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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE TECNOLOGIA

EXPERIMENTO 2: RETIFICADORES

Nome: Guilherme Prates Leandro da Silva GRR:20191635


Disciplina: TE326 - Laboratório de Eletrônica Analógica I
Docente: Marcelo de Souza

CURITIBA - PR
04 de outubro de 2021
SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.............................................................................................2
RESUMO...............................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................4
2. OBJETIVOS...............................................................................................4
2.1. OBJETIVO GERAL…………………………………………………….4
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS…………………………………………..4
3. MÉTODOS..................................................................................................4
4. RESULTADOS….........................................................................................7
4.1. RETIFICADOR DE MEIA ONDA………………………………………7
4.2. RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM CENTER-TAP……..9
4.3. RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM PONTE
RETIFICADORA………………………………….……………………...12
5. CONCLUSÃO..............................................................................................15
6. REFERÊNCIAS...........................................................................................15
7. APÊNDICE A – FOLHA DO EXPERIMENTO.............................................15

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – RETIFICADOR DE MEIA ONDA.....................................................5


FIGURA 2 – RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM CENTER-TAP..........6
FIGURA 3 – RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM PONTE
RETIFICADORA………………………………………………………......................7
FIGURA 4 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO (CIRCUITO 1)........................8
FIGURA 5 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 1)..................8
FIGURA 6 – GRÁFICO Vd X Id (CIRCUITO 1).....................................................9
FIGURA 7 – GRÁFICO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO (CIRCUITO 2)..........10
FIGURA 8 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 1 (CIRCUITO 2)...................10
FIGURA 9 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 2 (CIRCUITO 2)..................11
FIGURA 10 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 2).............11
FIGURA 11 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 2 -
MODIFICADO)....................................................................................................12
FIGURA 12 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 1 (CIRCUITO 3).................13
FIGURA 13 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 2 (CIRCUITO 3).................13
FIGURA 14 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 3 (CIRCUITO 3).................14
FIGURA 15 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 4 (CIRCUITO 3).................14
FIGURA 16 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 3)..............15

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RESUMO

Esse relatório é o resultado de um experimento para determinar o


funcionamento do diodo como um retificador ao se trabalhar com corrente alternada.
O projeto foi realizado utilizando o software Qucs e as medições foram feitas
utilizando tanto voltímetros e amperímetros, como as pontas de prova do
osciloscópio. Os resultados mostraram que, se configurado corretamente, o diodo
consegue agir como retificador, e que existem diferentes tipos de retificadores
usando diodos, cada um com suas características. De acordo com a teoria, se
diretamente polarizado, o diodo ceifa o semiciclo negativo de uma tensão alternada
e se inversamente polarizado, ceifa o semiciclo positivo de uma tensão alternada.
Utilizando esses conhecimentos é possível, como será mostrado, transformar uma
tensão senoidal alternada em contínua. A aplicação do experimento confirmou o
comportamento dos diodos nessas condições.

Palavras-chave: diodo; retificador; polarização.

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1. INTRODUÇÃO

A proposta do experimento tem como base, por em prática os conhecimentos


teóricos estudados na disciplina de Eletrônica Analógica I. Pretende-se com ele,
entender melhor o funcionamento dos diodos e sua função como retificador de
tensão. Para compreender o experimento aqui apresentado é necessário um
conhecimento prévio de diodos e seu papel como retificadores, ensinado na matéria
de Eletrônica Analógica I.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Analisar o funcionamento dos diodos como retificadores e caracterizar


diferentes modelos de retificadores com diodos.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Aprofundar os estudos de eletrônica analógica;


● Compreender o funcionamento dos semicondutores;
● Entender a função de retificadores;
● Aplicar os conhecimentos aprendidos ao longo da disciplina.

3. MÉTODOS
Para a realização do experimento, foi utilizado o software Qucs, nele
ocorreram todas as simulações dos três circuitos propostos. No primeiro circuito,
para a alimentação, foi utilizada uma fonte de tensão senoidal de 60 Hz com 127 V
RMS e 179,6 V de pico. Com o intuito de rebaixar a tensão, a fonte de tensão foi
ligada a um transformador com relação de transformação de 10 para 1, fazendo
com que a tensão no secundário fosse 10 vezes menor que a tensão no primário.
Além disso, o circuito ainda era composto de um resistor de 430 Ω conectado ao
catodo de um diodo do tipo 1n4007, ligados em série ao secundário do trafo. Para
realizar as medições de tensão e corrente, foram acoplados dois voltímetros (um
em paralelo aos dois terminais do resistor e outro paralelo aos dois terminais do
diodo) e um amperímetro (em série com o diodo).

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FIGURA 1 – RETIFICADOR DE MEIA ONDA

No segundo circuito, houve uma substituição do transformador utilizado


anteriormente por um transformador simétrico. A conexão do secundário,
denominada derivação central, consiste em unir os dois fios centrais do secundário
e inseri-los no potencial zero (terra). Além disso, na segunda montagem, foram
utilizados dois diodos 1n4007, conectando-se o anodo de cada um em cada saída
não aterrada do secundário e os catodos dos diodos foram conectados a um dos
terminais do resistor de 430 Ω, enquanto o outro terminal foi aterrado. Os
parâmetros que foram medidos neste circuito foram as tensões do secundário, as
tensões nos diodos e a tensão no resistor.

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FIGURA 2 – RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM CENTER-TAP

Nesse circuito, os voltímetros foram substituídos por ponteiras de


osciloscópio e as tensões foram medidas das seguintes formas:
A tensão 1 do secundário foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no
ponto Vs1 e outra no ponto terra;
A tensão 2 do secundário foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no
ponto Vs2 e outra no ponto terra;
A tensão do diodo 1 foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto
Vs1 e outra no ponto Vr;
A tensão do diodo 2 foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto
Vs2 e outra no ponto Vr;
A tensão do resistor foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto
Vr e outra no ponto terra.
No último circuito, o transformador, a fonte e o resistor utilizados são os
mesmos do primeiro circuito, porém utiliza-se quatro diodos 1n4007 no formato de
uma ponte retificadora. Os parâmetros medidos foram as tensões, no secundário do
trafo, nos diodos e no resistor.

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FIGURA 3 – RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM PONTE RETIFICADORA

Nesse circuito, os voltímetros também foram substituídos por ponteiras de


osciloscópio e as tensões foram medidas das seguintes formas:
A tensão do secundário foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto
B e outra no ponto terra;
A tensão do diodo 1 foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto A
e outra no ponto B;
A tensão do diodo 2 foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto B
e outra no ponto C;
A tensão do diodo 3 foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto A
e outra no ponto terra;
A tensão do diodo 4 foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto
terra e outra no ponto C;
A tensão do resistor foi medida com uma ponta positiva do osciloscópio no ponto C
e outra no ponto A;

4. RESULTADOS
4.1. RETIFICADOR DE MEIA ONDA
O primeiro circuito analisado foi um retificador de meia onda, seu
funcionamento se-dá da seguinte maneira: o sinal de tensão alternada que sai do
secundário do transformador, tem seu semiciclo positivo ceifado pelo diodo, por
estar reversamente polarizado, deixando apenas o semiciclo negativo passar.
Assim, o resultado de tensão no resistor é uma forma de onda senoidal com apenas
o semiciclo negativo. Analisando o gráfico relacionado a tensão no diodo, vê-se que
o diodo está em corte durante todo o semiciclo positivo da tensão do transformador,
funcionando como um resistor de altíssimo valor, e só passa a conduzir quando o
valor da tensão é inferior que valor da tensão de limiar do diodo com sinal negativo,
pois nesse momento é quando a diferença de potencial entre catodo e anodo do
diodo é positiva, permitindo a condução. No resistor, enquanto há o semiciclo

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positivo de tensão, não há corrente então a tensão sobre o resistor é zero, porém
quando estiver no semiciclo negativo haverá corrente e a tensão sobre o resistor
será a tensão do semiciclo negativo diminuída (em módulo) do valor da tensão de
limiar do diodo.
FIGURA 4 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO (CIRCUITO 1)

FIGURA 5 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 1)

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FIGURA 6 – GRÁFICO Vd X Id (CIRCUITO 1)

4.2. RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM CENTER-TAP


O segundo circuito apresentado foi um retificador de onda completa usando o
transformador com derivação central (“center-tap”). Seu funcionamento ocorre da
seguinte maneira: a configuração do transformador faz com que uma das tensões
que saem do secundário seja invertida da outra (enquanto uma tensão está no
semiciclo positivo, a outra está no semiciclo negativo). Desse modo, quando um dos
diodos está cortado, o outro está conduzindo e como os dois estão ligados ao
mesmo terminal do resistor, o resistor sempre está recebendo um semiciclo positivo.
É interessante analisar que, por causa da configuração do retificador, a tensão
reversa máxima em cada diodo tem amplitude duas vezes maior que a do
secundário do trafo (aproximadamente -34,5 V).

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FIGURA 7 – GRÁFICO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO (CIRCUITO 2)

FIGURA 8 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 1 (CIRCUITO 2)

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FIGURA 9 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 2 (CIRCUITO 2)

FIGURA 10 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 2)

Além disso, nota-se que ao retirar o segundo diodo, o circuito deixaria de agir
como um retificador de onda completa e atuará como um retificador de meia onda
pois a meia onda que sai do diodo, anulará os semiciclos negativos do secundário 2,
deixando apenas os semiciclos positivos do secundário 2 chegarem ao resistor.
Nessa configuração, o valor máximo de tensão reversa do diodo é de
aproximadamente -17.6 V.

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FIGURA 11 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 2 -
MODIFICADO)

4.3. RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM PONTE RETIFICADORA


O terceiro e último circuito analisado foi um retificador de onda completa
usando ponte retificadora. Seu funcionamento ocorre da seguinte forma: o semiciclo
positivo que sai do secundário do trafo não consegue percorrer pelos diodos 1 e 4,
tendo que passar pelos diodos 2 e 3, já o semiciclo negativo não consegue
percorrer pelos diodos 2 e 3, tendo que percorrer pelos diodos 1 e 4. Como a
corrente que passa pelo resistor tem sempre o mesmo sentido, é entendido que a
tensão no resistor será sempre positiva (nesse caso se medida entre o ponto C e o
ponto A). Analisando os gráficos de tensão dos diodos comprova o funcionamento,
com os diodos 1 e 4 estando em corte durante o semiciclo positivo e os diodos 2 e 3
estando em corte durante o semiciclo negativo. A maior tensão reversa presente
nos diodos é de aproximadamente -17.2 V, que equivale a maior amplitude do
secundário do trafo, decrescida da tensão de limiar dos 2 diodos que funcionam ao
mesmo tempo.

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FIGURA 12 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 1 (CIRCUITO 3)

FIGURA 13 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 2 (CIRCUITO 3)

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FIGURA 14 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 3 (CIRCUITO 3)

FIGURA 15 – GRÁFICO DA TENSÃO NO DIODO 4 (CIRCUITO 3)

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FIGURA 16 – GRÁFICO DA TENSÃO NO RESISTOR (CIRCUITO 3)

5. CONCLUSÃO
Tendo em vista o funcionamento e características de cada um dos circuitos
apresentados e, principalmente, dos retificadores de meia onda, é possível pontuar
algumas vantagens e desvantagens de cada um. Com relação a materiais, o
retificador que usa o transformador com tap central possui menos componentes, o
que facilita sua montagem, porém, por necessitar de um transformador com tap
central, diminui a quantidade de aplicações que se pode ter. Já o retificador com
ponte retificadora, utiliza mais componentes em seu planejamento, porém pode ser
aplicado às mais diversas situações. Ambos retificadores possuem a desvantagem
de não entregar uma tensão realmente contínua, mas sim pulsos positivos que
podem ser retificados utilizando-se de capacitores. Com tudo isso em mente,
conclui-se que os circuitos apresentados, apesar de fundamentais para o estudo de
eletrônica analógica, ainda são muito básicos e podem ser aprimorados ainda mais.
Além disso, os experimentos comprovaram as várias características e aplicações
envolvendo os circuitos retificadores.

6. REFERÊNCIAS
SEDRA, Adel S; SMITH, Kenneth C. Microeletrônica, 6ªed. Acesso em: setembro de
2021;

7. APÊNDICE A - FOLHA DO EXPERIMENTO

A seguir, a folha com os detalhes de execução do experimento.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TE326 - LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA ANALÓGICA I
PROF. MARCELO DE SOUZA

Experimento 02 – Retificadores Aluno: ___________________________ Matrícula:___________

Considere que o transformador é bivolt (entrada 127/220VCA) saída CENTER-TAP (12+12VCA). O valor do
resistor R deve seguir a tabela abaixo conforme o último dígito de matrícula. Ex.: GRR12345678 -> R = 560 Ω.
Dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Ω 270 300 330 360 390 430 470 510 560 620
VR
1. Monte o circuito ao lado: + -
a. Trace as curvas Vd(t) e VR(t) ; R
b. Indique nas curvas a polarização direta e inversa; +
c. Trace a curva Vd x Id
Vd
Id D -

2. Monte o circuito ao lado: + VD1 -


A B
a. Trace as curvas (Explique: conexão das ponteiras do
osciloscópio, operação matemática entre os canais e ID1 D1
+ + + IR
+
canais invertidos) : 110V Vs1
VR
i. Vs1 , VD1 e VR ; - - C
220V -
ii. Vs2 , VD2 e VR ; + -
iii. VD1 , VD2 e VR ; 110V Vs2
- +
b. Indique nas curvas (item a) as polarizações dos - + VD2 -
diodos (direta e inversa); ID2 D2
D
c. Qual é a maior tensão reversa de cada diodo;
d. Retire o diodo D2 e responda os itens de a até d; Circuito I: Retificador de Onda Completa
usando transformador com derivação central
(“center tap”)
3. Monte o circuito ao lado:
a. Trace as curvas (Explique: conexão das ponteiras do B
osciloscópio, operação matemática entre os canais e +
V
-

canais invertidos) : D
1

2
-
D
V

D1 D2
i. Vs , VD1 e VD3 ; I
+

D
2
ii. Vs , VD2 e VD4 ; +
1

+ VR
D

- +
I

iii. VD1 , VD2 e VR ; 110V Vs A C


- -
iv. VD3 , VD4 e VR ; I
D IR
3
b. Indique nas curvas (itens a e b) as polarizações dos +
4
D

V D3 D4
I
-

diodos (direta e inversa); D


4

3
-
D
V

c. Qual é a maior tensão reversa de cada diodo;


+

D
Circuito II: Retificador de Onda Completa
usando Ponte Retificadora

4. Considerando os retificadores de onda completa dos circuitos I e II, compare os dois retificadores
destacando as vantagens e desvantagens de cada um.

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