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Interpretação Sísmica

Márcia Kuhn Karam & Elio Perez Cuiñas

SIM-MOD
Geofísica – Ciência multidisciplinar,
representa um dos ramos das geociências. É
constituída por três grupos:
Geofísica Aplicada – associada a estudos da
estrutura e da composição da subsuperfície a
menores profundidades;

Geofísica da Terra Sólida – investiga a estrutura e a


composição do interior da Terra;

Geofísica Espacial – envolve os estudos da atmosfera


terrestre e sua interação com o meio-ambiente.
Os métodos de investigação da subsuperfície que
compõem a Geofísica Aplicada são classificados em:
• Métodos Indiretos ou Geofísicos – Aplicados na
exploração de aqüíferos, jazidas minerais e hidrocarbonetos.
Conduzem a uma estimativa da estrutura e da composição
das rochas através de medidas físicas geralmente
executadas na superfície por equipamentos sofisticados.
• Métodos Diretos – Utilizados, comumente, em geologia.
Empregam ferramentas adequadas à execução de
sondagens in situ. As propriedades petrofísicas e a história
geológica de uma amostra de rocha (testemunho) são
inferidas diretamente. Os resultados dessa análise são
essenciais para a execução de uma correlação com os dados
obtidos pelos métodos geofísicos.
Métodos Geofísicos

• Não sísmicos • Sísmicos – a


Potenciais propagação de ondas
gravimétricos elásticas nas rochas
magnéticos é a base dos métodos
elétricos sísmicos.
eletromagnéticos

Radioativos

Perfilagem de poços
Por se propagarem nas rochas, as ondas elásticas são
definidas como ondas elastodinâmicas ou ondas sísmicas.

• As ondas sísmicas são produzidas


artificialmente, a partir de uma frente de onda
em um ponto pré-determinado (fonte). O
fenômeno de propagação de ondas é provocado
através da injeção brusca de alguma forma de
energia (mecânica ou explosiva) na
subsuperfície.
Aquisição Sísmica Terrestre (geofones)

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Aquisição Sísmica Terrestre

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Aquisição Sísmica Terrestre

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Aquisição Sísmica Marítima (hidrofones)

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Aquisição Sísmica Marítima

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Aquisição Sísmica Marítima
Processamento de Dados
EDIÇÃO

ORDENAÇÃO EM FAMÍLIAS CDP

CORREÇÕES ESTÁTICAS

ANÁLISE DE VELOCIDADES

CORREÇÕES DE NMO

EMPILHAMENTO
SEÇÃO SÍSMICA BRUTA
MIGRAÇÃO

SEÇÃO SÍSMICA FINAL


SÍSMICA 2D E SÍSMICA 3D

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• No 3D o espaçamento entre as linhas é mínimo,
o que permite uma reconstituição tridimensional
da geometria em subsuperficie.

• No 4D a quarta dimensão é o tempo. É usado


em trabalhos de monitoramento de campos. Os
levantamentos são feitos após determinados
intervalos de tempo, para verificar por meio dos
atributos sísmicos, se o fluido presente é agua
ou hidrocarboneto.
Seção sísmica final (sem interpretação)
Seção sísmica final (interpretada)
Bacia de Campos – Levantamento 3D
Bacia de Campos – Levantamento 3D
Integração sísmica-poço

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Sismoestratigrafia – método estratigráfico de
interpretação dos dados sísmicos, o qual permite uma
melhor compreensão da evolução tectono-sedimentar de
uma bacia.

• As seqüências sismoestratigráficas são determinadas com base no


padrão de terminações de reflexões.

• Reflexões sísmicas – são o registro do tempo de percurso (ida e


volta) de ondas sísmicas geradas artificialmente na superfície e
refletidas em interfaces físicas de rochas. Essas interfaces
demarcam o contraste de impedância acústica entre dois pacotes
rochosos contíguos.

• Impedância acústica – definida como o produto da velocidade


sísmica de um intervalo de rochas pela sua densidade.
Padrões de terminações de reflexões sísmicas
Padrões de terminações de reflexões sísmicas

Trato de sistemas transgressivo nos dados sísmicos. Este trato contém


reflexões retrogradantes com altas amplitudes, causadas por duas camadas de
carvão. Este trato é sobreposto por uma superfície de downlap e por uma
unidade de clinoformas progradantes (Mar do Norte Central, Eoceno Inferior).
Padrões de terminações de reflexões sísmicas

Trato de sistemas de mar alto em dados sísmicos. O trato de sistemas


“downlapa” a unidade retrogradante subjacente (truncamento aparente visto
abaixo da superfície de downlap). O trato de sistemas é sobreposto por um
limite de seqüências (Mar do Norte Central, Eoceno Inferior).
Padrões de configurações internas de fácies
sísmicas
a) Indicam uma taxa de deposição
uniforme dos estratos, sobre
uma superfície estável ou
uniformemente subsidente;
b) Podem indicar uma variação em
área na taxa de deposição,
inclinação progressiva do
substrato ou os dois fatores
juntos;
a) Progradantes – superfícies
inclinadas denominadas
clinoformas. Os padrões diferem
em função das variações na
razão de deposição e
profundidade da lâmina d´água.
Padrões de configurações internas de fácies
sísmicas
d) Consistem em reflexões
discordantes e descontínuas,
sugerindo um arranjo desordenado
das superfícies de reflexão, podendo
indicar um ambiente de alta e
variável energia , deformações
penecontemporâneas ou posteriores
à deposição;
e) Intervalos com ausência de
reflexões, podendo indicar pacotes
sedimentares intensamente
redobrados ou com mergulhos muito
abruptos, como litologias
homogêneas para o método sísmico
ou não estratificadas, como
camadas de sal, carbonatos
maciços, etc.
Geometrias externas típicas de unidades de fácies
sísmicas
Exemplos de padrões de configurações externas e
internas de fácies sísmicas

progradante
caótico
mounds
Paralela/subparalela
Bibliografia

• Martins, J.L. 2001. Noções do método sísmico e de resolução sísmica. In:


Estratigrafia de Seqüências – Fundamentos e Aplicações. H.J.P.
Severiano Ribeiro (Org.), Capítulo 4, p. 43 -70. São Leopoldo/RS,
EDUSINOS.

• Severiano Ribeiro, H.J.P. Sismoestratigrafia. In: Estratigrafia de


Seqüências – Fundamentos e Aplicações. H.J.P. Severiano Ribeiro
(Org.), Capítulo 5, p. 73-98. São Leopoldo/RS, EDUSINOS.

• Emery, D. & Myers, K.J.1996. Sequence Stratigraphy. Blackwell Science.


297 p.

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