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ELETROMAGNETISMO

Força e Movimento de cargas em campo magnético.


Objetivo
 Compreender a aplicar o modelo matemático e os
aspectos fenomenológicos que rege a força de interação
entre carga em movimento no interior de campo
magnético.
BASE MATEMÁTICA
Vale a Regra da mão direita

 Produto Vetorial
𝐴 = 𝐴𝑥 𝑖 + 𝐴𝑦 𝑗 + 𝐴𝑧 𝑘
Seja os vetores
𝐵 = 𝐵𝑥 𝑖 + 𝐵𝑦 𝑗 + 𝐵𝑧 𝑘
O produto vetorial entre 𝐴 𝑒 𝐵 é: 𝐴 × 𝐵 produzindo um
outro vetor como resulto que chamaremos de vetor 𝐶.
𝑖 𝑗 𝑘
𝐶 = 𝐴 × 𝐵 = 𝐴𝑥 𝐴𝑦 𝐴𝑧
𝐵𝑥 𝐵𝑦 𝐵𝑧
𝑖 𝑗 𝑘
𝐶 = 𝐴 × 𝐵 = 𝐴𝑥 𝐴𝑦 𝐴𝑧
𝐵𝑥 𝐵𝑦 𝐵𝑧
= 𝐴𝑦 𝐵𝑧 − 𝐴𝑧 𝐵𝑦 𝑖 + 𝐴𝑧 𝐵𝑥 − 𝐴𝑥 𝐵𝑧 𝑗 + 𝐴𝑥 𝐵𝑦 − 𝐴𝑦 𝐵𝑧 𝑘
= 𝐶𝑥 𝑖 + 𝐶𝑦 𝑗 + 𝐶𝑧 𝑘
𝐶𝑥 = 𝐴𝑦 𝐵𝑧 − 𝐴𝑧 𝐵𝑦
𝐶𝑦 = 𝐴𝑧 𝐵𝑥 − 𝐴𝑥 𝐵𝑧
𝐶𝑧 = 𝐴𝑥 𝐵𝑦 − 𝐴𝑦 𝐵𝑧
Propriedades
• O vetor 𝐴 × 𝐵, do Produto vetorial, é
simultaneamente perpendicular ao vetor 𝐴 e 𝐵.
• O módulo do produto vetorial é
• 𝐴 × 𝐵 = 𝐴 𝐵 sen𝜃
• 𝐴×𝐵 =− 𝐵×𝐴
• Se 𝐴 ⊥ 𝐵 → 𝐴 × 𝐵 = 𝐴𝐵
𝑖×𝑖=0
• Se 𝐴 ∥ 𝐵 → 𝐴 × 𝐵 = 0
𝑗×𝑗=0
𝑘×𝑘 =0
𝐴×𝐵
sen𝜃 = Ângulo entre dois vetores
𝑖×𝑗=𝑘
𝐴 𝐵
𝑗×𝑘 =𝑖
http://www.uel.br/projetos/matessencial/basico/geometria/vetor3d.html#:~:t
ext=Dois%20vetores%20v%20e%20w,w%3D0. 𝑘×𝑖=𝑗
Força Magnética

 Surge quando uma carga se movimenta no interior de


um campo magnético.

𝐹 = 𝑞𝑣 × 𝐵
Módulo da força 𝐹 = 𝑞𝑣𝐵 sin 𝜃
Exemplo

 Qual a trajetória da carga 𝑞 com velocidade 𝑣 = 𝑣𝑥 𝑖 e 𝐵 = −𝐵𝑧 𝑘:


A) Se for negativa. 𝟏
B) Se for nula.
C) Se for positiva.
𝟐

𝟑
Exemplo:Tipler 6ª ed. Cap 26 pág. 213 nún. 15

 Uma carga 𝑞 = −3,64 𝑛𝐶 se move com velocidade de


2,75 × 106 𝑚 /𝑠 𝑖. Encontre a força na carga se o campo
magnético for A) 𝐵 = 0,38 𝑇 𝑗, B) 𝐵 = 0,75 𝑇𝑖 + 0,75 𝑇 𝑗 , C)
𝐵 = 0,65 𝑇 𝑖, D) 𝐵 = 0,75 𝑇𝑖 + .0,75 𝑇𝑘.
Força sobre partículas com movimento em
campos magnéticos homogêneo.

𝐹 = 𝑞𝑣 × 𝐵 𝑣
Trajetória Circular Trajetória espiral
X X X X X X 𝐵 = −𝐵𝑧 𝑘 𝑣
X X X X X X
X X X X X X
X X X
𝐹X X X
X X X X X X
X X X X X X
X X X X X X
𝑣
X X X X X X
𝑦 𝑣𝑦
𝑣 𝑣𝑦
𝑥 𝑣𝑧 ≠ 0
𝑣𝑧 = 0
Força Magnética 𝐹 = 𝑞𝑣 × 𝐵
𝑣 e 𝐵 são sempre perpendiculares
𝐹 = 𝑞 𝑣 𝐵 𝑠𝑒𝑛 90 = 𝑞𝑣𝐵
𝐵 = −𝐵𝑧 𝑘 𝑣 Como a trajetória é circular no
X X X X X X plano 𝑥𝑦, a força é centrípeta.
X X X X X X 𝑚𝑣 2
𝐹 = 𝐹𝑐 = 𝑚𝑎𝑐 =
X X X X X X 𝑅
X X X
𝐹X X X 𝑚𝑣 2
𝑞𝑣𝐵 =
X X X X X X 𝑅
X X X X X X Onde 𝑅 é o raio da trajetória.
X X X X X X 𝑚𝑣
𝑅=
X X X X X X 𝑞𝐵
𝑣 Temos que
𝑦 A velocidade é
ΔS 2𝜋𝑅 2𝜋𝑚
𝑣= = 𝑇=
𝑥 Δ𝑡 𝑇 𝑞𝐵
Campos não homogêneos
 A partícula acompanha a deformação as linhas de
campo magnético.
 O campo magnético é tangente a linha de campo.

Campo homogêneo.
Exemplo: Sears & Zemansky 12ª ed. Cap. 27
Pág. 234 Nún. 27.24
Um feixe de prótons viajando a 1,20 𝑘𝑚/𝑠 entra num campo magnético
uniforme, deslocando-se perpendicular ao campo. O feixe sai do campo
magnético, deixando o campo em uma direção perpendicular à direção
original . O feixe percorre uma distância de 1,18 𝑐𝑚 no interior do campo.
Qual é a magnitude do campo magnético?
𝑚𝑝 = 1,67 × 10−27 𝑘𝑔, Q p = 1,6 × 10−19 𝐶
EXEMPLO Sears & Zemansky 14ª ed. Cap. 27
Pág. 232 Nún. 27.4
Em uma situação semelhante à indicada na Figura abixo, suponha que a
partícula carregada seja um próton (𝑞 = 1,60 × 10−19 𝐶, 𝑚 = 1,67 × 10−27 𝑘𝑔) e
que o campo magnético uniforme de 0,500 𝑇 seja paralelo ao eixo 𝑂𝑥 . No
instante 𝑡 = 0, o próton possui componentes da velocidade dados por 𝑣𝑥
1,50 × 105 𝑚/𝑠 , 𝑣𝑦 = 0 e 𝑣𝑧 = 2,0 × 105 𝑚/𝑠 . Só existe a força magnética
atuando sobre o próton. (a) Para 𝑡 = 0, calcule a força que atua sobre o
próton e sua aceleração. (b) Determine o raio da trajetória helicoidal
resultante, a velocidade angular do próton e o passo da hélice (a distância
percorrida ao longo do eixo da hélice durante uma rotação).
Espectrômetro de Massa.
 Conservação de energia
𝐾=U
𝑚𝑣𝑜2
= 𝑞𝑉
2
𝑣𝑜2 𝑞
=
2𝑉 𝑚
 Do movimento circular das cargas,
𝑅𝑞𝐵
𝑣=
𝑚
Então,
𝑞 2𝑉
=
𝑚 𝑅𝐵 2
Seletor de velocidades

𝐹𝐸 = 𝐹𝐵
𝑞𝐸 = 𝑞𝑣𝐵
𝐸
𝑣=
𝐵

As partículas com velocidade 𝑣 selecionadas pela


regulagem de 𝐸 e 𝐵 mantarão a trajetória retilínea.
Experimento de J.J. Thomson
𝑞
 Determinação da relação
𝑚
• Conservação de energia
𝐾=U
𝑚𝑣𝑜2
= 𝑞𝑉
2
2
𝑞
𝑣𝑜 = 2𝑉
𝑚
• 𝑉 é a tensão entre o catodo e os anodos 𝐴 𝑒 𝐴′. 𝑣 é a velocidade de saída
do feixe após ser acelerada entre o catodo e o anodo.
• Considerando a força elétrica igual a magnética.
2
𝐸𝑜 𝑞
= 2𝑉
𝐵𝑜 𝑚
2
𝑞 1 𝐸𝑜
=
𝑚 2V 𝐵𝑜
Experimento de J.J. Thomson
 Após a determinação da velocidade por meio dos campos 𝐸𝑜 e 𝐵𝑜 , desliga-
se o campo magnético. Assim a força resultante será a elétrica
𝐸 = −𝐸 𝑗; 𝐵 = 0
𝐹𝑅 = 𝑞𝐸 𝑗
 No interior da placa o movimento está sujeito a forças, logo estará
acelerado.
𝐹𝑅 = 𝑚 𝑎𝑦 = 𝑞𝐸
𝑞
𝑎𝑦 = 𝐸
𝑚
 Como os campos são homogêneos e
constantes temporalmente, logo as forças
serão constantes, o que geram um MRUV
direção 𝑦 no interior do capacitor. 𝐸
𝑎𝑦 2
Δ𝑦1 = 𝑡1
2
Experimento de J.J. Thomson
 Fora da placa, a inda na direção 𝑦, a não a ação de campos, logo não
haverá forças, então teremos MRU.
 Sua velocidade, será igual a velocidade final no interior das placas
𝑣𝑦 = 𝑣𝑜𝑦 + 𝑎𝑦 t1
Δ𝑦2 = 𝑣𝑦 𝑡2
Δ𝑦2 = 𝑎𝑦 t1 𝑡2

 O deslocamento total em 𝑦 será Δ𝑦𝑇 = Δ𝑦1 + Δ𝑦2


𝑎𝑦 2
Δ𝑦𝑇 = 𝑡1 + 𝑎𝑦 t1 𝑡2
2
𝑎𝑦
Δ𝑦𝑇 = t1 t1 + 2𝑡2
2
1𝑞
Δ𝑦𝑇 = 𝐸t1 t1 + 2𝑡2
2𝑚
Experimento de J.J. Thomson
 Na direção 𝑥 não há forças, tanto dentro quanto fora das placas, o que
leva a um MRU.
𝑥1
𝑥1 = 𝑣𝑜 𝑡1 ⇒ 𝑡1 =
𝑣𝑜
𝑥2
𝑥2 = 𝑣𝑜 𝑡2 ⇒ 𝑡2 =
𝑣𝑜
 Assim o deslocamento em 𝑦 fica:
1 𝑞 𝑥1 𝑥1 𝑥2 1 𝑞 𝑥1
Δ𝑦𝑇 = 𝐸 +2 = 2 𝑥1 + 2𝑥2 𝐸
2 𝑚 𝑣𝑜 𝑣𝑜 𝑣𝑜 2 𝑚 𝑣𝑜
 Tensão entre as placas do capacitor 𝑉 = 𝐸. 𝑑 onde 𝑑 é a separação entre
as placas, logo 𝐸 = 𝑉/𝑑.
 Tensão de aceleração 𝑉𝑜 = 𝑈𝑜 /𝑞, onde 𝑈𝑜 é a energia potencial elétrica,
𝑞
que por conservação é igual a energia cinética, logo 𝑣𝑜2 = 2𝑉𝑜
𝑚
1 𝑉
Δ𝑦𝑇 = 𝑥1 𝑥1 + 2𝑥2
4 𝑉𝑜
Exercícios
 Os elétrons passam sem deflexão através das placas do
aparelho da Thomson quando o campo elétrico é 3000 𝑉/𝑚 e
existe um campo magnético cruzado de 1,40 𝐺. Se as placas
tiverem 4 𝑐𝑚 de comprimento e as extremidades das placas
ficam a 30 𝑐𝑚 da tela, encontre a deflexão na tela quando o
campo magnético é desligado. 𝑚𝑒 = 9,11 × 10−31 𝑘𝑔.
Efeito Hall
 Surgimento de uma diferença de potencial nas laterais de um
condutor com uma corrente e submetido a um campo
magnético.

 Inicialmente as cargas positivas (corrente) são empurradas


para uma extremidade do condutor por uma força magnética.
Edwin Herbert Hall

 Como a densidade de carga positiva de um lado é maior, há um campo


elétrico na direção oposta. O que origina uma diferença de potencial
entre as laterais.
 Este mesmo campo elétrico submete as partículas a uma força elétrica
que se opõe à força magnética.
 Quando as forças se equilibram, as cargas
para de se deslocar para a extremidade
gerando a manutenção do fenômeno.
Cíclotron

 Tipler 6ª
Efeito Hall
 No equilíbrio 𝑑  Obtemos
𝐹𝐸 = 𝐹𝐵 𝑉𝐻 𝑉𝑜
= 𝐵
𝐸𝑞 = 𝑞𝑣𝑑 𝐵 𝐿 𝑑 𝑛𝑞𝑑𝐿𝑅
𝐸𝐻 = 𝑣𝑑 𝐵 𝑉𝐻
𝑉𝐻 𝐵=𝑛𝑒𝐿𝑅
= 𝑣𝑑 𝐵 𝑉𝑜
𝑑  A densidade de
 Da velocidade de deriva temos portadores:
𝐼 𝑉𝑜 1 𝑉𝑜 =Potencial externo (bateria) 𝑁𝐴 𝜌
𝑣𝑑 = = 𝑛=
𝑛 𝑞 𝐴 𝑅 𝑛 𝑞 𝐴 𝑅 = Resistência da material da tira 𝑀
0
 𝐴 é a área da seção transversal 𝑁 𝑎 = 𝑛 𝑑𝑒 𝐴𝑣𝑜𝑔𝑎𝑑𝑟𝑜
onde 𝑏 é a espessura e 𝐿 é o 𝜌 = 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑙
comprimento da tira. 𝑀 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟
𝐴=𝑑𝐿
Efeito Hall
 Utilizado para medir campo magnéticos através
do sinal de tensão.
EXEMPLO Sears & Zemansky 14ª ed.
Cap. 27 Pág. 249 Nún. 27.12
Uma placa de cobre com 2,00 𝑚𝑚 de altura e 1,50 𝑐𝑚 de comprimento é
colocada em um campo magnético uniforme de 0,40 𝑇, como indicado na
Figura abaixo. Quando você faz passar uma corrente de 75 𝐴 no sentido
+ 𝑥, verifica, por meio de uma medida cuidadosa, que o potencial hall na
placa é 0,81 𝜇𝑉 . A partir dessa medida, determine a concentração dos
elétrons no cobre.
Exercícios

 Tripler 6ª ed. Vol2. CAP 26:


• Exercícios Força sobre partículas:14; 15; 16; 19; 27; 28; 28;
30; 31; 32; 33; 34; 35; 36; 37; 38; 39; 40; 43; 44; 72; 74;
75; 76; 77,
• Exercícios Força Efeito Hall: 64;65;66;67;68;69;
Exercícios Força sobra partículas

 Halliday 9ª ed. Vol3 CAP 28:


• 8; 9; 10; 11; 12; 13; 14; 15; 16; 17; 18; 21;
22; 23; 24; 26; 27; 28; 29; 31; 34; 36; 37;
38; 69; 70; 74; 82; 86.

 Sears & Zemanski 14ª ed. Vol. 3 CAP 27:


• 8; 9; 15; 25; 29.

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