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I. INTRODUÇÃO
“Os homens receberam de Deus um poder que não foi dado aos anjos nem aos arcanjos.
Nunca foi dito aos espíritos celestes, ‘O que ligardes e desligardes na terra será ligado e
desligado no céu’. Os príncipes deste mundo só podem ligar e desligar o corpo. O poder do
sacerdote vai mais além; alcança a alma, e exerce-se não só em batizar, mas ainda mais em
perdoar os pecados. Não nos envergonhemos, pois, ao confessar as nossas faltas. Quem se
envergonhar de revelar os seus pecados a um homem, e não os confessar, será
envergonhado no Dia do Juízo na presença de todo o Universo” (São João Crisóstomo, séc.
V, Tratado sobre o Sacerdócio, livro 3).
3) O que é Matéria Grave? São aquelas coisas que nós fazemos e que rompem totalmente a
nossa comunhão com Deus, ou seja, vão diretamente contra a lei divina. Para entendermos
melhor, podemos ver o caso de um entregador de pizzas: se ele for entregar a pizza e der
um soco na cara do cliente, ele será demitido imediatamente, pois no caso da pizzaria isso
seria como que uma matéria grave: o entregador que agrediu um cliente foi totalmente
contra aquilo que se espera dele no contrato de trabalho. Assim também, existem coisas que
nos separam imediatamente de Deus, ou seja, aquelas coisas que fazemos, que vão
diretamente contra a lei de Deus e que são pecado mortal. Essas coisas que são matéria grave
são todos os pecados cometidos diretamente contra o amor a Deus, a benevolência (o amor) ao
próximo, a castidade e os mandamentos da Igreja.
O arrependimento é aquela dor (que não é física, ou sensível) por ter cometido os pecados,
e uma detestação deles. Esse arrependimento deve sair do fundo do nosso coração e não
somente da nossa boca; deve proceder de um motivo sobrenatural, como, por exemplo: o
ter ofendido a Bondade infinita de Deus; o ter merecido o inferno e perdido o céu com
aquele pecado. Atenção! Devemos desgostar-nos mais da ofensa feita a Deus do que de
alguma dificuldade ou remorsos egoístas que aqueles pecados nos trouxeram. Além disso,
devemos nos arrepender de todos os pecados mortais que fizemos, sem ficar nem um de
fora, pois quem ama de verdade, não quer ofender a pessoa amada de nenhum modo.
Devemos ter, enfim, uma grande esperança do perdão.
Obs.: É muito recomendável a leitura de textos e livros dos Santos sobre a gravidade do
pecado, sobre o Inferno, e sobre a Paixão de Cristo, para gerar no nosso coração o verdadeiro
arrependimento. Como sugestão, há o livro “O pequeno número daqueles que são salvos”,
de São Leonardo de Porto Maurício e o livro “Preparação para a Morte”, de Santo Afonso
Maria de Ligório.
3. PROPÓSITO. — Devemos fazer um ato de vontade que seja firme e dizer: “Eu não quero
mais cometer esse pecado, não quero mais ofender a Deus”. Quem diz: “Eu desejaria não cometer
mais este pecado”, mostra que não tem firme propósito, como ensina Santo Afonso de
Ligório. E trata-se de uma decisão firme de abandonar todos os pecados mortais: tal decisão
deve ser imediata e para sempre, ou seja, “Eu não quero mais cometer nenhum pecado mortal,
desde agora e para sempre”. Caso contrário, a Confissão será inválida. Além do mais, nosso
propósito deve ser eficaz, ou seja, devemos estar dispostos a usar todos os meios
disponíveis para não cometer mais aqueles pecados que iremos confessar, principalmente
evitando as ocasiões próximas de pecado, pois sem isso a Confissão também será inválida.
Ocasiões próximas (Aertnys-Damen, v. II, p. 350ss; Royo Marín, v. II, p. 397ss), e
ocasionários.
Por exemplo: Eu vou me confessar de pecados mortais contra a castidade que tenho
cometido em determinados tipos de festas e “encontros” com amigos. Se eu confessar esses
pecados ao sacerdote, mas ao mesmo tempo não tiver o propósito de abandonar estes tipos de
festas e tais “encontros” com os amigos, a Confissão será inválida.
“Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o, pois é melhor para ti
entrares com um olho a menos no Reino de Deus do que, tendo os olhos, seres
lançado à geena”. (Mc 9, 47).
“Quem ama o perigo nele perecerá” (Eclo 3, 27).
“Foge do pecado como se foge de uma serpente, porque, se dela te aproximares,
ela te morderá” (Eclo 21, 2).
4. CONFISSÃO OU ACUSAÇÃO. — Devemos dizer todos os pecados mortais que fizemos, com
clareza, humildade, sinceridade, sem mentirmos nem nos desculparmos ou colocarmos a
culpa em outras pessoas. Além disso, devemos declarar os pecados mortais quanto à (1)
espécie, às (2) circunstâncias agravantes, e ao (3) número; ou seja, devemos dizer
claramente qual foi o pecado cometido, quais as circunstâncias que agravam aquele pecado
(aqui não é necessário narrar detalhes que não interferem na culpa que tivemos) e também
devemos dizer quantas vezes foi cometido aquele pecado. Quanto ao número, se não
sabemos exatamente o número de vezes que cometemos o pecado, devemos dar ao menos
uma ideia aproximada do número.
Exemplo 1: “Padre, eu sou solteiro e tive relação sexual com uma mulher solteira (espécie =
fornicação), ela era virgem (circunstância agravante = virgindade), e foi uma única vez
(número)”.
Exemplo 2: “Padre, eu bati em uma pessoa (espécie), ela era idosa (circunstância agravante),
e fazia isso umas duas vezes por semana, e foi durante três anos (número)”.
Exemplo 3: “Padre, eu xinguei minha mãe (espécie e circunstância agravante), e fiz isto
duas vezes nesta semana (número)”.
Caso a confissão seja muito genérica, sem que digamos os detalhes que nós conhecemos,
que sabemos que agravam a culpa dos nossos pecados, inclusive o número de vezes que
cometemos estes pecados, a Confissão será inválida.
Obs.: Lembre-se que a confissão é privada e sujeita ao sigilo da Confissão. Isso quer dizer
que o sacerdote não pode revelar a quem quer que seja a matéria de uma Confissão, caso
contrário o padre comete pecado mortal e é excomungado.
5. ABSOLVIÇÃO. — Após termos feito essa preparação, devemos fazer um ato de fé no grande
sacramento que iremos receber ao confessar, ou seja, iremos receber o Sangue de Nosso
Senhor Jesus Cristo que irá lavar a nossa alma do pecado e tirar-nos do inferno, o qual
merecemos por todos aqueles pecados. Então devemos nos preparar com uma devoção
muito grande, crendo que é verdadeiramente Nosso Senhor Jesus Cristo que está ali na
pessoa do sacerdote que nos dará a absolvição.
Além disso, alguns pecados causam danos às pessoas, como por exemplo: a calúnia, a
difamação, o roubo, o furto, a destruição de bens alheios. Devemos então fazer tudo o que
pudermos para reparar o dano que causamos ao próximo: se a pessoa que prejudicamos já
faleceu, devemos restituir o prejuízo em favor da família ou então de alguma instituição de
caridade. Mas se, na Confissão, não tivermos o desejo e o propósito de reparar os danos,
quando é possível fazê-lo, a confissão será inválida.
1.Quando foi a última vez que me confessei corretamente, ou seja, com a devida preparação?
Atenção: Se você nunca se preparou devidamente e sempre se confessou mal, deixando de
dizer pecados mortais que sabia que tinha cometido; ou se você confessou todos os pecados
mortais, mas sem verdadeiro arrependimento e propósito firme de não cometê-los mais, suas
confissões então foram inválidas e sacrílegas, sendo necessário fazer agora uma Confissão
Geral de toda a vida.
2. Comunguei em pecado mortal?
Atenção: Lembre-se de dizer quantas vezes você fez esses gravíssimos pecados, ou seja, o
número de confissões sacrílegas e de comunhões sacrílegas. Se, desgraçadamente, foram
muitas, diga ao sacerdote ao menos um número aproximado, como já ensinamos acima.
3. Alguma vez deixei de cumprir a penitência que o sacerdote me impôs? Não reparei os
danos que causei ao próximo?
4. Participei ativamente de alguma cerimônia ou culto não católico (ex.: das seitas
protestantes)?
Por exemplo: tomar a “ceia” protestante, ajudar numa celebração protestante, etc.. Esse
tipo de participação ativa é sempre proibido, pois o católico estaria honrando a cerimônia de
uma seita e reconhecendo um ministro herético como ministro da verdadeira religião, como
se a seita estivesse no mesmo nível da Igreja Católica.
Obs.: Quando o católico vai a alguma dessas cerimônias de não católicos unicamente por
razões sociais (como quando é convidado para um casamento ou um funeral de não católico),
essa ação pode ser permitida, desde que o católico não esteja ali participando ativamente da
cerimônia (ajudando nela, etc.) e desde que isso não seja motivo de escândalo para outros
católicos, nem haja perigo de abalar a fé do próprio sujeito ou de outros. Mas ainda assim é
prudente evitar tais cerimônias tanto quanto possível.
5. Sou membro ou fiz parte de alguma organização religiosa não católica, de alguma
sociedade secreta (ex: maçonaria) ou de algum grupo anticatólico?
6. Expus conscientemente a minha fé a um grande perigo, lendo ou assistindo a algum
conteúdo de caráter blasfemo, anticatólico ou herético?
7. Pratiquei ou colaborei em alguma superstição ou idolatria (alguns exemplos: previsão do
futuro, adivinhação, cartomancia, Jogo de Búzios, Magia, Tábua Ouija, feitiçaria, bruxaria,
magia branca, magia negra, Candomblé, Umbanda, Macumba, Reiki, feiticeiro, Vudu,
Cabala, Nova Era, “energias”, jogo do copo etc.)?
8. Participei de reuniões espíritas? Invoquei espíritos? Recebi passe? Acreditei em
reencarnação?
9. Invoquei a Satanás? Li textos, assisti a vídeos, a filmes ou ouvi músicas que invocam
explicitamente a Satanás?
10. Omiti algum dever ou prática religiosa por desprezo ou ódio a Deus?
11. Não professei externamente a minha fé católica quando havia necessidade grave de fazê-
lo?
Atenção: Há necessidade grave de professar a fé católica quando o exige a honra de
Deus ou o bem espiritual do próximo, mesmo que haja perigo de vida.
a) A honra de Deus exige a profissão externa da fé católica: 1) quando somos
interrogados pela legítima autoridade, e o silêncio, ou dissimulação, equivaler a
negar a fé; 2) ou quando alguém que odeia a Igreja, ou despreza a fé, nos obriga a
negar a fé por palavra ou obra.
b) O bem espiritual do próximo exige que professemos externamente nossa fé católica
quando, se não o fizermos, acontecerá grave escândalo (p. ex.: um sacerdote que se
cala ao ouvir uma heresia, pois seria como autorizá-la ante os demais) ou grave
perigo espiritual (p. ex.: de que os fracos na fé abandonem a fé se não lhes damos
exemplo de valentia e fortaleza ao confessá-la).
12. Recebi os Sacramentos sem respeito ou sem fé? Recebi o Crisma, a Eucaristia, o
Matrimônio, a Ordem em pecado mortal?
13. Desesperei da salvação, achando que os meus pecados eram maiores que a misericórdia
de Deus?
14. Pequei por presunção, esperando a salvação sem que eu tivesse que fugir do pecado e
guardar os Mandamentos?
Nosso Senhor diz no Evangelho: “Esforçai-vos para passar pela porta estreita, pois
muitos tentarão, mas não conseguirão”.
15. Acreditei na falsa doutrina que ensina que Deus, por ser misericórdia, irá salvar todas
as pessoas, ainda que elas não deixem o pecado?
16. Tive ódio a Deus? Revoltei-me contra Deus, por exemplo, por ter nascido com esta
aparência, com este sexo (masculino ou feminino), com esta condição social, ou por ter
perdido um parente, etc.?
SEGUNDO MANDAMENTO
Não tomarás o Nome do Senhor teu Deus em vão.
1. Pequei por blasfêmia? Escandalizei alguém com tais blasfêmias?
Obs.: A blasfêmia é cometida quando se diz qualquer injúria contra Deus, ou contra os
Santos, ou contra as coisas santas.
Por exemplo: Dizer “Deus é injusto”, “Deus não é bom”, “Maldito seja o Santo Antônio”
etc. Também se pode pecar por blasfêmia por meio de atos, por exemplo: cuspindo para o céu,
pisando ou quebrando as imagens sagradas. Além disso, também é blasfêmia quando uma
pessoa atribui a uma criatura qualidades que são devidas a Deus (como, por exemplo, chamar
o demônio de onipotente e santo); ou
Atenção: Quando dizemos coisas do tipo: “Meu Deus!”; “Nossa Senhora!”, como uma
expressão de indignação, espanto, ou costume, sem que seja expressão de desprezo de Deus
ou de ira contra Ele, não estamos cometendo um pecado mortal de blasfêmia, mas sim pecado
venial de irreverência.
2. Amaldiçoei (praguejei, xinguei) a mim mesmo, ou a outra pessoa ou a uma criatura por
ódio a Deus ou à Sua vontade?
Por exemplo: Maldito seja esse calor infernal etc.
3. Irritei alguém com o propósito de fazê-lo praguejar ou blasfemar contra Deus?
4. Jurei conscientemente em assuntos falsos ou desonestos, usando o nome de Deus, dos
santos, ou das coisas sagradas?
Por exemplo: “Eu juro por Deus que irei me vingar (assunto desonesto)”.
5. Fiz uma promessa a Deus e depois não a cumpri?
Obs.: Em caso de não cumprimento, depois de se confessar, cumpra a promessa.
Caso seja difícil de cumpri-la, ou o seu cumprimento esteja causando um prejuízo
espiritual, pode-se pedir a dispensa ou a substituição da promessa ao Bispo ou ao
pároco. O simples sacerdote não tem este poder.
6. Zombei (por palavras, piadas, atos) de Deus, de Nossa Senhora, dos Santos e suas
imagens, da Igreja, dos Sacramentos, ou de quaisquer coisas santas? Incentivei que outros
zombassem, rissem e desprezassem?
TERCEIRO MANDAMENTO
Guardar domingos e festas.
1. Faltei à Missa nos Domingos ou nos Dias Santos de guarda, por culpa própria?
Atenção: Este preceito obriga todos os fiéis batizados que possuem uso da razão e já tenham
completado sete anos de idade.
Obs.: Existem quatro Dias Santos de guarda que, no Brasil, não são transferidos para o
Domingo: Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro); Corpus Christi; Imaculada Conceição
(8 de dezembro); Natal do Senhor (25 de dezembro).
Para cumprir o preceito são necessárias a presença corporal e uma mínima atenção: não
cumpre o preceito quem ouve a Missa pela rádio ou assiste pela televisão.
(Obs.: Lembrar, no curso, de colocar alguns motivos de dispensa.)
2. Cheguei atrasado à Missa ou saí mais cedo, por culpa própria?
3. Fiz, propositalmente, com que outras pessoas faltassem à Missa nos Domingos ou nos
Dias Santos de guarda, ou saíssem mais cedo, ou chegassem atrasados?
4. Fiquei um longo tempo sem fazer ao menos um ato explicito de amor a Deus?
(Obs.: Aertnys-Damen, v. I, p. 287; A. Royo Marín, v. I, p. 325)
5. Nos Domingos ou nos Dias Santos de guarda, realizei trabalhos, atividades, ou negócios
que me impediram a participação da Santa Missa? Obriguei que outras pessoas realizassem
essas atividades, impedindo-lhes a participação na Santa Missa?
6. Nos Domingos ou nos Dias Santos de guarda, realizei trabalhos, atividades, ou negócios
que transformaram esses dias santos em um dia de trabalho como outro qualquer? Obriguei
outras pessoas a realizarem essas atividades?
Atenção: Existem tipos de serviços que não podem cessar, mesmo no Domingo ou nos Dias
Santos de guarda. Por exemplo: hospitais, farmácias, restaurantes, postos de combustíveis,
aeroportos, ônibus, táxis, serviços de segurança etc.
Obs.: Os proprietários, porém, devem esforçar-se para organizar o serviço de tal maneira
que os funcionários não fossem impedidos de guardar o preceito dominical.
QUARTO MANDAMENTO
Honrar pai e mãe
1. Tive ódio aos meus pais? Alegrei-me com o mal dos meus pais ou me entristeci com o
bem deles?
2. Desejei o mal aos meus pais?
3. Desejei a morte aos meus pais? Desejei, por egoísmo, receber a herança?
4. Nunca rezo pelos meus pais?
5. Tratei os meus pais com aspereza ou dureza como se lhes tivesse ódio?
6. Olhei os meus pais frequentemente com olhar de desprezo?
7. Neguei a palavra ou a saudação aos meus pais como sinal de inimizade?
8. Não ajudei os meus pais em situações de grave necessidade, sendo que era possível para
mim ajudá-los? Abandonei-os em suas doenças físicas ou emocionais? Abandonei-os na
velhice?
9. Não ajudei meus pais em situações de necessidades materiais (alimentação, vestes,
habitação, remédios), sendo que era possível para mim ajudá-los?
10. Não ajudei os meus pais em suas necessidades espirituais, sendo que era possível para
mim ajudá-los?
Por exemplo: Não chamei o sacerdote para dar os sacramentos aos meus pais quando
estavam gravemente enfermos, sendo que era possível para mim fazê-lo? Não providenciei o
funeral dos meus pais, sendo que era possível para mim fazê-lo?
11. Xinguei os meus pais?
12. Levantei a mão contra os meus pais? Bati nos meus pais?
Obs.: A agressão aos pais é pecado grave ainda que a lesão causada seja grave ou leve.
13. Entristeci gravemente os meus pais com palavras ou ações?
14. Humilhei os meus pais com palavras, gestos, ou ações?
15. Desobedeci aos meus pais em assuntos moralmente importantes? (Por exemplo: os pais
mandam o filho ir à Missa ao Domingo, e o filho não vai; os pais mandam o filho não ir àquela festa
indecente, e o filho vai; os pais mandam o filho deixar aquela má companhia, e o filho não deixa).
Obs.: Se o pai manda o filho fazer algo imoral, ou contrário à lei de Deus, o filho está obrigado
a desobedecer; pois, caso contrário, o filho pecará justamente por obedecer a seus pais, pois
“convém antes obedecer a Deus que aos homens” (At 4, 19). Por exemplo: os pais que
mandam o filho mentir, roubar, vingar-se, assistir a filme obsceno, ir à casa de prostituição,
usar roupas imodestas, usar drogas, embriagar-se etc.; os pais que mandam o filho não ir à
Missa, não rezar etc.
Atenção: Mesmo que o filho já seja maior de idade, se ainda permanece morando com os
pais, continua com o dever de obediência a eles.
16. Escarneci ou zombei de pessoas em posição de autoridade?
17. Insultei ou xinguei de sacerdotes ou de outras pessoas consagradas a Deus?
18. (Cônjuge) Maltratei, xinguei ou humilhei o meu cônjuge?
19. (Cônjuge) Impedi o meu cônjuge de cumprir seus deveres religiosos?
20. Sobre os meus filhos:
• Negligenciei o Batismo aos meus filhos o mais rápido dentro do possível?
• Não cumpri a grave obrigação que tenho de educar meus filhos na fé católica,
ensinando-os, por exemplo, a doutrina da Igreja, a digna recepção dos Sacramentos,
dando-lhes o suficiente para perseverarem até a morte no estado de graça?
Obs.: Os pais devem instruir os filhos a confessarem-se bem e motivá-los à Confissão a
partir dos sete anos, pois a partir dessa idade os filhos já são capazes de pecar gravemente.
Cabe lembrar também que todos os fiéis, a partir dos sete anos, são obrigados à Confissão
ao menos uma vez por ano (Cân. 989).
• Descuidei gravemente as necessidades materiais dos meus filhos?
• Por grave descuido, expus meus filhos pequenos a graves perigos físicos?
• Impedi que os meus filhos cuidassem dos seus deveres religiosos?
• Permiti que o namorado da minha filha (ou vice-versa) dormisse junto com ela?
• Não me esforcei por tirar os meus filhos da ocasião próxima de pecado?
Por exemplo: companhias perigosas; lugares suspeitos; festas indecentes; material
pornográfico.
• Permiti que meus filhos assistissem a filmes, ou a séries, ou a vídeos, ou a
programas de televisão imorais, sexuais ou obscenos?
• Deixei de corrigir os pecados graves e os vícios dos meus filhos?
• Castiguei os meus filhos com raiva, e até ódio, ou fui além do limite adequado
para o castigo sadio dos meus filhos?
• Fui mal exemplo para os meus filhos, dando-lhes ocasião de imitarem meus
pecados graves ou de se escandalizarem com eles (embriagues, palavras obscenas,
roupas indecentes, vídeos ou músicas imorais, deixar de ir à Missa ao Domingo
etc.)?
QUINTO MANDAMENTO
Não matarás
(lembrar de agravantes: idosos e legítimas autoridades)
1. Alimentei ódio para com alguém?
2. Desejei o mal a alguém? Desejei a doença e a desgraça a alguém? Desejei o inferno a
alguém?
3. Matei uma pessoa?
4. Quis matar ou procurei matar alguém?
5. Fiz ou tentei fazer aborto? Aconselhei ou ajudei alguém a fazer aborto? Defendi que as
pessoas têm o direito de fazer aborto?
6. Usei métodos abortivos (anticoncepcional, DIU e pílula do dia seguinte etc.)?
7. Pratiquei ou permiti a Eutanásia, apressando a morte de uma pessoa idosa ou doente)?
Defendi que as pessoas têm direito à Eutanásia?
8. Agredi fisicamente de forma injusta alguma pessoa? (Royo Marín, n. 544, PDF)
9. Discuti violentamente com alguma pessoa, com ódio no coração ou escandalizando
outras pessoas?
10. Desejei a vingança?
Atenção: Não é pecado desejar que um criminoso receba sua justa pena, desde que não
tenhamos ódio por ele.
11. Usei métodos artificiais de concepção (ex.: fertilização in vitro, inseminação artificial
etc.)? Obriguei ou aconselhei o uso destes métodos? Afirmei ou defendi que uma pessoa
pode usar métodos artificiais de concepção?
12. Retirei alguma parte significativa do meu corpo desnecessariamente? Fiz alguma
esterilização (vasectomia, ligadura de trompas etc.)?
Atenção: É permitido retirar alguma parte do corpo para a preservação da vida, por
exemplo: amputar um pé, um braço etc.; e até mesmo os órgãos ligados à reprodução humana:
como útero, ovários, testículos etc.
13. Tentei diretamente o suicídio? Induzi, instiguei ou auxiliei alguém a praticar
suicídio?
14. Usei, por mero prazer, bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas até perder
completamente o uso da razão? (Royo Marín, n. 488, PDF).
15. Cooperei com o pecado grave de outras pessoas?
Atenção: Colaborar diretamente com o pecado do outro é pecado, ou seja, quem ajuda
diretamente no pecado mortal de alguém comete também pecado mortal.
Por exemplo:
• Vender, prescrever, receitar, facilitar, fornecer, aconselhar coisas que só servem para o
mal, como: os diversos tipos de anticoncepcionais, pílulas do dia seguinte, DIU, camisinha,
vasectomia, ligadura de trompas, fertilização in vitro, fecundação artificial; livros, revistas e
vídeos pornográficos; livros, revistas e vídeos heréticos; drogas ilícitas etc.
Também pecam por cooperação os donos de hotéis, hospedarias, bares etc., que oferecem
espontaneamente ou facilitam o uso dos seus estabelecimentos para encontros claramente
pecaminosos ou festas claramente pecaminosas.
Além disso, pecam por cooperação os músicos e artistas que colaboram espontaneamente em
espetáculos, festas, bailes etc., que são claramente pecaminosos.
16. Conheço alguém que está em estado de pecado mortal ou perto de cometê-lo, e não
o corrigi como o exige a caridade cristã, sendo que havia esperança de a pessoa mudar de
vida?
Atenção: Não temos a obrigação de corrigir qualquer erro ou pequena falta alheia, mas
somente os pecados graves, pois está em jogo a salvação eterna da pessoa. Também não
temos obrigação de corrigir quando, após analisar a situação da pessoa, percebemos que
ela não dá sinal algum de que irá deixar o pecado mortal em questão.
SEXTO E NONO MANDAMENTOS
Não cometerás adultério e Não cobiçarás a mulher do próximo
Obs.: Ao ouvir confissões a respeito dessa matéria, o confessor deve ficar “de olhos
abertos”, evitando toda imaginação. Se o penitente começar a entrar em detalhes
indevidos, o confessor deve cortar a narrativa e fazer ele mesmo as perguntas neceesárias.
Atenção: A Igreja ensina (Papa Alexandre VII, DH 2060) que em relação à luxúria não há matéria
leve, ou seja, todos os pecados de luxúria são matéria grave. Os pecados de luxúria são: adultério;
masturbação; fornicação; olhares impuros; pensamentos impuros; abraços, beijos e toques feitos com
intenção de se excitar sexualmente; homossexualismo; bestialismo.
Obs.: Não tenha receio de confessar ao sacerdote qualquer pecado contra a castidade que
tenha cometido. Não esconda nem tente disfarçá-lo. O sacerdote está ali para ajudá-lo. Por
isso, não tenha medo, por mais envergonhado que esteja. Lembre-se que no dia do Juízo
Final haverá o julgamento universal de todos os seres humanos, e ali serão revelados todos
os pecados: “Porque não há nada oculto que não venha a ser descoberto, e nada há de escondido que
não venha a ser conhecido” (São Lucas 12, 2).
1. Tendo sido batizado na Igreja Católica, vivi uma “união estável” ou um casamento
meramente civil com alguém?
2. Neguei, sem causa grave (veja abaixo), a relação sexual ao meu cônjuge?
Atenção: É permitido a um cônjuge negar a relação sexual ao outro:
• Quando ele(a) cometeu adultério e não está arrependido(a);
• Quando ele(a) está sem o uso da razão (por exemplo: por estar embriagado[a]);
• Quando ele(a) quer perverter o ato sexual (por exemplo: usando anticoncepcionais, DIU,
camisinha, coito interrompido; querendo sexo oral, sexo anal, sexo assistido por outras
pessoas, sexo com pornografia, sexo grupal etc.) Nestes casos você tem a obrigação de
negar o ato sexual e de resistir-lhe energicamente;
• Quando ele(a) quer a relação sexual imoderadamente (por exemplo: várias vezes por dia ou
em épocas perigosas para o cônjuge);
• Quando ele(a) tem alguma doença contagiosa (por exemplo: gonorréia, sífilis, AIDS etc.);
• Quando a esposa está no período posterior ao parto. (Pergunte ao médico o tempo de
resguardo).
3. Usei métodos contraceptivos (ex.: pílula do dia seguinte, anticoncepcional, DIU,
camisinha, coito interrompido etc.)? Obriguei ou aconselhei o uso destes contraceptivos?
Afirmei ou defendi que uma pessoa pode usar métodos contraceptivos?
4. Pratiquei o onanismo?
Atenção: Onanismo acontece quando o homem ejacula fora do orgão sexual da mulher, a
fim de evitar a gravidez.
5. Vi pornografia com meu cônjuge? Obriguei meu cônjuge a ver pornografia?
6. Cometi adultério? Com que tipo de pessoa? (solteira, virgem, menor de idade, casada,
prostituta, celibatária, consagrada a Deus, portadora de necessidade especial).
7. Sou casado na Igreja e causei a minha separação do meu cônjuge?
8. Sou casado na Igreja e após a separação cometi adultério (por namoro ou algum tipo de
“segunda união”: o concubinato, o casamento civil etc.)?
Disse Jesus: “Todo aquele que rejeita sua mulher, a faz tornar-se adúltera, a não ser que se
trate de matrimônio falso; e todo aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete um
adultério” (Mateus 5, 32).
9. Fiz sexo sem ser casado? Com que tipo de pessoa? (solteira, virgem, parente próximo,
menor de idade, casada, prostituta, celibatária, consagrada a Deus, portadora de
necessidade especial).
10. Toquei uma criança buscando satisfação sexual? Tive relação sexual com criança?
11. Usei de violência (física ou moral) a fim de levar uma pessoa ao pecado contra a
castidade? Ou seduzi alguma pessoa valendo-me da minha influência ou autoridade sobre
ela? Com que tipo de pessoa? (solteira, virgem, menor de idade, casada, prostituta,
celibatária, consagrada a Deus, portadora de necessidade especial).
12. Cometi algum pecado sexual contra a natureza, por exemplo: homossexualismo, incesto
(com parentes de sangue), bestialismo (com animais)?
13. Defendi ou apoiei a cultura da revolução sexual (sexo livre, poligamia, divórcio,
adultério, homossexualismo, mudança de sexo, incesto, bestialismo, pedofilia etc.)? Afirmei
ou defendi que, se as pessoas se amam, elas têm o direito de fazer essas coisas?
14. Pequei por pornografia, ou seja, textos, fotos, ou vídeos com conteúdo sexual explícito?
Tenho o hábito de cair neste pecado? Mantive as ocasiões de cair na pornografia? Confessei-
me sem ter a firme decisão de deixar essas práticas? Confessei-me sem ter a firme decisão
de deixar as ocasiões próximas desse pecado?
15. Divulguei textos, vídeos ou imagens pornográficos? Mantive o recebimento destes
vídeos ou imagens, por exemplo, não rompendo com aquele suposto “amigo” (ou aquele
“grupo” no What’sApp) que me envia os tal material pornográfico?
16. Pequei por masturbação, ou seja, toquei o meu corpo com o fim de obter prazer sexual?
Tenho o hábito de cair neste pecado? Mantive as ocasiões de cair na masturbação?
Confessei-me sem ter a firme decisão de deixar essa prática? Confessei-me sem ter a firme
decisão de deixar as ocasiões próximas desse pecado?
17. Toquei, abracei, ou beijei outra pessoa buscando prazer sexual naquilo? Isto é um pecado
mortal mesmo que seja com namorado(a) ou noivo(a).
Quanto aos namorados: O prazer sexual é algo próprio do matrimônio, portanto as
pessoas que não são casadas não podem buscar a excitação sexual, já que não podem ter
relação sexual. Então, se eu não posso fazer sexo, também não posso me preparar para ele.
Por isso, é imoral fazer aqueles toques, abraços ou beijos que são próprios para causar
excitação sexual, como por exemplo: beijo de língua, abraços “calorosos”, toques nas partes
íntimas. Se o nomorado ou a namorada começca a perceber o movimento de excitação (plena
advertência) e nao interrompe aquilo que está causando excitação (pleno consentimento),
ele(a) peca mortalmente.
Obs.: Conselho que o Padre dá no confessionário para os namorados que caem na fornicação
(atos preparatórios).
Quanto aos noivos: como também não são casados, eles não podem se excitar por meio
desses mesmos beijos, abraços e toques: se não podem fazer sexo (porque ainda não são
casados), não podem também se preparar para a sexo. Aplica-se a eles o mesmo que aos
namorados.
Quanto aos casados: 1) Fora do ato conjugal, os esposos podem fazer certos tipos de beijos,
abraços e carícias para alimentar o amor entre si, desde que não haja perigo próximo de
polução (ejaculação): sendo assim, caso percebam o risco próximo de polução, devem
interromper esses atos; 2) Dentro do ato conjugal, são lícitos os atos prepatórios e
complementares, desde que haja intenção de realizar o ato principal e não haja perigo de
polução (ejaculação) fora do orgão sexual da mulher.
18. Pratiquei a impureza por pensamentos e olhares? Quem foi objeto desses pensamentos
ou olhares: pessoa casada, parente próximo, pessoa consagrada, menor de idade?
Atenção: Quando percebemos que um pensamento impuro veio à nossa mente ou que um
olhar pode nos levar à excitação sexual, devemos desviar imediatamente o pensamento ou o
olhar para outra coisa. Se não fazermos isso, mas continuarmos a pensar ou a olhar, então
consentimos no pecado de impureza.
19. Sendo casado, pratiquei o ato conjugal pensando voluntariamente em outra pessoa?
20. Recordei-me intencionalmente dos pecados cometidos contra a castidade, para buscar
prazer nesta lembrança?
21. Li livros sexuais ou obscenos?
Atenção: A leitura proposital de livros que tratam, narram ou ensinam coisas sexuais ou
obscenas é matéria de pecado mortal, mesmo que se faça por mera curiosidade, lazer, ou
distração, uma vez que tais livros são incentivadores diretos do prazer sexual.
Obs.: Já a leitura de livros românticos, por mera curiosidade, lazer, ou distração, é pecado
venial, pois embora não falem ou narrem claramente as relações sexuais, o simples fato de
contarem histórias românticas, de paixões, de traição, de adultério etc., é suficiente para
movimentar as emoções e encher o pensamento de imagens indecentes. A Igreja e os Santos
sempre ensinaram que ler tais livros é muito nocivo, principalmente para os jovens, pois
muitas vezes esse tipo de leitura mantém a pessoa aprisionada ao pecado de impureza,
fazendo com que depois procure a pornografia e comece a sentir desejos sexuais. Atenção:
Embora seja pecado venial, se a leitura desses livros românticos começar a causar excitação
sexual, devemos abandoná-los imediatamente, pois se continuarmos a ler, estaremos
consentindo na excitação sexual e cometendo pecado mortal.
22. Assisti a filmes, séries, vídeos ou programas de televisão com conteúdo pornográfico ou
obsceno?
Atenção: A mesma regra que vale para os livros, também vale para os vídeos e os programas
modernos. Não somente a pornografia explícita é pecado mortal. Os filmes, vídeos ou
programas de televisão que tratam propositalmente de coisas obscenas também são matéria
de pecado mortal.
Obs.: Já o assistir, por mera curiosidade, lazer ou distração, filmes, séries, vídeos ou
programas de televisão românticos que não sejam explicitamente, é pecado venial. O perigo
destes vídeos, séries e programas é ainda mais alto que o dos livros, já que estimulam muito
mais os nossos olhos, ouvidos e a nossa imaginação. Atenção: Embora seja pecado venial, se
tais videos, séries ou programas de televisão começarem a causar excitação sexual, devemos
abandoná-los imediatamente, pois se continuarmos a assistir estaremos consentindo na
excitação sexual e cometendo pecado mortal.
23. Promovi conversas eróticas, com o fim de buscar prazer sexual, induzir outros a pecar
ou ensinar o pecado a outras pessoas? Exemplos: conversas eróticas no What’sApp ou em
outros meios de bate-papo; ensinar aos outros a masturbação.
24. Expus-me conscientemente ao perigo de excitação sexual ao promover conversas
eróticas?
25. Escandalizei alguém com tais conversas eróticas? (Exemplo: um sacerdote, ou um pai de
família, falando coisas eróticas diante de crianças)
26. Ouvi tais conversas eróticas com consentimento no prazer sexual?
27. Ouvi músicas eróticas com consentimento no prazer sexual que causaram? Escandalizei
alguém com tais músicas?
28. Tentei seduzir alguma pessoa com o fim de cometer pecados contra a castidade (sexo
antes do matrimônio, adultério, masturbação etc.)?
29. (Homem e Mulher) Expus-me publicamente com roupas escandalosas consciente da
possibilidade de seduzir ou escandalizar outras pessoas (ex.: roupas coladas, decotadas,
curtas, transparentes)?
Atenção: As mulheres, sobretudo, devem entender a grande falta de caridade que é vestir-se
com roupas coladas, decotadas, curtas, transparentes etc. Considerem que podem estar
sendo objeto de desejo sexual de uma multidão de homens, inclusive homens casados, pois
esses tipos de roupas instigam e facilitam o pecado mortal por parte dos homens. Sigam,
portanto, o exemplo da Virgem Maria!
Obs.: Quando uma pessoa se decide a abandonar as roupas imodestas, deve desfazer-se de
tais roupas e não pode doá-las para alguém, pois “o que é pecado para mim, também é pecado
para os outro”s.
30. Gabei-me dos meus pecados? Por exemplo: além de ter feito sexo antes do casamento
(fornicação), o sujeito ainda fica contando isso aos amigos, para ser honrado por eles.
Atenção: Por caridade para com o sacerdote, diga apenas o pecado com seus agravantes, juntos ao
número de vezes, mas sem entrar em detalhes.
OITAVO MANDAMENTO
Não levantarás falsos testemunhos contra o teu próximo
1. Contei mentiras que causaram grave dano a uma pessoa ou aos seus bens?
2. Tenho o hábito de dizer mentiras e penso que isso é coisa de pouca importância?
3. Caluniei alguém, dizendo que a pessoa cometeu algum crime ou pecado grave que eu
sabia claramente que ela não tinha cometido?
4. Fiz julgamentos temerários a respeito de alguém, isto é, acreditei firmemente, sem provas
suficientes, que uma pessoa era culpada de algum defeito moral ou crime?
Obs.: Este é um pecado interno, em que alguém afirma interiormente que tal pessoa fez
isso ou aquilo, ou que ela tem esse ou aquele defeito ou pecado, mas afirma isso sem ter
verdadeiras provas para pensar daquele jeito. É diferente da calúnia, pois na calúnia a pessoa
diz externamente para outras pessoas e afirma que aquele sujeito cometeu um crime ou
pecado grave, mesmo sabendo que é mentira.
5. Revelei, sem nenhum motivo importante, as faltas ou pecados que uma pessoa realmente
cometeu, mas que eram ocultas?
Obs.: Este é o pecado de maledicência. Algumas pessoas dizem que “dizer a verdade não
merece castigo”. Porém, todos têm direito a uma boa reputação e nós não podemos sair por
aí dizendo as faltas e os defeitos alheios sem que haja um motivo realmente importante.
Haveria necessidade por exemplo, no caso de um jovem que tem um amigo que está usando
drogas e esse jovem vai até a mãe do que está se drogando e conta para ela tudo aquilo que o
filho está fazendo. Isso é caridade!
6. Revelei algum segredo importante, sendo que a pessoa que me disse esperava que eu
guardasse sigilo? Tenho o hábito de revelar os segredos das pessoas?
7. Fui culpado de fazer intrigas, por exemplo: exagerando as opiniões de uma pessoa sobre a
outra, para criar inimizade entre elas?
8. Faço fofocas? Gosto de ouvir fofocas?
9. Dei crédito ou apoio à divulgação de escândalos sobre o meu próximo?
10. Jurei falso ou assinei documentos falsos?
11. Reclamo ou falo mal de outras pessoas em minhas conversas, sem caridade e real
necessidade?
12. Lisonjeei outras pessoas com elogios vãos? Tenho o hábito de lisonjear outras pessoas?
13. Bajulei ou fiz falsos elogios com intenção de conseguir algo?
14. Feri injustamente a honra de alguém, de modo grave (por xingamentos, maldições,
zombarias)? (Aertnys, v. I, n. 1034)
15. Provoquei conscientemente a inimizade entre outras pessoas?
ATO DE CONTRIÇÃO
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu: por serdes
Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos
amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me
também de ter perdido o céu e merecido o inferno; e proponho firmemente, ajudado com o
auxílio de Vossa divina graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero
alcançar o perdão de minhas culpas, pela Vossa infinita misericórdia. Amém.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
MARÍN, Antonio Royo. Teologia Moral para Seglares. 7.ª ed., Madrid: BAC, 2007, vol. 1 e 2.
AERTNYS-DAMEN. Theologia Moralis secundum doctrinam S. Alfonsi de Ligorio doct.
Ecclesiae. 16.ª ed., Taurini: Marietti, 1950, Tomus I et II.
DE LIGUORI, S. Alfonso Maria, Istruzione e pratica pei confessori. Disponível em:
http://www.intratext.com/IXT/ITASA0000/_IDX079.HTM
IV. APÊNDICE
Preparação remota. O grande pontífice São Pio X, no decreto Sacra Tridentina Synodus, de 20
de dezembro de 1905, desfez para sempre a controvérsia histórica sobre as disposições
requeridas para receber a sagrada comunhão. O papa determina que, para receber a
comunhão frequente e mesmo diária, são requeridas tão somente as seguintes condições:
• Estado de graça;
• Reta intenção (ou seja, que não se comungue por vaidade ou rotina, mas sim para
agradar a Deus);
[Obs.: Infelizmente há pessoas que, embora estejam em estado de graça, não estão
preparadas para comungar. De fato, muitas pessoas passam a Missa distraídas, sem
recolhimento, sem se esforçarem para rezar ou sem a verdadeira reverência e adoração
ao Santíssimo Sacramento, sem terem consciência de que é o próprio Deus que está lá
naquela Hóstia consagrada, e mesmo assim vão comungar, transformando aquilo que
deveria ser uma experiência maravilhosa do amor de Deus, em uma rotina deplorável!
E ainda há aquelas pessoas que vão comungar, pensando: “Se eu não for comungar,
alguém pode pensar que eu não estou em estado de graça”. Eis alguns exemplos de
pessoas que, embora estejam em estado de graça, comungam sem reta intenção, seja
por rotina, seja por vaidade.]
• É muito conveniente estar limpo de pecados veniais, mas não é absolutamente
necessário: a comunhão ajudará a vencê-los;
• Recomenda-se a diligente preparação e ação de graças;
• Deve-se proceder com o conselho do confessor.
Ninguém que reúna estas condições pode ser privado da comunhão frequente e mesmo diária.
De qualquer forma, é evidente que as pessoas que quiserem adiantar-se seriamente na
perfeição cristã devem procurar intensificar até o máximo essas condições. Sua preparação
remota deve consistir em levar uma vida digna daquele que comungou pela manhã e que
voltará a comungar no dia seguinte. Deve-se insistir principalmente em rejeitar todo o apego
ao pecado venial, sobretudo aquele plenamente deliberado, e em combater o modo tíbio e
imperfeito de agir, o qual supõe a perfeita abnegação de si mesmo e a tendência à prática do que
é o mais perfeito para nós em cada acontecimento, levando em conta todas as circunstâncias.
Preparação próxima. São quatro as principais disposições próximas que a alma fervorosa
deve excitar em si, implorando-as de Deus com humilde e perseverante insistência:
• Fé viva;
• Humildade profunda;
• Confiança ilimitada;
• Fome e sede de comungar.
Obs.: Quando a Igreja diz que a confissão é inválida, significa que o penitente não recebe o
perdão dos seus pecados: mesmo que o sacerdote dê a absolvição, o penitente não terá os
pecados realmente perdoados se não cumprir os requisitos estabelecidos pela Igreja, pois
ele não apresentou a matéria para a realização do sacramento e não há sacramento sem
matéria válida. A matéria (remota) do sacramento da Eucaristia é o pão de trigo e o vinho
da videira: assim, se o sacerdote usar bolacha e suco de uva, não acontece a consagração. A
matéria do sacramento da Confissão são os atos do penitente: arrependimento, propósito,
confissão (que leva incluso o exame de consciência) e a penitência. Se o penitente não oferece
a matéria válida na Confissão, não haverá sacramento e portanto o penitente não receberá
perdão nenhum. Portanto, não adianta fingir ou fazer teatro durante a Confissão, pois
iremos continuar nos nossos pecados. Devemos nos preparar como convém e levar a sério
a nossa salvação!
Tudo isso não é uma “burocracia” da Igreja, mas algo ensinado e vivido desde os princípios
do cristianismo. Lembremos que a Confissão é um sacramento e não uma mágica! Santa
Teresa de Ávila não cessava de repetir aos pregadores: “Pregai, pregai sobre as confissões mal
feitas, pois é em consequência delas que a maior parte dos cristãos se condena”.