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Escola Profissional Agrícola Quinta

da Lageosa

Equinicultura - identificação e registo


Disciplina: Hipologia
Módulo 3 - 8689

Ana Narciso Ribeiro 2021/2022


Principais tipos de pelagem do
cavalo
• Pelagem é o conjunto de características, em especial de
coloração, que se observa na pele e respectivos anexos
nos mamíferos.

• A pelagem que apresentam ao nascer não é


necessariamente aquela que vão apresentar no estado
adulto.
Principais tipos de pelagem do cavalo
• Alguns conceitos são decisivos para se entender a cor das
pelagens dos cavalos:
1- A cor da pelagem ocorre independentemente, das malhas
brancas, denominadas particularidades, que os cavalos
podem apresentar em determinadas regiões do corpo,
nomeadamente na cabeça e membros.
Principais tipos de pelagem do cavalo
2- A cor branca dos pêlos não é uma verdadeira cor, mas
sim o resultado da sua ausência por falta de
pigmentação.

3- Os pigmentos produzidos pelo cavalo são o vermelho


e preto. Pode ocorrer a sua diluição; por ex. de preto
para cinzento, de vermelho para creme.
Principais tipos de pelagem do cavalo

• Podemos classificar as pelagens em simples,


compostas e malhadas.

• As pelagens simples dividem-se em simples


unicolores e simples com crinas e cabos de cor
diferente.
PELAGENS SIMPLES UNICOLORES

• BRANCO
• PRETO
• LAZÃO
• ISABEL
• CHAMPAGNE
Pelagens Simples com Crinas de cor
diferente
• CASTANHO
• BAIO
• PALOMINO
• PARDO-RATO
• PARDO-AMARELO
• PARDO-VERMELHO
• CHOCOLATE
Pelagens Malhadas

• TOBIANO
• OVERO
• APPALOOSA
Pelagens Compostas

• Ruço
• Ruão-preto
• Ruão-rosilho
• Ruão-rucilho
Pelagens Simples unicolores:

• PRETO: Todos os pêlos são pretos. Os poldros


geralmente nascem castanhos
• Variedades:
– Azeviche – cor intensa e brilhante.
– Pezenho – cor desbotada, frequentemente com as
bragadas acobreadas.
Pelagens Simples unicolores:

• BRANCO: Todos os pêlos são brancos, tal


como os cascos, a pele é clara (rosa) e as
mucosas são rosadas; íris com pigmentação
(olhos castanhos). Nasce branco.
Pelagens Simples unicolores:

• LAZÃO: Todos os pêlos são vermelhos. As


crinas podem ser da mesma cor dos pêlos,
mais claras ou mais escuras, mas nunca
pretas. Os cabos são sempre vermelhos. As
particularidades são frequentes neste tipo de
pelagem.
Pelagens Simples unicolores:

• LAZÃO
• Variedades:
– Claro – cor aberta
– Comum – cor da canela
– Torrado – cor de café torrado
Pelagens Simples unicolores:

• ISABEL: Todos os pêlos têm uma coloração


creme muito claro, a pele é rosa e os olhos
azuis. A sua tonalidade creme e os olhos azuis
permitem distinguir o tipo isabel do branco.
• Variedades:
– Claro .
– Escuro .
Pelagens Simples unicolores:

• CHAMPANHE: pêlos claros, por vezes


brilhantes, crinas da mesma cor ou
ligeiramente mais escuras que o corpo. Olhos
avelã.
Pelagens Simples com crinas
de cor diferente:
• CASTANHO: Pêlos castanhos no corpo, crinas e
cabos pretos.
• Variedades:
– Claro – cor desbotada.
– Comum – cor da casca da castanha madura.
– Cereja – tom avermelhado.
– Pezenho– confunde-se com o preto.
Nota: o preto pezenho tem as faces, axilas, flancos, bragadas
e ventre mais escuros; nunca apresenta o focinho vermelho-
acobreado.
Pelagens Simples com crinas
de cor diferente:
• BAIO: Pêlos de cor amarelada no corpo com
crinas e cabos pretos
• Variedades:
– Claro – cor de palha.
– Comum – cor de caqui.
– Escuro – cor mais carregada.
– Lobeiro – quando os pêlos são amarelos na raiz e
mais escuros na ponta.
Pelagens Simples com crinas
de cor diferente:
• PALOMINO: Pêlos de tom amarelo,
geralmente dourados, crinas amarelo muito
claro ou branco marfim. Poderão ser
confundidos com alguns lazões e baios de
crinas lavadas.
Pelagens Simples com crinas
de cor diferente:
• Pardo- Rato: Pêlo de cor cinzenta, recordando
a pelagem do rato, crinas pretas e cinzentas
(bicolores), cabos pretos.
Pelagens Simples com crinas
de cor diferente:
• PARDO-AMARELO: tem os pêlos amarelos de
tom pardo, as crinas amarelas e pretas
(bicolores) e cabos pretos.
Pelagens Simples com crinas
de cor diferente:
• PARDO-VERMELHO: tem pêlos rosados com
tom pardo, as crinas são rosadas e vermelhas,
os cabos são escuros.
Pelagens Simples com crinas
de cor diferente
• CHOCOLATE: Tem os pêlos de cor castanho-
chocolate, padrão frequentemente rodado, as
crinas são cinzento-prata e os cabos tem o
tom do corpo.
Pelagens Compostas

• RUÇO: Há mistura de pêlos brancos e escuros.


Os pelos brancos vão aumentando
gradualmente com a idade.
• Variedades:
– Comum: pêlos escuros (geralmente pretos) e
brancos.
– Sabino/Avinhado: pêlos vermelhos disseminados
entre os pêlos pretos e brancos.
Pelagens Compostas

• RUÃO-ROSILHO: os pêlos são vermelhos e


brancos, com predominância dos vermelhos
na cabeça. As crinas são vermelhas e os cabos
também são vermelhos.
Pelagens Compostas

• RUÃO-ROCILHO: os pêlos são vermelhos e


brancos, com predominância dos vermelhos
na cabeça. As crinas são pretas e os cabos
também são pretos.
Pelagens Compostas

• RUÃO-PRETO: os pêlos são pretos e brancos,


com predominância dos pretos na cabeça, as
crinas são pretas e os cabos são pretos.
Pelagens Malhadas
• TOBIANO: Pelagem de cor branca com grandes
malhas coloridas. Em geral as áreas de cor incluem a
cabeça, o peitoral e os flancos; as áreas brancas
encontram-se tendencialmente na vertical desde a
crineira, garrote e parte superior da garupa para a
parte inferior dos membros ( geralmente todos
brancos abaixo dos joelhos e curvilhões). Os olhos
são geralmente castanhos mas um ou ambos podem
ser azuis. Ocorre sobretudo em raças americanas.
Pelagens Malhadas
• OVERO: Pelagem de cor com extensas malhas
brancas. A áreas brancas incluem grande parte da
cabeça, estendendo-se depois preferencialmente na
horizontal, podendo ocorrer nas faces laterais do
pescoço, costados, ventre e flancos; (não cruzam a
linha dorsal, apresentam um contorno irregular e
apresentam a pele cor-de-rosa. ). Os olhos são
geralmente castanhos mas um ou ambos podem ser
azuis. Menos frequente que o tipo tobiano, ocorre
sobretudo em raças americanas.
Pelagens Malhadas
• APPALOOSA: Caso particular, pouco frequente
em Portugal, mas com importância noutros
países, em particular nos Estados Unidos, onde
está constituída como raça. Caracteriza-se pela
presença de uma mancha branca (sobre pele
rosada), sobre a região da garupa, e cujos limites
não estão bem definidos. Esta mancha pode
surgir sobre uma pelagem de cor básica ou
modificada.
Particularidades da pelagem

• Particularidades são sinais particulares presentes na pelagem


que imprimem um carácter próprio ao indivíduo. Como cada
animal exibe um conjunto único de particularidades, é
possível distinguir animais com o mesmo tipo de pelagem e
variedade.
Particularidades da pelagem

• As particularidades naturais estão presentes à


nascença e permanecem ao longo da vida do animal,
embora algumas possam evoluir com a idade (ex:
malha).
• Sem sede fixa encontram-se em qualquer região do
corpo.
• Quando se encontram em determinadas regiões
algumas particularidades naturais, ditas com sede
fixa, adoptam designações próprias (ex: malha na
fronte designa-se estrela).
Particularidades da pelagem

• As particularidades adquiridas incluem


marcas intencionalmente apostas (a fogo, a
frio, tatuagem, microchip), cicatrizes e
mutilações (acidentais ou cirúrgicas).
Particularidades naturais

• Rodopio
Disposição especial que tomam alguns pêlos
em redor de um ponto mais ou menos
aparente.
Representação no resenho: X
Particularidades naturais

• Espiga
Disposição especial que tomam alguns pêlos
com direcção irregular, alongando-se em fita.
Representação no resenho: X
Particularidades naturais

• Golpe de lança
Depressão natural na massa muscular, sem
sinal de cicatriz na pele.
Representação no resenho:
Particularidades naturais

• Malha
aglomerado de pêlos de cor diferente da
pelagem-base.
Representação no resenho:
• Malha arminhada
Contém malhinhas de outra cor
Representação no resenho:
Particularidades naturais

• Malha cinzenta
Malha acinzentada resultante da mistura
homogénea dos pêlos da pelagem-base com
alguns pêlos brancos.
Representação no resenho:
Particularidades naturais

• Malha almarada
Malha rosada observada em
zonas de pele fina e mal
revestida de pêlos brancos
(ex: focinho).
Representação no resenho:
Particularidades naturais

• Malha marmoreada
Malha almarada salpicada de pontos escuros.
Representação no resenho:
Particularidades com sede fixa

• Com sede na cabeça:


– Cabeça de mouro: quando a cabeça é mais
escura
– Toucado: malha branca na cabeça
– Estrela: malha branca na testa; quando é muito
pequena, diz-se estrelinha, quando é muito
grande diz-se luzeiro.
Particularidades com sede fixa

• Com sede na cabeça:


– Cordão: malha branca comprida e estreita sobre o
chanfro.

– Estrela escorrida: quando a estrela se prolonga


pelo cordão
Particularidades com sede fixa

• Com sede na cabeça:


– Beta: malha, geralmente almarada (cor-de- rosa)
entre as ventas.

– Frente aberta: diz-se do cavalo que tem estrela e


cordão unidos, e por vezes beta também.
Particularidades com sede fixa

• Com sede na cabeça:


– Zarco: malha, geralmente almarada à volta dos
olhos.
– Boceto ou boquilavado: quando a parte inferior da
cabeça se apresenta debotada.
Particularidades com sede fixa

• Com sede na cabeça:


– Façalvo: quando a malha branca ocupa a(s)
face(s).

– Bocalvo ou bebe em branco: se os lábios são


brancos ou almarados.
Particularidades com sede fixa

• Com sede no tronco:


– Lista de mulo: raia preta ou escura sobre a coluna
dorsal.
Particularidades com sede fixa

• As malhas brancas que envolvem a extremidade dos membros chamam-se


calças. Consoante a dimensão das mesmas diz-se que o animal:

– tem princípio de calça.


Particularidades com sede fixa

• Consoante a dimensão das malhas diz-se que o animal:

– é baixo calçado
Particularidades com sede fixa

• Consoante a dimensão das malhas diz-se que


o animal:
– é calçado a meia cana.
Particularidades com sede fixa

• Consoante a dimensão das malhas diz-se que


o animal:
– é alto calçado.
Particularidades com sede fixa

• Consoante a dimensão das malhas diz-se que o animal:

– Se a malha branca não rodeia


completamente o membro, diz-se que o
animal é incompletamente calçado. Se for muito
pequena e difusa, diz-se que tem vestígios de
calça.
Particularidades com sede fixa

• Os membros calçados possuem em geral


cascos brancos/despigmentados: são
cascalvos; se o casco não for despigmentado
na sua totalidade, diz-se incompletamente
cascalvo.
Identificação de Equinos

A identificação oficial dos cavalos faz-se através


do resenho/a ou identificação electrónica.
RESENHO

• É a enumeração sucinta de determinados


caracteres necessários à identificação do
cavalo. O resenho deve ser tão perfeito que
não induza em erros e tão completo que não
permita confusões. É composto de um gráfico
onde se desenha o animal e uma parte
descritiva, que descreve a parte gráfica.
A ordem a estabelecer no resenho é a seguinte:
• Nome
• Espécie
• Sexo
• Raça
• Genealogia
• Idade
• Pelagem
• Particularidades da pelagem
• Cicatrizes
• Marcas a fogo
A descrição faz-se de cima para baixo, de diante para trás e
da esquerda para a direita.
IDENTIFICAÇÃO
ELECRÓNICA
• A identificação electrónica faz-se através de um microchip que
é implantado por um Médico Veterinário, no bordo crinal,
dois dedos abaixo da inserção das crinas, no terço superior da
tabua do pescoço, de modo a ficar corretamente inserido no
ligamento cervical .
IDENTIFICAÇÃO

ELECRÓNICA
O microchip possui um número exclusivo para
cada animal que é depois lido por um leitor
apropriado. Apesar de mais preciso do que o
resenho, nos documentos oficiais, a
identificação electrónica faz-se sempre
acompanhar pelo resenho.
DOCUMENTOS QUE IDENTIFICAM OS
EQUINOS
• Documentos não oficiais
– Boletim de vacinas através do seu resenho e/ou
microchip.
• Documentos oficiais
– Existem dois tipos de documentos que identificam
os cavalos.
– “Livro Azul”
– “Livro Verde”
Identificação Oficial de Equinos
• A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV)
é a Autoridade Central Nacional competente em
matéria de Identificação e Registo Animal.
• O Regulamento (CE) nº 504/2008, da Comissão, de 6
de Junho, estabelece as regras para a identificação
dos equídeos (equinos, asininos e muares) nascidos
ou introduzidos na União Europeia (UE), e aplica as
Diretivas n.ºs 90/426/CEE e 90/427/CEE, do
Conselho, no que respeita a métodos para
identificação de equídeos.
• Os detentores são responsáveis pela correta
identificação e registo dos seus animais.
Livro Azul
• Documento de Identificação Nacional
vulgarmente conhecido como Livro Azul. Para
que este seja emitido o cavalo tem que estar
registado ou inscrito num livro genealógico ou
Stud-book.
LIVRO GENEALÓGICO OU STUD-
BOOK
• Qualquer livro, registo, ficheiro ou suporte
informático no qual são inscritos ou registados
os equídeos com indicação dos seus
ascendentes conhecidos e gerido por uma
organização ou associação oficialmente
acreditada ou reconhecida por um serviço
oficial.
LIVRO GENEALÓGICO OU STUD-
BOOK
• Livro de nascimentos
• Livro de reprodutores
• Livro de mérito
METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO
• Declaração do nascimento
– O nascimento é declarado antes do desmame, que
ocorre cerca dos 6 meses de idade. Na
DECLARAÇÃO DE NASCIMENTO, onde consta a
identificação dos progenitores (preenchida
previamente pelo Registo Nacional de Equinos
(RNE) ou pelo criador), o poldro é identificado
pelos elementos que constituem o resenho
provisório (data do nascimento, sexo, nome,
pelagem, marcas a fogo) e microchip.
METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO
• Declaração do nascimento
– Preenchimento pelo criador
• Data de nascimento
• Sexo
• Nome, cuja primeira letra seja sequencial do
abecedário correspondente ao ano de nascimento.
– Preenchimento pelo Médico Veterinário
• Colhe amostra de 10 ml de sangue em tubo com EDTA
• Declara se o poldro foi visto “atrás damãe”
• Tipo de pelagem
• Marcas a fogo
• Numero do microchip
Declaração de Nascimentos
METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO
• Marcação a fogo
– Tradicionalmente os equinos são marcados a fogo. Podem também ser
utilizada a marcação a frio com azoto liquido.
– As marcas do Criador são opostas preferencialmente no lado direito,
sendo o lado esquerdo reservado para marcas sanitárias.
METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO
• Segundo os regulamentos dos respetivos livros genealógicos
os equinos das raças Lusitana, Sorraia, Cruzado Português e
Português de Desporto são identificados, de modo indelével,
com a marca do criador (ferro) na coxa direita e um numero
sequencial, segundo critério atribuído pelo criador,
geralmente na tabua direita, espadua direita ou nádega
direita.
METODOLOGIA DE IDENTIFICAÇÃO
• Os equinos adultos da raça
Garrana são identificados com
a marca da raça (G) na CD e um
numero na ED
METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO
• Marcação electrónica pelo Médico Veterinário
• A identificação electrónica, o transponder (micro-
chip e antena) é aplicado pelo Médico
Veterinário, convencionalmente do lado
esquerdo do pescoço.
• Antes e após implantação, o seu bom
funcionamento é confirmado com o respectivo
leitor. A vinheta correspondente é aposta na
DECLARAÇÃO DE NASCIMENTO.
METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO
• Envio das amostras ao Laboratório de
Genética Molecular
– As amostras são entregues no LGM,
acompanhadas da DECLARAÇÃO DE
NASCIMENTO. O RNE, assinalando possíveis
deficiências encontradas, devolve cópia deste
documento ao Criador e à respectiva Associação
de Criadores.
– Senão forem entregues no proprio dia, as
amostras deverão ser refrigeradas, nunca a
temperatura inferior a 4°C
METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO
• Atribuição do Número no Ficheiro Nacional
de Equinos, pelo RNE
– Após atribuição de um número de identificação
(NSC), o equino passa a constar do registo
nacional de equinos (RNE) possibilitando o
tratamento informático ao longo da sua
existência.
METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO
• Inscrição no Livro Genealógico da Raça, pela
Associação de Criadores gestora do Livro
Genealógico da Raça
– Após recepção do resultado do controlo de filiação
efectuado pelo Laboratório, a Associação de
Criadores gestora da raça emite o BOLETIM DE
INSCRIÇÃO no respectivo Livro Genealógico.
METODOLOGIA DE
IDENTIFICAÇÃO
• Emissão do DOCUMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO, pelo RNE
• A partir dos 18 meses, o proprietário de um
equino de uma raça nacional inscrito no Livro
Genealógico solicita a emissão do
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO. Neste
impresso o Médico Veterinário procede à
identificação actualizada do equino
executando o resenho completo.
As associações de criadores gerem o
livros genealógicos. São elas:
• APSL – Associação Portuguesa de Criadores do
Puro Sangue lusitano
– Gere o Stud-book da raça Lusitana
• APCRS – Associação Portuguesa dos Criadores
de raças Selectas
– Gere o Stud-book do Português de Desporto e
Cruzado Português
As associações de criadores gerem o
livros genealógicos. São elas:
• APCA – Associação Portuguesa do Cavalo
Árabe
– Gere o Stud-book das raças Puro Sangue Árabe
(PSA), Anglo-árabe e Luso-árabe

• APSI – Associação Portuguesa dos Criadores


de Puro Sangue Inglês
– Gere o Stud-book das raças Puro Sangue Inglês
As associações de criadores gerem o
livros genealógicos. São elas:
• AICS: Associação de Criadores do cavalo
Ibérico de Tipo Primitivo Sorraia.

• ACERG: Associação de Criadores de Equinos


de Raça Garrana
“Livro Verde”
• Objetivo:
– “Todo o equídeo criado ou existente na União
Europeia tem que estar devidamente
identificado”
“Livro Verde”
• Assim o Regulamento (CE) 504/2008, de 6 de Junho,
que entrou em vigor no dia 1 de Julho de 2009,
respeitante a métodos de identificação de
equídeos, vem regulamentar toda esta área,
uniformizando os diversos documentos de
identificação emitidos pelos respetivos Estados
Membros, permitindo assim uma identificação fácil,
rápida e expedita e uniforme.
Tipos de
Equídeos
• Os equídeos, na União Europeia, são
diferenciados em:
– Equídeo Registado: Equídeo inscrito ou suscetível
de ser inscrito num registo zootécnico ou livro
genealógico e identificado pelos meios legalmente
previstos.
– Equídeo de Criação e Rendimento: Todos os
Equídeos não susceptiveis de serem inscritos num
qualquer Livro Genealógico oficialmente
reconhecido.
Equídeo registados
• Presentemente em Portugal existem os Livros Genealógicos do
Puro Sangue Lusitano, Puro Sangue Árabe, Puro Sangue
Inglês, Português de Desporto, Anglo-Arabe, Anglo-Luso, Luso-
Árabe e Cruzado Português*.
Equídeo registados
• Das raças de póneis( pónei é internacionalmente
definido como um equino cuja altura ao garrote não
ultrapassa 148 cm ou 149cm se estiver ferrado nos
membros) em Portugal são reconhecidos o Livro
genealógico do Cavalo Sorraia e do Garrano do
Minho.
Equídeo registados
• Existem também em Portugal um número
indefinido de equídeos registados noutros
países, e com documentos de identificação
emitidos por eles, que são considerados, para
todos os efeitos equídeos registados.
Equídeo registados
• Cruzado Português*. Não é um Livro Genealógico, mas sim um registo
zootécnico, onde até agora tem sido colocado todo e qualquer cavalo que
não é susceptível de ser inscrito em qualquer Livro Genealógico existente.
A sua inscrição tem permitido que qualquer cavalo, mesmo
desconhecendo a sua genealogia, mas existente no território nacional, se
o seu proprietário assim o desejar, possa dispor de um documento de
identificação que lhe permita circular e identificar o equino sempre que
for necessário. É o único registo ao qual não é obrigatório qualquer
controlo de filiação. Com a implementação do Regulamento (CE)504/2008
a situação deste Livro Genealógico/registo zootécnico tenderá a ser
substancialmente alterada. Neste momento é a Associação de Criadores
de Raças Seletas que tem a seu cargo a gestão deste Livro/Registo.
Equídeo de Criação e
Rendimento
• Neste grupo são também inscritíveis os
selvagens como Zebras “Equus
zebra” e o cavalo da Mongólia Przewalski “Equus ferus
equídeos interesse didático e simbólico)
przewalski”(nuc
Identificador de
Equídeos
• A Direção Geral de Veterinária só aceita a
identificação dos equídeos (registados e de
criação e rendimento) efetuada por Médicos
Veterinários que satisfaçam as seguintes
condições:
– 1. Estarem inscritos na Ordem dos Médicos
Veterinários Portugueses

– 2. Terem conhecimentos específicos na área da


identificação equina.
Identificação dos
Equídeos
• 1. Documento de Identificação Único e
Vitalício
– Documento em forma de pequeno livro, em
Portugal com capas de cor azul para os equídeos
registados e de cor verde para os equídeos de
criação e rendimento.
Identificação dos
Equídeos
• 2.Um método que assegure a ligação
inequívoca entre o documento de
identificação e o equídeo
– O Documento de Identificação, contém para além
do nome do equídeo, o sexo, pelagem, um
resenho gráfico e descritivo de acordo com as
normas internacionais
Identificação dos

Equídeos
3. Uma base de dados que registe, sob a forma de
número de identificação universal (UELN) os
elementos de identificação relativos ao equídeo
que lhe deu origem.
– De acordo com o Regulamento 504/2008 toda a
identificação dos equídeos tem por base um
número universal, UELN, (Universal Equine Life
Number).
UELN, (Universal Equine Life
Number).
• Consiste num código alfanumérico único e vitalício
(em Portugal é só numérico) de 15 digítos, que
compila informação sobre um único equídeo, bem
como sobre a base de dados e o país onde essa
informação foi pela primeira vez registada, e que
inclui:
• 1. Três dígitos relativos ao país. (Em Portugal o código do país
é 620)
• 2. Três dígitos relativos á base de dados.(Em Portugal a base
de dados tem o código 001)
• 3. Um número de Identificação individual de nove dígitos
atribuído ao equídeo. (ultimo digito é um chek digite)
Processo de obtenção do Documen
de Identificação Único e Vitalício
• Equídeos de Criação e Rendimento
– Não existe Certificado de Origem, pois não estão
inscritos em Livros Genealógicos.
• Apresentação pelo proprietário ou detentor do Pedido de documento de
Identificação de Equídeo*, onde além dos dados relativos á identificação
desse proprietário/detentor está colocado um resenho gráfico e descritivo
de acordo com a sinalética internacional para resenho de equídeos,
executado por Médico Veterinário da confiança do proprietário/detentor.
Neste grupo de equídeos é obrigatório a colocação de um microchip.

* Impresso obtido nas Serviços Veterinários Regionais (DIV/NIV) ou na


posse dos Médicos Veterinários.
Processo de obtenção do Documen
de Identificação Único e Vitalício
• Equídeos de Criação e Rendimento
– Com o Pedido de documento de Identificação de
Equídeo o proprietário/detentor dirige-se á
DIV/NIV (Divisão/Núcleo de Intervenção
Veterinária) da sua área e solicita que lhe seja
emitido o Documento de Identificação de Equídeo
de Criação e Rendimento.
Processo de obtenção do Documen
de Identificação Único e Vitalício
• Equídeos de Criação e Rendimento
– A DIV/NIV, após primeira triagem rápida em
relação às normas de execução dos resenhos
gráficos e descritivos envia o documento para a
Direção Geral de Veterinária que procede à
emissão do respetivo documento, que o fará
chegar ao proprietário/detentor que o solicitou.
Capas da Federação Equestre
Internacional
• A Federação Equestre Internacional, entidade que controla o
desporto equestre em todo o mundo deixou, a partir de 1 de
Janeiro de 2010, de emitir os “Passaportes FEI”.
• A partir de 1 de Janeiro de 2010, a Federação Equestre
Portuguesa (Federação Nacional) coloca somente capas, em
documento de identificação válido.
• No caso português é indiferente que o Documento de
Identificação seja de equídeos registados “Livro Azul” ou de
equídeos de criação e rendimento “Livro Verde”.
• Nestes casos, e só nestes casos, o Documento de
Identificação a que foram colocadas “capas da FEI”, para
efeitos desportivos terá que ser revalidado de 4 em 4 anos
na Federação Equestre Portuguesa.

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