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Ambiental
Profª Adriana Ferreira Barbosa
Profª Ms Denise Moreira dos Santos
Profª Drª Joana D’Arc Felix de Sousa
Profª Magali Canhamero
Profª Sandra R. Palmieri
para que a oferta pública de ensino técnico em São Paulo cresça com a
qualidade atual e possa contribuir para o desenvolvimento econômico e
social do estado e, consequentemente do país.
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Diretora Superintendente
Laura Laganá
Vice-Diretor Superintendente
César Silva
Coordenadora da Pós-Graduação,
Extensão e Pesquisa
Helena Gemignani Peterossi
Coordenador de Infraestrutura
Rubens Goldman
Assessora de Comunicação
Gleise Santa Clara
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Introdução
Este trabalho é o resultado de um compilamento de uma série de
experimentos cedidos por professores das Escolas Técnicas que oferecem
os Cursos de Habilitações Técnicas em Química e Meio Ambiente rm
regiões diferentes do Estado de São Paulo. Foram solicitadas, a essas Etecs,
sugestões de Boas Práticas utilizadas no laboratório de Química Ambiental.
O trabalho foi dividido em 4 partes:
3ª - Análises Químicas
Parte 1
» O laboratório é um lugar de trabalho, onde a imprudência e desatenção
podem causar acidentes graves. Por isso, existem algumas normas básicas
para que os alunos trabalhem sempre com atenção, método, calma e,
acima de tudo, segurança;
» Consulte seu Professor cada vez que estiver em dúvida sobre como
trabalhar com um equipamento (vidraria ou aparelhagem) ou notar algo
anormal ou imprevisto;
» Comunique ao professor qualquer acidente, por menor que seja;
» Não coma e nem chupe balas durante a realização de um experimento.
Evite levar as mãos à boca ou ao rosto enquanto estiver trabalhando;
» Não coloque nenhuma substância na boca;
» Não use frascos para beber nenhum líquido, mesmo que você tenha
certeza absoluta de sua limpeza;
» Não cheire substância alguma. Desloque os vapores emitidos com a
mão, para que você possa sentir os odores, sem perigo de intoxicação;
» Evite contato prolongado da pele com qualquer substância. Seja
particularmente cuidadoso quando manusear substâncias corrosivas,
chama;
» Observe com atenção as técnicas de aquecimento de líquidos. Nunca
olhe diretamente nem aproxime seu rosto em demasia de algum frasco
contendo líquidos em aquecimento;
» Não abra nenhum frasco e nem toque neles sem a devida ordem do
professor;
» procure solucionar suas dúvidas antes de começar o trabalho, lendo
atentamente o roteiro e organizando os produtos e vidrarias.
» utilize sempre seu equipamento de proteção individual para sua
segurança.
9
BALÃO DE FUNDO CHATO
Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou
BALÃO VOLUMÉTRICO
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções
em laboratório.
BECKER
É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre
soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de
precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a TELA
DE AMIANTO
BURETA
Aparelho utilizado em análises volumétricas.
CADINHO
Peça, geralmente de porcelana, cuja utilidade é aquecer
substâncias a seco e com grande intensidade, por isso pode ser
levado diretamente ao BICO DE BÜNSEN.
CÁPSULA DE PORCELANA
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções.
ERLENMEYER
Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver
10 substâncias e proceder a reações entre soluções
Práticas de Química Ambiental
CONDENSADOR
Utilizado na destilação, sua finalidade é condensar vapores
gerados pelo aquecimento de líquidos.
DESSECADOR
Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice
de umidade.
FUNIL DE BUCHNER
Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de
FILTRO em conjunto com o KITASSATO
FUNIL DE SEPARAÇÃO
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração
líquido/líquido.
KITASSATO
Utilizado em conjunto com o FUNIL DE BUCHNER em
FILTRAÇÕES a vácuo.
PIPETA GRADUADA
Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis.
Não pode ser aquecida. 11
TUBO DE ENSAIO
Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente
em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos
circulares e com cuidado diretamente sob a chama do BICO DE
BÜNSEN. FOTO.
VIDRO DE RELÓGIO
Peça de Vidro de forma côncava é usada em análises e
evaporações. Não pode ser aquecida diretamente.
OUTROS EQUIPAMENTOS
ANEL OU ARGOLA
Usado como suporte do funil na filtração.
BICO DE BÜNSEN
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas
contemporaneamente tem sido substituído pelas MANTAS E
CHAPAS DE AQUECIMENTO.
12
ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO
É usada para suporte de TUBOS DE ENSAIO.
Práticas de Química Ambiental
PINÇA DE MADEIRA
Usada para prender o TUBO DE ENSAIO durante o aquecimento.
ANEL OU ARGOLA
Usado como suporte do funil na filtração.
PINÇA METÁLICA
Usada para manipular objetos aquecidos.
PISSETA OU FRASCO LAVADOR
Usada para lavagens de materiais ou recipientes com jatos de
água, álcool ou outros solventes.
TELA DE AMIANTO
Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é
distribuir uniformemente o calor recebido pelo BICO DE BÜNSEN.
SUPORTE UNIVERSAL
Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para
Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também
para sustentar peças em geral.
TRIPÉ
Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias
diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a TELA DE
13
AMIANTO.
14
Práticas
Experimentais
(solo e água)
Parte 2
Aula Prática nº 1
Água dura
Objetivo:
Material necessário:
» amostra de cloreto de sódio
» amostra de cloreto de cálcio
» amostra de cloreto de magnésio
» amostra de nitrato de potássio
» amostra de sulfato de sódio
» amostra de sulfato de ferro (II)
» amostra de sulfato de magnésio
16 » água destilada
» solução de sabão ou sabonete, feita com 10 g de sabão comum, de coco
Práticas de Química Ambiental
Procedimento:
1. Colocar em cada um dos tubos de ensaio cerca de 2 ml de água destilada.
2. Numerar os tubos de 1 a 7.
3. Adicionar a cada um deles, separadamente:
» Tubo 1: 20 mg de cloreto de sódio
» Tubo 2: 20 mg de cloreto de magnésio
» Tubo 3: 20 mg de nitrato de potássio
» Tubo 4: 20 mg de sulfato de sódio
» Tubo 5: 20 mg de sulfato de ferro (II)
» Tubo 6: 20 mg de sulfato de magnésio
» Tubo 7: 20 mg de cloreto de cálcio
4. Agitar cada tubo até dissolver bem as amostras de cada tubo.
5. Adicionar a cada tubo o mesmo volume da solução de água com sabão.
Agitar bem.
7. Determinar quais sais e íons são responsáveis pela não formação de espuma.
Comentários:
A água é conhecida como solvente universal por dissolver com facilidade
muitos compostos inorgânicos e orgânicos.
A água natural, que chega a nossas torneiras, é uma solução composta de
pequenas quantidades de diversos minerais, dissolvidos durante a sua
passagem pelo solo. Essas substâncias, geralmente sais, não são prejudiciais
aos usos domésticos da água.
Certos sais, no entanto, quando dissolvidos em água, evitam a formação
de espuma ao se adicionar o sabão. Essa água é chamada “água dura”, e
“dureza”, a sua característica de não formar espuma (não dissolver o sabão)
isto é, não servir adequadamente para a limpeza.
na água.
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Objetivo:
»
» Relacionar as ocorrências da contaminação com as carências do solo.
»
Material necessário:
»
» Gral com pistilo.
» Funil de vidro
»
» 3 tubos de ensaio
» Solução de ácido clorídrico 0,1 M
18 » Solução de hidróxido de sódio 0,1M.
» Papel indicador de pH
Práticas de Química Ambiental
Procedimento:
» Macere as pétalas (uma única amostra) em água.
»
» Coloque o extrato obtido em três diferentes tubos de ensaio.
» Num deles, acrescente lentamente gotas do ácido e, no outro, hidróxido
de sódio. O terceiro tubo funcionará como controle.
» Observe as alterações da coloração decorrentes da mudança de pH.
» Faça a leitura dos valores de pH.
Questões:
1. Por que ocorre alteração da coloração em presença das duas substâncias
químicas utilizadas?
2. Como essa reação pode ser observada na natureza?
3. Elabore uma tabela com os resultados das leituras obtidas de pH.
4. O que pode ser feito para resolver esses problemas de acidez ou
alcalinidade do solo?
5. Escolha uma cultura e pesquise sobre o pH do solo ideal para a mesma.
Aula Prática nº 3
Uso e Ocupação de Solo
Perfil hipotético
PERFIL HIPOTÉTICO 19
B Máxima concentração de
argila
Transição
C
Material pouco afetado pelos
Rocha
organismos
ROCHAS
Rochas
Símbolo O = horizonte orgânico, onde se encontra a terra vegetal.
Símbolo A = camada mineral, acúmulo de matéria orgânica em decomposição.
Símbolo B = situa-se abaixo do nível A desde que não sujeita à erosão.
Símbolo C = Zona de transição para a rocha, tem características mais
próximas ao material do qual o solo começou a se formar.
Aula Prática nº4
Reconhecer os principais componentes do solo
Comentário:
Morfologia do solo
Cor:
É a característica mais notada. Muitos nomes populares são dados em função
da sua respectiva cor. Solos escuros, por exemplo, indicam altos teores de
restos orgânicos decompostos. A cor vermelha está relacionada a solos com
altos teores de óxido de ferro, tons cinza indicam solos que têm excesso de
água (baixa capacidade de drenagem).
Pedras Ø > 20 mm
Cascalho 20 mm <=Ø< 2 mm
Areia 2 mm<= Ø < 0,02 mm
Silte 0,02 mm <= Ø < 0,002 mm
Argila Ø<= 0,002 mm
0,2 – 0,02 mm.
O termo textura refere-se à proporção relativa das frações areia, silte e argila
em um solo. Um horizonte é constituído de uma combinação dessas três
frações.
(argila e silte).
Tato: o solo úmido é amassado entre os dedos, os solos argilosos apresentam-
se pastosos (plástico). 21
Observação do solo:
1. Observar o solo em diferentes locais e recolher amostras em sacos
plásticos, rotulá-los e levá-los até a classe. Pode ser escolhido o solo do
jardim da escola, de um terreno baldio, de uma horta, ou seja, de locais
com solos aparentemente bem distintos. Com auxílio da pá ou da colher,
recolher amostras do solo (aproximadamente meio saquinho). Marcar com
um pouco das amostras num pires, ou vidro. Usar uma lupa pode facilitar a
observação. Orientação: Procure observar e listar semelhanças e diferenças
entre amostras quanto à cor, textura, consistência e presença de organismos. 23
As partículas do solo estão em contato umas com as outras, ou seja, aderidas,
Questões:
24
1. Qual o volume aproximado que cada solo reteve?
Práticas de Química Ambiental
los?
Práticas
experimentais
(água e poluentes
atmosféricos)
Parte 3
Aula Prática nº 7
Teste de Jarro
Objetivo:
Reagentes e Vidrarias
8 grades para tubo de ensaio;
80 Tubos de ensaios de 20 mL;
Hidróxido de sódio
Carbonato de Sódio
Hidróxido de cálcio
Procedimento
» Colocar uma grade e colocar 10 tubos de ensaio de 20 mL, adicionar 10
»
»
experimentos.
» Fazer os cálculos de acordo com exemplo abaixo dos gastos para a
melhor receita.
» Executar o trabalho com a sala de aula dividindo em grupos, de forma
sala de aula.
2
a 2,5 %(m/v) 27
12 gotas em 10 mL
Tubo 1
Tubo 2
Tubo 3
Tubo 4
Tubo 5
Tubo 6
Tubo 7
Tubo 8
Tubo 9
Tubo 10
28
Práticas de Química Ambiental
Aula Prática nº 8
Determinação de pH.
Objetivo:
Medir o pH das soluções nas amostras.
Reagentes e vidraria:
» 3 béqueres de 150 mL
» 1 pisseta
» Potenciômetro (peagâmetro)
» Papel absorvente 29
» Águas diversas
Amostras
Água Deionizada
Água da Torneira
Aula Prática nº 9
Determinação da Condutividade
Reagentes e vidraria
» 3 béqueres de 150 mL
» 1 pisseta
» 1 aparelho de condutivimetro
» Papel absorvente
» Águas diversas
Procedimento:
» Ligar o aparelho deixar por 10 minutos ligados.
» Executar o procedimento de calibração de acordo com as informações
do equipamento.
» Fazer a leitura da condutividade em sµ /cm.
» Fazer a leitura de sólidos totais dissolvidos STD
» Lavar o eletrodo com água deionizada e secar com papel absorvente
macio.
» Medir a condutividade e STD das amostras.
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Objetivo:
Determinar a acidez presente em águas, principalmente as industriais.
Reagentes e Vidrarias:
» 2 erlenmeyer 250 mL
» 1provetas graduadas de 100 mL
32 » 2 béqueres de 50 mL
» 1 pisseta
Práticas de Química Ambiental
» 1 suporte de bureta
» 1 bureta
» 1 funil
» Hidróxido de sódio 0,01 N
» Fenolftaleína
Procedimento:
» Colocar no erlenmeyer (de 250 mL) 100 mL da amostra de água,
medidos em uma proveta.
» Juntar 3 a 4 gotas de Fenolftaleína.
» Titular com hidróxido de sódio 0,01 N até viragem ao róseo, permanente
por 30 segundos no mínimo.
Observação:
relação a este indicador é nula.
33
Resultado da
Alcalinidade
titulação
F=0 0 0 T
F = ½.T 0 2.F 0
F=T T 0 0
OBS:F = Volume gasto na titulação da alcalinidade a fenolfetaleina
M = Volume gasto na titulação da alcalinidade a alaranjado de metila
T = Volume total = F + M
Objetivo:
Determinar a quantidade de bicarbonato ou carbonato presente nas águas.
Reagentes e Vidrarias:
» 2 erlenmeyer de 250 mL
» 2 provetas de 100 mL
» 1 bureta de 25 mL ou 50 mL
» 1 suporte da bureta
» 1 funil
» 1 béquer de 50 mL
» 1 tubo de ensaio
» Ácido sulfúrico 0,02 N
» Solução indicadora da Fenolftaleína
» Solução indicadora de alaranjado de metila ou vermelho de metila
» Solução tiossulfato de sódio 0,1 N
Procedimento:
» Adicionar 100 mL de amostra da água em um erlenmeyer de 250 mL e
junte 3 gotas de Fenolftaleína.
» Titular com H2SO4 0,02 N viragem de rosa para incolor.
» Continuar a titulação adicionar 3 gotas de alaranjado de metila ou
vermelho de metila até viragem de amarelado para levemente alaranjado.
» Fazer uma prova em branco com água destilada da mesma maneira
que amostra.
» Anotar os volumes gastos nas análises das amostras de água e do teste
em branco e faça os cálculos.
Cálculos:
ppm ou mg/L de CaCO3 = [V(mL) amostra -V (mL) branco]. N. fc.E (CaCO3). 1000/100
Determinação de Dureza
pureza.
Objetivo:
Determinar a quantidade de carbonato de cálcio e magnésio presente nas
amostras.
Reagentes e Vidrarias:
» 2 erlenmeyer de 250 mL
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» 2 provetas de 100 mL
» 1 bureta de 25 mL ou 50 mL
Práticas de Química Ambiental
» 1 suporte da bureta
» 1 funil
» 1 béquer de 50 mL
» 1 tubo de ensaio
» EDTA 0,01 M
» Solução de NaOH 1,0 mol/L
» Indicador mistura de Negro de Eriocromo em sal.
» Indicador mistura de murexida em sal
» Solução tampão de pH 10
2. Determinação do Ca2+
a) Pipetar 100 mL da água a ser analisada num erlenmeyer de 250 mL.
Adicionar 2 mL de solução NaOH 1,0 mol/L, para elevar o pH entre 12 e 13,
testando com o papel indicador universal ou pHmetro.
b) Adicionar 0,1 a 0,2 g do indicador (Mistura de murexida com sal) à
amostra e agitar até completa dissolução.
c) Titular lentamente com a solução de EDTA 0,01 mol/L com agitação
constante até mudança da coloração de róseo para púrpura (observar a
primeira alteração de cor e se for preciso adicionar mais uma gota de EDTA).
d) Anotar o volume gasto e repetir o procedimento com uma nova alíquota
da amostra. 39
Cálcio tem equivalente igual á 40,08 u
3. Determinação de Mg2+
O Mg2+ é determinado por meio da diferença dos volumes de EDTA gastos
nas titulações 1 e 2 (dureza total e a de Ca2+)
Preparação do Indicador:
Misturar 0,5 g de negro eriocromo a 100 g de cloreto de sódio PA,
homogeneizar no almofariz, e armazenar em frasco de plástico escuro.
Preparação do Indicador: 41
Pesar 0,2 g de murexida e misture com 100 g de cloreto de sódio PA,
Objetivo:
Determinar a quantidade de matéria seca na amostra.
Reagentes e Vidrarias:
» 1 Balança analítica
» 1 Proveta de 100 mL
» 1 Béquer de 500 mL
» 1 capsula de porcelana
» 1 Bico de Bunsen
» 1 Estufa de secagem á 110ºC
»
42
» 1 Dessecador
Práticas de Química Ambiental
Procedimento:
Em um béquer de 300 mL ou cápsula de porcelana de 300 mL, previamente
tarado em balança analítica, coloque 100 mL da amostra de água, repita
a operação até completar 500 mL, evaporar em bico de Bunsen até quase
secura. Depois coloque em estufa até peso constante. Resfriar em dessecador
e pesar o béquer ou cápsula de porcelana.
43
Método:
Método do Cone de Imhoff
Objetivo:
Determinar o teor de sólidos sedimentáveis em amostras de águas
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residuárias, através do método do Cone de Imhoff.
Práticas de Química Ambiental
Reagentes e Vidraria
» 1 Cone de Imhoff de 1000 mL
» 1 bastão de vidro
» Água destilada
» Suporte
» Garra
» 1 frasco coletor esterilizado
» Amostra em teste
Procedimento
a) Transferir a amostra homogeneizada para o Cone de Imhoff até a marca
de 1000 mL.
b) Deixar decantar por 45 minutos.
c) Após este tempo, deslocar delicadamente as partículas aderidas á parede
do Cone através de movimentos circulares com um bastão de vidro.
d) Deixar decantar por mais 15 minutos.
e) Fazer a leitura do material sedimentado, em mL.
Resultados:
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que é simples determinar a quantidade de oxigênio no ar a partir de uma
experiência, na qual deixaremos um pedaço de palha de aço oxidar-se
Práticas de Química Ambiental
Objetivo:
Determinar a porcentagem de oxigênio presente na composição do ar.
Material:
» Béquer de 400ml
» Béquer de 150ml
» Proveta de 100ml
» Recipiente plástico
» Bastão de vidro
» Palha de aço
» Gancho para a retirada da palha de aço da proveta
» Régua milimetrada
Procedimento:
Antes de começar seu experimento, coloque água no béquer de 400ml, cerca
de um pouco mais que a metade, pois precisará mais tarde.
3. Montagem do Kit
Após transcorrido cerca de 1min, retirar a palha de aço do banho, tirar o
excesso de vinagre (espremendo a palha de aço), coloque-a no fundo da
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proveta, com o auxílio do bastão de vidro e rapidamente inserir(com a boca
do tubo virada para baixo) este sistema no béquer de 400ml contendo água,
48
Práticas de Química Ambiental
Identificação
e análise de
Substâncias tóxicas
em resíduos
Parte 4
Abaixo são descritas algumas análises a serem realizadas nas amostras dos
1 – Determinação do pH
O objetivo desta análise é determinar o pH da amostra através do
método eletrométrico. O pH (potencial hidrogeniônico) é o cologaritmo
da concentração de íons hidrogênio (H+) de uma solução. É o índice que
Aparelhagens/Vidrarias:
» copo de béquer de 100 mL;
» aparelho medidor de pH (pHmetro);
» frasco lavador.
Reagentes:
» soluções tampão de pH 4,0; 7,0 e 9,0;
50 » água destilada.
Práticas de Química Ambiental
Procedimento:
» ligar o pHmetro e aguardar de 15 a 30 minutos;
» calibrar o pHmetro - para calibração do aparelho, utilizam-se duas
soluções tampão de valores de pH diferentes. A primeira calibração deve
ser realizada com uma solução tampão de pH 7,0; a segunda calibração
deve ser realizada com uma solução tampão de valor de pH, tal que o
valor de pH da amostra seja intermediário ao das soluções;
» lavar os eletrodos com água destilada e secá-los suavemente com
papel absorvente;
» mergulhar os eletrodos na amostra; caso o aparelho não tenha
compensador de temperatura automático, essa deve ser ajustada;
» agitar ligeiramente a amostra, aguardar o aparelho estabilizar e fazer
a leitura do pH com precisão de duas casas decimais.
2 – Determinação de Cloretos
O objetivo desta análise é determinar a concentração de cloretos da amostra
através da titulação com nitrato de prata (CLAAS e MAIA, 1994, MORITA,
1972).
Aparelhagens/Vidrarias:
» bureta de 25 mL;
» haste de metal;
» pinça para bureta;
» frasco de erlenmeyer de 250 mL;
» pipeta volumétrica de 10 mL;
» pipeta graduada de 10 mL
Reagentes:
» solução de cromato de potássio 5 % (K2CrO4); (1)
» solução de nitrato de prata (AgNO3) 0,1 N. (2)
Procedimento:
» pipetar 10 mL da amostra e colocar em um frasco de erlenmeyer;
» adicionar 1,0 mL de cromato de potássio;
» titular com nitrato de prata 0,1 N até a coloração vermelho tijolo.
Aparelhagens/Vidrarias:
» proveta de 500 mL;
» conjunto de destilação Kjeldahl;
» frasco de erlenmeyer de 500 mL;
» bureta de 50 mL;
» pipetas de 10 mL;
» medidor de pH.
Reagentes:
» água deionizada;
» solução tampão de fosfato 0,5 N; (3)
» solução de carbonato de sódio (NaCO3) 0,02 N; (4)
» solução de ácido sulfúrico (H2SO4) 0,02 N; (7), (5;4;6)
» indicador misto; (10), (8; 9)
» solução indicadora de ácido bórico (H3BO3); (11), (10)
» papel pH.
Procedimento:
» medir o mais precisamente possível 200 mL da amostra;
» neutralizar a pH 7,0 e adicionar 25 mL da solução tampão de fosfato;
» transferir para um balão de Kjeldahl;
» diluir a 400 mL com água deionizada e adaptar ao conjunto Kjeldahl;
» destilar cerca de 200 mL;
» recolher o destilado em frasco de erlenmeyer de 500 mL contendo 50
mL da solução indicadora de ácido bórico; ter o cuidado de mergulhar a
52
extremidade de saída do destilado na solução indicadora;
» fazer uma prova em branco com todos os reagentes, usando água
Práticas de Química Ambiental
Aparelhagens/Vidrarias:
» provetas de 50, 100, 200 e 500 mL;
» conjunto de destilação Kjeldahl;
» frasco de erlenmeyer de 500 mL;
» bureta de 50 mL;
» medidor de pH.
Reagentes:
» solução tampão de fosfato 0,5 N; (3)
» solução de sulfato de mercúrio (HgSO4) (12)
» solução de tiossulfato de sódio/hidróxido de sódio; (14)
» solução ácida de sulfato de potássio (K2SO4) (13), (12)
» reativo de Nessler; (15)
53
» fenolftaleína; (16)
» solução indicadora de ácido bórico (H3BO3); (11), (10)
Procedimento:
» tomar 500 mL da amostra ou uma alíquota diluída de 500 mL;
» neutralizar a pH 7,0 e adicionar 25 mL da solução tampão de fosfato;
» destilar a amostra até reduzir a metade do volume inicial para eliminação
da amônia livre;
»
de Nessler ao destilado;
»
deve continuar por mais algum tempo;
» desprezar o condensador utilizado nessa operação;
» adicionar ao conteúdo do balão 50 mL da solução ácida de sulfato de
potássio; se a quantidade de matéria orgânica presente na amostra for alta,
adicionar maiores quantidades dessa solução;
» aquecer a mistura em capela para exaustão dos gases, até que a solução
se torne límpida;
» deixar em ebulição por mais 30 minutos;
» esfriar e adicionar 300 mL de água deionizada;
» colocar algumas gotas de fenolftaleína e adicionar solução de
tiossulfato de sódio/hidróxido de sódio até coloração rosa;
» colocar num frasco de erlenmeyer de 500 mL, 50 mL da solução
indicadora de ácido bórico;
» adaptar o balão com a amostra ao conjunto de destilação e mergulhar
a extremidade do condensador na solução indicadora de ácido bórico
contida no frasco de erlenmeyer de 500 mL;
» em paralelo, realizar uma prova em branco com todos os reagentes,
usando água deionizada no lugar da amostra;
branco;
A = volume de amostra analisada.
Aparelhagens/Vidrarias:
» Balança analítica com precisão de 0,0001 g;
» estufa a 130 ºC;
» banho-maria;
» dessecador;
» aparelho extrator Sohlet completo;
» frasco kitassato;
» funil de Büchner;
» equipamento para produção de vácuo;
» vidro de relógio;
» pipetas graduada de 10 mL;
» proveta de 500 mL;
» bastão de vidro;
» pinça de metal.
Reagentes:
» éter de petróleo;
»
» ácido clorídrico (HCl) concentrado p.a.;
»
» disco de musseline;
»
» cartucho de papel.
55
Procedimento:
»
funil;
»
»
conhecido de amostra que pode variar entre 100 e 500 mL, conforme a
concentração de óleos e graxas da mesma (se a amostra foi conservada
no momento da coleta, todo o volume preservado deve ser analisado);
»
vácuo até esgotar toda a água;
» depois lavar o frasco que continha a amostra com água destilada e
transferir para o funil;
»
para um vidro de relógio;
» embeber um chumaço de algodão em éter de petróleo e passar nas
paredes do funil, nas bordas do disco de musseline e no bastão de vidro
»
» passar um algodão embebido em éter de petróleo no vidro de relógio
e juntá-lo ao cartucho;
» secar o cartucho em estufa a 103 ºC por 30 minutos;
» secar o balão de destilação a 103 ºC por, no mínimo, 2 horas;
» pesar o balão de destilação seco;
» colocar o cartucho seco no extrator Sohlet.
» ajustar o balão de destilação ao extrator Sohlet e adicionar o éter de
petróleo ao conjunto (encher o extrator uma vez e meia);
» ligar o aquecimento e aguardar a primeira sifonada; a extração deve
ser realizada a 20 ciclos/hora durante 4 horas;
» após a extração, retirar o balão do aparelho e evaporar o solvente em
banho-maria;
» secar o balão em estufa a 103 ºC por 30 minutos;
» esfriar o balão em dessecador por 20 minutos e pesar com precisão de
0,0001 g.
56
Práticas de Química Ambiental
Aparelhagens/Vidrarias:
» chapa de aquecimento;
» frasco de erlenmeyer de 500 mL;
» bureta de 50 mL;
» pipetas graduadas de 10 e 20 mL;
» pipetas volumétricas de 50 e 100 mL;
» funil de vidro;
» pérolas de vidro.
Reagentes:
» ácido perclórico (HClO4) concentrado P.A;
» ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado P.A.;
» ácido nítrico (HNO3) concentrado P.A.;
» solução de tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,025 N (21), (18; 19; 20);
» solução de iodeto de potássio (KI) 10 % (22);
» solução de amido 1 % (20).
Procedimento:
» pipetar volumetricamente, para um frasco de erlenmeyer de 500 mL,
100 mL da amostra (o ideal é que a alíquota de amostra a ser analisada
contenha cerca de 50 mg de cromo total. Se a concentração de cromo na
amostra for muito baixa é necessário analisar uma alíquota de maior
volume, exatamente conhecida, e reduzida por evaporação a cerca de 100
mL. Se a concentração de cromo na amostra for muito alta, é necessário
analisar uma alíquota menor, exatamente conhecida, e diluí-la a 100 mL);
57
» adicionar sucessivamente, 15,0 mL de H2SO4, 4,0 mL de HNO3, e 10,0
mL de HClO4;
7 – Determinação de Sulfeto
Baseado no método volumétrico, iodométrtico, tem o objetivo de determinar
a concentração de sulfeto da amostra. É indicado para concentrações de
sulfeto (S2-) maiores que 1 mg/L (CLAAS e MAIA, 1994, MORITA, 1972).
Aparelhagens/Vidrarias:
» copo de béquer de 100 mL;
» frasco de erlenmeyer de 250 mL;
» bureta de 25 mL;
» pipetas graduadas de 10 mL;
» pipetas volumétricas de 25 e 50 mL;
» funil de vidro.
Reagentes:
58 » solução de ácido clorídrico (HCl) 1:1 (23);
» solução de acetato de zinco (Zn (C2H3O2)2) saturado (24);
» solução de hidróxido de sódio (NaOH) 6 N (25);
Práticas de Química Ambiental
Procedimento:
» pipetar volumetricamente 25 mL da amostra (ou um volume maior
se a concentração de sulfeto estimada for muito baixa) para um copo de
béquer que contenha 2,0 mL de acetato de zinco saturado;
» adicionar 1,0 mL de NaOH 6 N;
» preparar um funil com lã de vidro;
»
»
» adicionar a lã de vidro, com o precipitado, em um frasco de erlenmeyer
Aparelhagens/Vidrarias:
Reagentes:
» nesta análise não são necessários reagentes.
Procedimento:
» agitar vigorosamente a amostra e introduzi-la no cone de Imhoff até a
marca de 1000 mL;
» deixar sedimentar por 45 minutos;
» com um bastão de vidro, agitar vigorosamente junto às paredes do
cone para que os sólidos aderidos também sedimentem;
» deixar descansar por mais de 15 minutos;
- ler, diretamente na escala do cone, a quantidade de sólidos sedimentáveis
em mililitros/litros x hora.
9 – Determinação de Sólidos Totais
O objetivo desta análise é determinar a concentração de sólidos totais em
Aparelhagens/Vidrarias:
» cápsula de porcelana;
» pipeta de 50 mL;
» pipeta volumétrica de 50 mL;
» banho maria;
» dessecador;
» estufa de 103 - 105 ºC;
» balança analítica;
» pinça;
»
Reagentes:
» água deionizada.
60
Procedimento:
Práticas de Química Ambiental
»
por 1 hora;
»
200 ºC; retirar a cápsula e colocar em dessecador até que esfrie (cerca de
1 hora);
» pesar a cápsula e anotar o resultado e gramas (B);
» medir, o mais precisamente possível, 50 mL da amostra e transferir
para a cápsula;
» lavar o instrumento de medida com água deionizada e juntar a água
de lavagem à cápsula;
» aquecer em banho Maria até secagem;
» colocar a cápsula na estufa a 103 - 105ºC até peso constante (cerca de
2 horas);
» retirar da estufa e deixar esfriar em dessecador (cerca de 30 minutos);
» pesar a cápsula com o resíduo e anotar o resultado em gramas (A);
» A diferença entre A - B deve estar na faixa de 2,5 a 200 g, caso contrário,
repetir a análise usando um volume adequado.
Cálculo:
Aparelhagens/Vidrarias:
» cápsula de porcelana;
» pipeta de 50 mL;
» pipeta volumétrica de 50 mL;
» banho maria;
» dessecador;
» estufa a 103 - 105 ºC;
» balança analítica; 61
» pinça;
Reagentes:
» água deionizada.
Procedimento:
»
ºC por 30 minutos;
»
minutos;
» transferir para o dessecador e deixar esfriar (cerca de 30 minutos);
» pesar a cápsula com o resíduo e anotar o resultado em gramas (C).
Cálculos:
Aparelhagens/Vidrarias:
» cápsula de porcelana;
» proveta de 50 mL;
» pipeta volumétrica de 50 mL;
» banho maria;
» dessecador;
» estufa a 103 - 105 ºC;
» balança analítica;
» pinça;
»
62 » funil de Büchner;
» frasco kitassato;
Práticas de Química Ambiental
» bomba de vácuo;
»
retenção de 20 - 25 m;
»
retenção de 1,5 - 3,0 m
Reagentes:
» água deionizada.
Procedimento:
»
da análise;
» pipetar, com uma pipeta volumétrica de 50 mL, uma pequena porção
volume;
»
para uma cápsula de porcelana tarada a 550 - 600 ºC; o peso da cápsula
é igual a B;
» aquecer em banho Maria até a secagem;
» colocar a cápsula na estufa a 103 - 105 ºC até peso constante (cerca de
2 horas);
» retirar da estufa e deixar esfriar em dessecador (cerca de 30 minutos);
» pesar a cápsula com o resíduo e anotar o peso em gramas (A);
» a diferença entre A – B deve estar na faixa de 2,5 a 200 g, caso contrário
repetir a análise usando um volume adequado.
Cálculo:
O
objetivo desta análise é determinar a concentração de sólidos dissolvidos
63
Aparelhagens/Vidrarias:
Procedimento:
»
- 600 ºC por 30 minutos;
»
minutos;
» transferir para o dessecador e deixar esfriar (cerca de 30 minutos);
» pesar a cápsula com o resíduo e anotar o resultado em gramas (C).
Cálculos:
Cálculos:
O objetivo desta
análise é determinar o índice volumétrico de lodo ou IVL (CLAAS e MAIA,
1994, MORITA).
Aparelhagens/Vidrarias:
» proveta de 1000 mL;
Reagentes:
» nesta análise não são necessários reagentes.
Procedimento:
» homogeneizar a amostra;
» transferir para uma proveta de 1000 mL completando até a marca;
» aguardar 30 minutos e fazer a leitura dos sólidos sedimentáveis em
mL/L (A).
Cálculo:
IVL = A x 1000
B
A = sólidos sedimentáveis em 30 minutos;
B = sólidos suspensos totais da amostra conforme determinado como em
7.2.2.13.
Reagentes:
» nesta análise não são necessários reagentes.
Procedimento:
» secar a cápsula por 2 horas em estufa a 105 ºC;
» retirá-la e colocá-la em dessecador por aproximadamente 20 minutos
para esfriar;
» pesar a cápsula com precisão de 0,0001 g;
» medir 50 mL da amostra, em proveta, e colocar na cápsula;
» evaporar em banho maria até secagem completa;
» levar à estufa a 105 ºC por aproximadamente 2 horas;
» retirar a cápsula da estufa, esfriá-la em dessecador e pesá-la;
» voltar com a cápsula para a estufa até peso constante.
Cálculos :
66
Práticas de Química Ambiental
Técnicas Para Preparo das
Soluções Necessárias às
Análises
Abaixo são descritas as técnicas para o preparo das soluções necessárias às
análises presentes na parte 4.
67
Dissolver 14,3 g de fosfato de potássio monobásico anidro (KH2PO4),
N = N 1V 1
V
69
Pesar 1 g de fenolftaleína em um copo de béquer de 200 mL; acrescentar 50
70
Dissolver 100 g de iodeto de potássio (KI), p.a., em 1000 mL de água destilada.
Guardar em frasco escuro (CLAAS e MAIA, 1994, MORITA, 1972).
Práticas de Química Ambiental
Cálculo:
N 1V 1 = N 2V 2
71
FAPESP, Franca/SP.
FAPESP, Franca/SP.
73
Setembro de 2012