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Abstract: Horkheimer wrote this text called "Eclipse of Reason" during a very
pessimistic period, because he could not see any another possibility as to why it was
not formalized. He believed that the supreme goals of life - justice, equality, happiness,
love, friendship - could only be considered as such by means of Objective Reason.
However, this reasoning was dissolved by Subjective Reasoning. This attitude
however, presents the inevitable question: How was Objective Reasoning replaced by
Formalized Reason, that is, what does Subjective Reasoning have or did that
Objective Reasoning does not have, or cannot do? The Objective Reasoning, which
searches for universal truth - metaphysical - spares neither religion nor mythology from
its attacks. Subjective Reason, in turn, surpases Objective Reasoning in that it offers a
truce with religion by institutionalizing human behavior with the norms of religion or
myth. It should be remembered that in the history of reason, to be rational was
never intended to disobey the law. The bourgeoisie placed its ideals in its search of a
rationale in Subjective Reasoning in order to trivialize Objetiva Reasoning, defining
O DESENVOLVIMENTO DO EGO
submissos. Seu efeito parece dever ao fato que ao exibir os impulsos reprimidos, eles
parecem estar batendo na face da civilização e patrocinando a Revolta da Natureza. No
entanto, somatizar a natureza revoltada junto as forças de repressão, fazer-se-á que a
própria natureza se extermine. A maioria das pessoas não tem condição sócio-
econômica de interpretar essa realidade. Destarte, fazem com que o problema se
multiplique por não saber que existe. São pessoas sem personalidade e que diante das
circunstâncias respeitam o poder, buscam imitá-lo, afim de alcançá-lo também.
Quem protagonizou a Revolta da Natureza na Alemanha foram os camponeses,
as donas de casa, a classe média, os pequenos fabricantes, vítimas da razão
instrumentalizadas, que idealizaram um líder que pudesse pensar por eles. A revolta da
natureza no velho continente foi diferente do modo como ela se apresentou no novo
continente. Na América a idéia que reflete a Revolta é o darwinismo, pois sabendo que
este rompeu com o dogma fundamental do cristianismo – o de que Deus criou o homem
segundo a sua imagem. Concebeu a evolução como uma sequência de adaptação às
condições devidas, mais do que como o desenvolvimento de entidades orgânicas em
acordo com suas inteléquias. A filosofia subjacente a suas ideias era claramente
subjetivista. No darwinismo popular, a razão é simplesmente um órgão, uma coisa da
natureza.
mente, porém as coisas passaram a tomar um outro rumo. A mente, agora, é um produto
do mundo, da natureza. A natureza, hoje sustentada pelo darwinismo popular, não
necessita mais da filosofia para falar por ela.
O raciocínio do homem contemporâneo remete a ideia de que a razão está
degredada, enquanto a natureza é exaltada. A Razão Objetiva não proporcionava bem-
estar, pelo contrário, às vezes causava até sensações de náuseas quando fazia perceber
que nem sempre se tem a verdade consigo. No darwinismo, estar bem é saber adaptar-se
ao ambiente que se encontra, em um mais alto grau aponto de enfrentá-lo, mas não
mudá-lo. No entanto, a Razão se colocou como um órgão natural desfazendo-se de seu
primado e professando ser apenas uma simples serva da seleção natural. “Essa razão
empírica parece ser mais humilde em relação à natureza do que a razão tradicional
metafísica” (HORKHEIMER, 2003, p.129). Trata-se de uma mente prática arrogante
que ridiculariza o espiritual – Razão Objetiva – considerando-o inútil. Ao fazer da
natureza seu principio, o homem reduz seu conhecimento aos impulsos miméticos.
A renúncia da razão feita pelos filósofos e políticos através da submissão à
realidade justifica a proliferação da Revolta da Natureza. O único meio de auxiliar a
Natureza é libertar, fazer voltar, o pensamento independente ou então se conformar e
aceitar a realidade que esta, por sua vez, propõe.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RUANET, Sérgio Paulo. Teoria crítica e psicanálise. São Paulo: Cia. Das Letras,
1986.
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Mestre em Filosofia pelo programa de pós-graduação em Filosofia na UNESP/Marília-SP.
Atualmente realiza estudos nos seguintes temas: Liberalismo, Comunitarismo, teoria do
discurso e teoria da Justiça. Docente da Faculdade de Presidente Venceslau (UNIESP) e da
Faculdade de Presidente Prudente (UNIESP). Também é professor efetivo de filosofia na rede
pública do Estado de São Paulo pela E.E. "Alfredo Westin Junior" em Presidente Bernardes -
SP.