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APOSTILA Nº 01 - Aluno
No período anterior a Revolução Industrial, os produtos eram fabricados por artesãos que, em sua
maioria, pouco se preocupavam em constituir pessoas jurídicas e com o cálculo de seus custos. A
Contabilidade nessa época, tinha sua maior aplicação no segmento comercial, sendo utilizada para
apuração do resultado do exercício. Os comerciantes para apurar o resultado do exercício somavam
as receitas e subtraíam delas o custo da mercadoria vendida, gerando o lucro bruto. Do Lucro Bruto
eram deduzidas as demais despesas e, assim encontravam o lucro ou prejuízo do período (esse
sistema de apuração ainda hoje é utilizado pela Contabilidade).
Exemplo:
(+) Vendas (Receitas)
(-) Custo de Mercadorias Vendidas
(=)Lucro Bruto
(-) Desps. Administrativas
(-) Desps. Comerciais
(-)Desps. Financeiras
(=) Lucro / Prejuízo
Na atividade comercial o custo da mercadoria vendida era fácil de ser identificado, uma vez que sua
composição resulta do valor pago pela mercadoria, mais tributos não compensáveis, mais fretes
pagos e seguros.
No caso de haver variação de estoques, aplica-se a fórmula envolvendo, estoque inicial, compras
e estoque final para encontrar o CMV. (CMV = Ei + Compras – EF )
O incremento da indústria, com suas inúmeras variáveis produtivas (o fabricante compra materiais
No segmento industrial, a mesma sistemática de cálculo de custo dos produtos seria ineficiente
ao ser utilizada, uma vez que o fabricante compra materiais e os transforma, paga mão-de-obra
para elaborá-los e ainda, o consumo de uma infinidade de outros custos (energia, água etc.),
para enfim gerar o bem para venda.
Nessa situação, na qual vários insumos são consumidos para elaboração de um novo produto,
deixa de ser tão simples o cálculo de custos a ser implementado. Essa dificuldade ou
necessidade fez surgir a Contabilidade de Custos, inicialmente com a finalidade de mensurar
os estoques produzidos e determinar o resultado do exercício.
A Contabilidade de Custos aparece pela primeira vez como técnica independente e sistemática,
nos Estados Unidos, envolvendo a produção industrial, sobretudo estudando os problemas de
mão-de-obra e repercussões no custo industrial.
É importante ressaltar que a Contabilidade de Custos, vai além de sua aplicação somente às
indústrias, sendo que é possível calcular custos comerciais, de serviços, agrícolas etc. Porém a
ênfase maior é dada à atividade industrial, uma vez que é neste segmento seu maior campo de
atuação (motivo esse que leva muitos a denominarem, erroneamente, a Contabilidade de Custos
como sinônimo de Contabilidade Industrial).
Nesse campo, a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao controle e a
ajuda às tomadas de decisões. O Controle tem por objetivo o fornecimento de dados para o
estabelecimento de padrões, orçamentos e demais formas de previsão bem como o
acompanhamento do efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente
definidos. No que diz respeito à Decisão, por sua vez, consiste na alimentação de informações
sobre valores relevantes relativos às consequências de, curto e longo prazos sobre medidas de
introdução ou corte de produtos, administração de preços de vendas, opção de compra ou produção
entre outras. Assim, a Contabilidade de Custos passou, nessas últimas décadas, de mera auxiliar
na avaliação de estoques e lucros globais para importante ferramenta de controle e decisão
gerenciais.
Ela destina-se a controlar movimentações ligadas direta e indiretamente ao que é produzido pela
empresa, controlando desde matéria prima a mão de obra empregada bem como apura rateios de
forma a permitir que custos sejam aplicados de forma homogênea a produção e, desta forma,
permitir o gerenciamento para redução de perdas, redução de custos e maximização da produção,
de forma a aumentar também os lucros.
Exercícios de Fixação
Princípio do Custo Histórico com Base de Valor (Registro pelo Valor Original).
Os ativos são registrados pelo valor de entrada (valor da nota fiscal ou custo de
produção). Os custos de produção são lançados na Contabilidade pelo valor de
compra para que, no Balanço Patrimonial, os estoques apareçam pelos valores dos
custos de produção.
Consistência (ou Uniformidade). Entre vários critérios que existem para o registro
contábil, a empresa deve escolher um deles e adotá-lo de forma consistente, não
podendo mudá-lo em cada período. A mudança de critérios pode ser realizada caso
haja um fato relevante que justifique tal mudança.
02. Segundo Martins (2010), a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos,
representada por pessoas e máquinas (na maioria dos casos), em que se desenvolvem
atividades homogêneas, denomina-se:
a. Controle de Qualidade.
b. Departamento.
c. Centro de Distribuição.
03. Qual é o Princípio Contábil que aplicado à Contabilidade de Custos, estabelece que existindo
diversas alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, todas válidas dentro dos
princípios geralmente aceitos, deve a empresa adotar uma delas passando a utilizá-la
sempre, sem mudar o critério em cada período?
a. Conservadorismo ou Prudência.
b. Materialidade ou Relevância.
c. Consistência ou Uniformidade.
04. “Esta regra contábil é de extrema importância para Custos. Ela desobriga de um tratamento
mais rigoroso aqueles itens cujo valor monetário é pequeno dentro dos gastos totais”. De
qual princípio em Custos estamos falando?
a. Materialidade (ou Relevância).
b. Princípio do custo histórico como base de valor.
c. Consistência (ou Uniformidade).
06. Existindo diversas alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, todas válidas
dentro dos princípios geralmente aceitos, assinale abaixo a terminologia adotada pela
Contabilidade de Custos que orienta a empresa a adotar uma dessas alternativas de forma
consistente.
a. Realização da receita.
b. Uniformidade.
c. Competência.
Assim, os Custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão de obra da área
fabril (a mão de obra compreende qualquer funcionário de uma empresa que trabalhe no processo
de fabricação ou em funções administrativas da divisão fabril. O custo da mão de obra corresponde
à somatória dos gastos com salários e encargos sociais), matéria-prima (a matéria- prima
compreende os materiais usados no processo de fabricação, transformados em produtos), aluguéis
de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris, energia elétrica consumida na
fábrica, etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à produção, como mão de obra dos
departamentos de administração e de vendas, comissões de vendedores, aluguéis de escritórios,
depreciação de móveis e utensílios, manutenção e depreciação dos prédios administrativos, etc.
TERMO DEFINIÇÃO
INVESTIMENTO Gasto com bem ou serviço registrados no ativo das empresas, em função de sua
vida útil e da sua destinação.
DESPESA Gasto com bens e serviços que não estejam relacionados diretamente com a
produção, mas realizados para a obtenção de receitas.
EXERCICIOS
3) Desembolso representa:
a) Pagamento pela aquisição de um bem ou pela obtenção de um serviço
b) Aquisição a prazo de móveis e utensílios
c) Depreciação de equipamentos da fábrica
d) A apropriação dos gastos de mão de obra
e) Constituição de provisão
4) Investimento representa:
a) Qualquer desembolso para a aquisição de um serviço
b) Um gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a
períodos futuros
c) Gasto com bens e serviços consumidos com a finalidade de obter receitas
d) Gasto de salários e encargos sociais do pessoal de vendas
e) Gastos não intencionais, decorrentes de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal
da empresa.
Os Custos são classificados de várias formas para atender às diversas finalidades para as quais
são apurados. As duas classificações básicas compreendem aquelas que permitem determinar
o custo de cada produto fabricado e o seu comportamento em diferentes níveis de produção em
que uma empresa possa operar.
a) Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são
classificados em Custos Diretos e Indiretos.
b) Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção: para determinar os custos de
vários níveis de produção, eles se classificam em Custos Fixos e Custos Variáveis.
CUSTOS DIRETOS: São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos
fabricados porque há uma medida objetiva de seu consumo nessa fabricação. Exemplos:
Mão de obra direta: trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados diretamente na
produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra,
é possível apropriá-la diretamente ao produto.
Energia elétrica das máquinas: quando sabemos quanto foi consumido na produção de cada
produto.
CUSTOS INDIRETOS: São os que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem
apropriados em diferentes produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de
base ou critério de rateio. Exemplos:
Depreciação de equipamentos: quando utilizados na fabricação de um produto.
Salários dos coordenadores / supervisores de equipes de produção.
Gastos com limpeza da fábrica.
Energia Elétrica: quando desconhecemos a medida exata do quanto foi consumido na produção
de cada produto ou quando for difícil ser associada diretamente ao produto.
CUSTOS FIXOS: São os custos que, dentro de determinada atividade, não variam com o
volume de produção. São fixos em relação ao volume de produção, mas variáveis em relação
às unidades produzidas, pois quanto maior for a quantidade produzida, menor será o índice
desses custos sobre as unidades.
Exemplos:
Supervisor de Fábrica.
Aluguéis.
CUSTOS VARIÁVEIS: São assim denominados os custos que variam proporcionalmente com o
volume da produção ou das atividades desenvolvidas pela empresa.
Exemplos:
Materiais diretos.
Mão de obra direta
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Atividade 4: Em determinado mês foram fabricadas 1.000 unidades do produto X. Os custos incorridos
nesse mês foram:
Fixo R$ 120.000
Variáveis R$ 250.000
Pede-se:
b) Se a produção do período fosse 1.500 unidades, qual seria o custo total e o custo unitário?
Atividade 5: Uma indústria fabricou, no mês de fevereiro, 34.000 unidades de um determinado produto e
obteve as seguintes informações:
Se a empresa tivesse produzido 48.000 unidades desse produto, no mesmo mês, com as mesmas
instalações, considerando o custo variável e custo fixo, determinados acima, pergunta-se:
Atividade 6: Uma indústria fabricou, no mês de fevereiro, 57.253 unidades de um determinado produto e
obteve as seguintes informações:
MP (Variável) R$ 85.249,27
Custos Totais
Custo Unitário
11)Dada sua natureza, os custos .......................... existem independentemente da fabricação ou não desta ou
aquela unidade.
a) Fixos;
b) Variáveis;
c) Diretos;
12)Uma empresa restringiu sua linha de produção a um único produto. Assim sendo, a energia elétrica gasta em
sua fábrica será considerada (em relação à produção total)
a) Custo indireto variável;
b) Custo indireto fixo;
c) Custo direto fixo;
d) Custo direto variável;
e) Despesa operacional.
Responda as questões 13, 14 e 15, a seguir, com base nas informações da empresa industrial BETA: