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TEXTOS DESTAQUE:

CONCURSO ZARINHA - 2022

“Bicentenário da Independência: 200 anos de


Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”,

Helena de Macêdo Santos


NOTA: 960
Em 1951 foi criado no Brasil o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico que tem como função incentivar e financiar pesquisas.
Todavia, é notório que essa responsabilidade não está sendo cumprida em sua
totalidade, visto que são inúmeros os desafios enfrentados nessa área, mesmo depois
do bicentenário da Independência, evidenciando a necessidade de iniciativas para o
incentivo e crescimento da Ciência, Tecnologia e Inovação. Dessa maneira, em se
tratando de um país que abrigou em suas terras a corte real portuguesa, episódio que
foi crucial para o surgimento das primeiras instituições científicas, é preciso combater
dois problemas ainda existentes: a desvalorização da ciência brasileira por falta de
informação e a falta de investimentos em pesquisa
Nesse viés, vê-se que existe uma desvalorização da ciência devido à falta
de conhecimento da população em relação aos trabalhos científicos desenvolvidos.
Nessa direção, é plausível recordarmos o episódio da Revolta da Vacina que ocorreu
durante a Primeira República, em 1904, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a população se
rebelou contra a vacina obrigatória por não terem acesso a informações sobre a
importância da vacinação, o que deu espaço para que uma série de comentários se
espalhassem. Dessa forma, observa-se que a desinformação contribui para a
desvalorização da ciência brasileira. Contudo, parafraseando o cientista Carl Sagan,
fica claro que a sociedade é extremamente dependente da tecnologia e dos
conhecimentos científicos, porém quase ninguém sabe sobre isto. Logo, é primordial
para o crescimento da nação que nossa sociedade esteja bem informada.
Outrossim, a falta de investimentos em pesquisas científicas dificulta o
desenvolvimento da temática em questão. Segundoo mapa divulgado pela
HypeScience, site que trabalha com informações sobre ciência, considerando a
quantidade de trabalhos científicos realizados em cada país, o hemisfério sul (Brasil
incluído) quase não aparece no mapa, enquanto o hemisfério norte aparece quase
que totalmente. Dessa maneira, percebe-se que as potências mundiais sabem
reconhecer o valor que a produção do conhecimento possui e, a priori, investem no
seu crescimento. Consequentemente, destaca-se a importância de investir nesse setor
para o desenvolvimento do nosso território, mesmo após 200 anos de independência.
Portanto, de acordo com os fatos supracitados, o Governo, órgão que
promove políticas públicas, deve elaborar medidas e projetos para mitigar esta
situação, através de campanhas educativas, afim de informar toda a sociedade sobre
a importância da Ciência, Tecnologia e Inovação. Além disso, o Governo deve
aumentar os recursos destinados às pesquisas científicas, valorizando cada vez mais
este setor. Assim, o objetivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico será finalmente cumprido.
TEXTOS DESTAQUE:
CONCURSO ZARINHA - 2022

“Bicentenário da Independência: 200 anos de


Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”,

Gabriel Lins Fertonani


NOTA: 920
A terceira revolução industrial foi um período iniciado em meados do século XX,
em que houve grandes avanços tecnológicos e científicos por todo o globo terrestre. Nesse
sentido, as invenções da ciência trouxeram, em sua maioria, consequências benéficas para a
sociedade daquele momento. Analogamente à época abordada, na conjuntura social atual
do Brasil, também são notáveis os progressos do conhecimento sapiente, tendo em vista os
efeitos do bicentenário da Independência brasileira, com um acervo de 200 anos de Ciência,
Tecnologia e Inovação no Brasil. Diante deste cenário, vê-se que o caminho para a
proliferação do saber científico em âmbito nacional se baseia no enfrentamento de dois
nefastos problemas ainda persistentes em nossa sociedade: o descaso governamental e
negacionismo em relação à ciência.
Sob essa perspectiva, é importante salientar que a negligência por parte do
governo contribui para o descaso com o cenário científico no corpo social do Brasil. Em 2018,
por causa da falta de verbas e manutenção necessárias, a sede do museu nacional,
patrimônio histórico do Brasil, sofreu um incêndio, ocasionando danos irreparáveis para a
pesquisa e ciência brasileira. Nesse viés, nota-se que, infelizmente, tal tragédia evidencia o
eminente descaso que o Estado tem para com às inovações científicas brasileira, uma vez
que por falta de investimento e cuidados adequados, a ciência em âmbito nacional vem
sofrendo com diversos entraves e problemas ocasionados por falhas estatais o que, por sua
vez, resulta em uma estagnação dos avanços tecnológicos brasileiros. Logo, é inaceitável
que tal cenário crítico continue a perdurar no Brasil.
Ademais, é necessário ressaltar que o negacionismo em relação à ciência impede que
as inovações tecnológicas se propaguem na sociedade brasileira. No filme “O menino que
descobriu o vento” é mostrado que pessoas de um vilarejo na África optaram por continuar
vivendo em uma péssima qualidade de vida a qual estavam submetidas do que acreditar e
dar uma chance a proposta de inovação trazida pela ciência que, posteriormente, tiraria
aquele povo do sofrimento. Fora do longa metragem, no contexto do corpo social brasileiro
atual, observa-se que, tristemente, pessoas também negam e contestam os avanços
científicos modernos, visto que, por falta de conhecimento e ignorância, parte da população
prefere repudiar e atacar o que é novo demais em suas percepções mesmo que o “novo”
traga benefícios para essas pessoas, como a tecnologia e suas inovações. Por conseguinte,
observa-se que devem haver medidas imediatas para mitigar o empecilho supracitado.
Portanto, urge que o Governo Federal junto com o Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovações, órgão responsável por gerenciar os avanços científicos em âmbito nacional, crie
um projeto de maior investimento de verbas para a criação e disseminação social de
diversos programas tecnológicos e inovadores em todo o Brasil, por meio de políticas
públicas, a fim de aumentar ainda mais os avanços e inovações da ciência brasileira,
demostrando para a nação a real importância que a ciência tem para um povo. Assim, o
conhecimento científico irá revolucionar o Brasil como a terceira revolução industrial
revolucionou o mundo e a negação retratada em “O menino que descobriu o vento” não
sairá das telas do cinema.

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