmo?
Olhei para a porta da cozinha a tempo de ver meu marido em toda sua beleza entrando e
passando a mão pelos cabelos.
–Nem vou perguntar como está. Estou vendo que está ótimo.
Edward beijou a cabeça dela, numa demonstração rara de carinho. Creio que nem
mesmo com Esme eu o vi agir assim.
–Cheguei hoje cedo. Esme me avisou que viria... e que sua esposa está grávida.
Edward passou a mão em meu ventre enquanto conversava com Evangeline. Era como
se eu estivesse ao lado de outro homem. Um irmão gêmeo dele. Totalmente a vontade,
conversando numa cozinha. Raramente eu via Edward com outra roupa a não ser seus
ternos caríssimos. Eu babava, admito. Mas vê-lo assim... apenas de calção... sem
camisa... descalço... hum...coisa rara e deliciosa de se ver.
Depois disso dediquei-me apenas a prestar atenção na conversa dos dois. Teria que me
acostumar com as mil faces do meu marido. Cada uma mais linda e encantadora que a
outra. Difícil escolher.
Depois do almoço fomos para o quarto. Edward queria sair e me mostra tudo, mas eu
estava realmente cansada. Então ele simplesmente deitou-se ao meu lado na cama
enquanto conversávamos.
Edward ergueu seu corpo e prensou sua boca na minha com força.
Ele riu e deitou-se em meu colo. Meus dedos automaticamente se enfiaram em seus
cabelos.
–Não estamos numa selva, Bella. Claro que aqui existem hospitais, maternidades.
Podemos ligar para Rosalie e pedir que envie seus histórico para o médico que
escolhermos aqui.
–Preciso sair mais com você. Fazer coisas que os casais normais fazem.
Baixei um pouco a cabeça para me encontrar com ele, buscando sua boca.
–Eu vou adorar isso... embora eu não possa imaginar minha vida melhor do que já é.
–Sempre há uma coisinha para consertar.
Não falei mais nada. Se ele queria melhorar, por mim tudo bem. Eu sabia que não tinha
como melhorar o que já era perfeito.
*********************
Eu poderia nomear os últimos dias como os melhores de minha vida. Eu nem de longe
imaginei que Edward poderia sim, conseguir melhorar o que já era perfeito. Hoje,
quarenta dias após termos chegado a Porto Rico, éramos um casal normal, como ele
mesmo disse. Saímos várias noites para jantar, visitamos outras ilhas, saíamos para
velejar, como agora. Sem nunca esquecer, é claro, das minhas consultas que agora
estavam mais freqüentes.
Foi uma luta conseguir uma médica que me agradasse... ou seja... nada de linda demais
feito a Rosalie. Edward por outro lado não aceitava um homem como médico. A barriga
já estava imensa e às vezes até respirar ficava difícil. Sem contar que para fazer amor
com Edward foram várias tentativas até encontrar a melhor posição.
Ele se afastou completamente dos negócios. Depois de dar uma resposta atravessada ao
Emmett ele não voltou a ligar para falar dos negócios. Estavam se virando por lá. Pelo
que Edward me disse, Carlisle voltou a ativa. Victoria e Bree continuavam morando
com ele. E Tânia estava quase conquistando de vez a confiança de Dom Matteo e
assumindo o negócio de tráfico de menores. Edward se animou com essa notícia.
Carlisle e Tânia estavam com um plano, mas preferimos ficar de fora.
Olhei para Edward que remexia nos botões do painel de controle do veleiro. Estava
levemente bronzeado, os cabelos esvoaçando... vontade de avançar nele e beijar muito.
–Já existiu.
–Por que tem tanto medo que nossos bebês nasçam aqui, Edward?
–Não é medo, Bella. Mas nossa família ficará triste por não poder vê-los assim que
nascerem.
–Eu irei quando quiser.
–Não imagina a delícia que você estava... saindo da água com esse corpão nu...esses
cabelos molhados e aquele ...
–Pau duro.
–Isso.
–Será que vai continuar tão safada assim depois que nossos filhos nascerem?
–Bella...pra ser sincero eu fiquei louco por você desde a hora que passou pela minha
porta, já te disse isso.
Ele inspirou e soltou o ar com tanta força que cheguei a ficar apreensiva.
Olhei em seus olhos e não soube dizer o que vi ali: medo...angústia...quase desespero.
–Jura pra mim que não vai me deixar...eu não digo no sentido de ir viver sua vida longe
de mim. Eu digo no sentido de... partir dessa vida e me deixar aqui...sem rumo.
Segurei seu rosto, o mesmo desespero que via agora em seus olhos, ameaçando me
dominar também.
–Está falando sobre o parto? Está com medo que eu não resista?
–Amor... se os médicos perceberem que não darei conta...irão fazer uma cesárea e tudo
certo. Você ouviu a médica...estou em perfeitas condições assim como nossos filhos.
–Eu não quero ser apenas metade para os meus filhos, Bella.
–Isso não vai acontecer. Eu serei forte porque eu quero estar com vocês... nossos filhos
irão crescer saudáveis e nós dois ficaremos velhinhos sentados numa cadeira de balanço
a espera deles.
Ele colocou a mão em meu ventre e deitou a cabeça em meu colo. Estava quieto mas
seu corpo tremia ligeiramente. Eu podia dizer com certeza que ele chorava.
Eu não tinha medo. O fato de ter dois filhos jamais me assustou. Eu sabia que teria que
ser forte. Aliás eu era bem resistente a dor. E na verdade... eu so tinha um pequeno
medo pelos bebês...sei lá... Mas por mim...a tão falada dor do parto não me
amedrontava. Eu já senti uma dor com certeza, bem pior que essa. A dor de quase
perder o melhor pai que meus filhos poderiam ter...e o amor da minha vida.
Edward POV
Nunca imaginei que precisaria de tão pouco para me sentir inteiramente livre e
realizado. Eu digo pouco no sentido de lugar... porque se eu for olhar a pessoa
maravilhosa que tenho ao meu lado...ai sim...era muita coisa. Então posso dizer que sou
um homem de sorte. Tinha a mais perfeita das mulheres e ainda estava no paraíso.
Descobri que era isso que precisava para ser livre, feliz.
Pensei que seriam alguns dias de descanso... um momento a dois para colocarmos nossa
vida em dia. Mas já no segundo dia eu percebi que eu precisava de mais. Sentia falta de
sair com Bella, conhecer novos lugares. Claro, já conhecia praticamente o mundo
inteiro. Mas tudo teria um sabor especial ao lado dela.
Por isso fomos adiando nossa volta. Nossos dias viraram meses...quase dois meses ...
ela e eu.
Ela gemeu e remexeu-se, tentando se virar. Estava tudo mais difícil pra ela e não era
raro ela me pedir ajuda a noite para mudar de posição na cama.
–Então fique quietinha ai.Mas vou buscar alguma coisa para você comer.
–Tem certeza que está tudo bem? Sua voz está estranha.
–Talvez.
–Que alivio.
Dei um beijo rápido nela e desci até a cozinha.Realmente ela estava certa..na noite
anterior eu estava mais contido. Fizemos amor lentamente, sem pressa, sem selvageria.
Isso foi antes de assistirmos ao filme. Parece que ficamos até mais relaxados, já que
ficamos ate tarde com a TV ligada.
–Bom dia, Edward. Eu sei que disse. Mas não ouviu o alerta?
–Que alerta?
–Há um alerta de um tsunami. O temporal que caiu aqui perto ontem já causou estragos.
E ao que parece... já está chegando aqui.
–Medrosa.
–Levo pra todo lugar que vou. Nunca se sabe quando vai aparecer uma grávida em
trabalho de parto.
Ela riu e continuou a preparar os pães. De repente um estrondo tão forte que parecia que
caía o mundo. Evangeline deu um pulo e levou as mãos ao peito.
–Jesus...
–Vou ver Bella...deve ter se assustado. Pode ir para o quarto, se quiser. E qualquer coisa
me chame.
–Ah...poderia levar alguma coisa pra ela comer? Vou levar essa bolsa pra ela. Está com
dores nas costas.
–Já levo.
Apertei a bochecha dela e subi correndo até o quarto. Bella estava sentada na beira da
cama, com os olhos arregalados.
Fui até a janela e abri as cortinas, mostrando pra ela o temporal que ameaçava cair.
–Isso...
Eu ri.
–Eu não tenho medo de chuva. Esses barulhos é que me assustam às vezes.
–Daqui a pouco melhora... E a dinda logo vem trazer alguma coisa para você comer.
–É o Emmett.
Bufei.
–Renné...
–Victoria não estava mantendo contato...ou melhor estava, mas Renne estava
desconfiada. Acabou vindo atrás dela...e quer ver a Bella.
Bella permaneceu de costas pra mim enquanto eu segurava a bolsa de água em suas
costas. Tudo bem que estivesse com dor ou cansada, mas geralmente não ficava tão
calada assim.
–Bella?
–Sim.
–Então so irá falar com ela quando achar que deve. Eu prometo. Está bom assim?
Ela assentiu.
–Sim.
Pouco depois Evangeline trouxe uma bandeja e deixou ao lado da cama. Sua expressão
era preocupada ao olhar pra Bella.
A chuva agora caía torrencialmente. Aliás nem era chuva, parecia um dilúvio. Raios
cortavam o céu a todo instante e até formavam um belo espetáculo. Ajudei Bella a se
sentar para poder comer. Entretanto Bella apenas bebeu o leite e o suco. Estava
começando a me preocupar com ela. Deitou-se novamente de lado, as pernas
encolhidas.
Sai antes que ela dissesse qualquer coisa. De repente eu percebi que o medo começava a
me dominar. Deus não iria fazer isso comigo... olhei pela enorme janela do corredor...
Não dava para enxergar nada exceto as pedras de gelo que caíam com a chuva.
Colocou as mãos nas costas e nos quadris. Evangeline me encarou e eu tive vontade de
gritar e falar que não me dissesse o que estava prestes a dizer. Mas eu não o fiz e ela
acabou falando.
–Eu já vi isso inúmeras vezes, Edward. Ela vai entrar em trabalho de parto.
–Como? Com alerta de tsunami? Com esse temporal? Não conseguirá autorização para
voar, Edward.
–Calma, filho... eu disse que ela vai entrar... talvez a chuva passe e...
Nesse momento Bella deu um gemido alto de dor e corri para o lado dela.
Olhei horrorizado para Evangeline, o coração quase pulando pela boca. E a chuva e os
estrondos lá foram so aumentavam.
–Bella... vamos começar a olhar o intervalo dessas dores, tudo bem?
Ela apenas balançou a cabeça. E ali começavam as piores horas da minha vida.
************************
Meu Deus do céu... o que eu faria? As estradas estavam bloqueadas... nem o carro de
emergência passava. Voar nem pensar. Sentei-me na poltrona completamente derrotado.
A cada gemido mais alto de Bella, meu corpo inteiro estremecia.
–Edward... me ajude..
Levantei-me imediatamente e ajudei-a a ir até o banheiro. Ela mal conseguia andar. Dei
graças a Deus por Evangeline estar aqui. Ela e as tralhas dela. Monitorava a pressão de
Bella e fez inclusive a odiosa limpeza. Aquilo me irritou... o que isso? Colocar aquela
mangueira no corpo da minha mulher, num lugar que nem eu toquei.
Evangeline me recriminou.
–Ah...para...
Isso nem era relevante pra mim. O pior de tudo era ver Bella assim há quase cinco
horas! Como as mulheres agüentam isso, pelo amor de Deus?
Um grito de Bella me fez correr para o banheiro. Eu simplesmente não sabia o que
fazer. Evangeline veio logo atrás.
–Está piorando...
Eu estava sendo um inútil mesmo...teria mais é que fazer isso. Entrei na banheira e
coloquei Bella sentada à minha frente. Aos poucos ela começou a controlar a respiração
exatamente como Rosalie ensinou. Não sei quanto tempo ficamos la até que Evangeline
pediu para que saíssemos. Enrolei-me no roupão e quando ia ajudar Bella eu vi o liquido
escorrendo pelas suas pernas.
–DINDA...
Peguei Bella no colo ainda toda molhada e coloquei na cama. E eu que pensei que ela já
tinha sofrido tudo o que era possível. As dores começaram mais fortes, menos
espaçadas e Bella gemia e se contorcia de dor.
Eu juro que não iria suportar isso. Corri até a janela de novo e nada de parar a chuva. Vi
Evangeline esterilizar algumas coisas e senti minha cabeça girar. Eu não queria isso...
não queria. Ela tinha que estar numa maternidade, cercada de todo conforto, não aqui
com uma parteira e um marido estúpido.
–Ahhh....ahhh...ohh...Edward...
Corri para o lado dela enquanto Evangeline parava em frente a suas pernas abertas e
levava a mão ao sexo dela. Há quanto tempo durava essa angustia? Cinco...seis horas.
–Nunca...estarei aqui.
–Já está com oito centímetros de dilatação, Bella. Seus bebês estão quase chegando.
Minha cabeça girou novamente. Era so o que me faltava... desmaiar agora. Mas eu não
agüentava mais o sofrimento de Bella. Ela chorava e trincava seus dentes querendo não
gritar. A dor dela era a minha dor. Daria tudo para estar no lugar dela agora...embora
tivesse a certeza que não suportaria nem metade disso.
Evangeline pegou uma bacia e toalhas limpas, gazes e mais um monte de coisa e
colocou aos pés da cama.
–Ahhhh...
–Bella...tenta não gritar. Quando a dor vier...faça força para empurrar e não gritar...tudo
bem?
Ela concordou, mas a primeira tentativa foi falha. Gritou novamente. Evangeline abriu
mais um pouco as pernas dela e sorriu.
–Estão quase vindo,Bella. Faça o que eu disse...tente não gritar....morda alguma coisa e
force.
Olhei para seu rosto vermelho e suado, a respiração ofegante e os olhos arregalados me
encarando. Novo grito de dor e não pensei duas vezes. Coloquei meu braço próximo a
sua boca.
–Morde...
–Não.
Nova onda de dor e ela cravou os dentes em meu braço , abafando seu grito e
visivelmente fazendo força.
–Isso....isso...perfeito, querida...
Meu braço estava dolorido, mas eu nem me prendia isso. Apenas rezava fervorosamente
ao meu jeito...tentado a todo custo me lembrar das orações que minha mãe ensinou e eu
fiz questão de esquecer. Mas eu precisava pedir a Deus... não permita que minha esposa
e filhos paguem por mim, por ter me tornado esse ser monstruoso e que tantas vezes
falhei com o Senhor. Se alguma coisa de ruim tiver que acontecer que venha tudo sobre
mim, mas proteja a mulher que amo, proteja meus filhos.
–Edward? Edward?
Olhei para Evangeline sem enxergar e percebi que chorava. Bella me mordia com mais
força, ainda empurrando.
–Não... não serei capaz. Vou machucá-los...ela vai sofrer ainda mais...eu....
Ela veio para o meu lado às pressas, segurando meu braço e forçando Bella a abrir a
boca.
Congelei.
Empurrou-me e feito um robô parei em frente a Bella. Era engraçado. Eu a via nua e
quase explodia de tanto desejo...e agora era só medo...medo de perdê-la.
Neguei...completamente em choque.
–Ed...Edward...
Bella chorava, gemia, mas me olhava quase implorando.
Como? Como eu iria ajudar se meu corpo era pura cartilagem? Eu estava trêmulo,
ofegante, a cabeça girando... eu não iria conseguir.
–Ahhhh...
–Força, Bella...empurre...
Senti uma queimação dentro do peito e meu corpo foi impelido para frente. Apoiei-me
na cama ao ver o que imaginei ser uma cabeça.
–Força, Bella.
Percebi sua barriga endurecendo. Olhei para o seu sexo novamente e o vi se abrir
inteiramente. Comecei a chorar.
Era uma sentimento inexplicável. Eu via o corpo da minha mulher se abrir e minhas
mãos seguravam a cabeça e a seguir o corpo daquela coisinha que já saiu berrando,
enrugado e sujo.
–E agora?
Arregalei os olhos.
–Não...isso não...
–Dezenove e cinco.
–Está....saindooo...
Eu já não tinha mais medo. Apesar da dor...Bela parecia bem. E eu ainda chorando,
segurava a cabeça do meu garoto que finalmente vinha ao mundo. Demorou um pouco
para chorar, mas o fez. E sem medo...cortei o cordão umbilical.
Entreguei o bebê para Evangeline e fui até Bella segurando sua mão. Nós dois
chorávamos incontrolavelmente.
Eu não me importava com as mordidas. Todos estavam bem. Isso era o mais valioso.
–Quero vê-los.
Essa era a minha vida. Ser pai, marido, amante...um apaixonado pela minha família.
Deus me deu a oportunidade de trazer meus filhos ao mundo.
Mais uma vez chorando, eu percebi que eu não era como Deus... onipresente e
onipotente... mas pela minha família eu poderia ser grande. E nesse momento, eu me
sentia um gigante.
“Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em
fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.” (Gandhi)
Dor... dor...e mais dor. Eu quis ser forte, não gritar, não dar escândalo. Mas chegou uma
hora em que foi inútil lutar contra a natureza. A dor foi quase insuportável. Eu digo
quase porque ainda consegui me controlar um pouco. Porque ele estava ali, ao meu
lado. Ele me transmitia força, segurança. Por mais que eu visse a aflição e o medo em
seus olhos... ainda havia a força impressionante que so Edward tinha.
Infelizmente as coisas aconteceram exatamente do jeito que ele não queria. Afastados
de tudo, do conforto de uma maternidade, sem uma merda de uma anestesia para aliviar
a minha dor. Sim... não tinha anestesia, mas tinha o braço forte dele. Braço que Edward
colocou em minha boca para que eu mordesse e evitasse gritar.
Se ainda existisse alguma parte do meu ser que não fosse apaixonada por Edward... ela
tinha acabado de se apaixonar. Quantos homens no mundo seriam capazes de fazer isso
pela sua mulher?
Em meio à dor e às lágrimas eu vi a cena mais linda que eu jamais imaginei ver um dia.
Meu marido... meu poderoso ajudando seus filhos virem ao mundo, chorando de
emoção ao pegar nossa princesinha nos braços. Eu nem sabia se chorava de dor, de
emoção...
Vê-lo cortar o cordão umbilical foi outro baque em meu coração. E logo depois nosso
príncipe vinha ao mundo... também pelas mãos do pai. Era uma emoção difícil de
controlar e de contar.
Agora eu via que as coisas pareciam acontecer para nos mostrar a luz, o caminho certo a
seguir. Edward vinha falando em se afastar dos negócios. Eu não conseguia imaginar
isso. Mas depois de tudo o que aconteceu... só podia ser um aviso, um sinal. Fui
obrigada a ter um parto natural, em casa, por causa da chuva torrencial que desabava
sobre a cidade, impedindo carros, helicópteros, qualquer meio de transporte de se
locomoverem.
E pouco depois que meus bebês nasceram... a chuva simplesmente desapareceu como se
jamais tivesse existido. Eu vi Edward eufórico, falando ao celular enquanto Evangeline
fazia a higiene em mim. Edward era conhecido e respeitado em várias partes do mundo
e aqui não era diferente. Quinze minutos após ele ter ligado, o helicóptero chegava para
me transportar para o hospital.
–Ainda não. Só depois que vocês estiverem sido examinados e estiverem realmente
bem.
Ele sorriu, segurando minha mão e voltando seu olhar para nossos filhos.
–Enzo.
Eu sempre gostei desse nome, achava forte... imponente. Filho de poderoso tinha que ter
um nome à altura.
–Por quê?
–É meio ultrapassado.
–Diga o nome.
–Não.
–Valentina.
Dessa vez eu sorri largamente. Era tão estranho ver Edward acanhado, sem jeito.
–Você tem alguma dúvida de que sua filha será valente? Uma mini poderosa?
Eu ri, mas em seguida fiz uma careta de dor. Abaixo do meu ventre ainda doía um
pouco.
Edward ficou o tempo todo ao meu lado e por várias vezes eu flagrei seu olhar
apaixonado sobre mim. Mas ele era terrível. Deixou-me ruborizada, com vontade de me
enfiar num buraco.
–Não será preciso ser suturado. Não houve episiotomia e a laceração foi bem pequena.
–Hum... entendi. Mas... assim... pode dar uns dois pontinhos ai ne?
Senti meu rosto inteiro em chamas. Eu sabia muito bem onde ele queria chegar.
–Eu sei, entendi. Mas... não vai ficar assim... como direi...em matéria de
medidas...hã...largura?
Falei entre dentes.
Até mesmo a médica ficou ruborizada. Não tinha mesmo jeito com esse homem.
–Está tudo perfeito, Isabella. Meus parabéns... pelos bebês. E senhor cullen...meus
parabéns por ter tido a coragem. Muitos homens não tem.
–Eles não tem coragem porque não amam como eu amo. Eu tinha as três pessoas mais
importantes da minha vida em minhas mãos. Não poderia agir diferente.
Até mesmo a médica ficou sem palavras. Eu fiquei sem palavras... sem rumo, somente
olhava pra ele, perdida em seu olhar. Nem percebi quando ela se retirou da sala
deixando-nos a sós.
Não respondi. Tudo nele era intenso demais para que eu ficasse me admirando com
qualquer declaração. Fui levada para outro quarto. Estava realmente tudo bem, mas por
causa dos bebês eu ficaria até o dia seguinte no hospital.
–Eu saio e compro pra você. Além do mais nossos filhos também estão sem roupa,
esqueceu? Vieram embrulhados naquele lençol.
–Eu sou uma irresponsável. Como viajo sem trazer as roupas deles?
–Não estava na hora ainda, Bella. Nem comece com histeria. Vou sair e comprar
algumas roupas pra você, seu xampu,...tudo.
–Ah... humm...eu vou precisar de absorventes também.
–isso você terá que me dizer qual prefere. Creio que não poderá usar aqueles que gosta.
O calor conhecido em meu rosto já me dizia que eu estava vermelha feito tomate.
–Bella, você é minha esposa. Quantas vezes eu vi você tomar banho naqueles dias, hã?
E usar aquilo ai dentro... coisa que aliás, eu não concordo.
–Eu sei. Mas interno em você so meu pau... ou meus dedos... ou minha língua.
–Meu Deus...
–Eu nem falei nada. Você que fica com essas insinuações.
Pra completar meu desvario ele se aproximou e me beijou. Não esses beijos calmos que
vinham dando desde que nossos filhos nasceram. Foi um beijo longo, apaixonado e
ardente. Sua língua percorria minha boca como se quisesse me devorar.
–Não demore.
Pouco depois que ele saiu uma enfermeira entrou com meus bebês. Meu coração pulava
em expectativa. Tinha visto a carinha deles tão rapidamente e num momento difícil.
Queria vê-los novamente, tentar ver com quem se pareciam, se é que se pareciam com
alguém.
–Não... na verdade eles nem são tão prematuros assim. Estão na faixa.
–Como assim?
– É uma margem...a gestação oscila entre 37 a 41 semanas. Vocês estava na 38ª semana.
Se tivessem nascido antes de completarem 37 semanas, ai sim... Eles são bem fortinhos,
bom peso... estão dentro da média de altura. A garotinha tem 48 centímetros e o garoto
47.
–Estão com fome. Vou lhe ensinar os procedimentos básicos para amamentá-los. O
resto é com eles.
–Pra isso você tem dois seios. Ou você pensa que o outro é pro marido gostosão?
Ih... começou a palhaçada. Já não gostei dessa enfermeira. Queria que ela ficasse bem
longe daqui. E ela continuou falando como se não tivesse dito nenhuma gracinha.
–O bom seria amamentar os dois ao mesmo tempo para estimular a produção de leite.
Continuei prestando atenção ao que ela dizia, mas tive minhas dúvidas se eu conseguiria
sem alguma ajuda. Pareceu-me complicado demais. Ela estava colocando Valentina no
peito quando a porta se abriu e Edward apareceu. Ficou parado, olhando a cena,
parecendo maravilhado.
–Voltou rápido.
–E não me esqueci de nada. Agora fique quieta porque quero ver isso.
Eu ficava completamente entregue quando Edward me olhava assim. Se bem que dessa
vez era diferente. Ele me olhava como se eu fosse uma santa milagreira e aquilo tudo
que acontecia era por obra minha.
–Viu como eu preciso sair desse mundo louco, Bella? Eu não posso perder esses
momentos de forma alguma.
–Eu sei. E eu irei apoiar qualquer decisão sua.
A enfermeira voltou logo depois e assim que os bebês estavam satisfeitos ela pegou
Valentina e entregou a Edward. Depois pegou Enzo e me ensinou a colocá-lo para
arrotar. Fez o mesmo com Edward.
Edward segurou-a com todo o cuidado, os lábios pousados tão leve na cabeça dela que
mais parecia uma pluma. Parecia que falava baixinho com ela. Eu já não tinha mais
dúvidas que ali estava outro homem, mas o mesmo homem forte, poderoso. Mas agora
com uma única diferença.Ele mostrava o que sabia fazer de melhor: amar.
Edward POV
Hoje eu me arrependia de não ter feito um curso que ensinasse como ser pai. Estava
perdido. Não por não saber como agir. Acho que certas coisas vinham meio que por
instinto. Mas caramba... eu não estava sabendo muito bem como dominar minhas
emoções. Era coisa demais para um homem que sempre foi turrão e implacável.
Céus...eu tinha vontade de apertar aqueles dois bichinhos nos braços o tempo todo. Eu
mal tinha me recuperado da emoção de ter feito o parto, de ter cortado o cordão
umbilical deles...e agora via meus filhos serem alimentados pela mãe.
Tá...sei que muita gente vai falar que isso é totalmente ridículo e meio gay da minha
parte. Mas pra mim realmente não existe cena mais linda que essa. Desde a primeira vez
que vi, no hospital, nunca mais deixei de estar por perto sempre que Bella ia amamentar.
Amanhã eles completariam uma semana de vida e enfim iríamos voltar para a Sicília.
Por mim até ficaríamos mais um pouco, mas minha família estava eufórica demais. Era
um tal de Alice ligar toda hora que às vezes me estressava.
–Obrigado por tudo. Não sei o que seria de nós sem você.
Sorri e beijei seus cabelos. Sempre me chamou assim desde quando nos conhecemos.
–Mas vocês voltam não é? Nem que seja para uma segunda lua de mel.
–Darei.
–Checou tudo,Edward?Tem certeza que o tempo por ai está bom? Não corremos risco
de pegar nenhuma...
–Claro que chequei, Bella. Sabe há quantos anos piloto isso? E além do mais...acha que
colocaria a vida de vocês em risco?
–Não mas...
–Não comece.
–Foi sim.
– Ok. Desculpe.
Olhei pra ela e vi que sorria. Não tinha jeito mesmo. Ela adorava isso.
Por fim dei nos nervos de Bella. A todo instante eu perguntava se nossos filhos estavam
bem. Mas era preocupação de pai. Era normal, não era? Só de pensar que alguns deles
pudesse ter um treco qualquer eu ficava doido.
–Merda, Edward. Perguntou isso seis vezes nos últimos cinco minutos.
– Eu deveria deixar tudo pra la então...nem me importar. Ai você viria toda nervosinha:
Ai você nem me ajuda com nossos filhos.
Fiz uma voz tentando imitá-la e Bella gargalhou.
–Graças a Deus. E por falar em gay... Bella você não é dessas que ficam com essa
bobeira de resguardo não ne?
E estava mesmo. Dormir todas as noites ao lado dela estava sendo uma tortura. Nada
dessa frescura de corpo ainda debilitado. Ela estava mais em pé que tudo. Cada vez
mais gostosa.
Fiquei perdido nesses pensamentos eróticos por tanto tempo que só depois percebi que
Bella dormia. Coitada... estava cansada. Amamentar dois na madrugada não era fácil.
Infelizmente nesse aspecto eu não podia fazer nada. E me sentia tão impotente por
isso...Infelizmente nós homens servimos apenas para fazer o filho... a parte especial
sempre ficaria para o ser superior, ou seja, as mulheres.
*********************
Vi a cara larga do Emmett assim que desci do jatinho. Tinha entrado em contato com
ele e pedi que viesse nos buscar na fazenda, onde iríamos pousar. Bella sempre
questionava por que eu não pousava na pista que tínhamos em casa. Pra ser
sincero...nem eu sabia. Bella desceu com Valentina e eu com Enzo.
Deu um abraço desajeitado em Bella e depois afastou a manta para ver Valentina que
estava com os olhos arregalados.
– Menos, Emmett.
Nem eu sabia que o Emmett gostava tanto assim de crianças. Estava babando nos meus
filhos.
Fui com Bella no banco traseiro. Nossos filhos dormiam tranquilamente, alheios à
confusão que em breve iriam enfrentar.
–Meu pai queria que eu tivesse um herdeiro,Bella. O sexo não importava muito.
Eu acho que iria ser aquele tipo pai babão. Não me cansava de olhar para os meus filhos
e admira-los. Lindos, fortes, saudáveis.
Quando Emmett estacionou o carro Bella me olhou sorrindo. Estavam todos do lado de
fora da casa esperando por nós. Foram logo cercando o carro falando sem parar.
Minha mãe pegou Valentina. Alice pegou Enzo. Meu pai me abraçou forte, depois
abraçou Bella...e foi uma confusão dos diabos. Todos falando ao mesmo tempo
querendo saber como foi o parto...se eu não tive medo...tanto bla bla bla que por fim
minha cabeça doía.
–Não é. Mas é jovem ainda e carregou essa família nas costas por muito tempo. Dê um
tempo a você mesmo agora.
Parecia que minha mãe adivinhava as coisas. Eu estava mesmo pensando em conversar
isso com meu pai. Não iria adiar mais. Sentei-me ao lado de Bella que abria um dos
milhares presentes que ganhamos.
–Descanso... sei.
–E é mesmo, pai...mania.
Bella tomou seu banho primeiro. Obviamente não permitiu que eu entrasse com ela por
causa do sangramento. Besteira... até parece que eu tinha nojo disso. Mas ela nunca
gostou então eu respeitava.
Voltou enrolada na toalha aguçando meus sentidos.Merda... esperar tanto tempo para
tocá-la novamente não ia ser fácil. Entrei para o banho rapidamente, constatando com
tristeza o quanto meu pau estava duro. Vamos ver até quando eu iria ser chamado de
poderoso... puff... perto de Bella eu era apenas um menino querendo colo.
Tratei de sair rápido do banheiro, mas já a encontrei deitada, quase cochilando. Deitei-
me ao lado dela puxando seu corpo para perto do meu.
–Saudade de ser abraçada assim por você...o problema é que minha pele se arrepia...
meu corpo treme... e eu fico querendo mais.
–Eu tenho culpa se você é gostoso? Estou em resguardo, mas estou bem viva.
–Eu só não farei nada com você porque posso machucá-la seriamente, sabe disso...
–Fico feliz por isso...e não estou me desfazendo. Mas agora, Bella... tudo na minha vida
tem que ter a sua participação. Se for para eu ter prazer... você também terá que ter. Não
fique se martirizando...não sou nenhum tarado insensível...vou respeitar você e seu
tempo.
–Além do mais...
–Fale...
–Visita? Quem?
–A mãe da Bella.
–Não, Edward. Não quero passar dias e mais dias angustiada. Quero resolver as
pendências do meu passado e me dedicar apenas aos meus amores.
Segurei sua mão e juntos saímos do quarto. Até quando iríamos enfrentar turbulências?
Talvez enfrentaríamos sempre. Mas o importante é que estaríamos juntos.
(Cap. 38) Caso de família
Bella POV
Tinha que ser tudo assim? Aos montes incontáveis que sequer ter tempo para
raciocinar? Era morte, viagem, bebês... e agora minha mãe. Tudo bem que era melhor
resolver todas as pendências de uma so vez. Mas custava esperar que eu descansasse?
Tivesse um pouco de privacidade com meu marido? Era pecado ser casada com um
homem desses e não poder desfrutar.
–Eu sei, Edward. É só que... não sei o que esperar dessa mulher.
–Ouça tudo o que ela tem a dizer de coração aberto, Bella. Apenas isso.
–Sim... so estou um pouco nervosa.
Chegamos à sala onde todos estavam reunidos, exceto Carlisle e Renné. Alice e Esme
ainda carregavam Enzo e Valentina.
–Sim. Acabaram de dormir. Fique tranqüila, qualquer coisa iremos atrás de vocês.
–Obrigada.
Novamente Edward segurou minha mão e fomos para a biblioteca. Minha respiração
estava acelerada e eu caminhava com dificuldade. Parecia que havia chumbo em minhas
pernas. Quando a porta se abriu eu vi uma bela mulher de cabelos castanhos com tons
cor de mel sentada da numa das poltronas. Ficou de pé imediatamente.
–Obrigado, pai.
–Olá, Renné.
–Oi...senhor Cullen.
–Oi...Renné.
–Bem, acho que já sabem que me casei muito nova. Eu me apaixonei por Charlie,
logicamente. Minha mãe sempre foi contra meu casamento e eu sinceramente não
entendia o motivo. Charlie era muito atencioso e carinhoso comigo. Mas logo depois do
nosso casamento eu entendi os motivos. Charlie era amigo de Don Matteo... e eu fui
cedida a ele em nossa lua de mel. Ele... ele fez de tudo comigo. Além disso fui obrigada
a usar drogas... para agüentar a maratona. Assim foi durante muito tempo. Eu já não
queria mais viver com Charlie. Engravidei...e sinceramente eu não sei se Mike era
realmente filho do Charlie.
Fiquei em silêncio absorvendo aquelas palavras. Talvez aquele monstro fosse mesmo
filho de Don Matteo. Só mesmo isso explicaria seu desejo por mim. Olhei para Edward,
mas sua expressão era indecifrável.
–Continue, Renné.
–Eu tentei fugir várias vezes, mas nem sabia como. Meu pai já tinha falecido e minha
mãe ainda estava insatisfeita comigo. Então quando Mike completou quatro anos, eu
engravidei novamente.
–Nenhuma. Na época em que fiquei grávida eu não fui compartilhada com outros
homens.
–Entendi.
–Eu estava cansada daquela vida. Charlie era um bruto arrogante e insensível. Tentei
fugir...pedi para me deixar partir, até suicídio eu tentei.
–Eu estava desesperada, Edward. Mas então Isabella nasceu. Meu Deus... eu nunca vi
bebê mais lindo que aquele. No mesmo dia Don Matteo esteve em nossa casa. E a partir
de então Charlie não me deixava chegar perto dela, foi desmamada cedo.
–Eu desconfio que Isabella foi prometida a ele naquele momento.Meu Deus... é
nojento.A mente desse homem é doentia. E Charlie sabia que mais cedo ou mais tarde
eu iria tentar fugir e levar minha filha.
Edward se levantou e caminhou em silêncio, passando a mão nos cabelos. Eu sabia que
ele tentava entender o que eu também não entendia muito bem. E antes que eu dissesse
qualquer coisa ele mesmo perguntou.
–E por que você se foi se já imaginava isso? Deixou a garotinha nas mãos desses
nojentos. Não teve medo que eles fizessem algo contra ela ainda criança? Sinto muito,
Renné, mas acho que so pensou em si mesma.
–Não foi bem assim, Edward. Apesar de serem uns monstros... eles cumprem o que
dizem. Poucos dias antes de fugir eu descobri que Charlie prometeu Isabella a Don
Matteo quando ele fizesse sessenta anos...seria uma festa de arromba. E Don Matteo por
sua vez prometeu que iria esperar. Então eu pensei que teria tempo, até me ajeitar e
voltar para buscá-la. Não sei como... mas eu daria um jeito.
– E você acha que seria tão fácil assim chegar perto deles novamente?
–Não...mas eu teria quase vinte anos para pensar nisso. Então fui embora, arranjei uns
documentos falsos com um dinheiro que peguei do Charlie... e desapareci do mapa.Mas
estava sempre em contato com minha mãe. Somente ela sabia de tudo.Mais tarde
Victoria veio a saber também.
Eu não falava nada. Simplesmente não conseguia. Eu queria ouvir a opinião de Edward
primeiro. Ele sempre seria um referencial pra mim. Seus sentidos aguçados oriundos da
vida mafiosa na maioria das vezes não o deixava se enganar.
– Sinceramente foi um alívio quando eu soube que Bella estava com você. Apesar de
toda sua fama, Victoria sempre falou o quanto é integro e honesto. Pela primeira vez em
muitos anos eu consegui dormir em paz. E quando tive a notícia que vocês estavam
juntos como um casal... eu vi que era hora de voltar e ajudar você a acabar com Don
Matteo.
–Está. Ele sabe que eu sou o caminho mais fácil para chegar ate Bella, agora que o Mike
se foi.
Edward levantou-se mais uma vez, as mãos no bolso, olhando para o chão, pensativo.
Ele ficava tão gostoso assim... suspirei. Que horror, será que eu so pensava nisso?
Ele disse finalmente, fazendo-me sorrir. Depois ele me olhou e sorriu também. Mas
minha mãe ainda parecia em dúvida.
–Sim, Renné. Estou dando meu voto de confiança. Sei que você não seria louca o
bastante para me desafiar ou me trair. Você deve saber o que aconteceu com seu filho.
–Sim, eu sei.
–Da minha parte está tudo certo, Renné. Quanto ao assunto mãe e filha... eu deixo vocês
duas a sós.
–Tudo bem.
Edward saiu e fechou a porta vagarosamente. Fiquei um tempo olhando para os meus
pés, sem coragem de encarar minha mãe.
–Isabella... será que você é capaz de me perdoar? Eu sei que pode parecer que fui
covarde...talvez tenha sido mesmo. Mas como eu disse ao Edward... se tem uma coisa
que esses calhordas prezam é a palavra. Então eu sabia que Don Matteo não iria mexer
com você tão cedo. E eu teria uma chance de voltar mais forte e...
–Esqueça... eu... não penso assim. Sinceramente. Acho que consigo entender você. Não
deve ser fácil para uma mulher ser tratada como um simples objeto, ser compartilhada
com vários homens. Talvez eu tivesse feito o mesmo.
–Você é minha mãe. Acho que nunca é tarde para nos conhecermos e...bem, eu sou mãe
agora. Acho que eu não iria querer ver meus filhos virando as costas para mim.
– Por Edward?
–Conte-me sobre você... sua vida com Edward... embora eu ache que já saiba de tudo.
–Victoria me contou sobre a primeira vez que você esteve aqui. Sobre...o castigo que
Edward deu em você.
–Ah...
Senti minhas faces vermelhas por minha mãe saber que apanhei de um homem. E na
época um completo desconhecido.
–Ela me contou que nunca o viu perder o controle assim com uma mulher. E foi nesse
mesmo dia que ela soube que o perdeu.
–Não. Ela disse que os olhos dele queimavam ao olhar pra você. E sinceramente, pelo
pouco que vi, ele é completamente apaixonado por você.
–E eu por ele.
–Eu quase vim para cá quando...quando ele foi baleado. Sabia que você deveria estar
desesperada.
–E estava. Eu pensei que iria morrer também. A única coisa que me manteve de pé
foram nossos filhos.
Sorri.
–você já os viu?
–Não. As mulheres lá na sala não permitiram. Talvez você não fosse gostar.
–Eles são lindos... vou pedir para trazê-los.
A porta se abriu e Edward apareceu com nossos bebês, cada um em seu Moisés.
Edward entrou sorrindo como sempre fazia quando estava perto deles. Colocou-os sobre
o sofá e minha mãe se aproximou para olhá-los. Valentina berrava a plenos pulmões.
Enzo também chorava, mas não tanto quanto ela.
–São lindos demais. Mas vejo que a mocinha puxou o gênio de alguém.
Foi uma sensação boa... ouvir a palavra filha dirigida a mim. E dessa vez pela voz da
minha mãe. E não do sacana do meu pai. Sentei-me na poltrona maior e mais larga para
que pudesse ajustar os dois ao peito. Edward como sempre ficava em frente a mim,
observando com cara de bobo.
A partir daí ficamos em silêncio. So ouvíamos os bebês sugando o leite com tanta força
que faziam barulhos engraçados. E quando minha mãe se despediu pronta para sair, eu
senti uma tristeza, uma coisa ruim por dentro.
– É sempre bem vinda aqui. Aliás...pode voltar amanhã e ficar por uns dias, se quiser.
Olhei pra ela com um olhar quase implorativo. Precisava ter um contato maior com ela,
e esse momento era o ideal.
Sorri para Edward. Sempre fazendo de tudo por mim. E felizmente eu não via nenhuma
sombra de preocupação em seu semblante. Então... estava tudo bem.
Edward POV
Eu não sei por que ultimamente eu vinha importunando tanto os ouvidos de Deus.
Sempre pedindo, rezando, implorando. Dessa vez eu pedia para que não estivesse errado
em relação a Renné. Eu não iria suportar ver Bella sofrer. Entretanto eu tinha quase
certeza quanto ao meu julgamento.
Anos de prática, convivendo com toda espécie de gente ordinária e eu podia dizer que
conhecia um vagabundo so pelo jeito de andar. Renné estava sendo sincera e merecia
uma chance. Gostava realmente de Bella. Aliás... quem não amaria aquela mulher
maravilhosa? Olha meu exemplo... completamente arriado por ela. E a tendência era só
aumentar. Quem manda ser fantástica?
–Não é bebê? Você já sabe que tem a mamãe mais espetacular do mundo, não é?
–Quer que eu cante pra você dormir? Hã? Papai precisa dar atenção pra mamãe
também.
Fiquei de pé e caminhei com ela pelo quarto, cantando uma música que me lembrava
dos meus tempos de criança. Distrai-me, olhando e sorrindo feito um idiota, para os
olhinhos que começavam a se fechar. Quando me virei dei de cara com Bella parada à
porta do banheiro, os braços cruzados em frente ao corpo. E aquela toalhinha... era uma
afronta.
–Eu posso até cantar... mas com certeza não será pra você dormir. Gosto de vê-la bem
acordada.
–Ela dormiu?
–Está embarcando. Vou levá-la para o quarto. Agora preciso cuidar do meu outro bebê.
Sai do quarto antes que ela me lançasse aquele olhar cheio de censura. Eu bem sabia
que Bella estava absolutamente impossibilitada de ter um contato mais íntimo comigo.
Mas o resto do meu corpo parecia não saber disso. Ele teimava em arrepiar-se e ficar
ordinariamente duro perto dessa mulher.
Coloquei Valentina no berço e dei um beijo de leve em seu rosto sereno. Fui até o
quarto do Enzo e vi que ele também dormia tranquilamente. Dei um beijo nele e voltei
para o quarto.
Bella já estava na cama, com uma das camisolas que usava para me fazer perder o juízo.
Somente olhei em seu rosto e fui até a mesa ligar a babá eletrônica.
Joguei-me na cama ao lado dela e puxei seu corpo para junto do meu.
–Não sei até quando vou resistir. Vamos combinar uma coisa? Enquanto estiver de
resguardo...nada dessas camisolinhas.
–A única coisa que me fará me sentir melhor é estar novamente dentro...e bem fundo em
você.
Apertei-a ainda mais num abraço de ferro e busquei sua boca. Imediatamente ela
correspondeu com ardor,sua língua quase perfurando minha boca e suas mãos apertando
meus cabelos com força. Apertei sua cintura também, com força exagerada e puxei-a
sobre meu corpo.
Tá... eu sei que estava louco, fora de mim, mas somente o contato com a pele daquela
mulher era motivo suficiente para me deixar subindo pelas paredes. Bella gemeu minha
garganta.
–Pois está na hora de resistir. Pense nos seus filhos...e não em seu prazer.
Minha boca abriu-se sem som algum. Ela estava brincando, não é? Pela expressão
zangada eu entendi que não.
–Sei...
Aquele tom debochado foi demais pra mim. Levantei-me e vesti o roupão. Ela me olhou
assustada.
–Você sabe que provocou,Bella. Nunca mais brinque comigo assim. Vou dormir no
quarto de hóspedes.
Bati a porta do quarto e sai pelo corredor. Absurda... louca... maluca de pedra.
Estava com a mão na maçaneta pronto para entrar no quarto de hóspedes quando resolvi
dar meia volta. Dormir em outro quarto o cacete. Nem que eu dormisse no chão, mas eu
precisava ao menos respirar o mesmo ar que ela.
Voltei para o quarto imediatamente e abri a porta quase com violência. Bella estava
parada em frente a porta e quase a acertei. Nem tive tempo de pensar. Ela pulou em meu
pescoço.
–Não...
–Aquilo foi só uma... defesa.Uma forma de tentar ficar perto de você sem me queimar
de tanto desejo.
–Não consigo ficar longe. Prometo que vou ficar quietinho. So quero estar onde você
estiver.
Peguei-a no colo e deitei-a na cama, deitando-me ao seu lado em seguida.
–Nada a perdoar. So não quero ouvir aquilo nunca mais. Você e meus filhos são as
únicas coisas que me deixaria louco se eu perdesse. Amo vocês demais.
E era por amar assim que novamente a dúvida me rondava. Eu... e somente eu tinha que
deter Don Matteo. Proteger Bella e meus filhos. É como eu disse... no fim tudo se
resumia a eles. Meu mundo girava em torno deles.
O jardim estava completamente tomado por cadeiras e mesas, tudo em tom branco. O
dia estava claro e um calorzinho agradável contribua para que o dia fosse perfeito.
Voltei para dentro de casa subindo direto ao meu quarto. Parei sorrindo ao olhar os três
na cama. Eu sempre ficava abobada olhando e sorrindo toda vez que via Edward com
nossos filhos.
Os três estavam lindos. Enzo e Valentina na cama, ambos de branco. Edward usava uma
calça escura e uma camisa azul clara aberta até o peito. Estava de tirar o fôlego. Ele
brincava com os pezinhos dos bebês, conversando de forma carinhosa com eles. Ao
perceber minha presença ele se virou sorrindo.
–Eu também.
–Estou vendo.
Edward respondeu, olhando meu corpo de cima a baixo. Quase um mês após o
nascimento dos bebês e eu estava subindo pelas paredes. Dormir agarrada a Edward e
não poder fazer nada chegava a ser sacrilégio.
–Está linda.
Hoje iríamos batizar nossos filhos. Edward fazia questão disso e obviamente não me
opus. Eu também preferia que fossem batizados ainda bebês. Não sei por que, eu achava
mais bonito assim. Apesar de ser um mafioso implacável, Edward era muito católico.
Confesso que esse era um lado dele que descobri apenas nos últimos dias.
Ultimamente ele estava bem mais calmo, sem tirar a ferradura, é claro. Logo após o
encontro com minha mãe, nos sentamos e conversamos muito sobre o futuro dele nos
negócios. Edward queria se afastar definitivamente. Eu achava que não. Ficou decidido
então que ele iria esperar um pouco. Iria comandar tudo como sempre, entretanto os
carregamentos e demais serviços que o afastassem de casa ficariam momentaneamente a
cargo do Emmett.
Minha mãe passou duas semanas conosco. E devo dizer que foi bom demais. Estávamos
nos dando muito bem. Entretanto tudo tinha que ser feito no mais perfeito sigilo.
Novamente vinha Edward com suas idéias. Pior que ele tem uma espécie de ímã... sei la
o que era. No final todos faziam o que ele queria... principalmente as mulheres.
Assim como Victoria e Tânia, minha mãe também se infiltrou nos negócios de Dom
Matteo. Ele ficou exultante ao ter sua “velha garota” de volta. Eu não sei, tinha um
pouco de receio. Um homem perigoso feito ele... como poderia cair tão fácil numa
mentira como aquela? A historia que minha mãe contou a ele era fantasiosa demais. Ela
se arrependeu de abandonar meu pai, e agora voltava cheia de ódio de Edward por tê-lo
matado e ao Mike também.
Talvez Dom Matteo fosse burro demais, ou sua ânsia em colocar as mãos em Edward o
impedissem de raciocinar direito. Minha mãe caiu nas graças dele. E em breve eles
armariam uma arapuca para me pegar.
Claro que Edward ficou furioso ao ouvir isso. O engraçado é que ele já sabia disso. Mas
sempre que o assunto era eu ou os filhos, ele virava fera. Brianna ainda estava com
meus sogros e Tânia agora era mulher de confiança de Dom Matteo. Por causa disso
Edward sabia tudo o que se passava com ele. Eu tinha quase certeza... os dias de
bandidagem de Dom Matteo estavam chegando ao fim.
Eu so queria que Edward chamasse a polícia... o FBI. Ele tinha contatos lá, eu bem
sabia disso. Eu só não queria que ele ficasse na linha de fogo. Não suportaria a hipótese
de perdê-lo novamente.
–Concordo.
Segurei na gola da sua camisa, acariciando de leve a sua nuca com a mão livre.
–Bella...
Seu olhar mudou na hora. O verde se intensificou e parecia que havia fogo neles.
–Não está brincando comigo, está?
Ele não respondeu. Apenas segurou em minha nuca e colou nossos lábios. Foi um beijo
ardente, apaixonado. Sua língua desviava-se da minha, devastando minha boca e
somente quando eu gemi em protesto ele permitiu que as duas se enroscassem.
Meu sexo latejou e eu sentia a umidade se intensificando. Mas o choro ao nosso lado
nos interrompeu.
Levantei-me e Edward pegou-a no colo. Foi o suficiente para que ela se calasse.
–Ih... quer dizer que o papai não pode mais beijar a mamãe?
Edward se aproximou com ela no colo e com a mão que estava livre, puxou-me pela
cintura.
–Pra ela todo o carinho de pai. E pra mamãe dela... todo o tesão do marido...está bom
assim?
Coloquei a cabeça em seu peito, as pernas trêmulas só de ouvir isso. Mas a batida na
porta interrompeu o que eu iria dizer.
–Entre.
–É um anjinho.
–Sabe que nos primeiros dias você também era assim, Bella? Quase não chorava.
Olhei para Edward sorrindo.
Peguei a bolsa com fraldas e mamadeiras e segui atrás de Edward e minha mãe. Mais
um momento que me faria chorar, com certeza.
***********
Eu chorei... e chorei muito. Ver meus bebês... meus pimpolhos, como diz Edward,
sendo batizados foi uma emoção sem tamanho.
Agora estávamos de volta a nossa casa. Alguns poucos convidados se espalhavam pelos
jardins, acomodados nas mesas imaculadamente decoradas por Esme.
–Foi lindo, Bella. Não sei se por causa do pai turrão, mas foi uma emoção diferente ver
meus netos serem batizados.
–Sabe que foi uma surpresa pra mim também? Quando Edward fez questão de batizá-
los...não esperava por isso.
–Ele nunca se manifestou a respeito de religião. Mas creio que isso ficou acentuado
depois daquele incidente. Acho que ele passou a crer mais... tem fé.
–Você faz um bem a ele, Bella. Desde quando ele te levou em minha casa eu percebi
isso. Carlisle mesmo falou: está ai a mulher que será do Edward para a vida inteira.
–Jura?
– Percebi que ele estava caidinho por você. E confesso...fiquei feliz demais. Você é
forte. É esse tipo de mulher que meu filho precisava. Sinceramente, eu odiava aquelas
mulheres que baixavam a cabeça para tudo o que ele dizia.
Edward abraçou minha cintura. Mania que essa família tem de chegar por trás sem fazer
barulho.
–Complô nada. Quando você a levou até nossa casa já era caso perdido. Estava caído
por ela.
Girei meu corpo e fiquei de frente pra ele, já esticando meus braços em torno do seu
pescoço. Nossos olhos se encontraram e eu estremeci. Estava sentindo falta demais dele
e aquele olhar so piorava meu estado. Sua boca tomou a minha sem ao menos se
importar com sua família que assistia a tudo.
Suas mãos apertaram minhas costas, colando ainda mais meu corpo ao dele.
Ele riu.
–A recíproca é verdadeira.
–Palhaço.
–Muito.
Ela chupava a mão com voracidade e incrivelmente não chorava. Sentei-me em uma
cadeira, com Edward ao meu lado. Emmett carregava Enzo e Rosalie estava ao seu lado.
Edward estava certo. Não sei se Emmett babava mais em Rose ou em Enzo.
Sorri abertamente ao ver Alice e Jasper à minha frente. Formavam um casal tão bonito.
–Ah sim...sei que não esconde nada dela e nem tem motivos pra isso.
–Bom... talvez esse não seja o momento, mas já conversei com nossos pais, então acho
melhor falar com você antes que...
Ele torceu nervosamente as mãos e esse gesto me deu idéia do que poderia ser. Aposto
como queria a aprovação dele para se casar com Alice. E já estava passando da hora. Os
dois não conseguiam mais se conter.
–Bom, você é o maior responsável por ela. Até mais que nossos pais . Foi você que a
encontrou, cuidou dela...
–Realmente. E eu fico feliz que seja você a se casar com ela. Tem meu total apoio.
–Anhã... eu acredito.
Edward me encarou como se me desafiasse a falar. Fiquei quieta. Hoje eu não queria
qualquer faísca entre nós que não fosse a do nosso desejo.
Alice ficou ao meu lado tagarelando, falando sobre todas as suas idéias para o
casamento. Edward e Jasper falavam tão baixo que eu realmente fiquei curiosa.
Logo depois que Valentina terminou sua mamada, Emmett se aproximou com Enzo.
–Desse jeito você irá virar um palito, Bella. Essas crianças são famintas.
– Olha o porte do pai, Emmett. Você queria o que?
–Verdade.
–Obrigada, Rosalie.
–Pelo amor de Deus, heim? Quando tiverem outros filhos nada de viajar. Eu quero fazer
o parto.
Percebi que ele falava sério. Mais filhos? Sinceramente eu não esperava passar de dois.
Mas os olhos de Edward brilhavam. Ele queria ser pai novamente. Não sei... gêmeos
novamente?
************
Conferi pela milésima vez. A quantidade de leite que tirei seria suficiente para que meus
bebês se alimentassem e não se esgoelassem de fome. A meu pedido minha mãe iria
dormir aqui hoje. O motivo não poderia ser outro... minha primeira noite com Edward
após o parto.
Logo que todos se foram, após a pequena comemoração pelo batizado das crianças, eu
subi com Edward e juntos demos banho nos dois. Parece que por um momento ele havia
se esquecido completamente de que hoje seria nossa primeira noite.
–Tudo bem.
–Farei isso.
–Estão dormindo?
–Aposto como está. Ele está apenas preocupado... com algumas coisas.
–Está certa. Bom...acho que vou tomar um banho. Estou realmente cansada.
–E eu irei levar os anjinhos. Não se preocupe com nada. Eles estarão bem.
Dei um abraço apertado nela. Era tão bom tê-la por perto, um alento.
–Obrigada, mãe.
–Eu sei.
Esperei que ela levasse as crianças e so então fui para o banho. Enchi a banheira e
mergulhei fechando meus olhos. A sensação era boa demais. Somente assim pude
perceber como eu realmente estava cansada. Sai dali somente quando a água começou a
esfriar. Passei uma loção cheirosa no corpo e vesti uma lingerie sexy. Já eram nove da
noite e Edward ainda não tinha subido
Alguma coisa grave deveria estar acontecendo. Mas eu não iria atrás dele. Como já
disse, eu não queria nenhuma desavença entre nós dois. Se ele achava que eu não
deveria saber, então ficaria quietinha. Sei que mais cedo ou mais tarde ele iria me
contar.
Acabei dormindo... sozinha. Acordei mais tarde com mais fortes me segurando. A boca
macia beijava meu pescoço. Inspirei profundamente e senti aquele cheiro delicioso.
Ainda sem abrir os olhos ergui minhas mãos e senti os cabelos molhados em meus
dedos.
–Edward?
–Meu amor...
Sua boca tomou a minha e num giro rápido ele se colocou sobre o meu corpo. Suas
mãos me apertavam, meus dedos se enroscavam nos seus cabelos.
–Estava falando sério mais cedo? Porque eu estou simplesmente maluco para possuir
você, Bella.
–Eu não iria brincar com isso. Preciso ter você antes que eu enlouqueça.
Edward voltou a engolir minha boca, seu membro latejando de encontro a minha
barriga, fazendo uma enxurrada de tesão escorrer pelo meu sexo.
Ele se levantou e acendeu a luz, apagando a do abajur em seguida. Notei que prendeu a
respiração ao me olhar.
Eu deixei meus olhos passearem pelo corpo dele. Já estava nu e totalmente ereto,
fazendo minha respiração acelerar-se como num passe de mágica. Novamente ele se
deitou sobre mim, tomando minha boca e as mãos apertando meus seios levemente.
Seu toque mágico, sua boca quente e ávida, sua respiração acelerada e seus gemidos
roucos me levavam a loucura. Edward beijava carinhosamente meus seios, a mão
deslizando até meu sexo, afastando minha calcinha e apertando meu clitóris.
Num gesto rápido deslizou minha calcinha e eu terminei de retira-la, empurrando-a com
os pés.
Sua boca desceu pelo meu corpo até chegar ao meu sexo. Travei meus dentes e estiquei
meus corpo, ao sentir um prazer avassalador percorrer minhas veias, deixando-me sem
ar. Tanto tempo sem sentir sua boca em mim contribuía para que as sensações que
sempre foram maravilhosas fossem triplicadas. Eu gemia e me contorcia em sua boca.
–Ah... caralho...
Edward rebolou e eu investi mais minha cabeça, sentindo seu membro alcançar minha
garganta. Sai um pouco e mordisquei a cabeça inchada, depois lambi novamente.
–Mas...
–Eu te quero Edward...e sei que você me quer com a mesma intensidade.
–Estou bem.
Seus olhos arderam e no mesmo instante ele estava sobre mim. Segurou meus cabelos
com força, olhando em meus olhos.
–Bella...
Sua mão forte agarrou minha coxa e colocou-a ao redor da sua cintura. Sem desgrudar
seus olhos dos meus, Edward investiu seus quadris. Eu gemi e fechei meus olhos ao
senti-lo dentro de mim. Ele gemeu também e suspirando, fechou os olhos.
–Porra...que saudade...
Abriu novamente os olhos e começou a estocar forte, rebolando seus quadris do jeito
que ele sabia que me deixava maluca.
–Oh... Edward...
–Machuca?
Como querendo provar isso, apoiei meu pe na cama e ergui meus quadris. Seu membro
enfiou-se ainda mais dentro de mim. Edward trincou os dentes e voltou a investir, com
mais força e mais rápido, minha respiração aumentando no mesmo ritmo das suas
investidas.
Seu membro tocava fundo em mim, roçando minhas paredes, saindo e voltando com
força. Às vezes ele colava nossos quadris e sua pélvis roçava meu clitóris, fazendo-me
gritar de prazer.
Edward agarrou meus braços elevando-os até minha cabeça e prensou meu corpo com
mais força contra o colchão. Estocava forte, violento até. O suor pingava do seu rosto,
mas ele continuava metendo com toda força, até que meu corpo contraiu-se fazendo-me
tentar erguer o tronco sem sucesso. Edward rugiu e estocou mais duas vezes até seu
membro dilatar-se dentro de mim, arrastando-me numa onda de prazer indescritível.
Meu corpo tremia, o de Edward igualmente. Ele me abraçou com força e colou sua boca
na minha, ambos ainda gemendo, extasiados com o orgasmo fulminante.
Edward rolou para o lado e me virei também deitando a cabeça em seu peito.
Ri baixinho.
–Deus... como você é gostosa, Bella. Meu pau fica latejando so de me lembrar.
Ele não respondeu. Apenas pegou minha mão e desceu até seu membro. Grande, duro e
pulsante em minha mão.
–Ah..não, Edward. Ser pai babão tudo bem. Mas ser marido frouxo eu não vo...
Não tive tempo de terminar a frase. Nem sei como, mas ele me virou na cama, deitando-
me de bruços e se colocando sobre mim. Segurou meus cabelos num rabo de cavalo e
puxou minha cabeça para trás.
–Ah...
Não sei por que, talvez o tesão fosse tanto que me impediu de obedecer.
Ele mesmo afastou-as com os joelhos e em seguida empurrou seu membro para dentro
do meu corpo, puxando meus cabelos novamente. Começou a meter forte... muito forte,
fazendo o ar sair com dificuldade dos meus pulmões.
–Geme...geme agora, minha gostosa. Era isso que queria não é? Me provocar.
–Ahhh...
Ele grunhiu e usou toda a força que tinha. Seu pau entrava com tanta força que me fazia
arfar. A posição favorecia...seu membro parecia ainda mais grosso e literalmente me
esfolava. Ainda assim eu estava entorpecida de prazer. Rebolava e gemia e o prazer
chegou a tal ponto que levei minhas mãos à minha bunda, abrindo-a como se isso o
colocasse inteiro dentro de mim.
–Oh...oh...Deus...
Eu gritei novamente e empinei minha bunda. Edward inclinou o corpo e mordeu minhas
costas. Depois puxou novamente meus cabelos, buscando minha boca. Eu o beijava,
mordia sua boca e rebolava, ainda abrindo minhas nádegas.
Edward gemeu, mas já era tarde...seu membro crescia e se expandia dentro de mim, o
que contribuiu para que meu corpo o esmagasse e meu gozo deslizasse em seu membro.
–Ah...porra...porra..
Ele soltou meus cabelos, mas continuou com o corpo sobre o meu, beijando meu
pescoço e sussurrando em meu ouvido.
–Eu te amo, meu amor. Só você... pra me deixar assim... vivo... pleno. Você é minha
vida.
Fechei meus olhos com força, deixando que as lágrimas escorressem livremente.
–minha linda.
Quando percebi que ele iria me abandonar eu segurei firmemente em sua mão.
–Iria?
Levei minha mão para trás e segurei seu membro roçando-me em minha bunda.
–Aqui...
–Você quer?
–Quero muito.
Gemi.
–Mas vamos tomar alguns cuidados. Não quero minha rainha machucada.
Ele se levantou e foi até o banheiro. Eu apenas acompanhei com os olhos o espetáculo
de homem que caminhava nu. E esse era meu.
Pra mim não existia perigo. Nada de piratas saqueadores, briga entre mafiosos ou
mesmo Dom Matteo não me causava medo algum. Eu me sentia muito forte para lutar
contra todos eles. A minha única ruína, e disso eu tinha consciência há tempos, era
Bella. Essa mulher um dia ainda me mataria de todas as formas possíveis.
Não era pelo fato de ser tarado por ela... ou apenas por isso. Ela fez minha vida se
transformar em perfeição. Tudo... absolutamente tudo que ela fazia me levava ao céu.
Batizamos nossos bebês e fizemos uma pequena comemoração. Estavam cada dia mais
lindos e saudáveis e isso me enchia de orgulho.
Bella cumpria seu papel de mãe de forma impecável. Sinceramente eu pensei que no
começo ela iria se atrapalhar para dar conta de dois bebês para amamentar, dar banho,
trocar fraldas. Mas me enganei. Parecia que ela havia feito isso a vida toda.
O único inconveniente disso tudo era o tal período em que eu não poderia tocá-la. Meu
Deus isso é tortura. Quem inventou essa idéia de resguardo com certeza não dormia ao
lado de uma mulher maravilhosa feito Bella. Praticamente um mês após o parto eu já
não conseguia me segurar mais. Entretanto mesmo sendo o mesmo grosso de sempre, eu
iria respeitar minha mulher. Nunca faltei com respeito com nenhuma delas, não seria
com Bella, que era a dona da minha vida que eu faria isso.
Canalizei todo o meu tesão nos negócios. Tinha pensado em me afastar, mas depois de
uma conversa com Bella achamos melhor eu ainda ficar a frente de alguns assuntos. O
principal deles era Dom Matteo. Cheguei a conclusão que ele já viveu tempo demais.
Estava na hora de acabar com sua mordomia.
Quando todos se retiraram após a festa eu me reuni com Emmett e Jasper no escritório.
Pra ser sincero eu não estava com a mínima vontade. Não depois de ter ouvido de Bella
que ela estava pronta pra mim. Se ela tivesse noção do quanto eu pensei nisso. Cheguei
ao ponto de pensar nisso na igreja. Absurdo. Mas eu estava em ponto de bala. Trinta
dias... trinta...sem sexo. Justo eu, que jamais fiquei mais de um dia.
Falando sério... eu tinha até medo de quando colocasse minhas mãos nela. Era tesão
demais acumulado. Punheta era algo totalmente fora de propósito. Minhas mãos jamais
substituiriam Bella. Tudo que estava guardado aqui... era dela.
O assunto entre nós três acabou estendendo-se demais. Mas não podia ser diferente.
Estava tudo armado para Dom Matteo pegar Bella. Eu tinha que me certificar de todas
as possibilidades. Uma delas era de ele não estar confiando tanto em Renné quanto
parecia. Ele não poderia ser tão principiante.
Como podia confiar plenamente numa mulher? Quer dizer.. não estava dizendo que as
mulheres não são confiáveis. Ele não poderia confiar naquele tipo de mulher. Saiu
fugida, com raiva e nojo das atrocidades a que era submetida.
O jeito era armar tudo com cautela e principalmente inteligência. Eu tinha pouco tempo
pra isso, mas minha mente trabalhava a mil. Pelo que Tânia disse a Emmett, Dom
Matteo iria para uma casa que ele costuma usar para essas orgias. Era bem afastada e
não tinha muita segurança por lá puramente para não chamar atenção. E era nesse ponto
que ele pecou.
Eu tinha Jacob comigo que era mestre em desarmar sistemas de segurança. Além de
tudo, Tânia que agora era braço direito dele. Eu so precisava de alguém para ir no lugar
de Bella. Era bem capaz de aquela maluca querer se enfiar nesse meio. Eu so via uma
saída: Brianna.
Eu falei... eu não me enganava. Um dia ainda eu iria cair morto e a culpa seria
exclusivamente dela. Como consegue continuar assim... linda... absurdamente gostosa.
Que mulher tem a sorte de ter dois filhos e ainda continuar com aquele corpo que me
fazia revirar os olhos? Nenhuma... a minha é única.
Eu fui a loucura... morri com aquele corpo sob o meu. Delirei com aquele rebolado, com
aqueles gemidos. Bella estava tão tarada quanto eu, abrindo a bunda deliciosa para que
meu pau se enterrasse completamente dentro dela. Minha vontade de descer a mão
naquele traseiro por pouco não prevaleceu. Eu queria mais era fode-la incessantemente
tentando recompensar o último mês perdido.
Mas aquele pedido... vou admitir que sempre quis comer aquele rabinho dela, mas como
ela nunca se manifestou, eu apenas insinuei. Mas agora... eu não esperava esse pedido
justo hoje, quando estávamos voltando de um longo tempo na seca. Será que ela não
sabia o risco que corria de sair machucada? Mesmo com todo cuidado que eu teria...
porra... eu queria aquilo demais. Não sei se iria conseguir me refrear.
Mas eu nunca negava nada pra ela. Quer dizer... algumas coisas que a colocassem ou
aos meus filhos em risco, com certeza eu iria negar. Mas isso, jamais.
–Mas vamos tomar alguns cuidados. Não quero minha rainha machucada.
Levantei-me e fui até o banheiro, sentindo o olhar dele queimando em minhas costas.
Olhei meu rosto no espelho... completamente em êxtase. Precisava me acalmar um
pouco e também pegar algum lubrificante. Não poderia machucá-la jamais.
Provavelmente haveria algum preservativo na gaveta ao lado da cama.
Voltei para o quarto e a encontrei do mesmo jeito que deixei. De bruços na cama, os
cabelos jogados para o lado. Os olhos estavam atentos a todos os meus ações. Assim
que me aproximei da cama, ela se sentou, olhando para o tubo em minhas mãos.
Mordeu os lábios e seu rosto ficou vermelho.
– Nada.
–Te conheço, Bella. O que se passa nessa cabeça?
–Sim.
–Bella, vamos deixar o passado onde deve ficar? Agora esse aqui...eu comprei logo
depois que tocamos nesse assunto pela primeira vez. Está até lacrado, pode ver.
–Por que então não tentou...quando eu estava grávida? Nos últimos dias...ou nesses
agora em que estava de resguardo?
–Lembra-se que eu vivia lendo sobre gravidez? Aposto que não se lembra.
–Então...eu li que sexo... assim não é muito indicado nos últimos dias ou meses de
gestação. Pode ser mais propício a ...a...você sabe...
Desci minha boca pelo seu colo, passando minha língua, sentindo sua maciez e seu
cheiro enlouquecedor. Bella segurou minha nuca, impelindo seu corpo para grudá-lo ao
meu. Meu pau já pulsava absurdamente a ponto de doer.
Continuei descendo minha boca pelo seu corpo, mordendo sua barriga e depois enfiando
minha língua no umbigo dela. Minha mão acompanhava o trajeto, já chegando ao
clitóris , massageando com meu polegar. Dois dedos deslizaram pelas dobras
encharcadas. Estoquei algumas vezes, girando meus dedos dentro dela fazendo Bella
gemer mais alto e buscar novamente minha boca.
–Edward... por favor...
Retirei meus dedos e girei seu corpo, deixando-a de bruços na cama. Ajoelhei-me ao seu
lado, deslizando minhas mãos pelas costas macias. Inclinei meu corpo e afastando seus
cabelos mordi seu pescoço e seus ombros. Bella remexeu os quadris e empinou a
bundinha redonda e firme, encostando-a em meu pau. Eu grunhi e passei a morder suas
costas, descendo minha boca pela linha da coluna, sorrindo ao ver a pele dela arrepiar-
se.
Desci mais meu corpo e empurrei suas pernas até deixá-la de quatro na cama.
Eu olhava quase hipnotizado para aquela maça gigante à minha frente, aquele orifício
minúsculo que piscava me chamando, quase me deixando maluco. Deslizei um dedo e
circulei lentamente sua entrada. Bella gemeu e rebolou um pouco. Não resisti e passei
minha língua no buraco apertado fazendo o corpo de Bella cair para frente, a cabeça
enterrada no travesseiro.
Assim então eu tive a visão privilegiada... como se não bastasse aquele rabinho que me
chamava cada vez mais eu ainda podia ver a fenda apertada, brilhante... e que escorria
seu tesão. Enlouqueci e enterrei meus dedos na carne macia, abrindo sua bunda e
enterrando minha língua no cuzinho apetitoso.
–Ah...oh...merda, Edward...
Impeliu novamente seu corpo para frente e alucinado de tesão eu desferi um forte tapa
em sua bunda.
Deslizei minha boca e praticamente engoli a buceta úmida, sugando com voracidade
como se tivesse encontrado água no deserto.Meus dedos se entranhavam cada vez mais
na carne da bunda perfeita, quase separando-a completamente.
Eu quase ri da ordem que geralmente era minha, mas minha tara por ela falou mais alto.
Impeli meus quadris, estocando com vontade dentro de sua boca gulosa.
Mas eu tinha que parar...eu já não conseguia domar meu corpo. Puxei-a pelos cabelos,
falando quase sem som.
–Chega... vire-se...
Ela se virou, obediente, ficando na mesma posição anterior. Coloquei-me atrás dela e
destampei o tubo, espremendo todo o conteúdo naquele buraquinho que já me fazia
salivar.
–Ah....
Ela gemeu e eu joguei o tubo vazio a um canto qualquer, uma de minhas mãos
segurando com firmeza em sua bunda. Um dedo circulou o cuzinho lubrificado e
lentamente fui penetrando-o.
–Mais... Edward...
Eu ri e penetrei outro dedo, eu mesmo gemendo alto ao sentir o quão apertada ela era.
Estoquei dentro dela, descendo a outra mão e beliscando seu clitóris.
Era o que eu mais queria. Retirei lentamente meus dedos e peguei a camisinha, abrindo
rapidamente a embalagem e deslizando ainda mais rápido em meu pau.
Segurei novamente sua bunda, abrindo-a. Segurei meu pau e pincelei em sua boceta,
passando pelo clitóris e voltando a raspá-lo em sua fenda.
–Ah...vou morrer...
Bella gemeu abafadamente, enterrando o rosto mais uma vez nos travesseiros.
Foi complicado...Bella era pequena demais para meu pau muito espesso, e eu quase não
conseguia segurar meu tesão. Sua carne ia se abrindo para mim, enquanto eu forçava
cada vez mais minha passagem. Nós dois gemíamos, minha respiração já estava
disparada, meu coração batendo absurdamente que chegava a doer meu peito. As costas
de Bella brilhavam de suor, assim como meu corpo inteiro.
–AHHH...
–Tudo bem?
Apertei minhas mãos em sua bunda, abrindo-as novamente e dessa vez metendo meu
pau com mais força, abrindo seu rabinho completamente. Bella me acompanhava,
mordendo o travesseiro para silenciar seus gritos.
Meu pau se expandia dentro do apertado ânus e minha vontade insana de gozar dentro
dele aumentava,assim como aumentava a força das minhas estocadas.
Não esperei mais nada. Sai de dentro dela rapidamente, arrancando a camisinha e
voltando a meter com força, sem sequer pensar que pudesse machucá-la. Deslizei uma
das mãos e penetrei três dedos na boceta que também latejava e escorria sem parar.
Meus dedos trabalhavam com rapidez, enquanto meu pau arrombava aquele cuzinho
que estava me levando a loucura. Faltou espaço para os meus dedos quando o corpo de
Bella contrai-use e ela empinou a bunda em minha direção, nossos quadris chocando-se
com força. Meu pau expandiu-se e mordendo com força meus lábios eu finalmente
deixei minha porra inundar aquele canal minúsculo que ora me abrigava.
Bella tremia e o travesseiro não foi suficiente para abafar seus gritos.
–Ah... gostosa...tesuda...
Eu gemi empurrando seu corpo com o meu. Caímos juntos na cama, arfando feito
loucos, nossa pele suada grudada uma na outra.
Envolvi todo o seu corpo pequeno com meus braços longos, sorrindo. Como alguém
que era sua vida, também poderia ser uma ameaça a ela? Bella era assim.
*****************
Ajeitei minha gravata em frente ao espelho e peguei o paletó. Bella estava sentada na
cama amamentando Enzo. Valentina estava por ai com Alice. E eu sentia que Bella não
desgrudava os olhos de mim. Estava assim... gulosa. Desde a nossa noite espetacular há
quatro dias, ela vinha sendo cada vez mais ousada e tarada. Comer o rabinho gostoso
dela agora era obrigação. A sua primeira vez rapidamente se transformou em quatro...
naquele mesmo dia. Sai da cama morto, mas feliz.
–Não lê mas sabe perfeitamente bem do que estou falando. Pelo amor de Deus,
Edward...você prometeu.
–Olha... eu prometi a você que não faria nada imprudente e que sempre voltaria inteiro
para os seus braços, não foi?
–Sim.
–Nunca deixou.
–Então... você sabe que preciso fazer isso. Está tudo muito bem arquitetado.
Sorri.
–Mesmo que a mesma tenha sido moldada em mim, ela nunca ficará parecida comigo.
Eu abracei-a pelo pescoço. Era uma boba mesmo. A principio quis ir comigo nessa
empreitada. Maluca de pedra. Vê la se eu iria permitir uma sandice dessa? Mas Dom
Matteo queria Bella e precisávamos de alguém para se fazer passar por ela. Brianna foi
a única que me veio a mente. Tinha o típico físico parecido com o de Bella, exceto que
Bella é mais voluptuosa que ela. Mas como Dom Matteo não a via há muito tempo, não
iria notar logo de cara.
A idéia da máscara obviamente foi de Alice. Parece que anda assistindo filmes de
Hollywood demais. Mas insistiu tanto que acabei aceitando e chamando os profissionais
que iriam fazer o serviço. Tenho que dar a mão à palmatória. Ficou perfeita. Estavam
todos reunidos agora no quarto de hóspedes enquanto preparavam Briana.
–Fique tranqüila. Eu prometo que volto logo. Dessa vez não irei me sujar, Bella... não
mesmo. Eu simplesmente quero esse homem atrás das grades. Se alguém quiser dar
cabo dele... que façam isso, mas eu não irei me sujar.
–Pois eu acho que você deveria meter logo uma bala na cabeça dele. Ele não ficará
preso por muito tempo.
–Claro que vai, Bella. Os crimes dele são hediondos demais. A justiça aqui é bem séria,
não se esqueça disso.
–Entre, Renné.
–Estamos prontos.
–Nossa...
–Ainda assim...
Por fim segurei seu rosto em minhas mãos. Enzo ainda pendurado ao seio dela, dormia.
–Anjo... quantas vezes tenho que dizer que você é minha vida. Essa coisinha ai em seu
colo é minha paixão...a Valentina igualmente. Eu não posso e não quero ficar sem
vocês. Quero ver meus filhos crescendo e quero estar ao seu lado quando der o grito ao
ver o primeiro cabelo branco.
Bella afastou-se um pouco e entregou Enzo à mãe. Segurou meu rosto e buscou minha
boca com voracidade, sua língua já se embolando na minha.
Apertou seus braços em volta do meu pescoço, beijando-me mais uma vez. Levantei-me
abraçando-a pela cintura. Eu teria que mais uma vez cumprir uma promessa. Não queria
nem me imaginar longe disso tudo.
–Boa sorte, meu amor. E me ligue assim que... colocar as mãos naquele monstro.
Ela sorriu e me abraçou forte novamente. Peguei Enzo no colo, apertando-o em meu
peito.
–Eu te amo tanto, meu filho. Fique bonzinho ai com a mamãe. O papai volta logo.
Percebi que Bella limpou lágrimas com as costas das mãos. Era melhor eu ir antes que
desistisse da idéia. Entreguei nosso filho a ela dando mais um beijo em sua boca.
–Sim senhor.
–Ótimo.
Saímos do quarto com Bella em nosso encalço. Encontrei Alice e Jasper na sala
paparicando Valentina. Assim como fiz com Enzo eu a apertei em meu braços, os
olhinhos muito abertos me encarando.
Dei um beijo em sua cabeça e fiz sinal para que Jasper nos acompanhasse. Desci as
escadas e parei em frente à limusine de Dom Matteo que Renne usaria. Antes de entrar
eu olhei novamente para minha casa e vi Bella parada com Enzo no colo, mordendo os
lábios. Voltei novamente e parei em frente a Bella. Peguei uma de suas mãos e coloquei
em meu peito.
–Está sentindo isso aqui? Bate por vocês. Mas estou deixando com você agora. Então...
pra continuar vivo, eu preciso voltar.
–Ah...Deus...
Merda...eu não queria fazê-la chorar, não mesmo. Mas eu precisava dizer alguma coisa
que a deixasse mais tranqüila.
Joguei minha cabeça para trás e gargalhei. Essa era minha poderosa.
*****************
–Jacob?
–Sim, chefe.
–Sim. A casa realmente está com apenas três seguranças. Mais pessoas poderiam
chamar a atenção.
–Sim. E já descobriu o sistema de alarme. Irei passar todas as coordenadas pra ela
para que consiga desativá-lo.
–Jacob, não tire essa escuta por nada nesse mundo. Como falei não quero matar aquele
desgraçado. Mas eu preciso da polícia na hora certa.
–Eu ainda acho que não deveria estar lá quando a polícia chegasse, chefe.
–Sim, senhor.
–Renné?
–Edward? Já passei pelo portão e por dois seguranças. Apenas me olharam e olharam
para Brianna. Tudo está indo como esperávamos.
Assim que Renne entrasse com Brianna ela iria mandar dois dos seguranças embora,
segundo ela , a mando de Dom Matteo. Pelo jeito ela era tão poderosa quanto Bella.
Eles a obedeciam sem pensar duas vezes, pelo que soube.
Sem contar que ele queria a minha Bella. Estava pedindo para morrer, so pode. E hoje
ele achava que iria realizar seu sonho. Iria encostar as mãos nojentas na minha mulher.
Deu vontade de gargalhar. Só se ele tivesse me matado primeiro. Esse foi o erro dele:
me deixar vivo.
–Edward?
–Fale, Renné.
–Preste atenção. Você irá sair da limusine agora e irá entrar na segunda porta à sua
direita. Essa porta da acesso a um quarto que é uma espécie de esconderijo. A parede
dele na realidade é uma estante falsa, que por conseguinte dá acesso ao quarto onde
Dom Matteo estará com Brianna.
– Entendi.
–Ali há um busto de Cleópatra...a saída será acionada quando tocar o peito direito
dela.
Rolei meus olhos. Era a cara dele fazer esse tipo de coisa.
– E o restante do plano?
–Os dois seguranças já se foram. Jacob e Emmet estão assumindo o lugar deles. O
outro está vigiando a porta do quarto de Dom Matteo. Eu farei a troca assim que entrar
com Brianna.
–Sim. Jacob está passando instruções pra ela. Pelo que pude perceber as câmeras da
garagem já foram desativadas.
Segui pelo caminho que Renné indicou e abri a tal porta. Era um quarto pequeno, cheio
de armas e livros. Meus olhos imediatamente pousaram sobre o busto de Cleópatra. Em
breve eu iria sair daqui e ficar frente a frente com o carcamano.
Dei mais uma conferida em minha arma e coloquei-a de volta em minha cintura. Dei
uma olhada nos vários livros e meu estômago revirou. Tudo...absolutamente tudo tinha
a ver com pornografia infantil. Na verdade não eram livros, eram álbuns que continham
toda espécie de imagem que se possa imaginar.
Eu que sempre tive sangue frio cheguei a sentir ânsia de vômito. Meu Deus...ele era
muito mais doente do que pensava. Até mesmo crianças de seis, sete anos estavam ali
em poses eróticas e alguns até... em atos sexuais. Joguei o álbum a um canto e me sentei
no chão, inspirando com força.
Eu já fiz de tudo na vida. Mas ver uma criança ser maltratada dessa forma era demais
pra mim. Meu ódio e repulsa por ele so aumentavam a cada maldito minuto que eu
passava aqui.
–Edward?
–Sim, Jacob?
Falei tão baixo que por um momento pensei que ele não tivesse ouvido.
Eu ri, balançando a cabeça. Não duvidava nada que Jacob estivesse pegando a Tânia.
– Renné já nos deixou de sobreaviso... já está levando a Brianna até o quarto de Dom
Matteo.
–Isso ai. Quando os outros seguranças ocuparem nosso posto, serão dominados por
Jasper e Laurent.
Eu so esperava que Jasper não mijasse pra trás agora. Costumava ter uns ataques que me
dava nos nervos.
–Ok, chefe.
–Renné?
–Edward?
–Não se esqueça da escuta da Brianna. Tenho que saber a hora certa de entrar.
–Ótimo. Cuidado.
Fiquei esperando, as mãos cruzadas sobre o queixo. Meus pensamentos voaram até
Bella e meus filhos. Pouco tempo longe deles e eu já estava praticamente louco de tanta
saudade. Quando eles estivessem um pouco mais velhos faríamos uma viagem...algum
lugar lindo onde eles pudessem se divertir e eu pudesse curtir minha família.
Cheguei a rir. Sempre soube que mais cedo ou mais tarde eu teria um herdeiro. Tinha
que ser assim. Mas jamais me imaginei pai de gêmeos e completamente apaixonado
pela mãe deles.Não via a hora de voltar pra casa e apertar os três em meus braços.
Parei de respirar ao ouvir a voz do vagabundo. Isso quer dizer que Brianna já estava
com ele.
Fechei meus olhos com força. Não era Bella ali...não era Bella ali. Eu tinha que me
lembrar disso toda hora antes que invadisse aquele quarto. So de tocar no nome dela eu
ficava puto.
–Hum... está gostosinha ainda...pena que a bocetinha não deve estar tão apertadinha.
Silêncio.
–Senhor...
–Engraçado... faz tempo que não a vejo, mas me parece...sei lá. Acho que o Todo
poderoso não anda cuidando bem de você. Agora nós vamos ver se o pau dele faz um
serviço tão bom quanto o meu. Vá até a cama...e tire a roupa.
–Sim, senhor.
–Gatinha obediente. O papai gosta disso. Sabe, Isabella... quero ouvir você gritar bem
forte quando eu tiver comendo seu rabo. Nada me dará mais prazer que cornear o Todo
fodão poderoso.
Eu não queria ouvir mais nada. E principalmente, não poderia deixar aquele vagabundo
encostar suas mãos mais uma vez em Brianna.
–Surpresa...
Cantarolei.
Ele deu um passo para o lado estendendo a mão. Rapidamente eu tirei o revolver da
cintura e disparei contra o aparelho na mesa. Brianna correu para um canto, encolhendo-
se.
–Seu...seu...
Avancei sobre ele tão rápido que eu mesmo fiquei impressionando. Desferi-lhe um soco
no queixo, jogando-o de costas na mesa.
–Dobre sua língua. Agora... você acha mesmo que eu deixaria minha esposa vir até
aqui? Você acha que Renné iria permitir que Bella tivesse o mesmo fim desgraçado que
ela?
–Mas...
–SEU MALDITO.
Ele berrou e fez menção de pegar algo, que imaginei ser uma arma. Mas era burro
mesmo. Eu já estava com a minha na mão. Bati o revolver com toda força na mão dele
fazendo-o berrar e se contorcer de dor.
Ela correu porta afora e então me voltei para ele, prensando meu joelho contra sua
barriga.
–Pensou que seria fácil assim, hã? Acha que me descuido do que é meu?
O soco foi certeiro em sua boca, um jato de sangue manchando minha mão.Seu rosto
adquiriu uma cor escarlate e pensei que iria sofrer algum colapso ali. Mas vaso ruim não
quebra, eu sei.
–Foi tão fácil pegar você... todos contra você: Renné...Tânia...Brianna...é o seu fim,
Matteo. A essa altura meus homens já levaram a polícia até seu antro... e você irá
apodrecer na cadeia.
–Não...não vai me matar, fodão?
Outro soco mais vez, dessa vez em seu estômago.Ele berrou e tentou me acertar em vão.
–Não irei me sujar com você, seu porco. Tem muito presidiário que adora sujeitos da
sua laia.
–Edward?
Minha reação foi imediata. Peguei minha arma e apontei pra ele.
–PAPAI!!!
Mesmo machucado Dom Matteo avançou sobre mim e a arma disparou. Ouvi gritos e a
porta foi escancarada. Dom Matteo estava de costas pra porta, sobre meu corpo
tombado na mesa. Empurrei-o para o lado e ouvi o disparo.
–JACOB...NÃO...
Meu único pensamento foi correr para o lado do garoto que chorava e escondi seu rosto
em meu peito. Jacob, Emmett e Jasper entraram seguidos por mais homens, policiais
talvez. Ouvia os berros de Dom Matteo mas sequer olhei em sua direção.
Ergui minha cabeça e vi Renné e Tânia pálidas, assustadas. Fuzilei-as com os olhos.
Dom Matteo tinha um filho... um garotinho que assistiu aquela cena horrorosa. Como
ninguem sabia da existência dele? Alguém me devia explicações.
Notas finais do capítulo
Pois é...sei que a maioria deve estar fervilhando querendo a morte de Dom Matteo.
Quem leu com atenção irá perceber o motivo de tê-lo deixado vivo.Agora hora das
gracinhas... Poderoso chegando aos 6000 reviews. O que posso fazer além de
agradecer?(responder aos reviews, eu sei...*se esconde). Não só essa, como outras
ficssó estão ai e fazem "sucesso" graças a vocês.Hoje só tenho que agradecer
imensamente a todas, sem exceção, que me seguem seja aqui, no cafofo, msn e até de
BBB.Posso ser repetitiva, mas realmente quando entrei nesse mundo de fic writer eu
não imaginava receber tanto carinho.VocÊs sim, são maravilhosas e merecem todos os
elogios. A mim cabe apenas retribuir, escrevendo.Não imaginam a felicidade quando
alguem me chama no google chat ou no msn e dizem: Não acredito que estou falando
com você.Fico me achando o próprio Robert PAttinson de saias.(Ely se
sentindo...aiai).REsumindo: vocÊs são maravilhosas e deixo aqui todo o meu carinho
em retribuição ao que recebo diariamente.Beijo grande. Ahh...e ainda da tempo de
participar do concurso de One-shots. Aqui:http://www.orkut.com.br/Main#Community?
cmm=112962605
Foi tudo rápido. Tudo odiosamente rápido e em minha opinião, mal sucedido. Dessa vez
conseguiram me deixar realmente furioso. Ainda abraçado ao garotinho eu olhei para
trás e vi Dom Matteo dominado pelos policias, sangrando um pouco. Jacob estava ao
lado, agachado com uma expressão de dor.
–Jacob?
–Estou bem, chefe. Apenas cai sobre a mão, meu pulso está inchado.
–Ouvi o tiro, pensei que ele tivesse acertado você. Mas eu não atirei para matar... acertei
o braço dele.
Quando me distrai com o garotinho, Dom Matteo avançou sobre mim. Ainda tive o
sangue frio de erguer a arma, caso ela disparasse. E foi o que aconteceu. Disparou para
o alto, assustando ainda mais o garoto. Então Jacob invadiu o quarto com a arma
apontada para Dom Matteo. Eu corri até o garoto, gritando para que Jacob não
disparasse, mas já era tarde.
Felizmente o tiro acertou o braço. Dom Matteo gritava enquanto era seguro pelos
policiais.
O garoto tremia um pouco e eu apertei sua cabeça em meu peito para que ele não visse a
cena. Tânia e Renne continuavam estacadas, me olhando. Alguém me devia uma
explicação.
–Senhor Cullen?
Saíram arrastando Dom Matteo aos berros. Fiz sinal para que os demais se retirassem.
–Tânia? Pode trazer um copo com água, por favor?
–Pode ir.
Assim que a porta se fechou eu peguei o garoto no colo e sentei-me com ele na cama.
–Beba.
–Como se chama?
Merda. Não esperava uma pergunta assim tão direta. O que eu diria? Que o pai dele era
um maldito pedófilo filho da mãe? Ele nem entenderia nada. Tampouco eu teria
coragem de dizer isso.
Ele não respondeu, mas dessa vez me olhou. Era moreno e tinha cabelos e olhos pretos.
–Oito.
–Então você é filho de Dom Matteo. Eu o conheço há anos, nunca soube que tinha um
filho.
–Ele me pedia pra chamar de pai, mas ele não é meu pai de verdade.
Ele torceu as mãos no colo, olhando pra mim quase com medo. Tentei fazer de tudo
para suavizar a expressão sisuda em meu rosto e não assustá-lo ainda mais.
–Eu ficava com minha mãe. Ajudava ela vender balas. Mas um dia ela sumiu. Então ele
apareceu e disse que cuidava de mim.
–É.
–Ele falou que eu não podia ficar na rua. E me trouxe. Mas ninguém sabia, so os
guardas dele.
–Não sei.
–Não.
Ele sorriu.
–Bebezinhos?
–Que bonitinho.
–Sabe... eu amo os dois. Acho que todo pai tem que amar os filhos, dar carinho... encher
de beijos. Dom Matteo era assim com você também?
–Você me parece ser um bom garoto. Claro que Dom Matteo iria amar você. Dar...
carinho.
–Como assim?
Congelei. Eu sabia que deveria ter alguma sujeira ai. Entretanto eu tinha até medo de
ouvir. Mas eu precisava realmente entender a situação do garoto.
–Porque... porque...
Ele estremeceu.
–Olha... quero ser seu amigo de verdade. Pode confiar em mim. Tudo o que você quiser
me contar ficará apenas entre nós dois.
–Que coisas?
Ele chorou baixinho. Fiquei esperando, tentando manter a calma, já sentindo aquela
minha fúria selvagem ameaçar vir à tona.
–Ele queria... queria que eu pegasse no piu piu dele...e depois... beijasse. Mas eu não
quis... era nojento.
Soltei as mãos dele e passei em meus cabelos. Logo em seguida apertei-as com força,
uma contra a outra, querendo machucar a mim mesmo. Uma forma de não pensar
naquela crueldade.
–Um pouco. Mas ai ele cuidou de mim. Ele disse que era... carinho. Era gostoso.
Senti minha saliva descer queimando feito ácido... asco diante de toda aquela situação.
Ele ficou calado um bom tempo, talvez ponderando se deveria contar ou não. Por fim
ele começou a falar. Antes eu não tivesse pedido isso. Era a coisa mais hedionda e
nojenta que já ouvi em toda minha vida. Agora sim eu penso que deveria ter matado
aquele crápula. Uma pessoa como aquela definitivamente não merecia viver. Como se
não bastassem as garotas, agora tinha esse garoto bem mais novo que a maioria das
meninas que ele usava.
–Pode.
–O que Dom Matteo fez com você não é uma coisa bonita. Eu sei que às vezes o corpo
da gente sente mesmo algumas sensações... hã... gostosas. É normal. Mas veja bem,
você é apenas uma criança. E crianças não devem fazer isso com outras crianças, muito
menos com adultos. Você deveria estar numa escola, aprendendo coisas boas, se
divertindo com garotos da sua idade, jogando futebol. E não fazendo e aceitando esse
tipo de coisa, drogando-se...
–Sim, poderá ser muito rico. Estudando e depois trabalhando. Conquistando as coisas
com seu próprio trabalho.
Agora eu me sentia mal e principalmente um hipócrita. Era por causa de pessoas como
eu que existiam pessoas como Joseph. Quantas vezes ele deve ter se drogado com as
porcarias que eu mesmo forneci? Por que antes eu não via as coisas dessa forma?
–Senhor Cullen?
–Sinto muito mas as coisas não podem ser assim. Ele precisa ir para a assistência social.
–Entendo.
–Algumas pessoas irão conversar com você. Não se preocupe. Estará seguro.
Ele segurou a mão que o policial estendia e saiu sem dizer nada. Levantei-me e andei
um pouco pelo quarto e num acesso de fúria fechei meu punho e esmurrei a parede,
quase quebrando meus dedos.
Péssima hora para virar um molengão... um frouxo. Deveria ter arrebentado os miolos
de Dom Matteo assim que fiquei cara a cara com ele. Agora era tarde. O jeito era deixá-
lo nas mãos da justiça.
*******************
–Eu não consigo acreditar até agora. Não mesmo. Isso só tem um nome: incompetência.
Eu falava olhando diretamente para Tânia.
–Como não, diabos? Você estava lá. Você desarmou o sistema de alarme, andou pela
casa como não viu o garoto?
–Ele não deveria estar dentro da casa, Edward. Se entrou pela passagem secreta.
–Nisso tenho que concordar com você. Mas você nunca desconfiou de nada? Você nem
ninguém? Renné?
Minha sogra me olhou assustada. Claro, era a primeira vez que me via assim.
–Ótimo. Tânia e Renné... sabem que terão que depor, não é? Mesmo que a polícia saiba
que estavam infiltradas.
Tânia me encarava. Ela bem sabia como era ter um filho solto por ai, vivendo no mundo
das drogas.
–E se não encontrarmos?
–Eu tentarei de tudo para ajudá-lo, Renné. De certa forma eu me sinto responsável por
algumas coisas que aconteceram a ele.
Ninguém ousou dizer nada. Do jeito que estava era bem capaz de dar um coice em
qualquer um deles. O dia foi pesado, mexeu comigo demais. Nem quando matei a
sangue frio, fiquei tão abalado. O meu único consolo...e a coisa que mais queria nesse
momento era estar ao lado dos meus filhos e nos braços da minha esposa.
Sem contar que ela já deveria estar louca. Mandei Jasper ir antes de mim e dizer que
estava tudo certo, mas com certeza ela não acreditaria nele.
–Bom... vou pra casa. De qualquer forma eu agradeço a vocês. Infelizmente o que
aconteceu nem tínhamos como prever, imagino. Mas no todo...foi como planejamos.
Estão de parabéns.
Sai do galpão em direção a minha limusine. Meu motorista já estava a postos, apenas
me esperando.
–Sim senhor.
Quando senti meu corpo aquecer-se um pouco... percebi que chegava em casa. Assim
que o carro parou eu saltei e imediatamente vi Bella parada na varanda, retorcendo as
mãos.
Levou-as ao peito e depois disparou pelas escadas, jogando-se em meus braços. Abracei
sua cintura, já buscando sua boca. Deixei que a sua boca praticamente engolisse a
minha. Eu percebia seu desespero. Apertei-a com mais força e gemi, de pura satisfação,
ainda colado em seus lábios.
–Por que não veio com o Jasper? Meu Deus... quase fiquei louca.
–Eu queria acreditar, mas meu coração é mais desconfiado que minha mente.
–Exatamente.
–Estou esgotado. Só quero um banho... abraçar meus filhos e depois o colo da minha
mulher. Exatamente nessa ordem.
–E você?
Eu ri e beijei seu pescoço, rindo ainda mais ao sentir seu corpo estremecer.
Entrei no quarto já despindo minha roupa e caminhando até o banheiro. Bella veio atrás
de mim e ficou parada do lado de fora do Box, observando-me.
–Não. Vou ficar aqui caso as crianças acordem. Mas como foi lá?
Demorei mais tempo que o normal sob a ducha, na esperança vã que a água lavasse até
mesmo minha alma. Precisava relaxar um pouco, pelo menos enquanto estivesse perto
dos meus filhos. Detestava ter sentimentos ruins perto deles. Sei que os bebês percebem
isso.
Bella não insistiu mais no assunto. Apenas ficou parada me devorando com seu olhar
faminto. Sai do banho e vesti apenas a boxer preta e o roupão por cima.
Primeiro fui no quarto do Enzo. Estava num sono tão tranqüilo que nem se mexeu
quando peguei-o no colo.
Bella me olhou, meio curiosa, sem entender por que eu dizia isso...de forma tão intensa.
Coloquei-o de volta no berço e sai, fechando a porta com cuidado. Depois fui para o
quarto de Valentina e quando fiz menção de pega-la, Bella me impediu.
Eu ri baixinho. Valentina não era tão calma quanto Enzo. Se eu a tirasse do berço, com
certeza iria acordar. Baixei a grade e me agachei em frente a ela. Dormia com as mãos
postas, como se estivesse rezando.
Amava os dois...os três, aliás. E agora mais do que nunca eu me via na obrigação de
cercá-los de todo cuidado possível.
Ergui novamente a grade do berço e sai do quarto, sempre seguido por Bella. Voltamos
ao nosso quarto e me deitei na cama. Bella permaneceu de pé.
–Alguma coisa?
Ela sorriu.
–Ou alguém...
–Garoto?
–Sim. Ele tem oito anos e se chama Joseph. Foi o que me impediu de matar Dom
Matteo. Ele o chamou de pai.
–PAI? Mas ninguém nunca falou sobre Dom Matteo ter um filho.
–E não tem. Dom Matteo encontrou o garoto na rua, Bella. E o levou pra casa.
Lágrimas quentes e incontroláveis desceram pelo meu rosto, molhando o vestido fino de
Bella.
–Sim... ele se aproveitou...abusou do garoto, fez sexo com ele... prometeu mundos e
fundos...iludiu o pobre coitado. Ele é uma maldito desgraçado.
–Você deveria te-lo matado, Edward. Como deve estar esse garoto agora?
Eu omiti de Bella o que ele disse sobre Valentina. Eu sei que ela poderia surtar com
isso. Mas não iria esconder isso dela pra sempre. Ela teria que participar de tudo em
minha vida.
–E a mãe?
–Temos que ajudá-lo,Edward. Eu nem o conheço mas so de ver como você está...
–Eu não consigo parar de pensar nele. Tenho que fazer alguma coisa.
Arregalei meus olhos, porque em nenhum momento essa hipótese passou pela minha
cabeça.
–adotá-lo?
–Estou vendo como está abalado. E de certa forma se sente responsável... então pode
tentar adotá-lo...se realmente não encontrarem a mãe.
Estendi minha mão e puxei-a de volta. Segurando-a pela nuca eu beijei sua boca.
–Estou sentindo todo o seu sofrimento como se eu estivesse estado lá, Edward.Nós
iremos batalhar juntos para ajudar esse garoto.
Colei minha boca na dela e girei meu corpo, prensando o seu contra a cama. Mais do
que provada sua importância em minha vida. Minha esposa...minha amante...minha
amiga e companheira de todas as horas.
Era mais fácil viver nesse mundo cão com ela ao meu lado. Eu a amava ainda mais por
me amar sem reservas. Mesmo sendo um bruto, um cavalo, um ser nocivo à
sociedade...ela me amava além da razão. E isso era o suficiente para fazer dela...a dona
de mim.
“...Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente
pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais
de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!” (Arnaldo Jabour)
Um abraço todo especial às meninas do cafofo que são as principais responsáveis pelas
nossas noites agradabilíssimas.
Quanto mais podres dele eram descobertos, mais revolta ele causava às pessoas.
Sinceramente se não fosse o garoto, com certeza Edward o teria matado. Pessoas como
ele realmente não mereciam viver.
Entretanto havia o garoto. O tal “filho” de Dom Matteo. Um garoto que tirou das ruas,
ou roubou da mãe... sei lá, para satisfazer suas vontades. Tentei chegar a uma conclusão
após ouvir tudo o que Edward me disse, mas continuava no vácuo.
Edward ficou abalado demais e eu bem entendia suas razões. Primeiro porque, apesar
dos pesares, ele sempre foi um homem integro, tem o coração do tamanho do mundo. E
isso ficou ainda mais exacerbado depois que nossos filhos nasceram.
O único pensamento que consegui ter foi adotar o garoto caso ele não tivesse nenhum
parente que pudesse ficar com ele. Engraçado foi ver a cara de surpresa de Edward.
Quando ele tocou no assunto, sua expressão era tão triste e desolada que cheguei a
pensar que ele tinha pensado na adoção.
Mas ele ainda não tinha tido essa idéia. Por isso mesmo abraçou meu corpo com força,
beijando-me com paixão. Foi apenas uma fagulha para acender nossos corpos que se
enroscaram na cama o resto da noite.
Edward estava ainda mais intenso que o normal. Suas mãos agarravam meu corpo com
tanta força que por várias vezes eu cheguei a sentir dificuldades em respirar.
Girei na cama buscando o calor dos seus braços e encontrei o vazio. Abri meus olhos
constatando que eu realmente estava sozinha. Estendi meu braço e verifiquei as horas no
celular. Ainda não eram seis da manhã.
Talvez nossos filhos tivessem acordado e Edward foi verificar. Levantei-me e fui até o
quarto de Enzo que dormia tranquilamente. Dirigi-me ao quarto de Valentina que
também dormia.
Não era possível que Edward já tivesse saído. Não falou nada comigo a respeito de sair
tão cedo. Aliás, pela forma como me amou, imaginei que ficaria na cama até mais tarde.
Mas ele sempre me surpreendia.
Voltei para o nosso quarto e no exato instante em que notei a ausência da babá
eletrônica, eu ouvi o som de algo caindo na água. Fui até a sacada do quarto e então
fiquei estática, a respiração suspensa. Era aquilo mesmo que eu estava pensando... e
vendo?
Estava de costas pra mim e apoiou os braços na borda da piscina. Acompanhei cada
linha dos músculos de suas costas largas, passando a língua nos lábios. Eu adorava
apertar aqueles músculos... morder... só de me lembrar disso senti minha boca salivar.
Pensei por um momento e depois me decidi. Fui até o closet e peguei um biquíni azul e
me vesti, colocando o roupão por cima. Voltei novamente ao quarto das crianças e,
constatando que ainda dormiam desci silenciosamente as escadas e sai em direção à
piscina.
Atravessei o jardim e segui em direção a ele sem fazer qualquer ruído. Ele permanecia
na mesma posição. Dei a volta e parei em frente a ele que sequer ergueu a cabeça.
Nem ousei chamá-lo de convencido. Como se não bastasse estar certo quanto ao que
disse, sua voz soou rouca, baixa... e carregada de desejo em cada sílaba. Eu conhecia
muito bem meu marido para saber que ele estava ardendo.
Tirei meu roupão deixando-o deslizar pelo meu corpo e cair aos meus pés. Somente
então Edward me olhou... subindo vagarosamente pelos pés... coxas... meu sexo que a
calcinha minúscula do biquíni mal ocultava... barriga..
Pela sua respiração eu percebi como ele estava balançado com minha presença.
Continuou subindo o olhar e meus mamilos imediatamente ficaram túrgidos quando
seus olhos pousaram sobre eles.
Continuou a inspeção, passando pela minha boca até seus olhos cravarem-se nos meus.
Parecia que iriam perfurar minha pele tamanha intensidade com que me olhava.
–Não vem? Já estava sentindo sua falta.
–Mas... e as crianças?
Ele desviou o olhar até a mesa pouco atrás de mim e então vi a babá eletrônica. Eu não
sei por que ainda me espantava com certas atitudes dele. Meu marido é perfeito. E que
ousem dizer o contrário.
Ele se afastou da borda até chegar ao meio da piscina, mas sempre de frente pra mim.
Observei seu tórax perfeito reluzindo à luz do dia que começava a nascer e então...
mergulhei.
Seus braços rapidamente envolveram minha cintura e inclinando a cabeça, sua boca
roçou a pele sensível do meu pescoço. Eu gemi, deixando minha cabeça pender para
trás. A barba recém crescida arranhava minha pele e transmitia vibrações elétricas por
todo meu corpo.
Meus dedos automaticamente fecharam-se em seus cabelos e uma das mãos apertou
seus ombros. Eu já tinha perdido há muito tempo a sensibilidade das pernas e só
permanecia de pé porque Edward me segurava.
O poder que esse homem tinha sobre mim chegava a ser ultrajante. Bastava um olhar ou
meras palavras e eu me derretia... me desmanchava inteira nos braços dele.
–Já estava ficando maluco aqui... e agora olhando esse biquíni... estou mais louco ainda.
Ele afastou o tecido do sutiã, apertando meu mamilo. Colei mais meu corpo no dele, a
boca grudada em seu peito. Edward baixou a cabeça e me fez gemer alto ao engolir meu
seio, a outra mão descendo e afastando minha calcinha, massageando meu clitóris.
Eu rebolei, descontrolada, agarrando-me mais a ele. Ele continuava sugando meu seio,
gemendo enquanto penetrava seu dedo em mim. Senti um formigamento no outro seio e
o leite começar a escorrer.
De alguma forma Edward percebeu e ergueu a cabeça, sorrindo torto. Ergueu meu corpo
e caminhou comigo até a borda da piscina, colocando-me sentada. Era incrível a
facilidade com que ele me pegava, carregando-me como se eu fosse uma pluma.
Obedeci no mesmo instante, encarando seus verdes olhos flamejantes. Passei a língua
nos lábios, sentindo minha pulsação disparar ainda mais quando começou a estocar seus
dedos de forma dura e firme, curvando seus dedos dentro de mim e tocando-me naquele
ponto que ele bem sabia... me levava ao céu.
Eu gritei, agarrando-me aos cabelos dele, rebolando, estremecendo ainda mais quando
seu polegar circulou meu clitóris.
–Ah... Edward... isso é covardia...
Ele riu baixinho e segurou-me pelos cabelos, forçando-me a olhar pra ele.
–Somente assim eu me sinto o poderoso que você tanto fala. Adoro a forma como seu
corpo reage ao meu olhar... ao meu toque. Amo saber que essa boceta deliciosa fica
incrivelmente encharcada somente com o som da minha voz...
Ele se colocou no meio das minhas pernas, abrindo-as ainda mais. Eu não tinha forças
para falar... apenas gemia.
–É muito foda saber que eu... somente eu faço isso com você e que você é minha. E é
igualmente foda saber... que eu sinto exatamente a mesma coisa com você.
Mal pronunciou a última palavra e abaixou a cabeça, enterrando sua língua dentro de
mim. Ele estava quente... muito quente e o contato com minha fenda úmida me fez
gritar novamente de prazer.
Edward empurrou um pouco meu corpo para trás.
–Quero você inteiramente aberta pra mim. Preciso devorar essa boceta antes de
arrombá-la com meu pau.
Ele pode ter pensado que me deitei um pouco, apoiando-me nos cotovelos, mas na
verdade eu cai mesmo, completamente enlouquecida com aquelas palavras.
E ele estava literalmente me devorando. Sua língua entrava e saía de mim, depois
prendia meu clitóris entre seus lábios e voltava a enfiar sua língua novamente. Eu
rebolava cada vez mais rápido em sua boca, mal sentindo a dureza do piso em meus
cotovelos.
Minha mente so se ligava em sentir a dureza do pau dele dentro de mim. O pior de tudo
é que o homem é simplesmente espetacular... e eu sentia meu orgasmo chegando.
Edward conhecia meu corpo, bastou uma única contração em meu sexo e ele
literalmente me mastigou, abrindo sua boca sobre meu sexo, chupando com tanta
volúpia que meu clitóris ardeu insuportavelmente.. Eu gritei muito alto, enquanto meu
corpo convulsionava-se e liberava meu gozo em sua boca.
Edward continuou me chupando até não deixar mais nenhum vestígio de meu prazer.
–Merda de boceta deliciosa... me deixa tarado. Preciso comer você agora.
–Não... eu quero chupar você.
Rapidamente ele despiu a sunga, ainda dentro da piscina, depois me fez descer,
pegando-me pela cintura. Em seguida tomou um pequeno impulso e sentou-se na borda
da piscina. Eu salivei ao ver seu pau duro e enorme na mão dele.
–Dizem que a água deixa... hã... flácido.
–E tem como ficar flácido com uma máquina dessas na minha frente?
Já atordoada de tanto tesão eu segurei com firmeza em seu pau e punhetei, fazendo
Edward rosnar. Primeiro passei apenas o polegar na cabeça inchada... melada e
pulsante. Mas a delícia daquele homem era demais para que eu me contentasse apenas
com isso.
Inclinei-me, engolindo-o com tanta fome que meus dentes roçaram nele, fazendo
Edward gemer e impulsionar seus quadris. Segurei-me em suas coxas musculosas,
movimentando minha cabeça num vai e vem frenético, devorando-o a ponto de fazê-lo
alcançar minha garganta.
A princípio não entendi. Pensei que iria fazer amor comigo do lado de fora da piscina,
mas logo vi que me enganei. Estava no segundo degrau quando veio a ordem.
–Aí... quietinha ai.
Senti seu corpo forte e quente atrás de mim e as mãos em minha cintura.
Automaticamente segurei no corrimão... o que foi uma sorte. Edward penetrou meu
corpo com tanta força que eu poderia ter caído de cara no ultimo degrau.
Ele gemeu junto comigo, enfiando seu pau cada vez mais fundo, colando sua pélvis em
minha bunda e remexendo seu pau de um lado a outro dentro de mim. Edward também
segurou no corrimão, tomando impulso para assaltar meu corpo com força redobrada. O
ar saía de dentro de mim com tanta dificuldade que minha cabeça girava.
E Edward continuava metendo forte e rápido, empurrando meu corpo que rebolava
despudoradamente nele.
–Caralho... gostosa... ah... prende meu pau... goza comigo.
Novamente ele rebolou e voltou a estocar fazendo meu sexo espremê-lo dentro de mim.
Ele gemia sem parar, acompanhado por mim. Senti seu pau inchando-se... expandindo-
se dentro de mim e deixando-me tão preenchida que pensei que não conseguiria abrigá-
la.
Mas foi o bastante para que ele urrasse de prazer, gozando loucamente dentro de mim.
–Tome... receba minha porra...
Mais uma vez eu gozei... tudo escureceu... como se de repente o dia se transformasse
em noite, mas era apenas o êxtase dominando meu organismo.
Mal tínhamos nos recuperado e ouvimos o choro: Valentina.
Edward riu baixinho e beijou meu ombro.
–Boa menina. Esperou o papai terminar o serviço.
Segurou-me pela cintura, ajudando-me a sair da piscina. Estendeu-me o roupão e vestiu
o dele.
–Agora os amantes saem de cena e entram os pais. Vamos lá, senhora Cullen.
Sorri pra ele, mordendo os lábios, ainda balançada demais com o sexo delicioso.
–Vamos, meu amante. Acabou o recreio.
–Agora iremos fazer um programa diferente... nós quatro.
–Eu, você e as crianças.
–Sim... a minha família... minha vida. Amo vocês.
Ignorei um pouco o choro de Valentina e me atirei em seus braços. Ainda chegaria o
dia... um dia em que eu morreria de tanto amor.
Edward POV
Eu me sentia mais leve. Incrivelmente mais leve. Lógico que ainda tinha muito a ser
resolvido, mas o fato de ter Dom Matteo atrás das grades melhorava e muito o meu
humor. Eu precisava desse momento com minha família. Estar com Bella e nossos
filhos longe desse ambiente carregado de coisas ruins.
Já acordei pensando nisso e desci para a piscina. Tinha certeza que Bella iria sentir
minha falta ao seu lado na cama e sairia para me procurar. Até demorou um pouco, em
minha opinião. Mas como sempre valeu a pena. Se tem uma coisa que sempre admirei e
amo em Bella é essa capacidade de se entregar sem reservas.
Num momento estava brava, uma leoa. No outro estava derretida em meus braços...
exatamente como eu. Nesse ponto somos idênticos. Ambos intensos... apaixonados
demais.
Hoje, claro, não foi diferente. Deu uma louca em mim. Apesar de ter ficado muito puto
quando vi Bella pela primeira vez na piscina, tenho que admitir que ela estava deliciosa.
Daí veio o pensamento de fazer amor com ela ali. Assim que desci chamei os
seguranças, tanto os que estavam deixando o posto quanto os que iriam começar. Dei o
dia de folga para todos eles.
Sei que Bella provavelmente iria ficar com o pé atrás. Ela já estava mais que
acostumada a ter esses brutamontes por aqui. E além disso, ela estava com medo por
causa dos últimos acontecimentos.
Bobagem dela. Nesses anos de pratica, de convívio com esse mundo nojento, eu bem
sabia que Dom Matteo sendo preso, o resto abandonaria o barco. Ninguém iria ficar
para ver o barco naufragar de vez. Pessoas da espécie dele eram covardes demais.
Mas até que Bella não ficou tão arredia assim. Entregou-se como sempre de forma
intensa... arrebatadora. Tanto que ate agora eu suspirava, lembrando-me de como gozei
gostoso com ela. Ou então eu suspirava so de olhar aquela bunda que ia rebolando à
minha frente. Se Valentina não continuasse chorando, muito provavelmente eu a jogaria
contra essa parede agora.
–Sentindo nada. Deixe de ser convencida. Fica com esse joguinho pra ver se eu como
você de novo.
–Repete, bandida.
–Eu te amo.
Mordi o lóbulo da sua orelha, repuxando-o um pouco. Ergui um pouco minha perna,
roçando nela e sentindo sua umidade me molhar.
–Ah... Edward...
–Agora vá fazer seu papel de mãe... deixe o de vadia pra mais tarde.
–É promessa, amor?
Merda. Eu já estava aceso de novo e esperar até a noite seria uma tormenta pra mim. Eu
digo esperar porque estava disposto a sair com os três. Ultrapassar um pouco esses
muros e respirar vida. Primeiro entramos no banheiro e lavamos as mãos, depois
entramos no quarto de Valentina que continuava com seu choro atrevido.
–Bella... sei que ainda tem algumas mamadeiras guardadas.Por que não toma um
banho? Eu cuido dela enquanto isso.
–Por quê?
Revirei os olhos.
–Porque está fedendo à porra e não vai pegar em meus filhos assim.
Eu ri.
Assim que ela saiu eu sai também, conversando com Valentina que tinha os olhos fixos
em mim.
–Vamos ver como está o Enzo também? Você bem que poderia ser quietinha como ele
não é? É nisso que deu puxar à sua mãe e não a mim.
Enzo dormia o sono dos deuses. Estava de lado no berço, com as mãos unidas perto da
bochecha. Tão tranqüilo... tão lindo. Por essas e por outras é que eu tinha que me
esforçar, dar o melhor de mim para ser um bom pai, dar uma família digna a eles, para
que pudessem se orgulhar de pertencer a ela.
Busquei a pequena mamadeira onde Bella armazenava seu leite e voltei para o quarto do
Enzo. Sentei-me na poltrona enquanto alimentava Valentina. Rapidamente a mamadeira
ficou vazia.
Bella estava de volta, o cabelo molhado e aqueles vestidinhos leves que me deixavam
com água na boca.
–Feito um anjo.
–Farei isso. E trate de arrumar as coisas deles que iremos sair um pouco.
–Pra onde?
Eu gargalhei e sai do quarto indo tomar meu banho. Não era nada de especial, apenas
queria sair como uma família normal, embora nada tivéssemos de normal.
Era completamente diferente cuidar do Enzo e cuidar da Valentina. Ele era tranqüilo
demais. Eu brincava, mas na verdade ele não puxou nem a mim nem a Bella. Valentina
não... essa pegou tudo da Bella e tudo de mim, ou seja, eu acho que ela iria ser terrível.
Terminei de dar o banho, mas Bella vestiu a roupa. Nisso ai confesso que me
embananava todo. Olhei ao redor e vi que a bolsa deles estava arrumada. Bella era
realmente rápida pra essas coisas.
Peguei a bolsa e Valentina. Bella desceu com Enzo e colocamos os dois na cadeirinha.
–Há quanto tempo nunca saímos juntos assim, Bella? Que eu me lembre so saímos para
nos divertir um pouco em nossa lua de mel. Aliás... falando nisso, aquele tango ronda
meus pensamentos até hoje.
Íamos conversando amenidades enquanto eu dirigia pelas ruas da cidade. Sempre gostei
de morar aqui na Sicília, e se tinha um lugar que sempre gostei era esse parque. Foi ali
que resolvi parar. Peguei o bebê conforto dos dois e coloquei-os sob uma frondosa
árvore. Ajudei Bella a colocá-los e depois nos sentamos. Eu fiquei encostado na árvore
e Bella no meio de minhas pernas. Abracei sua cintura e coloquei meu queixo em seu
ombro.
–Sempre gostei daqui. Mas quase não vinha.Meu pai... Charlie não gostava muito que
eu saísse por ai.
–Eu também gosto muito daqui. Já vim aqui várias vezes sempre que estava a ponto de
sofrer um ataque. Transmite calma... paz.
–Sim.
–E amanhã?
O suposto filho de Dom Matteo estava numa instituição para menores. E amanhã eu iria
ate la para ver como ele estava. Bella fazia questão de ir. Estava louca para conhecer o
garoto. Sinceramente eu desejava que ele não tivesse mais ninguém no mundo. Não era
por maldade, mas porque eu me sentia responsável por ele. E tenho certeza que Bella e
eu daríamos um lar decente para ele.
Passamos horas ali, conversando, nos beijando, brincando com nossos filhos. Em certo
momento fui até uma pequena lanchonete que havia ali perto e levei algo para
comermos.
Bella tinha amarrado os cabelos num rabo de cavalo e parecia uma garotinha. E é como
se fosse. Ela é tão forte e destemida que às vezes me esqueço que ela tem apenas
dezenove anos.
–Não só isso como várias coisas novas. É como já te disse, Bella. Meus filhos precisam
ter uma vida normal apesar de tudo.
Passava da uma da tarde quando resolvemos ir para casa. Ficar tanto tempo naquele
bebê conforto também não era muito saudável. Chegamos em casa, tomamos banho
novamente, afinal o dia estava quente. Depois disso nos deitamos em nossa casa, os dois
bebês nos separando.
Assim que eles dormiram Bella os levou para o berço. E eu a arrastei para o salão de
jogos.
–Jogar um pouco.
Olhei para a saia curta muito acima dos joelhos e lambi os lábios.
–Que isso é o cacete que vou te dar agora. Fez isso para me provocar, nem vem.
Empurrei um pouco mais o seu corpo sobre a mesa, seu braço empurrando várias bolas
que foram parar no chão. Ergui sua saia e me afastei um pouco. Suas pernas mal
tocavam o chão e eu via suas coxas brilhando pelo tesão que já escorria ali.
Porra... era a imagem mais fodidamente erótica que já vi na vida. Sem mais delongas,
abri meu zíper, baixando minha calça e me aproximando do traseiro delicioso. Levei
meu pau ate sua boceta, esfregando-o ali para espalhar sua umidade.
–Puta merda digo eu, gostosa. Tem idéia do que eu vejo aqui? Estou quase explodindo...
Ela se remexeu um pouco, com dificuldade devido à posição. Não me segurando mais,
segurei em seus quadris com uma das mãos empurrei meu pau para dentro daquela
boceta que me tirava o juízo. A outra mão deslizou em sua bunda e meu dedo se enfiou
no rabinho apertado dela, fazendo-a gemer alto e se apoiar nos cotovelos.
Comecei a meter com força dentro dela e igualmente forte rápido meu dedo abria o
traseiro suculento.
Bella estava agora com os braços abertos sobre a mesa segurando nas laterais e
rebolando com a mesma maestria de sempre, fazendo meu pau aprofundar-se cada vez
mais em sua gruta que já encharcava meu pau.
–Sempre quis... trepar com você... desde a primeira vez.
Meus gemidos eram altos, conseqüência não so da foda deliciosa quanto das palavras
obscenas que Bella proferia.
Eu sai um pouco e voltei com força, prensando seu corpo contra a mesa e rebolando
meus quadris, estirando sua boceta o máximo que consegui. Bella praticamente berrou e
seu corpo estremeceu, seu tesão deslizando em meu pau e contribuindo para que eu
praticamente urrasse de prazer e me liberasse dentro dela.
Inclinei meu corpo para frente e desci beijos em suas costas ate a bunda.
Eu ri.
–Desbocada.
Fechei meus olhos e inspirei, sentindo o cheiro delicioso dos cabelos dela.
–Edward?
–Hum?
–Poderia ser quase sempre assim? Você muito carinhoso, atencioso... mas sem esquecer
as ferraduras?
–É.
–Mas eu não quero ser assim. Você é minha rainha... merece que eu me ajoelhe aos seus
pés.
Beijei-a apaixonadamente. Ela talvez nem desconfiasse, mas a única coisa que superava
tudo era meu amor por ela e agora por nossos filhos. Esse sim era um amor maior que
tudo o que já conheci. Inclusive maior que esse ser pequeno que sou eu.
Amo demais
Por fim eu desisti de continuar olhando para a figura impaciente à minha frente. Voltei
meus olhos para Enzo, que mamava com os olhinhos arregalados fixos em mim. Eu
sabia que Edward queria dizer alguma coisa, podia sentir isso. E pelo jeito não deveria
ser coisa boa já que Edward jamais teve papas na língua e sempre falou o que lhe dava
na telha.
Mas como ele não dizia nada, também não perguntei. Melhor esperar sua boa vontade
antes que levasse algum coice, embora já estivesse mais do que acostumada com isso.
Meu sexto sentido me dizia que tinha algo a ver com o garoto Joseph. Já tínhamos
conversado a respeito de ir vê-lo na instituição onde estava, mas depois não tocamos
mais no assunto.
Isso foi há dois dias. Entretanto os negócios vinham ocupando demais os dias de
Edward. Ele foi chamado a depor no caso de Don Matteo. E aquele vagabundo ainda
denunciou Edward. Não que isso fosse novidade. As autoridades sempre estiveram de
olho nas atividades dos Cullen, mas jamais conseguiram provar nada contra eles. E ao
que parece mais uma vez não iriam conseguir.
A rede pedófila de Don Matteo foi desmantelada e com isso várias outras pessoas foram
presas. Felizmente apesar de todas as denúncias contra ele, Edward era muito
respeitado. E somente isso livrou a cara de Tânia já que ela foi apontada como uma
possível aliciadora de menores. Minha mãe ficou de fora. Quase não teve tempo de se
infiltrar, portanto nem ao menos foi citada nas denúncias.
Ontem à noite Edward recebeu a notícia de que Don Matteo aguardaria preso, o dia do
julgamento.
–O que foi?
–Eu que deveria perguntar isso. Está há horas andando pelo quarto, não diz uma palavra
sequer... conheço você Edward. O que está pegando?
–Vamos conversar? Enzo já dormiu e Alice está com Valentina. Não seremos
interrompidos.
Ele ponderou por uns instantes e depois pegou-me pela mão, indo até a cama onde nos
sentamos.
–Não.
–Não?
–Parece que ela assumiu que “deu” realmente o garoto. Não tinha condições de criá-lo...
enfim... ela disse com todas as letras que não o queria.
Edward segurou minha mão, acariciando-a um tempo antes de erguer os olhos para
mim.
–Também não.
–Escute...nós estamos casados há pouco tempo... nossos filhos estão tão bebezinhos
ainda.
–O fato de adotarmos uma criança não acarretaria um peso maior pra você? Pra nossa
vida... pro nosso casamento?
Apertei sua mão com força, encarando seus olhos verdes que pareciam tão confusos e
ao mesmo tempo pareciam suplicar alguma coisa. Passei a mão em seu rosto,
deslizando-a pelo maxilar pronunciando que me encantava. Ele fechou
momentaneamente os olhos e suspirou.
–Edward... apesar de tudo o que já passamos eu ouso dizer que nossa vida é “leve”...
quase tranqüila. Nós temos você... nosso patriarca... só com sua presença você nos
transmite segurança. Eu adoro cada momento que passo com você, com nossos filhos.
Mesmo que às vezes seja tudo muito corrido. Mas quanto ao que me perguntou... uma
criança... um filho, seja ele biológico ou não, jamais poderá ser chamado de “peso”, de
estorvo. Um filho é como luz na vida de um casal, Edward. E agora imagine três
filhos... três luzes. Seremos uma família iluminada Edward.
Ele me olhou por um tempo longo... não consegui definir exatamente. Seus dedos
enfiaram-se em meus cabelos e inclinando a cabeça ele roçou o nariz em meu pescoço,
cheirou meus cabelos e beijou suavemente minha boca.
–Você é maravilhosa. Tenho orgulho de ter dado essa mãe aos meus filhos. E aquele
garotinho Bella... se nós conseguirmos... quer dizer, ele já sofreu tanto. E se ganhar uma
mãe como você...
Eu o interrompi colocando meu dedo em seus lábios. Edward passou a língua nele e
mordiscou. Uma onda elétrica percorreu meu corpo fazendo-me estremecer e mordi
meus lábios. Isso lá era hora de me deixar excitada?
–Não... hum...
–Irá comigo hoje? Eu... tomei a liberdade de confirmar com a assistente social.
–Agora.
******
Eu estava absolutamente encantada, fascinada com aquele garoto. Era lindo... meigo...
inteligente. Eu estava há mais de meia hora conversando com ele enquanto Edward
conversava com a assistente social.
Apesar de dar umas gargalhadas com as idiotices que eu falava ele me pareceu um
pouco triste, com toda razão, é claro. Nem gosto de imaginar como deve ter sofrido nas
mãos de Don Matteo e pior... sem se dar conta que aquilo era completamente errado.
Segurei as mãos pequenas entre as minhas e sorri quando ele ergueu os olhos pra mim .
Passei a mão pelos cabelos negros que caiam em sua testa, afastando-os um pouco.
–Você é tão bonito... lindo. Meus filhos também são lindos. Eu te falei que tenho dois
filhos?
–Você poderá ter um dia. Joseph... sabe que você irá pra adoção, não é?
Ele afirmou.
–E se ninguém me quiser?
Coloquei meu braço em seu ombro, puxando sua cabeça para o meu peito.
–vocês querem?
–Queremos muito. Mas infelizmente não depende apenas de nós. Por isso Edward está
conversando com a assistente social. Você acha que gostaria de morar conosco?
Pouco depois Edward veio conversar com ele e eu fui conversar com a assistente social.
Era uma mulher jovem e eu fiquei feliz ao saber que ela também tinha filhos.
Geralmente essas pessoas são mais emotivas, embora eu não quisesse de forma
nenhuma que esse assunto fosse tratado apenas pelo lado emocional.
Respondi a todas as perguntas com uma firmeza que surpreendeu até a mim mesma. E
então ficou agendado nova entrevista com uma psicóloga, Edward e eu. Além disso
seria feita uma visita à nossa casa. Mas eu percebia a tensão de Edward e eu nem
precisaria perguntar o motivo.
–Fique tranqüilo Edward... nunca foi provado nada contra você. Seus impostos são
pagos religiosamente, você faz suas contribuições para obras assistenciais... caramba...
não há o que temer.
–Provas Edward... é preciso provas. E eles irão até nossa casa... mais família do que
aquilo? Estou botando fé que tudo dará certo.
Ele balançou a cabeça, sorrindo... a imagem da esperança iluminando mais uma vez seu
rosto.
–Sim. E teremos que providenciar algumas coisas... teremos que fazer inclusive exames
psicológicos, sanidade mental... essas coisas.
–Não sei de nada. Você só é muito cavalo às vezes... mas também é muito carinhoso.
Mas isso não quer dizer que tenha dupla personalidade. Você só não tem muita
paciência para certas coisas.
–Mas é visível o seu carinho com seus filhos... comigo... até mesmo com os rapazes.
Você é assim... intenso em tudo. E acho que é o que tem de melhor.
Edward ficou me encarando, depois soltou uma das mãos do volante e acariciou meu
rosto.
–Eu sei que tenho três coisas de melhor: você, Enzo e Valentina.
Balancei a cabeça.
Ele nem se deu ao trabalho de responder. Pegou novamente minha mão e levou aos
lábios, beijando-a delicadamente.
–Estive pensando uma coisa.
–Ah... sei lá... jantar fora... apenas você e eu. Nem que eu tenha que pedir ajuda pra
minha mãe para olhar as crianças.
–Eu acho maravilhoso... mas por que isso agora? Você é sempre tão reservado...
Ele suspirou e olhou pela janela, apenas uma forma de buscar as palavras corretas.
–Acho que a única vez que fizemos isso foi em nossa lua de mel. Se quisermos ser uma
família normal... precisamos começar a fazer programas normais.
–Que seja. E além do mais... você é jovem demais. Precisa fazer programas para
pessoas da sua idade ou daqui a alguns anos estará frustrada e irá querer me enfiar o pé
na bunda.
Olhei em seu rosto, buscando seu sorriso torto e debochado mas não encontrei. O que vi
foi um rosto torturado... o cenho franzido. Edward não estava mesmo acreditando
naquela loucura, estava?
–Edward?
Quando seus olhos me fitaram eu tive a certeza que ele falava sério.
–Meu Deus, Edward... que espécie de louca acha que eu sou? Você me proporcionou os
melhores momentos da minha vida... como pode dizer que ficarei frustrada? Se eu
fizesse tanta questão desses programas eu teria falado pra você, mesmo correndo o risco
de levar um coice. Estou feliz assim.
–Mesmo?
–Eu nunca fui um monte de coisa antes de conhecer você e de ter filhos.
–Eu sei. Mas estou feliz de verdade. Mas se você quer sair um pouco... eu vou amar
mostrar meu homem pra todo mundo.
Ele riu, ainda segurando minha mão com força.
Eu sorri, animando-me. Sair com meu marido... com essa maravilha de homem e matar
todas as mulheres de inveja. Uma puta sortuda... isso é o que sou.
Edward aproveitou e ligou para Esme naquele instante. Deixou no viva voz e
conversava, sempre atento ao trânsito. Obviamente Esme não recusou. Aquela família
inteira era apaixonada pelas crianças, até mesmo os marmanjões da máfia viravam
gatinhos quando estavam perto delas.
Eu só não imaginava a confusão que Edward estava provocando ao ligar para Esme. E
nem ele, claro. Assim que chegamos em casa encontramos Alice parada à varanda,
como se esperasse por nós. E esperava mesmo...mais especificamente por Edward.
–e ai baixinha ?
Ela colocou as mãos na cintura, encarando, um dos pés batendo nervosamente no chão.
–Você... por que pediu pra Esme olhar as crianças? Acha que não tenho capacidade pra
isso? Já não dei provas de que sei cuidar de crianças/
–Ah... isso...
Alice tinha se esquecido do quanto aquele bater de pés irritava Edward? Eu não daria
dois segundos...
–Alice...
Ele passou as mãos nervosamente pelos cabelos e nesse momento Jasper apareceu com
Enzo no colo.
–Ah... chegaram.
–Não fale assim comigo, Edward... poxa...que sacanagem. Até parece que não confia
em mim. Esme ligou falando que vinha buscar os pequenos.
–Alice... não é nada disso. Só não queria sobrecarregar você, afinal Jasper está aqui e...
–É bom que já vamos treinando...
Senti Edward ficar tenso ao meu lado e olhou para o Jasper com fúria e depois para
Alice.
–Pare de gritar, seu ogro... vai acordar o Enzo. E eu não estou grávida... mas ficarei um
dia. Alice fez um muxoxo, rolando os olhos.
–Edward... por que não liga pra Esme? Já que Alice não se importa ...
Resolvi interferir antes que Edward desse umas palmadas nela. Ele suspirou e me olhou
profundamente, sabendo que eu estava com a razão.
–Tudo bem sua maluca. E agradeça por eu não te dar umas palmadas.
–Obrigada... BELLA...
–Espero que Valentina chore bastante... e não deixe você dar ao menos um beijinho.
–Não sua tola. Em Bella eu bati com segundas intenções... estava louco pela bunda dela.
–EDWARD!
Eu esbravejei mas o maldito já entrava, rindo alto. Nessa família so existe louco... não
há como negar.
**********
Ainda que Edward quisesse, ele não conseguiria fazer nada imperfeito. Tudo...
absolutamente tudo que vinha dele tinha um toque especial e inesquecível. Eu nunca
pensei em namorados e romance. Sempre fui muito vigiada pelo meu pai e pelo Mike,
por motivos escusos, mas ainda assim era protegida.
Por isso mesmo nunca me imaginei fazendo programas românticos com ninguém. E
agora vinha Edward me proporcionando essa noite perfeita. Fomos a um restaurante
elegante, claro, assim como Edward. Uma banda de jazz tocava em espaço reservado,
mas ainda assim embalava nossa noite.
Minha cabeça repousava em seu ombro enquanto voltávamos para casa. Ele dirigia com
apenas uma mão , a outra envolvia minha cintura. A rosa que me foi oferecida no
restaurante estava em meu colo e seu odor delicioso e marcante estava ainda mais
pronunciado com as janelas do carro fechadas.
Ergui a cabeça e imediatamente sua boca cobriu a minha num beijo rápido. Olhei as
luzes do parque ao longe e suspirei.
–Não vejo a hora de levarmos nossos filhos ao parque... para passear em algum lugar.
Vê-los correndo pela casa...
–Parque?
Antes de ouvir minha afirmativa, Edward fez o retorno e pelo caminho que seguia eu
entendi que ele se dirigia ao melhor parque da cidade.
–Você faz tudo perfeito... claro que vou adorar. O que pretende agora?
–Nada... você é quase uma adolescente ainda... dezenove aninhos... vai curtir coisas que
eu sei que não curtiu ainda.
Quando ele dava aquele sorriso estonteante eu já sabia que curtir seria uma palavra
pequena demais para o que ele iria me propor.
Saímos do carro de mãos dadas e Edward olhou ao redor como se escolhesse os
“brinquedos”. Até agora eu não acreditava que ele fosse mesmo fazer isso. Mas acabei
me convencendo quando ele foi comprar os tíquetes. Passamos por vários até que ele
parou em frente à roda gigante que estava completamente abandonada. Tão abandonada
que o rapaz que tomava conta cochilava de boca aberta.
Edward deu um tapinha em seu ombro e ele deu um pulo, passando as costas da mãos
nos lábios.
Aproximou-se ainda mais dele e falou algo tão baixo que mesmo me esticando toda não
consegui captar o que era. Mas eu percebi muito bem quando o rapaz guardou
apressadamente um maço de notas em seu bolso.
Eu gemi e estremeci, o bico dos meios seios enrijecendo-se... não sei se de frio ou das
sensações tão conhecidas e poderosas que já tomavam conta do meu corpo. Edward
levou a mão até o elástico da minha calcinha e eu ergui um pouco meus quadris, já
adivinhando suas intenções. Deslizou minha calcinha pelas minhas pernas e guardou-a
no bolso, voltando a levar meus dedos até minha entrada.
–Eu fico maluco quando sinto essa boceta tão molhada pra mim... e eu nem fiz nada
ainda.
Novamente sua boca colou-se na minha e minhas mãos voaram até seus cabelos,
apertando meus dedos nele e rebolando meus quadris ao sentir seus dedos me
penetrando.
–AH... era isso... não era? Pagou para não deixar ninguém subir...
Sua boca passou ao meu pescoço e seus dedos começaram a se movimentar dentro de
mim. Meus quadris reagiram automaticamente, remexendo e erguendo-se mais,
procurando maior penetração dos seus dedos.
–Também... ordenei que jamais olhasse pra trás... na terceira volta... quando estivermos
lá no alto...
Ele falava e mordiscava meu pescoço sem parar de estocar seus dedos dentro de mim.
–Quero que ele pare a máquina...e não a coloque em movimento antes de quinze
minutos.
–Quinze?
Eu gemi novamente e deslizei uma das mãos, colocando-a sobre o pau dele e apertando
com força.
Rapidamente eu liberei seu pau, sentindo seu calor pulsar em minha mão. Sem pensar
duas vezes eu cai de boca sobre ele, inclinando meu corpo. Edward gemeu erguendo
meu vestido. Os dedos que antes estocavam meu sexo agora abriam minhas nádegas e
se enfiavam ali, fazendo-me chupar seu pau com mais voracidade e rebolar minha
bunda em sua mão.
Era uma sensação deliciosa... o vento frio batendo em minha pele em chamas... a roda
girando... o pau de Edward fodendo minha boca e seus dedos levando-me à loucura.
–Deus do céu...
Arregalei meus olhos ao perceber tudo muito pequeno logo abaixo de nós. Estávamos
parados bem no topo da roda gigante, a cabine balançando levemente.
–Edward... eu...
–Não precisa ter medo amor... mas se quiser eu vou devagarzinho... venha cá.
Olhei para sua mão que friccionava seu pau em movimentos erráticos e deixei meus
medos de lado. Edward abriu um pouco as pernas para que eu me encaixasse ali. Fui
descendo lentamente, sentindo seu pau abrir minha carne.
Rebolei um pouco e Edward puxou meu corpo para trás, uma de suas mãos envolvendo
meu seio e a outra massageando meu clitóris.
–Edward...
Segurei em sua coxa, o coração disparando ao perceber o balanço da cabine. Sua mão
abandonou meu seio e apertou minha cintura, fazendo meu corpo subir e descer e seu
pau se enfiar em mim com força. Ele gemia alto e eu percebi que assim como eu, seu
orgasmo não estava longe.
Edward aumentou o ritmo, as pernas fortes suportando o meu peso e permitindo que ele
impelisse os quadris, socando com força, a ponto de me fazer sentir suas bolas em
minha bunda. Seus dedos apertaram meu clitóris e eu gritei e mordi meus lábios.
Meu corpo estremeceu e meus músculos apertaram seu pau que pulsava e dilatava
dentro de mim.
–Quero fazer você ver estrelas... literalmente... olhe para cima, meu amor.
Ergui minha cabeça e abri meus olhos, nós dois estremecendo e gemendo juntos. Meu
corpo se convulsionava , Edward continuava estocando com força, seu sêmen
penetrando meu corpo, enquanto eu olhava boquiaberta para o céu... como se eu
pudesse tocá-lo.
–Edward...
Arrisquei uma rápida olhada pra ele que também olhava para o céu, o rosto tomado pelo
êxtase.
–Perfeita...
–Nossa... deixei minha cabeça cair sobre seu ombro, sentindo seu pau ainda pulsando
dentro de mim.
–eu já tenho você... nossa família... conquistar o mundo fica fácil agora.
Sua mão forçou minha cabeça e nossos lábios se encontraram. Ele sempre encontrava
uma forma de fechar tudo... tudo com chave de ouro.
No dia anterior fizemos os exames solicitados. Eu nem sabia que precisaria de tanta
coisa assim para se adotar uma criança. Entretanto Edward disse que alguns
procedimentos eram indispensáveis de acordo com a criança. Eu tive vontade de rir por
ver que Edward estava realmente com medo do resultado do exame.
Não nego que às vezes certas atitudes dele faziam com que muitos o considerassem
louco.
Mas eu conhecia muito bem meu marido para saber que ele tinha o coração de ouro.
Felizmente os resultados saíam na hora, o que dissipou de vez seus temores. Ambos
saudáveis... nada de louco aqui. Quando voltamos foi direto ao escritório onde se
trancou com Jasper, Jacob e Emmett. E por lá ficaram até tarde da noite. Quando ele foi
se deitar eu já estava na cama há horas.
E quando acordei hoje pela manhã... ele já estava de pé. Apenas com a boxer preta,
parado em frente a porta de acesso à varanda do nosso quarto. Apoiei-me nos meus
cotovelos, admirando meu marido... as costas largas e fortes estavam visivelmente
tensas. Aliás... ele por inteiro era um poço de tensão.
Ele ergueu os braços, entrelaçando as mãos sobre a cabeça, fazendo meu sangue correr
mais rápido e incendiando meu corpo. Era sempre assim... bastava olhar pra ele e meus
hormônios entravam em ebulição.
–Amor? Vem pra cama...
Ele se virou e so fez aumentar o meu calor. Deus... como esse homem é perfeito. Passei
meus olhos desde o peitoral forte, passando pelos braços e pela barriga reta, sem um
grama de gordura. Continuei descendo pelos quadris... pelo enorme volume em sua
boxer que mesmo adormecido causava impacto.
–Está doendo...
–O que?
–Do jeito que está me comendo com os olhos.
–Ai... Edward. Essa piadinha foi infame.
Ele riu se aproximando da cama.
–Não deixa de ser verdade.
Gemi de frustração e ele riu, com a boca colada na minha. Apertei seu pau sobre a boxer
e suspirei ao senti-lo duro e pulsante. Comecei a descer a única peça que o separava de
mim ao mesmo tempo em que ele subia minha camisola e em seguida colava sua boca
em meu seio.
Minha mão deslizava com facilidade em seu pau que já escorria seu desejo por mim.
Edward se ajeitou na cama, sobre meu corpo e sem qualquer cerimônia ergueu minha
perna e penetrou meu corpo. Eu gemi, apertando meus dedos em seus ombros e
relaxando meu corpo para recebê-lo por inteiro.
Eu conhecia bem seus sinais. Quando ele pulava as preliminares, o que era raro, era
porque queria aliviar a tensão. E foi o que fez. Metendo forte e rápido até me deixar
rouca de tanto gemer. Meu orgasmo veio antes do dele e eu pude me deliciar ao ver seu
rosto tomado pelo prazer ao se derramar dentro de mim. Claro que eu sei que ele é louco
por mim, mas vê -lo tão entregue é simplesmente fantástico.
Ele ainda gemeu com a boca colada em meu pescoço.
–Cacete... cada vez melhor. Como as pessoas podem dizer que o sexo esfria depois do
casamento?
–Existem casos e casos Edward.
Falei encolhendo-me em seu peito.
–Tem razão. Esqueci que nem todos tem uma boceta gostosa feito a sua à disposição.
Sim... eu ainda conseguia ficar ruborizada com certas coisas que ele falava. Agora não
foi diferente e ele gargalhou, beijando meu nariz.
–Deixe de bobeira Bella. Geme feito uma vadia no meu pau e fica com vergonha por
causa de uma bobeirinha que falo?
–Não é o que você fala Edward. É o jeito que você fala... meu Deus...
Antes que ele me respondesse alguma coisa ouvimos uma batida na porta e em seguida
a voz de Alice.
Dei de ombros.
–Não achei que estava descontando. Pensei que estivesse... com tesão.
–Mas é mentirosa... que coisa!
Desistir de discutir com ele quando ouvi Valentina aos berros. Alice vinha
apressadamente pelo corredor com ela nos braços.
–caramba... será que ela está doente?
Edward estava com o cenho franzido,a preocupação evidente em seus olhos. Mas eu não
me preocupei... pelo menos não tive tempo pra isso. Bastou ouvir a voz de Edward e
Valentina calou-se, girando a cabecinha na direção dele.
–Olha só... que pilantrinha...
Edward sorria de orelha a orelha enquanto pegava Valentina em seus braços.
–Essa falta de vergonha na cara ela puxou de você Bella.
–Não entendi o quis dizer Alice.
Falei cinicamente.
Como o pai coruja que era Edward voltou para a cama, conversando com Valentina que
dava gritinhos alegres. Jesus... minha filha estava me saindo uma bela trambiqueira.
Chorando apenas para conseguir o colo do pai.
Fiquei parada ao lado da cama observando os dois. Não vou negar que sentia uma
pontada de ciúmes ao vê-los tão sintonizados.
–E seu irmão hã? Aquele preguiçoso ainda ta dormindo? Está precisando pegar umas
aulinhas de boas maneiras com ele.
–Até parece... é como a Alice falou... é igualzinha ao pai.
Edward fechou a cara pra mim, mas falou em tom de brincadeira.
–não deseje isso pra minha princesinha.
–Vou ver o Enzo. Fique ai com sua princesinha.
–Ih... acho que a mamãe está com ciúmes.
–Idiota.
Quando cheguei ao quarto do Enzo ele já estava acordado, mas como sempre com os
olhinhos arregalados olhando ao redor, nada de choro.
–Oi meu amor... se deixar você fica o dia todo na cama heim? Tão mansinho... vem com
a mamãe. Ta na hora do banho.
Ele apenas se encolheu eu meu colo como se quisesse dormir novamente. Não sei a
quem ele puxou. Edward e eu não poderíamos ser considerados calmos.
Entrei em nosso quarto e não encontrei Edward... nem Valentina.
–Amor?
–No banheiro Bella.
Fui até o banheiro e parei à porta, olhando a cena. Edward e Valentina na enorme
banheira... tranqüilos como se nada mais importasse naquele momento.
–Acho que cabe mais dois aqui.
Sorri e corri para o quarto, tirando meu roupão e tirando as roupas do Enzo. Voltei
rapidamente para o banheiro entrando com cuidado na banheira.
–Olha so princesa... temos companhia.
Essas horas na companhia dos nossos filhos contribuíram e muito para que ele relaxasse
um pouco. O bom de tudo foi que quando a assistente social chegou em nossa casa,
pegou Edward e eu num momento totalmente família. Estávamos na sala e as crianças
sobre o sofá. Edward fazia uma massagem em Enzo, exatamente como a pediatra
ensinou. E eu fazia em Valentina, embora seus olhos buscassem pelo pai o tempo todo.
Foi besteira de Edward... eu percebi como a mulher ficou maravilhada com o clima em
nossa casa. Observou tudo... ate o espaço que tínhamos em casa. Eu percebi claramente
a respiração de Edward se acelerar quando ela disse que nós estávamos aptos a
adotarmos Joseph, e que por ela... ele já estaria aqui.
Assim que ela se foi Edward me abraçou com força, as mãos tremendo levemente. Nem
de longe parecia o poderoso temido por muitos, o homem implacável que já acabou com
vários inimigos. No momento ele era o homem apaixonado... o pai carinhoso. Mas sem
nunca perder aquela aura de poder nata.
–Obrigado meu amor.
–Obrigado por que Edward?
–Por pertencer à minha vida. Eu já te falei um milhão de vezes que eu mudei por você.
Eu tive outras... e permaneci o mesmo. Apenas você conseguiu fazer com que eu
mudasse.
–Você não mudou Edward. Você sempre foi esse homem perfeito que conheço. Faltava
apenas... descobrir esse lado.
–Então... iremos trazer o Joseph? Acredita mesmo que dará certo?
–Você ouviu a assistente social. Você é o pai que ele precisa Edward.
–Sobre a mãe que ele precisa eu nem vou dizer... você já sabe.
Ele estava mais emocionado do que imaginei que ficaria. So queria ver quando Joseph
chegasse pra ficar de vez.
**************
Edward segurava no volante com firmeza, apertando-o como se quisesse esmagá-lo.
Estávamos há pelo menos quinze minutos parados em frente ao abrigo, mas nada de
Edward descer do carro.
Dois dias após a visita da assistente social fomos declarados oficialmente aptos a
adotarmos Joseph. Eu não sei bem o que senti naquele momento, mas fiquei
simplesmente fascinada ao ver Edward chorar, olhando para os dois filhos e dizendo
que iriam ganhar um irmão.
Nunca imaginei que ele seria capaz de se doar tanto a alguém que conhecia tão pouco,
mesmo sendo uma criança. Mas ele sempre me surpreendia...
–Edward... vamos entrar. Aposto como ele também deve estar ansioso.
–Estou com medo.
–Medo O meu poderoso implacável com medo?
–Sim. E se ele não gostar da nossa casa? E se ele não gostar... de mim?
Eu juro... nunca o vi tão vulnerável assim. Nem mesmo quando estava em coma no
hospital. Segurei em seu rosto com firmeza até seus olhos se encontrarem com os meus.
–Existe alguma chance de alguém não gostar de você?
Ele apenas fechou os olhos. Desci do carro e arrastei-o para fora, segurando sua mão e
subindo os degraus, seguindo direto até a sala da diretora do abrigo.
Assim que chegamos à porta eu vi Joseph ao lado da assistente social, uma pequena
mala ao lado dele.
–Seus novos pais chegaram Joseph.
Ele se levantou,os olhos brilhantes pulando de mim para Edward. Adiantei-me pois vi
que Edward não iria conseguir. Segurei a mão dele e sorri, recebendo um sorriso tímido
de volta.
–Oi Joseph. Já está pronto meu querido?
–Sim, senhora Cullen.
–Apenas Bella meu anjo. Bella e Edward.
Ele olhou para Edward como se esperasse uma aprovação... um gesto... qualquer coisa.
Também olhei para Edward com olhos suplicantes... quase implorando para que ele
saísse daquele transe.
Felizmente minhas preces foram ouvidas e Edward caminhou até nós, abaixando-se à
frente do garoto. Segurou sua outra mão e tentou sorrir, falando com voz embargada.
–Não sabe o quanto esperei por esse momento. levá-lo para nossa casa... para a sua casa.
–Senhor Cullen... hum... Edward... eu juro que serei um bom filho.
Edward olhou para mim antes de abraçar Joseph com força.
–Eu sei disso garotão... meu garoto.
Conversamos com a diretora e com a assistente social e pouco mais de uma hora depois
seguíamos no carro de volta pra casa. Edward não parava de olhar pelo retrovisor como
se quisesse se certificar que não era um sonho.
Quando Edward estacionou em frente à mansão eu vi Joseph arregalar os olhos e abrir a
boca. Ajudei-o a descer e Edward pegou sua mala.
Edward seguiu com ele, os dois de mãos dadas. Todo aquele nervosismo e apreensão já
eram. Agora eu o via simplesmente transbordar de alegria. E seria duradoura... eu tinha
fé nisso.
*********************
Da varanda do quarto eu olhava para o jardim, sorrindo com a visão deliciosa. Nem
parecia que estava um corre corre do outro lado da casa com os preparativos para o
casamento de Alice.
O dia estava claro e quente, embora o sol estivesse um pouco encoberto pelas nuvens.
Encostei-me no beiral, ainda sorrindo, olhando Valentina e Enzo com as perninhas de
fora, batendo-as. Consegui ouvir seus resmungos bem baixos, mas que indicavam que
estavam felizes. Era exatamente o som gostoso que faziam quando Edward brincava
com eles.
Mas nada se comparava ao sorriso de Edward, sentado na grama, os dois braços para
trás apoiavam seu corpo. De repente uma gargalhada alta... feliz. E um cafuné na cabeça
do garoto. Garotinho que so trouxe mais felicidade à nossa família: Joseph... agora
nosso filho.
Há duas semanas ele veio para ficar conosco. Mas estava tão sintonizado com a família
que parecia estar há anos. Os pais de Edward, assim como Jasper e Emmett também
caíram de amores por ele. E não era pra menos... era um amor de garoto.
Agora era ele e a “anã de jardim’ juntos o dia todo. Ele simplesmente adorou Alice. E
claro... ela não perdeu a chance de rir de Edward.
Edward olhou para a varanda e ao me ver fez um gesto chamando-me para nadar. Não
perdi tempo e corri para vestir o biquíni.Nossos momentos família estavam cada vez
melhores.
Certo dia quando vi Edward e Joseph batendo bola no jardim eu quase enfartei. Edward
vestia apenas um calção... nada mais. Era a imagem da descontração e isso o deixava
ainda mais lindo. Eu precisava encontrar uma maneira de não perder o fôlego toda vez
que o visse.
CONTINUA
Medo... emoção...esperança... mais medo... Por que ninguém nunca me avisou que amar
trazia junto esse mundo de sentimentos e mais alguns que no momento não conseguia
me lembrar? Já foi um choque quando me descobri completamente louco de amor por
Bella. Logo em seguida... meus filhos. E agora Joseph. Desde o primeiro momento em
que o vi eu senti algo diferente. A fragilidade do garoto abalou minhas estruturas, meu
muro tão fortemente erguido para derrotar Dom Matteo.
A partir desse dia eu não tive mais outro pensamento a não ser trazê-lo para junto de
mim. E foi ai que comecei a sentir medo novamente. Medo que experimentei quando
pensei que iria partir e não ver Bella nunca mais. Medo que senti quando vi meus filhos
nascerem pelas minhas mãos. E com Joseph... medo pela sua não aceitação.
Além disso tinha todo o processo para a adoção. Sei que Bella ria de mim pelas costas.
Mas eu falava sério quando dizia que tinha medo de ser reprovado no exame
psicológico. Eu não sou normal. Até eu tento entender minhas mudanças repentinas de
humor, mas não consigo.
Felizmente alguém parecia gostar muito de mim... alguém lá em cima: Deus. Consegui
adotar o menino e levá-lo para nossa casa. Tenho quase certeza que Bella foi um fator
fundamental para que ele se sentisse tranqüilo. Percebia muito bem a forma carinhosa
como ele a olhava. Eu estava apreensivo naquele dia... há tempos não via minhas mãos
tremerem tanto. Mas me lembro claramente, como se fosse hoje das palavras dele:
Porra... aquilo era um complô contra mim. Uma forma que encontraram de me dizer o
quanto eu era fraco até mesmo bobo quando o assunto era família... a minha família.
A partir do dia em que chegou à nossa casa Joseph foi conquistando a todos. Ele e a anã
viraram unha e carne. Mas nada se comparava ao relacionamento que nós dois
estávamos construindo. Fazíamos tudo juntos... ou quase tudo. Não era raro ver nós dois
batendo bola no campo de futebol que tínhamos em casa ou jogando tênis.
Além disso ele se tornou também a sombra de Bella quando eu não estava por perto.
Sempre disposto a ajudar a tomar conta dos irmãos. Valentina passou a agir com ele da
mesma forma como fazia comigo. Bastava colocá-la no colo para que parasse o
berreiro.
Contratei uma professora pra ele, afinal já tínhamos passado da metade do ano e não foi
possível colocá-lo numa escola. Mas no próximo ano com certeza ele estaria lá.
Entretanto eu ainda me preocupava com ele. Um garoto que passou por tudo aquilo não
poderia levar tudo tão tranquilamente. Ele deveria guardar muita coisa dentro de si.
Pensei em levá-lo a um psicólogo, mas depois pensei melhor. A melhor opção sempre
seria conversar, procurar entender seu ponto de vista e não simplesmente impor o que
eu queria.
Por isso espantei meus medos e num sábado ensolarado em que estávamos nós dois
sentados no gramado eu resolvi entrar no assunto. Ele estava feliz... eu podia perceber
isso.
–Estou adorando. Vocês são tão bons pra mim... até a anã de jardim.
–Esse é um assunto controverso, mas deixa pra lá. Fico feliz que esteja gostando. Sabe
que morri de medo de você não querer vir conosco?
–por quê?
Dei de ombros.
–É. Por que... eu não conhecia você direito. E talvez você fizesse a mesma coisa que...
aquele homem.
–Eu entendo você... e isso não me surpreende. Mas o que fez você mudar de idéia?
–A Bella.
–Hum...
–Porque ela é tão boazinha...você também é. Mas ela é mulher. Tem cara de mãe.
–Pois é... ai pensei que ela não deixaria você fazer nada comigo. Mas depois eu vi que
você também é legal. Às vezes sua cara dá medo...
Rolei meus olhos. Sabia que era louca... e a certeza so aumentava a cada dia.
–Joseph... sei que você deve ter sofrido muito e não é fácil esquecer isso. Mas às vezes
uma forma de amenizar isso é conversando com alguém que você confie. Você sabe o
que é um psicólogo?
–Não.
–Bem... é uma pessoa especializada... que está la para ouvir você... dar conselhos...falar
algumas coisas. Se você quiser desabafar... se sentir que precisa colocar pra fora seus
temores, as tristezas pelas quais passou... eu posso levá-lo até um psicólogo.
Ele ficou de cabeça baixa, olhando para o gramado,sem dizer uma palavra. Depois de
um longo tempo em silêncio... tempo esse que me arrependi de ter tocado no assunto ele
finalmente respondeu.
–Como?
–Ah... claro que pode. A Bella e a Alice são excelentes ouvintes. Quer dizer...mais a
Bella porque...
Dessa vez eu fiquei em silêncio... completamente sem ação... sem acreditar no que eu
ouvia. Ele queria conversar comigo? Abrir-se comigo e falar sobre o horror que viveu
com Dom Matteo? Senti meus olhos úmidos e foi com voz embargada que concordei.
–Claro que pode. Quero que confie em mim. Eu sou o seu pai agora e tudo o que eu
fizer daqui pra frente será pensando no seu bem, na sua felicidade.
Novamente ele ficou calado, brincando com os próprios pés descalços. Imagino que não
é fácil para uma criança falar ou relembrar esses assuntos. Não era fácil para um adulto
que dirá para ele. Mesmo assim ele queria falar.
–Eu pensei que era normal... o que ele fazia comigo. Assim... não sei... porque algumas
coisas...que ele fazia... era gostoso. Mas outras não. Doía e eu pedia para parar mas ele
não parava. Dizia que aquilo era amor.
Foi uma infelicidade Joseph ter aparecido naquele dia. Eu queria ter matado Dom
Matteo. Se bem que eu já estava disposto a não matá-lo. Essa ânsia so me dominou
quando descobri mais essa história escabrosa.
–Joseph... já conversei um pouco com você sobre isso, lembra-se?
–Sim.
–Pois bem... amor... seja ele entre homem ou mulher, pais e filhos deve ser uma coisa
oura, bonita... que nos deixa sempre com aquele sorrisão no rosto e a sensação que o
mundo é perfeito. Mas aquilo que Dom Matteo fazia era apenas sexo. E realmente sexo
é bom... é gostoso. Mas... deve ser feito com quem a gente ama de verdade. E mais... o
mais importante: deve ser feito sempre com a permissão de quem está conosco. Sem
contar a idade. Devemos estar maduros.
–Maduros?
–Hum... mais velhos... mais responsáveis. Sabe... o ideal é você namorar... noivar... e
depois quando tiver a certeza que ama realmente aquela pessoa... casar e ter filhos.
Infelizmente nós adultos muitas vezes pulamos algumas etapas. Alguns fazem sexo por
fazer, sem sentimento algum. Isso é ruim Joseph... foi o que aconteceu a você. Homens
fazem sexo com mulheres e vice-versa. Não vou entrar em detalhes com você porque é
novo ainda para entender certas coisas. Então... so entenda...o que Dom Matteo fez a
você é coisa de gente doente.
–Quer dizer... quando eu crescer irei fazer sexo com uma mulher que eu gostar?
–Exatamente isso. Você vai estudar... vai escolher uma profissão e vai se formar nela.
Vai fazer o que tiver vontade. Enquanto isso pode namorar, é claro. Mas isso é uma
coisa que iremos conversar mais pra frente.
–Ta bom.
Passei meu braço sobre seu ombro, puxando-o para perto de mim.
–Nunca mais alguém irá fazer coisas ruins com você. Terá que se ver comigo e como
você mesmo já disse... minha cara dá medo.
Ele gargalhou.
–Como eu falei... às vezes pulamos algumas etapas. Comigo e Bella aconteceu isso.
Mas foi por amor. Eu me apaixonei loucamente por ela e ela por mim. Não chegamos a
ficar noivos realmente, nos casamos rapidamente e tivemos nossos bebês.
–E agora eu...
Ele me abraçou com força trazendo novamente lágrimas aos meus olhos. Talvez com o
tempo Dom Matteo se tornasse apenas uma sombra em sua vida. Eu me encarregaria de
fazer com que seus dias fossem sempre perfeitos... assim como ele... aliás como minha
família fazia com os meus.
–A Bella está demorando não é?
–Ih... quando sai com Alice... pode esquecer. Devem estar escolhendo vestidos,
sapatos... tudo para o casamento. Semana que vem... está tão perto, às vezes parece que
não vai dar tempo de ficar tudo pronto.
Levantei-me imediatamente.
Ele correu e pulou na piscina, logo depois eu pulei também. Ouvir as gargalhadas dele
era o melhor presente que um pai poderia ganhar. Eu ganhava o meu a todo instante.
Será que merecia tanto?
**************
Estava tão cansado que eu simplesmente não conseguia mexer meu corpo na cama para
mudar de posição. Joseph e eu passamos a tarde na piscina, depois jogamos bola e
quando o sol estava fraco saímos para correr um pouco. Bella e Alice so voltaram por
volta das sete da noite quando nós dois jogávamos vídeo game na sala.
E Bella chegou com a corda toda. Depois de tomar banho, dar banho nas crianças e
alimentar os três ela me arrastou pra cama. Claro que eu não negava fogo nunca. E
passamos o resto da noite e metade da madrugada fazendo amor.
Isso tudo aliado às brincadeiras com Joseph deixou-me literalmente moído. Justamente
eu que sempre fui ativo... devo estar ficando velho. Estava deitado de bruços na cama,
um dos braços jogado para fora da cama. Não sei se sonhava ou se realmente ouvia
risadinhas perto de mim.
–Edward?
–Hum...
Gemi sem conseguir abrir os olhos, os músculos do corpo tão relaxados que até mesmo
erguer os braços era tarefa difícil.
Pá... era so ouvir essa palavra para ficar fora de mim. Abri imediatamente os olhos e
girei na cama, mas antes que eu esbravejasse vi Bella e Joseph, ambos com os braços
carregados de presentes.
Franzi meu cenho, tentando assimilar as palavras e olhei para os lados, vendo Enzo e
Valentina, sentados em seus carrinhos, olhando para mim como se também esperasse
que eu acordasse. Bella jogou os presentes na cama e em seguida pulou sobre mim,
enchendo-me de beijos.
Ia falando e enchendo meu rosto de beijos. Joseph continuou parado olhando a cena.
–não precisa ter vergonha... ele é seu pai anjo. Pule nele também pra ver se ele acorda.
–Parabéns.
Ouvi a risadinha de Enzo e Valentina que batiam as mãos e as pernas, loucos para
entrarem na farra.
–Vou pega-los.
Eu ri.
–Obrigado anã.
Nem era preciso pedir... o sorriso já era tatuagem em meu rosto. Assim que ela tirou a
foto jogou a máquina na cama.
–Vocês são o maior e melhor presente que eu poderia receber. Amo vocês demais. Tudo
o que sou... tudo o que faço é pra vocês. Ajudem-me a melhorar... a crescer sempre,
para proporcionar momentos bons a vocês.
–É verdade... pai.
Tai...conseguiram de novo. Chorei feito um meninão. E me perguntei mais uma vez: por
que ninguém me avisou que amar era assim?
"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
'(Fernando Pessoa)
Notas finais do capítulo
Bom meninas... aproximando-se o aniversário do poderoso. Essa fic não seria possível
sem vocês, não há dúvida alguma. Por isso o Poderoso vem responder a todos os
reviews de vocês, que tanto o admiram. Além disso teremos uma surpresa pra vocês no
dia 24, dia em que comemora 1 ano. Fiquem atentas ao blog.
Mais uma vez, obrigada de coração a todas vocês que esperam ansiosas por novos
capítulos e não so entendem quando demoro um pouco, como fazem questão de tirar um
tempo para deixar sua opnião. Vocês são demais.
Esse capítulo é apenas um bônus mesmo, nada tem de relevante em relação à fic. Foi
apenas uma forma de comemorarmos la no Cafofo, esse primeiro ano de vida. Mas
achei injusto vocês do nyah não participarem da folia.
Edward POV
Nunca imaginei essa situação... juro que não. Meu casamento era tão perfeito que eu
jurava que jamais chegaria a ter qualquer desentendimento com Bella. Mas esse dia
chegou. Não sei como... e sequer sei por que. O fato é que chegamos a discutir feio.
Eu não queria de forma alguma continuar nesse submundo do crime. Bella por sua vez
achava que eu deveria continuar até encontrar alguém à minha altura para tomar as
rédeas do negócio. O pior disso tudo é que somos dois topetudos, nenhum abaixa a
crista. Quer dizer... até que sempre ponderamos nossas atitudes, nossas opiniões. Mas
dessa vez talvez o estresse e a correria do dia a dia tenham influenciado para que
chegássemos a esse ponto.
O resultado? Um de cara virada pro outro... e uma semana sem sequer sentir o calor do
corpo de Bella junto ao meu. Estava a ponto de subir pelas paredes ou simplesmente
pega-la a força e jogar em nossa cama. Juro que não fiz isso apenas em respeito aos
nossos filhos. E nem sei por que... eles não iriam saber mesmo.
E pra piorar tudo... inventaram uma porra de uma despedida de solteiro para o Jasper.
Esse foi o único momento em que Bella me dirigiu o olhar. E claro... ela estava
pensando alguma besteira. Acabei concordando desde que a festa fosse em minha casa.
Seria na ala separada do restante, onde havia o salão de festas.
Alguma coisa esses rapazes estavam aprontando ou então Alice também não iria me
olhar com aquela expressão assassina. Depois disso Bella sequer olhou pra mim
novamente. Estava agora sentada na cama, uma toalha em volta do corpo enquanto
espalhava a loção pelos braços.
–Bella... estamos agindo como duas crianças. Pelo amor de Deus... nosso casamento
sempre foi ... tudo às claras. Conversamos sobre tudo. É claro que algum dia iríamos ter
opiniões contrarias.
–Não seja estúpido. Sabe que não é isso. Mas eu também me sinto mais segura com
você a frente dos negócios.
–Bella...
Fiquei ainda mais irritado com aquilo. Bella realmente conseguia me tirar do sério.
–Ótimo. Quer agir como uma garotinha mimada... vá em frente. Depois não venha me
acusar de nada.
–Edward...
–Quer saber? Vá pegar suas Barbies e vá brincar com a Alice. Tem agulha e linha para
costurarem seus vestidinhos.
Sai do quarto e bati a porta. Sei que peguei pesado e ela com certeza estaria surtada
agora. Entretanto se nem isso fosse capaz de fazê-la vir até mim... eu teria que me
dobrar novamente. Não agüentava mais passar o dia inteiro de pau duro, louco para
sentir sua boceta me esmagando novamente.
No caminho para o escritório encontrei Alice sentada no sofá da sala. Se olhar matasse...
eu com certeza já estaria fulminado aqui no chão.
–Porque estou vendo o homem mais nojento, arrogante e desprezível que já vi na vida.
Eu ri alto.
–Você é um idiota, Edward. Eu torço pra que Bella perceba isso e mande você pra puta
que pariu.
–Se eu for pra lá... fatalmente irei me encontrar com você. Deus me livre disso.
De repente seu olhar ficou triste e eu quase me arrependi dessa briguinha idiota.
–Edward... o que vocês estão aprontando? Não será uma despedida de solteiro
daquelas...quer dizer... vai ter mulher?
–Eu não sei Alice... sinceramente. Mas eles não trariam mulheres aqui... pelo menos não
para o que está pensando.
–Tem certeza?
–Tenho.
Eu não tinha certeza porra nenhuma. Mas eles não seriam nem malucos de fazer uma
coisa dessas. Fui até o escritório e peguei a caixa de charutos, saindo em seguida em
direção ao salão de festas. Ainda estava distante mas conseguia ouvir a musica e as
risadas dos rapazes.
Entrei meio apreensivo e suspirei ao ver que eles apenas jogavam conversa fora e
bebiam.
Peguei um charuto e joguei a caixa pra eles. Logo em seguida servi-me de uma dose de
uísque.Sentei-me e escorreguei um pouco na poltrona puxando o charuto e fechando
meus olhos. Não era aqui que eu queria estar de forma alguma.
Pelo jeito seria mais uma noite longe dos braços dela. Não... não mesmo. Nem que fosse
à força mas iríamos conversar e chegar a um acordo. Esses pensamentos me fizeram
ficar desligado de tudo. Vez ou outra eu sorria apenas para que os rapazes pensassem
que eu realmente estava ali.
Bem... eu estava na seca... meu pau não baixava nem com macumba... e à minha frente
quatro mulheres sorrindo de forma lasciva... safada. E a cara delas... jeito de vadias.
Nem se eu estivesse há anos sem sexo eu aceitaria. Ainda mais tendo a perfeição em
minha cama... mesmo que não estivesse usufruindo.
Estava prestes a falar um sonoro não quando a porta foi aberta com um estrondo e Bella
entrou furiosa seguida por Alice.
–Que palhaçada é essa senhor Cullen? Perdeu a noção do perigo? Lindo isso... você
manda seus filhos pra casa da avó pra ficar se divertindo com um bando de p....
–Olha... pense bem no que vai dizer. E eu te disse que iria procurar diversão de homem,
não disse?
Alice olhava com ódio para Jasper que ainda tentou argumentar.
–São apenas massagistas Bella. Nada sexual e...
–Se bem que estou muito tenso ultimamente. E acho que preciso realmente de uma
massagem.
As mulheres sorriram e os lábios de Bella tremeram. Agora ela não estava brava. Estava
realmente com medo.
–Preciso relaxar e nada melhor que uma massagem... feita pelas mãos da minha esposa.
Sai arrastando Bella pela mão, o sobretudo jogado no braço e o charuto na outra mão.
–Edward...
Não falei nada. Caminhei com ela em direção ao pomar. Nossa propriedade era tão
grande que às vezes me esquecia desses lugares.
–Edward...
–Shhh...
Fui em direção às parreiras e ali parei girando meu corpo de frente para o dela. Seu
olhar estreitou-se e ela bateu em meu peito.
Peguei sua mão e levei até meu pau, forçando-a para que sentisse toda minha dureza.
Bella arfou e seu corpo estremeceu.Segurei-a pelos cabelos forçando-a a me encarar.
–E então... até quando vai negar essa bocetinha pra mim? A terra irá comer depois...
Levei o charuto à boca sem desviar meu olhar do dela... e depois soltei a fumaça ainda
sem deixar de olhar pra ela.
Empurrei seu corpo contra um dos pilares que sustentavam as parreiras e prensei meu
corpo contra o dela. Levei meu dedo aos lábios dela fazendo-a chupá-lo e então retirei,
encostando a ponta do charuto no dedo molhado.Depois joguei-o ao chão.
Peguei seus braços e ergui-os próximo a sua cabeça, atacando seu pescoço. Meu pau já
não latejava.. ele doía insuportavelmente.
Foi o que bastou para que ela agarrasse meus cabelos e colasse sua boca na minha.
Ambos suspiramos e começamos nossa exploração pelo corpo um do outro. Ouvi
apenas o tecido do seu vestido sendo rasgado enquanto minhas mãos buscavam seus
seios avidamente.
–Foda-se... você é minha esposa. E alias... não faça charme. Eu estou com fome e vou
meter forte.
Sorri ao perceber que ela estava tão enlouquecida quanto eu. Segurou meu pau com
firmeza e depois foi logo abrindo meu zíper. Mas não permiti que continuasse.
Ajoelhei-me a sua frente e colocando sua perna sobre meu ombro, enterrei minha língua
na boceta que já escorria seu tesão. Eu gemi de prazer quase enlouquecido com seu
sabor adocicado que tanto me fez falta.
Com apenas uma das mãos terminei de despir minha calça, a outra mão quase
esmagando seu seio.
–Porra Edward...
Bella gemeu quando sentiu meu pau praticamente explodir em sua barriga. E eu não
podia esperar mais... Peguei-a pela cintura, erguendo-a e sem aviso enfiei meu pau com
toda força, soltando um urro de alivio ao sentir sua boceta tão quente e ao mesmo tempo
tão úmida me envolvendo.
Segurei em sua bunda, socando meu pau cada vez mais forte e rápido enquanto sugava e
mordia seu seio.
–Eu também te amo sua estúpida.Nunca mais... porra... vou arrebentar você hoje.
Bati suas costas com tanta força contra o pilar que ouvi suas costelas estalarem. Mas ela
não se importou. Sorriu e esticou o braço, pegando uma uva e colocando em minha
boca. Enlouqueci com isso e devorei sua boca. A fruta foi esmagada entre nossos lábios
o que so aumentou meu tesão.
– Ver e comer?
–Apóie suas mãos na pilastra... bem la embaixo, gostosa. Quero esse rabo bem
empinado pra mim.
Ela não so obedeceu como rebolou. A claridade proporcionada pela lua me permitiu ver
seu traseiro com nitidez... e também seu gozo escorrendo pela perna. Primeiro dei um
sonoro tapa em sua bunda e depois empurrei meu pau com violência, começando a
estocar forte e rápido.
Meu olhar não se desgrudava da bunda que rebolava no mesmo ritmo das minhas
estocadas. Bella gemia alto, rebolando e falando obscenidades.
Meu pau latejava e minhas bolas ardiam fazendo-me trincar os dentes. Bella soltou uma
das mãos e se contorceu toda até consegui agarrar minhas bolas.
–Goza agora...
Enterrei meus dedos em seu bunda e meti mais forte, o som luxuriante dos nossos
quadris se chocando contribuindo para a minha loucura.
–Não vamos mais brigar Bella. Eu me sinto perdido quando não conversa comigo.
–Eu também fiquei louca... sem falar com você... sem sentir seu toque.
–Nunca mais?
–Como assim?
–Depois dessa besteira minha... acho que fosse outro teria aceitado...
–Eu não sou outro Bella. Eu sou seu homem... é so assim que sei viver... sendo
inteiramente seu.
Ela mordeu os lábios sem conseguir dizer nada. Peguei meu sobretudo entreguei para
que ela vestisse.
–Vamos pra nossa cama amor. Ainda não acabei com você.
–Ah é? Vou te dar uma dianteira... mas não se canse muito... já te falei que minha fome
é grande.
Bella disparou pelo pomar e pouco depois eu corri atrás. Pior que ficar sem possuir seu
corpo, era ficar sem seu sorriso... sem seu olhar. Agora eu sabia disso.
************
Espetacular... não tinha outra palavra pra ela. Acompanhava meu ritmo sem mostrar
sinais de cansaço, embora isso não fosse novidade. Mas hoje ela estava me matando...
parecia ter mola naquela cintura que não parava de rebolar e empurrar sua bunda de
encontro ao meu pau.
Por fim eu segurei seu corpo com firmeza contra o colchão, metendo dentro dela sem
parar. Segurei sua bunda com tanta força que separei-as olhando com gula para o
pequeno orifício que estava me deixando com água na boca.
Levei um dedo circulando e depois enfiando completamente. Bella rebolou e se agarrou
aos lençóis da cama.
Girei seu corpo colocando-a de costas no colchão e voltei a penetrar sua boceta. A
sensação deliciosa quase me fez fechar os olhos, mas eu amava olhar aquilo. Ficava
absolutamente fascinado olhando aquela boceta tão pequena devorando meu pau grosso
e grande mais pra ela. Bella rebolava e revirava os olhos, abrindo mais as pernas para
me permitir livre acesso.
–Anda Edward...
–Oh Deus...Edward.
Não sei quanto tempo me segurei, apenas sentindo Bella estremecer e berrar de prazer
várias vezes antes de finalmente eu jorrar minha porra dentro do seu corpo.
–Ahh...
–Gostosa do caralho.
–Poderoso da porra.
Eu ri e me joguei ao seu lado... a mulher perfeita pra mim. Abri meus braços e ela ali se
aninhou. Assim que aprendi como respirar decentemente eu beijei seus cabelos.
–Vou começar... porque sei que irei me apaixonar. Aliás...estou apaixonado e irei me
apaixonar muitas vezes ainda. E em todas elas... será por você, Bella.
–Ai Edward...
–Eu também te amo Bella. Demorei demais a dizer isso e hoje não me canso de dizer.
Principalmente porque eu sei que você percebe meu amor.
Aprendi que palavras eram insuficientes. Em se tratando do meu amor por ela... eu teria
que mostrar, mais e mais a cada dia.
Bem...o proximo capítulo a coisa volta ao normal e quem ja leu o spoiler no cafofo ja
sabe o que vem por ai.
Mais uma vez agradeço a todas que prestigiam, que amam o Poderoso. Sem vocês ele
não existiria.
Ainda não respondi a todos os reviews do último capítulo. Caramba... vocês são muito
rápidas! hahaha. Mas eu adoooro.E quem quiser ver o bônus ilustrado... corra para o
blog.
E estamos no facebook
também:http://www.facebook.com/pages/Cafofo-das-Pervas/267793856565251
É pra delirar.
Não sei pra que isso... sinceramente? Casamento só o meu e pronto. E a anã ainda fez
questão que eu e Bella fôssemos padrinhos. Sem contar a cara de pau em dizer que fazia
isso por Bella e não por mim. Felizmente Renne estava por aqui ajudando Bella com as
crianças. Tânia também veio e dessa vez trouxe o filho desmiolado. Era bom tê-los por
aqui... nunca se sabe quando iria precisar de algum serviço novamente.
Levantei-me e tranquei a porta, abrindo as duas maletas derramando euros, resultado do
carregamento de três dias atrás. Conversei com meu pai durante muito tempo e resolvi
parar com palhaçada. Embora muitas vezes eu me sentisse aperreado, pensando no que
meus filhos iriam pensar de mim quando crescessem... a máfia estava no sangue. Ficar
tanto tempo afastado só me deixou com sede. Queria trabalhar... trabalhar e esse
casamento só veio atrapalhar meus planos.
–Eu não me esqueci disso, o que não quer dizer que tenha que ficar aqui no meio de um
bando de malucas paparicando a noiva.
Ela suspirou colocando as mãos na cintura.
–Posso saber aonde vai?
–Tem um carregamento chegando agora... dois pra ser exato.
–Dois? Edward isso vai levar horas.
–Não vai não. E o casamento será daqui a seis horas, portanto tenho muito tempo.
–E vai chegar e ir assim para a igreja?
Eu dei um sorriso debochado.
–Acha que sou como as mulheres que precisam de três dias para se arrumar e ainda
assim ficam mais ou menos?
Seu olhar estreitou-se.
–Está querendo dizer que eu fico mais ou menos, chefão?
–Eu disse AS MULHERES.
–Ah tá... melhorou bastante. E eu sou o que? Homem?
Terminei de prender a arma e em seguida coloquei meu pé sobre a cadeira, erguendo a
calça e colocando outra arma.
–Se todo homem tivesse uma boceta deliciosa como a sua eu seria bissexual.
–Nojento... ordinário.
Entrei no carro ainda rindo e dirigi tranquilamente até a marina, onde provavelmente os
rapazes já estariam me esperando. Não deveriam estar nada satisfeitos por estarem aqui
agora, principalmente Emmett.
Saltei do carro rapidamente ao reconhecer o iate que acabava de atracar. Reparei nos
rapazes que riam a valer, acompanhados pelos três estivadores que subornávamos.
–E aí, chefe?
–Tudo tranquilo aqui?
–Com certeza. Os sapatos estão chegando, daqui a pouco chega... o outro carregamento.
Os sapatos femininos que acabavam de chegar vinham com o solado recheados de óxi, a
nova droga do mercado. Tá... eu sei que pensei em parar de fornecer drogas. Mas eu não
serei hipócrita e me fazer de Cristo. Se eu ofereço droga... é porque alguém procura. E
se alguém procura... algum motivo tem e isso não era culpa minha. Portanto... nada de
culpas.
Essa carga teria que ser conferida cautelosamente. Armas de grosso calibre eram minha
paixão, por isso mesmo eu fazia questão de conferir. Tanto que demorei o dobro do
tempo que dedicava às demais cargas. Por fim constatei satisfeito que estava tudo em
ordem. Fiz o pagamento dos estivadores, afinal eu NUNCA pagava antes.
Eram sempre os mesmos, entretanto eu não poderia confiar que estariam sempre
comigo, não sou tão louco assim. Conferi as horas e vi que ainda daria tempo para uma
visita ao comerciante safado.
–Vamos lá Emmett... faremos uma visita ao devorador de bocetas alheias. O restante
leva as cargas para a “sede”.
Chegamos ao luxuoso restaurante aberto há poucos meses. Já tinha ouvido falar, mas
como na época estava com a atenção inteiramente voltada para minha família, não
procurei saber detalhes.
–Como é o nome do vadio Emmett?
–Steve.
Um senhor meio barrigudo e calvo, na faixa dos cinqüenta anos se aproximou sorrindo e
limpando o suor da testa.
–Senhor Cullen é um prazer...
–Vamos direto ao assunto. Não tenho tempo para essas formalidades agora.
–Ah sim. É um homem muito ocupado. Vamos até meu escritório.
Fomos atrás do homem que a todo instante puxava as calças largas e balancei minha
cabeça. Nessa idade e se envolvendo nessas bandalheiras. Se bem que... eu poderia ter
cem anos e se encontrasse Bella novamente eu pegaria com certeza.
Sentei-me antes mesmo que ele oferecesse.
Rumei para casa, constatando que eu tinha exatos quarenta minutos para chegar, me
arrumar e chegar à igreja com antecedência de quinze minutos, ou seja, faltava apenas
uma hora para o casamento.
Pelo menos não tinha aquele bando de perua falando e andando pela casa. Estava até
quieto demais para o meu gosto. Passei pela sala, trombando nas inúmeras caixas de
presentes espalhadas por todo lado. Fui direto ao meu quarto e assim que abri a porta vi
Joseph brincando com os irmãos na cama.
–Mãe... ele chegou.
No mesmo instante Bella saiu do closet e admito que segurei o fôlego ao vê-la
deslumbrante no vestido azul, ajustado perfeitamente às curvas sedutoras do seu corpo.
–Nossa...
–Quer me matar de preocupação? Está em cima da hora.
–Deixe de ser histérica. Termino de me arrumar antes que termine sua maquiagem.
*******************
Eu tentava segurar meu riso ao ver minha mãe lutar para segurar Valentina em seu colo.
Os braços curtos a todo instante se esticavam em direção a mim no altar. Com um gesto
de cabeça pedi para minha mãe trocar, deixando-a com o Joseph e pegando o Enzo.
Uma coisa que não me agradava nada: Valentina só sossegava em colos masculinos.
Cochichei ao ouvido de Bella.
–Sabe que essa safadeza a Valentina puxou de você não é?
–Não comece Edward. E cale a boca e preste atenção ao casamento.
Parei de sorrir ao ver o olhar bravo de Alice sobre mim. Era impressão minha ou esse
casamento estava demorando bem mais que o meu? Mas depois sorri novamente ao vê-
la sorrindo para o Jasper. Estava feliz e isso era o mais importante. Alice também já
sofreu muito na vida e merecia ser feliz.
Bella segurou minha mão, afagando-a.
Ela mordeu os lábios e balançou a cabeça. Até sabia o que ela estava pensando: bipolar.
E talvez eu seja mesmo.
Foi com alívio que ouvi o casal ser declarado marido e mulher. Mas ainda teríamos a
festa na casa dos meus pais. Ainda na porta da igreja, como de costume fomos
cumprimentar os noivos. Apertei a mão do Jasper e bati em seu ombro.
–Cara... acho que agora começa a mais difícil e talvez pior fase da sua vida.
–Não fale assim Edward. Você me deixa triste.
–Isso vale só pra ele Bella.
–É por minha causa, seu mafioso de meia pataca?
–Alicinha... claro que não.
–Está livre de mim agora Edward...
Baixou a cabeça.
–Saco... vou sentir sua falta.
Peguei-a num abraço apertado.
–Eu também irei sentir sua falta, sua maluca... às vezes.
–Idiota... eu te amo tanto.
–E eu te suporto tanto.
Ela bateu em meu peito, mas depois apertou os braços à minha volta. Eu a amava. Nem
tinha como fingir. Aliás, quando o assunto era em relação a minha família, fingir
sempre seria impossível.
Bella POV
Estava debruçada sobre a mesa de centro na sala, acompanhada por Joseph e Alice.
Parecia que foi ontem que ela se casou quando na verdade já haviam se passado sete
meses. Sentia uma falta tremenda dela em casa, mas tinha que ser assim. Ela estava feliz
ao lado do seu marido na casa que ganhou de Edward.
–Ah meu Deus...
Levantei-me correndo para pegar Valentina que ia em direção ao vaso de cristal. Ela e
Enzo começaram a andar pouco depois de completarem dez meses e o negócio agora era
circular pela casa. Tive que fazer várias modificações, mas sempre passava alguma
coisa. O vaso era um deles.
–Por favor, meu amor... estamos decidindo a festa de vocês. Por que não vai dormir
feito seu irmão?
–Coloque-a no chiqueirinho, mãe. Eu fico perto dela.
Acabei fazendo o que Joseph falou, aliviada ao ver que deu certo, pelo menos por
enquanto. Estávamos numa correria para ajeitar tudo, mas eu não conseguia me decidir
sobre o tema da festa.
Acabamos nos desentendendo, pra variar por bobeira. Eu queria comemorar meu
aniversário junto com as crianças. Edward foi terminantemente contra. Criança era
criança... adulto era adulto. Nada a ver misturar as coisas. Acabei ficando chateada e
embirrei. Não fiz festa alguma em meu aniversário. E ordenei que ninguém tentasse
fazer ou eu iria fazer uma bela desfeita.
Agora vejo que foi infantilidade minha. E hoje eu pediria desculpas a Edward.
–Você é idiota Bella. Ele apenas queria fazer algo especial pra você, aposto.
–É... só depois eu pensei nisso. Mas agora já foi...
Edward entrou na sala, seu cheiro peculiar não deixava dúvidas.
–Olá... ainda nessa?
Alice atirou uma almofada contra ele, mas eu não agüentei e gargalhei. Quando ergui a
cabeça ainda sorrindo ele me encarava.
Não resisti à carinha pidona e corri para pular em seus braços. Embora ele sempre
dormisse com os braços à minha volta, eu senti falta desse abraço apertado... e da boca
que agora devorava a minha.
Eu sabia muito bem qual era a conversa, tanto que ele me levou no colo... em direção ao
nosso quarto. Chegando la nem foi preciso dizer nada. Jogou-me na cama e se
aproximou tirando a roupa enquanto eu tratava de tirar a minha. Gemi em deleite ao
sentir o calor da sua pele contra a minha... fervendo...
–Precisa... parar... com essas... criancices...
Ele descia a boca pelo meu pescoço, mordendo e lambendo até alcançar meus seios,
sugando-os como se fosse um bebê faminto. Suas mãos seguravam minha bunda com
força, separando minhas carnes enquanto eu segurava seu pau com firmeza, punhetando,
sentindo seu liquido escorrer entre meus dedos. Escorreguei meu corpo pelo dele até
alcançar seu pau, a cabeça brilhante praticamente se enfiando em minha boca.
Edward gemeu e segurou minha cabeça, rebolando seus quadris, aumentando a fome
que eu sentia dele. Abracei-o pela bunda, abrindo mais a boca, deixando-o
completamente atolado em minha boca, quase me tirando o fôlego, mas me
proporcionando um prazer indescritível.
Ele me segurou com força pelos braços quase me machucando e jogou-me de qualquer
jeito na cama. Entretanto eu cai na posição que ele queria, completamente aberta e
disponível para ele. Sem perder tempo ele se colocou no meio das minhas pernas, a
língua quente e ávida passeando pelo meu clitóris até se enterrar totalmente em mim. Eu
gemi junto com ele, rebolando meus quadris e puxando-o para mim.
Eu adorava as preliminares com Edward. .. alias adorava tudo com ele. Mas hoje eu
tinha pressa... tinha fome... tinha URGENCIA dele.
Nem foi preciso dizer mais nada. Ele ainda sugou e mordeu minha boceta, antes de se
levantar e se colocar sobre mim, erguendo minhas pernas ate seus ombros, empurrando
seu pau para dentro do meu corpo e fechando os olhos extasiado. Mas logo esse
momento passou e ele abriu os olhos, começando a bombear seu pau com força dentro
de mim, seus dentes trincados e uma fina camada de suor deslizando pelo seu peito. Eu
tentava acompanhar seu ritmo mas ele segurava minha cintura com firmeza, prensando-
me contra o colchão.
–Nunca...nunca...
Nosso tesão era tanto que em pouco tempo gozávamos, alucinados, gritando o nome um
do outro. Nossas reconciliações eram sempre arrebatadoras, mas nem de longe isso
superava o prazer que era te-lo todos os dias, conversando comigo, rindo... dando
patadas... ou simplesmente dando-me um beijo de boa noite.
–Vamos parar com isso Bella. Eu fico sem rumo quando não falo com você. Ainda mais
agora que voltei definitivamente para os negócios... chega um momento em que quero
apenas deitar-me ao seu lado e desfrutar da sua companhia.
Engoli em seco, odiando-me. Edward andava mais estúpido do que nunca...no sentido
de ser grosseiro. E ainda assim eu o amava cada dia mais. Nunca me canso de repetir
que amo cada faceta desse homem que so trouxe felicidade à minha vida. Acho mesmo
que eu gosto de provocá-lo, deixá-lo irritado... ele ficava tão encantador. Mas ele levava
a sério e acabava ficando magoado comigo.
Ele se levantou e foi até o banheiro. Pouco depois ouvi o barulho da ducha. Ele sequer
me chamou... então as coisas não estavam tão boas. Estava me levantando para ir atrás
dele quando ouvi a ducha ser fechada.
–Mas que...
–Eu sei.
–Mas eu falei serio... so vim porque não suportava mais ficar brigado com você. Mas
ainda tenho muito que fazer.
–Da pra tirar esse sorriso idiota do rosto e vir olhar a festa dos seus pimpolhos?
–Deixa de ser idiota Bella. Até parece que não sabe que ele nunca resisti.
**************
Por fim eu estava exausta. Bem que dizem que o melhor da festa é esperar por ela,
principalmente quando se é o anfitrião. Pensei que um mês daria tempo para organizar
tudo, mas vi que me enganei. Tive que correr e hoje, dia da festa, eu estava um farrapo.
Olhava algumas crianças correndo e gritando pelo jardim. Desde quando tínhamos
amigos com crianças tão pequenas? Estou começando a achar que Edward “alugou
algumas crianças, so pode. Enzo caminhava pelo jardim segurando a mão de Rose. Era
doido por ela. Valentina ria a valer, a boca suja de chocolate sentada no colo do avô.
–Adoro essas coisas. E olha como eles estão felizes. Olha so a carinha da Valentina.
–E os gritos?
–E ele não se desgruda da Rose. Ao passo que a Valentina fica com qualquer um... que
seja homem.
Aliás... por falar em Edward... onde ele estava? Olhei ao redor e o vi conversando com
Emmett e Jacob. A cara carrancuda me assustou. Logo em seguida ele se afastou e eu o
segui com o olhar. Foi até o chefe dos seguranças e entrou com ele em cada. Agora eu
tinha certeza: estava acontecendo alguma coisa. Esperei Alice se distrair e marchei atrás
dele. Estava no escritório pelo jeito. Entrei sem bater e o vi andando de um lado a outro
enquanto dava ordens ao segurança. Parou de supetão ao me ver.
–Saia Bella.
–Não saio.
–Agora.
–Não.
O segurança olhava de mim para Edward completamente sem graça por estar
presenciando essa cena.
Tive que aceitar... ele não diria mesmo e se eu continuasse insistindo talvez nem depois
ele iria falar. Voltei para a festa contrariada, a vontade imensa de ir até o Emmett e
Jacob que ainda conversavam.
Nunca o relógio demorou tanto a dar voltas. Felizmente as crianças já estavam cansadas
e então subi com os três. Joseph me ajudou a dar banho nos dois e em pouco eles
dormiam.
–Eu também.
–Você também.
Resolvi tomar um banho também. Estava toda grudenta... suada. Demorei-me além do
normal e quando sai Edward tinha acabado de entrar no quarto, tirando a camisa. Ele
sequer me olhou.
–Edward?
Ele me abraçou.
–Claro que confio. Só não quero preocupá-la. Eu irei proteger vocês sempre.
Ele suspirou.
–Dom Matteo...
Meu coração quase parou dessa vez e até senti dor ao respirar.
–E agora Edward?
–Eu confio.
Mas não confiava naquele ordinário. Meu corpo tremia... de medo. Não por mim, mas
por Valentina... por Enzo e principalmente por Joseph... meu Joseph. Se Dom Matteo
ousasse chegar perto deles... eu mesma o mataria. Embora eu tivesse certeza que
Edward o caçaria no inferno.
Posso dizer que conheço meu marido mais que qualquer um e sei o quanto ele se
preocupava com a família.Eu cheguei a perguntar pra ele, com muito tato, se ele não
estava exagerando. Sua resposta foi categórica.
–Dom Matteo está com ódio de mim, Bella. Mas ele não irá tentar nada contra mim. Se
eu morrer... pronto, acabou. Mas ele quer me ver sofrer. E sabe que conseguirá isso
somente se ferir as pessoas que amo.
Depois disso eu não falei mais nada. Eu consegui captar a dor em suas palavras. Não
havia medo, havia sim um ódio incontido que eu cheguei a ficar com receosa.
Entretanto acima de tudo eu confiava em Edward. Tanto que eu nem surtei quando ele
saiu na noite anterior para fazer negócios com os armamentos que havia
recebido.Obviamente eu tive que trabalhar isso muito bem para conseguir me conter. A
situação não estava fácil e irritar Edward so iria piorar.
–Ai...
Eu reclamei quando Valentina puxou meu cabelo. Estava em meu colo e começava a
ficar impaciente. Ah... era tão diferente do Enzo que brincava sentado em minha cama.
Era elétrica demais tanto que minha mãe acabou vindo ficar mais uma temporada
comigo. E isso foi até bom, já que era teimosa feito uma mula e se recusava a viver
cercada de seguranças.
–Papai...
Valentina e Enzo começaram a falar dois dias após o aniversário e daí não pararam
mais. Claro que não falavam de tudo. Papai, mamãe e vovô eram as mais faladas. Como
não poderia ser diferente a primeira palavra de Valentina foi papai, e a de Enzo...
mamãe. Valentina puxou meu cabelo novamente e eu olhei feio pra ela. Pegou essa
mania agora, tanto que na maioria das vezes eu prendia meus cabelos. Mas hoje nem
isso estava ajudando. Ela puxava meu rabo de cavalo sem parar, demonstrando sua
impaciência.
–Seu pai está ocupado Valentina. Que coisa. Por que não vai brincar com o Enzo?
Ela girou a cabeça, os cachos acobreados balançando ao redor do seu rosto enquanto ela
olhava para o Enzo na cama.
–Papai...
–Céus, Valentina. Vamos ficar com seu irmão. Tenha paciência por favor.
Sentei-me com ela na cama e coloquei o ursinho de pelúcia em seu colo, gemendo
quando começou a musiquinha irritante. Por que faziam brinquedos musicais para
crianças? Adivinhando minha irritação, Valentina abandonou o urso e pegou o pequeno
teclado batendo as mãos nele com força.
–É pra me irritar não é? Nem adianta que seu pai não vem.
Ela continuou batendo as mãozinhas sem nem se importar comigo. Deitei-me e fechei
meus olhos, as mãos na cabeça. Eu estava muito mais apreensiva do que deixava
transparecer. Eu não esperava que Dom Matteo fosse agir logo de cara, mas a qualquer
momento ele iria colocar as garras de fora. E meu medo maior era Joseph. Se algo
acontecesse a ele eu morreria... e Dom Matteo também porque com certeza Edward iria
fazer picadinho dele.
–Mamãe...
Enzo deitou-se ao meu lado e eu descobri meus olhos, olhando em seu rosto.
Deitou a cabeça sobre meu peito como sempre gostou de fazer.Acariciei os cabelos
macios, rindo da expressão de Valentina olhando pra nós. Seria possível uma criança
dessa idade ter um ar de deboche no rosto? Porque era essa a impressão que eu tinha. Ia
dar trabalho quando crescesse. Já tinha cantado essa pedra.
–Entre Joseph.
Ele entrou e no mesmo instante Valentina abriu os braços pra ele. Ele se sentou na cama
e colocou-a no colo.
Edward contratou uma professora para Joseph para que ele não encontrasse tanta
dificuldade quando voltasse à escola. E ele parecia estar se saindo bem.
–E como se saiu?
–Não estava muito difícil. Meu pai já tinha me falado sobre as coisas que ela perguntou.
–Hum... seu pai está sempre um passo à frente não é?
–É mesmo.
Sorri, tentando disfarçar minha apreensão. Eu temia tanto por ele que chegava a doer.
************
Arrastei-me até o quarto, louca para me jogar na cama. Passava das nove da noite
quando Valentina finalmente dormiu. A carinha mal humorada mesmo dormindo
explicitava sua insatisfação em não ter visto o pai o dia todo. Passei no quarto do Enzo e
depois do Joseph para dar boa noite. Minha mãe também já tinha se recolhido. So me
restava dormir também. Pelo jeito Edward não iria aparecer tão cedo.
Em um momento estava nos jardins da casa e no instante seguinte sumiu. Não fazia
idéia de onde teria ido. Entrei no quarto e cai na cama de bruços, sentindo meu vestido
erguer-se um pouco, mas meu cansaço era tanto que nem tive forças para consertar. Mas
não se passaram nem dois minutos e a porta se abriu.
Girei a cabeça lentamente e vi Edward parado atras de mim, os olhos fixos em minha
bunda.
–Convencido.
–Estou mentindo?
Ao passar por ele Edward me segurou pelo braço e jogou meu corpo contra a parede.
–Edward...
Ele perguntou roçando a barba recém-nascida em meu pescoço, o peitoral largo e forte
prensando-me ainda mais contra a parede. Medo eu não tinha nenhum... tampouco
motivos pra isso. Mas meu corpo inteiro já tremia. E quem poderia me recriminar? Meu
marido era o homem mais delicioso... mais viril que já conheci. Portanto eu tinha todos
os motivos para ter todas as minhas células ouriçadas.
–Que prova?
Ele cravou os dentes em meu pescoço enquanto seu joelho se enfiava no meio das
minhas pernas. Ergueu um pouco a perna e esfregou em meu sexo, fazendo-me arfar. A
lingua úmida subiu e desceu pelo meu pescoço e depois passou pelo lóbulo da minha
orelha, enfiando-se la dentro em seguida. Minhas pernas bambearam e eu senti meu
corpo escorregar um pouco. Meus mamilos intumesceram e quase perfuraram o tecido
fino do vestido.
Edward soltou uma de minhas mãos que imediatamente voaram até seus cabelos. Sua
lingua continuou explorando minha orelha, sua mão livre agora apertando meu seio
enquanto sua perna continuava friccionando meu sexo, mais particularmente meu
clitóris.
–Isso o que amor? É só um carinho... se bem que eu queria mesmo era foder você. Duro
e forte ...tão fundo até tocar seu útero... até fazer minhas bolas entrarem em você.
Mal acabou de falar e puxou meu decote abocanhando meu seio ,mas sem nunca parar
de roçar a perna em meu sexo... agora mais rápido.
–Puta que pariu... maldito gostoso que você é...
Esbravejei enquanto meu corpo era levado por uma onda de espasmos, o orgasmo me
abraçando por inteiro. Meu corpo parecia uma gelatina e eu mal conseguia abrir os
olhos, já que até minhas pálpebras tremiam. Quando finalmente consegui abri-los
Edward sorria diabolicamente e soltou meu corpo que por pouco não foi ao chão.
Edward estava com a cabeça tombada para trás, de olhos fechados. Passou as mãos nos
cabelos e voltou a cabeça para me olhar, cheio de tesão.
–Você me acendeu.
Ele estendeu a mão que peguei sem pestanejar. Novamente meu corpo foi prensado
contra a parede, porem dessa vez seu pau entrou completamente dentro de mim. Suas
estocadas eram longas e duras... rápidas... cada vez mais profundas. Eu conhecia aquele
toque, aquele jeito de me pegar, de me beijar. Ele estava nervoso... e somente
extravasando comigo ele tinha cabeça para pensar com clareza.
–Claro que sim, meu amor. Você não precisa de mais problemas.
–Melhor assim.
–Alguma novidade?
–Nada Bella. Ele sumiu, E isso me preocupa. Ele está quieto demais.
–Sim.
–Você bem que poderia conversar com a cabeçuda da sua mãe. Ela saiu novamente sem
o seguranças. Justamente ela que também é alvo dele? Meu Deus... agora sei de onde
você tirou tanta teimosia.
–Hei... não comece a ofender.
–É sempre assim. Quando eu falo as coisas certas você vem com essa: Não vamos
começar.
–Edward... eu entendo sua preocupação, entendo que tem coisas demais nas suas
costas... mas tente relaxar. Você já acorda estressado.
–Eu não acordo estressado. Acordo sempre de bom humor. Vocês é que me deixam
assim.
Eu quase ri mas achei melhor não piorar as coisas. Terminamos nosso banho e fomos
para a cama. Mas antes de se deitar Edward ainda checou os sistemas de segurança.
Saiu e verificou os seguranças do lado de fora, foi ao quarto das crianças e so então veio
pra cama.
–É possível. Durma. Amanhã Valentina virá com tudo pra cima de você.
–Aonde vai?
–Não interessa.
–Mas que porra Bella. Vá dormir, por favor. Vou cuidar de negócios, apenas.
–Doeu falar?
Virei as costas pra ele e fechei os olhos sem ao menos desejar boa noite.
Sorri.
–Apesar de ser um cretino, estúpido e cavalo eu também amo você.
Ele apenas riu e pouco depois ouvi sua respiração compassada, indicando que dormia.
Levantei-me lentamente e coloquei o relógio para despertar dali a três horas. Queria vê-
lo sair. Voltei pra cama e dormi imediatamente.
Acordei assustada, nem sei por que. Mas olhei para o lado e Edward não estava.
–Edward?
Tudo no mais absoluto silêncio. Levantei-me e peguei o relógio olhando as horas: sete
da manhã. Só então eu vi o bilhete ao lado. Era dele.
Edward POV
Até quando eu teria que lidar com incompetentes?Isso porque eu pagava muito bem.
Queria ver se não pagasse, como seria? Mas hoje eu estava no auge da minha falta de
paciência. Fiquei parado com as mãos na cintura enquanto observava o sujeito
corpulento revirando notas e mais notas, papeis e sei la que porra era aquilo.
Girei para sair e imediatamente o homem me cercou. Eu o olhei de cima e não poderia
ser diferente já que eu era pelo menos trinta centímetros mais alto que ele.
–Não tenho que entender porra nenhuma. Agora pare de me encher e saia do meu
caminho antes que eu lhe meta uma bala na cabeça.
Ele arregalou os olhos e sequer mexeu um músculo. Sai e entrei no volvo saindo dali
com velocidade acima do permitido. Bando de gente ruim de serviço. Estava ficando
irritado e isso não era bom. Liguei para o Emmett e ordenei que conseguisse novo
pessoal para trabalhar com o processo de escuta. E se dessa vez tivesse falha... iria
sobrar pra todo mundo.
O que me deixava mais irritado era a total falta de noticias de Dom Matteo. Tudo bem
que ele não era burro o bastante para agir agora, logo depois de ter fugido da prisão.
Mas eu quase podia sentir os olhos dele sobre minha família... rondando... à espreita. E
eu tinha que pega-lo antes que ele agisse. Eu sei que sua intenção era atingir a mim. Ele
não me queria morto. A essa altura ele sabia muito bem qual era o meu ponto fraco.
Sabia o que era capaz de me levar a lona. Claro que eu iria... mas antes acabaria com a
raça dele se fizesse algo com alguém próximo a mim.
A caminho de casa meu celular tocou e pensei tratar-se do Emmett. Estava distraído
pensando em Bella e em sua tentativa de me ver sair que nem olhei o visor antes de
atender, coisa que eu sempre fazia.
–Edward.
O sangue passou a circular mais rápido em minhas veias e eu ciciei entre dentes.
–Aproveite esses dias... porque eu irei pega-lo e dessa vez não lhe darei chance.
–Vai me pegar? Como pegou meu garotinho? E então... já teve chance de descobrir
como ele é delicioso?
Ele riu.
–Estou com saudades do rabinho dele... eu volto Cullen. Adeus... o dever me chama.
Antes que eu dissesse mais alguma coisa ele gargalhou e desligou. Esmurrei o volante.
Quase partindo-o ao meio, o ódio me cegando a ponto de fazer minhas têmporas
latejarem. Coloquei a cabeça no volante tentando me acalmar. Quando eu pegasse Dom
Matteo... não digo que ele iria se arrepender de ter cruzado meu caminho, simplesmente
porque eu não lhe daria tempo para se arrepender, sequer pensar.
Coloquei o carro em movimento e meu celular tocou novamente. Dessa vez eu olhei o
visor: Emmett.
Meu coração deu um salto tão forte que chegou a doer meu peito, a garganta ficou seca
e meus olhos arderam. Lembrei-me das palavras de Dom Matteo e logo pensei em
Joseph.
–Estou indo.
Nessa altura eu já tinha feito o retorno e voava até a casa dos meus pais. O percurso que
geralmente era feito em vinte e cinco minutos foi feito em quinze. Saltei do carro sem
sequer fechar a porta e já adentrei a casa praticamente ventando.
Estavam todos ao redor da mesa e aquelas caras de quem estava com medo de mim
estava me deixando ainda mais puto. Felizmente Emmett tomou coragem.
Meu primeiro pensamento foi Joseph. Ele falou sobre ele ao telefone, talvez quisesse
apenas jogar comigo... e a essa hora Joseph poderia estar...
Apertei minhas têmporas com força e fechei meus olhos ainda com mais força. Minha
cabeça parecia que iria estourar.
–Diga logo...
–Jacob foi pra sua casa como combinaram mais cedo. E la... encontrou a Bella
desesperada. Tentou ligar pra você e não atendeu.
Não vi nenhum telefonema dela... depois eu iria verificar isso. No momento eu so queria
saber o que aquele filho da puta aprontou.
–E por que ela estava desesperada? Que cacete... falem logo tudo... sem pausa para
respirar.
–Bom... Renne precisava ir ao médico e já estava atrasada.
Já pressenti merda.
Esmurrei a mesa com tanta força que o vidro ao centro trincou quase machucando
minha mão. Eu respirava com dificuldade, o ódio corroendo minhas veias. Maldito...
maldito desgraçado filho da mãe. Tudo estava contra mim. De um lado o velho
desgraçado que voltou do inferno para me azucrinar. De outro esse bando de cabeça
dura que insistia em burlar minhas ordens. Pra que? Pra acontecer isso?
–Bom... isso é tudo que sabemos. O carro foi alvejado por mais de quinze tiros... e
provavelmente perdeu a direção e bateu no poste. Sem chance alguma... está morta.
Levantei-me e encarei meus homens. Alvejado? Quinze tiros? Do jeito que falaram
parecia que foi um tiro e nada mais. Por instantes eu me vi de pés e mãos atados, pela
primeira vez sem saber como agir.
–Bella já sabe?
– Ainda não. Alice está preparando terreno. Achamos melhor falar quando você
estivesse por perto.
– Vamos até o galpão. Quero as armas mais poderosas que temos lá. Dom Matteo
declarou guerra... acabei de entrar nela
***************
Será que aquela cabeça de vento não se lembrou da filha? Dos netos? E de mim que iria
me crucificar por não ter dado umas boas palmadas nela?
Sai do carro e caminhei lentamente até a entrada, mas parei na varanda quando
encontrei Jasper.
–Ela já sabe Edward. Estava desconfiada de alguma coisa e... quase bateu na Alice.
Pensou que fosse alguma coisa com você.
Entrei em casa e parei junto a porta da sala, observando Bella abraçada a Alice. Chorava
baixo e eventualmente algum soluço lhe escapava. Como se sentisse minha presença ela
ergueu a cabeça. Levantou-se imediatamente.
–Edward...
–Eu não tive culpa. Juro que não a vi saindo. Eu avisei para não usar o aston.
–E agora Edward? Estou me sentindo...nem sei dizer. So não digo perdida porque você
está comigo.
–Estarei sempre. Mas iremos conversar depois ok? Como estão as crianças?
Suspirei e não disse nada, apenas beijei seus cabelos. Dom Matteo conseguiu me atingir.
Fez Bella sofrer... acabou me atingindo também.
–Alguém? Quem?
–Heidi.
Heidi foi uma das inúmeras mulheres de Don Matteo. Uma das inúmeras nojentas que o
ajudou naquela brutalidade.
–Jacob a viu nas proximidades onde o carro foi atingido. Sabe como ele é... gosta de dar
uma de detetive. Como Heidi tentou fugir... ele foi atras. Laurent estava com ele e
conseguiram pega-la.
Olhei pra Bella. Não queria deixá-la sozinha nesse momento. Eu nem sei por que ainda
me surpreendia com ela.
–Pode ir Edward. Se ela tiver culpa... você se vinga pela minha mãe... por mim. Alice
ficará comigo.
–Tem certeza?
–Sim. Eu confio no meu poderoso. Claro que preferia que minha mãe estivesse aqui.
Mas ela arriscou e... bem... sei que você não irá me decepcionar.
–Fique tranqüilo.
–Edward.
–Não?
–So lhe digo uma coisa... eu adoro aquele ditado: olho por olho... dente por dente.
–Desembuche.
Antes que ela falasse qualquer coisa, a porta foi aberta com um estrondo. Dei um sorriso
torto. No fundo eu já esperava por isso.
Bella colocou a mão em meu ombro e eu vi os lábios de Heidi tremerem. Ela sabia que
não sairia viva daqui.
Bella POV
Como é difícil ser frágil, mas tendo que ser forte. Mais do que nunca eu precisava da
força e coragem que aprendi com meu marido. Pelo menos grande parte dela veio da
minha convivência com Edward. Estava moída por dentro, mas ainda assim estava de
pé.
Eu senti, claro, não irei negar. Mas a dor maior foi ver meu Joseph sofrendo tanto. Ele
mesmo me avisou que minha mãe havia saído sozinha. Bastou uma distração minha... e
ela saiu. Joseph veio correndo, os olhos arregalados e o coração batendo freneticamente.
E depois aquela notícia horrível.
Eu senti no ar que havia algo de errado. Mas meu primeiro pensamento como sempre
foi Edward. Com Dom Matteo solto, pensei que ele fosse seu primeiro alvo. Burra que
sou... lógico que ele não iria tentar acertar a fortaleza primeiro. Iria atras dos mais
fracos... ou dos sem juízo, como a minha mãe.
Entretanto eu não poderia ficar sentada,chorando as pitangas. Por isso mesmo fui atras
de Edward no dia anterior. Queria ficar cara a cara com a vaca que supostamente
assassinou minha mãe. E eu me senti a poderosa ao ver como Edward me olhou com
orgulho e não me mandou embora dali como das outras vezes. Ousei pensar que ele
queria mesmo me ver ao seu lado nos negócios, mas isso eu iria conversar com ele
depois.
A tal Heidi não abriu a boca nem por um segundo. Apenas encarava nós dois, com ar de
deboche que me fez querer estapear sua cara de vadia.
Nesse dia à noite dormimos separados. Edward dormiu ao lado de Joseph que ainda
estava quase em choque e eu coloquei os pequenos em nossa cama.
Até mesmo eles sentiam a mudança no ar. Enzo como sempre carinhoso colocava as
mãozinhas em meu rosto o tempo todo. Valentina apenas olhava para o meu rosto, com
os olhinhos arregalados como se esperasse uma explicação minha.
Dormi mal, temerosa por esse momento triste, mas inevitável. A hora do adeus à minha
mãe. A prova irrefutável de que não foi um pesadelo. Achei melhor deixar as crianças
em casa. Alice como não gostava de enterros, ficou com ela.
Joseph fez questão de vir. A principio eu fui contra, mas Edward acabou me
convencendo. De certa forma Joseph agora era um filho da máfia e teria que se
acostumar com esse tipo de coisa. Além do mais ele simplesmente adorava minha mãe.
Talvez ele fosse um pouco como eu... teria que ver pra crer.
Durante todo o tempo ele permaneceu com a mão agarrada a minha, enquanto ouvíamos
as orações de conforto. Eu me contive: não chorei. Acho que já tinha chorado o
suficiente com Joseph assim que saímos de casa.
Edward passou o braço sobre meu ombro e me olhou intensamente antes de voltar os
olhos para o túmulo onde o caixão acabara de ser colocado. Eu sabia que ele também
sentiu o baque, embora sua expressão fosse distante.
Assim que a cerimônia chegou ao final eu ainda fiquei parada próxima ao túmulo,
rezando sem silêncio. Mesmo sabendo que minha mãe tinha grande culpa nisso tudo...
eu não poderia deixar de sentir ódio. Passei anos sem sua presença. Depois fui premiada
com seu retorno à minha vida. E não poderia ter sido melhor. Ela sempre me amou e
isso foi um alento, depois de descobrir que meu pai e irmão eram dois monstros. E
agora... tão rápido ela se foi.
–Bella?
Edward colocou a mão sobre meu ombro e eu coloquei a cabeça em seu peito.
–Podemos ir?
Ergui minha cabeça e limpei algumas lágrimas que ainda insistiam em cair. Mais uma
página da minha vida que estava sendo fechada. Agora começava outra... ainda mais
perigosa, mas que incrivelmente redobrava minhas forças.
**************
Edward estava há tanto tempo em silêncio que por instantes achei que tinha me
enganado. Ele iria me dizer um Não bem grande.
–Eu sou forte Edward.... sou quando precisa ser. E somos companheiros... você mesmo
disse isso. E não tem jeito, os negócios não são os mesmos sem você à frente. Eu quero
estar com você, ajudar você. Eu nunca irei desobedecer suas ordens, como fez minha
mãe. Eu só quero que me deixe participar.
Ele suspirou mais uma vez antes de responder. Estávamos sentados na cama, abraçados.
Ele com as costas apoiadas na cabeceira e eu com a cabeça em seu ombro.
–Eu seria hipócrita se disse que você não faz parte. A partir do momento que aceitou ser
minha esposa... companheira, automaticamente você passou a fazer parte da máfia.
Claro que não queria você bancando a poderosa por ai, mas...
–Confesso que me divirto. Mas tudo tem que ser ponderado, embora eu saiba que você
tem juízo suficiente pra isso. Não quero que esqueça seu lado mãe, que é perfeito.
Apertei-me ao corpo dele. Edward sempre me fazia sentir como a melhor entre todas as
mulheres.
Ele segurou em meu queixo e se afastou um pouco para olhar em meus olhos.
–Você sabe muito bem, Bella. Ela não diz nada. Mas eu convivo com essa gente há
tempo demais para saber quando tem culpa no cartório. E ela tem... vai chegar uma hora
que irá falar. O corpo dela não irá aguentar.
Ficamos em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos até que Edward se afastou
um pouco.
Nem retruquei. Sabia muito bem como ele ficaria contrariado e sinceramente... o dia
não estava pra isso. Pouco depois ele voltou e se deitou de lado na cama.
–Muito. Como se tivesse entendendo o que se passava. Mas dizem que criança sente o
clima ne? Mesmo que não entendam as coisas ainda.
Puxou-me para os braços dele e fechei os olhos assim que apoiei a cabeça no aconchego
deles.
–Queria tanto fazer amor com você, mas sei lá... fica parecendo desrespeitoso.
–Desrespeitoso foi o que Renne fez conosco. Mas você está certa... é no mínimo
estranho. Tente descansar, apenas.
Eu sabia bem quais eram esses assuntos. Bocejei e tive tempo apenas de dizer um boa
noite, antes de cair num sono profundo.
*********
Acordei com algo puxando meu edredom e uma voz de anjo em tom de repreensão.
–Mamãe...
Eu sorri, ainda com os olhos fechados. Óbvio que só poderia ser Valentina tentando me
acordar. Estiquei meus braços e só depois abri os olhos. Valentina estava ao lado da
cama, os cachinhos rebeldes balançando em volta do seu rosto. Ao lado dela Joseph
segurava sua mão.
–Bom dia mãe... estão na sala. O Enzo está la... já tomou banho. Mas Valentina só
queria ficar aqui.
–Joseph... tome conta dela enquanto tomo um banho? Ou então leve-a para a Glenda.
Levantei-me mas antes que eu chegasse à porta do banheiro eu ouvi a voz de Valentina,
congelando-me no lugar.
–Vovó...
Como não percebi? Minha mãe era sempre a primeira a ir olhar as crianças, no tempo
em que ficou aqui. Lógico que Valentina iria sentir sua ausência hoje. Apenas entrei no
banheiro, abri a ducha e ali eu chorei novamente, mais tranquila longe dos olhos de
Edward. Achei que não tinha mais lágrimas... mas eu estava enganada. Entretanto, da
mesma forma que começou... se foi. Senti-me revigorada e pronta para fazer o que eu
queria...o que eu precisava fazer.
Quando voltei ao quarto os dois já não estavam mais lá. Fui até o closet e retirei meu
tubinho, meias finas, sapatos e o blazer... todos negros.
Terminei de me vestir, passei uma leve maquiagem e escovei meus cabelos, deixando-
os soltos. Peguei uns acessórios que eu iria precisar, coloquei no bolso do blazer e desci,
encontrando as crianças acompanhadas por Glenda na sala de estar.
Fui até o Enzo, que eu ainda não tinha visto e beijei suas bochechas rosadas.
Fui até a cozinha e tomei apenas um iogurte. Em seguida sai em direção aquela maldita
ala onde Heidi estava. Parecia que eu tinha acabado de vestir minha capa de poderosa.
Eu me sentia como se estivesse armada com a mais potente das armas. As imagens
circulavam minha mente: a noticia, o reconhecimento do corpo, o funeral. E o
principal...o choro do meu filho. Ainda hoje pela manhã eu percebi que ele havia
chorado. Sem contar Valentina que sentiu a ausência.
Parei à porta do quarto, minhas mãos fechando-se sem que eu ao menos percebesse.
Nunca o espírito de vingança esteve tão entranhado em mim. Acho que nem quando o
Mike estava aqui.
Meu ódio por aquela mulher crescia a cada segundo. Ela era uma das responsáveis pelo
buraco que ainda estava aberto em meu peito. Era uma das responsáveis pelo choro
triste de Joseph por dias.
Além disso... eu via muito bem o jeito safado que ele olhava para o MEU marido. Como
se quisesse devorá-lo. VADIA! Olhava fixamente pra ele como se estivessem só os dois
ali. Olhei para Edward e por um momento eu me distrai, olhando para aquela gostosura
de homem espojado na poltrona, fumando o charuto. Ele sabia o quanto ficava sexy
desse jeito, a ponto de me deixar de pernas bambas.
Agora ela arfava audivelmente e se debateu um pouco. Fui até ela e dei uma bofetada
em seu rosto.
Assim que ela ficou firmemente amarrada eu me sentei ao lado dos pés dela.
–E então Heidi... não vai compartilhar nada conosco? Não vai nos dizer como ajudou
Dom Matteo a sair da prisão? Não vai nos dizer como fizeram essa emboscada? Seria
qualquer um? Ou minha mãe era o alvo?
Suspirei.
–Que pena...
Segurei o pé dela com firmeza e levei o alicate até seu dedo. Primeiro comecei a
arrancar a pele ai redor da unha. Heidi gritou de dor. Qualquer mulher que se cuida e
mantém os pés bem cuidados sabe o que uma pele, uma cutícula mal tirada faz com
nossos pés. Era uma dorzinha chata.
–Não sei...
Forcei novamente o alicate e dessa vez chegou a sangrar. Arrisquei um olhar para
Edward e o vi espojar-se ainda mais, colocando o braço atras da cabeça. Novamente
senti o poder em minhas mãos. E continuei perguntando... e a cada resposta negativa,
mais eu cravava o alicate ao redor de suas unhas.
Por fim eu ouvi a voz rouca de Edward chegar aos meus ouvidos, arrepiando-me da
cabeça aos pés.
–Bella? Chega de brincar, amor. Não acha que está na hora de... “trabalhar”?
Encarei seus olhos por um tempo. Ele me instigava... parecia me dizer: Você é foda.
Olhei para os pés que sangravam um pouco e depois olhei novamente para Heidi que
tinha lágrimas nos olhos. Ainda assim a cachorra não dizia nada.
–Vamos acabar com isso Heidi? A última pergunta... minha mãe era o alvo?
Ela fez a besteira de olhar para Edward. Gente... como era vagabunda.
–Edward...
O ódio me cegou. Eu não via mais Renné como minha mãe, pelo menos não nesse
momento. Eu a vi como avó... e vi o que sua ausência causaria aos meus pequenos.
Furiosa, eu cravei o alicante na unha dela e puxei com toda força do meu ódio. O berro
foi ensurdecedor e o sangue escorreu em minha mão.
–Quais são os planos daquele vagabundo? Pode falar sem medo... não ficará viva para
que ele descubra que o traiu.
–Eu...
Esperei, apertando seu pé com uma força que nem eu sabia ter.
–Fale.
Voltei a cravar o alicate arrancando outra unha e dessa vez ela chegou a perder a voz de
tanta dor. Mas em seguida berrou.
Parecia que havia uma pedra de gelo em meu coração. Ou melhor... parecia que eu não
tinha um coração. Minha ânsia em ver o sangue daquela mulher só aumentava. E ela era
páreo duro. Não disse como tirou dom Matteo da prisão, não disse quem eram seus
cúmplices. Em compensação... deixou escapar quem era o alvo de Dom Matteo. Isso só
aumentou a cólera de Edward.
–Eu acabo com a raça vagabunda de todos vocês. Você irá sofrer... sofrer muito se não
abrir o jogo AGORA.
Entretanto ela não resistiu a dor que eu causei a ela e continuei causando, repuxando o
restante de suas unhas até perceber o lençol molhado de urina. Mas eu iria continuar...
se Edward não me impedisse.
Levantei-me olhando para a mulher desmaiada na cama, suja de sangue e urina, o rosto
retorcido numa máscara de dor. Eu me perguntava até que ponto ela seria burra. Medir
forças com Edward era apenas assinar seu atestado de óbito mais cedo.
Edward POV
Heidi era uma mulherzinha tinhosa. Pior do que pensei. Confesso que nem me
recordava que tinha sido uma das amantes de Dom Matteo. Foi tão insignificante que
passou despercebida. E agora essa surpresa. Assassinou Renne e estava presa conosco...
recusando-se a colaborar.
Ali na tela estava tudo o que os meus homens conseguiram descobrir. Alguns nomes
que poderiam estar de volta a ativa, apoiando Dom Matteo.
E meus homens já estavam todos na rua à caça deles. Logicamente se Heidi resolvesse
abrir o bico seria tudo mais fácil.
Ela iria morrer.. isso era fato. Mas eu poderia acabar com sua tortura com uma simples
bala no peito. Mas ela se negava. E tenho certeza que ela tinha coisas preciosas a dizer.
Confesso que meu lado “ruim” estava bem exacerbado hoje. Eu sentia necessidade de
ferir aquela mulher. Eu conhecia o mundo do crime mais do que a mim mesmo. Mesmo
sendo uma estúpida... sei que grande parte desse plano foi arquitetado por Heidi. E
acredito também que Renné não era o alvo, embora ela afirmasse isso.
Mas ela conseguiu atingir e fazer um estrago considerável. Bella estava machucada,
embora disfarçasse bem. Sem contar meus filhos. Eu jamais imaginaria que crianças tão
pequenas sentiriam algo estranho no ar. Pela manhã, assim que sai do quarto, Valentina
já vinha pelo corredor com Joseph. Pulou em meu colo e falou:
–Vovó...
Aquilo me doeu. E doeu ainda mais quando olhei nos olhos tristes de Joseph. Esse foi
um dos motivos que me levaram a ter certeza que não errei ao dar crédito a Bella. Aliás
eu nem precisava disso. Bella já provou milhares de vezes que nasceu para estar ao meu
lado. E mais... ela nasceu para a máfia. Foi feita pra essa vida. Sabia levar tudo com
mãos de ferro.
Eu não quis dizer nada a ela, mas eu previa dias difíceis pela frente. Mas eu nunca me
abaixei pra porra nenhuma nessa vida e não seria agora.
A única preocupação era com a segurança da minha família... e o resto que se foda.
Ergui os olhos encarando Emmett, Jasper e Jacob que estavam a minha frente.
–Acho que vocês estão lentos demais. O cérebro de vocês parou de funcionar, ou o que?
Não adianta procurar Dom Matteo em um buraco qualquer... essa não seria uma atitude
dele. Tem outras pessoas dando cobertura a ele, e enquanto eu não consigo arrancar isso
de Heidi... vocês deveriam estar investigando esses nomes que me trouxeram.
–Muito pouco. Mas ela irá falar simplesmente porque já perdi o pouco de paciência que
eu tenho.
Acabei dando um sorriso torto ao me lembrar do que Bella fez pela manhã. Eu disse que
ela levava tudo com mãos de ferro. Agora... onde ela aprendeu esse tipo de tortura...eu
nem fazia ideia.
–Poderosa. Mas chega de conversa fiada. Tenho serviço urgente pra vocês. E eu já vou
avisando... eu não irei aceitar desculpas estúpidas quando voltarem. Portanto... deem o
melhor de si... o que nunca fizeram até hoje. Revirem essa cidade e encontrem nem que
seja um cúmplice dele.
–TRÊS HORAS?
–Edward, pelo amor de Deus. Estamos há dois dias atras disso e não conseguimos nada.
E você quer que em duas horas...
–Incompetência. E uso essa palavra porque estou simpático hoje. O que penso é bem
pior.
Dei um soco na mesa. Eu já não fui brindado com a tal paciência e ainda vinham esses
loucos conversarem fiado comigo? Que porra aconteceu com o mundo? Eles se
esqueceram de como trabalho? E pior... eles não percebiam a urgência da situação?
–E desde quando eu brinco em serviço, hã? Acho bem saírem agora porque daqui a duas
horas e meia eu quero aquela vaca daquela mulher amarrada la fora.
Eles se entreolharam.
Assim que eles saíram eu joguei meu corpo na cadeira, deixando a cabeça pender para
trás. Sei que pegava pesado com eles, mas sinceramente... às vezes eles precisavam
pegar no tranco. Devem estar apaixonados... ai ficam assim...vendo passarinhos e
borboletas coloridas.
Passei a mão pela nuca, tentando aliviar a tensão. Apesar de ter me divertido com Bella
mais cedo, a situação não tinha a menor graça. Eu estava frio mesmo... bem mais do que
o normal. E pior... não estava afim de muito papo. Se Heidi quisesse falar... ótimo.
Senão... que morresse pra la. Nesse caso seria olho por olho.
–Edward?
Ergui a cabeça e abri os olhos ao ouvir a voz de Bella. Estava parada bem a minha
frente. Minha mente deveria estar desligada mesmo, afinal não percebi sua presença,
tampouco seu cheiro, coisa que eu SEMPRE sentia.
–Preocupado.
–Você já entrou Bella. Uma vez dentro da máfia... sempre nela. Eu estou ai pra provar
isso. Quantas vezes não disse que sairia?
Bella mordeu os lábios e se ajeitou melhor em meu colo. Essa era uma das inúmeras
coisas que eu amava nessa mulher. Bastava uma insinuação e ela entrava no clima. Pra
falar a verdade, eu já estava no clima há horas. Na noite passada ela achou melhor não
fazermos nada. Eu concordei para não chateá-la, porque se fosse depender da minha
vontade e do meu tesão eu a teria fodido até perder as forças.
–Ela não diz nada mesmo... então irei descobrir pelos meus próprios meios. Ela será
apenas minha vingança.
–Sua? Ou minha?
–Nossa.
Foi uma surpresa até pra mim. Eu não esperava que fosse ficar tão impaciente assim. Na
verdade meu medo maior sempre seria minha família e o que poderia acontecer a ela.
Eu queria liquidar com Dom Matteo logo. E com isso... proporcionar diversão a minha
poderosa.
**************
Olhei o relógio mais uma vez quase não acreditando: uma hora e cinquenta minutos.
Não contive um meio sorriso debochado. Sempre soube que meus homens trabalhavam
melhor sobre pressão. E o melhor... traziam notícias.
–Uma das tantas mulheres dele, Bella. Foram muitas. Algumas nem eu mesmo me
lembrava.
–É isso ai Edward. E pelo jeito que ela saiu de casa... temos quase certeza que ele está
ali.
–Foi como eu falei. Mesmo fugindo da polícia ele não iria de enfiar num buraco
qualquer. Ele tinha vários companheiros tão vagabundos quanto ele e que felizmente
conseguiram escapar. Mas vocês deixaram alguém la, claro.
–Ótimo. Amanhã eu mesmo irei la. Mas agora eu tenho outra coisa a resolver. Quero
que levem a Heidi até o pomar... no lugar mais distante e arborizado.
–Está certo.
–Eu irei?
Ela não retrucou e isso já era um passo enorme. E não era pra menos... já dei provas
mais cedo que eu confiava nela e que ela sempre estaria comigo. Mas nesse momento
realmente eu preferia que ela ficasse em casa. Não queria nem pensar se Joseph
resolvesse sair de casa e ir passear no pomar como já fez várias vezes.
–Está indo?
–Nós dois?
–Sim. Esqueceu-se que é a Primeira Dama da Máfia? Vá vestida assim... sexy e gostosa
como agora. Aliás....
Abracei sua cintura, roçando sutilmente meus quadris nos dela e depois erguendo um
pouco a perna, enfiando meu joelho entre elas. Bella gemeu e seus dedos se enfiaram
nos meus braços.
–Eu senti um puta orgulho de você hoje... mais do que já sinto normalmente.
–Sério?
–Bandido.
Eu ri alto, afastando-me.
–Safada.
Sai em direção ao pomar, tomando o cuidado de olhar se Joseph não estava, embora
tivesse a certeza que Bella o seguraria em casa. Caminhei por toda a extensão do pomar,
passando inclusive pelo lugar onde Bella e eu transamos quando estávamos nos
reconciliando. Pena que o motivo da minha presença agora era outro.
–A mangueira Jacob.
Imediatamente ele a colocou em minha mão e eu nem fiz questão de repetir a pergunta.
Girei a ponta da mangueira e o jato forte de água gelada fez o corpo de Heidi escorregar
um pouco. Esse era apenas o começo de sua tortura. Se não fala por bem...
Deixei por um tempo e voltei a fechar a torneira. Ela engasgou e começou a tossir, a
cabeça pendendo para frente.
Somente o silêncio.
Novamente abri a mangueira, esguichando água novamente. Dessa vez demorei mais e
ela começou a fazer barulhos estranhos.
–Morrer afogada com mangueira Laurent? Essa dai aguenta meio metro de mangueira
no rabo, não vai aguentar na boca?
–Opa... eu quero.
–E então? Heidi?
–Ah...ah...eu...e Joanna...
–Er...er...
–Não... interessa...seu corno gostoso. Tomara que Dom... arrebente com a Bella.
O rugido alto que escapou do meu peito assustou até a mim. Eu abri novamente a
mangueira, aproximando-me dela e enfiando-a pela boca da vadia.
–Sua puta ordinária... é tão canalha quanto ele... mas agora acabou a brincadeira.
*************
A mulher estava la... amarrada pelas pernas e braços abertos apenas à espera do seu fim.
Enquanto isso eu devorava a boca da minha poderosa. Ja não via a hora de acabar com
aquilo tudo e voltar pra casa... pra cama.
–Demorou.
–Jacob...
Bastou eu chamar seu nome e Jacob repuxou as cordas que seguravam Heidi, abrindo
mais suas pernas e braços. Ela gemeu e fechou os olhos.
Suspirei, já cansado.
–Boa menina.
–Puff... menina.
Silêncio.
–Jacob?
–Ah...porra..seu fodido...
–Baixe-a Jacob.
Lentamente seu corpo foi baixado, mas ela praticamente caiu de joelho, escorada na
pilastra.
Fui até ela e apertei sua bochecha. Mas não foi preciso perguntar nada.
–Ele planeja acabar com sua família... um por um... você será o último.
Eu sabia... isso não era novidade pra mim. Ele queria que eu sofresse.
Ela não respondeu. Bella foi até ela e desferiu uma violenta bofetada em seu rosto,
fazendo sua boca sangrar na hora.
–Sua mulher sabe Edward? Que você me quis? Que você foi ao delírio quando me viu
dançar nua naquela boate?
Foi tudo rápido demais. Bella foi muito rápida, devo dizer. Arrancou a arma da minha
cintura e efetuou um disparo contra o pé de Heidi que berrou. Jacob debochou.
–Cale a boca ou encho sua cabeça de bala também. Eu só quero que ela sofra.
–Ahaha... ninguém vai sofrer... mais que a Valentina... quando Dom Matteo fizer...
Outro tiro foi disparado dessa vez na garganta dela. Dei um passo na direção de Bella e
ela simplesmente disparou a arma...uma... duas... três vezes. Uma bala no lado esquerdo
do rosto, outra na barriga e a ultima direta e certeira no coração. O corpo de Heidi
tombou para o lado e Bella baixou a arma. Aproximou-se do corpo dela e o chutou.
–Vagabunda.
–NÃO!
Bella gritou.
–Coloquem numa caixa bem linda... e entreguem pelo menos a cabeça dela para Dom
Matteo.
Arregalei meus olhos... nunca... mas nunca imaginei ouvir isso naquela voz tão doce.
Dei ordem aos rapazes que cuidassem de tudo. Estava com medo que Bella
desmoronasse na frente deles.
Segurei sua mão, percebendo que ela tremia e levei-a até a parte de trás do galpão onde
estava meu carro. Preparava-me para abrir a porta pra ela quando ela bateu com a mão
em meu peito.
–É verdade o que ela falou? Você já chegou a desejá-la?
–Estou decepcionado. Se eu tivesse sentido qualquer coisa por ela algum dia... acha que
eu não teria dito logo que ela reapareceu?
–Argh.
Segurei seus braços com firmeza e girei-a de costas pra mim, prensando-a contra a porta
do carro. Depois segurei-a com apenas uma das mãos e com a outra abri meu zíper. Meu
pau já estava duro e pelando há horas.
–Abra essa perna... está pensando que sou o que hã? Que me interesso por qualquer
vadia?
Eu mesmo usando a mão afastei sua perna, ergui o vestido e afastando sua calcinha
enfiei meu pau com toda força em sua boceta.
–Edward...alguém pode...
–Ninguém seria louco o bastante para vir aqui agora. Mas eu vou responder a minha
própria pergunta: Não....eu não me interesso por qualquer vadia. So por uma... só pela
minha vadia.
–Rebola.
–Ah... Edward...
Ela obedeceu e depois tombou a cabeça, colocando-a em meu peito. Nosso olhar se
encontrou.
Éramos assim: poderosos, mas apaixonados e melosos na medida certa. Nesse momento
eu sequer me lembrava que acabava se aceitar o anuncio de guerra de Dom Matteo. O
azar dele era que do meu lado tinha uma força poderosa que ele jamais teria... e que eu
nem precisava dizer o nome.
Notas finais do capítulo
Sem palavras para agradecer todo o carinho de vocês pelo Poderoso. ele até se esquece
das ferraduras quando isso acontece.
Obrigada a todas que recomendam, comentam ou simplesmente acompanham e surtam
com ele. Vocês são demais.
Aninha... que com seu review ajudou a chegarmos a 7000 reviews... espero que goste do
"mimo".
As meninas do cafofo que me suportaram até quase uma da manhã... mais tarde eu
informo a ganhadora, ainda to com sono. hehe
Beijo enorme e até a próxima.
P.S: Hoje é dia do delicioso, fantástico Capitão Cullen na comunidade da Mary:
Intenções Travessas. Quem não leu ainda, vale a pena. Ela está divulgada aqui, nos caps
do Poderoso.
Hoje estará disponível no blog e no cafofo a enquete sobre: Best Fanfic, que são as
melhores fics escolhidas por algumas leitoras.
Votem!
E NÃO SE ESQUEÇAM: SÁBADO À MEIA NOITE COMEÇA O HORÁRIO DE
VERÃO! ADIANTEM SEUS RELÓGIOS UMA HORA. HEHE
Bella POV
Entrei no quarto vestindo apenas a camisola preta enquanto secava meus cabelos com a
toalha. O relógio anunciava pouco mais de onze da noite, mas incrivelmente eu não
sentia cansaço. Incrivelmente nada. Eu já estava tão acostumada a esse ritmo louco que
muitas vezes não me sentia mesmo cansada. Agora eu entendia meu marido. Entendia
aquele gás todo que ele tinha... nunca parava. Parecia que aquilo se infiltrava em nossas
veias, espalhando-se pelo organismo e é o que nos mantinha vivos. Como ele mesmo já
disse varias vezes a máfia estava em meu sangue, nasci pra isso. Agora eu tinha certeza.
Joguei a toalha sobre a poltrona e me aproximei da cama, observada pelos olhos astutos
do meu marido. Edward estava recostado na cabeceira da cama, vestido apenas com a
boxer preta. Os braços cruzados em frente ao peito deixavam-no ainda mais forte, seus
músculos de destacando.
–O que foi?
–Nada.
–E esse suspiro?
Ele não respondeu, apenas abriu os braços puxando-me para o seu peito. Seu hálito
quente ricocheteou em meu pescoço fazendo-me estremecer. Estava naqueles dias e a
impossibilidade de fazer amor com ele fazia com apenas o contato com sua pele
instigasse minha libido. O que aliás, não era de se espantar: isso sempre foi e creio que
sempre seria assim.
Agora era assim. Edward partia para um lado... eu para o outro. Cada um cuidando de
uma parte dos negócios, mas tudo interligado. Estávamos assim há um ano e meio,
desde a execução de Heidi. Ainda não me conformava por Edward não ter mandado a
cabeça dela de presente para Dom Matteo e sim desovado o corpo em um buraco
qualquer. Desde então... silêncio. Dom Matteo simplesmente desapareceu. Edward e
seus homens vasculharam cada canto desse pais e nada. Alguns dos comparsas dele
ainda estavam presos e sequer sabiam da metade das coisas que aconteceram desde
quando Dom Matteo escapou da prisão. Por isso mesmo Edward estava cada dia mais
ranzinza. Tinha, é óbvio, seus momentos de marido apaixonado e pai dedicado. Mas
quando o assunto era sobre negócios estava sempre com o pavio curto. Era coice pra
todo lado.
Eu resolvi voltar a estudar. Longe de mim parecer burra na frente de Edward. Então
minhas manhãs eram tomadas pelo estudo. Somente depois de metade da tarde eu me
envolvia com os negócios.
–Fez um drama como sempre. Sério Bella... essa menina puxou a você.
–Está ansioso?
–Não.
Acreditei nele. Sua voz era firme e convincente. Apesar de ter aprendido a ser durona,
confesso que eu estava meio apreensiva. Era uma missão importante e não poderíamos
falhar. Eu fiquei lisonjeada por ver a confiança que Edward depositava em mim. Eu
conferia os carregamentos, negociava com pessoas que queriam segurança, mas nunca
tinha participado de um “assalto”. Nem sei se poderia dizer essa palavra, afinal
estávamos apenas pagando com a mesma moeda. Ha uns três meses um carregamento
nosso foi roubado e agora Edward queria ir a forra. E isso já era de se esperar, óbvio.
Quando perguntei se poderia participar, foi meio na brincadeira. Não tinha esperanças
de ver Edward cedendo. Mas foi uma surpresa e tanto quando ele disse que seria um
prazer ter sua esposa ao seu lado.
Se eu fosse louca o bastante para duvidar do nosso amor e da nossa cumplicidade... essa
seria uma prova. Estávamos mais unidos do que nunca. Edward confiava cegamente em
mim e eu nele.
–Eu estou.
–Não precisa disso. Você é perfeita em tudo. Ja disse que você nasceu pra isso Bella.
–Isso faz parte da personalidade deles Edward. Eu sempre fui meio topetuda mesmo.
–E eu não sei? E eles sempre foram meio molengas. Mas agora parece que entraram na
linha.
–Mas ela já está melhorando. Foi só no começo. Eu também tive alguns enjôos.
–Sim, mas você sempre foi mais forte que Alice. E além disso não tinha uma espoleta
feito Valentina para tomar conta.
–Isso é verdade.
Alice estava entrando no terceiro mês de gestação, sendo que descobriu a gravidez há
menos de um mês. Teve muita vertigem e enjôos fortes, mas agora já estava bem
melhor. Ainda assim dava conta de ajudar a cuidar de Valentina e Enzo.
–Vamos dormir?
–Isso é falta do chazinho do Edward. Se tivesse tomado sua dose diária não estaria com
sono.
–Convencido.
Falei escorregando meu corpo para o lado. Edward também se deitou e como sempre
passou os braços em volta da minha cintura. Sua boca procurou a minha e eu não me
contive, gemendo e enlaçando meu pescoço enquanto colava meu corpo ao dele. Ele riu
apertando a mão pouco acima da minha bunda, mas se afastando em seguida.
Eu não sei...ou eu estava muito cansada e não tinha percebido ou então a noite
realmente passou muito rápido. Acordei sobressaltada, nem sei por que e olhei para o
lado. Apenas a luz fraca do banheiro estava acesa. Edward estava de pé vestindo a
camisa. Mesmo de costas o bandido percebeu que eu estava acordada.
–Não vou responder. Não quero briga. Posso tomar banho ne?
Eu bufei e sai batendo o pé até o banheiro, ouvindo sua risada atras de mim. Acordou
cheio de graça, o maldito. Tomei um banho demorado, satisfeita em verificar que
finalmente minhas regras já tinham dado adeus. Não aguentava mais me deitar ao lado
de Edward sem ao menos poder toca-lo.
Na noite anterior não me lembrei de perguntar a respeito do Jasper. Alice iria fazer sua
consulta e Jasper queria estar com ela. So queria ver a resposta de Edward... debochado
do jeito que era... duvidava que fosse permitir.
Quando sai do banho ele verificava alguma coisa no notebook e nem me olhou.
Comecei a me vestir enquanto puxava assunto com ele.
–Não iremos para um parque de diversões Bella. Preciso de todos os meus homens.
Ele começou a assoviar uma musica que eu odiava. Ontem a noite ele estava tão
maleável que pensei que não criaria problemas. Idiota que sou... sempre me esqueço que
Edward é bipolar. Fiquei em silêncio enquanto penteava meus cabelos.
Cruzei meus braços em frente ao peito enquanto o observava ajeitar a gravata em frente
ao espelho. Como sempre fazia quando queria ignorar um assunto... Edward sequer me
olhava. Continuava assoviando aquela musica irritante, o que era discrepante se fosse
olhar sua expressão carrancuda.
–Edward, pelo amor de Deus... Jasper não irá fazer falta. Temos muitos homens. Alice
quer que ele a acompanhe ao médico.
Seu olhar se fechou em fenda através do espelho, mas ele não me respondeu.
–Hanhã... fica trepando sem se prevenir e queria o que? Quem manda dar o salto maior
que a perna?
Ele se virou ficando frente a frente comigo. Entretanto toda sua imponência não me fez
desistir.
–Sou mesmo. E você adora sentir essa grossura dentro da sua boc...
–PODE PARAR AI. Além de grosso é mal humorado. Só porque não fizemos sexo na
noite passada?
Ele apontou o dedo para minha virilha, o que quase me fez rir.
–Pode dar um jeito nessa porra de menstruação. Mulher gostosa e ainda minha deveria
vir de fábrica sem esse acessório. Cinco dias... CINCO! Não bastava um?
Eu explodi numa gargalhada. Ainda não tinha me acostumado ao mal humor dele
quando ficava tantos dias sem sexo comigo. O atrevido ainda me imitou.
–So por que não fizemos sexo na noite passada? Dissimulada.... a noite passada e mais
quatro.
Seu olhar matador fixou-se no meu e ele se aproximou lentamente... aquele andar que
mais parecia um leopardo cercando sua presa. Suas mãos desfizeram o nó da gravata e
após retira-la ele passou-a pelo meu pescoço e me puxou, meu peito batendo de
encontro ao dele. Eu já deveria estar acostumada, mas minhas pernas tremeram quando
seu cheiro de macho alfa ficou ainda mais pronunciado... pronto para me abater. Mas eu
sabia que ele não poderia se atrasar agora. Tentei... em VÃO... distrai-lo.
–Edward... e Alice?
–E eu la quero saber daquela anã? A única coisa pequena que minha mente consegue
vislumbrar agora é sua boceta Bella. E vou te dizer heim? Estou com tanta sede que sou
capaz de sugar todo e qualquer liquido do seu corpo.
Um gemido alto e prolongado foi minha resposta. Aliás... era a única resposta que meu
corpo conseguia dar a ele nessas ocasioes.
Todo e qualquer pensamento desapareceu como que por encanto quando sua boca
devorou a minha. Eu nunca lutava contra ele... não seria agora.
*************
–Minha? Sou eu que mesntruo todo mês e te deixo na seca? E eu fui rápido heim? Pode
ir se preparando para logo mais a noite.
–Fazer o que né? Não sabe controlar o pau agora tem que ir fazer papel de pai.
–Não seja escroto Edward. Em matéria de filhos você não é assim e sabe muito bem
disso.
–Sim senhora Cullen. Agora anda logo senão nada dará certo.
Falou já saindo do quarto e fui correndo atras, ajeitando a arma presa na altura da minha
coxa. Antes passamos no quarto das crianças que felzimente dormiam e depois saimos.
Nesse tempo Edward ligou para Jasper e avisou que estaria dispensado.
Seguimos em direção a estrada um tanto deserta onde nos encontramos com os rapazes.
Edward repassou todos os passos que seguiríamos até que finalmente tomamos nossa
posição. Obviamente ele fez questão que eu ficasse ao lado dele.
–Claro que sim. Será recompensada com uma longa e deliciosa foda.
Edward Pov
Joguei meu corpo cansado na poltrona de couro, fechei os olhos e girei, tentando ao
menos descansar as pálpebras. Antes nem era cansaço físico, era mais o cansaço mental.
Entretanto agora uma coisa refletia na outra. Meu corpo começava a reclamar das noites
mal dormidas. Isso vinha de longa data, mais especificamente desde o dia em que
matamos a vagabunda da Heidi. E obviamente não era consciência pesada, mas sim uma
raiva intensa por ter deixado Dom Matteo escapar com vida. O pior de tudo era aquela
sensação inquietante de que ele estava bem próximo. Era como se o olhar dele estivesse
em nós o tempo todo.
Felizmente a segurança da minha família chegou ao ponto que eu queria. Quanto a isso
eu não temia. Meu negócio era o ódio mesmo. Principalmente quando Joseph começava
a falar da avó. Enzo e Valentina são praticamente bebês, então com o tempo pararam de
chamar por Renné. Mas Joseph ainda sofria a ausência dela mesmo depois de quase dois
anos.
Fora isso, posso dizer que minha vida está como deveria ser. Bella estava cada vez mais
infiltrada nos negócios e eu jamais poderia dizer que ela não é boa. Forte e destemida,
causava tanto medo quanto eu. Ainda assim não perdia seu jeitinho feminino de ser.
Acredito que sua entrada definitiva nos negócios tenha contribuído para que Jasper e
Emmett também tomassem jeito. Estavam mais durões, exatamente como eu precisava.
Jasper andava meio manteiga, afinal seria pai. Sorri ao me lembrar da anã. Eu seria tio.
Claro que gostava de pegar no pé dela, mas ela sequer fazia ideia do quanto eu estava
feliz com sua gravidez. Ela estava feliz e isso bastava para que eu me sentisse bem.
–Eu sei que não dormiu bem essa noite. Estava inquieto. Pensei que a “missão” de
ontem o deixaria mais relaxado.
–E deixou. Pegar aquela carga, pagando com a mesma moeda me fez um bem enorme.
Sem contar que você esteve fantástica.
Sorri ao ver seu rosto vermelho de vergonha. Seu rubor era uma coisa que jamais
deixaria de existir, e eu adorava isso.
–Mas é sério.
–Mas não mude de assunto. Aproveite que temos o dia livre hoje e descanse.
Eu ri, balançando a cabeça. Nossa filha estava cada vez mais levada. Era energia demais
para uma criança de apenas dois anos. Tanta peraltice resultou numa queda e o bracinho
enfaixado. E mesmo assim as estripulias não paravam. Enzo ao contrário continuava
sempre calmo. Ficava horas sentado brincando ou vendo seus desenhos favoritos.
–Bom... eu vou lá. Prometo não me demorar.
Puxei Bella para o meu colo, minha mão subindo e se enfiando em seus cabelos. Passei
a língua em seus lábios antes de repuxa-los com meus dentes. Em seguida quase engoli
sua boca, minha língua atrevida já procurando a dela. Bella gemeu baixinho, agarrando
meus cabelos também e rebolou levemente em meu colo. Sorri ainda beijando-a. Era
sempre assim... sempre pronta pra mim.
Dei mais um beijo nela e fiquei observando-a enquanto se afastava. Talvez ela estivesse
certa . Precisava descansar um pouco, nem que fosse por meia hora. Antes que eu me
levantasse a porta foi aberta novamente e Emmett entrou.
–Um carregamento que chegará daqui a quatro dias, um comerciante que busca
segurança, o relatório do detetive... somente isso.
–Deixe tudo ai então. Eu preciso relaxar um pouco. Depois dou uma olhada.
–Algum problema?
–Não especificamente. Mas eu estou com uma sensação estranha. Não sei explicar.
–Ih... tenho medo de quando está assim. Sempre vem alguma bomba.
Dei de ombros e não respondi. Emmett se levantou, percebendo que eu queria ficar
sozinho.
–Ah com certeza. Está tudo bem com Alice e com o bebê.
–Melhor assim. Pode ir.
–Até mais.
–Até.
Fiquei olhando para os documentos, tentando me decidir se dava uma lida agora ou se ia
para o quarto tentar descansar. Nem uma coisa nem outra. Novamente a porta foi aberta
e a carinha ressabiada de Joseph apareceu.
Ele entrou com alguns livros debaixo do braço, parecendo extremamente sem graça.
–Algum problema?
–Não... quer dizer...sim. Er... eu preciso fazer uns exercícios. Mas está meio dificil.
Pode me ajudar?
– Matemática.
–Sente-se ai. Lógico que estudo com você. Matemática é meu forte sabia?
Joseph arrastou a cadeira e sentou-se ao meu lado, espalhando os livros sobre a mesa.
Sempre soube que era um garoto inteligente, mas não fazia ideia do quanto era
esforçado. Não foi difícil conseguir faze-lo entender a matéria. Passamos horas
estudando até que fomos interrompidos por um furacão que entrou no escritório,
empurrando a porta que Joseph deixou entreaberta.
–Papai...
Peguei-a no colo, livrando-me das mãos também sujas. Até mesmo a faixa que protegia
seu braço estava lambuzada.
Bella não gostava de forma alguma que Valentina comesse essas porcarias. Porcarias
que ela mesma, Bella, fazia questão de devorar quando estava nervosa. Mas Valentina
puxou esse lado dela, e simplesmente adorava um chocolate. Aliás desconheço alguma
criança que não goste. Eu me divertia vendo a briga das duas por causa de um pedaço
do doce.
– Mais papai...
–Nada de mais. É melhor escondermos qualquer vestígio do seu “crime” antes que a
mamãe chegue. Pode deixar Glenda. Eu e Joseph daremos um jeito nessa mocinha.
Levantei-me com Valentina no colo, mas imediatamente Enzo estendeu os braços pra
mim.
–Pode deixar comigo Glenda. Venha Joseph... vamos dar um jeito nesses dois.
Mesmo me distraindo com as crianças, eu não conseguia tirar de mim aquela sensação
estranha. Eu sabia que algo estava para acontecer. Era sempre assim... meu faro não me
enganava jamais.
********
Mãos pequenas e macias deslizaram pelo meu peito fazendo-me fechar os olhos por um
instante, deliciado com o carinho inesperado. Inesperado porque já eram quase três da
manhã e imaginei que Bella estivesse dormindo.
Deixei minha cabeça pender para tras na cadeira e encontrei seus olhos preocupados.
–Algum problema?
Girei a cadeira ficando de frente pra ela e segurando-a pela cintura, coloquei-a em meu
colo. Bella passou os braços em volta do meu pescoço, olhando em meus olhos.
–Sei... e você sempre está certo. Sempre acontece alguma coisa... geralmente grave. E
fico morrendo de medo por isso. Tem a ver com aquele traste?
–Não sei. É apenas uma sensação ruim. Talvez não seja nada demais.
Beijei sua boca rapidamente e em seguida ela se afastou. Apoiei o cotovelo sobre a
mesa, passando a mão pelo rosto. Sabia que se fosse me deitar iria ficar rolando na
cama. Ou então iria fazer amor com Bella até deixa-la exausta. E ela iria acordar em
frangalhos. Melhor seria analisar os documentos que o Emmett deixou. Talvez assim o
sono chegasse.
Peguei primeiro o relatório do detetive. Nada de novo. Algumas pistas falsas e nada
mais. Eu nem podia reclamar. Sabia muito bem da competência de Daniel e de sua
equipe. O fato é que Dom Matteo realmente evaporou. E isso só me fazia ter a quase
certeza que ele estava mais perto do que imaginávamos. Estava há tempo demais nesse
mundo do crime pra saber que o improvável geralmente se tornava o quase certo.
Eu não baixava a guarda jamais. Sabia muito bem que Dom Matteo um dia viria ate
mim. Aliás... ele viria atras da minha família. Seria bem mais interessante pra ele acabar
com as pessoas que amo do que comigo diretamente. Passei novamente a mão no rosto e
joguei o relatório para o lado. Estava me sentindo frustrado... fracassado. Felizmente os
negócios estavam indo bem demais ou então eu iria pirar. Merda...merda... queria eu
mesmo colocar as mãos naquele farabutto e arrancar seus olhos juntamente com suas
bolas.
Juan Xavier, espanhol, sessenta anos. Estava há pouco tempo na Sicilia, menos de três
meses. Seu negócio: pedras preciosas.
Abri o notebook e enquanto esperava a tela abrir dei uma última olhada nos papéis.
Juan Xavier... mesmo sendo novo por aqui, eu já deveria ter ouvido falar algo a respeito
dele. Ouvi algo sobre jóias mas na época não dei muita atenção.
Acessei uma página de busca e digitei o nome do sujeito. Sem mais informações a
respeito dele não havia chance alguma de permitir que Bella fosse até ele.
Continuei procurando até encontrar a foto dele. Tinha a pele bronzeada e os cabelos
castanhos cacheados. As feições não deixavam dúvidas da sua naturalidade. Mas uma
coisa me chamou a atenção e eu inclinei um pouco o tronco em direção à tela,
observando minuciosamente seus traços. Fixei meu olhar nos olhos dele e prendi a
respiração. Minha mãe sempre me disse que os olhos eram o espelho da alma. E eu
sempre trouxe isso comigo. Era assim com Bella, por exemplo. Se eu queria resposta
para alguma coisa bastava olhar em seus olhos. Por isso eu nunca me enganava quando
fazia isso. As pessoas podem mudar praticamente tudo: nariz, boca, cabelos... mudar
completamente as feições do rosto. Mas se tinha uma coisa que não tinha como mudar
eram os olhos. Claro... poderia mudar a cor, usando lentes, por exemplo. Mas certas
coisas eram imutáveis. E novamente as palavras da minha mãe vieram com força à
minha mente: os olhos são o espelho da alma. E estava bem ali... a prova viva desse
ditado. O rosto me era totalmente estranho. Mas os olhos... aqueles olhos eu jamais
esqueceria: frios, astutos, insanos... assassinos. O olhar de um monstro sem alma.
Agarrei a tela do notebook, percebendo os nós dos meus dedos ficarem brancos e meu
maxilar quase trincar.
Não sei quanto tempo fiquei olhando aquela foto, a raiva me subindo de forma violenta,
fazendo-me fechar os punhos com força. Como eu queria estar cara a cara com ele nesse
momento e esmagar cada osso daquele corpo asqueroso.
Mas ele jamais conseguiria tocar num fio de cabelo da minha família. Ainda que eu
morresse no lugar deles... Dom Matteo não os pegaria nunca.
Levantei-me e fui até o armário de onde tirei uma garrafa de uísque e meu charuto.
Precisava me acalmar e pensar em como agiria daqui pra frente. Agora não poderia
falhar. Nem um escorregão ou estaria fadado a perder tudo o que mais amava na vida.
A primeira coisa que eu deveria fazer seria conversar com os rapazes e principalmente
Bella. Isso não iria ser fácil. Lógico que confio nela com todas as minhas forças, mas
nesse momento meu instinto protetor falava mais alto que tudo.
Sei que ela jamais aceitaria ficar de fora num momento como esse e mesmo sabendo
que não era verdade, Bella iria achar que não confio nela o bastante para participar da
caça a Dom Matteo. Longe de mim pensar isso. Ela já me mostrou inúmeras vezes que
era boa o bastante para participar de qualquer empreitada. Mas ver minha esposa, a
mulher que eu amava com loucura prestes a ir para a toca do lobo não era uma coisa
agradável de se imaginar.
Virei o copo bebendo todo o uísque de uma só vez e dei uma longa tragada no charuto.
Fechei meus olhos tentando desligar minha mente de qualquer pensamento para que ali
restasse apenas aquele vagabundo.
Mas não iria adiantar. So uma coisa poderia me fazer relaxar agora. Apaguei o charuto,
desliguei o notebook e subi, indo primeiro ao quarto das crianças. Ambos dormiam
tranquilamente. Somente então eu fui para o quarto. Fiquei um tempo parado à porta
apenas observando Bella totalmente adormecida, jogada de bruços na cama. A curta
camisola preta de renda revelava todas as suas curvas perfeitas. A bunda durinha e
empinada me chamava e fui andando silenciosamente até ela.
Tirei minhas roupas mas antes de me deitar tomei uma ducha rápida, voltando ao quarto
inteiramente nu. Bella permanecia na mesma posição e não resistindo mais eu deslizei
minha mão pela sua pele, subindo pelas coxas em direção a sua bunda, que apertei com
toda a força do meu tesão.
–Edward?
–Quem mais poderia ser amor?
–O que...
Segurando em sua cintura fina eu girei seu corpo deixando de costas na cama e me
joguei sobre ela, o peso do meu corpo fazendo-a arfar. Ataquei seus lábios empurrando
minha língua para dentro de sua boca, roubando-lhe o fôlego. Minhas mãos apertaram
sua carne com força exagerada e no mesmo instante suas pernas enlaçaram minha
cintura. Impulsionei meus quadris fazendo com que ela gemesse ao sentir meu pau
absurdamente duro em contato com sua pele.
–Oh Deus...
Ela gemeu mais alto agarrando meus cabelos quando apertei seus mamilos entre meus
dedos.
–Pare de colocar Deus nesse meio Bella. Ele não combina com o que quero fazer com
você agora.
Falei rebolando meus quadris, roçando a cabeça do meu pau em sua entrada.
–Então venha...agora...
–Safada... aposto como estava pensando nisso. Do contrário não estaria toda melada
desse jeito. E esse seu cheiro está me matando.
Escorrei meu corpo na cama e segurando em seus joelhos eu empurrei suas pernas até
encostá-la em seus seios. Aquela visão fez meu pau pulsar com força e minhas bolas
arderem.
–Se você soubesse como está deliciosa assim Bella... é um convite irresistível.
Inclinei o corpo e cai de boca, já mordendo sua boceta e em seguida separando suas
dobras lambendo languidamente seu clitóris.
–Senhor...
Seu corpo pulou na cama e eu forcei mais suas pernas contra seu peito enquanto invadia
seu corpo com minha língua sugando tudo que minha sede permitia.
Ela ainda tentou rebolar mas a posição não favorecia. Em contrapartida suas unhas
arranharam minhas costas quase me fazendo delirar. Ela sabia muito bem que eu
enlouquecia com isso, tanto que me afastei, rugindo feito um animal e girei novamente
seu corpo.
–De quatro...anda...
Ela imediatamente obedeceu ainda empinando pra mim. Segurei em sua cintura e com a
mão livre segurei seus cabelos num rabo empurrando meus quadris com força e me
enfiando completamente dentro dela. A violência do meu ato jogou seu corpo para
frente e eu a puxei de volta, trincando meus dentes enquanto estocava fortemente.
Não consegui evitar... fechei meus olhos deliciado com a sensação de estar esmagado
dentro dela. Mesmo com tanto tesão a ponto de escorrer pelas suas pernas Bella estava
absurdamente fechada. Rebolei meus quadris fazendo meu pau dançar de um lado a
outro dentro de sua boceta.
Bella gritou e levou sua mão pequena até meus testículos me fazendo urrar feito um
animal.
Era tudo o que eu precisava agora. Perder-me junto com minha esposa. Para alguns o
sexo servia como uma forma de extravasar para logo em seguida descansar. Comigo era
diferente... fazer amor com Bella me deixava renovado... e mais do que pronto para
enfrentar qualquer aborrecimento.
Depois de quase desmaiar de prazer eu me joguei ao seu lado e ali fiquei por um tempo,
de olhos fechados. Quando voltei a abri-los encontrei os belos olhos me encarando.
–Dizer o que?
Ela ergueu o tronco apoiando-se em um dos cotovelos. Girei meu corpo e ficamos de
frente um para o outro, de lado na cama.
–Está certo que você tem “pegada” sempre. Mas eu sei quando faz isso por puro tesão
ou quando é por que algo o perturba. E dessa vez foi por isso. Vamos la... o que houve?
Estiquei meu braço deslizando meus dedos pelas bochechas ainda coradas.
–Bella... você sempre toma todos os cuidados quando está trabalhando não é?
–você sabe que sim amor. O que está acontecendo? É sobre aquele pressentimento
ruim?
–Sim. Você sabe que eu confio em você mais do que em mim mesmo?
–Por mais que isso me desagrade, eu sei que você não irá querer ficar de fora. Espere
um instante que vou te mostrar uma coisa.
Levantei-me sob o olhar guloso e luxuriante dela e vesti o roupão. Era melhor não me
deixar levar pelo desejo agora ou esqueceria do mundo por mais algumas horas. Fui até
o escritório e peguei o notebook assim como os papéis que o Emmett me entregou.
Voltei para o quarto e me sentei abrindo e ligando o note. Bella se sentou também
deixando os seios deliciosos à mostra.
–Tarado.
Ela debochou mas obedeceu. Entreguei os papéis a ela enquanto remexia no note.
Ela passou os olhos pelo papel, o cenho levemente franzido. Talvez estivesse pensando
o que tinha de anormal ali já que eu estava agindo estranhamente.
–Mais um comerciante querendo nossa proteção. É o certo tendo em vista sua atividade.
Mas você está cismado com alguma coisa? Qual o problema dele?
–Creio que você não verá nada demais afinal não conhece tanto quanto eu. Mas dê uma
olhada nisso.
–Como assim?
–Você viu as informações a respeito dele e agora está vendo seu rosto. Um rosto
totalmente desconhecido pra você não é?
–Algumas coisas não mudam Bella. Ele mudou o nome, a aparência, os cabelos... mas a
sua alma está aqui: nesses olhos. E eu não conheci alguém que tivesse uma alma tão
perversa quanto ele.
Bella arfou. Olhei pra ela e a vi com os olhos arregalados, a boca entreaberta e não no
peito.
–Sim.
Vi Bela girar seus olhos até encontrar os meus. Um misto de admiração e preocupação
brilhava neles.
–Caramba... então você estava certo. Ele estava bem mais perto do que poderíamos
imaginar.
–Sim...e atento a tudo. Claro que ele sabe que você cuida dessa parte.
–Claro. Você não o conhece a fundo para reconhecê-lo. Idiota... acredita mesmo que eu
permito que minha mulher vá cuidar de negócios sem procurar a ficha da pessoa?
Bufei.
–Óbvio que faço. Eu confio em você mas não confio nas outras pessoas. Acha mesmo
que eu daria esse mole assim? Aliás dar mole não é comigo, sabe disso.
–E como sei...
Ela respondeu com um sorriso malicioso, captando o real sentido das minhas palavras.
–Primeiramente... você irá ligar pra ele e dizer que precisam conversar e negociarem.
Irão marcar e será na data que eu especificar. E depois disso... tiraremos nossos filhos
do pais.
Ela deu um salto na cama, ajoelhando-se a minha frente. Seus lábios tremiam
ligeiramente.
–Acha mesmo que isso é preciso? Eu não conseguirei ficar longe dos nossos filhos.
Quando o assunto era nossos filhos Bella era igual a mim: desarmava. Eu também não
queria ficar longe deles. Mas era preferível isso a passar o resto da vida sem vê-los.
–A bomba prestes a estourar e você pensando em sono Bella? Isso é pra fracos.
Nem esperei que respondesse e me levantei pegando o celular. Sabia que aqueles
preguiçosos iriam reclamar mas eu estava pouco me fodendo pra isso. Eu queria todos
eles aqui em menos de duas horas. E ainda dei muito tempo. Geralmente era meia hora e
olhe la.
–Estou pouco me lixando para o que está fazendo Laurent. Se estiver enfiado em
alguma vadia trate de gozar logo e venha pra cá. Tome um banho antes, claro.
–Credo Edward...
Bella resmungou assim que desliguei. Como se ela não estivesse acostumada com meu
jeito.
Entrei sob a ducha morna e joguei a cabeça para trás deixando a água percorrer meu
corpo e relaxar um pouco. De agora pra frente toda minha concentração deveria estar
voltada para ferrar com aquele desgraçado.
********
Eu quase pude sentir a alegria da vitoria em sua voz assim que Bella ligou pra ele.
Ordenei que ela deixasse no viva voz pois assim eu poderia tentar captar algo a mais
durante a conversa.
Maldito filho da mãe... ele fez questão de frisar que seria um “prazer” fazer “negócio”
com Bella. Meu Deus... eu não queria nem pensar no que seria dele quando eu colocasse
minhas mãos nele.
–Não Bella. Eu acho que dará errado, por isso propus isso. Quero que minha família
toda se ferre.
–Epa... pode guardar suas ferraduras ou então enfie na puta que pariu, mas não desconte
em mim ok?
– Então não me faça pergunta idiota. É claro que penso que dará certo.
–Eu já sei qual é a sua jogada Cullen. Você diz que confia em mim mas está se borrando
de medo que eu vá. Como se não me conhecesse.
Dei a volta por trás da mesa e apoiado nas mãos eu me inclinei até ela.
–Conheço muito bem. Sei que é uma topetuda metida a besta e teimosa como o caralho.
–Isso mesmo amor... então sossegue e pense que dará certo e em breve estaremos livres
do traste.
Ela disse isso enlaçando meu pescoço e roçando os lábios nos meus. Automaticamente
meus olhos se fecharam e um gemido involuntário escapou dos meus lábios, arrancando
risadinhas dos rapazes. Diabo de mulher.
Desviei meu rosto e encarei os rapazes com aquele olhar congelante, fazendo-os se
calarem no mesmo instante.
–Mais uma gracinha e tá todo mundo na rua sem direito a porra nenhuma.
–Hum...
–Sinceramente... eu tenho certeza que é o que deve ser feito. Logico que Dom Matteo
irá levar alguns capangas afinal ele é covarde demais para executar as coisas sozinho,
mas ele pensa que Bella irá sozinha.
–Ah sim... certamente ele já procurou outras pessoas que utilizam nossos serviços.
Todos sabem que ela sai com um segurança apenas.
–E ele está contando com isso. Não sabe que meu Poderoso já descobriu seu disfarce
fajuto.
–Não podemos falhar. Agora mais do que nunca teremos que estar focados apenas
nisso. Nada de ficar pensando nas vadias que vão encontrar para comemorar depois
hein?
Bella bufou e se levantou indo até a janela ao ouvir som de um veículo no jardim.
Em minha opinião agora viria a pior parte. Eu relutava em fazer isso mas meu instinto
protetor berrava que essa atitude era a mais acertada.
–Continuem analisando esse mapa ai. Marquei todos os pontos necessários sem deixar
brecha alguma. Eu preciso falar com meus pais um instante, mas volto para finalizarmos
esse assunto.
–Venha Bella.
Segurei sua mão e a arrastei até a sala onde estavam meus pais, juntamente com Alice e
as crianças.
–Edward... meu filho. Ficamos preocupados.
Ele estreitou Bella em seus braços como sempre fazia. Tratava-a como se fosse sua
própria filha. E nem podia ser diferente. Estava orgulhosa por ver como ela se infiltrou
de vez nos negócios, quase tão implacável quanto eu.
–Dom Matteo.
Meu pai bateu o pé. Queria estar presente quando colocássemos as mãos em Dom
Matteo, mas eu precisava de alguém forte ao lado da minha mãe. E eu não conhecia
alguém mais forte que ele. Com ele aprendi tudo, a ser o que sou hoje.
O dia foi cheio, reunido com os rapazes. E a noite... a pior da minha vida. Bella estava
sentada na cama com Valentina e Enzo no colo. Eu me ajoelhei a frente deles,
abraçando-os. Valentina como sempre agarrou meus cabelos e Enzo segurava minha
mão. Sua outra mão segurava os cabelos de Bella fazendo cachinhos.
–É para o bem de vocês meus amores. Mas logo papai irá buscá-los de volta... e nunca
mais irão sair de perto de nós. Eu prometo.
–Pai...
–Não precisa dizer nada Edward. Sabe que não permitirei que nada de mal aconteça a
eles.
Peguei os dois nos braços novamente quase esmagando-os num abraço desesperado.
Bella agiu da mesma forma e assim que o carro se afastou levando-os ela subiu as
escadas correndo. Fui atras e a encontrei na cama, aos prantos. Deitei-me ao lado dela e
a abracei.
–Será por pouco tempo meu amor. Daqui a dois dias você irá se encontrar com aquele
bandido...e ai será o fim.
–A casa... fica tão vazia sem eles. Meu Deus... eu não sei se suporto.
–Bella...
Segurei em seu rosto e esperei que ela me olhasse. Inspirei tentando afugentar minhas
lágrimas.
Deus... isso era pior do que imaginei. Abracei-a com mais força ainda e chorei junto
com ela. Seria o único momento que me permitiria ser fraco. Daqui por diante o homem
frio, sem sentimentos e quase sem escrúpulos estaria de volta.
**********
Dois dias se passaram num piscar de olhos. Eu andava mais ranzinza que o normal, mas
nada que metesse medo na topetuda da minha esposa. Bella estava bastante concentrada
em tudo. Passamos e repassamos o plano milhares de vezes para não haver nenhum
furo. Os rapazes estavam confiantes e confesso que eu também.
Meu pai havia ligado há algumas horas dizendo que estava tudo bem. Estavam numa
cidadezinha no Brasil e as crianças estavam amando o clima.
Isso me deixou aliviado e mais do que pronto para entrar em ação. No dia anterior eu até
tentei desistir de deixar Bella participar disso, mas lógico, não obtive sucesso.
Sai mais cedo com alguns dos rapazes e Bella seguiu com Demetrius. Claro que deixei
recomendações: nada de roupas provocantes que pudessem aguçar o lado pervertido do
velho. E agora... o que vejo?
Às vezes tinha vontade de pegar Bella e matar. Picar aquele corpinho delicioso em
milhares de pedaços pra deixar de ser atrevida. Mas confesso que vê-la vestida daquele
jeito e ainda por cima armada era excitante demais.
Eu nem sei por que estava tão nervoso. Bella era esquiva feito gato e mais... tão rápida
quanto eu no gatilho. Ainda me lembro com clareza da bala certeira no peito do
vagabundo que tentou pegar Jasper pelas costas.
Além do mais eu sabia que ela iria ter mais cuidado que o normal... sempre pensando
em nossos filhos. Estava morto de saudades deles, mas isso acabaria logo. Hoje
precisamente.
Estávamos todos a postos apenas esperando a hora certa de agir. Meus homens já
tinham anulado dois dos homens de Dom Matteo e pelo jeito agora seria apenas ele e
mais um. Ele realmente não contava com a minha descoberta a seu respeito.
Não consegui evitar meu sorriso torto e debochado ao ver aquele ser escroque se
aproximando.
– Ande logo Pietro. Não vejo a hora de colocar as mãos naquela vadia gostosa. Vai ser
a glória ver a queda do maldito Cullen.
Novamente fui dominado pelo ódio e sem me conter levei minha mão à cintura e peguei
a arma que iria descarregar sem dó na cabeça daquele maldito.
Do lado oposto, oculta pelas sombras, Bella ergueu a perna, o vestido sexy revelando a
arma presa em sua coxa alva. A gata a espera do rato...
Estávamos prontos... e nosso alvo bem aqui... um sorrisinho estúpido no rosto, sem ao
menos desconfiar que em poucas horas ele daria seu último suspiro. Sim... eu disse
horas. Antes... Bella e eu iríamos nos divertir um pouco. E ele seria nosso brinquedinho.
Bella POV
Eu sei que muita gente pode pensar que sou maluca, safada ou até mesmo mulher de
bandido. Mas eu pouco me importava. Cada vez mais eu sentia um puta orgulho do meu
marido. Seu apelido não era mera coincidência. Ele é mesmo poderoso... em todos os
sentidos. Meu Deus... quando eu poderia imaginar que ele iria descobrir o maldito
apenas pelo olhar? Porque sinceramente... eu não o reconheci. Seu rosto estava muito
diferente. Mas Edward enxergava bem além do que qualquer mortal. Confesso que no
começo pensei que Edward estivesse surtando. Sua ânsia em pegar Dom Matteo era
tanta que ele bem poderia estar delirando. Óbvio que não falei isso pra ele senão o coice
seria tão forte que eu estaria correndo ate hoje.
Entretanto bastou Jacob colocar os olhos na foto e ele afirmou o que Edward dizia. Era
mesmo o bandido.
E meu peito, claro, estufou de orgulho. Depois disso, como não poderia ser diferente,
Edward parecia possuído. Estava nos cascos pois pra ele tudo tinha que ser na hora. Mas
ele bem sabia que nesse caso não poderia haver falha. Todos os detalhes teriam que ser
friamente planejados.
Vou dizer a verdade: não sei se Dom Matteo era louco ou era burro mesmo. Achava
mesmo que Edward me deixaria sem proteção alguma? Ta admito que saber que ele
sempre mandava investigar os meus “clientes” foi uma novidade. Mas ele sempre estava
atento a minha segurança. Aquele velho maluco achava mesmo que iria me pegar tão
fácil assim?
Eu nunca vi uma reunião com tantos homens em toda minha vida. Nem fazia ideia de
que Edward possuía todo esse “arsenal”. Onde eles ficavam escondidos? Alguns deles
nunca vi na vida.
Edward virou noite juntamente com os rapazes analisando tudo, desde quando foi
marcado meu encontro com Dom Matteo.
Velho babão... eu consegui perceber suas intenções somente em conversar com ele por
telefone. So deixou meu marido mais sedento por ele.
O pior de toda essa situação foram as mudanças que tivemos que fazer em nossa rotina.
Sinceramente eu achava que não era necessário, mas Edward bateu o pé... tanto falou
que Valentina e Enzo foram tirados do pais juntamente com meus sogros.
Foi terrível me despedir deles... e mais terrível ainda ver a dor de Edward. Era um pai
completamente apaixonado por seus filhos.
****
Através do espelho eu olhei a figura sentada em minha cama, cabisbaixo. Edward era
tão apaixonado pela família que quase desistiu de tudo quando Joseph se recusou a sair
do pais também. Justo ele que sempre foi obediente, acatava tudo o que falávamos sem
nunca retrucar...
Seu argumento foi até convincente pra mim: ele queria ficar perto de Alice. Ela iria
precisar dele nem que fosse para segurar suas mãos. Edward entrou em pânico absoluto.
Mas depois de muita conversa, muita choradeira e a promessa de Joseph de que não iria
sair de perto de Alice ele acabou concordando.
Triplicou a segurança da casa onde ficaram Alice, Joseph e Rosalie.
–Mãe?
–Sim Joseph?
–Acha que meu pai ainda está com raiva de mim?
Coloquei a escova de cabelo sobre a penteadeira e me sentei ao lado dele na cama,
segurando sua mão.
–Ele não estava com raiva de você, meu amor. Nunca esteve. Ele só ficou nervoso. Ele
queria você em segurança juntamente com seus irmãos.
–Mas eu sou o homem da casa depois dele... ele mesmo disse isso. Alice não pode ficar
sozinha mãe.
Torci meus lábios.
–Eu sei disso, mas seu pai sabe ser cabeçudo quando quer. Alice anda meio nervosa
também e Rose a proibiu de viajar. Mas Edward... bem... você conhece seu pai tão bem
quanto eu.
–Sim. Mas hoje ele nem conversou comigo.
–Nem comigo Joseph. Mas eu conversei com ele ontem... e foi isso que ele me disse.
Ele só está nervoso, preocupado com você. Filho... ele jamais irá se perdoar se algo
acontecer a você.
–Eu sei... mas eu irei me cuidar. Além disso ele colocou os melhores seguranças aqui.
–Eu sei... mas nossa segurança já falhou uma vez e sei que ele tem medo de...
A voz áspera e ao mesmo tempo aveludada me interrompeu.
–Ja falhou mas não falhará mais... ou eu mesmo cuidarei de cada um desses seguranças.
Joseph baixou a cabeça novamente ao ouvir a voz do pai. Olhei para Edward quase
suplicando. Mas nem precisava... os olhos dele brilhavam... tristes e cheios de dor. Ele
se aproximou calmamente e se sentou ao lado do Joseph, deixando-os entre nós dois.
Passou um dos braços sobre os ombros dele e o puxou para mais perto.
–Tem noção do quanto vocês quatro são importantes pra mim? Não vou negar que senti
um orgulho imenso de você... por ter esse coração maravilhoso... querendo ficar aqui
para fazer companhia a Alice. Mas entende também que eu queria você em segurança
junto com meus pais e seus irmãos?
–Mas eu estou seguro aqui. Eu confio plenamente no senhor e sei que nada de mal vai
nos acontecer.
Os olhos de Edward se encontraram com os meus antes que ele o abraçasse com força.
–Eu espero mesmo que tenha feito a coisa certa. Eu jamais me perdoaria...
Estendi minha mão e afaguei o braço de Edward tentando mostrar a ele que eu também
confiava plenamente nele. Confiava minha vida a ele.
–Cuide bem da duende. Sabe como ela é maluca.
–Eu vou cuidar.
Edward beijou os cabelos dele e por sobre sua cabeça voltou a me olhar. Eu sorri pra ele
e ele apenas fechou os olhos sorrindo também.
–Agora vá se deitar. Ja está tarde e amanhã teremos um dia longo.
–Eu já estava indo. Boa noite pai. Boa noite mãe.
–Boa noite meu querido. Daqui a pouco irei la ver você.
Assim que Joseph saiu Edward se jogou na cama com os braços sobre os olhos.
–Amor... não fique assim. Já conversamos.
–Estou me sentindo um bundão... me deixando levar por uma criança.
–Ele quer ser útil. E outra... acho que o medo dele de nos perder é tão grande que ele
quer ser um dos primeiros a nos abraçar quando estivermos livres do maldito.
Ele tirou o braço do rosto e me encarou com o cenho franzido.
–Acha mesmo?
–Com certeza.
–Mas ainda assim eu preferia que ele estivesse com meus pais. Aliás você bem que
poderia ficar aqui e....
–Pode parar. Argh... você é muito teimoso Edward. A verdade é que não gosta de ver
suas ordens contrariadas.
– Nem comece. Você sabe que estou certo.
– Está certo quanto a segurança. E eles estarão bem seguros aqui.
– E você? Pronta para a nossa festa?
Ele perguntou mudando de assunto e eu me deitei sobre ele.
– totalmente preparada. Não vejo a hora de ver meu poderoso em ação... pegando aquele
vagabundo de jeito.
–Estou com tanta gana dele Bella. Confesso que estou até com medo de mim.
–Medo de você? Então você está com mais sede do que imaginei. Você não tem medo
de quase nada.
–Eu preciso me controlar Bella...
–É?
Eu perguntei já abrindo os botões de sua camisa e me esfregando de encontro a ele,
rebolando meus quadris de forma convidativa e mordendo e repuxando seus lábios. Ele
gemeu, agarrando minha cintura.
–Sim... preciso controlar minha ansiedade ou irei matá-lo com apenas uma mão. Sou
capaz de esmagá-lo.
–Uau... então acho melhor extravasar comigo primeiro não é?
Ele nem ao menos me respondeu. Simplesmente girou o corpo colocando-se sobre
mim... e extravasou seu nervosismo.
****************
Eu estava incrivelmente calma. Edward repassou o plano milhares de vezes e não teria
como dar errado. Lógico que Edward me lançou um olhar do tipo: “vai ver quando
chegarmos em casa” assim que me viu usando o vestido negro e sexy, perfeitamente
ajustado às minhas curvas.
O velhote tinha me ligado horas antes confirmando sua presença. Obviamente quando
chegamos os olhos de águia de Jacob e Emmett imediatamente captaram a presença de
dois homens de Dom Matteo. E logo foram aniquilados. Nesse momento tive certeza
que o velho realmente achava que estava me enganando. Ah tudo bem... admito que se
Edward não tivesse o cuidado de sempre e pesquisado sobre o tal Juan.... eu estaria
ferrada.
Agora era só esperar o nosso patinho chegar. E pouco tempo depois ele chegava. Tentei
enxergar Edward do outro lado, mas estava absurdamente escuro. Entretanto sei que ele
me via. Danado... ele sempre dava um jeito de me deixar sob suas vistas.
Cocei meu queixo pensando se ele já havia dado pelo menos um trago. Ele riu de mim
ao sairmos de casa. A primeira coisa que perguntei foi se ele havia trazido charuto.
Edward fumando era uma imagem fodidamente sexy. E hoje seria ainda mais. Todo de
negro, com aquele sobretudo que lhe conferia um ar ainda mais poderoso e aquele
chapéu... ah... Jesus... tive pensamentos altamente eróticos com aquilo.
Balancei minha cabeça e inspirei. Isso la era hora de sair do foco? Que coisa mais
amadora... e safada.
– Ande logo Pietro. Não vejo a hora de colocar as mãos naquela vadia gostosa. Vai ser a
glória ver a queda do maldito Cullen.
Velho puto, escroto, filho da mãe. Somente meu marido tinha o direito de me chamar de
vadia e gostosa. Onde já se viu tanto atrevimento? Pois muito bem velho maldito... hora
de agonizar nas mãos do meu marido.
Ergui minha perna e ajeitei a arma presa em minha coxa. Ajustei minha escuta e assim
que a porta do velho galpão se fechou eu sai do “esconderijo” e caminhei até la. O
barulho dos meus saltos absurdamente altos era o único som que se ouvia naquele fim
de mundo. A porta estava entreaberta e apenas a empurrei. O sangue circulou
rapidamente em minhas veias ao ver o ser escroque sentado na cadeira, completamente
a vontade e o seu segurança ao seu lado.
–Boa noite.
–Oh... boa noite senhora Cullen. Chegamos praticamente juntos.
–Como vai?
Eu falei secamente e fui obrigada a estender a mão e segurar a do vagabundo.
Estremeci em repulsa ao sentir sua boca no dorso da minha mão.
–Encantado. É uma mulher belíssima senhora Cullen.
–Obrigada. É o que meu marido me diz todos os dias.
–É um homem de grande sorte.
–Vamos deixar de conversa e vamos direto ao assunto? Eu tenho outros clientes
aguardando por mim.
–Ah... claro. Perdoe-me. É uma mulher muito requisitada.
–Certamente.
Sentei-me e cruzei as pernas tomando o cuidado para que não aparecesse minha arma.
–hum...posso fazer apenas uma pergunta?
Ergui minha sobrancelha esperando.
–Veio sozinha?
–Obviamente não. Meu motorista ficou no carro.
–Ah... que alívio. Não é bom ficar andando sozinha por ai. Nunca se sabe com quem
pode encontrar não é?
Ignorei e o encarei passando a mão pelo cabelo.
–Diga-me... o que espera dos meus serviços?
Ele olhou para o homem feio ao seu lado e deu ordem para que o aguardasse do lado de
fora. Mais uma vez Edward acertou. Era isso mesmo que o porco faria. Enquanto o
segurança saía, provavelmente tentando anular o meu... Dom Matteo tentaria contra
mim.
–Ouvi falar muito bem de você. Eu não sou daqui como deve ter visto nos documentos
que mandei. Mas antes procurei saber com quem iria poder contar. E me disseram
maravilhas a seu respeito.
–Realmente meus clientes sempre ficaram satisfeitos. Proteção total vinte e quatro horas
por dia.
Ele se levantou e deu a volta parando atras de mim e colocando a mão sobre meu ombro
nu.
–Claro... um bom serviço prestado por uma delícia dessa. Deveriam mesmo ficar
satisfeitos não acha?
Eu me levantei e andei ficando de costas pra ele.
–Eu acho que você deveria se conter antes que eu arrebente sua cara.
Ele riu alto.
–Arrebenta mesmo?
Falou e em seguida eu ouvi um clique. Virei-me de frente pra ele e o vi com a arma
apontada para minha direção. Dei um passo e me apoiei na mesa, as duas mãos
espalmadas. Imediatamente os olhos demoníacos pousaram em meu decote.
–Pode apostar que sim. Eu não sou esposa do poderoso por acaso.
Ele gargalhou novamente jogando a cabeça para trás. Num gesto muito rápido eu saquei
minha arma e já apontando para sua mão eu disparei. Ele berrou deixando a arma cair
no chão.
–SUA VADIA!
Ele avançou sobre mim pegando-me de surpresa, mas rapidamente me recuperei
acertando o cotovelo em seu nariz.
–Venha.
Falei pela escuta e no mesmo instante a porta foi aberta. Óbvio... ele já estava a postos.
Dom Matteo com a mão ferida ainda deu um passo tentando alcançar sua arma , mas
novamente eu fui mais rápida e chutei-a. E ela parou bem ali... aos pés da figura enorme
que acabava de entrar.
So eu mesma conseguia ter alguns pensamentos nessa hora. Céus... eu me molhei toda
ao ver Edward entrando todo imponente, o sapato caro sobre a arma que eu acabara de
chutar. Dom Matteo arregalou os olhos quando Edward ergueu um pouco o chapéu
deixando seu rosto a mostra.
–Olá... há quanto tempo... DOM MATTEO.
Ele se encolheu contra a parede, olhando para os lados procurando fuga.
–PIETRO! PIETRO!
–Quem é Pietro? Aquele que meus homens acabaram de jogar aos urubus?
Com apenas uma passada larga Edward ficou cara a cara com ele e antes que eu sequer
pensasse no que ele iria fazer Edward desferiu um soco certeiro em seu rosto jogando-o
ao chão.
Colocou o pé sobre a barriga dele, forçando levemente e apontando a metralhadora em
sua cabeça.
–E então franguinha... pronto para brincar um pouco?
–Você é louco... maldito... não sei do que está falando. Não sou esse tal Dom Matteo.
Edward forçou ainda mais o pé em sua barriga fazendo-o berrar de dor.
–Ah não? Que pena. Eu me enganei. Mas vamos nos divertir assim mesmo. Do jeitinho
que você gosta, seu pedófilo filho da puta.
Aproximei-me e com o salto fino do meu sapato passei sobre a mão dele que berrou
novamente.
Edward agachou-se e com um gancho de braço ergueu Dom Matteo pelo pescoço.
Jogou-o sentado na cadeira com tanta força que ele quase caiu para trás juntamente com
a cadeira.
–Olha só se não é nosso homem.
Jacob falou entrando juntamente com o Emmett.
–Tudo certo chefe. Não há mesmo nenhum homem desse maldito por aqui.
–Excelente.
Edward se sentou na ponta da mesa de frente pra ele e eu me sentei na outra ponta.
Laurent, Jasper e Enrico se juntaram a Emmett e Jacob, todos eles apontando armas para
o velho.
–Você começa amor?
Edward perguntou me olhando de esguelha.
–Hum... sim.
Encarei o velho que tremia sem parar mas evitava olhar pra mim ou para Edward.
–Quem mais sabe disso Dom Matteo? Quem mais sabe que você mudou completamente
seu rosto?
–Eu não sei do que estão falando. Nunca ouvi falar nesse Dom Matteo.
Edward suspirou com raiva e se levantou. Parou atras de Dom Matteo e com as duas
mãos deu um tapa forte nos dois ouvidos ao mesmo tempo. O tão famoso “telefone”. E
foi um tapa tão forte que o velho gritou e chegou a revirar os olhos.
–Pronto! Acho que agora você deverá ouvir melhor o que minha esposa perguntou.
Repita, por favor, Bella.
Repeti a pergunta mas dessa vez ele apenas se calou. Nem mesmo olhava para nós e sim
para o chão. Mais uma vez Edward se levantou e repetiu o gesto. Dessa vez Dom
Matteo chegou a se erguer um pouco da cadeira e pouco depois eu percebi um leve
sangramento em seu ouvido direito.
–Não é possível que está tão surdo assim! Agora responda seu filho da puta!
Edward vociferou, quase trincando os dentes e levando a mão até a arma.
–Só... somente Lorenzo sabe disso.
Lorenzo... eu já tinha ouvido falar nele. Pelo que Edward tinha dito certa vez ele era
uma espécie de braço direito de Dom Matteo. Até onde sabíamos ele entrava apenas
com o dinheiro. E foi um dos poucos a escapar na época da prisão de Dom Matteo.
–E onde Lorenzo está agora? Aqui mesmo?
–Eu...eu... não sei.
Seu tom de voz já denunciava sua mentira.
–Jacob.
Edward falou tão baixo que foi quase impossível ouvir. Então Jacob se adiantou e fez o
mesmo que Edward. O velho berrou e sua cabeça tombou para frente, o sangue
escorrendo em maior quantidade de seu ouvido.
–Ele...ele está... em Roma.
–Excelente. Emmett...já sabe o que tem que fazer.
–Perfeitamente.
–Bom... cansei desse lugar. Amarrem-no e levem para o carro. Iremos dar um passeio.
Enquanto os homens cumpriam as ordens de Edward ele me segurou pela mão e juntos
saímos da pequena sala em direção a limousine. Entramos e pouco depois Emmett e
Laurent jogavam Dom Matteo la dentro.
–Viu como posso ser simpático? Estou te levando para dar uma volta de limousine.
Aproveite a viagem.
Nisso ele me puxou para o seu colo e beijou minha boca.
–Agora começará efetivamente nossa diversão querida.
Sorri e voltei a beijá-lo.
********
Mesmo depois de entrada na máfia, algumas coisas ainda me chocavam. Tudo bem que
já matei e já até cheguei a torturar. Mas certos tipos de tortura eu nunca presenciei e
sinceramente não sei se teria estômago pra isso. Mas Edward tinha um olhar febril,
quase insano. Sei que nessa hora ele pensava em Joseph e em todas as crianças que
Dom Matteo abusou. Pensava em minha mãe morta a mando dele. E seu ódio só parecia
aumentar a cada segundo.
Estávamos em um dos galpões e imediatamente eu notei o quanto ele estava diferente
desde a última vez em que estive aqui. Alguns aparelhos que eu bem sabia seriam
usados como meio de tortura, mas eu sequer sabia de que forma eram usados ou quais
danos causavam ao torturado.
Jacob e Laurent entraram arrastando Dom Matteo somente de cueça e já o levaram
direto para uma barra de aço. Logicamente isso tudo foi combinado entre eles longe da
minha presença. O velho era fraco demais comparado aqueles dois brutamontes. Sério...
Laurent e Jacob eram muito fortes.
Colocaram-no de cabeça para baixo, as pernas passando sobre a barra e os braços por
baixo dela, amarrando-as em seguida, assim como os pés.
Sentei-me numa poltrona, a arma ainda em punho enquanto observava meu marido dar a
volta ao redor de Dom Matteo checando tudo.
Jasper trouxe um balde com água e jogou sobre Dom Matteo, a surpresa do gesto
fazendo-o engasgar. Com o corpo molhado ele teve fios presos aos seus pés, mãos,
ouvido. Os fios estavam ligados diretamente a uma máquina e eu logo deduzi o que
iriam fazer.
Não tive tempo para pensar se aquilo iria me fazer mal ou não. Com um sorrisinho
diabólico Emmett foi ate a máquina e a ligou. O grito ensurdecedor tomou conta do
ambiente e em seguida parou. Dom Matteo respirava com dificuldade, bufando e se
debatendo como se isso fosse ajudar em alguma coisa.
–Sabe...
Edward começou a falar andando em volta dele.
–Esse grito que você deu não deve chegar perto do grito daquelas pobres crianças que
você abusou. A dor que você sentiu agora...
Ele ficou bem próximo a Dom Matteo e de onde eu estava podia ver seu maxilar
trincado e se movendo, típico de quando ele estava possesso.
–A dor que você sentiu nem se compara com a dor que você infligiu às suas vítimas. E
ao JOSEPH!
Ele berrou e olhou para o Emmett que voltou a ligar a máquina. Girei minha cabeça e
fechei meus olhos com força como se isso aliviasse o som daquele grito horrendo em
minha cabeça. Sinceramente? Apesar disso eu não conseguia sentir pena dele. As
palavras de Edward ainda martelavam em minha mente. A dor do nosso filho... a dor
que ele deve ter sentido não só fisicamente quanto psicologicamente. Isso já era mais do
que suficiente para que ele sofresse.
Eu não fazia ideia de quais eram os planos de Edward. Às vezes eu via que jele á estava
mais do que ansioso para acabar de vez com a vida de Dom Matteo. Mas me parecia que
ele mudava de ideia no ultimo segundo. Queria ver a dor do velho.
–Deixem-no ai por enquanto.
Edward se sentou no chão à minha frente no meio das minhas pernas. Acendeu o
charuto, deu uma longa tragada e depois tombou a cabeça para trás colocando-a em meu
colo. Seu olhar se encontrou com o meu e fiquei um pouco angustiada. Apesar de tudo...
ele não me parecia feliz. Ou eu estava enganada?
– O que foi?
Dom Matteo ainda gritava de dor fazendo com que Edward desviasse o olhar erguendo
a cabeça.
–Ensine-o a ficar calado Emmett.
Vi Emmett pegar a enorme palmatoria mas nem continuei a olhar. Desviei meus olhos
voltando a olhar para Edward. Os gritos voltaram a dominar o galpão.
–Pensei que estivesse... insatisfeito por... sei la.
–E estou. Foi fácil demais. Pensei que teria um adversário à altura. Confesso que estou
entediado.
Fiquei encarando-o sem saber se ele falava serio ou se brincava comigo. Não me
pareceu brincadeira.
–Quando... isso vai terminar?
–Logo. Como disse já estou entediado.
Edward ainda ficou nessa posição um bom tempo até que por fim com apenas um sinal
os rapazes se moveram. Tiraram Dom Matteo e o deitaram no chão.
–Pode tentar fugir se quiser velho.
Obviamente ele nem conseguiu se mexer. Ficou deitado no chão em posição fetal
gemendo de dor.
–Ai ai que pena... tão fraco.
Edward se levantou e se aproximou dele.
–Detesto ter que fazer isso com gente tão fraca. Bom... mas não se pode ter tudo na vida
não é?
–Acabe... logo com isso desgraçado.
Edward riu alto e os rapazes o imitaram.
–A princesinha está com pressa de morrer? Oh... que dó. Mas eu irei satisfazer seu
desejo daqui a pouco. No entanto antes eu irei satisfazer um desejo maior ainda que eu
sei que você tem.
Ok. Eu não estava entendendo muita coisa, mas pela risada dos rapazes deveria ser coisa
bem pior do que fizeram ate agora.
–Bella... acho melhor ficar de costas. Não quero que veja esse velho decrépito nu.
Eu me virei imediatamente mas ouvia a movimentação. Ouvi o barulho de cordas sendo
puxadas e os gritos. Não resisti e olhei para trás. Dom Matteo estava com as mãos para
cima e as pernas abertas. Jacob e Laurent puxaram as cordas, esticando-o ao máximo.
Juro que cheguei a ouvir suas juntas estalando. Credo... aquele velho nojento nu era a
visão do inferno.
–Está na hora da salada de fruta chefe?
–Isso ai Jacob. Se bem que pra ele não será uma salada completa, já que ele irá receber
apenas a pera.
Pera? Que diabos era isso? Então eu vi Jacob pegar algo e o erguer. Era um instrumento
em formato de pera mesmo. Como se quisesse demonstrar Jacob girou a base e a pera se
abriu. O grito que ouvi foi o mais terrível que já ouvi ate hoje.
–Não... eu imploro... me mate...
–De prazer?
Os homens gargalharam.
–Podemos ir Chefe?
–Deve ir Jacob. Ele já deve estar excitado.
–Ah... e como está.
Jacob foi se aproximando dele, enquanto Dom Matteo se debatia inutilmente, olhando
para a pera nas mãos dele.
–Ta com medinho? Mas você fez isso com tanta garotinha...E com MEU filho, seu
desgraçado. Vai Jacob... ele não vê a hora de se tornar uma mocinha.
Voltei a virar o rosto, a respiração ofegante e os olhos arregalados. Aquele instrumento
nas mãos... as palavras de Edward. Não era difícil imaginar o que eles fariam. E o que
aquela pera faria com Dom Matteo.
Levei minha mão a testa e fechei os olhos. Sou forte... forte até demais, mas dessa vez
não sei se teria estômago para ver isso, ou sequer imaginar o que viria agora.
Era assim mesmo. Às vezes tinha vontade de pegar Bella e matar. Picar aquele corpinho
delicioso em milhares de pedaços pra deixar de ser atrevida. Mas confesso que vê-la
vestida daquele jeito e ainda por cima armada era excitante demais.
Eu nem sei por que estava tão nervoso. Não era a primeira vez que Bella participava de
uma operação comigo. Era esquiva feito gato e mais... tão rápida quanto eu no gatilho.
Ainda me lembro com clareza da bala certeira no peito do vagabundo que tentou pegar
Jasper pelas costas.
Somente por isso permiti que ela viesse. Sabia que ela iria ter mais cuidado que o
normal... sempre pensando em nossos filhos. Estava morto de saudades deles, mas foi
preciso tirá-los do pais, momentaneamente.
Mas isso acabaria logo. Hoje precisamente. Não consegui evitar meu sorriso torto e
debochado ao ver aquele ser escroque se aproximando.
– Ande logo Pietro. Não vejo a hora de colocar as mãos naquela vadia gostosa. Vai ser
a glória ver a queda do maldito Cullen.
Ao ouvir isso tive vontade de pegar minha arma e descarregar na cabeça dele. O simples
fato de qualquer homem no mundo achar a minha mulher gostosa era o suficiente para
eu desejar sua morte. Mas eu não iria facilitar pra ele. Que graça teria estourar seus
miolos sem que ele ao menos soubesse quem estava acabando com ele?
Confesso que estava meio dividido. Parte de mim queria se jogar sobre ele agora e
acabar de vez com isso. Juro que já me imaginava socando aquela cara nojenta até
deixá-la deformada. Mas a outra parte, aquela mais perversa queria brincar com ele.
Queria vê-lo sofrendo todo tipo de dor: as suportáveis e as humanamente insuportáveis.
Queria ver sua humilhação, sua derrota... seu fim.
Acompanhei seus passos até entrar por uma porta de aço. Do lado oposto, oculta pelas
sombras, Bella ergueu a perna, o vestido sexy revelando a arma presa em sua coxa alva.
Estávamos prontos... e nosso alvo bem ali... um sorrisinho estúpido no rosto, sem ao
menos desconfiar que em poucas horas ele daria seu último suspiro. Sim... eu disse
horas. Antes... Bella e eu precisávamos nos divertir um pouco. E ele seria nosso
brinquedinho.
Pouco tempo depois Bella saiu do seu esconderijo caminhando em direção ao local onde
Dom Matteo estava. Acompanhei seu gingado com olhos gulosos, os quadris rebolando
naquele vestido e imediatamente ressuscitando certas partes do meu corpo. Porra... meu
pau latejou com tanta força que instintivamente levei minha mão até ele, apertando-o
com força. E isso era hora de pensar em meter naquela mulher? Bom... em se tratando
dela qualquer hora era propícia a se pensar isso.
Para tentar aliviar eu peguei meu charuto, o que não adiantou muito uma vez que
imediatamente o rosto safado de Bella me veio a mente. Não sei bem por que, mas ela
tinha tara ao me ver fumando. Vai entender...
Acendi o charuto, dei uma longa tragada e deixei minha cabeça pender para trás. De
onde estava eu conseguia ver perfeitamente o céu. A noite estava clara, estrelada...
linda. Há quanto tempo não parava para admirar o céu? Creio que a última vez foi na
varanda do meu quarto logo após ter feito amor com Bella. Nós dois nos sentamos la,
ela em meu colo enquanto conversamos sobre tudo.
Precisávamos de mais momentos assim, principalmente com nossos filhos. Pensar neles
me fez sentir um aperto no peito. Odiava ter que ficar longe deles... mas ao mesmo
tempo estava odiando a ideia de Joseph ter ficado. Tudo bem que reforcei demais a
segurança, mas nunca se pode bobear. No entanto agora com o fim de Dom Matteo
teríamos mais sossego. Claro que sempre haveria brigas entre grupos da máfia, todos
sedentos por espaço. Mas a maioria sabia que os Cullen eram mais fortes, sempre
foram. E nenhum deles foi tolo o suficiente para me afrontar dessa forma.
Apenas aquele maldito. Aquele homem asqueroso que a única coisa que fez de bom a
mim, mesmo que inconscientemente foi trazer Joseph pra minha vida.
Voltei a tragar o charuto e estreitei meus olhos ao ver o segurança sair do galpão. Eu
estava certo,claro. Agora ele iria atras do segurança de Bella. Caminhou até o carro e eu
ajeitei a metralhadora em minha mão e fui me esgueirando pela parede para que não
fosse notado. Ja estava acostumado a andar feito um gato e raramente minha presença
era percebida antes de estar cara a cara com meu alvo.
E não foi diferente dessa vez. Ja perto do carro ele olhou em seu interior. Como
combinado nosso segurança não estava mais lá.
Através da escuta eu ouvia a conversa dentro do galpão.
–Veio sozinha?
–Obviamente não. Meu motorista ficou no carro.
–Ah... que alívio. Não é bom ficar andando sozinha por ai. Nunca se sabe com quem
pode encontrar não é?
Não protelei muito. Ergui o braço e bati o cotovelo com toda força em seu rosto,
ouvindo o som de provavelmente seu nariz sendo quebrado.
Ele caiu ao chão eu fui me afastando.
–Jasper e Emmett... cuidem dele.
Fiz meia volta voltando a prestar a atenção na conversa entre Bella e o velho.
–Claro... um bom serviço prestado por uma delícia dessa. Deveriam mesmo ficar
satisfeitos não acha?
Apressei meu passo e logo já estava à porta do galpão esperando apenas o sinal de
Bella. Ja estávamos preparados para um ataque de Dom Matteo e combinamos passo a
passo o que iriamos fazer.
–Eu acho que você deveria se conter antes que eu arrebente sua cara.
Ele riu alto.
–Arrebenta mesmo?
–Pode apostar que sim. Eu não sou esposa do poderoso por acaso.
Eu já estava pronto para agir quando ouvi o tiro.
–SUA VADIA!
Sorri pois sabia que a minha poderosa tinha acertado o maldito. Logo depois ouvi sua
voz.
–Venha.
Entrei justamente quando uma arma,provavelmente chutada por Bella veio parar aos
meus pés. Meu sangue fervia, a fúria tomando conta de mim e eu tentava me controlar
ou iria matá-lo ali mesmo, sem sequer fazer com ele tudo o que ele merecia. Ergui um
pouco meu chapéu e nesse momento eu vi o terror no rosto dele.
Era isso que eu gostava. Ver o medo no rosto daqueles que ousavam me desafiar. E com
Dom Matteo tinha um gostinho todo especial.
–Olá... há quanto tempo... DOM MATTEO.
Ele se encolheu contra a parede, olhando para os lados procurando fuga. Porra... como
eu queria estar filmando esse momento. Ver aquele rato tentando fugir, quase se
borrando nas calças ao ficar cara a cara comigo. Seu medo, seu desespero era pura e
simplesmente por ver que ele não conseguiu me enganar, mesmo com a aparência
modificada.
–PIETRO! PIETRO!
–Quem é Pietro? Aquele que meus homens acabaram de jogar aos urubus?
Sinceramente eu estava mais puto por ver que ele era um fraco. Como alguém tão
frouxo conseguiu escapar de mim por tanto tempo?
Coloquei o pé sobre a barriga dele, forçando levemente e apontando a metralhadora em
sua cabeça.
–E então franguinha... pronto para brincar um pouco?
–Você é louco... maldito... não sei do que está falando. Não sou esse tal Dom Matteo.
Ele gritou de dor quando forcei ainda mais o pé em sua barriga e em seguida a minha
poderosa passou por ele. Os saltos altos e fino esmagando a mão daquele verme. Com
um gancho de braço eu o ergui do chão jogando-o contra a cadeira. Era hora de ele
começar a sofrer um pouco mais.
*********
Mesmo com um sentimento quase doentio de vingança eu não conseguia desligar minha
mente de outras coisas. Uma delas era Bella. Apesar de ter provado infinitas vezes que
essa era a vida dela, Bella nunca participou de uma sessão de tortura como essa. Sei que
ela é forte e atrevida como ninguém, além de nutrir um sentimento de vingança tão forte
quanto o meu.
Mas eu me perguntava até quando ela iria suportar? Sem que ela percebesse eu
analisava suas ações esperando uma mostra de que estaria demais pra ela como
expectadora. Ela não me pareceu abalada quando Dom Matteo foi levado à barra de aço,
onde teve seu corpo molhado e depois ligado a fios numa máquina de choque.
Pelo contrário, ela estava divinamente sentada numa das poltronas, a arma em punho e
as pernas cruzadas. Aquela imagem tentadoramente sexy me fazia ter pensamentos nada
apropriados para o momento. Se não estivéssemos cercados por tantos homens eu
fatalmente deixaria Dom Matteo na geladeira enquanto me divertia com minha esposa.
Mas agora não era hora de pensar nisso, merda. Bella sempre conseguia me fazer perder
o foco.
Entretanto quando Emmett ligou novamente a máquina, e dessa vez as ondas de choque
foram ainda mais fortes Bella virou o rosto e fechou os olhos como se quisesse tirar a
visão e o som dos gritos a força de sua mente.
–Deixem-no ai por enquanto.
Sentei-me no chão, entre as pernas de Bella, acendi o charuto e deitei minha cabeça em
seu colo, buscando seu olhar. Apesar de tudo eu não estava feliz. De certa forma eu me
igualava a Dom Matteo ao infligir esse castigo a ele. Mas era assim que deveria ser.
Algumas pessoas não entendiam outra linguagem, portanto... o mal deveria ser pago
com o mal.
Além disso outro problema perturbava minha mente: Lorenzo. Sei que ele “investiu”
muito dinheiro nos negócios de Dom Matteo e obviamente não iria ficar satisfeito com a
derrocada dele. Sinceramente eu não acreditava que ele estivesse em Roma. Assim
como aconteceu com o farabuto, ele deveria estar bem mais perto do que pensávamos.
Mas Emmett já sabia com quem ele deveria entrar em contato para averiguar esse fato.
Lorenzo seria mais um pra minha lista. Sei que acabaria ali. Dom Matteo não era bem
quisto nem mesmo entre outros mafiosos. Ele tentava avacalhar com os negócios de
todos, mesmo não tendo cacife pra isso.
Talvez Tanya fosse uma ajuda. Da última vez em que falei com ela estava em Roma,
embora estivesse morando agora em Genebra. Estava muito bem amparada por
seguranças, afinal não era de todo uma cabeça de vento feito Renné.
Bella percebeu que algo me incomodava. Éramos tão unidos que daqui a pouco um
estaria adivinhando os pensamentos do outro. Sabíamos muito bem quando o
companheiro não estava bem, mesmo que dissesse o contrário.
Mas eu não estava apenas chateado por agir dessa forma. No fundo ainda havia a
preocupação com nossa família. Lógico que eu jamais diria ou deixaria que Bella
percebesse isso. Acabei inventando que estava entediado embora não fosse totalmente
mentira. Eu vim preparado para uma luta difícil e o que encontro? Um dos seres mais
fracos que já tive o desprazer de capturar.
Meu lado malvado gostava de uma boa luta e infelizmente dessa vez isso não aconteceu.
Fraco... frouxo... abutre dos infernos que nem sabia lutar com dignidade. Era nisso que
pensava enquanto observava aquele traste deitado no chão em posição fetal.
Agora seria uma das piores partes. Sei que Bella não aguentaria presenciar isso então
dei a desculpa de que não queria que ela o visse nu. Os rapazes tiraram a cueca dele e o
corpo medonho ficou exposto.
–Está na hora da salada de fruta chefe?
–Isso ai Jacob. Se bem que pra ele não será uma salada completa, já que ele irá receber
apenas a pera.
Ao ouvir isso ele gritou, berrou... e implorou. Sim... o maldito estava implorando. Justo
ele que nunca se importou com o protesto daquelas crianças, destruindo a dignidade
delas, acabando com a infância e torturando a mente delas com atos tão grotescos, para
dizer o mínimo. Eu não iria me arrepender disso. Ele precisava sentir na pele tudo o que
elas sentiram.
Novamente o corpo nojento daquele velho foi esticado ao máximo enquanto ele berrava
de dor. Braços e pernas abertos, amarrados... completamente nu. Bella permaneceu de
costas. Ver aquele traste nu a faria ter pesadelos com certeza.
–Podemos ir Chefe?
–Deve ir Jacob. Ele já deve estar excitado.
–Ah... e como está.
Jacob foi se aproximando dele, enquanto Dom Matteo se debatia inutilmente, olhando
para a pera nas mãos dele.
–Ta com medinho? Mas você fez isso com tanta garotinha...
Aproximei-me dele, a fúria assassina estampada em meu rosto.
–E com MEU filho, seu desgraçado. Vai Jacob... ele não vê a hora de se tornar uma
mocinha.
Jacob era perverso... sempre foi. So ouvi o berro de dor do velho que agora sentia na
pele, o que era uma violência sexual.
Olhei pra Bella que estava com a mão sobre a testa como se estivesse prestes a ter um
colapso. Ela não viu, mas sabia perfeitamente o que aquele instrumento faria. Dom
Matteo gritava, berrava enlouquecidamente. E o pior ainda nem tinha vindo.
Jacob continuava sorrindo e me olhou esperando aprovação. Apenas afirmei com a
cabeça e então ele girou a ponta da pera. O grito que se ouviu foi o mais agonizante que
já ouvi em toda minha vida.
Tirei o chapéu, encostei-me no carro e joguei o chapéu la dentro. Passei a mão pelo
cabelo e puxei Bella de encontro a mim.
–E o que você acha Edward?
–Não sei Bella. Mas é aquela mesma sensação que tive com Dom Matteo. Algo me diz
que ele não está em Roma. Talvez não esteja aqui, mas la ele não está. Tenho quase
certeza.
Nesse instante meu celular tocou e atendi imediatamente ao ver que era o Emmett.
–E então Emmett?
–Lorenzo não está em Roma Edward... ele está aqui.
–Merda.
Eu me virei dando um soco no teto do carro.
–Estamos de tocaia perto do casa dele. Ha movimentação lá e acreditamos que ele está
em casa.
–Ótimo. Quantos estão ai com você?
–Eu e mais quatro.
– É pouco. Reforce isso. Eu irei acabar por aqui e já estou indo.
–Sim. Eu ligo se tiver qualquer novidade.
Desliguei o celular e liguei para casa.
–O que foi Edward?
–É como falei Bella... Lorenzo está aqui e não em Roma.
Fiz um sinal com a mão para que ela esperasse enquanto eu falava ao celular.
–Alice? Como estão as coisas por ai?
–Está tudo bem Edward. Estamos jogando cartas na sala de jogos.
–E Joseph?
–Está conosco é claro. Está havendo alguma coisa?
–Nada demais. Não coloquem nem o nariz pela janela ou arrebento com você quando
chegar ai.
–O que deu errado? Alguma coisa não está certa e..
–Alice cale a merda da boca e apenas faça o que estou mandando. Nada de sair dai.
Nem uma voltinha no jardim acompanhada de trinta seguranças, está me ouvindo?
–Perfeitamente seu grosso.
–Ótimo. E peça ao Joseph para tomar conta de você. Sei que não tem juízo.
–Ora seu filho da...
Ele não respondeu. Engasgou com a saliva e também com sangue que escorria de sua
boca. Provavelmente Jacob andou lhe dando umas porradas assim que sai. Eu sabia que
ele não respondia porque não estava conseguindo, mas não me permiti ser solidário
nessa hora.
–Jacob...
Jacob puxou as cordas de um lado e Laurent do outo, estirando os músculos de Dom
Matteo até um limite quase insuportável.
–Chega!
Ordenei antes que Jacob arrancasse um dos braços ou pernas dele.
–Pela última vez... onde está Lorenzo?
Vi o desgraçado desmaiar mais uma vez. E nem era de se espantar. Ele sangrava muito,
afinal a pera ainda estava la... naquele lugar.
Sorri, subindo meu olhar pelas pernas bem torneadas, coxas, cintura, seios... ate chegar
a sua boca carnuda, os lábios presos entre seus dentes. Mulher de endoidecer qualquer
um.
–Pronto chefe.
Jacob me tirou daqueles pensamentos libidinosos. Apenas pisquei pra Bella e fiz um
sinal para que ela me acompanhasse. Paramos em frente ao velho, preso dentro da
famosa dama de ferro. O rosto e o dorso molhado denunciavam que Jacob andou
jogando água nele, talvez como forma de acordá-lo.
– Você ainda tem a chance de não sofrer muito aqui velho. Estou começando a ficar
irritado. Onde. Está. Lorenzo? Ele não está em Roma não é?
Ele ainda deu um sorriso cínico.
–Não. Está... bem aqui. Eu...
Meu celular tocou e eu ignorei dando dois passos à frente.
–Diga.
–Ele... ele tem ordens... pra pegar a pequena... e a vadia gostosa.
Deu uma risada fraca. Senti algo ferver dentro de mim. Era como se meu sangue subisse
pelas minhas pernas até chegar em meu cérebro com uma velocidade impressionante,
queimando tudo. Falar da minha Valentina já me tirava completamente o juizo e ainda
por cima Bella também? Isso não... homem nenhum nesse mundo tocaria em minhas
mulheres. Cego de ódio eu avancei até ele pegando o punhal na mesa ao lado e
cravando-o em sua barriga, o sangue quente rapidamente encharcando minha mão.
Seus olhos ficaram arregalados e ele tossiu, quase engasgando. Fora isso nenhum som
se ouvia ali dentro, exceto meu celular que continuava tocando sem parar.
–Ele...
Novamente ele tossiu e mais sangue saiu pela sua boca. Puxei o punhal, afinal eu ainda
estava ali, segurando-o em sua barriga. Minha fúria agora exigia que eu o perfurasse por
inteiro, mas um alerta piscou em meu cérebro e com a mão limpa eu peguei meu celular.
–Fale Emmett...
–Edward... é melhor você vir pra casa.
Senti um aperto, algo esmagando dentro de mim e a certeza de que algo ruim estava
acontecendo... em minha casa... com minha família.
–O que está acontecendo? Emmett?
Ouvi um estrondo e a linha emudeceu. Meu celular quase foi esmagado em minhas
mãos enquanto eu olhava o abutre quase morto à minha frente.
–Jacob... ele não vai viver muito tempo, mas ainda assim... mude as lanças de lugar e
feche a dama. Quero que o atinja nos órgãos vitais... e o deixe sangrando até a morte.
Eu me virei e peguei Bella pela mão. Seu rosto estava pálido e ela tremia.
– O que... o que....
–Vamos pra casa.
–E vocês quando terminarem venham também.
–Edward... me diga o que está havendo.
–EU NÃO SEI.
Acabei berrando desesperado enquanto entrava no carro dando a partida imediatamente.
Peguei o celular e liguei pra Alice. Tocava até desligar. Liguei de novo e soquei o
volante.
–Atende... atende...porra...
Parei de supetão ao ver Emmett parado, a camisa encharcada de sangue. Bella que vinha
correndo logo atras de mim, bateu o peito em minhas costas e se eu não girasse
rapidamente ela teria ido ao chão.
–Oh meu Deus... Emmett...
–Você está ferido?
–Nada demais, mas...
–O que houve aqui?
–Ele atacou Edward. Ele não estava na casa dele como pensávamos.
Olhei ao redor, o coração quase saltando pela boca. As escadas que levavam até a outra
ala da propriedade estavam destruídas.
–Mas ele não contava com tantos e seguranças e...
–Joseph? Onde está o Joseph? E Alice?
Puxei Bella pela mão sem esperar resposta e entrei na casa correndo, chamando Emmett
para entrar também. O meu desespero era tanto que fiz uma coisa que há algum tempo
eu não fazia: rezar.
Meu coração parecia querer saltar pela boca. Eu tremia ,mas estava segura pela mão
forte de Edward que me segurava enquanto entrávamos correndo em casa. Emmett
vinha logo atras dizendo que estava tudo bem, mas Edward estava transtornado.
Quando chegamos à sala eu o vi sentado entre Alice e Rose parecendo estar
completamente em choque. Edward e eu nos atiramos aos pés dele no mesmo instante,
segurando sua mão.
–Quando deu um estrondo ele pareceu entrar em pânico Edward. Mas ele ficou pior
quando viu Lorenzo. Ele berrava e se debatia. E quando Lorenzo atirou...
–Ele acertou o Emmett só de raspão, eles lutaram um pouco... mas atingiu também um
dos seguranças. Está morto.
Edward esbravejou alguns palavrões mas eu nem chamei sua atenção. Joseph parecia
não ouvir nada mesmo.
–Er..
–Hum... entenda Edward... quando ouvimos aquela gritaria, aquele corre corre...
chegamos até a varanda pra ver e...
Edward berrou, totalmente incrédulo. Depois de tudo que Edward falou? Elas estavam
loucas?
–Edward...
–Eu não quero ouvir. Bando de inconsequentes. Mas eu irei cuidar do Joseph primeiro,
depois resolvo com vocês.
–Como?
Emmett sorriu.
–Ótimo. Irei resolver as coisas aqui primeiro e depois ficarei cara a cara com ele. Você
já olhou esse ferimento?
–Vá se lavar e depois se encontre com os outros. Quero que vasculhem tudo que
puderem na casa de Lorenzo. Não quero ninguém vivo. Acabou a brincadeira.
Edward ergueu a cabeça e olhou com raiva pra Alice, mas em seguida seu olhar
suavizou-se.
–Como está?
–Estou bem. Rose ficou monitorando tudo.
Alice nem retrucou. Sabia que Edward estava chateado e entrar numa discussão com ele
agora só iria piorar as coisas. Ficamos em silêncio, Edward embalando Joseph no seu
colo e eu acariciando seus cabelos.
Pouco depois o médico chegou e levamos Joseph para o quarto. Rose se juntou a nós
novamente, afinal ela presenciou tudo. Alguns exames superficiais e a tentativa em vão
de fazê-lo falar algo.
–Senhor Cullen eu aconselho levarmos o garoto até minha clinica apenas para mais
alguns exames. Creio que não é nada grave, apenas um choque muito grande, mas
mesmo assim é melhor eliminarmos todas as possibilidades.
Assim que o médico saiu Edward me ajudou a arrumar Joseph. Rose voltou para ficar
com Alice. Com certeza o doutor deve ter percebido a bagunça que estava na entrada da
casa, mas não disse nada.
–Bella, irei apenas trocar umas palavras com os rapazes, não me demoro.
Pegou Joseph do meu colo e nos acompanhou até o carro. Ajeitei-me no banco de trás
com ele e esperei enquanto Edward conversava com os seguranças e com os demais
rapazes que já tinham chegado.
Fiquei olhando o rosto do meu garoto encolhido em meu colo. Por que será que ficou
desse jeito? Teria sido realmente apenas o susto? Não sei por que mas algo me dizia que
não. Em determinado momento seus olhinhos se moveram procurando meu rosto.
–Nós te amamos. Seu pai não irá permitir que ninguém machuque nenhum de nós. Você
está seguro meu anjo.
Apertei-o junto ao peito e assim fiquei até Edward entrar no carro. Ele dispensou o
motorista e tenho certeza que era apenas uma estratégia dele para tentar coordenar os
pensamentos.
Assim que chegamos à clinica Edward pegou Joseph novamente nos braços e entramos.
Ficamos sentados lado, as mãos unidas enquanto observávamos o médico realizar os
exames em Joseph.
–O que acha?
–Não sei. Mas é tão estranho... não creio que foi apenas susto.
–Pode ser. Apesar de ele não se misturar tanto nos assuntos de Dom Matteo. Creio que
ele só entrou na jogada agora porque não queria perder seus milhões.
Coloquei minha cabeça no ombro de Edward e ele beijou meus cabelos. Longos
minutos se passaram, talvez horas até que o médico nos informou que já havia feito todo
e qualquer exame possível. Nada. So nos restava dar muito carinho e atenção e esperar
até que ele saísse desse torpor em que se encontrava.
No caminho de volta para casa ele dormiu e então pude conversar novamente com
Edward.
–Basicamente o que falei com o Emmett. Quero que eles não deixem nem pó. So assim
eu terei tranquilidade para trazer nossos filhos de volta. E juro a você Bella... nunca
mais me deixarei dobrar. So de pensar no que poderia ter acontecido ao nosso filho.
–Eu sei, nem posso discutir com você. Mas e Lorenzo? O que pretende fazer com ele?
–Vai ficar algum tempo preso la até eu ter certeza que não teremos surpresas. E depois...
o fim dele não poderá ser outro. Só não irei perder muito meu tempo com ele.
Entendi perfeitamente bem o que ele quis dizer. Nada de torturas. Uma morte rápida,
talvez até dolorosa, mas sem muita vontade de castigá-lo.
Edward nos olhava o tempo todo pelo retrovisor, um vinco em sua testa demonstrando
sua preocupação. Era um pai zeloso demais e apostava minhas fichas que ele deveria
estar se crucificando agora por ter cedido aos apelos do Joseph e permitido que ficasse.
Mas como dizem, não adianta chorar pelo leite derramado. Tudo o que tínhamos que
fazer por hora era cuidar do nosso garoto.
Quando chegamos em casa Joseph ainda dormia e Edward o colocou em nossa cama.
Depois me abraçou, o rosto enterrado em meu pescoço.
–Preciso ligar para os meus pais. Quero ouvir a voz dos nossos filhos.
Estava mentalmente cansada. Não tanto pela caçada a Dom Matteo, mas por esses
últimos acontecimentos. Saber que meu filho correu perigo por termos sidos frouxos
demais. E pior ainda tentando imaginar como estaria a cabeça dele nesse momento.
Além disso havia Edward. Conheço meu marido muito bem para saber que a cabeça
dele deveria estar a mil. Felizmente os pequenos estavam seguros.
Minha preocupação agora era somente Joseph e Edward. Sei que haveria uma explosão
por parte dele mais cedo ou mais tarde. Estremeci com esses pensamentos. Não foi um
tremor de medo e sim de excitação. Me senti péssima por ter esses pensamentos nada
puros quando meu filho se encontrava em situação tão delicada. Mas era inevitável,
tendo Edward como marido.
Quando voltei ao quarto Edward estava deitado na cama, um dos braços atras da cabeça,
olhando para o teto. Joseph ainda dormia. Sentei-me na beirada da cama e coloquei a
mão em seu peito.
–Não subestimo mais ninguém Bella. Como Emmett disse, só não houve luta pior aqui
porque Lorenzo jamais imaginou que eu havia descoberto sobre Dom Matteo.
–Eles, tanto Lorenzo quanto Dom Matteo acreditavam que iriam nos pegar. Enquanto
Dom Matteo pegava você, Lorenzo viria aqui tentar pegar Valentina provavelmente.
–Sim.
–Sim, mas ele veio com um grupo razoável de homens. Como ele iria imaginar que
praticamente tripliquei nossa segurança?
Seguiu para o banho e eu me vesti. Aproveitei que Joseph dormia e fui falar com Alice.
Ela estava deitada com uma expressão triste.
–Tudo bem?
–Sei que foi imprudente Bella, mas na hora foi... no susto. Quando dei por mim já
estávamos na varanda.
–Entendo você. Procure não pensar muito nisso agora. Está tudo bem com o bebê?
–Sim, tudo bem. Eu... me sinto mais segura agora que vocês dois estão aqui.
Abracei-a e beijei sua cabeça. Era bom saber que confiava tanto em mim e em Edward.
–Descanse.
–E o Joseph?
–Dormindo.
Falei já na porta do quarto. Ao chegar ao meu quarto Edward não estava. Fui ao
banheiro e também não estava. Dei uma olhada em Joseph e fui atras dele. Ja sabia onde
o encontraria.
Aproximei-me dele e me ajoelhei a sua frente, colocando minhas mãos sobre suas
coxas. Ele não se moveu.
–Quer conversar?
–Nunca mais posso repetir isso. Foi uma imprudência de minha parte.
–Lógico que foi. Eu jamais deveria ter cedido ao Joseph. Eu não posso ser tão frouxo
quando o assunto é minha família. Mesmo com o coração cortado por ter que dizer não,
essa é a coisa sensata a ser feita.
–Eles não estavam desprotegidos. Mais de cinco seguranças pra cada um deles.
Peguei o copo intacto da sua mão e coloquei no chão. Depois subi em seu colo, minhas
pernas ao lado do seu corpo. Segurei os cabelos de sua nuca olhando dentro de seus
olhos.
– Você é nosso porto seguro Edward. Alice acabou de me dizer que se sente mais
segura agora que você está aqui. Você sempre coloca nossa família acima de tudo. Mas
você não é infalível, por favor. Não se massacre tanto. Estamos todos bem e isso graças
a você. E se você não tivesse descoberto a armação de Dom Matteo? Ja imaginou o que
seria de nós? Não fique se cobrando tanto.
Não resisti ao seu olhar desolado e procurei sua boca que imediatamente cedeu
passagem à minha língua. Um braço envolveu minha cintura e o outro subiu pelo meu
braço ate chegar à minha nuca, emaranhando seus dedos em meus cabelos. Eu me
apertei mais a ele e mordisquei seus lábios. Sua boca passou ao meu pescoço, mordendo
e distribuindo beijos molhados. Eu me remexi sobre ele sentindo seu pau pulsando sob
mim.
–Eu sinto falta de você inteira. Se soubesse a fome que estou de você Bella... Mas não
posso e não devo fazer amor com você, não hoje.
Ele voltou a beijar e morder meu pescoço, forçando meus quadris sobre sua ereção.
Apenas deixei minha cabeça descansar em seu peito enquanto ele prosseguia com suas
carícias. Eu sabia que ele sempre cumpria suas promessas.
Edward Pov
Era muito fácil acabar com minha vida, me matar. Bastaria apenas insinuar que alguém
da minha família não estava bem e eu iria ter um ataque. Aliás não sei como não tive
um assim que cheguei em casa e vi o estado em que ela se encontrava. Logicamente não
estava tão ruim assim, mas um vaso quebrado já seria o suficiente para me fazer pensar
horrores.
Felizmente não houve nada de grave, exceto por Joseph que continuava em estado
catatônico. Por mais que eu pensasse não conseguia chegar a uma conclusão do motivo
de ele estar daquele jeito. Não creio que apenas o susto o tivesse deixado assim. Havia
algo mais, entretanto minha mente estava tão cansada que eu não conseguia racionalizar
muito bem.
Na verdade eu me massacrava por ter permitido que as coisas chegassem a esse ponto.
Nunca... nunca mais iria agir de forma tão passional. Isso quase custou a vida do meu
filho. Eu deveria ter sido duro, como sempre fui e tê-lo colocado naquele avião junto
com seus irmãos e meus pais.
Não iria me desculpar jamais por ter colocado a vida do meu garoto em risco. Enquanto
Bella tomava seu banho eu fiquei velando seu sono. Os exames não apontaram nenhum
problema, provavelmente apenas um abalo emocional muito forte.
Depois que Bella tomou seu banho eu entrei no banheiro também. Queria estar a sós
com ela, me perder em seu corpo, esquecendo-me do mundo, como só ela sabia fazer.
No entanto eu adiaria esse momento em respeito ao meu filho. E em respeito a Bella
também. Seria desagradável fazer amor com ela e ficar pensando em como Joseph
estava a todo instante.
Poderia parecer meio gay, mas sinceramente meu corpo estava meio “sensível” ao de
Bella. Tanto que assim que sai do banho e constatei que Joseph dormia tranquilamente
eu desci e fui até o escritório pegando um copo de uísque e me sentando na poltrona.
Precisava relaxar um pouco para não fazer coisas das quais me arrependeria mais tarde.
Dei um gole na bebida que desceu queimando minha garganta e deixei minha cabeça
pender para trás fechando os olhos em seguida.
Não me agradava o fato de Lorenzo estar na outra ala da casa assim como Mike ficou.
Mas eu não poderia simplesmente matá-lo sem saber se seríamos ou não pegos de
surpresa novamente. Ja vacilei uma vez e se errasse novamente poderia ser fatal. Mas
tão logo meus homens se certificassem de tudo eu iria dar cabo da vida dele. Sem muito
lenga lenga, sem muita frescura. Matar e ponto final. Meus negócios não podiam parar...
tinha muito trabalho pela frente.
Estava tão perdido em meus pensamentos que não percebi a entrada de Bella. Estremeci
ao sentir a mão quente e macia em minha coxa.
–Quer conversar?
A voz dela era um alento. Me trazia paz de certa forma. Fazia com que eu tomasse
coragem para dizer o que me afligia.
–Nunca mais posso repetir isso. Foi uma imprudência de minha parte.
Sempre querendo me proteger. Inclinei em sua direção e confesso que foi um erro. O
cheiro delicioso que emanava da sua pele e dos seus cabelos me deixava atordoado. As
palavras dela tocavam fundo em mim e para piorar ela tirou o copo da minha mão e se
sentou em meu colo.
Sua expressão era serena, não me pareceu uma forma de me provocar. Entretanto esse
gesto foi mais do que suficiente para me deixar em ponto de bala. Mas eu estava
desolado. Eu tinha que ser sempre o poderoso para minha família. Eu tinha que ser
aquele cara que eles poderiam confiar de olhos fechados.
No entanto todo e qualquer pensamento ruim se esvaiu quando Bella me beijou. Não me
fiz de rogado e deixei que sua língua percorresse minha boca. É como eu disse. Meu
corpo estava sensível a presença dela que dirá ao seu toque, seus beijos. Abracei sua
cintura e enfiei meus dedos em seus cabelos beijando-a com vontade. Bella mordeu
meus lábios provocando arrepio em minha espinha. Tentando me controlar, mas errando
totalmente eu passei a morder e depositar beijos em seu pescoço. Tinha me esquecido o
quanto Bella gostava disso. Tanto que ela se remexeu e foi impossível, como sempre,
controlar o pulsar do meu pau, que quase ganhava vida própria, já enxergando que seu
paraíso estava bem ali sobre ele.
–Eu sinto falta de você inteira. Se soubesse a fome que estou de você Bella... Mas não
posso e não devo fazer amor com você, não hoje.
Ela poderia até não se chatear mas eu iria enlouquecer com certeza. Pouco tempo sem
fazer amor com ela, mas pro meu desejo parecia que foi há um século. Nesse momento
eu só conseguia pensar em nós dois juntos, jogados em nossa cama, nossos corpos se
esfregando com volúpia, como sempre. Sinceramente eu tinha medo do “estrago” que
faria nela.
–Obviamente.
Abracei seu corpo e juntos subimos para o nosso quarto. Paramos ao lado da cama
olhando nosso filho.
–Acho que ele precisa dos pais essa noite. Vamos deixá-lo aqui. Nossa cama é bastante
grande para comportar nós três.
Bella assentiu e o ajeitou no meio da cama. Depois de fazer nossa higiene, nos deitamos
cada um ao lado de Joseph, ambos olhando para o seu rosto de anjo. Entrelaçamos
nossos dedos sobre o corpo dele. Eu me inclinei um pouco e dei um beijo leve nos
lábios de Bella.
–Durma bem.
Porem eu fiquei um bom tempo acordado, apenas observando minha mulher e meu
filho, ambos dormindo tranquilamente. Tanto a fazer por eles ainda que eu nem sabia
por onde começar. Talvez o melhor fosse começar descansando, só assim eu teria
clareza e discernimento para proporcionar o melhor a eles.
*********
Sabe quando você sente que quer se levantar mas não consegue mover um único
músculo do corpo? Era assim que eu me encontrava agora. E vou dizer... estava
odiando. Detestava ficar com o corpo mole desse jeito, sem vontade de fazer porra
alguma. Mas a cama estava tão boa. E eu tenho quase certeza que pouco antes de dormir
eu ouvi a voz do Joseph.
Ou eu estava sonhando? Não tenho certeza. Estiquei minha mão para fazer um carinho
nele e encontrei o vazio. Ainda de olhos fechados eu tateei mais um pouco e só então
abri os olhos. Merda! Eu estava sozinho na cama. Agucei meus ouvidos mas ao mesmo
tempo um cheirinho gostoso de café fresco invadiu minhas narinas.
Girei o corpo e olhei para o lado e la estavam os dois: Bella e Joseph sorrindo, uma
bandeja enorme nas mãos.
Sorri com a surpresa, mas meus olhos estavam fixos em Joseph que me encarou um
tempo e depois baixou os olhos.
–Está tudo ótimo não é Joseph? Ele só quer dizer algo a você Edward.
Fiquei olhando pra ele até que levantou a cabeça, os lábios meio trêmulos.
–Desculpe pai.
–Não tenho que desculpar nada. Só quero saber se está tudo bem com você garotão.
Eu falei baixo, mas não o bastante para que Bella não ouvisse.
Nós dois rimos e eu o abracei novamente. Ver novamente um sorriso no rosto do meu
filho não tinha preço. Dei um pulo da cama assim que Joseph se afastou.
–So vou jogar uma água rápida no corpo e venho tomar o café com vocês.
Não esperei resposta e corri para o banho. Precisava ficar com minha família. E depois
iria também ligar para o meu pai e ao menos ouvir a voz dos meus filhos. Não demorei
nem cinco minutos e quando voltei ao quarto Joseph estava saindo do quarto.
–Vou estudar.
–Eu não acho boa ideia. Até ontem você ainda estava... abalado. Não é nada bom sair
e...
–Fique tranquilo pai. Não irei sair. A senhora Morgan irá me ajudar já que perdi dois
dias de matéria. Ficarei estudando o dia todo para recuperar.
–Eu sei.
Ele veio até mim e me abraçou mais uma vez e depois abraçou Bella também. Eu ainda
tinha muito o que conversar com ele, mas daria um tempo. Talvez ele ainda não
estivesse preparado para falar. Bella levou a bandeja até a varanda e eu a segui,
sentando-me ao seu lado.
–Nada. Quando acordei ele já estava acordado e só me deu um abraço. E também pediu
desculpas. Achei que não era o melhor momento para perguntar qualquer coisa.
–Também acho. Vamos dar tempo a ele. Quando quiser falar tenho certeza que virá nos
procurar.
–Certo.
Ela perguntou com voz e sorriso malicioso. Só então eu me toquei de uma coisa. Joseph
estava aparentemente bem e ocupado pelo menos a manhã inteira. Então...
Ela se levantou e foi para o quarto. Eu me levantei, quase hipnotizado olhando seus
quadris rebolando sob o vestido... E tinha certeza: ela não usava calcinha.
Pensei que iria sair do quarto mas ela foi apenas trancar a porta. Eu a alcancei
rapidamente e parei atras dela. Quando Bella se virou seu corpo chocou-se contra o meu
e com apenas uma das mãos eu abracei sua cintura, apertando-a de encontro a mim.
Rocei meu nariz e meus lábios entreabertos em seu pescoço, subindo até sua orelha. Ela
estremeceu ao me ouvir sussurrar e um gemido baixo escapou de seus lábios.
Suas pernas amoleceram e com agilidade eu a ergui, suas pernas se enroscando a minha
volta.
–Edward...
Mordi seu pescoço enquanto caminhava com ela ate a cama e deixei meu corpo cair
sobre o dela. Ela me puxava com força pelos cabelos, procurando minha boca já sedenta
pela dela. Meu corpo estava quente, pegando fogo e o corpo macio e também quente de
Bella só aumentava minha tara e minha necessidade de estar inteiramente dentro dela.
Enfiei minha mão sob seu vestido, gemendo ao perceber que eu estava certo. Ela estava
sem calcinha e seu tesão melava suas coxas contribuindo para levar embora de vez a
minha sanidade. Colei minha boca na dela enquanto baixava a alça fina do vestido e
envolvia o seio farto com uma das mãos. Bella serpenteava seu corpo sob o meu,
gemendo de forma descontrolada. As mãos pequenas ergueram minha camisa e eu a
ajudei, tirando-a e jogando ao chão.
Cravou suas unhas em minhas costas, subindo mais as pernas e empurrando meus
quadris de encontro aos seus. Eu praticamente engolia sua boca, fazendo movimentos
com a língua que eu faria brevemente com meu pau. Depois suguei e puxei sua língua
com tanto ímpeto que Bella gemeu e esmurrou meu peito. Meu pau duro feito rocha
ameaçava rasgar minha bermuda em busca da sua “casa”.
Baixei a cabeça e devorei o seio de Bella, lambendo e mordiscando seu mamilo, minha
língua circulando a auréola e voltando a chupar.
Sua mão deslizou pelo meu peito ate alcançar meu pau que ela apertou com vontade, me
fazendo gemer. Tateei seu corpo procurando uma merda de um zíper ou botão... sem
sucesso. Afastei-me um pouco e segurei em seu decote enquanto Bella tentava
desesperadamente baixar meu calção, sem tirar a mão do meu pau que já molhava
minha bermuda.
–Gosta dele?
–Como?
Ela perguntou mas já era tarde. Com as duas mãos no decote eu puxei o vestido com
força rasgando-o ao meio. Bella gritou assustada mas eu a calei voltando a beijá-la. Sem
me afastar muito e com uma das mãos eu a ajudei a descer minha bermuda e chutei-a
longe.
Bella sabia como e onde me tocar e me fazia gemer como jamais fiz. Investi meus
quadris em sua mão que fazia um vai e vem delicioso que me tirava o fôlego.
Ela me empurrou, ou pelo menos tentou. Por isso me afastei enquanto ela se afastava.
–Vem amor...
–O que é isso?
Não respondeu. Apenas abriu e tirou um pote com algo verde dentro.
–Eu tenho absoluta certeza que você não precisa disso Edward. Só quero testar.
Franzi meu cenho e peguei a caixa enquanto ela destampava o vidro. Li a embalagem:
Fogo de Shiva.
Eu gemi alto e prolongado ao sentir Bella espalhando o gel em meu pau, um frescor
imediato proporcionando um prazer indescritível. Curioso voltei a ler a embalagem
enquanto ela massageava meu pau. O QUE? Prolonga a ereção? E eu la preciso disso?
Joguei a caixa e a peguei pelo cabelo, sem machucar, claro, e girei seu corpo
empurrando suas costas ate seu peito tocar a pequena cômoda.
–Edward eu só queria...
–Isso quer dizer que quer ser muito fodida... e será vadia.
Impulsionei meus quadris e me enfiei dentro dela, ambos gemendo de prazer. Eu ditei o
ritmo, segurando em sua cintura e metendo forte, tão forte a ponto de minhas bolas
tocarem seu clitóris e o som dos nossos corpos ultrapassarem nossos gemidos. Sem se
intimidar com meu gesto brusco Bella rebolava e empurrava sua bunda de encontro ao
meu pau. Inclinei meu corpo e segurei na borda da comoda, enterrando meu pau mais
profundamente. Quando ela girou a cabeça eu enfiei minha língua em sua orelha,
fazendo-a gemer e rebolar mais freneticamente.
O tesão era tanto que nublava minha mente, dominava meus sentidos completamente.
Queria ter essa mulher de todas as formas, nunca era suficiente. Mordi suas costas
quando ela levou uma das mãos pra trás e empurrou minha bunda.
Eu me afastei.
–Edward...
Sentei-me na beirada da cama, segurando meu pau. Não foi preciso uma palavra e Bella
praticamente correu até mim, abraçando-me pelo pescoço.
Se tinha uma coisa que me enlouquecia em Bella era seu ímpeto, seu tesão irrefreável
que fazia com ela se jogasse no sexo comigo, sem medo. Tanto que se sentou sobre meu
pau sem cuidado algum. Agarrei-a pela bunda, fazendo-a cavalgar sobre mim com
força. Bella gemia e se contorcia de forma a roçar seu clitóris em mim... e conseguia a
julgar pela moleza de seu corpo.
Deslizei meu dedo, penetrando seu cuzinho apertado que aliás... eu teria que comer
ainda hoje.
Segurando meus cabelos ela empurrou minha cabeça ate seu seio. Chupei, quase
engolindo um seio e depois outro, sem nunca parar minhas estocadas profundas.
Ela suplicou, a boceta molhada mastigando meu pau, me fazendo ver estrelas.
Bella já gozava tão intensamente que a contração dos seus músculos me fez ofegar e
meu gozo jorrar dentro dela antes que eu conseguisse me segurar.
–Wow...
–Porra...
Minha garganta seca ardia, mas minha boca entreaberta só piorava minha situação.
Bella passou os lábios pelo meu rosto até alcançar minha boca. Coloquei minha cabeça
entre seus seios enquanto acariciava suas costas. Sempre intenso... sempre perfeito.
Perguntei quando senti meu pau ainda duro pulsando dentro dela. Bella riu baixo e
depois me encarou.
–So queria ver se funciona. Porque nós iremos tirar umas férias Edward... viajar...
brincar com nossos filhos. E a noite...
–Muito sexo.
–Selvagem e ardente...
–Recomeçar , amor.
************
Enquanto falava com Emmett ao telefone eu ria de Bella escornada na cama, o controle
remoto da TV balançando preguiçosamente em sua mão. Ela quis descobrir o poder da
merda do Fogo de Shiva e agora estava ai... languida, um sorriso idiota no rosto.
Balancei a cabeça, ainda sorrindo ao me lembrar de suas palavras.
–Absoluta Edward. Vasculhamos tudo e... executamos quem atravessou nosso caminho.
A Era Dom Matteo chegou ao fim.
–Diga aos rapazes que darei descanso a eles por … dois dias. Depois disso tudo volta ao
normal.
Desliguei o celular e encarei a delícia na minha cama. Estávamos felizes, dois idiotas
babões por termos ouvido nossos filhos falando papai e mamãe ao telefone. Não via a
hora de juntar nossos três bambinos novamente.
–Assim como?
Perguntei inocentemente.
Levantei-me disposto a tirar Bella daquele torpor. Entretanto uma batida já conhecida
na porta me fez desistir dos meus planos pervertidos.
–Entre Joseph.
–É que...
–Desculpe mãe.
Assim que Bella saiu eu o chamei e fomos para a varanda. Ele se sentou ao meu lado
mas ficou cabisbaixo, olhando para as mãos.
–Sim.
–Filho... se você não estiver preparado para conversar comigo agora... eu irei entender.
So quero que saiba que pode confiar em mim... e em sua mãe.
Isso não estava me cheirando bem. Vergonha de Bella? Exatamente como ficou quando
me falou sobre Dom Matteo? Ele parecia sem jeito de contar até pra mim. Então eu
mesmo resolvi começar a puxar o assunto.
–Sim.
Ele negou.
–Então por que ficou daquele jeito? Pensou que ele fosse levá-lo até Dom Matteo?
–Não. Eu sabia que você iria pegar Dom Matteo.
Quase sorri ao saber da confiança cega que ele tinha em mim. Passei a mão pelos
cabelos dele até que ele me olhou com os olhos marejados. Com o coração apertado e
não querendo pensar naquilo eu me obriguei a perguntar.
–Joseph... alguma vez Lorenzo fez com você o mesmo que Dom Matteo?
Quando eu vi as lágrimas correrem pela sua face eu fechei meus olhos, angustiado,
fechando minhas mãos para controlar a vontade de sair dali naquele momento e estourar
os miolos de Lorenzo.
–Joseph...
–Quando eu vi ele ali... fiquei com medo que ele me pegasse e fizesse tudo de novo. Eu
sabia que você não iria deixar, mas... eu nem conseguia sair do lugar de tanto medo. Era
assim que eu ficava... com eles. Não conseguia nem mexer com medo de apanhar, de
morrer.
–Ah filho...
Peguei-o no colo e apertei em meus braços, meu rosto em seu cabelo para que ele não
visse minha tristeza e meu ar de derrota. Nem conseguia imaginar o pavor que ele
deveria ter sentido naquele momento. E eu me sentia péssimo duplamente. Mais uma
vez eu falhei como pai. Eu deveria tê-lo levado a um psicólogo sem sombra de dúvida.
Agora só me restava acabar com a vida de mais um miserável. Como eu disse, sem
muita enrolação. Um tiro no meio daquela cara nojenta e fim. Meu maior objetivo agora
seria procurar ajuda profissional para o meu filho.
–Nunca mais eu irei permitir que nada nem ninguém machuque você. Confie em mim.
–Eu confio. Se você estivesse aqui eu não sentiria medo. Eu nunca sinto quando sei que
você está por perto.
Se antes eu estava me empenhando a não falhar mais, agora era uma obrigação.
–Também acho.
–Vamos ter que fazer carinho nela depois. Essas mulheres são tão choronas.
Eu ri alto e segurei sua mão saindo do quarto e indo a procura de Bella. Melhores dias
estavam por vir, tinha certeza disso.
Às vezes eu ficava mal com essa minha mente um tanto quanto safada. Passamos por
um sufoco, nosso filho estava precisando do nosso apoio, mas bastou Joseph acordar no
dia seguinte, dando-me um beijo de bom dia para tudo mudar. Eu já pensava que a vida
era linda, maravilhosa e que eu precisava me jogar nos braços do meu homem.
É... isso que fazem meus hormônios pervertidos aliados a presença máscula do meu
marido. Mas eu não era só movida a hormônios não. Havia um sentimento maior, um
amor forte demais pela minha família que deixava meu peito apertado quando algo de
ruim acontecia. Em compensação parecia haver uma explosão de fogos dentro de mim
sempre que eu via que tudo estava bem.
O que eu senti quando Joseph me acordou com aquele beijo carinhoso não tinha
explicação. Ninguem diria que esse garoto sorridente era o mesmo que estava em
choque no dia anterior.
Mas ele me garantiu que estava tudo bem. A única coisa que queria agora era tomar um
café da manhã junto conosco.
Decidimos fazer uma surpresa pra Edward... que era o verdadeiro alicerce das nossas
vidas. Por mais que eu seja forte e sentindo essa força só aumentar mais e mais a cada
dia, o grande responsável por isso, sem dúvida era Edward.
Eu me esforcei para ser a mulher ideal pra ele. Aquela que o faria se orgulhar. Confesso
que grande parte disso foi por medo de perdê-lo. No entanto eu tinha também esse gênio
forte, atrevido feito ele mesmo.
E logo depois do café e de Joseph ter nos deixado a sós eu pude finalmente ser amada
de novo. A falta que eu sentia de fazer amor com Edward me deixava as vezes
envergonhada. Mas que culpa eu tinha? Era intenso demais, verdadeiro demais...
gostoso demais.
Eu quase ri da expressão dele ao ver o Fogo de Shiva. Realmente eu devia estar muito
excitada no dia que comprei aquilo. Desde quando meu poderoso precisava disso? Eu só
faltava pedir arrego.
Mas foi bom, nos excitou além da conta. E me deixou em frangalhos também. Tanto
que quase implorei para me deixarem quieta quando Joseph apareceu horas mais tarde.
Eu queria ficar ali na cama, jogada de qualquer jeito ainda sentindo uma leve dormência
nos músculos depois de ser apertada com tanta força pelas mãos de Edward.
Mulher ciumenta é fogo. É isso mesmo... eu me rasguei de ciúmes por Joseph ter
querido falar apenas com o pai, sem minha presença. Assunto de homens... tive que
aceitar não é? Por outro lado fiquei absurdamente feliz por ver o quanto ele entendia e
confiava no pai. Não poderia haver amor maior que esse.
–Oi.
Ela sorriu e fez sinal para que eu entrasse. Sentei-me na cama e coloquei a mão sobre
seu ventre também.
–Como estamos?
–E você?
–Ninguem teve culpa. E já te falei que Edward não está bravo. Ele só se preocupa
demais com tudo e com todos.
–Lorenzo?
–Sim. Joseph estava aterrorizado e algo me disse que era por olhar pra ele e não pelo
momento tenso.
–Eu desconfio que sim, mas não posso afirmar. Ele não disse nada, embora tenha
pedido para conversar com Edward a sós.
–Vá descansar.
–Nada disso. Precisa estar bem para que o bebê fique bem também. Precisa de alguma
coisa?
–Não. Obrigada.
Dei um beijo em sua cabeça, afaguei sua barriga e sai. A porta do meu quarto ainda
estava fechada então desci e fui para o escritório. Abri a porta e inspirei sentindo o
cheiro tão peculiar. Incrível como o ambiente era totalmente preenchido pelo cheiro de
Edward. Tantas pessoas passavam por aqui, mas apenas o cheiro dele parecia
impregnado em cada parede, em cada móvel. Inspirei novamente, minha pele
arrepiando-se ao sentir o aroma de homem, perfume e tabaco.
Passei a mão pela mesa, deixando que lembranças assaltassem minha mente.
Lembranças de um passado não muito distante, mas bem nítidas. A primeira vez em que
estive aqui, furiosa, com o firme propósito de enfrentar o assassino do meu pai. E a
primeira coisa que vi foi um par de olhos intensos e verdes no rosto mais lindo que eu já
tinha visto na vida. Novo arrepio percorreu meu corpo e cheguei a fechar os olhos ao
me recordar como ele me olhou, de cima a baixo, sem contar a voz muito baixa e rouca.
Sorri ao me lembrar das palmadas que ele me deu... e eu adorei. Bandido. Como ele
mesmo disse, sabia como quebrar minha crista. E foi exatamente o que fez. Hoje em dia
eu não me arrependia de absolutamente nada. Faria tudo de novo...e de novo e de novo.
Puxei a cadeira de couro e me sentei, girando-a de um lado a outro. Paz. Tenho certeza
que estávamos no caminho, embora ainda restasse Lorenzo. Creio que Edward não se
daria ao trabalho de torturá-lo nem nada. Estávamos cansados mentalmente, essa era a
verdade. Sem contar que precisávamos de um tempo ao lado dos nossos filhos. Sei que
a vida na máfia não é fácil. Sabia disso desde quando meu pai trabalhou para Edward.
Não estou reclamando, óbvio. Aprendi a gostar dessa vida, muito pelo meu marido. Mas
seria pedir demais ter ao menos alguns dias como uma família normal? Pelo menos ele
pensava como eu.
Mas nesse momento o meu lado feminino falava um pouco mais alto que o costume. Eu
estava muito curiosa para saber o que tanto ele e Joseph conversavam. Sei que ele me
contaria, afinal não temos segredos, mas ainda assim estava ansiosa.
Passei meus olhos pela parede a minha frente, observando os quadros de artistas
famosos. Edward quase não falava sobre arte, ouvia apenas umas músicas clássicas de
vez em quando. Também era tão ocupado que mal tinha tempo para respirar. Quando
não estava tratando de negócios estava com os filhos... ou na cama comigo.
Estiquei minha mão ao reparar no chapéu dele jogado displicentemente sobre a mesa ao
lado das minhas luvas de couro. Foi inevitável não pensar em nosso encontro com Dom
Matteo. Meu Deus... como Edward estava gostoso vestido daquele jeito. Aliás dizer que
ele estava gostoso era até redundante.
Eu ri feito criança fazendo arte e coloquei o chapéu e depois a luva. Abri a gaveta e
peguei a caixa de charutos dele, levando-a ao nariz para sentir o aroma.
Será que eu ficaria tão sexy quanto Edward fumando um charuto? Impossível. Quesito
sensualidade e sexualidade ninguém chegava a dez por cento dele.
Fechei meu olhos e traguei mais uma vez. Iria convencer Edward a dar cabo de Lorenzo
ainda hoje. Depois pegaríamos nossos filhos e faríamos uma pequena viagem, para
qualquer lugar, desde que estivéssemos juntos.
Traguei novamente no mesmo instante em que ouvi a porta batendo. Girei a cabeça
enquanto liberava a fumaça e vi Edward entrando, mordendo o lábio inferior e
balançando a cabeça de um lado a outro. Aquele andar...ah...aquele andar felino acabava
comigo.
–Muito sexy.
Ele falou parando à minha frente e me puxando com força pela cintura, meu corpo indo
de encontro ao seu peito.
–Como eu não sou chegado em macho... eu acho você muito mais sexy...Bella mia.
–Não comece.
–Não sabia que gostava de fumar.
–E olha que é muito difícil ter algo em relação a você que eu não saiba.
–Mas não gosto. Quis apenas me lembrar. Fumei apenas uma vez aos dezessete anos.
–Isso o que?
–Os personagens... quando voltavam de uma missão bem sucedida sempre fumavam um
charuto para comemorar.
Ele riu baixinho, rouco, próximo ao meu ouvido. Mordeu levemente o lóbulo da minha
orelha fazendo-me arrepiar.
Olhei em seus olhos, dei um sorriso safado e traguei. Fiquei na ponta dos pés e
segurando em sua nuca, busquei sua boca. Ele me abraçou com apenas um dos braços,
forçando sua boca na minha. A fumaça e um delicioso gosto de menta se misturaram em
minha boca fazendo-me gemer e erguer uma das pernas, roçando na dele. Foi um beijo
rápido, mas tão intenso que quando nos separamos eu cambaleei um pouco e Edward
riu.
–Pacto fechado. Mas agora comporte-se como uma decente mulher casada. Nosso filho
está vindo ai falar com você.
–Oh...
–Algum problema?
–Mãe?
–Pode falar.
–É só que... eu fico com vergonha de algumas coisas. Por isso quis conversar só com
meu pai.
–Eu entendo você meu anjo. Não se preocupe porque não estou chateada. Lógico que
fico meio com ciúmes, mas tudo bem.
–Tá... mas eu queria dizer também que... que...eu te amo muito. Muito mesmo.
Eu o apertei com tanta força que tive medo de sufocá-lo. Mas eu não consegui evitar
nem meu aperto, nem minhas lágrimas que escorriam livremente pelo meu rosto. Óbvio
que sabia do carinho dele por todos, mas juro que nunca esperei ouvir isso de sua boca
assim tão espontaneamente. E era tão verdadeiro. Foi emocionante.
–Que a gente ia ter que fazer carinho. Vocês mulheres são muito choronas.
Eu ri brevemente e coloquei meus lábios em seus cabelos. Ele passou os braços a minha
volta e assim ficamos. Sabia que Edward nos observava atentamente. Com toda certeza
ele deve ter passado por isso quando conversaram no quarto.
–Você é muito especial em nossa vida sabia? Obrigada por ter nos aceitado como pais.
–Agora vou ficar com a Alice. Ela não pode ficar sozinha.
Dei mais um beijo nele e Joseph se foi. Assim que a porta se fechou Edward me pegou
pela mão colocando-me em seu colo.
–Agora que já deu seu ataque de mulherzinha vista novamente a máscara de poderosa.
Meu corpo inteiro tremia. E era de raiva...ódio. Não conseguia acreditar no que Edward
acabara de me contar. E o pior de tudo nem era saber que aquele vagabundo também
abusou do nosso filho. O mais chato dessa história toda era saber que talvez poderíamos
ter evitado aquele estado de choque que a presença de Lorenzo acarretou em Joseph.
Edward e eu fomos negligentes, omissos, sei la o que. Por que não procuramos um
psicólogo logo que ficamos sabendo sobre Dom Matteo? Quer merda. Era tudo tao...
nojento.
–CHEGA! Estou cansada de ver nossa família, principalmente nossos filhos sofrendo
por causa desses vagabundos. Vamos acabar com Lorenzo e é agora.
–Bella o que...
–Bella... Bella...espere...
Edward Pov
Tudo pronto. Tudo devidamente acertado para tirar minha família de circulação por uns
tempos. Os gêmeos já estavam a caminho com meus pais e em breve poderíamos viajar
e relaxar um pouco. Isso, claro, depois de acabarmos com aquele abutre. Um tiro... um
único tiro e ponto final. Não iria mesmo desperdiçar meu tempo com aquele
desgraçado.
Mas a julgar pela fúria de Bella ao ouvir a verdade sobre Lorenzo, talvez as coisas não
saíssem como pensei. Eu ainda a chamei enquanto saía correndo do escritório, mas
lógico, ela não me deu atenção. Fiquei um tempo sem ação, sentado no sofá. Confesso...
eu ainda estava meio atordoado com a cena que presenciei ao entrar no escritório. Se
tinha uma imagem deliciosamente sexy era daquela porra de mulher fumando meu
charuto. Sinceramente se Joseph não fosse falar com ela eu a teria fodido ali mesmo, de
pé em frente a janela. Porra... como consegue ser tão gostosa assim? Isso porque eu
passei a manhã toda me fartando nela. Mas, caralho... aquilo foi show demais. Sem
contar aquele nosso beijo, misturado com fumaça, tabaco, menta, tesão....MERDA! A
ordem do dia era: matar Lorenzo e jogar minha mulher na cama.
Levantei-me correndo e fui até o cofre, peguei uma arma e disparei atras dela. Mesmo
tendo ampla dianteira eu ainda a alcancei antes que entrasse no quarto onde estava o
maldito. Puxei-a pelo braço e ela se virou, as bochechas em brasa e os olhos
arregalados. Estava ofegante tanto pela raiva quanto pela corrida.
–Acalme-se o caralho Edward. Estou farta desses ordinários que fazem esse tipo de
coisa. Ainda mais com o meu garoto. Ja estou no meu limite, caramba.
–Deixe que eu cuido disso? Uma única bala, nada além disso.
–O que?
–Tudo bem.
Sem dizer nada Bella foi até ele rapidamente e fechando a mão desferiu um soco em seu
rosto. Ele gemeu alto e pelo som, muito provavelmente seu nariz foi quebrado. Quando
ela se afastou eu vi sangue escorrendo pelo nariz,descendo até a camisa.
Bella deu ordem ao segurança para que levasse Lorenzo. Resolvi não interferir. Ela
estava no comando agora.
Seguimos no volvo atras do Mercedes. Dessa vez não iríamos para um dos galpões e
sim para um aterro onde costumavam jogar um amontoado de lixo.
–Quando acabar isso tudo quero viajar Edward. Nossos filhos estão tão novos ainda.
Eles precisam de um pouco de diversão. Sei que nossa vida não é fácil e que nós
escolhemos viver assim. Mas também escolhemos ser pais. Nossos filhos não podem ser
privados da infância.
–Eu sei e concordo com você. Tanto que já conversei com meu pai e eles já estão no
jatinho, prontos para voltarem pra casa.
Sorri e apertei sua mão. Eu também estava louco para vê-los. Foram poucos dias na
verdade, mas as crianças mudavam tão rapidamente. Queria ver se Enzo continuava
com sua meiguice e bom humor. E Valentina? Ainda estaria com aquela carinha de
menina brava feito a mãe?
–Chegamos.
Ficamos no carro enquanto dois dos seguranças arrastavam Lorenzo até a montanha de
lixo, jogando-o ali. Eu ri quando Bella pegou um lenço e depois abriu o porta luvas
pegando uma adaga. Assim que desceu tapou o nariz com o lenço. O fedor era
realmente horrível. Eu já estava acostumado com o fedor da morte. Fedor de carne
queimada, de corpos putrefatos. Isso pra mim era café pequeno.
O capuz que cobria o rosto de Lorenzo foi retirado, mas ele permaneceu amarrado,
jogado sobre os sacos de lixo. O rosto ainda sangrava um pouco e agora sim eu via o
terror em seu rosto. Bella se aproximou e fui atras. Ela falou abafadamente devido ao
lenço em seu rosto.
–Eu deveria mandar que fizessem o mesmo que você fez ao meu filho. Mas não iremos
mais perder nosso tempo com gente da sua laia. Isso ainda é muito pouco, eu sei. Mas
tudo o que quero é voltar para o meu lar, minha família. Coisa que você não terá mais.
Aliás...seja bem vindo ao seu novo lar.
Eu rosnei e levei a mão à cintura, pronto para pegar minha arma. Mas Bella
simplesmente fez um gesto com a mão para que eu ficasse quieto. E eu obedeci afinal
eu disse que ela estava no comando.
Ela foi se aproximando, caminhando com cuidado entre os detritos e parou em frente a
Lorenzo. Ele ainda estava amarrado e não tinha qualquer chance de movimento.
–Eu sou uma puta não é? Mas é você que irá gritar feito uma. Pena que não seja de
prazer.
Bella se afastou e parou ao meu lado, a adaga suja de sangue ainda em sua mão.
Desprovidos de qualquer emoção ficamos observando o homem que se acabava em
sangue, os olhos esbugalhados e o corpo se mexendo em tremores.
Segui o olhar de Bella e vi dois cães meio esfarrapados com cara de famintos.
–Podem ir Roger. Ele ficará ai. Quando alguém se dignar a aparecer aqui já não restará
nada dele.
–Casa?
–Casa.
–Mas antes...
Ela pegou o charuto no bolso do blazer e levou-o aos lábios. Pegou também o isqueiro,
mas eu o peguei e acendi.
Bella deu uma longa e...sexy tragada e em seguida me entregou o charuto. Puxei
longamente jogando minha cabeça um pouco para trás e olhando para o céu.
Dei outra tragada e dessa vez imitando seu gesto mais cedo eu puxei-a para um beijo.
Os gostos se misturaram provocando um frenesi incontrolável em meu corpo. Mordi os
lábios de Bella e enfiei minha língua em sua boca.
–Vamos pra casa gostosa. Preciso ter você antes que nossos filhos cheguem.
Ela segurou minha mão e juntos caminhamos até o volvo, compartilhando o charuto que
seria a partir de hoje o nosso companheiro nas comemorações.
[…]
Eu ria debochadamente de Bella, da sua ansiedade mas no fundo estava igual ou pior
que ela. Andava de um lado a outro enquanto ela arrumava as malas que iríamos usar na
viagem. Definitivamente ela não tinha paciência. Quantas vezes eu disse que não
sairíamos imediatamente após a chegada dos nossos filhos? Eles precisavam descansar,
afinal uma viagem sempre deixava o corpo meio dolorido.
Tanto que ela fez que Joseph acabou indo ajudá-la. Ja tinha feito a própria mala e agora
a ajudava com as dela. Olhei as roupas que ela pegava e balancei a cabeça.
–Até parece. Estamos indo para descansar, relaxar. Se sairmos para compras será apenas
por diversão e não por obrigação.
Dei de ombros e caminhei até a varanda do quarto. Tinha acabado de chegar quando vi
o carro do Jasper estacionar. Voltei para o quarto esperando que Alice entrasse a
qualquer momento. Pra ser sincero, eu já sentia falta dela. Agora que tudo acabou ela
voltaria com o marido para a casa que eu dei de presente. Faltava pouco tempo para o
bebê nascer mas mesmo assim ela insistia em voltar pra casa. Obviamente desloquei
alguns seguranças para ficarem na casa deles, apesar dos protestos dela.
–Posso entrar?
Alice falou pela porta entreaberta. Notei que ela estava com olheiras e uma aparência
abatida. Bem que eu quis levá-la para se distrair um pouco, mas Rose foi
terminantemente contra. Isso me fez pensar se Alice não estava tendo alguma
complicação e escondiam isso de nós. Bom... acho que ela não esconderia nada de
Bella. E Bella não esconderia nada de mim.
Ela apenas me olhou com braveza mas não disse nada. Entrou com a mão sobre a
barriga caminhando lentamente.
–Precisam de ajuda?
–É como dizem Bella: quem casa, quer casa. Jasper insiste em irmos e ele está certo.
–Mas nem vai esperar as crianças chegarem?
Fui até ela e me ajoelhei a sua frente. Coloquei minha mão sobre seu ventre e ela sorriu.
Sei que ainda estava temerosa, pensando que eu estivesse com raiva pelo que aconteceu
ao Joseph. Mas isso pra mim era passado e queria que ela soubesse que eu não guardava
raiva alguma. Muito pelo contrário... queria vê-la bem.
–Você sempre será bem vinda aqui, sabe disso. Você e sua nova família.
–ELES CHEGARAM!
Disparou porta afora com Joseph em seu encalço. Como sempre o jatinho pousou na
fazenda e Emmett foi buscá-los, já que quando meu pai ligou Bella e eu estávamos
meio... ocupados e não ouvi o celular.
Dei um beijo em seu rosto e sai apressadamente. Desci as escadas de dois em dois e
corri até a porta de entrada. Vi o carro parado e Bella correndo. Senti uma coisa
estranha no peito, uma alegria, uma euforia ao ver minha mãe descer com Enzo no colo.
O sorriso surgiu imediatamente em meu rosto então eu desci, tentando me controlar para
não esmagá-los em meus braços. Bella já se abraçava ao Enzo com força, e Joseph foi
pego nos braços pela minha mãe. Eu já estava perto do carro quando meu pai desceu
balançando a cabeça e esticou o braço para tirar Valentina. Nisso Bella já tinha
colocado Enzo no chão que vinha correndo em minha direção. Abaixei-me e peguei
aquela coisa pequena nos braços beijando seu rosto e rezando baixinho por ver que ele
estava bem, forte e saudável.
–Papai...
Levantei-me com ele no colo e então vi minhas duas mulheres se abraçando, beijando e
rindo felizes. Apertou os braços curtos em volta do pescoço de Bella e então me
encarou. A princípio ela sorriu, mas depois seu semblante se fechou. Hei... o que eu fiz?
Estava brava comigo?
Fui até ela e estiquei meu braço livre para pegá-la no colo. Ela apenas cruzou o braço
em frente ao peito. Olhei pra Bella e rolei os olhos.
–Os dois são meus filhos ok? Enzo também fica no meu colo.
Então ela voltou a sorrir e praticamente se jogou dos braços de Bella para o meu.
Apertei-a contra o peito e enchi-a de beijos, assim como fiz com Enzo. Fiquei abraçado
aos dois, o coração martelando forte no peito, gritando que agora sim, estava tudo como
deveria estar. Mas... como sempre Valentina e seu gênio danado. Ela se remexeu e
empurrou meu rosto.
–Para papai...
Coloquei-a no chão e imediatamente ela correu até Joseph, os cachinhos dos cabelos
esvoaçando e caindo em seu rosto. Ele riu, pegando a irmã no colo. Aproximei-me dos
meus pais ainda carregando Enzo.
–Nem precisa agradecer filho. São nossos netos. E foram dias maravilhosos. Eles nos
divertiram muito.
–Ah imagino.
Minha mãe e Bella entraram abraçadas e entramos logo atrás delas. Tínhamos muito o
que curtir ainda. Muita saudade a ser curada.
[…]
Horas depois da volta das crianças meu pai e eu fomos até o escritório. Ele estava com
uma expressão séria e pediu para conversarmos. Sentei-me e esperei enquanto ele
olhava ao redor. Depois se sentou a minha frente, os olhos astutos me encarando.
–Sabe... eu pensei que você seria sempre o homem, o mafioso frio e implacável pelo
resto dos seus dias. Pensei que nunca fosse se prender realmente a alguém, apesar de ser
seu desejo mais íntimo. Você é muito diferente dos outros mafiosos, até mesmo de mim.
–Nem tanto.
Baixei meus olhos ciente de que ele falava sobre as prostitutas com as quais ele se
deitava.
–Ah não vou ficar me estendendo. O que quero dizer é que vocês dois me
surpreenderam muito. Cuidam maravilhosamente bem dos filhos apesar dos negócios
escusos. Sei que você ama ser um chefe da máfia assim como ama ser um chefe de
família. Mas está na hora de o criminoso sair um pouco de cena e entrar o chefe de
família.
–Quero dizer que o velho lobo Carlisle volta à ativam enquanto você se diverte um
pouco com a família.
–Reassumir não. Somente ocupar seu lugar. Não ficarei pra sempre. Esse lugar é seu e
não há ninguém melhor no mundo para ocupá-lo.
Surpreso. Era assim que eu estava. Nunca imaginei meu pai de volta. Dona Esme não
iria gostar nada dessa novidade. Mas ele, provavelmente lendo isso em meu rosto se
adiantou em responder.
–Sua mãe e eu já conversamos sobre isso. E uma vez dentro da máfia, não se pode dizer
que ha um fim. Nunca ha. Portanto está decidido.
Ou seja... nem adiantaria eu retrucar. E eu não o faria mesmo. Tudo que sei até hoje
aprendi com meu pai. Nada melhor que o grande chefão de volta a esse submundo.
–Eu não iria me opor a isso nunca. So posso... agradecer mais uma vez.
–Esses poucos mas intensos dias ao lado das crianças fizeram um bem a mim e a sua
mãe que você não faz ideia. Aquelas crianças são luz Edward. E está na hora de você e
Bella iluminarem um pouco a de vocês.
Conversamos mais um pouco. Expus planilhas e outras anotações pra ele apenas para
que se situasse. Logo depois voltamos a sala. Eu fiquei parado na entrada apenas
olhando a cena. Minha mãe sentada ao lado de Alice no sofá. E no chão: Bella, Joseph e
os gêmeos. Estavam cercados por brinquedos. Enzo no colo de Bella brincava com
Joseph ao lado. Valentina estava sentada entre eles com a boca completamente suja de
chocolate. Eu sempre ficaria assim, rindo feito um idiota sempre que olhasse minha
família.
[…]
Dois dias depois de reencontramos nossos filhos, pisávamos novamente em solo Porto
Riquenho. Consegui convencer Bella que não era legal viajar no dia seguinte. Mas ela
não abriu mão de esperarmos apenas dois dias. Por um lado eu a entendia. Apesar de
todo aquele jeito de chefona ela era sensível demais. Sem contar que é mãe e isso por si
só já bastava para que se preocupasse com tudo e com todos.
–Você vai amar isso aqui Joseph. E mais ainda quando sairmos para velejar.
–Oi dinda.
–Sim dinda.
Eu havia entrado em contato com Evangeline avisando que viríamos. Contei também
que Joseph agora era NOSSO filho. Eu não gostava quando diziam que nós o adotamos.
Está certo que foi realmente assim, mas para mim era nosso filho e pronto. Ela e Bella
se abraçando falando sobre assunto de mulheres, ou seja, tricotando.
–Quem?
Eu assoviei e segundos depois ela vinha correndo com a língua pra fora. Ja estava velha
coitada. Via a hora que ela iria me deixar. As crianças gritaram eufóricas ao vê-la.
Lógico, Valentina foi a primeira a correr e agarrar-se a ela. Pelo jeito a farra estava só
começando.
–Obrigado.
–De forma alguma. So perguntei porque talvez quisessem privacidade. Entretanto não
posso deixar a menina Bella limpando e cozinhando.
–Agradeceria muito se ficasse. Realmente Bella precisa de um descanso.
–E você também. Sabe que já está até com os olhos mais brilhantes do que na hora que
chegou?
Dei um beijo na bochecha rechonchuda e segui para o jardim, de onde vinham gritos e
risadas. Estaquei assim que vi a minha família se divertindo. Sorrindo, eu me sentei na
grama, as pernas encolhidas junto ao peito.
Bella usando short e camiseta esguichava a mangueira nas crianças que estavam apenas
de calcinha e sunga. Elas corriam desajeitadamente tentando fugir da água, muitas vezes
sendo atropeladas por Brigite. Eu ri alto quando a cadela atropelou Valentina e ela rolou
pela grama, mas ainda assim dando gritinhos de pura euforia. Joseph corria com Enzo,
ambos rindo loucamente.
Eu também ria feito um idiota. E então ela me olhou, sorrindo, molhada dos pés a
cabeça.
–Vem amor...
–Daqui a pouco.
Por ora eu queria ser mero espectador da cena mais perfeita que minha mente pequena
jamais sonhou presenciar. Às vezes eu pensava ser meio bipolar ou até mesmo alguém
que perde sua essência com extrema facilidade. Como pode alguém que já matou,
espancou, violentou, tudo friamente sem nem ao menos olhar pra trás de repente se
emocionar com essa cena?
Acredito que ninguém é totalmente ruim nem tampouco cem por cento bom. Claro que
toda regra tem exceção e alguns são realmente ruins, sem um traço de bondade. Esses
nasceram e morrerão assim. Mas eu acredito que bons sentimentos, principalmente
aqueles direcionados a uma mulher ou a filhos mudem as atitudes de alguns homens,
não a essência.
Eu seria eternamente aquele bronco, implacável e cavalo como Bella dizia. Aquele que
não hesitaria em estourar os miolos de quem o merecesse. Mas isso não me impediria de
demonstrar o quanto eu amava aquelas quatro pessoas que se divertiam logo à minha
frente.
Eu mudei em vários aspectos. Em outros eu não mudaria jamais. E estava feliz assim.
Minha esposa e meus filhos assim me aceitavam. Com todos meus erros, acertos, com
toda minha bipolaridade. E eles aceitavam simplesmente por saberem que eu os
protegeria e amaria acima de qualquer coisa.
Anjo e demônio sempre estariam vivos dentro de mim. Mas eu daria um jeito de fazê-
los conviver em harmonia, especialmente quando o assunto fosse ELES.
–Papai...
–Hum... você é poderosa mas não é duas. Não deveria ter feito isso Bella.
A compreensão do que eu pretendia veio tarde demais. Antes que ela pensasse em
correr eu já a segurava, apenas um braço fortemente em volta da sua cintura e a
mangueira sobre sua cabeça.
Eu ri alto e joguei a mangueira ao chão. Ela tentou me empurrar e ao fazer isso seu pé se
enroscou na mangueira. Ela se desequilibrou e antes que ela caísse eu me joguei na
grama puxando seu corpo sobre o meu. Rimos feito dois idiotas.
Nossos lábios se encontraram apaixonados, mas por um breve instante. Logo uma mão
gorducha se enfiou em meus cabelos. Nem precisei abrir os olhos para ver de quem se
tratava. Bella se jogou ao meu lado, rindo. Entrelacei nossas mãos e um corpo pequeno
e atrevido se enfiou ali no meio de nós. So queria ver como iríamos driblar Valentina
mais tarde. Mas por hora bastaria viver o momento. Era tudo que precisávamos.
O diabinho saía de cena e dava lugar ao anjo. So não sei até quando.
Mas foi bom... muito bom. A única coisa desagradável foram as notícias assim que
retornei. Meu pai havia voltado a traficar drogas. Uma semana apenas e ele deu conta
do recado. Velho bandido. Ainda teve a cara de pau de me dizer que a máfia sem tráfico
de drogas não é máfia. Tudo bem...na verdade eu concordo com ele. Acho que fiquei
apenas meio molenga depois de tudo o que aconteceu, principalmente envolvendo
Joseph. Mas não poderíamos dar brechas a outras organizações ou iriam pensar que
estávamos amolecendo. Nada disso. Eu seguia firme e forte e mais duro do que nunca.
Ninguém iria ocupar o lugar que alcançamos e seguramos com todas as garras durante
esses anos.
Logicamente perguntei a opinião de Bella. Como se ela fosse ficar contra alguma
decisão minha!
Ela também voltou com todo o gás e assim como eu estava em um encontro de
negócios. Mas com certeza voltaria antes de mim, afinal hoje era programa de
mulherzinha: casamento.
Eu deveria estar mesmo muito apaixonado quando me casei com Bella. Definitivamente
não era meu programa favorito assistir a um casamento.
Gastei quase uma hora ajudando os molengas e depois finalmente pude ir para casa. O
carregamento das drogas infelizmente teria que ficar por conta deles.
–Carrinho...
–Valentina... devolva.
–Eu sei que está escondido ai. Devolva agora ou vou te dar umas palmadas.
Logicamente eu jamais faria isso. Minha mãe sempre disse que palmada nunca resolvia.
Mas funcionou porque ela esticou a mão e devolveu o carrinho a ele. Mas eu bem vi
quando ela mostrou a língua disfarçadamente pra ele.
Balancei a cabeça e tirei a gravata no instante em que as duas babás, que eu jamais me
lembrava o nome entraram na sala. Valentina tinha que ter alguém exclusivamente pra
ela. Dava trabalho demais.
Acariciei os cabelos dela que estava agora deitada no sofá com o rosto entre as
almofadas. Típico de quando queria fazer-se de vítima. Beijei Enzo que já estava
distraído com o carrinho e subi encontrando-me com Joseph na escada.
Eu ri.
–Você entendeu o que eu quis dizer. Mas já está arrumado para o casamento?
–Alice pediu para que eu ficasse pronto cedo. Agora vou ajudar a arrumar meus irmãos.
–Ainda não.
Isso era novidade. Bella chegando depois de mim. Fui em direção ao nosso quarto mas
parei ao ver Brigite deitada próxima à porta. Era isso mesmo: Brigite. No nosso retorno
para casa ela acabou vindo conosco. E não foi uma decisão minha. Na verdade eu fui
influenciado. Um dia antes de partirmos Bella e eu estávamos na varanda enquanto as
crianças brincavam com Brigite sob a supervisão de Evangeline. Pouco depois ela foi
até nós. Queríamos que víssemos uma cena.
Sorri ao me lembrar disso. Enzo dormindo esparramado entre as almofadas e Valentina
agarrada nas costas de Brigite como se fosse seu cavalo. Todos três dormindo. Nem
mesmo Brigite resistiu ao cansaço.
Mas foi no dia seguinte que fui obrigado a tomar a decisão de trazê-la conosco. O
jatinho já estava a postos para partirmos quando Bella deu a mão a Valentina. Ela ficou
parada, o cenho franzido olhando para Brigite. Bella se ajoelhou a frente dela segurando
suas mãozinhas e disse que a cadela não viria conosco. Meu coração doeu ao ver suas
lágrimas que desciam pelo rosto rechonchudo. Valentina soluçava e o corpo pequeno
tremia enquanto ela repetia: Bi... Bi.
Era assim que ela chamava Brigite. Bella me olhou com cara de piedade. Eu nunca
negava nada a essas mulheres. E pensando bem eu nem sei porque ainda não tinha
trazido Brigite pra casa. Estava tão velha e eu sentia que ela iria me deixar em breve.
Melhor se estivesse por perto.
Ela levantou um pouco a cabeça e voltou a deitá-la sem dar importância à minha
presença.
Entrei no quarto e já fui logo tirando minha roupa e entrando no banheiro em seguida.
Cheguei a fechar os olhos ao sentir a água morna em meus músculos tensos. Daria tudo
para não ter que sair de casa hoje, mas éramos padrinhos. E mesmo se não fôssemos
Emmett me mataria caso eu não aparecesse. Mas eu daria um jeito de convencer Bella a
voltar cedo pra casa. Aliás nem havia motivos para ficarmos muito tempo. Tanto
Emmett quanto Rose optaram por não fazer festa. E tinha certeza que Emmett queria
partir logo em lua de mel com medo que eu desse serviço a ele. E eu faria isso mesmo.
Fiquei um bom tempo sob a ducha até que me dignei a sair. Fui para o quarto com a
toalha em volta da cintura e no mesmo instante Bella entrou esbaforida no quarto.
Primeiro deu uma secada, olhando-me de cima a baixo mas em seguida jogou a bolsa na
cama e se sentou para tirar os sapatos.
–Não comece.
–Vai começar?
–Não. Mesmo porque se eu começar irei me atrasar para o casamento do seu irmão.
Falou isso e foi tirando o vestido ficando apenas de calcinha à minha frente. Eu já tinha
dispensado todo e qualquer pensamento. Só via aquele corpo cada dia mais perfeito
pedindo para ser tocado. Dei dois passos em direção a ela, mas sua mão erguida me fez
parar.
–Dá tempo...
–Não dá.
Falou e correu em direção ao banheiro. Eu fui atras, óbvio. Fiquei parado em frente ao
box aberto olhando seu corpo sob a ducha.
–Hoje eu acordei com um puta tesão. E você já tinha saído. Então quinze minutos de
sexo não irão me sustentar.
–Tudo bem. Mas já vou avisando que após o casamento eu fico pouco tempo por lá.
–Au...
Olhei para o chão e vi o sabonete caído ali. Bella estava com os braços cruzados em
frente ao peito, me olhando com raiva. Ja vi que nossa noite seria quente. Amava deixá-
la assim.
–Vadio.
Novamente fiquei parado à porta do quarto, dessa vez do meu, olhando Bella já vestida
num longo azul que moldava- se perfeitamente às suas curvas. Os cabelos já estavam
presos e ela fazia uma maquiagem leve. Eu adorava provocá-la, chamando-a de
mulherzinha, mas se tinha uma coisa que eu amava em Bella era justamente ser o oposto
das mulheres “normais”. Ela não levava séculos para se arrumar. Estava sempre com os
cabelos sedosos, unhas bem feitas e deliciosamente depilada. E não gastava horas num
salão. Sinceramente eu não sabia qual era a mágica que ela fazia, mas nem queria saber.
Melhor deixar assim antes que ela resolvesse mudar só pra me aporrinhar.
Ela rolou os olhos e virou-se de frente pra mim. O decote do vestido era de deixar
qualquer um louco.
–Só Valentina está dando trabalho com o cabelo. Acho que deveria ir la.
Eu nem falei nada. Mas Bella sabia tão bem quanto eu que Valentina era uma mistura
do gênio ruim de nós dois. Entretanto Bella sabia como colocá-la na linha. So me
restava esperar a briga das duas e sairmos para o casamento. E se Rose viesse com
palhaçada de se atrasar iria se ver comigo.
*********
Até que não foi tão mal assim. A cerimônia já chegava ao fim. Emmett parecia ansioso
demais. Não era pra menos. Rose estava linda. Lógico que quando disse isso Bella me
deu um pisão com aquele salto enorme. Incrivelmente nossos três bambinos estavam
sentados comportadamente ao lado das babás e de Alice que passou quase a cerimônia
inteira dando de mamar ao bezerro dela. Jasper estava mais babão que eu ainda. Rindo
feito um idiota. Meus pais pareciam um casal de dezoito anos completamente
apaixonados. Parecia que a nuvem negra que andou parada sobre nossa família
desapareceu de vez. Essa calmaria me assustava às vezes.
Girei a cabeça quando Bella pegou algo em meu bolso e vi que se tratava de um lenço.
Aliás eu nem sabia como ele tinha ido parar ali. Rolei meus olhos ao vê-la limpando as
lágrimas. Foi assim também no casamento de Alice. Acho que eu sou um ogro mesmo.
Será que só eu não conseguia me emocionar?
Eu só faltei suspirar alto quando foram declarados marido e mulher. Fiquei observando
Emmett beijar Rose como se tivesse medo de parti-la ao meio. Era um molenga mesmo.
Como não poderia deixar de ser fomos cumprimentá-los. Rose e Bella se abraçaram,
ambas chorando. Eu só balançava a cabeça.
Dali seguimos para a casa dos meus pais onde seria servido bolo e champanhe.
–Eu não vou comentar com você a parte do ser duro porque seria inconveniente aqui
Alice.
Alice ficava irada quando eu chamava seu filho e meu afilhado de Alana. Na verdade
isso era um deboche por ela ter sido tão tonta. Quis fazer uma surpresa para a família e
resolveu fazer seu ultrassom com outro médico que não Rose. E o sujeito garantiu que
seria uma menina. Alice sempre disse que se chamaria Ashley e nunca falava o nome de
menino. O engraçado é que Rose, como médica dela, claro que sabia que era um
menino, mas pensou que Alice apenas tinha uma preferencia por meninas. Portanto
nunca disse nada. Essas mulheres complicadas!
Quando nasceu o garotão Alice nos contou a história. Eu não seria quem sou se tivesse
deixado isso passar em brancas nuvens. Bobeira dela. Se não tivesse falado nada jamais
saberíamos dessa história. Agora teria que aguentar as consequências.
–Não nego. E será assim com você. Rose é da mesma laia da Bella. Conheço só pelo
cheiro.
Ele gargalhou e eu acabei rindo também. Ele estava feliz. Como eu estive no dia do meu
casamento. Lógico que o dele não seria perfeito como o meu mas fazer o que se só
existe uma Bella no mundo?
Olhei ao redor e vi que conversava com meus pais. Fui até eles e abracei-a pela cintura,
ficando atras dela.
–Estava falando com a Bella filho. Vocês bem que poderiam deixar as crianças conosco
hoje. Estamos sentindo falta delas.
–Na verdade Esme está vendo seus filhos saírem da sua asa e está toda chorosa.
Eu amo meus filhos e não é segredo pra ninguém. Mas a possibilidade de estar a sós
com Bella logo me atiçou, deixando-me bem animadinho.
–Esme... esse seu filho é um dissimulado de marca maior. Sei que está vibrando com
essa noticia.
Então ficou combinado que as crianças ficariam com meus pais. Meu pai iria buscar
algumas roupas deles e Bella e eu teríamos a casa só pra nós. Exceto os seguranças do
lado de fora.
Alguns minutos depois Emmett e Rose partiram o bolo e brindamos com champanhe.
Somente quando eles se despediram para embarcar eu deixei meu lado grosseiro de lado
e desejei o melhor pra eles. Claro que eu sempre desejava, mas não necessitava ficar
cheio de dengo dizendo a toda hora não é?
Duro foi nos despedir das crianças. Não por elas, que estavam pouco se importando
conosco. Queriam mais é se lambuzar de bolo e paparicar o bebê de Alice.
–Joseph, nem preciso dizer para ajudar sua avó não é? Você sempre faz isso.
–Valentina me obedece.
Bella também se despediu deles e pouco depois chegávamos em casa. Minhas mãos
vieram todo o percurso se enfiando no meio de suas coxas. Era mais forte que eu, fazer
o que?
–Vá lá... quero ser fodida naquela mesa novamente. So o primeiro round.
Ouvir isso foi mais que suficiente para que eu apressasse meu passo. Fui até o
escritório, tirei terno, gravata e camisa, ficando apenas com a calça. Servi uma dose de
uísque e no momento em que levei o copo à boca ela apareceu. Ainda com o vestido,
porém descalça e com os cabelos soltos. Porra... ela estava sexy e quase me fez gemer
somente com aquela visão. Chamei-a com o indicador e Bella se aproximou. Coloquei o
copo sobre a mesa e no mesmo instante ela pulou em meus braços, as pernas se
enrolando em volta da minha cintura e nossas bocas se atracando sem o menor pudor.
Mordi seus lábios, chupei sua língua e enfiei a minha, percorrendo sua boca para depois
enroscar-me em sua língua ávida de beijos. Gemi quando ela me agarrou pelos cabelos
do jeito que eu gostava. Meu pau já pulsava e molhava minha boxer, quase estourando o
zíper da calça. Com rispidez eu puxei seu decote e baixei a cabeça, abocanhando o seio
farto. Mordi seu mamilo, assoprei e suguei fazendo Bella estremecer e gemer alto,
rebolando seus quadris de encontro a minha ereção.
Coloquei-a sentada na mesa e abri rapidamente meu zíper, deixando minha calça
juntamente com a boxer cair aos meus pés. Bella segurou meu pau com firmeza,
espalhando meu pré gozo pela cabeça inchada me fazendo gemer novamente. Inclinei-
me sobre ela voltando a sugar seu seio, porem Bella me afastou e retirou o vestido,
passando-o pela cabeça. Meu pau reagiu violentamente, a ponto de doer ao ver a
calcinha vermelha, minúscula que parecia colada em sua pele.
–Porra gostosa...
Não entendi a urgência do pedido mas eu faria isso com a boca com o maior prazer.
Sentir o cheiro da boceta da minha mulher me fazia salivar consideravelmente.
Empurrei seu corpo e Bella ficou meio deitada, apoiada nos cotovelos. Inclinei o corpo
e coloquei minha boca na tira lateral da calcinha. Gemi, entre prazer e surpresa ao sentir
o gosto doce derretendo em minha boca.
–Bella.. o que...
–Calcinha comestível amor. De morango que você tanto gosta. Mas tem que tirar
rápido. Dizem que em contato com a pele por muito tempo ela começar a derreter. E a
minha está pegando fogo.
Isso era o que faltava para eu voltar a cair de boca nela, a maldita calcinha derretendo a
cada passada de língua sobre ela. Não resistindo ao tesão que me corroía eu mordi sua
boceta, sentindo o doce derretendo em minha boca. O gosto de morango aliou-se ao seu
gosto natural e tão seu que por si só já me enlouquecia e me fez explodir, rosnando feito
animal no cio. Voltei a devorar seu seio, meus dedos mergulhando em sua gruta
ensopada, que já escorria gozo pelas suas pernas.
Enlouquecido tanto pela delicia da mulher quanto pelas palavras eu a puxei pelas coxas
e numa única arremetida forte me enfiei dentro dela, ambos gemendo alto e já
remexendo nossos quadris num desejo gritante. Metia com força, colando minha pélvis
em seu corpo permitindo assim uma penetração completa, profunda. Bella gemia e
falava obscenidades nunca faladas e rebolava como se estivesse literalmente com o
diabo no corpo.
–Segure-se.
Puxei-a mais para a ponta da mesa e ela apoiou as mãos espalmadas sobre a superfície,
deixando a bunda completamente fora da mesa. Ela não tinha medo algum. Sabia que
mesmo que viesse a não suportar o apoio apenas das mãos ela estava muito bem segura
por mim. Investi com mais força, rebolando os quadris, meus dedos quase abrindo um
buraco em sua pele.
–Goza comigo...vem...
Sua boceta me prendia, mastigava meu pau e já em outro mundo pelo prazer inenarrável
eu me joguei sobre ela, abraçando sua cintura e me liberando no mesmo instante em que
ela gritou, gozando em meu pau. Engoli sua boca tentando abafar seu grito, mas tudo o
que consegui foi uma forte mordida em meus lábios. Meu corpo suado estava
praticamente colado no dela, ambos cansados e momentaneamente satisfeitos.
Meu corpo, mesmo bem devagar ainda se movia dentro e sobre ela.
Ajeitei-a sobre a mesa apenas para vestir minha calça e peguei-a no colo, ainda nua,
subindo até o quarto. Se Bella estava por conta do capeta, como ela disse... então estava
por minha conta. Olhando seu corpo e sentindo seu calor infernal, eu me sentia o
próprio diabo.
*******
Merda. Agora sim eu precisaria sair dessa banheira. A água começava a esfriar e a
menos que quiséssemos pegar um resfriado o melhor seria sair. Na verdade a água
morna misturada a uns sais estranhos foi a maneira que Bella encontrou de aliviar o
torpor e a gostosa dor pós horas de sexo. Sem contar que, tenho que admitir, eu estava
com sono. Passar a noite em claro foi meio inconsequente, mas quem disse que
conseguíamos segurar nosso fogo? Há tempos não ficávamos dessa forma. Está certo
que nosso desejo era constante, não diminuía nunca. Mas as vezes a correria do dia a dia
fazia com que ficássemos apenas no sexo “normal”.
–Como sempre.
–E como sei.
–Vou fazer alguma coisa para comermos. São quase nove da manhã e estou faminta.
Ela rolou os olhos e se encaminhou para a porta. Entretanto o toque do meu celular a fez
parar. So queria saber quem era o infeliz que ligava a essa hora.
–Diga.
Bella me olhava atentamente e com certeza percebeu minha expressão mudar da água
pro vinho. Primeiro fechei meus olhos... de cansaço. Mas depois veio a raiva. Crispei
meus lábios e apenas disse que já estava indo. Mal desliguei e liguei para o Jacob.
Demorou para atender, o vagabundo.
–Jake? Sei que deve estar dentro de alguma vadia, mas trate de sair agora. Encontre-me
no galpão dois dentro de no máximo uma hora.
–O que houve?
–De... drogas?
–Pois pode crer. Isso quer dizer que o sujeito além de filho da puta é burro. E que meus
homens acertaram com ele antes de verificar a mercadoria. Cansei de dizer que com
drogas não era para fazerem isso.
–E agora?
Ja fui procurando uma roupa para vestir enquanto falava com Bella.
Eu nem precisava dizer nada a respeito dela. Ela estava pra la de gostosa com a calça de
couro grudada no corpo. Parecia que se respirasse ela iria se rasgar. Prendeu os cabelos
num rabo de cavalo e descemos.
Foi correndo até o escritório e logo voltou com um em mãos. Entramos no volvo e dei a
partida.
–Tem tanta certeza assim que encontrarei o bandido dando sopa por ai?
–Convencida. Mas não precisava pegar esse charuto. Tem um grandão aqui pra você.
–Edward...
Eu ri alto abismado com a cara de pau dela se fazendo de ofendida. Os olhos brilhavam
e as bochechas estavam vermelhas. Após quinze minutos eu estacionava em frente ao
galpão. Como sempre dei a volta e abri a porta do carro pra Bella.
–Madame...
–Eu adoro toda forma de ação com você, poderosa. Seja ela qual for.
"O Amor...