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IGREJA PENTECOSTAL DO SENHOR JESUS CRISTO

ESTUDO BÍBLICO JOVENS E ADOLESCENTES

Aula 3.
(12 aulas)
Daniel 3 Estudo: O Quarto Homem da Fornalha
Em Daniel 3, vemos um dos episódios mais famosos da Bíblia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha
ardente. Tudo começou com mais uma atitude narcisista do rei Nabucodonosor.
Desta vez, impulsionado por suas conquistas e pela glória da Babilônia ele decide fazer uma estátua de ouro e ordena
que todos a reverenciem.
Para os que pensassem em desobedecer, ele deixou um aviso: “Quem não se prostrar em terra e não a adorar será
imediatamente atirado numa fornalha em chamas”.
O que houve é que quando todos deveriam prostrar-se diante da estátua, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego
permaneceram de pé. É uma grande lição para nós. Muitos cristãos se prostram diante da pressão do mundo, muitas
vezes por coisas tão pequenas. Um namoro, um sentimento, um desejo, um pensamento, enfim.
Os amigos de Daniel devem ser inspiração para nós. Mesmo com suas vidas em perigo eles não abandonaram sua fé.
Se mantiveram de pé e honraram a Deus.
Isto desagradou e muito, ao rei que deu ordem para que a fornalha fosse sete vezes mais aquecida.
Sadraque, Mesaque e Abede-nego foram lançados dentro dela. Contudo, um quarto “homem” apareceu dentro dela, e
era semelhante “um filho dos deuses”. Glória a Deus! O Senhor não nos desampara. Se confiarmos nele e dependermos
inteiramente de Seu grande Amor, Ele nos mostra Suas maravilhas.
Sadraque, Mesaque e Abede-nego saíram completamente ilesos da fornalha. Nem cheiro de queimadura ou fumaça.
Nem um fio de cabelo foi chamuscado.
Daniel 3.1: A imagem de Nabucodonosor

💡 Nabucodonosor queria todos sob seu governo e assim construiu uma imagem como marco local onde pudessem se
reunir.
A palavra “imagem” é um termo que pode ser aplicado geralmente a qualquer objeto.
Ela não requer que a imagem em questão seja humana, mas apenas que tenha alguma forma, talvez como aquelas
estátuas que Nabucodonosor viu durante seu sonho. Algum tempo antes, ele pode também ter visto um obelisco egípcio
no qual foram registradas feições de um dos reinos dos faraós; querendo documentar de forma semelhante as coisas
realizadas por ele mesmo para que nunca esquecessem o que ficou conhecido como “a glória do rei”.

Daniel 3.2-3: A dedicação da imagem de Nabucodonosor


💡 A dedicação da imagem pode ter sido destinada a simbolizar tanto a unidade e a autoridade de Nabucodonosor sobre
seu império, quanto a conexão daquele reino com outros países através do comércio.

[2]
Os quatro oficiais mencionados nos versículos 2-3 também são listados novamente aos 27, o que sugere que este
evento foi importante por razões políticas; eles desempenharam papéis importantes durante tempos antes de Alexandre
o Grande os conquistar a todos! Os funcionários do rei eram um grupo diversificado.
Eles variavam desde os sátrapas, que o representavam em batalha e governavam porções de seu reino quando não
estavam em guerra.
Até conselheiros que ofereciam conselhos sobre como melhor lidar com os deveres de governo com integridade ou
ganhar mais poder através da política – mesmo que isso significasse fazê-lo sem escrúpulos.
Havia também um sortimento entre esses superiores que incluía tesoureiros que respondiam não apenas
monetariamente, mas fisicamente transportando fundos entre as capitais, bem como juízes que supervisionavam os
procedimentos legais, enquanto magistrados funcionavam muito como os prefeitos poderiam fazer hoje, administrando a
lei dentro de suas respectivas regiões sem questionar. A visão de tantos funcionários de pé diante da imagem em Dura,
a presença de Nabucodonosor deve ter sido impressionante. O último rei de Judá foi convocado à Babilônia para esta
ocasião e é possível que ele tenha vindo com uma grande comitiva, conforme registrado por Jeremias 51:59-62.

Daniel 3.4-6: “Todos devem se prostrar diante da imagem”


💡 O fato de estes oficiais terem recebido ordens não apenas para se prostrarem, mas também para adorarem este ídolo
indica seu significado religioso e o conecta com outros deuses mesopotâmios que antes haviam sido reverenciados pelo
povo da Babilônia milhares e milhares de milênios atrás – mas agora todos pareciam obsoletos, de acordo com o desejo
de Nabucodonosor por algo novo!
Ele propôs o estabelecimento de um governo sob ele, onde todos reconheceriam a autoridade política de ambos.
Os oficiais da Babilônia foram reunidos na planície de Dura para se encontrarem com o rei Nabucodonosor.
O arauto do rei anunciou que eles deveriam reconhecer seu poder político e religioso sobre eles, mas não está claro o
que ele queria desta reunião ou por que todas estas pessoas se reuniram aqui de uma só vez (v 7).
Finalmente foi dada uma ordem a todos os presentes – incluindo representantes de todas as nações sob a autoridade da
Babilônia – para que se submetessem em obediência; assim se submetendo não somente como indivíduos, mas
também como nações!
Preparações elaboradas na construção da imagem de ouro tornaram a ocasião esteticamente atraente.
Para isso foi adicionado acompanhamento musical para dar peso emocional a ocasião. A orquestra incluía instrumentos
de sopro, um instrumento de junco (a flauta) e instrumentos de cordas (cítara, lira, harpa).

Punição para a desobediência


O descumprimento da ordem de adorar a imagem era punido com morte súbita, sendo lançado em uma fornalha
ardente. A gravidade da pena indica que a submissão por parte de cada funcionário era obrigatória.
Quando os oficiais do rei Nabucodonosor chegaram ao lugar do evento, todos ficaram impressionados com a
grandiosidade e o som. Eles adoravam a imagem dourada, representando também o que ele queria que seu reino fosse
– um relacionamento com um deus!

Daniel 3.8-12: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se curvam


💡 Os povos subjugados como judeus cativos geralmente caíam em servidão ao invés de uma elevada realeza – isto era
algo que fazia sentido considerando o que aconteceu da última vez que alguém tentou algo como isto!
[3]
Os conselheiros procuraram obter o favor do rei contrastando sua própria adoração com a recusa dos amigos de Daniel:
Sadraque Mesaque e Abede-Nego.
Eles o acusaram, mas não citam a Daniel, que também foram servia na corte (2:48).
Parece provável que ele não estivesse porque ele tinha maiores deveres fora deste edifício.

Daniel 3.13-15: Nabucodonosor dá nova chance aos amigos de Daniel


💡 Nabucodonosor não julgou imediatamente os três, mas perguntou-lhes se suas acusações eram verdadeiras. Ele lhes
deu outra oportunidade de se curvar diante de sua imagem e provar que era falsa (ou mostrar uma mudança de atitude).
Nabucodonosor não tinha medo de fazer ameaças, e se considerava a autoridade máxima tanto na política quanto na
religião. Quando seus súditos afirmaram que Deus que poderia resgatá-los, o rei Nabucodonosor examinou essas
afirmações perguntando qual Deus seria capaz de fazer isso? É claro quanto poder este homem acreditava que deveria
pertencer apenas a ele – nenhum outro poderia escapar de fornos como os encontrados na Terra (Daniel 3:6). O conflito
então se tornou entre os amigos de Daniel e Nabucodonosor. O povo judeu cujo Deus os havia libertado do Egito apesar
de sua fraqueza em comparação com outras nações ao nosso redor em certos momentos da história.

Daniel 3.16-18: Os amigos de Daniel não se prostram


💡 Os três jovens demonstraram absoluta confiança em Deus, afirmando que seu poder superior poderia libertá-los do
julgamento de Nabucodonosor.
Eles disseram que era por causa de um Deus maior a quem servimos (v.v 16,17), eles não se curvariam diante da
imagem. Os três hebreus estavam preparados para morrer se isso significasse que eles não adorariam os deuses de
Nabucodonosor. Num acesso de raiva, Nabucodonosor ordenou a execução destes três hebreus. Ele queria demonstrar
sua autoridade e mostrar que qualquer um que considere rebelar-se será punido publicamente – mesmo que seja a
morte pelo fogo! Apesar da alta estima que ele tinha por eles (1:20), não os pouparia. Nabucodonosor aqueceu sete
vezes mais a fornalha que o normal.

Daniel 3.20-23: Jogados na fornalha


💡 Os amigos de Daniel foram amarrados por todo o corpo, e os carrascos estavam com tanta pressa em cumprir as
ordens do rei que não tomaram os cuidados necessários para que eles também fossem apanhados pelas chamas.
Os homens que atiraram três condenados, morreram assim que suas roupas pegaram fogo, queimadas pelas chamas
que saiam da fornalha.

Daniel 3.24-27: O quarto homem da fornalha


💡 E o mais impressionante, havia um quarto homem na fornalha, e nas palavras do próprio Nabucodonosor “o quarto se
parece com um filho dos deuses”.
Este pode ter sido o Cristo pré-encarnado se revelando através deste evento. De qualquer forma, era um ser celestial.
Nabucodonosor se aproxima da porta da fornalha, para que pudesse ser ouvido pelos amigos de Daniel. Ele ordenou
que os três homens saíssem dela e se aproximassem. O que deveria acontecer em seguida nesta situação em que eles
se sentiam leais servindo a um poder superior a eles mesmos – mesmo que isso significasse morte certa às mãos de
seus inimigos? Diante do milagre, Nabucodonosor reconhece que o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego é o
Deus Altíssimo.

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Promovidos
💡 Os três homens saíram ilesos do incêndio, com suas roupas intactas e sem qualquer cheiro de fogo ou fumaça.
Os funcionários de Nabucodonosor inspecionaram estes fatos cuidadosamente quando viram que não havia
queimaduras ou outros sinais de fogo ficaram atônitos.
Como explicar o fato de alguém entrar em uma fornalha em chamas e sair sem ser queimado por suas chamas!
Só o poder de Deus!

Daniel 3.28-30: Nabucodonosor louva a Deus!


💡 Nabucodonosor percebeu que os amigos de Daniel eram fiéis a seu Deus, mesmo que isso significasse desobedecer
ao rei e colocar-se em perigo.
Ele respeitou esta dedicação porque sabia que eles confiavam profundamente nele.
O rei ficou tão impressionado com estes três homens que os promoveu a posições superiores de poder e honra. E
determinou que se alguém desonrasse este Deus, então eles serão cortados como carne na frente de sua casa, que
seria incendiada.

E nos últimos dias?


💡 Na Tribulação, um governante gentio exigirá para si mesmo a adoração que pertence a Deus. Qualquer um que
recusar a ele e a seus seguidores, a adoração será perseguida (Apocalipse 13:16).
Assumindo o poder político, eles oprimirão o povo de Israel, mas não antes de levar muitos outros, inclusive não judeus,
à submissão (pelo menos até que a previsão de Daniel se torne realidade!). Entretanto, sempre haverá aqueles que
resistem ao governo tirânico se mantêm firmes até que Cristo retorne novamente! Aqueles que não adoram o Anticristo
serão severamente punidos, alguns poderão até mesmo chegar a uma morte prematura por sua fidelidade.
O próximo período da Tribulação será um tempo de grande sofrimento e opressão para aqueles que permanecem leais a
Deus. Mas assim como aconteceu com os três companheiros de Daniel, os cristãos podem ter certeza de que estão
sendo protegidos por seu Criador, mesmo quando parecer que toda esperança está perdida!
Questionário
1 – O que aconteceu com os homens que lançaram os amigos de Daniel dentro da fornalha?
R: Morreram com a intensidade das chamas.
2 - Como Nabucodonosor descreveu o aspecto do quarto homem que andava na fornalha de fogo?
R: Semelhante a um filho dos deuses.
3 - Quantas vezes mais Nabucodonosor mandou que fosse acesa a fornalha de fogo para lançar os amigos de Daniel?
R: 7 vezes mais.
3 - Segundo o decreto de Nabucodonosor, proclamado após o livramento dos amigos de Daniel da fornalha, o que devia
ser feito a todo aquele que blasfemasse contra o Deus de Israel?
R: Devia ser despedaçado e sua casa feita em monturo.
4 – O que você trás para a sua vida hoje, sobre o capítulo 3 de Daniel?

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