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Elaboração de Projetos,

Captação de Recursos e
Gestão de Entidade;
Aula 1
O que é Captação de recursos?
O que é Captação de recursos?
Na teoria, a captação de recursos é o processo desenvolvido por uma

organização para pedir as contribuições de que ela precisa para desenvolver

uma atividade ou um projeto, ou seja, nada mais é do que buscar aportes

financeiros e outros recursos que serão injetados em uma empresa, instituição

ou projeto.
Captação de recursos
De acordo com a Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), o

captador de recursos é “quem irá liderar o processo de planejamento de

mobilização de recursos e a sua implementação.” Ou seja, ele é responsável

por garantir a sustentabilidade das organizações, justamente porque trabalha

para trazer as receitas delas, as suas doações.


Os recursos são só financeiros?
Não. Existe um termo derivado da captação, mas que vai um pouco mais além:
mobilização de recursos. Para chegar aos recursos financeiros, é preciso uma
série de outros recursos: equipamentos, tecnologia, ferramentas e pessoas!
Sim, elas também são recursos! Uma organização não existe se não tiver
sujeitos de ação, comprometidos com o projeto. A ideia de mobilização é
justamente de colocar todos esses recursos em movimento, pensar na relação
com funcionários, voluntários, apoiadores, doadores.
Fomento direto ou indireto?
O Fomento é um instrumento usado pela administração pública para incentivar
iniciativas privadas, de forma que estas se condicionem à utilidade pública.

Trata-se da função de fomento público por meio da qual o Estado estimula


agentes econômicos a, voluntariamente, atingir fins públicos - utilizando-se,
inclusive, de instrumentos financeiros.

As fontes de financiamento público a um projeto audiovisual podem ser


divididas em duas modalidades:
Mecanismos de Fomento Indireto
No fomento indireto, podemos categorizar as fontes existentes pela forma de
relacionamento do financiador com o projeto financiado: Mecenato,
Investimento ou Coprodução.

Mas, afinal, o que significa cada uma dessas categorias de financiador?


Mecanismos de Fomento Indireto
Mecenato é quando o financiador não tem participação alguma sobre os direitos patrimoniais
da Obra ou sobre a divisão de suas receitas comerciais. Pode ser realizado a título de doação,
quando o nome do financiador não é mencionado na obra, ou a título de patrocínio, quando o
nome do financiador pode ser divulgado nos créditos da Obra como instrumento publicitário.

Investimento é quando o financiador não tem participação alguma sobre os direitos


patrimoniais da Obra, mas tem direito a participar da divisão das receitas comerciais dela.

Coprodução é quando o financiador obtém participação sobre parte dos direitos patrimoniais
da Obra, na proporção dos valores aportados, e, portanto, também poderá ter direito sobre as
receitas de exploração comercial da obra.
Mecanismos de Fomento Indireto
Mecanismos de Fomento Direto
Atualmente, o principal mecanismo de fomento direto gerido pela Ancine é o Fundo Setorial do
Audiovisual (FSA), voltado para o financiamento de programas e projetos da indústria
audiovisual brasileira.

Criado pela Lei nº 11.437 de 2006, o FSA conta com recursos de diversas fontes, sendo a
principal a arrecadação da Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria
Cinematográfica Nacional) e dotação anual do governo federal.

No âmbito estadual e municipal existem outros mecanismos de financiamento direto tais


como os Fundos de Apoio, editais de cultura, prêmios etc.
Mecanismos de Fomento Direto
Dentre as linhas de ação previstas na legislação do FSA, temos em prática as de Apoio, Investimento e Crédito.

Apoio: Refere-se a linha de ação caracterizada por ter o aporte não reembolsável, ou seja, nesse contexto o aporte
realizado para o projeto não requer devolução parcial ou total dos recursos financiados.

Investimento: Refere-se a linha de ação caracterizada por ter o aporte retornável, ou seja, nesse contexto o aporte
realizado para o projeto requer a participação do Fundo sobre as receitas comerciais da Obra, a título de retorno do
investimento.

Crédito: Refere-se a linha de ação por meio da qual o aporte é concedido via financiamento reembolsável,
envolvendo a previsão de cobrança de juros e atualização monetária e a prévia análise de risco de crédito da empresa
proponente. A autorização de crédito para projetos é realizada por meio de análise de enquadramento às condições
estabelecidas em Regulamento Específico seguida de uma análise de crédito realizada pelo agente financeiro.
A Lei rouanet
A Lei Rouanet permite que pessoas físicas e jurídicas destinem para o setor cultural parte de seus recursos que antes
seriam destinados ao pagamento do Imposto de Renda (IR). Assim, possibilita que tanto artistas quanto produtores
culturais possam obter patrocínio por meio da isenção fiscal do IR.

QUANDO FOI CRIADA A LEI ROUANET?

Lei federal de incentivo à cultura, em vigor desde 23 de dezembro de 1991, foi criada pelo
então ministro da Cultura, Sérgio Paulo Rouanet, e por isso levou seu nome.
A Lei rouanet
QUAIS OS OBJETIVOS DA LEI ROUANET?

● Facilitar o acesso a fontes de cultura;


● Promover e estimular a regionalização;
● Apoiar, valorizar e difundir manifestações culturais;
● Preservar bens materiais e imateriais;
● Entre outros.

O governo dá a permissão para que empresas ou pessoas físicas descontem valores do imposto devido, que são
diretamente transferidos para os produtores culturais.

Quem pode patrocinar


● Empresas contribuintes de Imposto de Renda, tributadas pelo lucro real, podem destinar até 4% do devido.
● Pessoas físicas, contribuintes de Imposto de Renda por Deduções Legais (Declaração Completa), podem destinar até 6%.
A lei Paulo Gustavo

É a Lei Complementar n° 195, de 2022, criada para incentivar a cultura e


garantir ações emergenciais, em especial demandadas pelas consequências
do período pandêmico, que impactou significativamente o setor nos últimos
dois anos.

Promulgada em 8 de julho de 2022, a Lei Paulo Gustavo, em homenagem ao


ator e humorista que morreu em maio de 2021 vítima da COVID-19, foi criada
para incentivar a produção cultural do país.
A lei Paulo Gustavo

A lei Paulo Gustavo terá R$ 3,8 bilhões em 2023 para o setor cultural, que serão
distribuídos entre estados e municípios.

Ver a Planilha:
A lei Aldir Blanc 2

O Plenário do Senado aprovou por unanimidade, o Projeto de Lei (PL) 1.518/2021,


que cria a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. Conhecido como Lei
Aldir Blanc 2, o texto prevê repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados,
Distrito Federal e municípios.

O nome dessa política é uma homenagem ao compositor Aldir Blanc Mendes, que
morreu em maio de 2020 em decorrência da covid-19. A proposição, de autoria da
deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e de outros cinco deputados, estende
por cinco anos um benefício já previsto na Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural
(Lei 14.017/2020).
Como funciona a lei Aldir Blanc?

O projeto enumera 17 ações e atividades que podem ser financiadas pela Política Nacional Aldir
Blanc de Fomento à Cultura. Entre elas, exposições, festivais, festas populares, feiras e espetáculos,
prêmios, cursos, concessão de bolsas de estudo e realização de intercâmbio cultural.

De acordo com o texto, 80% dos recursos devem se destinar a ações de apoio ao setor cultural.
Isso engloba o lançamento de editais, prêmios e outros instrumentos destinados à manutenção de
espaços, iniciativas, cursos, produções e atividades culturais, além da manutenção de espaços
artísticos permanentes. Os 20% restantes devem ser aplicados em ações de incentivo a programas
e projetos em áreas periféricas urbanas e rurais, bem como em áreas de povos e comunidades
tradicionais.
A economia colaborativa e o financiamento
coletivo

Economia colaborativa é um modelo de negócios que tem como foco partilhar bens e serviços em
vez de adquiri-los. Isso pode ser feito na forma de aluguel, empréstimo ou em outro formato de
negociação.

Nesse cenário, as empresas também podem participar ao dividirem o uso ou a aquisição de um


produto ou serviço.
O financiamento coletivo

O financiamento coletivo, também conhecido como crowdfunding, consiste basicamente no


processo de arrecadação financeira para dar vida a iniciativas que sejam de interesse coletivo, e
que fomentem e agreguem em algo.

No Brasil os principais sites de financiamento coletivo são: Benfeitoria – benfeitoria.com. Catarse –


www.catarse.me. Kickante – www.kickante.com.br.

ver os sites:
Obrigado!
Contato:

Márcio Moraes

marcio.moraes@gmail.com

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