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“Bella Mary-John”-Short.
Autor(es): Erika Patty Cullen
Sinopse
Na cidade badalada dos artistas, Beverly Hills, Bella é a caçula de quatro irmãos, que a criaram mais como se fossem seus pais, já que os mesmos haviam
morrido em um acidente. A garota cresceu em meio a ferramentas e roupas masculinas, e desde cedo aprendeu que o negócio da família envolvia sujar as
mãos de graxa. Ela havia aprendido tudo sobre; rodas cromadas, câmbios automáticos e cilindros de nitro, mas nenhum desses conhecimentos a havia
preparado para os sentimentos desconcertantes que Edward Cullen o cliente mais famoso de sua autorizada lhe despertava...
Seria possível que a menina mecânica despertaria o amor de um astro de Hollywood?
Notas da história
®ESSA É ORIGINAL.
>The Twilight Saga e seus personagens não me pertencem são da tia Stephenie Meyer, a mim só pertence o enredo.
PLÁGIO É CRIME!!!
Índice
(Cap. 1) Capítulo- 01 - Prólogo.
(Cap. 2) Capitulo- 02-Mary John.
(Cap. 3) Capitulo- 03 – Pedindo Ajuda Ao Inimigo.
(Cap. 4) Capitulo-04- Chamando Atenção.
(Cap. 5) Capitulo- 05- Irmãos... Pra Que Servem Mesmo?
(Cap. 6) Capítulo – 06- Nova Aproximação.
(Cap. 7) Capitulo-07-Acertando Detalhes E Conhecendo Outros
(Cap. 8) Capitulo- 08- Ataque De Fãs.
(Cap. 9) Capítulo- 09- Declarações.
(Cap. 10) Capítulo. 10- Epílogo
Notas do capítulo
Short-fic em mais dois atos!
Prólogo
Bella cresceu em meio à graxa e a ruído de motores. Entre uma mamadeira e outra já com quatro anos, ela auxiliava no concerto dos carros,
entregando as ferramentas aos irmãos na oficina da família.
Seus irmãos mais velhos; Carlisle, Emmett, Jasper, e James, lhe criaram da melhor forma possível, depois que os pais haviam morrido. Amorosos
eles faziam todos os gostos da menina.
E a ensinaram tudo sobre carros. E a também falar palavrão e a se vestir como um menino.
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E eles podiam ser feras em mecânica, mas quando se tratava de romance, eles eram uma negação! E a garota estava sem saber como lidar com o
que sentia toda vez que o famoso e lindo ator Hollywoodiano; Edward Cullen estava por perto.
Ela sentia palpitações sempre que ele lhe sorria condescendente, quando lhe entregava as chaves de seu volvo prata para um novo serviço. E sua
boca secava ao fitar seus olhos incrivelmente azuis. Ela nunca se sentira assim por homem nenhum. E queria chamar sua atenção.
Porém ela sabia que Edward era um sonho, e que ele não a enxergava como mulher, na realidade, ele nem deveria saber que ela existia. Mas
mesmo correndo o risco de ser rejeitada, Isabella, ou como as garotas da faculdade a chamavam: “Bella, Mary John”, se faria notar!
E conquistaria Edward mesmo que tivesse que trocar seu macacão e ferramentas por roupas chiques e maquiagem...
Notas do capítulo
Agradeço as lindas recomendações de: Alana Colorada, lana salvatore. Muito obrigada meninas eu ADOREI!
Agradeço também aos comentários no prólogo.
Boa leitura!
Bella
Então teríamos uma manhã de sol escaldante na linda e famosa; Beverly Hills? Pensei ao abrir meus olhos e me deparar com os raios de sol no
rosto. Esquece-me de fechar as cortinas da janela de novo. Meu celular vibrava perto do meu braço. Desliguei o despertador.
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Bocejei e joguei as cobertas de lado me levantando. Cocei minha bunda através da calcinha de algodão com a cara do pato Donald, e descalça,
caminhei em direção ao banheiro.
Lavei meu rosto e encarei minha cara amassada no espelho da pia, meus cabelos longos e vermelhos estavam pra lá de embaraçados. Gemi. Iria
ser um inferno pentea-los. Suspirando peguei minha escova de dente e o creme, começando minha higiene bucal.
Pelo reflexo do espelho olhei para o relógio preso a parede do banheiro, verificando as horas, 05h30min.
Eu geralmente começo meu expediente de trabalho as 07h00min da matina. E despertava duas horas mais cedo. Porém não era à única, meu mano
mais velho era o primeiro a despertar.
Carlisle dormia cedo e acordava com as galinhas. Tudo para que no dia seguinte a mesa do café da manhã estivesse farta das guloseimas que meus
outros três irmãos e eu gostávamos.
E pelo cheiro maravilhoso de panquecas que subia do andar de baixo, confirmava que hoje não seria diferente. Meu estômago roncou e retirei
minha camiseta e a calcinha rapidamente, me jogando em baixo da ducha logo em seguida.
Depois de me banhar e vestir meu macacão, eu prendi meus cabelos ainda molhados em um rabo de cavalo. Calcei meu coturno e desce as
escadas correndo.
– Deliciosas! - Gemi me deliciando. Ouvi o ruído de torneira sendo ligada. Emmett provavelmente havia acordado.
–Não vai nem me dar bom dia? – Perguntou Carlisle trazendo mais café. Ele já estava pronto para o trabalho, assim como eu.
–Bom dia mano! – responde me erguendo da cadeira, beijando seu rosto de forma breve. Melando sua bochecha de chantili.
– Sim. – fiz uma careta. - Mas estou cortando um dobrado pra concluir aquele maldito projeto. – revelei. Na verdade minha dificuldade tinha
nome: Santiago, ele estava me deixando estressada com sua falta de interesse, de colaboração.
– Não é bem uma dificuldade. – disse lambendo o chantili do garfo. - É o meu companheiro de trabalho. O Santiago me odeia, e não tem
colaborado com nada na elaboração do projeto. Nem mesmo com as pesquisas simples. – completei chateada.
– Porque ele a odeia? – questionou me fitando sério. Já assumindo uma postura protetora. Levando a xícara cheia de café a boca.
– Porque segundo ele, eu não deveria estar cursando mecânica industrial. – fiz cara de nojo. -Segundo ele, lugar de mulher é na cozinha, não
projetando peças potentes para carros velozes.
– Sim! Ele é um bostinha filhinho de papai, que não suporta a ideia de ver uma mulher se destacar. – disse mordendo a panqueca com força
demasiada.
–Bom dia, flores do dia! – saudou Emmett já dentro do seu macacão azul, me beijando na testa, e se lançando a cadeira ao meu lado.
–Jasper está tomando banho, e James nem sequer levantou. – disse Emmett com a boca cheia de bolo de cenoura.
Dei uma risadinha. James era o mais preguiçoso de todos, era uma luta conseguir acordar ele. O cara dormia como uma pedra. Ri.
– Será que vou ter que jogar água nele de novo? – questionou Carl erguendo a sobrancelha.
–Não precisa!- Respondeu Jazz, adentrando a cozinha. - Já fiz isso. - Com um sorrisinho travesso ele apontou em direção ao caçula dos três
homens que vinha resmungando logo atrás dele.
– Eu odeio quando vocês fazem isso! – reclamou James se sentando bicudo, a mesa. Rimos dele.
Jas me beijou a mão livre, e James mesmo de tromba, piscou em minha direção. Sorri para ambos, e me perde em pensamentos...
Era essa rotina desde sempre. Meus irmãos me criaram da melhor forma possível, depois que nossos pais morreram em uma corrida
automobilística. Eles adoravam adrenalina e quando eu tinha dois anos me deixaram aos cuidados desses três meninos homens.
Carl tinha somente dezoito anos quando eles morreram. Ele lutou muito para provar as autoridades que poderia cuidar de todos nós. A oficina e a
casa da família eram um ambiente saudável, então a assistente social convenceu o juiz que meu irmão, um menino, poderia cuidar de mais três, e de uma
garotinha. Eu.
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E todos nós éramos muito gratos a ele, por não ter deixado que nos separassem. E o amamos com devoção.
Meus irmãos educaram-me também da melhor forma possível, dentro de suas personalidades marcantes. Carl é sempre disposto a aconselhar.
Emmett é o mais calmo e ponderado de todos, nunca perdia sua atitude passiva. Mas quando o fazia, era um fenômeno da natureza. Impossível de
controlar.
Jas é brincalhão, e muito inteligente. Ele sempre me ajuda com os cálculos quando eu me enrolo nele. James é meu parceiro de traquinagem.
Eu me lembro da primeira ferramenta que toquei. Era uma catraca simples com encaixe para todas as medidas, que entreguei ao Carl, com um
sorriso radiante quanto tinha quatro anos.
Eu frequentava mais a oficina do que a creche, e eu adorava ajudar meus irmãos, mesmo com pequenas coisas. Eu amava sujar meus dedos de
graxa. E eu achava fascinante ver meus irmãos ao redor daquelas maquinas alquebradas, as fazendo funcionar novamente em um piscar de olhos.
Eu me apaixonei por esse meio pouco feminino enquanto crescia. E meus irmãos notando meu interesse genuíno, me ensinaram tudo que sabiam. E
me tornei tão competente quanto eles no oficio.
Eu trabalhava na oficina mais como aprendiz quando estava maior, então adolescente eu era uma estagiária, até que fiz dezoito e os rapazes me
efetivaram. Tudo conforme a lei.
Nas minhas férias de verão eu fiz um curso técnico de mecânica para ter um registro sério. E depois que conclui o ensino médio me candidatei a
uma vaga na faculdade federal no curso de mecânica industrial, no qual fui aceita sem dificuldades. Eu sempre fui uma boa aluna. Minhas notas eram as
melhores. E estava cursando o terceiro período.
Mas dizer que é fácil tolerar as gracinhas que escutei no colegial, e ainda escuto na faculdade era mentira. Eu até fui taxada de Mary John, pelo
meu estilo de roupa masculina.
Eu vestia as roupas dos meus irmãos. Roubava suas camisas com letras de banda de rock. Eu adoro meu converse All Star velhos. Meu jeans
desbotado, e até mesmo rasgado. Meu boné da Mike. E com essas vestimentas eu enfrentava as patricinhas do bloco G da faculdade federal de cabeça e
queixo erguido.
Eu não sou desleixada, não mesmo. Mas eu não era dada a usar maquiagem e muito menos roupas frescas de menininha. Eu pouco me importava
com essa coisa de moda, e no lugar onde eu moro é complicado quando você é diferente.
E os garotos nunca foram muito receptivos a minha presença. Eles achavam que eu gostava da mesma fruta que eles. Dava-me um ódio! Mas
nenhum deles me machucava.
E eu só alimentava a minha bizarrice por ser a única garota no curso de mecânica industrial. A nojentinha da Jéssica e suas amigas; Renata e
Chelsea adoravam transformar minha vida acadêmica em um verdadeiro inferno de Dante. mas eu também as fazia sofrer.
Porém havia uma coisa delas que eu invejava. Elas saberiam o que usar para chamar a atenção de qualquer garoto. E isso era o que eu mais
desejava no momento. Mais até que meu diploma acadêmico...
Mas eu desejava muito conquistar Edward Cullen. O lindo, magnífico, sensual e volúvel galã de Hollywood do momento. E o cliente mais famoso
da Autorizada Swan.
Minhas pernas ficavam bambas toda vez que o sorriso brilhante aparecia na boca sensualmente fina. E meu coração disparava com o som da voz
de veludo. Eu sonhava com ele entre minhas pernas todas as noites desde que ele adentrou a oficina pela primeira vez.
Eu estava louquinha por ele. E estava disposta a adotar atitudes drásticas. Como fazer amizade com Alice. Uma patricinha do curso de moda do
bloco das nojentinhas. E meu plano começaria assim que puxasse assunto com a mesma. Eu só queria saber como...
***
É sempre um pé no saco ter que explicar para um homem que ele estava errado. E que eu, uma garota de dezenove anos, sabia mais sobre o seu
brinquedinho do que ele mesmo.
Eu já havia perdido as contas de quantas vezes eu passei por esse processo: Espanto, desconfiança e enfim rendição.
O homem bem vestido e de sotaque sulista fitava minhas curvas meio de lado, tentando, acho eu, que confirmar se eu realmente era uma garota.
– Moça... – começou desconfiando. - Você tem certeza que não é água no carburador?
– Senhor, eu tenho certeza. – responde totalmente paciente, enquanto esfregava minha mão suja de graxa em uma flanela gasta.
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Aliás, paciência era meu segundo nome quando se tratava dos meus clientes. Quer dizer, quando eles não me torram a mesma.
– Eu... Bem... Você foi muito bem recomendada, mas é que... – disse atrapalhado. Acho que ele queria fugir de mim.
–Se o senhor não está seguro da minha competência poderia esperar pra ser atendido por um dos meus irmãos. Mas vai demorar, estão todos
ocupados. – informei, ganhando um olhar extenuado do cliente.
Jas que passava por nos levando o suporte giratório para motores piscou. Sorri de canto.
– Tudo bem, moça. Aceito ser atendido por você. – disse derrotado.
– Ok! – exclamei batendo as mãos. - O senhor pode esperar na sala reservada aos clientes. Vou resolver seu problema em um piscar de olhos. –
orientei com um sorriso brilhante.
Ele se foi, e eu ri pegando meu jogo de fenda com 5 peças acionando o macaco hidráulico para câmbio.
E me concentrei no trabalho. Exigindo-me concertar o carro do almofadinha do sul, tão rápido que não lhe daria tempo nem beber um gole de
coca-cola...
Eu sorria para Emmett que recebia o pagamento do Sr. Sulista, que ainda não acreditava que eu havia concertado seu carro de forma rápida e
precisa. O homem me encara espantado. Acho que até temeroso.
Eu tinha gamas de dizer: Buh! Como os “fantasmas” fazem para assustar os humanos, bem na cara dele, mas nós perderíamos um cliente. E mesmo
tendo um negocio lucrativo todo cliente era bem tratado ali...
Eu ainda sorria do infeliz preconceituoso, quando o lustroso, volvo prata adentrou a garagem. Meu sorriso desonrou e meu coração foi a mil,
quando observei as pernas fortes dentro do jeans caro saltar do carro. Era ele!
Minhas pernas viraram geleia quando ele se aproximou a passos seguros, me jogando as chaves. Com voz do mais macio veludo ordenou:
Tremi de excitação. Puta merda! Tinha como uma simples frase sair tão erótica?
Tinha sim! Tudo que aquele maldito homem fazia era erotismo puro. E eu fiquei ali, babando na sua gostosura. Até que me estapeando
internamente pelo mico, me move para fazer meu serviço.
Eu o observava andar de um lado para outro dentro da justa calça jeans, agarrado ao celular moderno, e minha boca salivava. A minha vontade
era de morder aquela bunda perfeitamente demarcada.
E um sorriso peralta surgiu em meus lábios. Se tudo desse certo com a patricinha, em pouco tempo eu estaria realizando esse meu desejo.
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Se eu ganhasse um abraço
Ou um beijo no rosto
Para mim era tudo
Tudo o que eu mais queria
Mas como sempre
O Amor nos deixa mudos.
Continua...
Notas do capítulo
Esse capitulo eu dedico a Chele_Cullen que recomendou a fic! Brigada flor!
Obrigada pelos comentários no capitulo anterior!
Boa leitura!
Bella
Eu mordia os lábios enquanto devolvia as chaves do volvo ao delicia do Edward. Que me sorriu condescendente, me dando as costas logo em
seguida. Dando-me também a visão das suas nádegas perfeitas no jeans azul.
E minha mente girava em confabulações do tipo: Elas seriam tão gostosas quanto aparentavam na calça justa? Ou se a pele clara seria
macia? Suculenta ao toque? Ah!
Edward acertava com o Emmett o pagamento. E eu continuava hipnotizada pela visão da oitava maravilha, até que minha alegria entrou no volvo e
partiu.
Eu ergui minha mão em direção onde o carro esteve estacionado há poucos instantes. Pensando: Fica mais... Vai embora não...
Então a voz do meu mano James me tirou do devaneio tosco. - Que cara de tarada é essa Bells?
Pisquei corando.
– O que você falou? – disse me fazendo de desentendida. Começando a recolher minhas ferramentas do chão para a minha maleta em cima da
prateleira. Retirando as minhas luvas de borracha que estavam sujas para não melar as ferramentas que não foram utilizadas.
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– Não se faça de tola, mocinha. – disse em tom baixo, mas firme. - Eu vi o seu jeito todo saliente secando a bunda do cara! – Elevando a voz ao
indagar: - Ta afim do Cullen, Isabella?
– Que? – exclamei alto. Deixando cair o soquete sextavado: ferramenta de várias medidas.
Merda! Apanhei a ferramenta olhando para os lados. Ninguém parecia ter escutado nada. E eu dava graças, pela oficina ser tão barulhenta.
– Pode ir confessando!- mandou J, retirando das minhas mãos a ferramenta. Guardando-a. – Comecei. – disse, voltando a se encostar.
–Você está afim do Cullen, mesmo. –murmurou a me ver sem palavras. - Porra Bells! Você sabe que ele é um amontoado de estrume não é?
–Não diga isso! – exclamei irritada. Não gostando da forma que James estava se dirigindo ao Edward.
– Eu –respirei fundo – Eu... Só o acho atraente e somente isso. – disse tentando não parecer abalada
– Bells... Não precisa mentir pra mim. – disse descruzando os braços fortes. Suas mãos tocaram meus ombros com suavidade.
Fiz uma careta ao confessar. -Eu to apaixonada por ele. Mas... É uma coisa totalmente platônica! – esclarece logo. Vai que o James conte para os
demais eles procurassem o Edward pra tirar satisfação por nada.
– Uau! Você sabe que a casa vai cair quando os outros souberem não é? – alertou agora fazendo uma massagem em meus ombros tensos.
–Sei sim, mas eles não precisam saber... – responde mordendo os lábios.
Ao nosso redor ouvíamos a voz de Jas conversando com um cliente. E de Emmett acertando o serviço com outro.
– Que se você não contar, eles não vão saber. – soltei minha ideia de ultima hora com um sorriso esperançoso.
–Bella, Bella... – disse James balançando a cabeça, retirando as mãos de mim. – Isso vai dar merda.
–Por favor! Por favor! Não conta, J! – pedi fazendo a minha melhor cara de cachorro quando cai da mudança. Ela sempre funcionava.
James coçou a cabeça, indeciso. Então barganhou. - Eu... Só prometo que vou fingir que não vi nada, que não sei de nada. Mas não vou mentir se
eles me perguntarem, se desconfiarem de algo. – ele me encarou sério. - E acredite em mim Bells, eles vão desconfiar.
– Eu sou o seu companheiro de peraltices, lembra-se? – disse acariciando minhas costas. – Mas vou ficar de olho nesse tal atorzinho metido a galã.
- Completando com tom severo.
Sorri sabendo que isso era zelo de irmão mais velho ciumento.
– Porque somente o J recebe abraço? – indagou Jas se aproximando. J me soltou, mas me puxou para o seu lado, envolvendo meus com seu
braço esquerdo.
–É ruim! – exclamou Jas. - Eu sou o mais bonito! Olha só minha pinta de galã. – então ele começou a fazer caras e bocas, e mostrar os músculos
de seus bíceps.
– A conversa está ótima, não é? – o vozeiram de Emmett chegou até nós aos gritos. - Mas tem trabalho a ser feito, seus folgados!
De um Dodge novinho, eu troquei os dois pneus dianteiros, e as molhas de suspensão. Concertei a ignição de um Mercedes-Bens. E estava
trocando óleo de um Mitsubishi, quando a hora do almoço chegou.
A oficina fechava para almoço. E por ser perto de onde moramos, a dois quarteirões, almoçávamos em casa. A rotina era: Carl cuida da parte
burocrática. Além de ser responsável pelo rango. Então ele deixava mais cedo à oficina.
Emmett cuidava das finanças e do recebimento das peças. Eu o auxilio nessa questão também. E todos nós trabalhávamos com o pesado.
Somos um time eficiente. Nossa oficina até já ganhou prêmios. O que deixávamos muito contentes, pois era uma forma de homenagear nossos
pais. Cuidando bem do legado da família...
***
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Eu peguei uma escova pequena, e o removedor de graxa de dentro do armário do banheiro, e comecei a esfregar minhas unhas ruídas na pia. Eu
esfreguei até as pontas dos dedos ficarem vermelhas. Tentando retirar a graxa acumulada ali. Eu apliquei o removedor e lavei depois de esfregar as mãos
pela última vez.
Enxuguei minhas mãos e torce meus cabelos os prendendo para que não se molhassem. Tomei uma ducha quente logo após, e comecei a me
preparar par ir à faculdade.
Vesti uma camiseta branca com os dizeres: Like, vestir meus jeans justos. Calcei meu converse All Star velhos, e soltei meus cabelos. Passei mão
do casaco de coro na cor marrom, e apanhei minha mochila velha com meus livros acadêmicos, meus fones e celular, e minha carteira.
– Ei! Não vai jantar? – perguntou Carl a me ver pegar as chaves do meu carro no suporte da porta.
Acionei meu Audi na cor preta, abrindo a porta do motorista. Joguei minhas coisas no banco do passageiro ao lado. E entrei. Sem demora me
coloquei em movimento.
Estacionei em minha vaga meia hora depois. Pegando meus pertences sai do carro. Meu carro ficava estacionado ao lado da patricinha que iria
tentar forçar uma amizade hoje.
Caminhei pelo estacionamento e tomei meu rumo ao bloco H, o da minha turma. Os corredores estavam lotados de jovens ainda em puberdade, e
outros que já haviam passado por ela a um bom tempo.
E já me preparava para ouvir os risinhos e piadinhas. O que não demorou muito para acontecer. Um grupo de cinco rapazes. Que eram bem
conhecidos por mim. Começaram a ladainha de sempre:
Eu continuei a caminhar. Duas garotas me olharam e fizeram caretas de desgosto. Eu não fiz nada. Mas quando o infeliz do Mike passou por mim e
tentou puxar minha mochila, eu o empurrei com força. Ele caiu e ficou me olhando estranho do chão. Houve um silêncio pesado no corredor.
Até que Mike riu e soltou cruel: - De uma mulher homem como você, não é estranho que seja mais forte que eu!
Pela minha postura fria. Eu não aparentava ter sido atingida pelas palavras do playboyzinho de merda, nem pelas risadas maldosas do resto da
plateia.
Eu prossegui meu percurso. Pensando em como eu odiava passar por esse corredor. Mas não tinha outro jeito. Entrei na sala e sentei em meu
lugar, na parte de cima, no canto esquerdo.
Mais risos e mais gracinhas eu escutei dos meus colegas de classe. Peguei meus fones e liguei meu celular, colocando Led Zeppelin em alto e bom
volume, me esquecendo de todos aqueles idiotas.
Dez minutos depois o professor Caius chegou. Eu retirei os fones e comecei a prestar atenção na aula de designer industrial...
– Isabella. Quero falar com você – disse Caius quando dispensou a turma. Duas horas depois.
Todos começaram a sair e Santiago me lançou um olhar duro e cheio de escárnio ao passar por mim. Eu lhe mandaria tomar lá, mas o professor
não poderia gostar. Então...
Eu me levantei, e recolhi minhas coisas, joguei o casaco sobre o ombro e a mochila sobre o outro. Aproximei-me.
– Pois não professor. – disse neutra. Sustentando o peso do meu corpo em uma perna.
–Vou ser direto. Eu presenciei o que aconteceu no corredor Isabella. – revelou, fitando-me seriamente por cima dos olhos de grau forte.
– Você não pode agredir as pessoas sempre que for desafiada. – disse sério.
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–Não vai adiantar professor. Lembra-se da ultima vez? – ele abaixou a cabeça e suspirou. -Sim... – respondeu em tom cansado.
–Então, não quero outra palestra sobre bulling e depois ser atacada de forma mais ostensiva. – disse fria.
–Entendo...
–Sim...
O corredor estava cheio por causa do intervalo. Então tive outra seção de xingamentos enquanto caminhava em direção ao meu armário. Que era
todo pichado com os xingamentos de praxe. Eu o abri, e tirei minha carteira da mochila, colocando-a no bolso e guardei o resto das minhas coisas no
armário.
Voltei a caminhar, agora em direção ao refeitório. Meu plano estava traçado, o difícil seria segui-lo. Respirei fundo e passei pelas portas do
refeitório de uma cor desbotada de vermelho. E observei todo lugar.
As mesmas figurinhas de sempre, nos lugares de sempre, completando o quadro tipo de uma faculdade americana. Na mesa de centro estavam:
Jéssica, Renata e Chelsea. As lideres de torcida, e patricinhas nojentinhas. Que me olharam com cara de nojo.
Ridículas anorexas! Mostrei-lhes o dedo do meio. E elas fizeram cara de chocadas e se viraram. Soltei um risinho.
Na mesa da esquerda estavam os nerds. Na da direita os viciados. A do canto superior perto das nojentinhas, os jogadores de futebol americano.
E na mesa do canto inferior, sentada sozinha, a minha presa.
Alice Brendan.
Mordi meu lábio inferior e caminhei até o deposito de bandejas. Pra depois ir pra fila, comprar meu lanche. Eu geralmente não comia no refeitório,
por isso não tinha uma mesa reservada para mim lá.
Comprei um suco de laranja em caixinha, e um sanduiche natural. Paguei e sai da fila. Fiquei parada. Sem saber o que fazer. Minha ideia era: ser
direta e perguntar na lata. Mas eu podia assustar a garota. Mas eu não tinha nada a perder. Então...
Respirei fundo mais uma vez, e entoei em meu cérebro: Você consegue, vai lá Bella! Você é forte! Com essas palavras em mente, eu avancei em
direção à mesa da Alice, que se remexia desconfortável na cadeira a cada passo meu.
Até que parei em frente a sua mesa, e segurando minha bandeja com força, soltei na lata: - Preciso da sua ajuda!
A garota me fitou de olhos esbugalhados. Acho eu, que incrédula pela minha ousadia de falar com ela. Abrindo e fechando a boca sem parar. Será
que deu pane na Barbie a minha falta de moda?
Continua...
Notas do capítulo
Muito obrigada pela recomendação linda Bruna Pattinson Stewart!
Obrigada pelos comentários!
Boa leitura!
Bella
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A Barbie havia parado de abrir e fechar a boca, e agora ela somente me encarava com o rosto corado. Eu já estava ficando impaciente e
desconfortável, ali em pé a sua frente. Apesar de achar muito cômico a sua reação.
Com praticamente todo o refeitório observando com indisfarçável curiosidade, eu tomei a iniciativa e coloquei minha bandeja em sua mesa,
puxando a cadeira logo em seguida. Foi o estopim para fazer com que a boneca fútil se mexesse.
Perguntou com voz baixa enquanto eu puxava minha bandeja e perfurava com o canudo o pontinho cinza na caixinha de suco. Levei-o aos lábios
diante do olhar incrédulo da patricinha.
– Isso eu percebi, mas... Por que você está aqui? Por que você quer minha ajuda?
Indagou. Eu a olhei seriamente enquanto sugava lentamente meu suco. Eu detestava rodeios. Então seria direta. Depositei meu suco de volta na
bandeja e respondi séria.
Quis saber desconfiada. Eu respirei fundo. Agora vinha a parte mais difícil. Eu fitei sua roupa perfeita de grife e engoli seco. Com certeza ela era a
melhor indicada para me ajudar. Ela tem classe, se veste sem exageros, muito diferente do estilo vulgar das nojentinhas das outras patricinhas. Ela tinha que
me ajudar.
– Dicas?
Os olhos castanhos pareciam confusos. Não só eles. Vários pares de olhos nos observavam confusos. Surpresos. Eu encarei alguns com cara
brava e logo nos deixaram em paz. Então confirmei sem hesitar.
– Sim.
– Sobre?
Indagou parecendo mais relaxada na cadeira. Seu rosto voltando à cor natural.
– Moda.
– Como é?
– Veja, não tem como depois da última aula nós conversarmos em um local menos... Populoso?
Sugeri.
– Foi mal, devo ter queimado seu filme com seus amigos.
– Não?
Perguntei duvidosa, começando a retirar meu sanduíche do plástico e levando-o a boca logo após.
– Não.
– Sério?
Eu estava abismada. A patricinha bem-vestida não tinha amigos? Mas... Ela é tão parecida com os demais. O que será que tinha de errado com
ela? Questionei-me curiosa.
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– Sim.
– Por quê? Você parece tão perfeita para os padrões pré- estabelecidos... Disse completando meu questionamento.
– Sei lá...
Respondeu-me evasiva.
– Hum... Ainda estou sem entender... Então porque você é uma “Barbie patricinha perfeita”?
Perguntou pegando a maçã que eu não havia percebido em sua bandeja, mordendo-a.
– Eu... Bem, eu queria mudar um pouco o meu visual. Ser mais feminina.
– Basicamente isso.
Fiz careta.
Exclamou depois de engolir um pequeno pedaço de maça. Estava limpando meus lábios quando parei o que fazia.
– Como é?
Indaguei surpresa.
– Deus! Não!
Exclamou.
– Ah ta! Não que eu tenha algo contra, só pra que você saiba.
Trinquei meus dentes. A vergonha me tomando. Vamos lá Bella! Supere isso! Falei pra mim mesma. Então soltei de vez.
– Quero saber ser mais... Sensual com minhas roupas. Quero... Chamar atenção... De garotos.
Disse sorrindo. Com os dedos cruzados debaixo da mesa, fiz a pergunta crucial.
– Vai me ajudar?
– Sim.
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– Sim?
– Sim!
– Qual?
Pediu tímida.
– Isso é sério?
Meu queixo caiu mais uma vez. Ela balançou a cabeça afirmativamente.
Confessou corando.
– Como é?
Perguntei boquiaberta.
Ela me deu um sorriso amarelo. Surpreendida, a fitei de lado por um tempo, rindo alto logo depois que a ficha caiu, fazendo alguns pares de olhos
curiosos se fixarem em nossa direção. Não liguei, e parecia que a Brendan também não se importava, mesmo com o rosto vermelho de vergonha.
– Quando podemos começar? Tenho um tempo livre durante a tarde. Tipo, umas 14h00min.
– Fechado.
Concordei.
Disse receosa.
– Quais?
– Nada de cor rosa, nada mesmo. Eu quero mudar algumas coisas, não virar uma Barbie.
Respondeu parecendo sincera, mas isso não me impediu de encará-la ressabiada. Ela deu de ombros.
– O que foi?
Perguntei preocupada.
Quis saber me encarando tensa. Analisei a situação. Ela iria me ajudar, mas não era minha amiga. Mas também não era o que pensei que fosse,
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então acho que não teria problemas se ela me chamasse por um dos meus apelidos.
– Pode.
E completei.
–Sim.
Disse me erguendo.
– Com certeza!
***
Acordei cedo como sempre, vesti meu macacão e coturno, e sai para mais um dia de labuta. Carl estava agitado hoje e queimou minha panqueca.
E eu não estava muito feliz não. E que meus clientes boçais hoje nem tentassem me torrar a paciência, que eu não estou a usando no momento.
Mas eu entendia o porquê dele estar meio... Desligado. Eu sabia que ele estava assim pela visita da nossa prima.
Esme é uma paixão antiga do meu mano, da qual ele teve que abrir mão pra cuidar de mim e dos meus irmãos. E eu muitas vezes me senti culpada
por vê-lo sofrer em silêncio. Mas agora ele podia se dedicar ao seu amor antigo. Gosto muito da Esme, ela esperou pelo meu mano por todos esses anos.
Ela é bem especial.
Jas passou por mim e sorriu. Eu estava debaixo de um SUV. Estava no começo de uma lanternagem, e o serviço seria levado por duas semanas no
mínimo. O carro estava todo ferrado.
Emmett fazia o recebimento de algumas peças, J estava trabalhando em uma moto Suzuki. E Carl passou por nós com um sorriso de orelha a
orelha ao se despedir.
As horas passaram rápido. E logo eu estava à mesa comendo a comida, agora sim, deliciosa do meu mano Carl, com meus três irmãos e minha
cunhada.
Soltou Emmett fitando Carl com um sorriso de provocação. Meu mano velho corou. Soltei um risinho.
Esme deu de ombros, passando a batata frita pra mim ao responder com um sorriso.
Filosofou Carl.
Ressaltou Jas. Sorri com a boca cheia de comida e ele fez cara de nojo. Ri.
– O cara vai ter que passar por nós pra chegar perto dela.
Riu me provocando.
Emmett e Jas disseram juntos. Engoli com dificuldade o pedaço de bife, encarando-os com raiva. Às vezes, muito raramente, eu queria matar meus
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irmãos...
Depois do almoço, troquei meu short curto por uma calça jeans, e meu blusão, por uma camiseta preta com o símbolo do Iron Maiden. O lindinho
do Edward T. Head, ou simplesmente Eddie, como é chamado a criatura que virou ícone da minha banda preferida. Fiz um rabo de cavalo e deixei meu
converse perto da cama.
Refastelei-me na cama com um bom livro, depois de colocar o alarme do meu celular para me lembrar do meu compromisso das 14h00min.
– Porra!
Exclamei de susto. O tempo passou e não percebi de tão absorta na leitura. Desativei o sacana do alarme ainda com o coração na boca, e calcei
meus tênis. Apanhei minha mochila velha de guerra, já com tudo preparado pra ir à faculdade, depois da aventura de hoje à tarde, e parti com as chaves do
meu Audi nas mãos em direção as escadas.
Despistei meus irmãos ao andar na ponta dos pés, e não fechei a porta com um forte estrondo como sempre fazia. Fora de casa, corri até meu
carro e o liguei assim que entrei.
Estacionei na garagem da faculdade quarenta minutos depois, e sai do carro devagar, pegando minha mochila. Eu estava bem nervosa agora. E
tinha levado uma eternidade pra chegar aqui.
– Você demorou!
– Está nervosa.
Alice constatou contornando o seu carro, entrando no mesmo. Ela abriu a porta do passageiro pra mim.
– Relaxa!
Exclamou piscando. Sorri cinicamente. Não era ela que seria a “cobaia de moda” de hoje á tarde...
Coloquei o cinto.
– Ao shopping.
– Eu odeio shopping.
Voltou a dizer, agora com um sorriso confiante. Ela dirigia até que bem, mas muito lenta pro meu gosto. Então chegamos à droga do shopping.
Meu coração disparou. Ah Edward... O que eu não faço por você!
Respirou fundo.
– Vou tentar.
Uma moça do salão fazia minhas unhas, e a outra moça começou a lavar meu cabelo. Ela hidratou, condicionou e fez o diabo a quatro com ele na
escova. Eu até que gostei de ter alguém os desembaraçando por mim.
Com as unhas pintadas de vermelho, e o cabelo escovado fui para a parte dolorida. A mulher veio em minha direção com uma pinça e me
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submeteu a momentos de terror!
Reclamei.
Disse a moça do salão em tom afetado. A fuzilei com os olhos, deixando-a visivelmente com medo.
– Já estou terminando.
Emendou rapidamente.
Sim, ela estava, pra logo me levar pra cera quente. E porra, eu vi estrelas! Não! Minto! Constelações.
– Você já esta outra! Quando vestir algo mais... Apropriado vai ficar... Perfeita!
– Santo deus!
– Vamos até a minha loja preferida. Tenho certeza que você vai se amarrar nas roupas de lá.
– Duvido...
Entramos em uma loja chique de cheiro bom. E fiz careta pra algumas roupas. Elas não tinham nada a ver comigo.
Alice dispensou-a sem cerimônia. Sorri debochada pra loira enquanto passávamos por ela.
– Adorei a dispensa.
Disse debochadamente.
– Eu imaginei.
Fiz cara feia, mas provei. E confesso que fiquei gata nele.
– Salto alto?
– Ok...
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Disse travessa, levando-me a uma seção de fardas.
– Qual?
– Aqui!
Exclamou alegre e então me mostrou um macacão altamente feminino na cor azul-escuro, com um zíper no meio em cor dourada, o que dava um
contraste lindo à roupa.
– Não é? Você pode ser sexy durante seu trabalho também. Sem ser vulgar, lógico.
– Adorei!
Porra Edward iria olhar para mim, dentro desse macacão com toda certeza! Pensei maliciosa.
Saímos da loja com várias sacolas de roupas, sapatos e todo tipo de acessórios. E eu mais pobre. Alice parou em uma loja de cosméticos e
perfumaria. Dispensou mais uma vez outra loira metida.
– Tudo bem.
Concordei. Então ela passou a me ensinar truques rápidos. E até que não era tão difícil como imaginei. Estávamos terminando de lanchar quando
ela soltou:
– Como é?
Perguntei medrosa.
– Vou te produzir!
Rindo, ela me arrastou para o banheiro feminino, com sacolas e tudo, e começou a minha transformação. Vestiu-me com um jeans escuro justo,
uma camiseta branca e uma mini jaqueta azul-claro. Retocou minha maquiagem e me fez usar um batom vermelho chamativo. E quando me olhei no
espelho, fiquei assustada.
– Porra eu to linda!
Disse Alice sorrindo. O que havia de errado com essa garota? Ela não agia como se deveria... Sorri sem graça.
Alice, que também havia comprado roupas novas pra ela, também se trocou e então saímos do banheiro. Praticamente corremos para não
chegarmos atrasadas à faculdade.
– Não mesmo.
Disse sorrindo.
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– Ok.
Sorri de volta.
Entramos juntas no meu bloco e a reação dos que estavam no corredor foi espantosa. Fez-me até rir por um instante. O corredor ficou em total
silêncio, então logo depois explodiu em cochichos enquanto eu e Alice passávamos.
Algumas pessoas apontavam pra mim incrédulas. Alice ria feliz ao meu lado. Eu estava me sentindo estranhamente muito bem, sendo o motivo dos
cochichos abismados.
– Ela ta linda!
Exclamavam bestificados. E Mike estava babando, quando lhe lancei um olhar mortalmente frio.
– Te vejo no refeitório.
Entrei na sala e a classe toda ficou em silêncio. Hoje era a noite do silêncio. Pensei sarcástica. E mais coisas inesperadas aconteceram. Meu
professor me fitou boquiaberto, então sorriu pra mim. Ele parecia feliz.
Aconselhou preocupado.
Zombei.
– Bella?
– Caramba!
– Olha pra frente seu idiota, se for me encarar vai ter que pagar!
****
Eu cheguei em casa quando todos já estavam dormindo. Tomei uma ducha rápida e me joguei na cama nua mesmo, com um sorriso.
Acordei sobressaltada e corri para o banheiro. Fiz minha higiene matinal e vesti meu macacão novo. Fiz meu rabo de cavalo, maquiei-me e rezei
pra que meus irmãos não percebessem as mudanças em mim.
– Hum...
Eu disse de boca cheia, tentando parecer normal. Meus outros irmãos estavam silenciosos.
Todos eles estavam me encarando de forma desconfiada, mas não diziam nada. Acho que estavam com medo de me perguntar o que mudou.
O trabalho começou normal, mesmo com meus irmãos me olhando de forma estranha. Eles estavam ocupados com seus afazeres, e lá estava eu,
trabalhando no SUV quando o motor do volvo prata se anunciou. Engoli seco. Havia chegado o momento.
Eu limpei minhas mãos e desci o zíper do macacão um pouco, deixando meu decote mais acentuado. Peguei o pequeno estojo no bolso direito e
retoquei o batom vermelho. Guardei e me levantei agilmente, colocando-me à frente do meu sensual e lindo cliente que se assustou. Sua boca se abriu e ele
arfou. Seus olhos se arregalaram.
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– De onde você surgiu coisa linda?
– Sou a melhor mecânica que poderia encontrar. Do que precisa, senhor? Tratei de completar quando ele me lançou um olhar malicioso. Ele me
encarou e sorriu como um predador.
Direto e preciso como o bom caçador que era, deixando-me sem reação por um instante.
O que eu faço? Pensei fitando os olhos sagazes que devoravam minhas as formas dentro do macacão...
Continua...
Notas do capítulo
Desculpem a demora pra postar, mas estou muito atarefada com algumas coisas ai, e minha tendinite esta me atacando pelo mesmo motivo.
Obrigada por comentarem no capitulo anterior!
Boa leitura!
Bella
Eu mordi meu lábio inferior com força e encarei Edward, indecisa. Eu estava diante da oportunidade pela qual eu ansiei por muito tempo. E estava
travada, sem saber o que fazer. O barulho de motor sendo testado estava ao fundo, mas não penetrava meus pensamentos indecisos.
Eu ainda estava meio entorpecida pelo pedido. Pela atenção de meu objeto de desejo. Ele queria sair comigo! Sim! Comigo! Não com aquelas
atrizes promiscuas que ele costumava pegar. E eu estava louquinha para dar vazão a minha enorme vontade de gritar, de pular e dançar pela oficina.
Mas me contive. Poxa! Eu esperei tanto... Eu me sacrifiquei naquele maldito salão. Fui torturada e o diabo a quatro para conseguir o que queria e
agora eu seria fácil? Minha consciência e meu orgulho próprio falaram baixinho em meu pé de ouvido, me trazendo de volta à razão:
“Bells, ele é gato e você o deseja, mas vale mesmo apena ser tão fácil”?
Eu procurei os olhos azuis de Edward analiticamente. Busquei algum sinal de admiração sincera por mim. Mas somente encontrei desejo carnal. E
isso me frustrou e magoou. Ele não me conhecia. E ele não iria se interessar por mim como pessoa se eu fosse tão fácil até ele.
Eu não queria ser mais uma na sua listinha podre. Eu queria mais. Eu queria ser a única! Eu poderia ser muito idiota por pensar que conseguiria
despertar sentimentos nobres em um homem tão mundano quanto o que me despia com os olhos nesse instante. Mas eu tentaria. Em doses homeopáticas.
Mas iria.
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Indagou se aproximando e tentando me encurralar entre a SUV e o Porshe.
Respondi me esquivando.
Então Edward me segurou pela cintura, puxando-me para ele e prendendo-me junto à porta da SUV. Engoli seco. Coração voou direito para a
minha garganta, batendo loucamente ali.
Controlando meu coração bandido, eu afastei suas mãos da minha cintura e o fitei séria.
– É o seguinte lindinho. Eu não vou sair com você. A não ser que...
Soltei séria.
– Como é?
Ele estava perplexo. Acho que pensou que eu já estava no papo, o que não era de todo mentira. Mas ele não precisava saber.
Ele me fitou por um longo instante em silêncio. Devorou minhas curvas sob o macacão colado e então respondeu.
– Como é?
Indaguei piscando incrédula. Eu não podia ter ouvido direito. Ele havia aceitado? Assim... Tão... Fácil?
– Absolutamente. Não há duvidas que a quero em minha cama o mais rápido possível. Mas se para chegar nesse objetivo eu tenho que... Ser um
pouco mais paciente... Basta me dizer qual é a sua ideia...
Oh! Ele estava falando sério! OMG! Eu sorri feito uma boba e uma ideia surgiu.
– Que teste?
– Sabe... Eu tenho quatros irmãos... E eles são bem ciumentos. Então... Você terá que pedir a eles para me cortejar.
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– Você fala sério, doçura?
Respondi rapidamente.
– Vai amarelar?
Provoquei.
– Não!
Respondeu indignado.
– Você já os conhece.
Disse matreira.
Revelei.
– Os próprios!
Falei orgulhosa.
– Já vi que vai amarelar. Então que tal me dizer o problema de seu volvo?
Disse contornando meu lábio inferior lentamente com seu dedão. Estremeci.
Gaguejei e segurei seu antebraço esquerdo, arrastando-o pela oficina. Eu o levaria até J, ele era o único que sabia o que se passava. E eu tinha
certeza que meu maravilhoso irmão daria conta do recado. Ou seja, assustaria o gato, mas sem afugentar o pobre homem.
– J!
Quis saber J, enquanto se erguia e limpava as mãos sujas na flanela gasta. Ele tinha um olhar desconfiado na direção de Edward.
– Senhor Cullen?
J disse respeitoso, mas com um toque de aviso na voz tipo: “Aqui você não é nada demais, meu chapa.”
Edward estendeu a mão para J que não a segurou. Edward deu de ombros e começou a falar com pompa, mas educadamente.
– Olá... J. Bem vou ser direto. Eu desejo cortejar sua irmã, quero levá-la para sair, e ela deseja sua autorização. Seja um bom irmão e a libere sim?
Então a reação de J não foi o que eu esperava. Saiu totalmente de controle. J colérico, agarrou o colarinho da camisa polo de Edward e o prensou
na parede com força bruta.
Gritou J rudemente.
– Solte-o J!
Também gritei, tentando afastar as mãos de meu irmão de Edward, que o fitava de olhos arregalados.
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– Perdeu a voz seu almofadinha de merda?
J exclamou irado.
– J!
Gritei mais uma vez, desesperada pela cor azulada na face de Edward.
Alguns clientes que estavam perto olhavam a cena com curiosidade. Alguns reconheceram Edward e estavam especulando coisas entre si. Eu
estava sem saber o que fazer. E para piorar minha situação meus outros irmãos chegaram para averiguar a desordem.
Indagou Carl.
Eu disse aturdida.
Mandou J apertando o colarinho e consequentemente o pescoço de Edward com mais força. O mesmo gemeu agoniado e tentou se soltar sem
sucesso.
– Ele só queria me convidar pra sair! O que tem de mal nisso, seu troglodita!
– COMO É?
– Oh meu Deus!
– Nada disso! Eu troquei as fraldas dela mais vezes, então eu que tenho o direito de quebrá-lo!
Mandei zangada.
Ele o fez e Edward arfou se encostando na parede em busca de equilíbrio. Tossindo, fitou-me parecendo zonzo. Seu rosto estava vermelho e sua
boca se abria e fechava, sem som ao me encarar. Então ele correu até seu volvo e fugiu dali, como o diabo foge da cruz.
Os clientes se afastaram e fingiram não terem visto nada. E meus irmãos me olhavam estupefatos.
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– Vocês não podem agir normalmente quando um homem se interessa por mim?
– Bells eu...
Murmurou J.
– Não!
Meus olhos estavam ardendo com a vontade de chorar. E eu deixei que as lágrimas escorressem por meu rosto. J também começou a chorar, mas
eu lhe dei as costas e sai da oficina.
***
Não almocei. Não tinha fome. Eu havia chorado até não poder mais. Estava sem vontade alguma de ir pra faculdade e nem queria ver meus irmãos
tão cedo.
– Posso entrar?
Perguntou Esme da porta. Eu não havia trancado. Nem precisava, pois meus irmãos não iriam me perturbar lá. Não depois da cena tosca na
oficina.
Eu fitei minha cunhada e balancei a cabeça concordando. Ela trazia um copo de chocolate quente.
Perguntou fechando a porta e se aproximando. Sentou-se na minha cama, em seguida me entregando a caneca.
Eu a peguei com cuidado. Mesmo sem vontade, tomei um gole do liquido fumegante.
– Todos eles estão acabados Bella. Eles... Sentem muito por terem te magoado.
– Sabe Bella, eles te enxergam como a garotinha deles. Eles... Não conseguem compreender que você cresceu.
– Eles podem até entender um dia, mas... Se coloque no lugar deles Bells.
– Eles criaram uma garotinha doce e meiga como filha, deu-lhe amor incondicional e morreriam por ela. Eles se apavoraram com a possibilidade de
te perder para alguém que pode te machucar...
– Eles nunca vão me perder. Eu os amo. Mas agora eu não quero vê-los. Nem perdoá-los.
– Compreensivo. Mas... Não os deixe de castigo por muito tempo. O J esta chorando feito um bebê. E é feio de se ver.
Sorri fracamente.
– Bella, se você quiser conversar sobre esse... Rapaz, é só me chamar, tudo bem?
– Obrigada prima.
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Agradeci.
– Se cuida.
Disse beijando-me na bochecha com carinho, e pegando a caneca antes de sair do quarto...
Eu me levantei e fui tomar banho. Eu iria à faculdade pra me distrair. Não adiantaria nada eu ficar em casa. Em uma hora eu fiquei pronta. Acho
que Alice iria gostar da minha roupa. Pensei me olhando no espelho.
Eu vesti uma calça justa de lavagem clara, camiseta azul colada ao corpo e uma jaqueta vermelha. Deixei meus cabelos soltos e me maquiei apenas
o básico.
Troquei meus converses por botas de cano longo também vermelhas. Então peguei minha mochila e as chaves do meu Audi e corri escada a baixo.
Sai sem me despedir de ninguém.
Eu ainda não havia me acostumado com atenção dos alunos enquanto eu caminhava pelos corredores da faculdade. Ou como agora no refeitório.
Era cômico ver as patricinhas me olhando com inveja e os garotos com admiração. Babando mesmo. Eu até riria alto se tivesse com animo pra isso.
Porém sorri quando avistei Alice sentada em sua mesa sozinha como de costume. Eu peguei minha bandeja e fiz o velho processo de sempre.
Depois de comprar meu lanche me sentei com ela.
Disse Alice assim que me sentei. Ela já havia terminado seu lanche e comia morangos de sobremesa. Roubei dois deles e os levei a boca. Gemendo
de deleite.
Respondi depois de engolir, furando a caixinha do meu suco de uva sem muito entusiasmo.
Perguntou desconfiada.
– Sim. Desembucha.
Falou curiosa.
– Também acho.
– Sem brincadeira, eles têm lá suas razoes não é Bella? Afinal esse Edward é muito... Artificial...
Disse séria.
– Eu sei, mas... Eu também sei me cuidar. Eles têm que confiar em mim.
– Eles confiam Bella. Só surtaram com a possibilidade de ver você ser machucada.
– Eu entendo isso, mas... Poxa custava eles agirem mais civilizadamente? Agora o gato nem vai querer mais nada comigo. Nem ir mais a oficina...
Disse cabisbaixa.
Ela riu.
Respondeu evasiva.
– Pode.
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– Por que você não tem amigos?
– É uma longa e feia história Bells. E... Eu posso até perder sua amizade...
– Por quê?
– Sim!
– O que?
– Prometa que não vai deixar de ser minha amiga depois que souber o motivo.
Observando sua face obscurecer, me arrepiei. A coisa parecia ser bem sinistra. Pensei alarmada, mas prometi.
– Prometo.
– Vamos para o jardim que fica por trás do refeitório. Lá é mais seguro para ter essa conversa.
Eu a imitei e logo eu estava acompanhando para o tal lugar. Enquanto a seguia eu pensava, qual será o segredo de Alice?
Continua...
Notas do capítulo
Obrigada a JUSSARA CULLEN pela última recomendação. Obrigada flor pelas lindas palavras. Fiquei super feliz!
Obrigada pelos comentários no capitulo anterior!
Boa leitura!
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Bella
Em completo silêncio, Alice me levou até um espaço arborizado por trás do refeitório. Ela sentou-se em um dos dois bancos de pedra dispostos
perto de uma árvore frutífera.
Ainda em silêncio ela fitou seus sapatos de salto, meio sem saber o que fazer.
Eu não a pressionei, apenas fiquei de pé encostada a macieira. Eu nunca havia ido ali e passei a observar o lugar atentamente, para dar o tempo
que Alice achasse necessário para começar a conversa.
Era muito agradável ali, um espaço pequeno, arborizado, com sinais de que estava abandonado há muito tempo. Parecia mais um refugio
esquecido. Ninguém nos encontraria ali. E pelo visto era um lugar muito frequentado por Alice.
A única coisa que poderia nos expulsar dali era a chuva, pois não havia nenhuma cobertura.
Eu olhava o céu estrelado quando ouvi Alice respirar fundo. Eu a fitei e percebi que ela mexia as mãos de forma nervosa. Sua voz era baixa
quando começou a relatar.
– Há dois anos, na primeira semana da primavera eu ainda era uma novata tanto na cidade quanto na escola. Mas eu já havia feito muitos amigos.
O dinheiro de minha família e minha aparência “perfeita” fez com que eu me destacasse muito rápido.
– Então eu rapidamente me tornei a queridinha da escola, a nova líder de torcida, a nova namorada perfeita do *quarterback capitão do time de
futebol americano. E eu me deslumbrei com meu suposto perfeito romance com o Jacob.
Os olhos e a voz de Alice pareciam estar em outro tempo quando ela continuou.
– Eu... Passei agir de forma fútil para agradar meus amigos e meu namorado. Eu humilhava as pessoas. Eu... as maltratava por pura diversão. Eu
sabia que eu estava agindo de forma errada, mas eu estava tão feliz por ter amigos novos e não media mais meus atos.
– Até que as coisas começaram a ficar estranhas. Fazia três meses que eu estava namorando o Jacob quando ele começou a me pressionar para
transarmos. E eu não me sentia nada preparada. E sempre fugia de seus avanços. Ele já estava ficando chateado com minhas recusas. Então Jéssica, que
parecia uma boa amiga, resolveu dar uma festa para animar o pessoal. Seus pais viajariam no fim de semana. Era perfeito. E eu queria muito ir. Porém meus
pais não deixaram. Eu era menor de idade e eles ainda não confiavam muito em meus amigos. Eles gostavam do Jacob, mas meu pai tinha muitas ressalvas
sobre permitir que eu fosse a uma festa de adolescente...
Ela pigarreou limpando a garganta, sua voz se tornou grossa. As lembranças não pareciam nada boas para Alice e eu estava roendo minha unha do
dedo mindinho de apreensão. Um pressentimento de algo ruim me tomava os sentidos.
– Eu estava triste, eu queria muito ir! Então Jacob foi a minha casa e me ajudou a fugir pela janela do meu quarto depois que meus pais se
recolheram. Ele me levou à festa escondido, sem medo algum de meus pais. Eu achei um máximo. Quando chegamos à festa, a mesma já estava
bombando. Jéssica e os nossos amigos nos receberam com muito entusiasmo. E eu estava curtindo. Eu estava bebendo o ponche batizado que Jacob me
dava sempre que meu copo ficava vazio, mas com medo de ficar bêbada. Eu não queria beber, eu sou muito fraca pra bebida. Mas eu estava feliz. Eu ria
muito das brincadeiras dos meninos. Mas minha felicidade também vinha de Jacob, ele parecia muito radiante aquela noite. E eu estava feliz demais por ele
ter me dito que não iria me cobrar mais nada. Que iria me esperar.
– A bebida logo fez efeito e comecei a passar mal. Jacob foi muito prestativo ao segurar meu cabelo enquanto eu vomitava no lavabo. A festa
estava em seu ápice quando ele me levou até o quarto de Jéssica, dizendo que eu ficaria melhor se me deitasse um pouco. Ele me ajudou a tirar meus saltos
e me deitou na cama com cuidado. Então... Tudo mudou. Ele agarrou com força o meu pescoço e prendeu minhas pernas entre as suas. Começou a me
dizer coisas horríveis. E quando eu entendi o que se passava, e mesmo letárgica pela bebida e pelo mal-estar, eu me debati. Tentei me soltar, tentei lutar...
Mas...
– Ele era mais forte! Maior! Meus gritos de socorro eram fracos e abafados pelo som alto da música eletrônica. Ele... estapeou-me quando mordi
sua boca asquerosa quando tentou me beijar, enquanto me invadia sem cuidado, como um animal enlouquecido. Ele me machucou. Machucou-me
gravemente. Ele me estuprou e me bateu até me deixar inconsciente. Eu acordei dois dias depois em uma cama de hospital com minha mãe chorando ao
lado do meu leito.
– Dois meses depois eu fiquei sabendo que estava grávida. Eu? Grávida? Grávida do mostro que me estuprou! Eu não queria. Eu fiquei fora de
mim e... Tentei me matar. Cortei meus pulsos quando estava sozinha em casa e teria morrido se meu pai não tivesse esquecido a agenda em casa. Ele me
salvou. Salvou meu filho... Eu passei a frequentar uma psicóloga. A Susan me ajudou muito e lógico, meus pais também. Eu não sei o que seria de mim e de
meu bebê sem o apoio deles.
– Eu sou mãe de um menino lindo que se chama Pietro, de olhinhos castanhos sapecas e de um sorriso capaz de derreter meu coração sempre que
o vejo. Eu amo meu filho Bella...
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– Oh deus... Alice... Eu... Sinto tanto.
– Jéssica e os demais, que eu considerava meus amigos, se afastaram de mim. Na faculdade não foi diferente. Jacob foi condenado e... Morreu na
cadeia. E eu tento viver um dia de cada vez, pelo meu filho...
Sussurrei, me aproximando meio desengonçada para perto dela. Sentei-me ao seu lado no banco de pedra.
Pediu chorando.
Respondi também chorando, abraçando-a com força e sentindo seu corpo miúdo se balançar com o meu, enquanto chorávamos...
***
Depois de chorarmos sem controle por longos instantes, eu fui até o refeitório e comprei água mineral para Alice e pra mim. Então fomos ao
banheiro e tentamos disfarçar as marcas que o rímel deixou em nossos rostos.
Compostas e mais amigas do que nunca, voltamos para a sala de aula. Eu assisti à última aula perdida em meus pensamentos, ainda chocada com a
história de vida de Alice. Tão jovem e tão cheia de marcas.
Eu caminhava com Alice do meu lado na garagem já quase vazia logo depois do teste.
Disse de supetão.
– Eu... Posso?
Perguntei hesitante.
– Sim!
Eu ri alegre.
Despedimo-nos com um forte abraço. Entrei em meu Audi e logo estava a caminho de casa. Foi quando certo volvo prata parou ao meu lado em
um sinal. O dono do veículo baixou o vidro automático e gritou pela janela.
Meu coração disparou. Era Edward! Tentando controlar meus batimentos, gritei de volta também tentando ser brincalhona.
Ele sorriu amarelo e eu continuei a dizer, sem me preocupar em espantá-lo. Ele teria que se acostumar com meus irmãos.
Novamente perguntei.
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Indaguei incrédula.
– Sim.
– Tenho e muito!
Disse zombeteiro.
– Eles são bons rapazes. Eles no mínimo vão te dar uma surra.
Perguntou preocupado.
– Estou conseguindo?
Quis saber.
– Sim!
Insistiu.
– Sim!
– Vão paquerar em outro lugar! A porra do sinal já abriu faz dez minutos! Façam essas joças velhas andarem, seus idiotas!
Várias buzinas reforçaram seu pedido. Edward piscou e indicou o acostamento inclinando a cabeça em direção do mesmo. Eu acenei com a minha
concordando.
– Me leve ao cinema no sábado à noite. Quero assistir; Meu Malvado Favorito Dois.
Disse saindo do carro. Edward estava encostado em seu volvo com os braços cruzados sobre o peito largo, observando minha aproximação com
indisfarçável desejo.
– Isso é sério?
Perguntou descrente.
Concordou.
– Está tudo bem. Eu teria feito o mesmo se alguém tentasse chegar perto de minha irmã.
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– Você também é protetor com ela e afasta os seus pretendentes?
Perguntei curiosa.
– A Rose sabe cuidar de si mesma, mas digamos que eu tente protegê-la sim, afinal ela é minha irmã mais nova...
– Entendo...
Soltou de repente me fazendo corar. Eu odiava momentos embaraçosos como aquele. Eu gostaria de não corar!
– Obrigada.
– Sim.
Confirmei.
– Qual curso?
– Mecânica industrial.
Disse já preparada para sua expressão de horror. Mas ele me surpreendeu com sua reação admirada.
Disse piscando.
Sorri. Ele se afastou do volvo e caminhou em minha direção. Tocou meu rosto com as pontas dos dedos e sussurrou.
– O que é?
Indaguei já sentindo meu coração acelerar por sua a proximidade e seu perfume inebriante.
– Posso te beijar?
Concordou a meia voz. Então ele me beijou. Eu já havia beijado antes, mas nada comparado ao beijo de Edward. Ele me devorava a boca com
calma e precisão. Com volúpia e mansidão.
Agarrei seus cabelos e me entreguei ao beijo delicioso. Sua mão livre em minha cintura, puxando-me para si enquanto ele me guiava à cabeça para
melhor me beijar.
Estava sem ar e meu corpo fervia quando ele cessou a carícia. Meus lábios formigavam e meu coração corria louco dentro do meu peito.
Arrepiei-me e não lhe respondi nada. Não conseguia, minha mente estava em branco. Edward me beijou os lábios de forma doce antes de dizer.
– Sim...
Ele me levou até meu Audi e abriu a porta do motorista pra mim.
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– Tenha bons sonhos... Doce Isabella.
Beijou-me suavemente a boca e partiu em seu volvo, deixando-me com a pergunta em suspenso: O que o fez mudar de atitude?
Eu dirigi de volta pra casa meio entorpecida e aquecida pelos beijos de Edward. Estacionei meu carro na garagem sem dificuldades. Encontrei meu
irmão J sentado no batente da entrada de casa.
– Me perdoa Bells?
Eu o fitei severamente por um instante, torturando-o. Então, logo depois sorri, dizendo-lhe:
– Está desculpado!
– Jura?
Perguntou, piscando perplexo por não ter que implorar mais pelo perdão.
– Sim.
Disse emocionado.
– Eu sei...
– Estava diferente...
Disse com voz estudada. Ele estava pisando em ovos, com medo de me aborrecer logo depois de fazermos as pazes. Era sempre assim. Sorri.
– Gostou?
– Sim!
– Sim, ela é.
Confirmei sorrindo.
Ficamos em um silêncio confortável contemplando o céu de brigadeiro. Depois de alguns instantes J deu fim ao mesmo.
– Bells, eu queria que você soubesse que eu te respeito. Que eu... quero sua felicidade.
Esclareceu.
– Eu sei J, e você vai me ajudar a consegui-la, pelo menos por alguns momentos.
– Como é?
Indagou confuso.
– O que?
– Com o Edward.
– Com o frouxo?
Perguntou estupefato.
– Sei...
Desdenhou.
– Obrigada, mano!
Agradeci feliz.
– Não me agradeça ainda. Eu quero ver a cara do mano velho quando ele souber
Disse furiosa.
– O mano velho vai me deixar ir a esse encontro porque você também vai!
– Como é?
Continua...
*Quarterback (QB) é uma posição do futebol americano. Jogadores de tal posição são membros da equipe ofensiva do time (do qual são
líderes) e alinham-se solo atrás da linha central, no meio da linha ofensiva. Sua função é dar o inicio as jogadas e fazer passes para os wide
receivers e também, porém nem tantas vezes, para os tight ends. É ele que dá a bola para o corredor iniciar uma jogada de corrida, os
corredores são geralmente o halfback e, em algumas poucas jogadas, o fullback.
Notas do capítulo
Obrigada pelos comentários no capitulo anterior!
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Boa leitura!
Bella
Conselho familiar a essa hora da noite era absurdo! Mas meus irmãos fizeram questão. Essa tradição familiar às vezes era tão... Chata! Desculpa
pai, desculpa mãe. Mas eu estava cansada e desejava muito deitar em minha cama quentinha.
Tanto que já estava trajada em meu pijama do frajola. Eu abraçava a almofada fofinha junto ao peito na tentativa de manter a calma, porém eu
estava a ponto de enlouquecer com o comportamento estúpido de meus irmãos.
Há quase meia hora eles andavam de um canto a outro da nossa sala de estar, resmungando coisas sem nexo em tom baixo. Estavam agindo assim
logo depois que eu comuniquei que teria um encontro com o Edward no sábado à noite.
Eles estavam me deixando louca com esse pra lá e pra cá constante! Eu já estava até ficando zonza de tanto acompanhar com os olhos os seus
movimentos repetitivos!
Meus manos entraram em uma espécie de paranoia. E eu roía a unha do dedo mindinho a espera de um milagre, ou seja, de uma resposta positiva
dos meus três manos a minha frente.
O quarto irmão, o J, não estava nada feliz, sentado de forma displicente ao meu lado no amplo sofá. Ele estava com uma tromba enorme na face
bonita. Meu irmão não concordava com o encontro duplo sugerido por mim, muito menos que ele estivesse envolvido no mesmo com uma desconhecida.
O que me fazia lembrar que eu deveria pedir a opinião de Alice, já que ela também é parte envolvida na minha trama. Porém, isso teria que esperar
até a aula de amanhã à noite. O pedido deve ser muito bem feito, comigo fazendo a minha melhor expressão de pidona carente. Assim minha amiga não
teria coragem de recusar. Mas uma coisa de cada vez! Agora eu tenho a dificílima missão de convencer meus irritantes irmãos a aceitarem meu encontro.
– Parem de andar igual a baratas tontas e digam logo de uma vez o que pensam!
Sem perceber que Emmett havia parado, meu mano Carl trombou na montanha de músculos de Emmett. Jas que estava logo atrás de mano velho
trombou no mesmo.
– Ai cacete!
Praguejou Carl.
Soltou Jas.
Perguntou Emmett.
Falei rindo deles. Recebe um olhar fulminante dos três. J apenas ria baixinho ao meu lado.
– A culpa é sua Bella! Você não nos dá folga depois que se engraçou por aquele cara!
Acusou Jas.
Perguntei passada.
– Como é?
– Isso mesmo!
– Porque você não pode agir como uma boa irmã caçula, e ficar em casa no sábado à noite vendo algum programa bobo na TV a cabo?
Fitei-o embasbacada com suas palavras. Então retruquei mostrando-lhe o dedo do meio.
– Bem que você podia fazer uma forcinha, afinal já gostou um dia, pode muito bem voltar a gostar...
Falei chateada.
– Eu não sou uma garota problemática e tal, mas, mesmo assim, vocês são tão arbitrários comigo! Eu não fiz nada demais poxa!
– Ainda!
Pontuou Emm.
– E antes que faça, cuidaremos para que você não caia em tentação!
Completou Carl.
Constatei triste.
– O que?
Exclamei surpresa.
Lembrei-o.
Exigi puta da vida e muito desapontada. Voltei a encarar Emm, Carl e Jas.
– Não mesmo!
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– Eu sou maior de idade, não preciso da permissão de vocês pra nada!
Ressaltei exasperada.
– Você pode ter idade, mas nós votamos que você não vai, e segundo as regras do conselho familiar, nós ganhamos!
Salientou Emm.
– Ridícula sua manipulação Emm! Se papai e a mamãe fossem vivos, eles me dariam a liberdade de errar! Eles confiariam em mim!
– Se o papai fosse vivo ele te amarraria na cama e iria atrás do playbozinho com a velha espingarda lá do sótão!
– Mentira!
Exclamei teimosa.
– Verdade!
Ameacei.
– Nós te achamos!
Revidou Emm.
– Vocês são os piores irmãos do mundo! Seus ditadores! Alice não merece conhecer nenhum de vocês!
– Alice? Alice... Brendan? Uma baixinha linda, de cabelos negros e espetados de pele lisinha?
– Hum...
– Reunião extra!
Rapidamente os quatro homens formaram um circulo no canto da sala. Eles confabulavam entre si algo notoriamente do interesse do Jas. Eu
observava estupefata, o dialogo sussurrado. E quando eu pensei que levaria o resto da noite, eles se afastaram.
Jas estava todo sorridente, mas os outros não. O que será que conversaram? Perguntei-me curiosa.
Depois de um silencio incômodo, onde meus irmãos pareciam não saber como me dizer algo, Carl tomou a iniciativa e foi o porta-voz do quarteto
opressor.
– Decidimos reavaliar nossa... Decisão anterior... Você pode ir a seu encontro. MAS...
– O Jas te acompanhará!
– Que treta esta rolando com o Jas pra que vocês me liberassem?
Reclamou J.
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Perguntei ainda ressabiada.
– De forma alguma!
Havia algo acontecendo. Mas o que? Perguntei-me. Fitei o Jas de rabo de olho. Uma ideia estava queimando meus neurônios.
– Desembucha!
Perguntei abismada.
– Ontem à tarde. Eu fui ao mercado com o Carl e... Bem, ela estava em apuros com o pneu furado. Então... Eu troquei.
– Sim ela sabe que sou seu mano. Eu perguntei se ela te conhecia, por causa da camisa que ela estava vestindo. Tinha o mesmo símbolo da sua
faculdade Bells.
– Vocês são uns safados! Entende o jogo baixo de vocês! Mas vou deixar como está, afinal eu vou ao meu encontro! Rá!
– Boa noite irmãozinhos ditadores! Estou indo sonhar com o lindo e maravilho Edward!
Rindo, corri estada acima pensando: Agora eu tinha apenas que convencer Alice...
Depois da rotina do banho e café da manhã eu estava debaixo da SUV concluindo meu serviço. O dono da belezinha estava ciente de ir buscá-la
hoje à tarde.
Eu estava fazendo uma pausa e limpava minhas mãos de graxa quando o volvo inconfundível de Edward adentrou o pátio da oficina. Meu coração
saltou ao vê-lo sair do automóvel e caminhar em minha direção com seu sorriso torto nos lábios. Ao parar à minha frente, ele me pegou de surpresa ao
segurar minha cintura e me puxar para si, beijando-me com paixão.
Saudou-me depois do carinho desnorteante. Sua mão ainda permanecia em minha cintura, enquanto eu arfava.
– É seguro me aproximar?
– Sim é seguro.
Respondi sorrindo feito uma boba. Eu ainda estava recompondo-me da carícia deliciosa.
Brinquei, mas estava atenta a movimentação do J. Ele se erguia de perto da Chevy, pronto para se aproximar. Tratei logo de arrastar Edward para
longe dali. Edward estranhou, mas me acompanhou até próximo a um doblo batido que foi deixado ali há poucas horas.
Pediu Edward olhando de relance para o carro batido. Então ele ergueu um caro e moderno aparelho celular e inclinou o mesmo em minha direção.
Eu sorri e peguei o aparelho, adicionando meu numero aos seus contatos. Fiquei tentada a colocar a palavra amor invés de meu nome, mas decidi deixar
Bella mesmo. Não éramos nada um do outro. Ainda...
– Eu serei mais uma a quem você ligará apenas quando quiser uma diversão?
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– Não!
– Não mesmo?
Duvidei.
– Você é alguma que terei a vontade de ligar todas as horas, os minutos e segundos apenas pelo prazer de ouvir sua linda e sexy voz rouca...
Puta merda! Que resposta! Pensei sentindo meu rosto esquentar. Logicamente que corei! Meu coração agora era um cavalo rebelde. Correndo
solto, sem freio...
Adorei!
Foi sua resposta educada. Então sua atenção voltou-se em mim novamente, prometendo.
– Te ligo.
– Mas Bells...
J ainda insistia.
***
Cheguei cedo à faculdade e não encontrei Alice, mas assim que chegasse o intervalo eu a encontraria no refeitório.
Passei duas horas fazendo os ajustes finais no projeto com meu colega de classe e parceiro de projeto. Santiago. Esse pentelho estava me
enchendo o saco pra que fosse jantar com ele. Estamos na frente da turma, nos preparando para a apresentação e sua insistência estava me dando nos
nervos.
– Duvido muito!
Respondi debochada.
Ameacei clicando no enter, assim dando fim aos seus avanços toscos e o inicio a apresentação dos slides...
Depois de ganhar um A+ na apresentação, eu estava sorridente quando entrei no refeitório. Alice já estava na mesa de sempre. Peguei minha
bandeja e coloquei dois sanduíches e um suco de uva em lata.
Disse Alice.
– Yeah!
Conversamos enquanto beliscávamos o lanche. Alice me contou que seu filho estava curioso pra me conhecer.
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Ela se ergueu um pouco da cadeira e tirou a carteira do bolso, sem demora me entregou uma foto três por quarto de um lindo menino de sorriso
fácil e covinhas encantadoras!
Exclamei ainda com os olhos presos na foto. O garotinho de dois anos era a copia fiel da mãe. Devolvi a foto e respirei fundo. Era agora a hora
perfeita pra abordar sobre meu plano de encontro.
– O que é?
– Você vai a um encontro duplo. Ou seja, eu e Edward, meu mano Jasper e você.
Comuniquei.
– Como?
Perguntou confusa.
Ressaltei.
Respondeu-me receosa.
Chantageei.
– É sério! Ele me parecia feliz demais em ter um encontro com você, mesmo que duplo.
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– O que? Como você sabe?
Soltou baratinada, tapando a boca logo depois que percebeu seu deslize.
– Fala logo!
Tentou me enrolar.
– Fala pow!
Mandei em cólicas.
Soltei boquiaberta. As patricinhas ouviram meu palavrão e me lançaram olhares hostis, mas não liguei.
– Eu... Fiquei com vergonha, além do mais eu não podia falar por telefone que beijei seu irmão!
Explicou.
– É... Verdade!
Ri.
– Você vai sim a esse encontro sua safada! E vai ser divo! Você vai distrair meu mano!
Gargalhei ao completar:
Continua...
Bella
Eu acordei cedo por pura ansiedade. Não consegui dormir, então saltei da cama assim que o dia nasceu. Eu estava bem disposta, e com uma ideia
fixa de conhecer o pequeno Pietro.
Tomei uma ducha rápida e vestir o de sempre; jeans, camiseta e tênis. Peguei meu celular e liguei para minha amiga. Que me atende após eu insistir
muito.
– Acorda Lice!
Exclamei depois de ouvir sua voz rouca de sono me desejar bom dia.
Perguntou bocejando.
– Mais ou menos.
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– Então, posso, ou não conhecer Pietro hoje?
Exclamou. Completando:
Pedi. Anotando as coordenadas da sua residência ao pegar um pequeno bloco de notas em cima do criado mudo.
Munida do endereço de Alice, peguei minha mochila, chaves do AUDI e partir de casa sem fazer ruído. Em meu trajeto até a casa de Alice eu
passei antes por uma loja de brinquedos onde comprei uma maleta com ferramentas de mecânica. Muito parecida com a que eu usava no trabalho. E
brinquedos da Lego City.
Depois decidi comprar a sobremesa. Passei por uma delicatessen e comprei uma torta de morango com cobertura de chocolate decorado com
cerejas e morangos. E enfim me pôs a caminho da casa de Lice.
Parei em frente a um enorme portão de ferro onde Alice me esperava. Ela abriu o mesmo me deixando passar. Ela fechou o portão e eu a esperei
para lhe dar carona.
Desejou alegre.
– Bom Dia!
Perguntei manobrando.
Explicou.
– Entendo.
Rimos.
O sábado está ensolarado, e a luz solar ilumina toda grande varanda da casa de Alice. Que por sinal é muito linda. Estacionei do lado do carro de
Lice e a mesma me ajudou levando a torta enquanto eu leva-la os brinquedos.
Uma senhora de rosto miúdo, idêntico ao de Alice apareceu à porta. Seu sorriso era espontâneo e sua voz doce ao me cumprimentar me fez sentir
bem vinda.
– Me chame de Hellen.
Pediu simples.
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– Fique á vontade, vou terminar de preparar a mesa do café.
– Obrigada.
Exclamei sorrindo.
Perguntei curiosa.
Responde sorridente.
Adivinhei.
– Sim, mas é somente porque não recebemos muitas visitas. Além dos parentes, mas esses não contam é claro.
Informou.
Ela apontou para uma mesa na varanda longe da grana, onde sua mãe estava arrumando para servir o café da manhã.
– Tudo bem, mas se ele não quiser vir não o force ok?
Pedi séria.
Minutos depois Alice volta trazendo consigo um embrulho nos braços muito fofo. Eu sorri para Pietro assim que ele me fitou cauteloso nos braços
de sua mãe. Ele estava todo tímido.
Apresentei-me.
Disse tentando fazer amizade. Ele ergueu a cabeça e me olhou curioso, depois alternou os olhos entre mim e os presentes quando os percebeu.
– Pla mim?
– Chão, mamãe.
Pediu, e Alice o atendeu no mesmo instante. Ele caminhou até mim e as suas mãozinhas tocaram primeiro o embrulho maior. Eu o ajudei a segurar
porque a caixa era maior que ele.
Pietro rasgou a embalagem e gritou feliz ao ver o que havia ganhado. As ferramentas de brinquedo eram bem fieis as de verdade. Ele parecia
realmente contente pelo presente.
Falei, lhe entregando o embrulho menor. Que prontamente também teve sua embalagem rasgada. Pietro sorriu e correu em direção à grana em
frente à mesa da varanda.
Gritou Alice.
– Obligado!
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Respondeu sem parar sua corrida.
Eu ri e pedi.
– Deixo-o Alice.
Tomamos o café da manhã em clima ameno. A mãe de Alice sempre perguntando se queria mais alguma coisa.
– Que bom que gostou dos meus quitutes. Mas me chame de Hellen.
– Pena o que meu Alfred não está presente. Mas acho que no horário do almoço ele retorne, e assim vocês podem se conhecer. Vou deixar vocês
a sós para conversarem coisas de jovens.
Disse se retirando.
– Sim. Houve um contratempo, um empregado da fabrica se acidentou e ele teve que averiguar o que houve. Dar assistência. Essas coisas.
– Eu não sei... Quer dizer, eu mal me lembro deles. E tudo que sei foi o Carl que me contou. As fotos também ajudam, mas... Nunca os conhece
de verdade, entende?
– Foi dureza, principalmente pra mano velho. Carl cuidou de tudo. Ele foi pai de mãe de todos nos.
– Apesar das nossas diferenças eu amo o Carl como um pai. Afinal, ele foi o único pai que conhece. Que tive...
Ouvimos os passos da mãe de Alice. A senhora estava esbaforida ao ficar em nosso campo de visão.
– Alice filha, desculpa te atrapalhar, mas preciso da sua ajuda com o assado. Pode me ajudar?
– Claro, mãe!
– Já a devolvo Bella.
Prometeu Hellen.
– Sem problemas Hellen, enquanto vocês lutam com o assado eu vou tentar fazer contato com aquele ferinha ali.
Elas riram, e se afastaram para o interior da casa. E eu me levantei e caminhei até Pietro. Ao me aproximar perguntei:
Ele me fitou e balançou a cabeça concordando. Peguei uma peça do Lego e comecei a ajuda-lo a montar o murro da casa.
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–Você gostou dos presentes.
– Adolei.
Respondeu sorrindo.
– Bom.
Sorri também.
Sondei.
– Quelo.
Disse sorrindo-lhe.
– Quelia um papai.
Soltou de repente. Meu coração se apertou. Eu o entendia tão bem... E rapidamente uma ideia queimou meus neurônios.
– Eu tenho um irmão que ama crianças lindas assim como você, e ele vai ficar feliz em ser seu pai.
– Jula?
– Sim. Juro.
Jas adora crianças e eu tinha certeza que Pietro será muito amado por ele. Já que o mesmo amava a mãe.
Eu sorri.
– Bom menino...
Sai da casa de Alice às 16 horas, e muito cansada. Meu sobrinho era um peralta! Depois da nossa conversa ele se tornou mais receptivo e não me
largou pra nada. Brincamos até ele se cansar.
No almoço o pai de Lice chegou e se juntou a nós a mesa. Ele é tão atencioso quanto a Hellen. Eu cheguei até ter por um instante um pouco de
inveja da Lice...
Depois do almoço e banho, o “ferinha” caiu na cama. Apagou de cansaço. Então eu me despedi da Hellen, do Alfred e da Lice.
Acertando os detalhes de hoje à noite. Jas iria busca-la e a levaria lá pra casa, onde iríamos esperar pelo Edward. Iríamos em um único veículo.
Exigência de Emm.
Eu já estava estacionando na garagem de casa, quando meu celular vibra e toca. Anunciando que recebe uma mensagem. Após abrir a bolsa,
curiosa pra saber quem me mandou.
Eu sinto meu coração acelerando rapidamente ao ver que a mensagem é de Edward. Logo começo a le-la.
Oi linda.
Estou no meio de uma gravação, e já refiz a mesma cena uma centena de vezes. Estou desconcentrado. E a culpa é sua!
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Só consigo nos imaginar no escurinho do cinema. Mal posso esperar para beijar seus lábios novamente.
Mil beijos.
Edward C.
Eu sorria como uma bocó ao entrar em casa. Ao passar pela sala de estar ouvi Esme ao telefone. Parecia atarefada com os preparativos do
casamento. Coloquei minha mochila no centro.
– Olá cunhada!
– E os outros eu tenho uma leve suspeita de que foram as compras. O Jas está muito nervoso com o encontro de hoje à noite.
Rimos.
– Imagino...
– Omg!
Sem demora afastei as alças da sacola e retirei da mesma com mãos ansiosas o seu conteúdo. Meus olhos se arregalando com a visão do lindo
vestido azul. Fiquei fascinada por ele.
– Ele é perfeito!
Eu já estava em pânico sem saber o que suar hoje à noite. Não queria alugar Alice. Ela também sairia. E tinha o direito de se produzir sem bancar a
estilista.
Agradece.
–Você é demais, Esme. Eu estou muito feliz por Carl ter você na vida dele.
Ela sorriu.
Ergue-me dizendo.
Beijei mais uma vez o rosto de Esme, e peguei minha mochila, a sacola com meu presente, e subi para meu quarto. Coloquei meu celular pra
despertar as 18h00min, e adormece assim que me deitei.
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Acordei com o celular vibrando. Pulei da cama no mesmo minuto e corri para o banheiro. Tomei uma ducha relaxante e lavei meus cabelos, de
toalha voltei para o quarto. Abri meu closet e escolhe um conjunto lingerie na cor preta.
Joguei a toalha no sexto de roupa suja e vestir a lingerie. Em pé em frente à penteadeira eu sequei meus cabelos com o secador e modelei as
pontas para que ficassem onduladas.
Trabalhei então na maquilagem, nada muito elaborado, apenas o básico. Coloquei meu perfume favorito depois do hidratante. Então cuidei de
vestir-me. O vestido deslizou pelo meu corpo como uma caricia, e se modelou a ele com perfeição. Sorri diante da minha imagem no espelho.
Calcei sandálias de salto razoáveis, e peguei uma bolsa tiracolo. Onde coloquei meu gloss, carteira, e lenços umedecidos. Estava colocando uma
gargantinha quando ouvi vozes. E uma em especial fez meu coração acelerar.
Ouvi passos e já sabia quem era antes de escutar a batida em minha porta. Esme entrou.
– Como estou?
Perguntei nervosa.
– Linda Bells...
Sem delongas saímos do quarto em silêncio e descemos as escadas juntas. E eu riria da cena cômica a minha frente se não estivesse nervosa.
Meus irmãos estavam de pé, de braços cruzados e fulminavam Edward com os olhos enquanto ele os ignorava.
Quando meus passos os fizeram olhar para as escadas eu somente tinha olhos para Edward. Ele estava lindo demais em seu jeans desbotado, sua
camiseta branca e jaqueta escura. Um boné da Mike completa seu visual de menino mal.
Ele se aproximou sem desviar seus olhos de mim. E notei que em suas mãos havia um ramalhete de rosas vermelhas.
– Pra você.
Enfatizou J.
Perguntei notando suas ausências. Nem dando bola para o J. Dando minhas rosas a Esme para que ela as cuidasse.
Respondeu Emm.
– Vamos então?
Indagou Edward.
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– Sim.
Depois de uma rápida discussão sobre quem iria dirigir, Edward e Jas tiraram a sorte em: Papel pedra e tesoura.
Edward levou a melhor. E estávamos a caminho do cinema em seu volvo. Jas também não simpatizava com o Edward, mas como Alice estava
dentro do carro, ele estava mais... Leve.
Indagou Jas segurando a cintura de Alice. Já estávamos na fila para comprar os ingressos.
Mas algo estava me incomodando. Edward estava o tempo todo de cabeça baixa, escondendo os olhos no boné. Ele segurava minha cintura,
puxando-me para si como um escudo. E parecia olhar para todos os lados vez ou outra...
O que estaria acontecendo? Perguntei-me quando compramos os ingressos e estávamos comprando pipocas e refrigerantes. Ficamos em um canto
mais isolado, enquanto Jas e Alice estavam perto das bilheterias.
Ele desconversou.
– Nada Bella, é só cansaço... Mas eu conheço uma forma bem interessante de manda-lo embora.
Disse puxando-me para seus braços, beijando-me. E me esquece de minhas suspeitas imediatamente ao sentir seu gosto.
– Já vamos entrar.
Entramos na sala e nos colocamos em nossos lugares. Edward sempre com a cabeça baixa. Meio curvado. Ele estaria com medo de ser
reconhecido, ou era vergonha de mim? Questionei-me.
O filme começou e senti a mão de Edward procurar a minha, e logo não foi somente ela. Ele retirou a pipoca das minhas mãos e a colocou no
chão, deixando o refrigerante no suporte da cadeira.
Eu rapidamente senti sua boca sobre a minha. Beijando-me com ardor. E mais uma vez esquece tudo ao redor. Menos dele. De seus dedos longos
acariciando a pele da minha coxa, de sua boca. Dele sugando minha língua. Eu levei minhas mãos a sua nuca, puxando-o para mais perto. Acariciando seus
cabelos, e acabei por derrubar seu boné.
Sua mão levou a minha a sua ereção. Mostrando-me o quanto ele estava excitado. Eu não estava diferente. Estava quente, pegando fogo. Por ele...
Até que o filme terminou e as luzes foram acesas. E o que aconteceu depois nós pegou de surpresa. Gritos histéricos rasgaram o ambiente.
– Edward!
–Edward eu te amo!
– Me dá um autógrafo!
Garotas se atiravam para Edward, e elas conseguiram nos afastar. Quase me ferindo no processo. E de longe eu observava horrorizada que ele
tentava fugir a todo custo do assédio.
Seus lindos olhos expressavam um pânico terrível, e ele parecia ao ponto de surtar.
Algo de muito errado estava acontecendo com ele. Então para confirmar minhas suspeitas Edward conseguiu se livrar do cerco das vinte garotas,
mas ao invés de me procurar, ele saiu correndo, me deixando pra trás.
Alice e Jas se aproximaram. Jas estava com um olhar preocupado sobre mim.
– Você tá bem?
Não responde. Estava chocada demais com a minha suspeita, ou melhor, descoberta.
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Responde em tom enigmático...
Continua...
Notas do capítulo
Boa leitura!
Edward
Fútil e superficial são alguns dos adjetivos mais frequentes que minha irmã me xingava. E por um tempo eu fui tudo o que ela me acusava. Um
homem vazio que apenas curtia o que o meio em que trabalho me proporcionava.
Desde que me tornei um ator profissional, aos dezessete, e fui apresentado às facilidades que minha careira me favorecia, eu esquece os
sentimentos nobres.
Sai de casa e mal visitava os meus pais e minha irmã mais nova. Vivia para festas e transas sem compromisso. Minha fama e a grama alta que
ganho com os filmes e propagandas me trouxeram muitos benefícios.
Como mulheres e amigos interesseiros. Até que descobriam que o cara perfeito tinha uma franqueza. E as únicas pessoas que me aceitavam da
forma que sou, é minha família. Depois da minha desilusão com o mundo leviano que frequentava, voltei a morar com meus pais.
E a pentelha da Rose estava a minha frente, andando de um lado ao outro do meu quarto.
Ela estava decidida a me ajudar a reparar meu erro com Bella. E eu já expliquei milhares de vezes que não havia como repara-lo. Eu fiz papel de
tolo covarde, além de deixar Bella na mão em nosso primeiro encontro.
Imperdoável...
Mas Rose sabia ser uma criaturinha bem irritante de teimosa quando queria.
– Não consigo.
Insistiu.
Rebate.
Resaltou.
Disse desgostoso.
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– Concordo. Mas! Se Bella souber o motivo ela vai compreender!
– Larga de ser bobo! Pelo que você me falou dela a garota é uma fofa. Então realiza, ela vai entender!
– Não sei...
Questionou-me.
Pedi amuado.
–Você ta acabado...
Eu já havia analisado meus sentimentos por Bella desde que a notei pela primeira vez, dentro do justo e sexy macacão. Seu estilo diferente e sua
doçura me deixaram de quatro. E mesmo quase sendo espancado por seus quatros irmãos, eu não consegui ficar por muito tempo afastado.
Eu nunca me senti tão bem, tão inteiro quanto estava ao seu lado. Eu nunca senti nada igual por ninguém antes. Seu perfume, seu beijo me
enfeitiçaram. E não tinha mais volta. Quando percebe estava a seguindo, pedindo seu número de celular, e a convidando para um encontro. E então eu me
vi apaixonado por ela. E eu nem sabia ser capaz de amar, até conhecê-la.
Incentivou Rose.
Responde cabisbaixo.
– Mas é verdade, eu sou um cara ferrado Rose, ela merece alguém inteiro.
Falei sério.
Rose bufou.
– Não se desmereça Edward, você é uma pessoa incrível, superou coisas difíceis e é um ótimo ator.
– Mas...
Rose me cortou.
– Vença mais esse obstáculo Ed, não abra mão da garota que ama porque sente medo.
– É fácil falar...
Retruquei.
– Não!
Disse enérgica.
Falei amuado.
Eu não deveria me comportar como um covarde. Eu a queria e deveria lutar por ela. Sem mais protelar eu pulando da cama a procura do meu
tênis, os encontrei debaixo da cama, e os calcei rapidamente.
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– Você vem comigo.
Exclamou Rose.
– Você vai ter que vir, ou não terei coragem. Você é meu apoio moral.
Falei fitando-a usando todo meu charme de irmão fofo. Sendo muito persuasivo.
– Tudo bem, vamos. Mas você vai ficar me devendo um vestido novo, um não dois.
Perguntou minha mãe quando nos viu descer as escadas, indo em direção à garagem.
– Vou tentar convencer minha garota que sou o que ela precisa.
Responde.
– Traga-a para que eu e seu pai a conheça. Ela deve ser incrível!
Minha mãe elevou a voz ao pedir-me, enquanto eu e Rose saímos. Antes de fechar a porta da garagem, pude vislumbrar no rosto de mãe um
sorriso.
O percurso de casa para a casa de Bella foi rápido. O horário, e o transito ajudou bastante. Minhas mãos estavam suando quando estacionei o
volvo em frente a sua porta. Todas as luzes estavam apagadas. Mau sinal.
– Espera.
– O que?
Perguntei confuso.
Responde impaciente.
– Seria romântico você acorda-la jogando pedrinhas na janela. Eu sempre quis que um garoto fizesse isso.
– Sério Rose?
Perguntei incrédulo.
– Sim...
– Ok...
Murmurei já pegando algumas pedrinhas do jardim. Sem pensar na provável besteira que estava fazendo, comecei atira-las em direção a janela de
Bella. Sentindo-me um idiota.
Fitei Rose estava apoiada na porta do volvo e a fuzilei-a com os olhos, fitando-a de lado. Minha irmã fez um sinal de positivo com o dedão, me
dando apoio. Fiz bico.
Bella resmungava quando apareceu na sacada. Sua voz se perdendo a me ver. Estava com uma camisa enorme, que deixava suas torneadas pernas
a mostra. Seu cabelo estava todo embaraçado.
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– Edward?
Exclamou perplexa.
– O que aconteceu foi que você teve vergonha de ser visto comigo!
Pedi.
Eu me coloquei na mesma sem demora. Rose fez sinal de que iria para dentro do carro. Alguns minutos depois Bella abria a porta. Havia vestido
um short, deixando-me babando por suas pernas. Ela prendeu os cabelos em um rabo de cavalo.
Mas seu rosto tinha uma expressão nada amigável. Engoli a saliva com dificuldade.
Apontei para o batente a nossos pés, já que ela não parecia disposta a me deixar entrar.
Ela me encarou indecisa, mas cedeu por fim. Bella fechou a porta e sentamos um ao lado do outro no chão frio.
Um silêncio pesado se instalou e respirei fundo tentando me focar no que iria dizer. Olhei para o céu e comecei:
– Meu pai é militar e muito rígido, ele queria que eu seguisse seus passos. Cobrava-me muito, e eu tinha muito medo de desaponta-lo. Ele era meu
herói e meu carrasco ao mesmo tempo. Quando menor eu era muito tímido e me sentia deslocado perto das outras crianças. Minha infância foi cheia de
altos e baixos. Sempre isolado.
Parei e fitei Bella de lado, ela estava tão quieta. Ela estava me encarando séria. Compenetrada.
– Minha mãe percebendo que eu estava estranho mais que o normal, resolveu procurar ajuda médica. Então fui diagnosticado com: *O
Transtorno Ansioso Social, vulgarmente chamado de fobia social fobia. Na infância foi difícil, mas foi ainda piro no início da adolescência. As
frustrações da idade me deixaram louco. Mas o que me fez ter um pouco mais de tranquilidade foi que meu pai não me cobrava mais para seguir seus
passos na carreira militar.
– Mas eu continuava a pensar que não seria capaz de realizar nada, e que todos estão me julgando, me observando. Tenho medo. Medo irracional
de decepcionar as pessoas. As medicações ajudam, mas eu odeio me sentir dopado. A terapia é bem melhor. Assim como a escola de artes, que minha
mãe me matriculou quando eu estava com doze anos, e foi assim que me apaixonei pela minha profissão. Ajudava-me a me expressar.
Continuei.
– Por muito tempo eu não tive uma crise. Pensei que estava curado, apesar de saber que não há cura. O que se confirmou durante meu primeiro
ensaio de fotos para uma campanha de jeans. Eu simplesmente surtei e sai correndo da sala depois de uma prova de roupa. Não suportei ser avaliado pelo
fotografo. Assim como ontem no cinema. Não suportei ser avaliado pelas minhas fãs.
– Hoje eu me sinto estável, mas posso ter recaídas como as de domingo. Eu somente queria que você soubesse que eu jamais sentiria vergonha de
você. Eu me sinto muito honrado em ficar apenas do seu lado, Bella...
Bella me fitava perplexa. Pelo menos em seu olhar não expressava pena...
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Então ela se pronunciou com voz hesitante. Preocupada.
– Eu nem sei o que dizer... Eu... Fiquei muito magoada, mas agora eu entendo, perfeitamente... Você teve um surto!
– Sim. Eu somente pensava em sair dali. Fugir! Você deve me achar um fraco... Um ferrado.
– Meu empresário não deixa que nada seja divulgado. E eu agradeço por isso. E eu sempre tomo cuidado. Nunca me exponho em um ambiente
que pode me causar um estresse e consequentemente um surto...
– Entendo...
Murmurou pensativa.
Inspirei e pedi.
– Me perdoa Bella...
– Está perdoado...
Meu coração se aliviou ao ouvi-la. Ela havia me perdoado! Mas eu queria mais, eu queria outra chance, mas uma! E então falei:
– Pode.
– Me dá outra chance?
– Porque não?
Discordei.
Murmurou rouca.
– Quer me beijar?
Bella sussurrou:
– Muito...
Disse apaixonado.
Ela mordeu os lábios e ficou imóvel. Meu coração batendo enlouquecido. Bella fitou minha boca ostensivamente. E eu esperei pacientemente ela se
aproximar.
E quando sua boca cobriu a minha eu permanece passivo, apenas saboreando seu sabor. Sua doçura. Beijei-a de volta em fim quando ela me
pediu para correspondê-la. Eu puxando-a para mim. Matando um pouco a saudade de senti-la em meus braços.
Senti meu coração se expandindo, se enchendo de amor. Amor por ela. Sem mais suportar esconder o que sentia afastei-a e a encarei sério.
Revelando em tom baixo.
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Completei esperançoso.
– Namorada comigo?
Bella ficou pálida. Parecia que iria desmaiar. Mas tão de repente quanto foi sua primeira reação, seu rosto ficou corado e ela sorriu lindamente ao
me responder:
Ela me agarrou e beijou-me com ardor logo em seguida sua resposta. E eu sorri muito feliz, enquanto nos beijávamos. Estávamos perdidos na troca
de carinho quando ouvimos uma voz zangada trovejar:
Separamos-nos e nos erguemos rapidamente pelo susto. Um dos irmãos de Bella, o mais bombado, estava parado segurando a porta com a mão
esquerda, enquanto a outra estava fechada com força.
Eu tinha uma ligeira impressão que esse punho iria parar no meu rosto.
Informou Bella.
Seu irmão estava ficando ainda mais bravo. Ele parecia um Hulck, só que vermelho.
– Como é?
– Isso mesmo!
Gritou o irmão de Bella, partindo pra cima de mim. Eu consegui me esquivar de sua primeira tentativa de me socar, mas não a segunda.
****
Bella.
Eu tinha ganas de trucidar meu mano. Ele fez o Edward desmaiar com um soco! Eu ainda estava petrificada diante da revelação de Edward, para
logo depois ficar estupefata com a bobagem que meu irmão fez. Quando uma loira desceu do carro do agora meu namorado, cuspindo fogo pelas ventas.
Ela partiu pra cima do Emm e o estapeou com toda força. Meu irmão e eu a encaramos sem entender porra nenhuma, até que ela disse:
E foi assim, dessa forma nada convencional, que conhece minha cunhada.
Na sala de casa, estavam toda minha família reunida, e eu segurava uma bolsa de gelo no olho esquerdo de Edward, enquanto Rose, o furacão
loiro, fulminava Emmett que babava no decote da menina.
A irmã de Edward é uma gata, e uma gata bem brava. Sorri internamente percebendo que meu irmão estava todo ouriçado com a loira.
Disse Rose se erguendo do sofá. Emmett desnudou sem se importar com o ar de indiferença da garota.
Eu sorri de lado.
– Verdade.
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Concordou Edward tentando se erguer. O segurei pelo braço, fazendo-o ficar no lugar.
– Ainda não.
– Mas Bells...
Tentou apelar.
– Agora!
Mandei grossa.
– Desculpa...
– Vão receber Edward com respeito, e trata-lo com consideração. Ele é meu namorado!
– Sem ameaças, J!
Pedi o encarando.
– Boa noite Edward e seja bem vindo à família. E prazer em conhecê-la também Rose. Espero vê-los no casamento na próxima semana.
– Sim, o meu.
Agradeceu à loira.
Eu acompanhava todo dialogo, enquanto cuidava do de Edward. Que vez ou outra me roubava um beijo.
Esme se foi, levando um Carl nada satisfeito. Restou Emm que parecia não estar nem um pouco a fim de dormir.
– Tudo bem.
Nos quatro caminhamos até a porta. Eu e Edward passamos na frente, e nos encostamos ao volvo.
Abracei Edward de olhos fechados, saboreando a caricia, mas quando os abri, uma cena acontecia a minha frente, as costas de Edward.
Observei Emm se aproximar de Rose e lhe murmurar algo, a loira abriu a boca e o encarou irritada, então meu mano lhe roubar um beijo. Eu
estava estarrecida.
Eu continuei abraçando Edward para que ele não visse a cena, que terminou com Emmett levando outro tapa da loira, e com um sorriso bobo no
rosto.
Rose passou batida por nos e entrou no volvo furiosa. Batendo a porta do carro com força. Edward me afastou e fitou o carro sem entender a
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atitude da irmã.
Despedi-me de Edward com um beijo terno e voltei pra cama, onde sonhei com seus beijos, e com o seu: Eu te amo...
#O Transtorno Ansioso Social, vulgarmente chamado de fobia social ou sociofobia, é um transtorno ansioso descrito no DSM-IV,
caracterizado por manifestações de alarme, tensão nervosa, medo e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social — o que
ocorre quando o portador precisa interagir com outras pessoas, realizar desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais. Tudo
isso ocorre até o ponto de interferir na maneira de viver de quem a sofre.
As pessoas afetadas por essa patologia compreendem que seus medos são excessivos e irracionais, no entanto experimentam uma enorme
ansiedade e apreensão ao confrontarem situações socialmente temidas e não raramente fazem de tudo para evitá-las. Durante as situações
temidas, é frequentemente presente nessas pessoas a sensação de que os outros as estão julgando e, enfim, tais sujeitos não raramente temem ser
reputados muito ansiosos, fracos ou estúpidos. Por conta disso, tendem frequentemente a se isolarem.
As pessoas com ansiedade social são pessoas excessivamente preocupadas com o julgamento alheio, com a opinião dos outros a seu
respeito, são perfeccionistas e determinadas. Com essas características, os portadores de fobia costumam ter alto senso de responsabilidade, bom
desempenho profissional e avidez pelos desafios da vida social. A preocupação excessiva com as situações sociais onde estará sob apreciação
alheia, desperta intensa ansiedade antecipatória.
Esta timidez torna-se patológica a partir do momento em que a pessoa sofre algum prejuízo pessoal, como deixar de concluir um curso,
uma faculdade ou uma entrevista por causa de um exame final que exige uma apresentação pública diante de um avaliador(es).
A doença começa a se manifestar na infância e início da adolescência e segue um curso crônico com alta proporção de comorbidades o
que faz com que seja considerado um importante problema de saúde pública, embora sub-reconhecido e sub-diagnosticado. A fobia social é
frequentemente confundida com excesso de timidez e traços de personalidade. Com isso, muitos sofrem a vida inteira sem saber que sofrem de
um transtorno de ansiedade social. Quando o paciente não é diagnosticado precocemente, as consequências são traumatizantes como pedidos de
demissão, afastamento do trabalho, absenteísmo, etc.
Estudos apontam fatores sociais, estilos de vida e formas de convívio entre as pessoas que podem causar a fobia social. Parece haver um
padrão associado a um papel familiar como modelo de resposta às situações sociais: educação autoritária, superprotetora e pais inseguros
predispõe a fobia social, mas também há fatores genéticos: o córtex singulado anterior e a amídala cerebral. Gêmeos, particularmente os
univitelinos (idênticos), têm maior incidência da doença do que a população em geral. Estudos apontam diferenças entre os fóbicos e não-fóbicos
na forma de se auto-avaliarem. Os fóbicos pensam que não vão dar conta e que todos estão observando-as.
Parece haver uma associação estatisticamente significativa entre a fobia social e o ambiente familiar: quanto maiores os níveis de
proteção e autoritarismo exercidos pelos pais, maiores os índices de fobia social, e, quanto maiores os níveis de carinho e autonomia dada pelos
pais, menores são os índices de fobia social. Os fóbicos frequentemente são jovens e vivem em grandes cidades, onde o contato social é
teoricamente maior. Estudos apontam que esse transtorno é mais vulnerável as mulheres do que aos homens. Isso porque as mulheres estão em
condições menos favoráveis que os homens.
Pode existir, na história do desenvolvimento da fobia social, alguma experiência social traumática, geralmente na infância, que tenha se
abatido sobre uma pessoa psicologicamente vulnerável ou afetivamente mais sensível, com consequências negativas, contaminando novas
relações sociais. De modo geral esses pacientes com ansiedade social começam a evitar situações sociais que provocam respostas ansiosas
desagradáveis e, por trás dessa evitação, surgirá uma sensação de alivio, juntamente com sentimentos de culpa por não estar conseguindo
enfrentar o problema. Cada conduta de evitação reforça a fobia e promove sua manutenção, de tal forma que, se não tratada, a fobia social
tende a ser crônica e incapacitante. Isso é observado na psicologia, quando o fóbico é estimulado a enfrentar o problema, e que resulta na piora
do estado mental, se isolando ainda mais após a experiência. A freqüência da fobia social é o segundo entre os transtornos fóbicos (25%), sendo
superado apenas pela agorafobia (medo apresentado diante de uma multidão e em lugares abertos).
A fobia social não deve ser considerado uma forma exagerada de timidez, uma vez que os prejuízos incapacitantes que causam essa
patologia não são atenuados sem auxílio ou tratamento médico. Um estudo (com base nos anos de 2008 e 2009) mostrou que possivelmente de
5% a 13% dos brasileiros (entre 8 e 22 milhões) sofrem deste transtorno.1 2 E apenas 1% as sabe ou tem conhecimento do problema.
Os sintomas da fobia social, experimentados pelos vários indivíduos em situações sociais, são, dos muitos, os seguintes:
Ansiedade crônica, às vezes associada também aos ataques de pânico em casos de picos de ansiedade.
Ansiedade antecipatória, isto é, aquela que surge antes de se expor socialmente, ou só de se pensar na situação temida.
Reações físicas decorrentes da ansiedade, como: tensão muscular, sudorese, rubor, dificuldade para falar (voz trêmula e voz presa), mal
estar abdominal, mãos e corpo trêmulos, falta de ar e sensação de frio no peito, boca seca, palpitações, vontade frequente de urinar, perda de
assuntos sociais devido à preocupação excessiva, entre outros.
Desejo intenso de esquivar-se de situações que serão enfrentadas, ou de fugir de situações que estão já sendo enfrentadas. O desejo de
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esquiva e fuga costumam ser realizados em grande parte das vezes, na intenção do fóbico se proteger destas situações que para ele são aversivas.
Pensamentos negativos em relação à situação e a própria conduta, que consequentemente leva a um aumento ainda maior da ansiedade.
Tendência a evitar as situações de exposição social, através da fuga e da esquiva, levando consequentemente a uma tendência ao
isolamento.
Situações temidas:
As situações sociais temidas e a intensidade da reação fóbica para estas situações variam notavelmente de indivíduo para indivíduo.
Existem casos de fobia social específica, onde envolve uma única situação ou um grupo restrito de situações relacionadas, ou generalizada,
envolvendo diversas situações não específicas. As situações mais comuns em que pessoas acometidas pelo transtorno apresentam reações fóbicas
são:
Fazer amizades.
Ir a uma entrevista.
Tomar iniciativas.
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Notas do capítulo
Achei melhor postar o epílogo hoje.
Vou me despedir de vocês lá embaixo.
Boa leitura!
Epílogo
Bella
A matriz da cidade estava lotada para o casamento do meu mano Carl e minha prima Esme. A igreja estava lindamente decorada com as flores
preferidas da noiva.
E nesse momento eu caminhava segurando o antebraço de Carl. Que estava todo nervoso e lindo em seu traje de noivo. Colocamos-nos em
nossos lugares. Os padrinhos dele seguiam logo atrás. Jasper e Cintia, uma amiga de faculdade da Esme, formava o primeiro casal de padrinhos. O
segundo é composto por eu e Emmett.
Já que eu entraria com Carl, Emmett entraria na igreja com a irmã de Edward, ou seja, sua namorada. Sim, os dois estavam de namoro recente.
Depois de toda aquela coisa de ódio à primeira vista, Rose se rendeu aos encantos do meu mano. Não antes o fazendo correr atrás dela como um
cachorrinho. Foi hilário!
Senti-me vingada!
Meu mano cortava um dobrado com loira, e com os arroubos de ciúmes de Edward. O que eu achava maravilhoso, assim meu mano sentiria na
pele o que eu passei. E ainda passo com ele e os outros.
Por falar nós outros. Jas e Alice seriam os próximos a subir ao altar. Eles estavam seriamente revolvidos a casar o mais rápido possível. Depois do
primeiro encontro, eles passavam todo tempo junto. E durante a semana passada ele conheceu Pietro, e foi amor à primeira vista por parte de ambos.
E eu nunca vi meu irmão mais feliz. E segundo Alice, nem Pietro. O garotinho estava radiante por ter um papai. E meu sobrinho já era da família.
Claro.
Assim como meu namorado. Edward estava lindo sentado na primeira fila, junto com os familiares de Esme. Sua mãe. Pietro, Alice e sua prima,
Victória, que estava passando as férias na casa dos pais de Alice.
J já estava de olho na beldade ruiva. E ela parecia bem disposta a lhe dar trela pela troca de olhares.
Falando em olhares, meu namorado me lançava alguns bem quentes, cheios de promessas. Concentrei-me em seus lábios e pude lê-lo
perfeitamente quando murmurou sem reproduzir som:
– Linda. Gostosa...
Então ele piscou e me sorriu torto, provocativo. E eu corei e mordi meus lábios.
Bufou Carl nervoso, estragando meu momento provocação com Edward. Meu mamo estava suando, todo aflito.
– Quer dizer, não tenho certeza... Vai que a prima resolveu fugir com o padre? Ele não estava aqui. Está?
Carl arregalou os olhos e procurou pelo sacerdote que estava falando com o coroinha. E ao ver o padre em seu devido lugar, meu mano suspira
aliviado.
– Eu? Imagina...
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Debochei na cara dura.
– Estraga prazer.
Murmurei de bico.
Então o padre foi para seu lugar no púlpito, quando os primeiros acordes da marcha nupcial anunciaram a chegada da noiva. Esme estava
sorridente, mas seus olhos estavam marejados.
A felicidade era evidente em seu rosto. Seu pai a conduziu até Carl que a recebeu após um forte aperto de mãos com o sogro. A cerimônia foi
muito bonita e quando o padre em fim os tornou um só, eu estava em lágrimas, assim como meus irmãos que tentavam a todo custo não demonstrar o
momento de fraqueza.
Bobos. Pensei enxugando o rosto com o lenço que havia separado para levar. Eu sabia que iria me emocionar. Afinal meu irmão agora iria me
deixar. Iria seguir sua vida, formar sua família.
Eu estava me sentindo órfã novamente. Mas eu entendia mais que qualquer um, que Carl merecia ser feliz.
Confortável junto ao corpo quente de Edward, eu sorria como uma tola. Eu nunca imaginei que minha primeira vez fosse ser tão perfeita. Que ele
seria tão atencioso, romântico e paciente comigo.
Edward havia me pedido em namoro há três meses e ontem á noite eu havia programado um jantar romântico aqui em casa para comemorar a data
especial. E lhe dar um presente tão especial quanto. Minha virgindade.
Eu o queria tanto, não havia motivos para não se render. Então programei tudo. Do vinho a camisinha. E a noite estava sendo maravilhosa. E
apenas havia começado. Pensei travessa.
Depois que Carl casou e saiu de casa, meus outros irmãos estavam mais maleáveis. E me deixavam mais á vontade com Edward, e hoje eu
despachei todos para ter privacidade com meu gato.
Mas acho que essa compreensão toda não era somente pela ausência do Carl, que sempre incentivou o lado possessivo deles, mas sim porque eles
agora tinham suas próprias vidas pra cuidar.
Ou melhor, suas namoradas! No final era isso! Eles precisam de uma ocupação diferenciada, e eu me questionava porque não havia pensado nessa
saída antes?
Mas antes tarde do que nunca! E tratei de juntar logo o J a Victória. E ele magicamente me deixou de pentelhar...
– Sim...
– E você?
Indaguei.
– O que há?
Então soltei a questão que estava presa em meu coração há muito tempo.
– Eu notei você desde a primeira vez que há vi... Quando passava por perto da oficina, então meus olhos a descobriam, e eu tinha que te ver de
perto, me certificar de que você era real. Você, única, exclusivamente, você, era o motivo para que eu fosse à oficina, amor. Eu poderia mandar qualquer
um cuidar dos assuntos do carro. Mas eu precisava ver você, a garota linda que me encantou com seu jeito único de ser.
Eu estava estupefata! Mas se era verdade então porque ele nunca se aproximou? Verbalizei meus pensamentos.
– Eu estava intimidado pela sua áurea determinada, mas quando eu te vi mudada, ainda mais perfeita, eu tive que fazer algo. Ou viria outro e te
roubaria de mim. E isso eu não podia deixar acontecer...
Levei um tempinho para entender toda sua revelação, minha mente lutando para entender que aquele homem lindo já me aceitava como eu era! E
quando a ficha caiu, eu o ataquei, o beijei com toda paixão.
O beijo tempestuoso, e a proximidade do corpo nu de Edward estavam me deixando excitada, interrompe o beijo e questionei me insinuando pra
ele.
– E é verdade...
Eu soltei um grito e tentei me afastar das suas mãos arteiras. Mas ele me rendeu facilmente, prendendo meus braços em cima das nossas cabeças,
ele se colocou em cima de mim.
Edward não sorria mais quando me fitou. Seus olhos brilhavam com intensidade o seu desejo inegável. Então seu olhar vagou pelo meu corpo
submisso em apreciação silenciosa.
Receitou com voz de veludo para em seguida me beijar. Sua boca devorando a minha enquanto me fazia cativa de suas mãos. Meu coração
acelerou ao sentir sua boca descer pelo meu pescoço, e mordê-lo suavemente. Arrepie-me toda, quando ele desceu ainda mais, e tomou meu seio direito
em sua boca. Sugando o bico tenro lascivamente.
– Edward...
Ele repetiu o mesmo carinho no outro seio e eu já sentia minha umidade escorrer. Ao descer ainda mais Edward precisou soltar meus braços. E eu
imediatamente levei minhas mãos aos seus cabelos, completamente entorpecida pelo prazer que sua língua despertava em meus sentidos.
Edward sugava-me de forma lenta, me enlouquecendo. Meu sexo já se apertava em sua língua e o meu segundo clímax aquela noite foi tão
esplendoroso quando o primeiro.
Ele se afastou apenas para cuidar da nossa proteção. E eu logo senti seu membro se aconchegar em meu calor. Seu vai e vem me levando para
outro espiral de desejo. De prazer.
Agarrei-me aos ombros largos e o beijei. Se eu pudesse escolher como morrer, eu desejava que fosse assim, nos braços de Edward, depois do
amor. Eu morreria satisfeita...
E esse foi meu último pensamente coerente, pois logo todos meus pensamentos se foram. E em meus olhos fechados com força durante meu
orgasmo, eu assistia fogos de artifícios explodirem, enquanto sentia o amor de Edward me inundar...
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Quando criança, casar nunca foi meu sonho, mas isso mudou quando em minha oficina um lindo homem apareceu. Ele era o sonho de toda mulher
e me fazia tremula apenas com seu olhar misterioso.
A paixão foi à primeira vista. E elaborei um plano torto para ter sua atenção, mas nunca imaginei que o mesmo iria dar certo! Deu tanto certo, que
eu havia acabado de me casar com este mesmo homem. E divertindo-me em minha festa após o casamento.
Jas casou-se com Alice logo após o casamento de Carl. J pegou o mesmo caminho, porém casou-se com Vick meses depois. Emmett teve mais
trabalho para convencer Rose. Mas a loira aceitou depois de fazer meu mano rebolar um pouquinho. E há um ano eles estavam juntos.
E logo depois eu aceitei o pedido de casamento de Edward. Logo também de descobrir que estava grávida de dois meses.
Mas não me casei com Edward pela gravidez, mas porque eu o amo, e eu sei que ele também me ama de verdade. Nossa relação era completa,
amor e companheirismo é nossa regra.
Edward me apoia em tudo. Como a minha pós-graduação depois que nosso filho nascesse. O meu trabalho na oficina, mas sem me esforçar tanto,
afinal estou grávida.
E em meu sonho de ter minha fabrica onde poderei projetar as peças perfeitas que imagino. E eu também o apoio. Em sua carreira, por exemplo,
eu o ajudo a lidar com sua fobia, procurando tratamentos alternativos para acalmar sua ansiedade. E nos eventos sociais eu sempre estou ao seu lado.
Passando-lhe confiança. Amor.
Edward esta bem mais estável. Depois do episódio do cinema ele não teve mais nenhum surto. E esse ano estava concorrendo ao Oscar pela
primeira vez. Com grandes chances de levar a estatueta dourada.
E hoje celebrávamos a nossa união com pessoas especial. Nossa família e amigos.
Eu circulava ao lado do meu marido pelos convidados, recebendo as felicitações. Mas eu queria mesmo era estar sozinha com ele, mas eu
suspeitava de que não esperaríamos muito para fugiríamos para as ilhas Malvinas. Curtir nossa lua de mel.
Edward me puxou para a pista de dança onde meus irmãos e alguns convidados estavam se divertindo.
E eu ri feliz ao observar meus irmãos. E eu sabia que onde quer que os nossos pais estejam, eles estavam satisfeitos por vê-los felizes...
Carl dançava com Yuri, seu filho de dois e meio, em um ritmo totalmente destoante da musica. Pietro com seis anos agora, estava nas costas de
Jas, que girava com o menino, que ria feliz, pedindo:
Eu sempre ficava emocionada quando ouvia Pietro chamar Jas de papai. E meu mano só fazia se derreter pelo garotinho. Jas também é pai de
outro menino. Luan de apenas um ano. Emm se balançava ao ritmo suave da música segurando sua filhinha de meses, com cuidado, ele transbordava zelo.
E eu já sentia pena da menina quando crescesse, seu pai seria um carrasco ciumento. Mas Rose lhe coloca em linha. Sem duvidas...
J estava grávido, quer dizer Vick estava de cinco meses. E logo a família ganharia outro membro masculino.
Por falar em minhas cunhadas. Elas cuidavam da organização da festa, para que nunca faltasse nenhuma guloseima nas mesas. Elas eram ótimas.
Cada uma com suas características marcantes.
Depois de cortar o bolo e fazer todas as poses que a ocasião pedia Edward murmura em tom conspiratório:
Rindo baixinho como dois loucos, fugimos sorrateiramente até seu volvo. Enquanto Edward me ajudava a entrar no mesmo, minha mente voltou no
tempo, recordando-me que tudo começou quando eu o vi sair desse carro. Todo lindo e desejável.
Tão inalcançável...
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Lastimou, engatando a primeira marcha. E emendou possessivo em seguida:
– Mas o que importa é que você agora é minha. Minha mecânica sexy!
Ele me sorriu torto, o mesmo sorriso torto que me fascinou a primeira vez que o vi. E então me beijou com amor.
E eu, uma menina-mecânica havia despertado o amor verdadeiro no ator de Hollywood. E eu sabia que seria para todo o sempre...
Fim...
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