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FEVEREIRO DE 2017
Fonseca, Eduardo Ferreira
ii
“We are born into this world unarmed – our mind is our only weapon.”
Ayn Rand, Atlas Shrugged
iii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
Fevereiro/2017
iv
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Mechanical Engineer.
February/2017
This project aims to examine the feasibility of a binary fuel mixture, composed
of propane and propylene, in the oxyfuel cutting process in the cutting of carbon steel
plates.
From an economic point of view, comparing the consumption of gases, with the
help of specific software, and all the costs involved in the cutting process using the fuel
mixture with a fuel gas already consolidated in the market of fuel gases for oxyfuel
cutting.
v
Lista de Figuras
Figura 1 - Volume de um gás em um sistema fechado como função da temperatura à
pressão constante [6]. ............................................................................................................... 9
Figura 2 - Diagrama do fator de Compressibilidade de um fluido simples [4] ................ 13
Figura 3 – Elementos necessários para a reação de combustão..................................... 18
Figura 4 - Chama oxicombustível [8] ..................................................................................... 19
Figura 5 - Chama neutra [8] .................................................................................................... 20
Figura 6 - Chama oxidante...................................................................................................... 21
Figura 7 - Esquema de funcionamento do processo de oxicorte [1] ................................ 21
Figura 8 - Defeitos e descontinuidades no oxicorte [5] ...................................................... 24
Figura 9 – Regulador de Pressão [7] .................................................................................... 27
Figura 10 Regulador de pressão tipo haste [7].................................................................... 28
Figura 11 Regulador de pressão tipo bocal [7] .................................................................... 29
Figura 12 Regulador de pressão duplo estágio[7] .............................................................. 30
Figura 13 Regulador de pressão pilotado [7] ....................................................................... 31
Figura 14 – Regulador de pressão para cilindro [10] .......................................................... 31
Figura 15 – Regulador de pressão para posto [10]............................................................. 32
Figura 16 – Regulador de pressão para centrais de cilindros [7] ..................................... 32
Figura 17 Mangueira para solda e corte [12] ....................................................................... 33
Figura 18 – Mangueira para solda e corte [13] .................................................................... 34
Figura 19 - Medidor de vazão tipo rotâmetro [15] ............................................................... 35
Figura 20 - Medidor de vazão de área variável. (a) Relação entre área e velocidade (b)
Diagrama [15] ............................................................................................................................ 36
Figura 21 Válvula anti-retorno [16] ........................................................................................ 38
Figura 22 – Válvula anti-retorno [7] ....................................................................................... 38
Figura 23 – Válvula corta-chama [17] ................................................................................... 39
Figura 24 – Esquemático de uma válvula corta-chama [7]................................................ 39
Figura 25 Maçarico Misturador [7] ........................................................................................ 40
Figura 26 - Maçarico tipo Injetor [8] ....................................................................................... 41
Figura 27 - Maçarico tipo Injetor 2 [7].................................................................................... 41
Figura 28 - Maçarico com Mistura no Bico [7] ..................................................................... 42
Figura 29 - Maçarico de corte manual [2] ............................................................................. 43
Figura 30 - Maçarico de corte mecanizado [2] .................................................................... 44
Figura 31 - a) Bico de corte monobloco b) Bico de corte bipartido [18,19] ..................... 44
Figura 32 - Bico de corte Convencional [8] .......................................................................... 45
Figura 33 - Bico de corte de Alta Velocidade [8] ................................................................. 46
Figura 34 - Bico de corte de 3 Sedes [8] .............................................................................. 47
Figura 35 - Máquina de corte MC-46 [10] ............................................................................. 47
Figura 36 - Distribuidor de gases ........................................................................................... 49
Figura 37 - Teste de estanqueidade com espuma de sabão neutro ................................ 50
Figura 38 - Montagem do procedimento experimental com acetileno ............................. 51
Figura 39 - Chama oxicombustível com Mistura combustível testada ............................. 52
Figura 40 - Painel de rotâmetros............................................................................................ 53
Figura 41 - Superfície de corte utilizando acetileno ............................................................ 55
Figura 42 - Superfície de corte utilizando a mistura proposta ........................................... 55
vi
Figura 43 - Variação do Preço do barril de petróleo cru em 01 ano [21] ......................... 60
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Comparativo entre os processos de corte [1] ..................................................... 4
Tabela 2 - Propriedades do Oxigênio [5] .............................................................................. 14
Tabela 3 - Propriedades dos gases combustíveis [5] ......................................................... 17
Tabela 4 - Desempenho dos gases combustíveis no oxicorte [7] .................................... 17
Tabela 5 - Pressão padrão White Martins 3502 3 ............................................................... 50
Tabela 6 - Pressão padrão Koike 106 2 ............................................................................... 51
Tabela 7 a) Dados do processo de corte oxicombustível .................................................. 54
Tabela 8 - b) Dados do processo de corte oxicombustível ................................................ 54
Tabela 9 - c) Dados do processo de corte oxicombustível ................................................ 55
Tabela 10 - Custo dos gases utilizados ................................................................................ 57
Tabela 11 - Custo do operador de corte ............................................................................... 57
Tabela 12 - Custo por metro cortado .................................................................................... 58
Tabela 13 - Preço de Equilíbrio da Mistura Proposta ......................................................... 59
vii
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................................ 1
1.1. Motivação Pessoal ..................................................................................................... 1
1.2. Justificativa .................................................................................................................. 1
1.3. Relevância ................................................................................................................... 2
1.4. Objetivo ........................................................................................................................ 2
1.5. Gás combustível utilizado ......................................................................................... 2
1.6. Estrutura....................................................................................................................... 3
2. Revisão Bibliográfica.......................................................................................................... 3
2.1. Processos de corte na Fabricação Mecânica ........................................................ 3
2.2. Corte Oxicombustível ................................................................................................. 5
2.3. Propriedades Físicas dos Gases ............................................................................. 6
2.3.1. Os estados dos gases ....................................................................................... 6
2.3.2. Pressão ................................................................................................................ 6
2.3.3. Temperatura ........................................................................................................ 8
2.3.4. Lei zero da termodinâmica ................................................................................ 8
2.3.5. Lei de Boyle ......................................................................................................... 8
2.3.6. Lei de Charles ..................................................................................................... 8
2.3.7. Princípio de Avogrado........................................................................................ 9
2.3.8. Gás perfeito ......................................................................................................... 9
2.3.9. Mistura de gases .............................................................................................. 10
2.3.10. Gases reais.................................................................................................... 11
2.4. Gases envolvidos no processo oxicombustível ................................................... 13
2.4.1. Gás Comburente .............................................................................................. 13
2.4.2. Gases Combustíveis ........................................................................................ 14
2.4.3. Fatores que influenciam no corte [5] ............................................................. 16
2.5. Combustão ................................................................................................................ 17
2.5.1. Chama Primária ................................................................................................ 18
2.5.2. Chama Secundária ........................................................................................... 19
2.5.3. Tipos de Chama................................................................................................ 20
2.6. Princípio do Processo de Oxicorte ........................................................................ 21
2.7. Problemas no corte oxicombustível ....................................................................... 23
2.7.1. Problemas de chama em maçaricos ............................................................. 23
2.7.2. Defeitos e descontinuidades no corte oxicombustível ................................ 23
viii
2.8. Normas ....................................................................................................................... 24
2.8.1. Norma NR 18 .................................................................................................... 24
2.8.2. Norma AWS C4.1-77 ....................................................................................... 25
2.9. Equipamentos ........................................................................................................... 26
2.9.1. Reguladores de Pressão ................................................................................. 26
2.9.2. Mangueiras para soldagem e corte ............................................................... 32
2.9.3. Instrumento de Medição de Vazão ................................................................ 35
2.9.4. Válvulas anti-retorno ........................................................................................ 38
2.9.5. Válvulas corta-chama ...................................................................................... 39
2.9.6. Maçarico de Corte ............................................................................................ 40
2.9.7. Bicos de Corte................................................................................................... 44
2.9.8. Dispositivos de Mecanização ......................................................................... 47
3. Procedimento Experimental ............................................................................................ 48
4. Resultados ......................................................................................................................... 54
5. Conclusão .......................................................................................................................... 60
Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 62
Apêndice A ................................................................................................................................ 64
Apêndice B ................................................................................................................................ 65
ix
1. Introdução
O corte de metais é uma operação utilizada na maioria das indústrias, seja para
construir ou para demolir. Na indústria de fabricação mecânica, grande parte das
construções soldadas são feitas de aço carbono e iniciam-se com o corte de uma
chapa. O êxito nesta etapa é crucial para aspectos seguintes da construção soldada,
como a qualidade, a velocidade de produção e o custo da junta produzida. Nos casos
onde a peça cortada é o produto final, a qualidade da superfície cortada é decisória
para definir se a peça deve ser retrabalhada ou não. Deste modo, o sucesso na etapa
de corte é crucial no início da cadeia de produção de diversas indústrias. Quando há
um retrabalho na etapa de corte, todo cronograma da produção sofre um atraso, uma
vez que os procedimentos de soldagem só tem início, após o êxito no corte.
Um dos projetos que pude executar como parte do estágio é o utilizado neste
trabalho, de forma a demonstrar a aplicação dos conceitos de engenharia ao processo
de corte oxicombustível.
1.2. Justificativa
A empresa onde o projeto foi realizado, está procurando alternativas ao gás
combustível acetileno, gás instável que para ser distribuído sob pressão necessita de
1
um cilindro específico para garantir a segurança do produto. Devido a este fato, o
custo do enchimento do cilindro de acetileno é elevado e o custo de distribuição,
considerando que a massa de gás contida por cilindro não pode ser alta, é elevado.
1.3. Relevância
A venda de gases para oxicorte representa, hoje, 25% dos novos negócios do
segmento de fabricação mecânica da empresa fornecedora de gás. O
desenvolvimento de uma gás combustível alternativo, com preço competitivo e
melhorias no processo de corte, representa um potencial de captação de novos
clientes e aprimoração do processo de corte dos clientes cativos da companhia.
1.4. Objetivo
O objetivo deste trabalho é avaliar o uso de uma mistura binária de gases
combustíveis provenientes da indústria de petróleo, sob o ponto de vista técnico,
avaliando a qualidade da superfíce cortada com a mistura combustível e sob o ponto
de vista econômico, avaliando os custos obtidos ao realizar o corte de chapas de aço
ao carbono. De modo a avaliar o uso da mistura combustível, uma comparação com
gases combustíveis já consolidados no mercado de corte oxicombustível foi feita.
2
de 65% e 35%, respectivamente, foi testada no corte de chapas de aço ao carbono.
Ambos os gases possuem uma pressão de vapor relativamente baixa, fazendo com
que esta mistura combustível possa ser comercializada na forma liquefeita em
cilindros de aço sem costura de baixa pressão, aumentando o volume de gás por
cilindro, diferente do acetileno que é comercializado apenas na forma gasosa em
cilindros que necessitam de massa porosa e solvente no seu interior para estabilizar a
molécula de acetileno.
1.6. Estrutura
O presente projeto está divido em 5 capítulos. O primeiro introduz o tema do projeto e
seus objetivos. O segundo explica, de maneira aprofundada, o processo de corte
oxicombustível. O terceiro aborda o procedimento experimental feito para o projeto em
questão. O quarto os resultados são apresentados e o estudo de viabilidade técnica e
econômica é realizado. No quinto capítulo as conclusões sobre o projeto são
apresentadas.
2. Revisão Bibliográfica
Todos os processos de corte são diferentes, mas isto não permite dizer que um
processo é superior à outro. Cada processo de corte foi desenvolvido para uma
aplicação específica, e consequentemente, ter o melhor desempenho nas
características da aplicação em questão.
3
O corte plasma surgiu na década de 50 como alternativa para os materiais que
não podiam ser cortados com o processo oxicombustível, como aços inoxidáveis,
alumínio e cobre. O processo de corte plasma é baseado em um arco elétrico constrito
que transfere calor para uma área localizada, fundindo o metal presente. Este metal
fundido é removido por um jato de gás ionizado com alta velocidade. Este processo é
limitado a materiais condutores elétricos [1,2].
4
2.2. Corte Oxicombustível
Dentre os processos de corte de materiais descritos acima, cada um apresenta
vantagens e desvantagens, de acordo com a aplicação utilizada. Cada processo tem
uma faixa de atuação ótima, quando se leva em consideração a espessura do corte
desejado, a velocidade de corte necessária e o acabamento superficial da área
cortada. Embora o conceito do processo de corte oxicombustível seja inalterável
(oxidação rápida do ferro), a evolução tecnológica dos materiais e dos processos de
fabricação tem resultado em inovações constantes dos equipamentos envolvidos
neste processo. Entre os processos descritos, o processo de corte oxicombustível
apresenta as seguintes vantagens [1]:
5
b) Portabilidade: Os equipamentos periféricos como os cilindros de gases
combustível e oxigênio, são pesados e de difícil manuseio, o que dificulta o
acesso a trabalho em altura ou posto de trabalho afastados dos cilindros.
𝑃 = 𝑓(𝑇, 𝑉, 𝑛)
2.3.2. Pressão
Ao falar de fluidos, a pressão pode ser definida como a componente normal da
força aplicada por unidade de área, onde em um fluido em repouso é igual em todas
as direções. Quanto maior for a força aplicada sobre uma área, maior será a pressão.
A origem da força exercida pelos gases sobre as paredes do recipiente que o contém,
é a sequência de colisões das moléculas contra as paredes do recipiente. As colisões
são tão numerosas que elas exercem uma força efetivamente constante, que se
manifesta como uma pressão constante [3,4].
𝛿𝐹𝑛
𝑃 = lim
𝛿𝐴→𝛿𝐴′ 𝛿𝐴
Onde:
P, é a pressão;
6
𝛿𝐴′, é uma área infinitesimal;
A unidade SI de pressão é o pascal (Pa), definido como 1 newton por metro quadrado.
1𝑃𝑎 = 1𝑁𝑚−2
1,019𝑥10−5 𝑘𝑔𝑓
1𝑃𝑎 =
𝑐𝑚2
Pressão atmosférica
Pressão manométrica
Pressão absoluta
7
𝑃𝐴𝐵𝑆 = 𝑃𝑀𝐴𝑁 + 𝑃𝐴𝑇𝑀
2.3.3. Temperatura
O conceito de temperatura provém de observações que mostram ser possível
uma alteração do estado físico de uma amostra quando dois corpos estão em contato
um com o outro. Se os dois corpos permanecerem em contato por algum tempo, eles
parecerão ter o mesmo grau de aquecimento ou resfriamento. A temperatura é a
propriedade que indica se dois corpos estariam em equilíbrio térmico se eles fossem
postos em contato através de uma fronteira termicamente condutora [3].
𝑃 𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑉
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑇
8
Figura 1 - Volume de um gás em um sistema fechado como função da temperatura à pressão
constante [6].
𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑥 𝑛
𝑃𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑡𝑒 𝑥 𝑛𝑇
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇
Esta é a equação dos gases perfeitos, ou equação dos gases ideais. É uma
equação de estado aproximada para qualquer gás e fica mais exata à medida que a
pressão do gás se aproxima de zero. Um gás que segue esta equação é denominada
gás perfeito, ou gás ideal.
9
2.3.9. Mistura de gases
O problema encontrado ao se tratar de uma mistura gasosa é a de determinar
a contribuição que cada componente da mistura traz para a pressão total da amostra.
A pressão parcial de um gás em uma mistura, é definida como [3]:
𝑝𝑖 = 𝑥𝑖 𝑝
Onde:
A fração molar pode ser definida como a fração entre o número de moles de
um gás presente em uma mistura gasosa e o número de moles total da mistura
gasosa [4].
𝑛𝑖
𝑥𝑖 =
𝑛
𝑥𝑎 + 𝑥𝑏 + 𝑥𝑐 + ⋯ + 𝑥𝑛 = 1
𝑝𝑎 + 𝑝𝑏 + 𝑝𝑐 + ⋯ + 𝑝𝑛 = (𝑥𝑎 + 𝑥𝑏 + 𝑥𝑐 + ⋯ + 𝑥𝑛 )𝑝 = 𝑝
Essa relação é válida tanto para gases perfeitos quanto para gases reais. A lei
de Dalton parte deste princípio e diz que [4]:
“A pressão exercida por uma mistura de gases é a soma das pressões parciais que
cada um dos componentes exerceria se ocupasse, sozinho, o volume total da mistura.”
Embora a relação entre a pressão parcial e a pressão total seja verdadeira para
todos os gases, a identificação da pressão parcial como sendo a pressão que o
próprio gás exerceria é valida apenas para um gás perfeito.
10
2.3.10. Gases reais
Os gases reais não obedecem exatamente à lei dos gases perfeitos. Os
desvios são particularmente importantes em pressões elevadas e em baixas
temperaturas, especialmente quando um gás está a ponto de se condensar em um
líquido [3].
Interações moleculares
Os gases reais exibem desvios em relação à lei dos gases perfeitos em virtude
das interações moleculares. As forças repulsivas entre as moleculas contribuem para
a expansão, e as forças atrativas para a compressão.
Fator de compressibilidade
𝑉 𝑉° 𝑉
𝑉𝑚 = 𝑛 𝑉𝑚° = 𝑛
𝑍 = 𝑉𝑚°
𝑚
Onde:
11
𝑛, é o número de moles de um gás;
𝑅𝑇
𝑉° =
𝑃
𝑅𝑇
𝑍=
𝑃𝑉𝑚°
𝑃𝑉𝑚 = 𝑅𝑇𝑍
𝑃 𝑇
𝑃𝑟 = 𝑃 𝑇𝑟 = 𝑇
𝑐 𝑐
Onde:
P, é a pressão absoluta;
12
Tr, é a temperatura reduzida;
T, é a temperatura;
13
oxigênio pode ser produzido de três maneiras diferentes: reação química, eletrólise da
água e liquefação do ar [5].
Elemento Oxigênio
Fórmula química O2
Peso molecular 32
Ponto de ebulição (°C) a 1 bar -182,97
Temperatura crítica (°C) -118,95
Densidade gasosa (kg/m³) nas CNTP 1,35
Densidade líquida (kg/m³) 1141,00
Densidade relativa ao ar (AR=1) a 15°C
1,11
e 1 bar
14
combustível. É um composto instável, sujeito a explosões quando se decompõe.
Experiências na indústria do acetileno indicam que pressões inferiores a 1,5kgf/cm2
são consideradas seguras. De modo a comprimir o acetileno em um cilindro para uso
industrial, um cilindro de acetileno tem no seu interior um solvente, usualmente a
acetona, que absorve em si o acetileno e uma massa porosa que permite a saída do
acetileno mas não da acetona. A reação de combustão completa do acetileno pode ser
descrita na equação abaixo:
𝐶2 𝐻2 + 2,5 𝑂2 → 2 𝐶𝑂2 + 𝐻2 𝑂
𝐶3 𝐻6 + 4,5 𝑂2 → 3 𝐶𝑂2 + 3 𝐻2 𝑂
𝐶3 𝐻8 + 5 𝑂2 → 3 𝐶𝑂2 + 4 𝐻2 𝑂
15
Gás Natural (CH4) [5]
𝐶𝐻4 + 2 𝑂2 → 𝐶𝑂2 + 2 𝐻2 𝑂
16
i) Limite de explosividade no ar: É a faixa percentual, em volume de um gás
que, misturado com ar nas CNTP, irá formar uma mistura inflamável.
Cada gás combustível tem propriedade distintas, mas não é possível afirmar
que um gás será sempre o melhor para todos os processos de corte. A tabela abaixo
mostra, baseada em procedimentos experimentais, a eficiência do gás ao realizar
diferentes tipos de corte oxicombustível.
2.5. Combustão
A combustão é um processo químico onde ocorre uma rápida reação
exotérmica entre um combustível e o comburente na presença de calor, gerando
dióxido de carbono e água. Para que a combustão ocorra, três elementos são
necessários [8]:
17
b) Combustível: Elemento que alimenta a combustão (Gás combustível);
Caso um dos três elementos não esteja presente, a reação de combustão não
se iniciará, ou uma vez iniciada, não terá continuidade.
18
2.5.2. Chama Secundária
É representada pela parte externa da chama oxicombustível, chamada de
envoltório. A chama secundária pode ser classificada em dois tipos: a chama no
interior e na borda da mesma. As duas tem como combustíveis os produtos da
equação de combustão da chama primária, porém o comburente na chama interior
continua sendo o oxigênio proveniente do maçarico de corte, enquanto na chama da
borda, o comburente é o oxigênio presente no ar atmosférico [1,7].
19
2.5.3. Tipos de Chama
Os tipos de chama no processo oxicombustível, dependem basicamente da
relação oxigênio/gás combustível, também conhecida como razão ar/combustível.
Chama Neutra
A chama neutra é de suma importância, pois ela serve como parâmetro para
que o operador regule as pressões para obter o tipo de chama desejada [8]. É usada
principalmente no processo de soldagem.
Chama oxidante
20
Figura 6 - Chama oxidante
21
No processo de oxicorte há cinco condições que devem ser respeitadas para
que o processo possa ocorrer [1]:
22
2.7. Problemas no corte oxicombustível
Engolimento de chama
Retrocesso de chama
23
abaixo mostra os principais defeitos e descontinuidades encontrados no processo de
oxicorte mecanizado e as causas mais prováveis para que ocorram.
2.8. Normas
2.8.1. Norma NR 18
No Brasil, para realizar operações de corte a quente, o ítem 18.11 da norma
regulamentória NR 18 deve ser respeitado. Abaixo é possível observar os ítens que
dizem respeito ao corte a quente [9].
24
NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. O item 18.11 desta Norma, trata dos cuidados
nas Operações de Soldagem e Corte a Quente, os quais estão descritos a seguir:
O item 18.26 desta Norma trata da Proteção contra Incêndio. Os ítens que
dizem respeito ao corte a quente, estão citados abaixo.
25
Planicidade, Linha de arraste, Rugosidade, Entalhe, Angularidade, Arredondamento da
borda superior e Escória.
2.9. Equipamentos
No processo de oxicorte, uma série de equipamentos é utilizada de maneira a
realizar o corte com eficiência e segurança. Aqui estão listados os equipamentos
utilizados na indústria e nos testes contidos neste trabalho.
26
que significa a habilidade de retornar para a pressão de saída ajustada, quando o fluxo
de gás for interrompido e inciado novamente. Mínima variação na pressão de saída,
causada pelo congelamento do gás na passagem pelo regulador, devido à altas
vazões. Durabilidade, com construção robusta, porém com peso reduzido, conforme
as normas de segurança, gerando uma boa resistência mesmo nas condições mais
adversas de trabalho. As conexões de entrada e de saída de um regulador de pressão
deve ser especificadas para cada gás e não podem ser intercambiáveis entre si. Os
manômetros de entrada e saída, devem ser adequados às pressões utilizadas. Os
reguladores de pressão devem ser limpos, evitando que resíduos penetrem seu
interior. Para o uso de oxigênio, os reguladores de pressão devem ser desengraxados
e desengordurados, pois o contato entre hidrocarbonetos e oxigênio podem gerar uma
explosão.
27
Os reguladores de pressão podem ser divididos em duas famílias, como
explicado abaixo:
28
Figura 11 Regulador de pressão tipo bocal [7]
Reguladores de pressão de Simples estágio podem ser tanto do tipo haste quanto do
tipo bocal, dependendo da faixa de vazão de saída desejada. Sua construção está
demonstrada nas Fig. 10 e Fig. 11.
29
Figura 12 Regulador de pressão duplo estágio[7]
30
Figura 13 Regulador de pressão pilotado [7]
31
Reguladores de pressão para posto são próprios para fontes de suprimento.
Sua aplicação principal se dá em redes onde a distribuição de gases ocorre por meio
de tubulações à pressão intermediária, entre as elevadas pressões dos cilindros e a
baixa pressão de trabalho, que exigiria uma tubulação de grande diâmetro.
32
uso indevido de uma mangueiras, elas geralmente são coloridas de acordo com o tipo
de gás a ser utilizado.
33
a) Grade R: Para uso com acetileno apenas. Tanto o tubo quanto o revestimento
não são resistentes à chama e à óleo.
b) Grade RM: Para uso com acetileno apenas. O tubo não é resistente à chamas
nem à óleo. O revestimento é resistente tanto à chamas quanto à óleo.
c) Grade T: Para uso com a maioria dos gases combustíveis. Tanto o tubo
quanto o revestimento são resistentes à chama e à óleo.
d) Tipo L: Tubo em linha simples, designado para serviços com carga leve
e) Tipo S: Tubo em linha simples, designado para serviços com carga
intermediária
f) Tipo H: Tubo em linha simples, designado para serviços com carga alta.
g) Tipo VD: Tubo em linha dupla vulcanizada (Geralmente utilizada em processos
de solda e corte oxicombustível)
Resistência à óleo
Resistência à chamas
34
Mangueiras resistentes à chama tem um tubo auto-extinguível e proteção interna e
externa contra a exposição a condições adversas como, o contato com escórias
quentes ou retrocesso de chama.
Figura 20 - Medidor de vazão de área variável. (a) Relação entre área e velocidade (b) Diagrama [15]
𝑃𝑓1 𝑉̅𝑓1
2
𝑃𝑓2 𝑉̅𝑓2
2
+ + 𝑔𝑧1 = + + 𝑔𝑧2
𝜌𝑓 2 𝜌𝑓 2
Onde:
36
Materiais utilizados
Conversão de valores
a) Gás Utilizado
b) Pressão atmosférica
c) Pressão manométrica do gás
d) Temperatura ambiente
e) Posição do flutuador na marcação do tubo.
Painel de Rotâmetro
37
2.9.4. Válvulas anti-retorno
A função das válvulas anti-retorno é impedir que o fluxo de gás se de na
direção inversa da desejada e podem ser instaladas na saída do regulador de pressão
ou na entrada do maçarico de corte [2].
38
2.9.5. Válvulas corta-chama
A função das válvulas corta-chama, é extinguir a chama proveniente do
problema de retrocesso de chama. Além de extinguir a chama proveniente do
retrocesso de chama, estas válvulas também previnem o retorno de fluxo de gases,
logo podem substituir as válvulas anti-retorno. De acordo com o modelo desejado as
válvulas corta-chama podem ser instaladas na entrada do maçarico de corte, ou
diretamente na mangueira de corte, sem exceder a distancia de um metro do maçarico
de corte [2].
39
1. Sentido normal de fluxo.
2. Retrocesso da chama.
3. Elemento sinterizado que extingue a chama proveniente do retrocesso.
4. Válvula de retenção que impede a reversão do fluxo de gás.
5. Pistão que é acionado pela contrapressão do retrocesso, bloqueando o fluxo
normal.
40
Figura 26 - Maçarico tipo Injetor [8]
41
Figura 28 - Maçarico com Mistura no Bico [7]
Dentre os maçaricos destinados para corte, ainda é possível dividi-los em dois tipos.
42
Figura 29 - Maçarico de corte manual [2]
43
Figura 30 - Maçarico de corte mecanizado [2]
44
O processo de corte oxicombustível exige precisão na regulagem de oxigênio,
pois com pouco oxigênio no jato de corte, os óxidos não são formados e o corte fica
incompleto, enquanto um excesso de oxigênio o metal é resfriado, interrompendo o
prosseguimento do corte. Deste modo, o bico de corte deve ser dimensionado para
atender a um determinado tipo de trabalho e a uma faixa específica de espessura a
ser cortada. A escolha inadequada do bico de corte compromete a qualidade de corte
e aumenta o custo de produção. Os seguintes fatores devem ser levados em
consideração na escolha do bico de corte: O material, a espessura a ser cortada, o
gás combustível, o maçarico de corte e o tipo de trabalho [1].
Os bicos de corte, podem ser divididos quanto ao jato de corte em dois tipos:
45
Bico de Corte de Alta Velocidade
Bicos de corte para corte mecanizados, onde se requer uma maior velocidade
de corte. Opera com pressões de oxigênio de corte na faixa de 6 a 8 kgf/cm 2. O
formato do orifício de saída do jato de corte apresenta um perfil convergente-
divergente, que possibilita que o jato atinja velocidade supersônica. Neste tipo de bico
de corte, a expansão dos gases é feita dentro do canal divergente, fazendo com que o
jato de corte não se expanda na saída do orifício, resultando em sangrias de menor
dimensão quando comparado com o bico de corte convencional. Possui um aumento
de velocidade de até 30% em relação ao bico de corte convencional [7,8].
Bico 3 sedes
46
Figura 34 - Bico de corte de 3 Sedes [8]
47
1000mm/min, proporcionando uma ampla gama de espessuras de chapa onde o corte
é necessário [20].
Por ter seu corpo e grande parte de seus componentes construído em liga
especial de alumínio, a MC-46 é uma máquina leve e resistente à corrosão. Além
disso, por ter sua carcaça polida externamente, este dispositivo permite uma maior
refração do calor proveniente do corte, garantindo um maior rendimento e durabilidade
da máquina [20].
3. Procedimento Experimental
O procedimento experimental consiste em um comparativo nas mesmas
condições do processo de corte oxicombustível utilizando como gás combustível o
acetileno e a mistura combustível em questão. Os cortes foram realizado em uma
chapa de aço ao carbono com 19,05mm (3/4”) com 300mm de comprimento. Um total
de quarto cortes, com um intervalo de 20mm de distância por corte, foi realizado por
gás combustível, para reduzir a influência do operador de corte. A distância entre o
bico de corte e a peça a ser cortada foi mantida constante, com o valor de 12,7mm
(1/2”).
48
Figura 36 - Distribuidor de gases
49
Figura 37 - Teste de estanqueidade com espuma de sabão neutro
Com o maçarico aceso, a chama foi regulada de maneira a obter uma chama
levemente oxidante. Com a chama regulada o processo de corte foi realizado.
50
Figura 38 - Montagem do procedimento experimental com acetileno
Para a realização dos corte com a mistura combustível proposta, após os corte
com o gás acetileno, foi aguardado um período de tempo para que a chapa de aço ao
carbono retornasse à temperatura ambiente, para reproduzir os cortes com as
mesmas condições. O bico de corte foi substituído por um bico da Koike 106 número
2, bipartido, convencional e de três sedes, projetado originalmente para o uso com
GLP. A escolha deste bico se deu pelo fato da mistura combustível utilizada ser
composta por gases mais parecidos com os gases do GLP, se comparado com os
outros gases combustíveis.
PRESSÃO
(kg/cm2)
Oxigênio Gás Comb.
3,0 0,25
51
com a mistura proposta. Após realização do teste de estanqueidade, a chama oxidante
foi ajustada, de acordo com os parâmetros mostrados na tabela acima.
f) Comprimento do corte
52
Figura 40 - Painel de rotâmetros
𝑚𝑚 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 ( )=
min 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 − 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑟é − 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
3
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 (𝑚3 ) = 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 (𝑚 ⁄ℎ) ∗ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 (ℎ)
53
𝐴𝑟 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑂2
𝑅𝑎𝑧ã𝑜 =
𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐺á𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙
4. Resultados
Os dados obtidos nos testes realizados podem ser observados nas Tabelas A1,
A2, A3 e A4, no Apêndice A. De maneira a minimizar os erros no procedimento
experimental, a média dos valores foi utilizada, como pode ser vista nas tabelas
abaixo:
0,578
ACETILENO 7,1325 51,055 1,196 300 409,81
4,153
0,26065
MISTURA
9,88 55,955 1,554 300 390,67
PROPOSTA
3,655
54
Tabela 9 - c) Dados do processo de corte oxicombustível
Razão
Consumo
Consumo Total de Razão Ar/Combustível
CP Total de O2
Combustível (m³) Ar/Combustível na chama
(m³)
primária
MISTURA
0,0709 0,0044 16,2987 5,4815
PROPOSTA
55
propileno, na entrada de dados do software de correção de vazão. Os valores de
vazão corrigida podem ser observados no apêndice B.
É possível observar nas tabelas 6, 7 e 8 que o corte com o acetileno como gás
combustível, apresenta um menor tempo de pré-aquecimento, fator que já era
esperado, visto que o acetileno apresenta uma temperatura de chama mais alta que o
propano e o propileno, conforme ilustrado na tabela 2. O corte utilizando o acetileno
também apresentou uma velocidade de corte 5% acima da mistura combustível
proposta. Em relação ao consumo de oxigênio, o corte com acetileno apresentou um
consumo aproximadamente 4,7% inferior à mistura proposta, o que já era esperado,
visto que a combustão do acetileno demanda menos oxigênio do que a do propano e
do propileno. Em contrapartida o consumo de gás combustível ao realizar o corte com
o acetileno foi aproximadamente 88% superior ao corte com a mistura proposta, fato
que ajuda a sustentar a viabilidade financeira do uso da mistura proposta.
56
Os dados obtidos no procedimento experimental indicam a viabilidade técnica
da realização do processo de corte oxicombustível utilizando a mistura proposta. Para
a análise de viabilidade financeira do uso da mistura entre propano e propileno no
corte oxicombustível, foram considerados todos os custos do processo para realizar
um corte de 1 metro, em uma chapa de 19,05mm (3/4”) de espessura. O preço dos
gases utilizados, foi obtido com uma empresa fornecedora de gases industriais.
𝑅$
𝑅$ 𝑆𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 ( ) ∗ 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐸𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠
𝑚ê𝑠
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 ( ) =
ℎ ℎ
𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚ê𝑠 ( )
𝑚ê𝑠
57
comercializados na forma liquefeita, foram obtidos os valores de R$16,00 e R$13,00,
respectivamente. De modo a converter o valor do preço médio do acetileno para metro
cúbico, a densidade do gás a 15°C e 1bar foi utilizada, conforme a tabela 2. O custo
do corte de 1 metro utilizando o acetileno como gás combustível pode ser observado
na tabela abaixo:
𝑅$
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑔á𝑠 ( )
𝑚
1,0
= 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑜 𝑔á𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 300𝑚𝑚(𝑚3 ) ∗ 𝑚
0,3
𝑅$
∗ 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑜 𝑔á𝑠 ( )
𝑚3
𝑅$ 𝑚𝑖𝑛
𝑅$ 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 ( ) ∗ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒 ( 𝑚 )
ℎ
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 ( ) =
𝑚 𝑚𝑖𝑛
60 ( )
ℎ
A partir dos custos dos gases envolvidos e do operador de corte, o custo total
para realizar um corte de um metro pôde ser calculado:
58
𝑅$
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ( )
𝑚
𝑅$ 𝑅$
= 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐺á𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 ( ) + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐺á𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 ( )
𝑚 𝑚
𝑅$
+ 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 ( )
𝑚
𝑅$
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 ( )
𝑚3
𝑅$ 𝑅$ 𝑅$
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ( 𝑚 ) − 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐺á𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 ( 𝑚 ) − 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟( 𝑚 )
=
𝑚3
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐺á𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙 ( 𝑚 )
𝑚3
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑀𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 ( )
𝑘𝑔
𝑚3
= 0,65 ∗ 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑎𝑛𝑜 ( ) + 0,35
𝑘𝑔
𝑚3
∗ 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑖𝑙𝑒𝑛𝑜 ( )
𝑘𝑔
59
Preço de equilíbrio Gás
3 R$ 33,87
Combustível (R$/m )
Preço de equilíbrio Gás
R$ 18,41
Combustível (R$/kg)
Isto indica que caso o preço do barril continue aumentando, o preço de venda
da mistura proposta subirá, afetando a viabilidade econômica do estudo em questão.
5. Conclusão
O presente projeto analisou de maneira técnica, sob aspectos visuais e
operacionais, e financeira, analisando o custo total do processo de corte
oxicombustível, a utilização de uma mistura combustível composta por propano (65%)
60
e propileno (35%), comparando a mistura proposta com o acetileno, principal gás
utilizado no processo de corte oxicombustível no mercado brasileiro.
61
Referências Bibliográficas
[1] Pinto Ramalho, José. Oxicorte: Estudo da tranferência de calor e modelamento por
redes neurais articiais de variáveis do processo. Tese de D.Sc., Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais,
São Paulo, 2008.
[2] White Martins Gases Industriais Ltda, Processo de corte térmico STARCUT,
relatório interno, Rio de Janeiro, 2002.
[6] PROENC INSTITUTO DE QUÍMICA. Pressão - a lei dos gases. Disponível em:
<http://www.proenc.iq.unesp.br/index.php/quimica/199-leis-dos-gases>. Acesso em: 22
jan. 2017.
[7] White Martins Gases Industriais Ltda, Treinamento CFG Produtos Industriais,
relatório interno, Rio de Janeiro, 1999.
[11] HBD THERMOID INC. Welding hose technical information. Disponível em:
<http://www.hbdthermoid.com/images/chemical_resistance_chart.pdf>. Acesso em: 26
nov. 2016.
62
[14] Miller, R. W.,Flow Measurement Engineering Handbook, 3rd ed. New York,
USA: McGraw–Hill, 1996.
[20] White Martins Gases Industriais Ltda, Manual técnico MC-46, manual técnico,
Rio de Janeiro, 1999.
[21] INDEX MUNDI. Petróleo bruto Preço Mensal - Real brasileiro por Barril.
Disponível em: <http://www.indexmundi.com/pt/pre%E7os-de-
mercado/?mercadoria=petr%C3%B3leo-bruto&meses=12&moeda=brl >. Acesso em:
06 mar. 2017.
63
Apêndice A
Tabela A 1 - Dados do corte com acetileno
Tempo
Bico de Chapa Pressão Leitura 1º flutuador Leitura 2º flutuador Tempo Vazão Corrigida
CP Nº Bico Rotâmetro Pré - Aquecimento
corte (mm) (Kgf/cm²) (mm) (mm) Total (s) Acetileno (m³/h)
(s)
0,4 Comb. 5
5 KOIKE 106 2 3/4" 3,2 O2 Pré 13 9,78 57,76
2,6 O2 Corte 33
0,4 Comb. 5
6 KOIKE 106 2 3/4" 3,2 O2 Pré 13 9,98 54,15
2,6 O2 Corte 33
0,4 Comb. 4,2
7 KOIKE 106 2 3/4" 3,2 O2 Pré 13 18,13 60,36
2,6 O2 Corte 33
0,4 Comb. 4,2
8 KOIKE 106 2 3/4" 3,2 O2 Pré 13 19,04 65,32
2,6 O2 Corte 33
0,4 Comb. 5
MÉDIA KOIKE 106 2 3/4" 3,2 O2 Pré 13 9,88 55,955
2,6 O2 Corte 33
64
Tabela A 4 - Dados do corte com a mistura combustível
Vazão Corrigida Razão
Vazão Corrigida Vazão Corrigida Comprimento do Velocidade de Consumo Total Consumo Total de Razão
CP Ponderada Ar/Combustível na
Propano (m³/h) Propileno (m³/h) Corte (mm) Corte (mm/min) de O2 (m³) Combustível (m³) Ar/Combustível
(m³/h) chama primária
Apêndice B
65
Figura B 3- Resultado do software de correção de vazão
66
Figura B 6- Resultado do software de correção de vazão
67