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A terceira revolução industrial foi um período iniciado em meados do século XX, em que houve

grandes avanços tecnológicos e científicos por todo o globo terrestre. Nesse sentido, as
invenções da ciência trouxeram, em sua maioria, consequências benéficas para a sociedade
daquele momento. Analogamente à época abordada, na conjuntura social atual do Brasil,
também são notáveis os progressos do conhecimento sapiente, tendo em vista os efeitos do
bicentenário da Independência brasileira, com um acervo de 200 anos de Ciência, Tecnologia e
Inovação no Brasil. Diante deste cenário, vê-se que o caminho para a proliferação do saber
científico em âmbito nacional se baseia no enfrentamento de dois nefastos problemas ainda
persistentes em nossa sociedade: o descaso governamental e negacionismo em relação à
ciência.

Sob essa perspectiva, é importante salientar que a negligência por parte do governo contribui
para o descaso com o cenário científico no corpo social do Brasil. Em 2018, por causa da falta
de verbas e manutenção necessárias, a sede do museu nacional, patrimônio histórico do Brasil,
sofreu um incêndio, ocasionando danos irreparáveis para a pesquisa e ciência brasileira. Nesse
viés, nota-se que, infelizmente, tal tragédia evidencia o eminente descaso que o Estado tem
para com às inovações científicas brasileira, uma vez que por falta de investimento e cuidados
adequados, a ciência em âmbito nacional vem sofrendo com diversos entraves e problemas
ocasionados por falhas estatais o que, por sua vez, resulta em uma estagnação dos avanços
tecnológicos brasileiros. Logo, é inaceitável que tal cenário crítico continue a perdurar no
Brasil.

Ademais, é necessário ressaltar que o negacionismo em relação à ciência impede que as


inovações tecnológicas se propaguem na sociedade brasileira. No filme “O menino que
descobriu o vento” é mostrado que pessoas de um vilarejo na África optaram por continuar
vivendo em uma péssima qualidade de vida a qual estavam submetidas do que acreditar e dar
uma chance a proposta de inovação trazida pela ciência que, posteriormente, tiraria aquele
povo do sofrimento. Fora do longa metragem, no contexto do corpo social brasileiro atual,
observa-se que, tristemente, pessoas também negam e contestam os avanços científicos
modernos, visto que, por falta de conhecimento e ignorância, parte da população prefere
repudiar e atacar o que é novo demais em suas percepções mesmo que o “novo” traga
benefícios para essas pessoas, como a tecnologia e suas inovações. Por conseguinte, observa-
se que devem haver medidas imediatas para mitigar o empecilho supracitado.

Portanto, urge que o Governo Federal junto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações, órgão responsável por gerenciar os avanços científicos em âmbito nacional, crie um
projeto de maior investimento de verbas para a criação e disseminação social de diversos
programas tecnológicos e inovadores em todo o Brasil, por meio de políticas públicas, a fim de
aumentar ainda mais os avanços e inovações da ciência brasileira, demostrando para a nação a
real importância que a ciência tem para um povo. Assim, o conhecimento científico irá
revolucionar o Brasil como a terceira revolução industrial revolucionou o mundo e a negação
retratada em “O menino que descobriu o vento” não sairá das telas do cinema.

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