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Reprodução Sexuada – é o método de multiplicação de plantas por

semente, ou método seminal.

Semente –
A semente é o estado de repouso que cessa quando se inicia a
germinação (desenvolvimento de uma nova planta).
Ou
Sementes - são as estruturas que resultam da fecundação e transportam
o embrião que, em condições ambientais favoráveis, irão dar origem a
plantas iguais.

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Para isso, as plantas desenvolveram durante o processo evolutivo várias
estratégias, muitas das quais actuam ao mesmo tempo:

» Vida Latente - os embriões das plantas podem ficar muito tempo sem se
desenvolverem, enquanto as condições apropriadas de temperatura e
humidade não surgem;

» Dispersão das sementes - Os outros grupos de plantas, incluindo as


samambaias os fungos, os musgos as algas disseminam-se por esporos.

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Sementeira – (condições de êxito e principais técnicas utilizadas) -
» É feita, em geral, em pequenas caixas, com uma camada de terra composta
de areia, argila e adubo;

» As sementes grandes podem ser plantadas individualmente, enquanto que


as pequenas devem ser misturadas com areia, para facilitar a sementeira;

» No final, peneirar uma fina camada de terra, para cobri-las;

» Quando nascidas, devemos fazer uma repicagem das “mudinhas” nascidas,


normalmente para o local definitivo;

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» Tendo sempre o cuidado de não encharcar a terra quando regar.

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Multiplicação Vegetativa-
» È o método de multiplicar plantas, a partir de partes Vivas da mesma
planta, e pode ser conseguido de várias formas;
 
» A melhor época para a multiplicação é a Primavera, pois é o período em
que as plantas aumentam o seu enraizamento e começam a brotar e
estão a sair do repouso vegetativo;
 
» A reprodução assexuada pode ser feita por estaquia, mergulhia, alporquia,
enxertia, divisão de touceira, por rizomas, tubérculos e bolbos (caules
subterrâneos).

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Estacaria –
 » É a propagação por estacas;

» É a técnica mais fácil e simples de propagação, pois basta cortar um


pedaço da planta e plantá-lo.

» Ele ficará enraizado e desenvolver-se-á como uma nova planta;

» As estacas podem ser obtidas do caule e de folhas de preferência, de brotos


vigorosos e em desenvolvimento.

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-Propagação de Estacas -

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Estacas de caule –  
» A porção de caule mais usada para a propagação é a “estaca de ponta”
obtida da extremidade em crescimento;

O melhor comprimento para uma estaca desse género dependerá do tipo de


planta, se bem que em parte seja imposto pela necessidade de cortar
abaixo de um nó – ponto onde se insere ou inseriu uma folha;

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» O nó distingue-se facilmente, pois apresenta com frequência um anel de
tecido ligeiramente saliente, muitas vezes envolvido por uma bainha que
se forma na base da folha.

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» Se possível utilize lançamentos que não sejam de flor, de contrário retire
todas as flores ou botões;

» Se no nó inferior existir uma folha, cortá-la, pois folha alguma deverá ficar
enterrada na mistura para enraizamento;

» Há também conveniência em retirar várias folhas superiores ou cortar parte


delas especialmente se forem grandes, a fim de reduzir as perdas de
humidade devido á transpiração;

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»Depois de colocadas as estacas na mistura de enraizamento de quando em
quando observar as estacas para nos certificarmos que não estão a
apodrecer pela base e ir retirando qualquer folha apodrecida;

» Não fazer mais nada até que surja um rebento, um indício de que se
formaram raízes e de que a estaca está “pegada”;

» Na dúvida puxar suavemente a estaca para ver se as raízes estão a prendê-


la á terra.

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- Estacas de pontas de caule -

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Algumas estacas difíceis de enraizar na terra conseguem emitir raízes em
água. Estas são mais frágeis.

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Estacas de folhas -
» Há numerosas espécies que produzem novas plantas a partir de estacas de
folha;

»Embora não exista qualquer critério seguro para distinguir essas espécies
das outras, a maioria tem folhas espessas e carnudas, que muitas vezes
crescem em roseta;

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» Para obter uma estaca de folha, puxar ou cortar uma folha adulta com
pecíolo e inserir ou numa mistura de enraizamento ou em água.

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» Também é possível obter numerosas plantas a partir de uma única folha
cortando-a em segmentos e enraizando cada um separadamente.

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Devemos usar, sempre:
» Tesouras ou facas bem afiadas, para não esmagar ou despedaçar os
tecidos, o que pode provocar o seu apodrecimento;

» Quando possível, deixar 2 folhas na estaca que ficará enraizada, formando


uma nova muda;

»Aplicar, ainda, hormonas de enraizamento que podem ser encontradas em


lojas especializadas ou empregar uma camada de estrume fresco de
animais. Algumas plantas, no entanto, enraízam na água como por
exemplo, a violeta africana.

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Enxertia –
A enxertia é nada mais, nada menos do que juntar um pedaço de caule a um
outro caule com raízes;
ou seja,
o porta-enxertos ou "cavalo", como é conhecido popularmente. A parte
enxertada no cavalo é denominada "enxerto" ou "cavaleiro".

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Plantar uma planta de determinada espécie e, depois dela estar em boas
condições vegetativas, “introduzir-lhe” uma parte aérea de uma espécie
diferente ou variedade diferente da original, isto é a definição mais
simples de definir enxertia.

O enxerto entre espécies vegetais diferentes é mais difícil de dar resultados. 

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Há vários métodos de enxertia, mas só vamos falar dos mais usuais:
 
- Enxertia de coroa;

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- Enxertia de borbulha.
 

Qualquer deles pode ser utilizado em diversas plantas, especialmente em


árvores.

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Enxertia de borbulha –
» O método de enxertar por borbulha deve efectuar-se em Primavera já
avançada. É também conhecido como “enxerto a olho dormente” dado
que só entra em actividade na Primavera seguinte.

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» O processo consiste em escolher a parte do Cavalo que se apresente mais
lisa e mais próximo do solo, e fazer-lhe um corte transversal com cerca de
2cms de comprimento. Em seguida, e partindo do centro desse golpe, faz-
se outro, de cima para baixo, com uma extensão de cerca de 4cms, para
que os dois golpes formem um T Maiúsculo;

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» Feitos estes dois golpes, com a parte de cima da navalha de enxertia
levanta-se a casca, no sentido de cima para baixo, de modo a fazer-se
uma espécie de bolsa onde se possa aplicar o Gomo (borbulha). Depois
desta operação, ata-se com força, com fio de ráfia, ou aplica-se uma cinta
de plástico.

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» A atadura, que deve começar acima do golpe transversal, continua para
baixo, deixando somente o espaço necessário para o desenvolvimento do
Gomo e termina-se com um laço (nunca com um nó). Logo que o enxerto
esteja bem “pegado” deve-se cortar as ligaduras.

» Os Gomos “borbulhas” a utilizar devem ser escolhidos nos ramos do Ano


que tenham um melhor desenvolvimento;

» A escolha deve recair sobre os gomos da base (inferiores) e não nos que
estejam na extremidade dado que os inferiores estão melhor
desenvolvidos.
 

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Para se extrair o gomo que irá servir de borbulha, faz-se um golpe transversal
a alguns centímetros acima do gomo e outros laterais, para assim
despegar a casca do lenho sem o danificar e, logo que isso se consiga,
procura-se “encaixá-lo”, de modo perfeito, no golpe feito no cavalo.

No caso de não se conseguir, facilmente, desprender o gomo, isso é sinal que


a seiva não possui suficiente fluidez pelo que deverá regar-se a planta de
imediato e só mais tarde tentar proceder a uma nova recolha de gomos.

Este método de enxertia tem a desvantagem de não se poder fazer em


ramos muito grossos.
 

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Mergulhia –  
» É um processo pelo qual se induz a formação de raízes num caule
rastejante, enquanto este se encontra ainda ligado á planta original.

» Um método de propagação muito útil para plantas que não enraízam


facilmente a partir de estacas e assim também acelerar o enraizamento
de plantas trepadeiras ou rastejantes.

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Para propagar uma planta por mergulhia, forçá-la a penetrar na mistura de
enraizamento, firmando-a com um arame em forma de U. As plantas de
caules tenros, não precisam de grande estímulo, porque têm sempre
tendência para formar raízes aéreas nos nós das folhas.

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Algumas plantas rastejantes aplicam a mergulhia a si própria. Com efeito
estas plantas emitem raízes.
Estes filhos devem ser separados da planta-mãe.
 

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Alporquia –
Este método estimula a formação de raízes em plantas difíceis de obter a
partir de estacas e que têm caules erectos rígidos que não permitem o
recurso á mergulhia normal.
O objectivo deste processo, como o próprio nome indica, é estimular o
enraizamento num determinado ponto do caule sem o forçar a penetrar
na mistura.
 

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1.ºPasso –  
No caule, 8 a 10 cm abaixo da folha inferior, com uma lâmina afiada, marque
em torno do caule dois traços com 1 cm de intervalo e retire a pele ou
casca entre esses traços.
 

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2.º Passo –
Cobrir a superfície da ferida com pó de hormona de enraizamento e em
seguida envolver o caule numa boa quantidade de musgo húmido.

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Um saco de plástico aberto dos lados para que as beiras se sobreponha.
Atar a parte inferior do saco com fio resistente e prendê-lo com fita
isoladora. Em seguida, encher com musgo humedecido e prender a parte
superior á volta do caule para evitar qualquer perda de humidade.

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Algumas semanas mais tarde, começaram a aparecer raízes brancas no
exterior do musgo. Retirar então o plástico e, com uma faca bem afiada,
cortar perpendicularmente ao caule imediatamente abaixo do musgo.

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Multiplicação de Bolbos, Rizomas e Tubérculos –

Plantas de caule subterrâneo, e também conhecidas como plantas de caules


modificados, como sejam algumas flores muito nosso conhecidas:
» Bolbos - gladíolos, tulipas, jacintos;

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» Tubérculos – dálias;

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» Rizomas - Lírios;

Produzem mais do que um caule agarrado ao “caule-mãe” e que podem ser


facilmente separados dando, cada um, origem a uma nova planta.

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Devido à água que armazenam nos seus bolbos, a sua irrigação deve ser feita
moderadamente.
As plantas bolbosas, como a cebola e as tulipas, por exemplo, podem ser
cultivadas em pequenos espaços e têm uma fase de repouso que coincide
com o período frio do ano, quando caem as suas folhas e as regas devem
ser interrompidas.
As espécies que possuem rizomas podem ser multiplicadas pela sua divisão,
como, por exemplo, os lírios, as samambaias, as avencas e as bromélias.

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Divisão de tufos –
Toda a planta que emite mais do que um caule do solo, pode ser dividida.
A técnica é simples. Introduz-se uma faca bem afiada, entre os caules que
queremos dividir, e corta-se todo o torrão ao meio com um golpe rápido e forte.

Após esta operação, planta-se cada uma delas em boa terra, evitando o sol directo,
até que as plantas recuperem e recomecem o crescimento.
Há plantas que produzem rebentos ou renovos que, no fundo, já são plantas-filhas
o que facilita bastante este trabalho.
Esta operação pode ser feita por divisão de tufos, de caules, raízes ou de rizomas,
conforme as espécies.
 

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Resumindo -
É simples, basta separar uma das touceiras da planta-mãe e cortando as
raízes da muda retirada, obtendo-se um novo indivíduo com todas as
características da planta-mãe e que enraízam com facilidade.

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- Multiplicação de estolhos -

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- Multiplicação de estolhos –

» Estolho, é o feixe de raízes que nascem, em pequenos intervalos, nos


rizomas e nas hastes das plantas rasteiras;
» Para proceder á multiplicação, separa-se com cuidado esses "filhotes " de
modo que estejam a eles agarrados algumas partes da casca da raiz-mãe;

» Tem que se seleccionar, aquelas raízes que já estejam desenvolvidas;

» Tal processo possibilita a mudança de plantas vigorosas, perfeitas, para


lugares definitivos.

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- Cultura e multiplicação in vitro –
» A micropropagação consiste na produção rápida de uma planta, a partir de
uma única célula vegetal ou de um pequeno pedaço de tecido vegetal.
» As técnicas a que a micropropagação recorre baseiam-se em métodos
modernos de cultura de tecidos vegetais in vitro.
» A micropropagação é utilizada para multiplicar plantas jovens, produzidas
pelos métodos convencionais de produção de plantas, e mesmo plantas
geneticamente modificadas.
» A partir de uma planta em stock que não produza semente ou que não
responda bem à obtenção de clones por multiplicação vegetal.
» No entanto, a micropropagação é utilizada sobretudo em plantas
ornamentais, como nas orquídeas. 

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- Reguladores de crescimento –

Reguladores de crescimento ou reguladores vegetais, inclui a forma natural


ou sintética que quando aplicados em plantas influenciam no seu
crescimento e desenvolvimento.

Plantas de vaso desenvolvidas em casa de vegetação, muitas vezes tornam-se


robustas, com tamanho maior que o desejado. É possível conseguir
plantas com tamanho adequado com auxílio de reguladores químicos,
visando o redução do crescimento excessivo.

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O tratamento de muitas plantas, pode ser realizado via foliar ou no solo, com
produtos durante a fase de rápido crescimento vegetativo ou mesmo logo
após o início da floração.

Esses produtos químicos, são frequentemente usados na produção de flores


de vaso. Actuam dentro da planta, modificando sua morfologia, obtendo
plantas pequenas.

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- Hormonas de enraizamento –
» Estas hormonas estimulam e aceleram o enraizamento e crescimento das
plantas e estão indicadas para estacas lenhosas, semi-lenhosas e
herbáceas, bolbos e sementes.

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- » Ao enfiar uma planta nova de um corte da folha ou da haste, o corte
será mais provável dar forma a raízes e criar uma planta nova se uma
hormona de enraizamento é usada.

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- Bancadas de enraizamento –
. Consiste num painel de aquecimento eléctrico e tomadas de ligação à
corrente eléctrica;

. São usadas para fazer germinar e enraizar mais rápido as plantas mais
delicadas ou apreciadas;

. Para plantas mais delicadas, contém uma unidade que fornece água
automaticamente ás plantas a intervalos preestabelecidos;

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. Quando necessário manter uma atmosfera húmida, para assegurar a
circulação do ar;

. Evitar ocupar o mais possível o germinador / Enraizamento se tal acontecer,


está a estimular a disseminação de enfermidades e as plantas podem ficar
esguias e pálidas;

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