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MECÂNICA – PARTE 3

CINEMÁTICA VETORIAL
Prof. Dr.ª Priscilla Paci Araujo
priscillapaci@ufscar.br
O que é escalar e o que é vetor em Física? 2

Distância percorrida (trajetória) Posição


Comprimento Deslocamento
Tempo Velocidade
Temperatura Aceleração
Força
Energia
Escalar Massa Vetor Campo elétrico
Campo magnético
Potência
Momentum linear
Pressão
Momentum angular
Fluxo magnético
Torque
Corrente elétrica Magnetização
3

Vamos
começar?
Posição 4

Grandeza vetorial: módulo, direção e sentido.


𝑟Ԧ = 𝑥𝑖Ƹ + 𝑦𝑗Ƹ + 𝑧𝑘෠ 𝑟Ԧ = −3𝑖Ƹ + 2𝑗Ƹ + 5𝑘෠
Posição e 5

Deslocamento

𝑟Ԧ = 𝑥 𝑖Ƹ + 𝑦𝑗Ƹ + 𝑧𝑘෠
∆𝑟Ԧ = 𝑥2 𝑖Ƹ + 𝑦2 𝑗Ƹ + 𝑧2 𝑘෠ − 𝑥1 𝑖Ƹ + 𝑦1 𝑗Ƹ + 𝑧1 𝑘෠
Exemplos: 6
Exemplos: 8

1) Encontre a soma de dois vetores deslocamento 𝐴Ԧ e 𝐵 que estão no plano XY e dado por:
𝐴Ԧ = (2𝑖Ƹ + 2𝑗)m
Ƹ e 𝐵 = (2𝑖Ƹ − 4𝑗)m.
Ƹ

2) Uma partícula sofre três deslocamentos consecutivos:



∆𝑟1 = (15𝑖Ƹ + 30𝑗Ƹ + 12𝑘)cm, ෠
∆𝑟2 = (23𝑖Ƹ − 14𝑗Ƹ − 5𝑘)cm e ∆𝑟3 = (−13𝑖Ƹ + 15𝑗)cm.
Ƹ Encontre a
notação do vetor unitário para o deslocamento resultante e seu módulo;
Velocidade média 𝑣Ԧҧ Velocidade instantânea 𝑣Ԧ 11

Ԧ 0 +∆𝑡)−𝑟𝑡
𝑟(𝑡 Ԧ 0
• 𝑣Ԧ = lim
𝑟1 −𝑟0 ∆𝑡→0 ∆𝑡
ҧ
• 𝑣Ԧ =
𝑡1 −𝑡0 Ԧ
𝑑 𝑟(𝑡) Ԧ 0 +∆𝑡)−𝑟𝑡
𝑟(𝑡 Ԧ 0
• = lim
𝑑𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

ҧ Ԧ 0 +∆𝑡)−𝑟𝑡
𝑟(𝑡 Ԧ 0
• 𝑣Ԧ = Ԧ 0 +∆𝑡)−𝑟𝑡
𝑟(𝑡 Ԧ 0 ∆𝑟Ԧ
∆𝑡 • lim = lim
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

ҧ ∆𝑟Ԧ
• 𝑣Ԧ = •
Ԧ
𝑑 𝑟(𝑡)
= lim
∆𝑟Ԧ
∆𝑡 𝑑𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

Ԧ
𝑑 𝑟(𝑡)
• 𝑣Ԧ =
𝑑𝑡
Exemplo: Uma bola é lançada e sua posição é dada por 12

2
𝑟Ԧ=[1,5+12t]i+[16t-4,9t ] j
Encontre a função velocidade em função do tempo.
Aceleração média 𝑎തԦ Aceleração instantânea 𝑎Ԧ 13

𝑣(𝑡0 +∆𝑡)−𝑣𝑡0
• 𝑎Ԧ = lim
𝑣1 −𝑣0 ∆𝑡→0 ∆𝑡

• 𝑎Ԧ =
𝑡1 −𝑡0 𝑑𝑣(𝑡) 𝑣(𝑡0 +∆𝑡)−𝑣𝑡0
• = lim
𝑑𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

ത 𝑣(𝑡0 +∆𝑡)−𝑣𝑡0
• 𝑎Ԧ = Ԧ 0 +∆𝑡)−𝑟𝑡
𝑟(𝑡 Ԧ 0 ∆𝑟Ԧ
∆𝑡 • lim = lim
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

ത ∆𝑣
• 𝑎Ԧ = •
Ԧ
𝑑 𝑟(𝑡)
= lim
∆𝑟Ԧ
∆𝑡 𝑑𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

𝑑𝑣(𝑡)
• 𝑎Ԧ =
𝑑𝑡
Exemplo • Uma partícula se move no plano xy,
começando da origem em t = 0 com
14

velocidade inicial tendo uma


componente x de 20 m/s e uma
componente y de -15 m/s. a partícula
experimenta uma aceleração na direção
x, dada por 𝑎𝑥 = 4𝑚/𝑠 2 .
– Determine o vetor velocidade total a qualquer
instante.
– Calcule a velocidade vetorial e escalar da
partícula em t = 5 s;
– Determine as coordenadas x e y da partícula
para qualquer instante t e seu vetor posição
neste instante.
MOVIMENTO DE 21

UM PROJÉTIL
Movimento de Projéteis

Agora vamos considerar uma partícula – ou seja um projétil – que executa


um movimento bidimensional com aceleração g de queda livre para baixo.
O projétil é lançado com uma
velocidade inicial que é dada por:

v0 = v0 xi + v0 y j
v0 x = v0 cosq0
v0 y = v0 senq0
Movimento de Projéteis
Durante o movimento bidimensional, o vetor posição 𝑟Ԧ e a velocidade 𝑣Ԧ do projétil mudam continuamente,
mas o vetor aceleração 𝑎Ԧ é constante e está sempre dirigido verticalmente para baixo. O projétil não possui
aceleração na horizontal.

➢ No movimento de projéteis, o movimento horizontal e o movimento vertical são independentes, ou seja, um


não afeta o outro.
Movimento de Projéteis

➢ No movimento de projéteis, o movimento horizontal e o movimento vertical são


independentes, ou seja, um não afeta o outro.
Movimento de Projéteis

Movimento horizontal:

Como não existe aceleração na direção horizontal, a componente da


velocidade horizontal v0x permanece constante durante o movimento.
Da equação:
1 2
x − x0 = v0 x t + a x t
2
Com: a=0
v0 x = v0 cosq0

x − x0 = v0 (cos  0 )t
Movimento de Projéteis

Movimento vertical:

A análise é mesma para uma partícula em queda livre.


Fazendo as devidas substituições:
1 2
y − y0 = v0 y t + a y t
2
Com:
v0 y = v0 senq0
𝑎 = −𝑔
1 2
y- y0 = (v0 senq 0 )t - gt
2
Movimento de Projéteis

➢ No movimento de projéteis, o movimento horizontal e o movimento vertical são


independentes, ou seja, um não afeta o outro.

𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡 𝑣𝑦 = 𝑣0 sin 𝜃0 − 𝑔𝑡 (4-23)

𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑎 𝑥 − 𝑥0 𝑣𝑦2 = 𝑣0 sin 𝜃0 2 − 2g 𝑦 − 𝑦0 (4-24)


Movimento de Projéteis 𝑣𝑦 = 𝑣0 sin 𝜃0 − 𝑔𝑡 (4-23)
𝑣𝑦2 = 𝑣0 sin 𝜃0 2 − 2g 𝑦 − 𝑦0 (4-24)
• Como mostra a fig. 4-10 e a eq. 4-23, a componente da velocidade se comporta exatamente como a
de uma bola lançada para cima.
• Inicialmente ela está dirigida para cima e seu módulo diminui continuamente até se anular, o que
determina a altura máxima da trajetória. Em seguida, a componente vertical da velocidade muda de
sentido e seu módulo passa a aumentar com o tempo.
Movimento de Projéteis

• O movimento de projéteis é o movimento de um partícula lançada com velocidade


v0, sob a influência apenas da aceleração da gravidade g.
• Se v0 é definido por um módulo (a velocidade v0) e uma orientação (ângulo θ), as
equações do movimento nos eixos x e y, horizontal e vertical, são,
respectivamente:

x- x0 = v0 (cosq0 )t
1 2
y- y0 = (v0 senq 0 )t - gt
2
𝒗𝒚= 𝒗𝟎 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟎 − 𝒈𝒕
v = (v0 senq0 ) - 2g(y- y0 )
2
y
2
Movimento de Projéteis

No movimento de projéteis, a trajetória da partícula é dada por:


2
gx
y = (tanq 0 )x -
2(v0 cosq 0 ) 2

Onde a origem é escolhida de maneira que x0 e y0 sejam 0. O alcance R,


é a distância horizontal do ponto de lançamento, até o ponto em que a
partícula retorna à mesma altura da qual foi lançada, ou seja,

v sen2q 0
2
0
R=
g
Movimento de Projéteis

v sen2q 0
2
0
R=
g
35
36
MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME 40

• No MCU a trajetória descrita no movimento é um circulo (ou um arco)


e o módulo da velocidade instantânea é constante. Embora a
velocidade escalar não varie, o movimento é acelerado, porque a
velocidade muda de direção.
• O módulo dos dois vetores permanece constante durante o
movimento, mas a orientação muda constantemente.
• A velocidade está sempre na direção tangente à circunferência e tem
o mesmo sentido que o movimento.
• A aceleração está sempre na direção radial e aponta para o centro do
circulo. Por esta razão a aceleração associada ao movimento é a
aceleração centrípeta.
𝑣2
𝑎=
• Onde r é o raio da circunferência e v a velocidade da partícula.
𝑟
Movimento Circular Uniforme 41

• É um movimento em que a trajetória é um círculo e o módulo da


velocidade instantânea é constante, de modo que a partícula
descreve arcos de círculo iguais em tempos iguais. Temos assim
um movimento periódico, em que o período corresponde ao tempo
levado para descrever uma volta completa, o que define um
“relógio”.
• Seja r o raio da trajetória circular. A posição instantânea P da
partícula fica definida pelo ângulo θ entre o vetor r=OP
correspondente ao eixo 0x de um sistema cartesiano de origem no
centro do circulo, onde θ é positivo no sentido anti-horário. O arco s
corresponde ao ângulo θ sobre o circulo é dado por:

𝑠 = 𝑟𝜃
• Onde θ é medido em radianos (2Πrad = 360°)
Movimento circular uniforme
42
• Vamos introduzir um vetor r que aponta radialmente para fora, e θ, um
vetor unitário tangente ao círculo (portanto perpendicular a r) em P,
orientado no sentido de θ crescente (anti-horário).
• Note que ao contrario de i e j que são vetores fixos na direção dos
eixos, as direções de r e θ variam com a posição de P ocupada pela
partícula ao longo do circulo.
• Pela definição de MCU, a lei horária é 𝒔 = 𝒔𝟎 + 𝒗(𝒕 − 𝒕𝟎 ) onde 𝒔𝟎 é o
valor do arco no instante inicial 𝒕𝟎 e 𝒗 é a velocidade linear com que o
arco 𝒔 é descrito. Lembrando a definição de velocidade instantânea e
o fato de que ∆𝑟 se confunde com ∆𝑠 (corda e arco se confundem
quando ∆𝑡 → 0, vemos que 𝑣 dá o módulo da velocidade instantânea
𝑣(𝑡), que é tangente ao círculo em P. A velocidade instantânea 𝒗(𝒕) é
dada por:
𝒗 = 𝑣𝜃෠
• Note que isto continua valendo quando o círculo é descrito no sentido
horário e v<0. Assim, 𝑑𝑠
𝑣=
𝑑𝑡
Movimento circular uniforme
43
• O Período T do movimento é o tempo para dar uma volta completa, ou seja,
𝑇 = 2𝜋𝑟/ 𝑣 .
• Chama-se frequência f o inverso do período.
𝑓 = 1/𝑇.
• A frequência dá portanto o número de rotações por unidade de tempo.
• Podemos empregar a lei horária em termos do ângulo θ descrito em função do tempo.
𝜃 = 𝜃0 + 𝜔(𝑡 − 𝑡0 )
• Onde a velocidade angular é dada por
𝜔 = 𝑣/𝑟
• Temos analogamente:
𝑑𝜃
𝜔=
𝑑𝑡
De 1 e 4 temos:
2𝜋
𝜔 = = 2𝜋𝑓
𝑇
Movimento circular uniforme
44

• Reorganizando
𝜔 = 𝑣/𝑟
• Temos:
𝑣 = 𝜔𝑟
• Embora o MCU tenha uma velocidade de módulo constante a direção da velocidade v varia de
ponto a ponto da trajetória. Logo, ele é um movimento acelerado, ou seja, com aceleração
diferente de zero.
𝑎 = 𝜔𝑣
• A módulo da aceleração é dado por:
𝑣2 𝑎 = 𝜔2 𝑟
𝑎 = 𝜔𝑣 = 𝜔2 𝑟 =
𝑟 𝑣2
𝑎=
• Chamada de aceleração centrípeta. Porque aponta para o centro do circulo. 𝑟
47
49
51

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