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CULPA E GRAÇA

As pessoas sentem-se culpadas por várias razões. Os conceitos individuais de


certo ou errado, de bom ou mau, geralmente são formados na infância de
acordo com os padrões que os pais os transmitem.

Se esses padrões forem rígidos demais ou inatingíveis, podem gerar o


sentimento de culpa. A culpa e os sentimentos de culpa entraram na História
da Humanidade a partir do pecado original (desobediência de Adão e Eva),
como relatado em Gênesis 3.

É exatamente a culpa e o seus sentimentos que são alvos da ação do Espírito


Santo para convencer o homem do seu pecado. (João 16.8 – 11).

A culpa pode trazer várias consequências.


POR EXEMPLO, infringir a lei pode levar à prisão e condenação. A culpa
pessoal leva, muitas vezes, à autocrítica e à autocondenação, sem haver o
arrependimento. Deus, no entanto, não abandonou o homem após a queda.
Ele providenciou um meio para livrar o homem da culpa e do próprio pecado,
falta ou erro. A sua graça misericordiosa dá ao homem a oportunidade de
reconhecer o seu pecado, arrepender-se e livrar-se do pecado – “se confessar
os seus pecados, Ele é fiel e justo para purificá-lo de toda a injustiça” (I João
1.9).

Nem todos os sentimentos de culpa são ruins, pois eles podem nos levar a
confessar o pecado, ter o perdão e a agir, depois, de modo diferente.

Os sentimentos de culpa tornam-se nocivos quando perduram sob a forma de


influências paralisantes. São esses que precisamos evitar e eliminar. Nenhum
de nós chegará à perfeição neste mundo, mas devemos agir como o apóstolo
Paulo ensina, em Filipenses 3.12 – 16, reconhecer as faltas, arrepender-se,
confessar a Deus, deixando que as experiências negativas do passado, sirvam
de fortaleza para a vitória. Todos pecamos ainda, mas a graça de Deus em
Cristo está ao nosso dispor para que alcancemos a vitória.

https://ibvm.org.br/culpa-humana-e-graca-de-deus-romanos-2-1-11/
Liberdade do pecado, no entanto, nem sempre significa liberdade de sentimentos de
culpa. Mesmo quando nossos pecados são perdoados, ainda nos lembramos deles.
Além disso, temos um inimigo espiritual, chamado de “acusador de nossos irmãos” em
Apocalipse 12:10, o qual nos lembra de uma forma tão cruel todas as nossas falhas,
erros e pecados. Quando um Cristão experimenta de sentimentos de culpa, ele/ela
deve fazer o seguinte:

1) Confesse todos os pecados previamente cometidos que ainda não foram


confessados e sobre os quais você tem conhecimento. Em alguns casos, sentimentos
de culpa são apropriados porque confissão é necessária. Muitas vezes nos sentimos
culpados porque somos culpados! (Veja a descrição de Davi de pecado e a sua solução
em Salmos 32:3-5).

2) Peça ao Senhor que revele qualquer outro pecado que precisa ser confessado. Tenha
a coragem de ser completamente aberto e honesto diante do Senhor. “Sonda-me, ó
Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há
em mim algum caminho mau” (Salmos 139:23-24a).

3) Confie na promessa de que Deus vai perdoar o pecado e remover a culpa baseado
no sangue de Cristo (1 João 1:9; Salmos 85:2; 86:5; Romanos 8:1).

4) Nas ocasiões em que sentimentos de culpa surgem sobre pecados já confessados e


abandonados, rejeite esses sentimentos como culpa falsa. O Senhor tem sido fiel à sua
promessa de perdoar. Leia e medite em Salmos 103:8-12.

5) Peça ao Senhor para repreender a Satanás, seu acusador, e peça ao Senhor que
restaure a alegria que acompanha a liberdade de culpa.

Salmos 32 é um estudo muito proveitoso. Apesar de Davi ter pecado de forma terrível,
ele encontrou liberdade dos seus pecados e sentimentos de culpa. Ele lidou com a
causa da culpa e a realidade do perdão. Salmos 51 é uma outra passagem muito boa
para investigar. A ênfase aqui é a confissão do pecado enquanto Davi implora a Deus
com um coração cheio de culpa e sofrimento. Restauração e gozo são os resultados.

Finalmente, se pecado tem sido confessado e arrependimento tem ocorrido, então é


certo que o pecado tem sido perdoado e é hora de seguir para a frente. Lembre-se que
aquele tem vindo a Cristo através de fé tem sido transformado em uma nova criatura.
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas
antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17). Parte das “coisas
antigas” que “já passaram” é a lembrança de pecados passados e a culpa que
produziam. Triste dizer que muitos Cristãos têm a tendência de ter prazer em recordar
as vidas pecaminosas que viviam antes de vir a Cristo, memórias tais que deviam estar
mortas e enterradas há muito tempo. Isso não faz nenhum sentido e vai de encontro à
vida Cristã vitoriosa que Deus quer que tenhamos. Um antigo provérbio diz: “Se Deus
lhe salvou de uma piscina de pecado, não dê um mergulho para dar uma nadada”.

O que é Perdão:
Perdão é a ação humana de se livrar de uma culpa, uma ofensa, uma dívida
e etc. O perdão é um processo mental que visa a eliminação de qualquer
ressentimento, raiva, rancor ou outro sentimento negativo sobre determinada
pessoa ou por si próprio.

A ideia do "perdão de Deus" é comum em todas as doutrinas religiosas. Quando um


indivíduo comete alguma ação considerada pecado ou que é o oposto às normas
propostas por determinada religião, este deve pedir perdão de seus pecados à Deus,
através de orações ou penitências.

Perdão judicial
O perdão judicial consiste na abolição da culpa de um indivíduo, perante o
Estado, quando este comete delitos sob circunstâncias que estão
expressamente definidas no código penal, sendo assim dispensado de cumprir
uma pena, determinação, obrigação ou ordem judicial.

Um exemplo de perdão judicial está descrito no artigo 121, § 5º do Código


Penal Brasileiro: "na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de
aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária".

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