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ESCOLA ESTADUAL “MARIA DA CONCEIÇÃO GONÇALVES CARRARA”

ENSINO MÉDIO – PEDRA DOURADA – MG


COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIA DA NATUREZA
E SUAS TECNOLOGIAS - 4º BIMESTRE

NOME DO ALUNO:____________________________________________________________
TURMA: 1º Novo EM _______________ TURNO: DIURNO
AULAS POR SEMANA: 02 AULAS POR MÊS: 08
PROFESSOR(A): BÁRBARA BIANCHINI ARAÚJO

Ementa: O componente Ciências da Natureza e suas Tecnologias, ao propor o aprofundamento de conhecimentos dos
estudantes nesta área, aborda temas atrelados às questões sociocientíficas de forma interdisciplinar e investigativa, se
tornando importante elemento no cenário escolar, pois emerge da necessidade de abrir discussões e criar contextos
argumentativos para a apropriação do conteúdo no decorrer do processo de aprendizagem.

Este componente curricular para o 1º ano apresenta uma estrutura integrada formada por: História da Ciência, Questões
Controversas, Questões Socioambientais e Recurso Tecnológico de Impacto Local. A temática escolhida deve, sobretudo,
considerar o contexto em que os estudantes estão inseridos, e as especificidades do entorno da comunidade, podendo
ser local, regional e/ou global. É importante ressaltar que ele permite ao docente criar diversas temáticas que podem ser
estruturadas, dentro desse modelo, de acordo com o contexto local. Como exemplos de possíveis temáticas, cita-se:
Poluição das águas; Mineração; Descarte inadequado de resíduos sólidos; Agricultura familiar, dentre outros.

A área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias objetiva permitir aos estudantes investigar, analisar e discutir
situações-problema que emergem de diferentes contextos socioculturais, além de compreender e interpretar leis, teorias
e modelos, aplicando-os na resolução de problemas individuais, sociais e ambientais.

SEMANA 1
TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local
EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.
O PAPEL DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA

Um dos principais motores do avanço da ciência é a


curiosidade humana, descompromissada de resultados
concretos e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A
produção científica movida simplesmente por essa
curiosidade tem sido capaz de abrir novas fronteiras do
conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo
prazo, gerar valor e mais qualidade de vida para o ser
humano.

Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência


nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os
olhos podem enxergar.
O empreendimento científico e tecnológico do ser
humano ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a
humanidade construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo até às
imensas potencialidades derivadas da moderna ciência da informação, passando pela domesticação
dos animais, pelo surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora
da qualidade de vida de toda a humanidade no último século.
Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de
problemas que afligem a humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter
mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que nos separam de outros seres humanos
– seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte – são alguns dos
desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm
contribuído.
Uma pessoa nascida no final do século 18, muito provavelmente morreria antes de completar 40
anos de idade. Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora
a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais pobres da África subsaariana, a expectativa de
vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatores chave para explicar a
redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o
consequente aumento da longevidade dos seres humanos.
Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em
ciência e tecnologia parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo. Recentemente,
Tim Nichols, um reconhecido pesquisador norte-americano, chegou a anunciar a “morte da expertise”,
título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual. O que ele descreve no livro é uma
descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo
orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa
relativa às políticas públicas. Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento anti-vacinas ou
mesmo a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento global, apesar de todas as evidências
científicas em contrário, parecem corroborar a análise de Nichols.
Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer,
reduzir as distâncias que nos separam de outros seres humanos - seja por meio de mais canais de
comunicação ou de melhores meios de transporte - são alguns exemplos dos desafios e aspirações
humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.
Esses fenômenos têm perpassado nacionalidades. No Brasil, no ano passado, o debate sobre a
chamada “pílula do câncer” evidenciou como o conhecimento científico estabelecido foi negligenciado
pelos representantes eleitos pelo povo brasileiro. A crise de financiamento recente também é um
sintoma da baixa estima da ciência na sociedade ou, pelo menos, da baixa capacidade de mobilização
e de pressão por uma fatia maior dos recursos orçamentários.
Em editorial recente, a Nature Medicine faz uma afirmação forte, mas que pode estar na raiz
desses fenômenos: “the needs of millions of people in the United States (and billions of people around
the world) are not well enough served by the agendas and interests that drive much of modern science”-
TRADUZINDO: “As necessidades de milhões de pessoas nos Estados Unidos (e bilhões de pessoas
em todo o mundo) não são suficientemente bem atendidas pelas agendas e interesses que
impulsionam grande parte da ciência moderna”. Para a revista, portanto, os cientistas e as
organizações científicas deveriam sair de suas bolhas, olhar com mais empenho para as
oportunidades e problemas sociais e procurar meios pelos quais a ciência possa ajudar a resolvê-los.
A revista citou como exemplo o Projeto Genoma, cujos impactos positivos já foram fartamente
documentados. Mesmo assim, a revista questiona até que ponto as descobertas do projeto – e os
medicamentos e tratamentos médicos dali derivados – beneficiam toda a sociedade ou apenas alguns
poucos que possuem renda suficiente para pagar por essas inovações.
Esse questionamento da Nature remete a um outro problema relevante e que afeta a relação
entre ciência e sociedade. A despeito da qualidade de vida de todos ter melhorado nos últimos séculos,
em grande medida graças ao avanço científico e tecnológico, a desigualdade vem aumentando no
período mais recente. Thomas Piketty evidenciou um crescimento da desigualdade de renda nas
últimas décadas em todo o mundo, além de mostrar que, no início desse século, éramos tão desiguais
quanto no início do século passado. Esse é um problema mundial, mas é mais agudo em países em
desenvolvimento, como o Brasil, onde ainda abundam problemas crônicos do subdesenvolvimento
que vão desde o acesso à saúde e à educação de qualidade até questões ambientais e urbanas. É,
portanto, nesta sociedade desigual, repleta de problemas e onde boa parte da população não
compreende o que é um átomo, que a atividade científica e tecnológica precisa se desenvolver e se
legitimar. Também é esta sociedade que decidirá, por meio dos seus representantes, o quanto dos
seus recursos deverá ser alocado para a empreitada científica e tecnológica.
Portanto, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade é muito mais complexa do que a
pergunta simplória sobre qual seria a utilidade prática da produção científica. Ela passa por uma série
de questões, tais como de que forma a ciência e as novas tecnologias afetam a qualidade de vida das
pessoas e como fazer com que seus efeitos sejam os melhores possíveis? Quais são as condições
sociais que limitam ou impulsionam a atividade científica? Como ampliar o acesso da população aos
benefícios gerados pelo conhecimento científico e tecnológico? Em que medida o progresso científico
e tecnológico contribui para mitigar ou aprofundar as desigualdades socioeconômicas? Em face das
novas tecnologias, cada vez mais capazes de substituir o ser humano nas suas atividades repetitivas,
como será o trabalho no futuro? Essas são questões cruciais para a ciência e a tecnologia nos dias
de hoje.
ATIVIDADES

1) Quais são as condições sociais que limitam ou impulsionam a atividade científica?


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2) Como ampliar o acesso da população aos benefícios gerados pelo conhecimento científico e
tecnológico?
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SEMANA 2
TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local
EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.

TECNOLOGIA NA SAÚDE
A tecnologia na saúde é uma série de soluções criadas
através da conversa entre duas grandes áreas do
conhecimento. Essa aliança entre saúde e tecnologia existe há
décadas e é crítica para a evolução dos cuidados à saúde dos
pacientes.
Isso acontece porque a saúde gera demandas e a
tecnologia, seja com soluções de software, engenharia e até
mesmo de user experience (UX), melhora a capacidade de
atendimento dessas demandas. Como resultado, avanços
tecnológicos são feitos, tanto em termos de entrega de serviço
quanto em termos de procedimentos e equipamentos.
Com tais avanços tecnológicos, a nossa espécie foi capaz
de desenvolver uma série de técnicas para prevenir e tratar doenças que previamente causaram
tragédias significativas, a exemplo do desenvolvimento das vacinas.
No Brasil, é possível citar o trabalho exemplar do médico e cientista Oswaldo Cruz, cujos
conhecimentos sobre a peste bubônica e febre amarela auxiliaram na erradicação dessas doenças no
Brasil, através da criação de vacinas e soros no início de 1900.
A tecnologia na saúde é crucial, pois exerce um impacto enorme em como as doenças são
diagnosticadas, tratadas e acompanhadas, assim como na gestão dos cuidados de saúde e no
monitoramento dos pacientes. O impacto na redução de custos e ganhos de eficiência muitas vezes
tem tradução em um maior número de pacientes passíveis de tratamento.
Em outras palavras, os avanços tecnológicos permitem tomar decisões mais precisas, eficazes
e acertadas. Com essas ferramentas, o campo médico pode coletar dados sobre pacientes e
determinar quais medidas preventivas são as mais úteis para reduzir o risco de doenças, por exemplo.
Além disso, com foco na prevenção de condições que causam doenças específicas, é
possível reduzir os custos operacionais para diagnóstico e tratamento, que podem ocorrer tanto no
sistema público quanto privado.
As tecnologias médicas têm impacto ainda nos cuidados de saúde e na relação médico-paciente.
Hoje os chamados wearables (dispositivos tecnológicos de vestuário, como um smartwatch), podem
ser usados para monitorar os pacientes, proporcionando maior autonomia e responsabilidade.
Vale notar também que a tecnologia na saúde tem ajudado em tudo, desde a educação até a
prática clínica (como é o caso da tele consulta). Assim, promove a saúde e previne doenças.
E não para por aí, dentre outras vantagens da adoção de soluções de tecnologia na saúde
podemos citar como exemplos:
• Maior assertividade nos diagnósticos;
• Oferta de melhor experiência de serviço ao cliente;
• Mais eficácia na gestão (com ajuda de sistemas como PACS, RIS, CIS, LIS e HIS);
• Maior controle financeiro com ferramentas de acompanhamento de despesas,
faturamentos e análise de recursos e gastos;
• Organização de tarefas administrativas (recepção, finanças, recursos de pessoal);
• Gerenciamento de pessoas e grupos, com ferramentas de auxílio a divisão de tarefas e
monitoramento da produtividade dos colaboradores;
• Controle do estoque;
• Integração e padronização do armazenamento de informações em bancos de dados,
como o PACS.
Em termos de equipamento médico, vale mencionar a descoberta de Wilhelm Conrad
Rontgen do raio X e os posteriores avanços tecnológicos que permitiram o conceito dar origem a
aparelhos diagnósticos e terapêuticos que hoje formam a base da Radiologia e Diagnóstico por
Imagem, Radiologia Intervencionista e a Radioterapia.
Por volta de 1895, ele realizou a primeira radiografia não invasiva na mão de sua esposa. Assim,
inaugurando uma nova era de exames não invasivos de órgãos e tecidos, que anteriormente só era
possível através de cirurgia exploratória. Após isso, o raio X começou a melhorar, e as radiações
em exames de imagem levou ao desenvolvimento de tomografia e equipamentos de imagem
de ressonância magnética, entre outros procedimentos.
Hoje, com o uso generalizado da internet, observamos a criação de sistemas sofisticados, com
tecnologias de informação e comunicação (TICs), que durante a pandemia do COVID-
19 multiplicaram-se em múltiplas soluções de atendimento remoto, com ganhos de escala e proteção
à saúde, através das plataformas de empresas de telemedicina.
De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde), desde 2018, mais de 3 milhões de cidadãos
deixaram de usar planos de saúde e passaram a depender do SUS (Sistema Único de Saúde).
Essa migração ocorreu como resultado das dívidas dos brasileiros e desemprego, assim como
o aumento nos preços dos planos. Isso contribui para a sobrecarga do SUS. A adoção e o estímulo
ao desenvolvimento de novas tecnologias na saúde pública objetivando atender essa gigantesca
demanda surge como caminho imperativo como política de saúde pública.
Mesmo que o SUS seja um dos sistemas de saúde mais eficazes do mundo, com foco na atenção
primária, há grandes perdas financeiras relacionadas à gestão, por vezes inclusive com desvios de
verbas. Segundo a OMS, cerca de 40% dos gastos com saúde não são bem aproveitados por causa
do gerenciamento ineficaz. Ferramentas de fiscalização e registro surgem como alternativas para
aumentar a eficácia dos órgãos fiscais na condução destes gastos.
Investir em tecnologia na saúde pública pode evitar longas filas para os leitos, contribuir na
organização da distribuição de insumos médicos, organizar bancos de dados para pesquisas de
saúde, entre outros benefícios como o desenvolvimento de sistemas mais eficientes nos campos da:
• Telemedicina;
• Prontuário eletrônico;
• Sistemas de gestão;
• Ferramentas de biometria;
• Aplicativos com melhor experiência do usuário;
• Cloud computing;
• Testes Laboratoriais Remotos (TLRs).
Caso comparemos a área da saúde há 50 anos com o panorama atual veremos uma mudança
da água para o vinho, e espera-se que essa tendência continue nos próximos anos com a adoção e
desenvolvimentos de tecnologias disruptivas dentro do campo.
As tendências tecnológicas mais vitais em cuidados de saúde atualmente giram em torno de
algumas grandes áreas:
• Big Data e Análise Preditiva;
• Realidade virtual aumentada e mesclada;
• Estratégia omnicanal para prestadores de cuidados de saúde;
• Soluções virtuais de atendimento;
• Produtos de saúde “vestíveis”, digitais e Internet of Things (IoT).
Quando se trata de tendências de saúde, a tecnologia tem um papel crítico. Porque, além de
soluções como Cloud Computing e Big Data, a vinda do 5G ao país terá um grande impacto no setor,
graças a sua significativa contribuição para aumento da conectividade. Desde ambulâncias
inteligentes a ferramentas de telemedicina mais eficientes, a expectativa é que a vinda desse tipo de
tecnologia na saúde terá uma influência positiva.
Da mesma forma que observamos a ascensão de novas tecnologias no campo dos cuidados de
saúde notavelmente durante a pandemia da COVID-19, poderemos ter novos catalisadores de saltos
tecnológicos nas próximas décadas. Eventos dessa natureza expõem falhas de longa data nos
sistemas de saúde, reforçando e acelerando a importância da inovação tecnológica para atender as
demandas.
ATIVIDADES

1) Comente sobre o uso da tecnologia na saúde e quais foram os avanços nos últimos anos.
Explique.
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2) Como está a saúde na sua cidade? Quais recursos tecnológicos poderiam ser utilizados para
melhorar esta demanda?
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SEMANA 3

TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local


EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.
SIMULADORES

Um simulador é um aparelho/software capaz de


reproduzir e simular o comportamento de algum sistema. Os
simuladores reproduzem fenómenos e sensações que na
realidade não estão ocorrendo.
Um simulador pretende reproduzir tanto as sensações
físicas (velocidade, aceleração, percepção de paisagens)
como o comportamento dos equipamentos da máquina que se
pretende simular, ou ainda de um qualquer produto final sem
haver a necessidade de se gastar matéria prima, utilizar
máquinas e mão-de-obra e gastar tempo. Para simular as
sensações físicas pode-se recorrer a complexos mecanismos hidráulicos comandados por potentes
computadores que mediante modelos matemáticos conseguem reproduzir sensações de velocidade
e aceleração. Para reproduzir a paisagem exterior são empregados projeções de bases de dados de
terreno (paisagem sintética).
Na saúde, eles vêm sendo muito utilizados com o intuito de amenizar impactos sobre a
mortandade nos procedimentos e aumentar os treinamentos dos profissionais de saúde.

Quais os benefícios da simulação virtual na Saúde?


Dr. Miguel Prestes Nácul responde a essas e outras questões – ele é
coordenador médico do Instituto Simutec em Porto Alegre, cirurgião geral
do aparelho digestivo, coordenador do Curso de Pós-Graduação e Cirurgia
Minimamente Invasiva da Faculdade de Ciências da Saúde, do Hospital
Moinhos do Vento, e cirurgião do Hospital de Pronto-Socorro de Porto
Alegre.
“A tecnologia e o avanço do desenvolvimento de novas técnicas
pedagógicas na área de saúde fizeram com que os alunos, tanto em nível
de graduação e pós-graduação, como os profissionais de forma geral ao
longo de toda sua vida, migrassem de um tipo de treinamento que era feito
baseado na sua própria atividade de prestação de serviço ou em
simuladores muito simples, para os que englobam tecnologias maiores”,
explica Dr. Miguel.
De acordo com ele, alguns procedimentos, como a videolaparoscopia, cirurgia robótica,
endoscopia ou ultrassonografia, hoje, possuem sistemas de simulação, que vão desde os mais
simples, até aqueles que apresentam realidade virtual. Eles, inclusive, permitem o treinamento de
movimentos e a simulação virtual na saúde de procedimentos cirúrgicos, com gráficos cada vez
melhores, de mais qualidade, envolvendo procedimentos e situações complexas.
“É um avanço extraordinário! Além disso, normalmente esses simuladores já englobam um
processo de avaliação, então a proficiência do treinamento é realizada de forma objetiva, e isso é
muito bom; o professor pode acompanhar a evolução, e o aluno também. Portanto, com essa
quantidade de novas técnicas e tecnologias, cada vez maior numa era da responsabilização civil da
atividade profissional, a introdução de simulação virtual na saúde diminui o estresse no aprendizado
e, no final, gera segurança tanto para os pacientes, como para o próprio cirurgião”, explica.
Em médio e longo prazo, a tendência é que mais e mais instituições e profissionais da área se
envolvam com a tecnologia, em treinamentos com simuladores – e Dr. Miguel complementa:
“Atualmente é praticamente inaceitável manter, principalmente para procedimentos que envolvam
métodos invasivos, mesmo que minimamente, um treinamento direto por atuação no paciente apenas
com tutoria de profissional qualificado”.
De acordo com o especialista, toda atividade profissional na área de saúde vai ser desenvolvida
em simuladores – mesmo havendo determinados sistemas de alto custo, de maneira geral, desde a
graduação, essa vai ser a base do treinamento no setor.
A implantação do simulador como ferramenta básica qualifica o método da educação. O ganho
é significativo no uso da simulação virtual na saúde em todo processo de educação médica, como
ferramenta essencial de treinamento dos alunos. Proporciona mais segurança, gera melhores
resultados, reduz os custos e, ainda, é um treinamento interessante, principalmente para uma geração
acostumada com o uso da tecnologia e que se adapta rapidamente a este tipo de mudança.
“Com o simulador é possível oferecer um ambiente livre de estresse para o aprendizado,
anulando a consequência direta de insucesso, pois o treinamento é só no aparelho, o que possibilita
repetir várias vezes sem gastar um novo material – e mais: faz com que esse treinamento possa
prescindir do próprio professor, que pode participar do processo em alguns momentos e facilitar esse
aprendizado, podendo ser feito inclusive, à distância, com o uso da telemedicina”, conta.

Qual o futuro da simulação virtual?


Há desenvolvimento de simuladores por empresas brasileiras mais simples e que não agregam
muita tecnologia, mas que para a videocirurgia são interessantes. Também existem os equipamentos
para simulação realística na área de enfermagem, que podem oferecer tecnologias de sistema
adaptados e, muitas vezes, atender perfeitamente aos propósitos.
Já os que têm alta tecnologia são simuladores do exterior com um grande custo de aquisição e
manutenção, principalmente devido ao desenvolvimento dos gráficos e software. “E é por isso que boa
parte das universidades e hospitais fazem parcerias com instituições terceiras, para que viabilize um
espaço de utilização destes simuladores”, explica.
Para ele, a preocupação dos Centros de Treinamentos na área de saúde, em todos os níveis,
graduação e pós-graduação, é montar ou fazer pareceria com centros de simulação para atender suas
necessidades. “Cada vez mais, vão existir simuladores melhores, próximos à realidade, que vão se
adaptar à capacidade de avaliar um desempenho e criar cenários diferentes, fazendo com que o
profissional treine em situações diversificadas.”
Além disso, o uso dos óculos na realidade virtual vai possibilitar ao aluno entrar em um ambiente
real, para que se sinta como se estivesse dentro de um local cirúrgico, com som e imagem. Não será
só um procedimento em uma tela e, sim, a experiência real de estar em uma enfermaria, UTI ou bloco
cirúrgico, no qual é possível criar um cenário personalizado conforme as decisões feitas pelo próprio
indivíduo.
De acordo com Dr. Miguel, talvez o grande avanço que se espera nesse processo de simulação,
principalmente nos procedimentos cirúrgicos, é conseguir construir os cenários com a própria
anatomia do paciente a ser operado e tratado baseado em exames de imagem, como tomografia e
ressonância nuclear magnética. “Provavelmente mais tarde, com a utilização crescente da ferramenta
robótica, será possível treinar à exaustão, com o uso de sistemas de inteligência artificial mais
avançados, para que esse desempenho seja cada vez melhor.”
Por fim, para ele, existe um potencial bem grande da atenção à distância através da utilização
da telemedicina, no qual todo treinamento pode eventualmente ser acompanhado de onde a pessoa
estiver, levando conhecimento em lugares de difícil acesso com a tutoria de profissionais mais
experientes, e que também podem estar em diferentes locais.

ATIVIDADES

1) Com o auxílio do professor, analise juntamente com o seu grupo, artigos científicos
relatando a importância do uso de simuladores na saúde e depois debata com os seus
colegas! LEMBRE-SE o trabalho em equipe é sempre melhor!

SEMANA 4

TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local


EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.

CIRURGIA ROBÓTICA

A transformação tecnológica vem impactando


continuamente a Medicina, e a cirurgia robótica é um bom
exemplo disso. Menos invasiva e com potencial para uma
recuperação mais rápida, essa modalidade está em crescimento
no Brasil e teve o Hospital Israelita Albert Einstein como um de
seus pioneiros.
O procedimento já é realizado no país há quase 15 anos.
Desde então, foram realizadas cirurgias nas áreas de Urologia,
Ginecologia, Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo,
Coloproctologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia de Cabeça e
Pescoço, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia
Oncológica, que beneficiaram milhares de pacientes.
Agora, a revolução digital tende a melhorar ainda mais as
operações, devido à tecnologia 5G. A tendência é que as
cirurgias robóticas sejam ampliadas, e até mesmo conduzidas
de forma remota, desde que os desafios para tais avanços sejam superados.
Aqui, você vai entender melhor como funciona a realização dessas cirurgias, quais são os
diferenciais para pacientes e equipe médica, quais áreas são beneficiadas e outras informações
importantes.
Para tratar do tema, contamos com a colaboração do Dr. Nam Jin Kim, Gerente Médico do
Programa de Cirurgia e Cirurgia Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein. Acompanhe!
O que é a cirurgia robótica?
A cirurgia robótica é uma operação assistida por robôs. É uma técnica minimamente invasiva,
em que todas as manobras são conduzidas pelo cirurgião e executados através do robô, com controle
de movimentos feito por meio de joysticks.
Mesmo entre as plataformas de diversos fabricantes, o ponto em comum é o carro que vai junto
ao paciente onde se acoplam a câmera e os braços robóticos, que permitem operar através de incisões
cada vez menores. O console do cirurgião onde o profissional controla os braços, câmera e todos os
instrumentos com uma visão HD 3D, e todos os seus movimentos, são filtrados para evitar tremores.
Atualmente, é a técnica mais moderna no que se refere a procedimentos minimamente invasivos.
É indicada para algumas doenças que necessitam de tratamento cirúrgico — como qualquer
outro tipo de cirurgia —, mas o profissional médico precisa ter a habilitação específica para poder
realizá-la por via robótica. Estão incluídas as operações para o tratamento do câncer, como por
exemplo o câncer de ovário, de endométrio ou do colo do útero. Tudo sem precisar de grandes
incisões, como aconteceria na abordagem aberta.
Quais os seus diferenciais?
O processo de realização de uma cirurgia robótica é mais preciso devido a todos os
equipamentos e instrumentos disponíveis. A câmera 3D garante uma visão com maior profundidade e
definição. Ao mesmo tempo, o joystick (console) permite um controle exato dos movimentos a serem
realizados.
Por sua vez, os braços do robô trazem estabilidade às mãos do profissional. Com isso, possíveis
tremores deixam de impactar o trabalho executado.
“A cirurgia robótica, do ponto de vista do paciente, permite um procedimento mais preciso, com
melhor acesso e visualização das estruturas operadas, o que leva a menor risco de intercorrências no
perioperatório [período de tempo desde a decisão da cirurgia até o retorno do paciente às atividades
normais], sejam sangramentos, dores ou alterações de sensibilidade”, explica o Dr. Nam.
“Além disso, como procedimento minimamente invasivo, é realizada com incisões menores que
proporcionam uma recuperação mais breve, mesmo em procedimentos maiores”, complementa o
especialista. A seguir, especificamos mais a fundo as vantagens e os diferenciais dessa prática
tecnológica.
Benefícios para os pacientes
Os pacientes são os maiores beneficiados da cirurgia assistida por robôs. O procedimento
minimamente invasivo diminui a dor e o desconforto do pós-operatório. Confira as principais vantagens
para quem se submete a esse tipo de operação.
Redução de complicações
A cirurgia robótica faz pequenas incisões, o que reduz a dor. Além disso, pela precisão e
qualidade do método, há menor risco de sangramentos e, como em muitos procedimentos
minimamente invasivos, menor taxa de infecção. O trauma cirúrgico é atenuado e, com isso, o paciente
se recupera de forma mais célere.
Vale lembrar que as incisões menores também reduzem a formação de aderências e tecidos
cicatriciais. Isso é importante para a qualidade de vida dos pacientes, já que essas complicações
geram dor e outros incômodos.
Diminuição do tempo de internação e recuperação
O paciente tem a oportunidade de um tempo de permanência baixo no hospital. A depender da
complexidade do procedimento, pode receber a alta no mesmo dia. Ou seja, o retorno às suas
atividades diárias é bem mais rápido.
Para ter uma ideia, em alguns procedimentos a recuperação chega a ser 50% mais ágil, quando
comparada à abordagem aberta.
Melhores resultados estéticos
As incisões menores favorecem esteticamente os pacientes no pós-operatório. Em vez de um
corte extenso, a cicatriz pode ficar praticamente imperceptível.
Segurança
Os benefícios listados até aqui demonstram que o procedimento cirúrgico via robótica é bastante
seguro, mas ainda há outros detalhes relevantes. A plataforma utilizada contém componentes
projetados para reduzir os riscos das operações realizadas.
Além disso, ajuda a filtrar qualquer movimento indesejado do cirurgião, inclusive, tremores. Tanto
é que, se o médico desviar seu rosto da tela de controle, o próprio robô ativa um dispositivo de
segurança para travar o equipamento. Portanto, o paciente está seguro e não sofrerá danos em uma
situação como essa.
Outra característica importante é que apenas cirurgiões certificados e com treinamento
específico realizam as cirurgias robóticas. Assim, é preciso passar por várias etapas de capacitação,
como por exemplo a realização de operações por meio de simulador e acompanhamento
de proctors (profissionais mais experientes) durante dezenas de procedimentos. Isso aumenta a
segurança do paciente, que sabe que estará nas mãos de um médico realmente capacitado.
E para a equipe médica?
Os benefícios também englobam os profissionais da saúde, de acordo com dr. Nam. “Para a
equipe médica, a robótica proporciona melhor ergonomia ao cirurgião, já que ele opera sentado e com
os braços apoiados, otimizando sua performance, principalmente em procedimentos longos e
trabalhosos”, detalha o especialista, que complementa: “melhora a movimentação de instrumentais, já
que o robô possui pinças articuladas (Endowrist) de movimentos mais amplos que o punho humano,
o que facilita os tempos cirúrgicos como dissecção e suturas.”
Segundo o Dr. Nam, a estabilidade e nitidez das imagens também merecem destaque: “O
cirurgião tem visão 3D de alta qualidade, com imagem estável e direcionamento da câmera controlado
por ele, entregando melhor ambientação no sítio cirúrgico, identificação e interação com as estruturas.
Por fim, o cirurgião no console trabalha com óptica e três braços de trabalho, o que muitas vezes
elimina a necessidade de mais um cirurgião auxiliar em campo operatório.”
Aumento da precisão
A cirurgia robótica tem alta tecnologia. Por isso, é muito mais precisa do que os procedimentos
convencionais e laparoscópicos. Um dos principais motivos é a amplitude de visão, já que a plataforma
consegue aumentar a imagem do campo cirúrgico em 3D.
O cirurgião utiliza um monitor de alta definição, o que garante a visualização tridimensional do
órgão a ser operado. Além disso, é possível ampliar em até 15 vezes.
Mais do que a plataforma, o robô tem quatro braços articulados. Dois deles funcionam como as
mãos esquerda e direita do cirurgião. O terceiro representa a mão do médico auxiliar.
Todos eles têm pinças acopladas que realizam a manipulação do paciente. Também há
movimentação em 360°. Isso garante acesso a regiões angulosas e estreitas com alta precisão,
facilitando o trabalho do cirurgião, mesmo para ações que seriam dificilmente executadas pela mão
humana.
Quais áreas se beneficiam dessa tecnologia?
Engana-se quem pensa que a cirurgia robótica é viável para poucos casos. Na verdade, ela é
aplicável para o tratamento de diferentes tipos de doenças. “A cirurgia robótica tem um amplo campo
de atuação em Urologia, Ginecologia, Cirurgia Geral, do Aparelho Digestivo, Coloproctologia, Cirurgia
Torácica, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Oncológica e Cirurgia Pediátrica, principalmente
para aquelas de alta complexidade”, revela o especialista.
Ele adianta que, atualmente, o maior volume de cirurgias robóticas está na área da Urologia,
com tratamento de câncer de próstata e dos rins, mas há um grande aumento em outros campos, tais
como:
• Patologias ginecológicas como endometriose, câncer de endométrio e de ovário;
• Patologias do aparelho digestivo, como câncer colorretal e de estômago;
• Tratamento de obesidade através da cirurgia bariátrica;
• Doença do refluxo gastroesofágico;
• Tratamento de hérnias da parede abdominal;
• Patologias torácicas;
• Câncer de pulmão;
• Tumores do mediastino;
• Patologias da tireoide e de laringe.
À medida que a tecnologia se desenvolve, ela pode ser combinada com a realidade aumentada,
permitindo que os cirurgiões visualizem informações adicionais importantes sobre o paciente em
tempo real, enquanto ainda estão em operação. Embora a invenção suscite preocupações, como a
total substituição dos humanos pelos robôs na realização de cirurgias, é bem provável que isso jamais
venha a acontecer. O que está mudando é o trabalho dos médicos, que podem contar com essa
tecnologia para desenvolver um serviço com ainda mais qualidade.

ATIVIDADES
1) De acordo com o texto, você acredita que a tecnologia robótica irá substituir o ser humano?
Justifique!
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SEMANA 5

TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local


EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.

IMPRESSÃO 3D

O conceito e as possibilidades da impressão 3D surpreendem a


todos. Para a criação de pequenos objetos com base em resina,
sejam bonecos ou pequenos itens domésticos, basta desenhar – ou
conseguir um modelo – e levar até a impressora para, em questão de
minutos, o item estar nas suas mãos.
É lógico que essa ferramenta foi rapidamente abraçada pela
área da saúde, na qual já se trabalha em novas aplicações. Graças
as impressoras 3D, hoje é possível construir próteses a um custo
muito mais baixo, até mesmo produzir órgãos utilizando células do
próprio paciente como base, o que derruba as taxas de rejeição.
Tais equipamentos podem ser usados para criar implantes e
até articulações para serem utilizados durante as cirurgias.
As próteses impressas em 3D são cada vez mais populares, pois são totalmente personalizadas.
As funcionalidades digitais permitem corresponder às medidas de um indivíduo milimetricamente. Isso
possibilita níveis sem precedentes de conforto e mobilidade.
O uso de impressoras pode criar itens duradouros e solúveis. Além do uso em cirurgias, por
exemplo, a impressora pode ser utilizada para imprimir pílulas que contêm vários medicamentos, o
que ajudará os pacientes na questão da organização. Para ser bem claro, estamos falando aqui de
uma inovação tecnológica que promete revolucionar as ciências médicas e a vida de toda a sociedade.
Veremos a seguir, onde a Impressão 3D pode ser utilizada e auxiliar a área médica:

1. Próteses de baixo custo


As próteses não são uma novidade no mundo da
medicina, tendo em vista que não é difícil encontrarmos
alguém utilizando uma peça dessa natureza. O detalhe é
que elas costumam ser muito caras, dificultando o acesso
para pessoas com poucos recursos financeiros. Pense,
por exemplo, em uma criança que necessita de uma
prótese. Como ela vai passar por um rápido processo de
crescimento, esse equipamento vai precisar ser
adaptado, adicionando ainda mais custos ao orçamento
da família.
No entanto, estudos realizados entre empresas e
universidades mostra que já é possível criar próteses
muito mais baratas, por meio da impressão 3D. Como
estamos falando de algo que é feito peça a peça, algumas vezes de forma modular, fica muito mais
fácil construir e adaptar o modelo à necessidade do paciente.
Ainda novidade em alguns lugares do mundo, essas próteses vão se tornar, rapidamente, algo
bastante comum no campo da medicina.
2. Reparação de crânio
Um grande exemplo de customização é a utilização
de próteses em 3D na reparação de crânios.
Recentemente, uma jovem recebeu um implante gerado
através de uma impressora 3D, o que permitiu que a peça
fosse feita exatamente do tamanho necessário e – o mais
importante – com baixo custo.
Esses procedimentos, geralmente, são feitos
utilizando diferentes composições de plástico. Contudo, na
China já existem testes de produção utilizando titânio, o
que mostra, não apenas a flexibilidade da tecnologia, mas
um aumento significativo no número de soluções para
diferentes pacientes.
Imagine como indivíduos acidentados ou soldados feridos em zonas de guerra poderiam se
beneficiar dessas novidades. Será o fim das deformações faciais irreparáveis, por exemplo.
3. Transplante de órgãos
Além da dificuldade em conseguir um doador compatível, o transplante de órgãos carrega um
outro problema: a rejeição pelo organismo do transplantado. Porém, as impressoras 3D prometem
acabar com todos esses problemas.
Pode parecer filme de ficção científica, mas a impressão de órgãos utilizando o mesmo conceito
da impressão 3D é uma área extremamente promissora. Ela funciona da seguinte forma: um misto de
células-tronco vivas e fragmentos do órgão a ser reconstruído são misturados e colocados em uma
forma de vidro no formato do tecido desejado. A partir disso, as células começam um processo natural
de reprodução, e tendo um “tecido guia” como referência,
crescem e ganham a forma do órgão desejado.
Teremos então um mecanismo que pode acabar em
definitivo com a necessidade de doações, sendo que
qualquer órgão necessário será simplesmente criado a
partir da informação genética do paciente.
4. Impressão de pele
Pessoas que passam por situações de queimaduras
ou doenças de pele, no futuro, não vão precisar retirar
tecidos de outras partes do corpo para conseguir uma
reconstituição. Cientistas também estão adicionando ao
seu repertório a capacidade de imprimir células epiteliais
através de impressão 3D.
Uma curiosidade desse assunto: há certo tempo, existiam críticas contra testes de cosméticos
feitos em animais, isso influenciou algumas empresas a adotarem alternativas para testar os seus
produtos. A solução utilizada por algumas marcas foi a adoção de pele humana artificial,
proporcionando resultados muito mais precisos e resolvendo a demanda dos defensores dos direitos
dos animais. Isso mostra a importância que estudos desse tipo podem ter no desenvolvimento da
medicina.
5. Substituição de tecidos cardíacos
O transplante de coração é um trabalho extremamente complexo, não apenas na cirurgia em si,
mas em todo o processo, que envolve doadores, rejeição, etc. Para exemplificar, pense em como já é
uma realidade imprimir tecidos comuns, como a pele. Por outro lado, imagine agora como é lidar com
a complexidade de tecidos cardíacos, uma complicada estrutura muscular.
Pois, trate de ficar animado: os primeiros testes para criar partes de um coração através do
processo de impressão 3D foram muito promissores. Testes de implantação em ovinos para analisar
a eficácia desse processo já estão programados. Caso tudo aconteça como planejado, estaremos, em
pouco tempo, diante de um grande momento da medicina moderna.
6. Reprodução de cartilagens e ossos
É isso mesmo! Da mesma forma que outros tecidos, cartilagens e ossos também podem ser
reproduzidos em impressoras 3D.
A descoberta surgiu de um rápido teste executado por um grupo da Alemanha, que desenvolveu
fragmentos de células-tronco que poderiam ser diferenciadas entre cartilagens e ossos. Elas
simplesmente cresceram no meio de uma solução, assim como qualquer outra célula. O resultado
abriu espaço para se pensar na produção e substituição de partes do esqueleto humano em um futuro
bem próximo.
7. Estudo do câncer
Da mesma forma que empresas de cosméticos utilizam tecidos artificiais, o mesmo processo
pode ser feito para imprimir células cancerígenas e melhorar a pesquisa de terapias para os pacientes.
Por exemplo: um estudo realizado pela Harvard University Medical School utilizou um sistema para
imprimir células neoplásicas em um gel e as colocou em uma placa Petri. Lá, elas cresceram e
puderam ser empregadas em estudos, sem problemas!
Isso abre portas para cientistas estudarem os mais variados tipos de câncer em um ambiente
mais controlado, para obtenção de resultados mais precisos.
O advento das impressoras 3D teve como necessidade básica a capacidade de criação de
qualquer objeto com base em diferentes tipos de plástico. Hoje, já se trabalha com metais e – quem
diria – tecido humano. Como mencionado acima, essa tecnologia tem capacidade de revolucionar a
maneira como são feitos alguns tratamentos e pesquisas médicas. Com isso, teremos novas formas
de curar um paciente, de possibilitar uma vida com mais qualidade e, também, novas ferramentas para
combater doenças complexas ainda sem cura.

ATIVIDADES

1) As próteses impressas em 3D são cada vez mais populares, pois são totalmente
personalizadas. Quais são as funcionalidades que esse recurso traz?
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2) Quais outras áreas a Impressão 3D pode ser aplicada e de que forma isso beneficiaria a
humanidade?
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SEMANA 6

TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local


EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E REALIDADE VIRTUAL

A inteligência artificial se refere ao uso de


softwares que interpretam e analisam informações
e grandes volumes de dados, percebendo variáveis
e tomando decisões. Basicamente, IA
são as máquinas pensando como os seres
humanos.
Aplicada na saúde, a inteligência artificial tem
como objetivo melhorar a agilidade e a precisão de
diagnósticos, além de auxiliar o atendimento clínico.
A inteligência artificial na saúde também pode
ser observada em pesquisas científicas,
dispensação e administração de medicamentos. Outras soluções de inteligência artificial permitem
monitorar os sinais vitais do paciente de maneira contínua, coletando dados e fazendo análises mais
completas.
Esse monitoramento possibilita atuar melhor na prevenção, diagnóstico e tratamento das
doenças. Um exemplo são as pulseira de monitoramento de alguns sinais vitais, desenvolvida para
ajudar quem pratica esportes.
Na área de exames de imagens, a inteligência artificial também tem sido de grande ajuda no
diagnóstico de pacientes. Os dados das imagens são armazenados e analisados em busca de padrões
que indiquem um diagnóstico em função das imagens capturadas.
OMS e Inteligência artificial: principais orientações
Em junho de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o relatório Ética e Governança da
Inteligência Artificial para a Saúde. Nesse documento, elaborado em conjunto com especialistas
internacionais de diferentes áreas, a OMS define algumas diretrizes para o uso de inteligência artificial
na saúde de forma ética.
O relatório funciona como um guia com novas orientações para que as tecnologias de IA possam
ser utilizadas de forma mais eficaz na promoção da saúde, minimizando riscos e maximizando seus
benefícios.
Esse relatório da OMS adverte, por exemplo, sobre usos antiéticos, uso indevido de dados dos
usuários e o preconceito codificado nos algoritmos, programados por seres humanos.
Há também uma preocupação da OMS no que se refere a uma possível subordinação de
pacientes e comunidades às empresas de tecnologia que desenvolvem recursos de tecnologia
artificial.
O relatório faz questão de enfatizar também que os sistemas podem funcionar bem em países
desenvolvidos e deixar a desejar quando aplicados em países mais pobres devido à escassez de base
de dados em que tais sistemas são construídos.
A OMS chama a atenção para a necessidade de os sistemas de inteligência artificial serem
projetados considerando diferentes contextos socioeconômicos e de saúde.
Por fim, o órgão internacional cita 6 princípios que devem servir de base para a regulamentação
e governança no uso da inteligência artificial na saúde.

Os 6 princípios da inteligência artificial na saúde:


1. Proteger a autonomia humana;
2. Promover o bem-estar e a segurança humana e o interesse público;
3. Garantir transparência, aplicabilidade e inteligibilidade;
4. Promover responsabilidade e prestação de contas;
5. Garantir inclusão e equidade;
6. Promover inteligência artificial que seja responsiva e sustentável.

A medicina do futuro estará cada vez mais amparada no bom uso da tecnologia. A inteligência
artificial na saúde é uma tendência que veio para ficar; mas é preciso saber incorporá-la de forma ética
para aproveitar tudo de bom que ela tem a oferecer.

REALIDADE VIRTUAL
A realidade virtual já existe há algum tempo. No
entanto, recentemente os avanços médicos e
tecnológicos têm possibilitado que os estudantes de
medicina sejam treinados sem colocar em risco vidas
humanas.
Ferramentas sofisticadas ajudam os futuros
médicos a adquirirem a experiência necessária,
ensaiando procedimentos complexos, como cirurgias,
fornecendo uma compreensão visual de como a
anatomia humana está conectada.
Os dispositivos de realidade virtual também
podem ser utilizados para beneficiar os pacientes, por
exemplo, no diagnóstico, no tratamento e na
preparação para procedimentos que serão realizados.

Isso já pode ser visto em casos de pacientes queimados, que precisam fazer raspagens nas
feridas. Esses procedimentos são extremamente dolorosos e causam muito mal estar nas pessoas.
Ao utilizar óculos de realidade virtual e ser imerso em outra situação, é possível “enganar” o
cérebro e causar menos sofrimento.

LEIA O ARTIGO A SEGUIR:

METAVERSO NA MEDICINA: O FUTURO É AGORA!


por Camilla Rua

As inovações tecnológicas na área médica vieram para facilitar a rotina dos profissionais,
melhorar a qualidade de vida dos pacientes, agilizar as consultas e oferecer novas possibilidades de
tratamentos cada vez mais eficazes.
Um conceito muito abordado atualmente e que promete impulsionar diversos setores, incluindo
o da saúde, é o metaverso.
Por meio dele, médicos terão uma infinidade de recursos para discutir casos de pacientes,
investir em capacitação e planejar cirurgias personalizadas.
Mas afinal, o que é metaverso?
Em linhas gerais, metaverso é um conceito que engloba realidade aumentada e ambientes
virtuais. Ele pode ser entendido como uma imersão em um espaço virtual, mas com influências do
mundo real. Ou seja, o metaverso utiliza as tecnologias de realidade virtual e aumentada para
proporcionar a imersão do usuário e replicar determinada realidade.
Metaverso nas cirurgias de alta complexidade
O Brasil vem se destacando no uso da simulação de procedimentos por meio do metaverso. Um
caso recente aconteceu em uma neurocirurgia de biópsia de um tumor cerebral por endoscopia, no
Sabará Hospital Infantil, em São Paulo.
A simulação usou um boneco hiper-realista de um bebê impresso em 3D. O modelo, que foi
criado a partir de exames reais de um paciente e tinha todas as suas características físicas, permitiu
que a equipe fosse guiada e orientada para um melhor desempenho na hora do procedimento real.
Outro caso que ganhou repercussão na mídia foram as cirurgias realizadas com os gêmeos
brasileiros unidos pelo crânio, Bernardo e Arthur Lima, de três anos.
As equipes médicas responsáveis pelo caso passaram meses testando técnicas e usando
projeções de realidade virtual da imagem dos gêmeos, com base em tomografias computadorizadas
e ressonâncias magnéticas. Ao todo, foram mais de 100 médicos envolvidos no procedimento e 27
horas de trabalho durante a operação final.
O uso do metaverso permitiu que os profissionais se preparassem, garantiu o sucesso do
procedimento e, é claro, a recuperação dos pacientes com mínimas chances de riscos.
Mais eficácia para o trabalho médico e para a rotina dos pacientes
Nesse mundo de possibilidades que o metaverso vem criando, algumas novidades já fazem parte
da rotina de hospitais, clínicas e universidades. É o caso, por exemplo dos treinamentos médicos feitos
a partir de equipamentos de realidade virtual, que permitem ao profissional praticar procedimentos,
manusear equipamentos, estudar a anatomia humana e realizar simulações em um ambiente 100%
digital.
Dessa forma, o médico consegue conquistar mais segurança para atuar em centros cirúrgicos
ou em situações mais complexas. Tudo isso com foco no bem-estar dos pacientes e no uso de práticas
cada vez menos invasivas.
A telemedicina é outro exemplo de funcionalidade muito eficaz nos dias de hoje, que deve passar
por outros importantes avanços com o metaverso. Isso significa que, em pouco tempo, uma simples
consulta por vídeo poderá se transformar em uma visita guiada à casa do paciente por meio de um
avatar para que o especialista possa observar, de fato, a realidade do indivíduo e oferecer um
diagnóstico completo.
Outra possibilidade de aplicação da inovação tecnológica na medicina inclui o uso de jogos de
realidade aumentada no tratamento de quadros clínicos como déficit de atenção, hiperatividade,
fobias, depressão e outros transtornos psiquiátricos.
A humanização dos tratamentos também está entre as vantagens oferecidas pelo metaverso.
Com a criação de ambientes virtuais, um paciente pode passar por uma quimioterapia, por exemplo,
dentro do espaço hospitalar, mas rodeado por um ambiente virtual totalmente agradável, repleto de
bem-estar ou até mesmo lúdico. Trata-se de algo extremamente valioso para crianças e idosos.
Por fim, a realidade virtual também pode ser usada para reduzir a dor em pacientes
hospitalizados por meio de distrações, estímulos e outros efeitos que tirem o foco do desconforto do
tratamento.

ATIVIDADES

1)Pesquise em jornais e revistas casos em que a Inteligência Artificial auxiliou na saúde dos seres
humanos. Confeccione cartazes e cole na escola! LEMBRE-SE: Trabalhar em equipe é sempre
melhor!

SEMANA 7

TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local


EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.

TELEMEDICINA

A telemedicina é um processo avançado para


monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e
análise de resultados de diferentes exames. Estes exames são
avaliados e entregues de forma digital, dando apoio para a
medicina tradicional. A telemedicina já é utilizada em todo
mundo, de forma segura e legalizada, estando de acordo com a
legislação e as normas médicas. A prática se popularizou mais
durante a pandemia de Covid-19, quando o governo brasileiro
liberou também as teleconsultas.
Com o uso de tecnologias de informação, que agregam
qualidade e velocidade na troca de conhecimento, os médicos
podem tomar decisões com maior agilidade e precisão. Por meio
da telemedicina, os especialistas conseguem acessar os
exames de qualquer lugar do país, utilizando computadores e
dispositivos móveis, como smartphones e tablets conectados à
internet.
O termo telemedicina tem origem na palavra grega ‘tele’,
que significa distância. Também é usada para formar as palavras telefone, televisão etc. Assim,
a telemedicina abrange toda a prática médica realizada à distância, independentemente do
instrumento utilizado para essa relação. A prática tem origem em Israel e é bastante aplicada nos
Estados Unidos, Canadá e países da Europa.
Desde seu início, na década de 1950, a telemedicina mudou e avançou muito. Antes, poucos
hospitais utilizavam televisões para chegar a pacientes em locais remotos. Mas com o avanço dos
meios de comunicação, o contato entre médico e paciente ou entre os profissionais de saúde ficou
mais simples e prático: a relação e a troca de informações foi ampliada com o telefone fixo, depois
com os celulares, e se tornou ainda mais rápida com a internet. Computadores, tablets e smartphones
facilitam as videoconferências e o avanço da Inteligência Artificial (IA) leva conhecimento ao alcance
de todos.
Durante a pandemia de Covid-19, a telemedicina teve avanços significativos não só em termos
de legislação, com a liberação de algumas práticas até então não regulamentadas, como a
teleconsulta, mas também em relação a aceitação da população e da própria classe médica.
O atendimento médico remoto foi fundamental para desafogar os pronto-atendimentos, fazer o
monitoramento de pacientes em isolamento em casa, fazer teleinterconsulta entre médicos
intensivistas e médicos clínicos-gerais em UTIs, além de teleinterconsulta para segunda opinião
médica em alguns casos, assim como facilitou o acesso a médicos especialistas em regiões remotas.
Hoje, a telemedicina está inserida em um conceito mais amplo, conhecido mundialmente
como eHealth ou “saúde digital”. Segundo a HIMSS – Healthcare Information and Management
Systems Society, eHealth é qualquer aplicação da internet utilizada em conjunto com outras
tecnologias de informação, focada em prover melhores condições aos processos clínicos, ao
tratamento dos pacientes e melhores condições de custeio ao Sistema de Saúde.
O conceito inclui muitas dimensões, que vão desde a entrega de informações clínicas aos
parceiros da cadeia de atendimento, passando pelas facilidades de interação entre todos os seus
membros, chegando a disponibilização dessa mesma informação nos mais difíceis e remotos lugares.
Dentro do modelo encontra-se um conjunto de ferramentas e serviços capazes de sustentar o
atendimento de forma integrada através da Web. Entre elas podemos citar algumas: Prontuário
Eletrônico (ePaciente), saúde móvel (mHealth), Big Data, Cloud Computing, Medicina Personalizada,
Telemedicina etc.
Durante a pandemia de Covid-19, as empresas desenvolveram seus algoritmos para detectarem
doença em exames de raio-x, o que ajudou a dar mais agilidade ao diagnóstico e, consequentemente,
ao processo de afastamento de pacientes para reduzir risco de contágio.
Além de empoderar os médicos, esse tipo de tecnologia dá mais agilidade ao diagnóstico, o que
tem ajudado a salvar vidas. Um exemplo disso é a solução de telecardiologia com orientação de
conduta desenvolvida pela Portal Telemedicina e que já vem sendo aplicada desde 2019.
Os algoritmos detectam anomalias em exames de eletrocardiograma e indicam para os médicos
cardiologistas que emitem o laudo remotamente quais exames precisam ser analisados primeiro na
fila de espera. Com isso, o laudo de ECG para casos urgentes é entregue em menos de cinco minutos.
Nestes casos, o médico entra em contato por videoconferência com o técnico ou médico que
está realizando o exame e passa orientação de conduta a ser feita para estabilizar o paciente e
encaminhá-lo a um pronto-atendimento de urgência.
Em Tarumã, município no interior de São Paulo, essa solução reduziu o número de mortes por
doenças cardíacas em 45% em um ano ao mesmo tempo que reduziu os custos da prefeitura com
doenças cardíacas em 30%, após 18 meses de implantação.
No Brasil, o serviço de telemedicina, principalmente aplicada na emissão de laudos online, está
crescendo e se consolidando. O início foi na década de 90 – justamente com a expansão da internet
-, acompanhando uma tendência mundial de atendimento médico e geração de laudos à distância.
Nos últimos anos, empresas de saúde, instituições de medicina e os órgãos reguladores vem
fazendo um esforço ativo para a promoção, a disseminação e o desenvolvimento de mais programas
de assistência e cooperação remota em saúde.
Em todo o país, as principais universidades públicas e privadas já dispõem de unidades e núcleos
especificamente voltados ao estudo e à aplicação da telemedicina. A Rede Universitária de
Telemedicina (RUTE), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação conta com uma centena de
unidades em operação no país.
Também já podemos encontrar programas baseados na Inteligência Artificial em alguns hospitais
referência como o Albert Einstein, em São Paulo, onde há aparelhos de imagem capazes de apontar
possíveis doenças e encaminhar notificações automaticamente para o médico, equipamentos que
enviam sinais vitais do paciente diretamente para os prontuários, entre outros. O governo também
investiu na compra de três supercomputadores que são capazes de aumentar em até 10 vezes a
capacidade de armazenamento de dados do SUS.
E há empresas como a Portal Telemedicina, que atua com laudos à distância e fornece
tecnologia para conexão dos equipamentos com a telemedicina, além de aparelhos para a realização
de diversos exames. Com uma equipe de médicos renomados, a Portal pode gerar laudos online para
todo o país a qualquer hora do dia e da semana. Além disso, ajuda na capacitação e treinamento de
muitos profissionais de saúde para a correta realização dos exames.
As frentes da telemedicina
A telemedicina pode ser subdividida em alguns ramos: teleassistência, teleconsulta, teleducação
e a emissão de laudos à distância. Todos podem ser inseridos dentro de eHealth. Vamos explicá-los:
• Teleassistência
Na teleassistência, o foco da comunicação está no paciente e no seu bem-estar. Por meio dela,
o paciente é monitorado em seu próprio domicílio ou em um centro de saúde local por um médico ou
qualquer outro profissional de saúde que se comunica com outros profissionais à distância. Para
aumentar a eficiência do sistema e garantir uma investigação médica acurada são utilizados diversos
equipamentos que avaliam parâmetros clínicos e enviam esses dados, geralmente via internet, para
os especialistas à distância.
• Teleconsulta
A teleconsulta pode ser feita entre médicos, quando um clínico-geral busca assistência de um
especialista, como uma segunda opinião no diagnóstico, um medicamento mais indicado, ou até
mesmo orientações ao vivo sobre a realização de um procedimento. Outra forma, é a consulta online,
feita diretamente entre médicos e pacientes. No Brasil, a prática da teleconsulta entre médico e
paciente foi viabilizada durante a pandemia de Covid-19.
• Teleducação
A teleducação já é aplicada em diferentes setores, mas no caso da medicina, o foco é capacitar
o profissional de saúde que está longe dos grandes centros, buscando atualizá-lo e prepará-lo para
diversas situações da prática médica. Para atingir esse objetivo, a teleducação voltada à telemedicina
utiliza-se de videoconferências, aulas, palestras, e-learning e programas de reciclagem. É uma forma
de levar conhecimento para melhorar a realização de exames e dar qualidade ao atendimento dos
pacientes.
• Emissão de laudos à distância
Este é um dos ramos que mais cresce no Brasil. Por meio dessa tecnologia, o exame pode ser
realizado em qualquer lugar e laudado por especialistas conectados à internet. Dessa forma, é
possível ter acesso facilitado aos melhores médicos do país.

Além disso, a telemedicina pode ser utilizada para:


• Consulta e troca de informações entre instituições de saúde;
• Informação de resultados de exames laboratoriais e de imagens;
• Discussão de casos clínicos, principalmente relacionados a doenças raras;
• Cirurgia robótica;
• Assistência a pacientes crônicos, gestantes de alto risco e idosos.
Já o termo telessaúde, que também já é bastante usado, amplia o conceito e vai além da
medicina. A telessaúde inclui os cuidados prestados por outros profissionais da área, como técnicos
em enfermagem, enfermeiros, etc.
Um dos pontos fortes do uso da telemedicina é o fornecimento de laudos online à distância, sem
a necessidade de a clínica ou o hospital contar com médicos especialistas em tempo integral,
atendendo em suas dependências. Uma série de exames, como Eletrocardiograma
(ECG), Espirometria, Eletroencefalograma, Acuidade Visual, Mamografia, Raios-X, entre outros,
pode ser feita pela equipe de saúde (técnicos e enfermeiros) e enviados em tempo real para a empresa
de telemedicina.
Pela tecnologia, o resultado é enviado via internet para equipes médicas, compostas por
especialistas atuantes em grandes centros de medicina do Brasil. São profissionais habilitados a
laudar, remotamente, exames realizados em qualquer hora e lugar do país. É possível entregar laudos
no mesmo dia ou, em caso de urgência, minutos após a emissão do exame.
Muitos aparelhos utilizados para os procedimentos já são digitais e fornecem os resultados
diretamente para os serviços de telemedicina.
Todo o processo é feito em um sistema apropriado e seguro de gerenciamento de informações
e imagens. A telemedicina, portanto, é uma maneira de agilizar e também qualificar o procedimento
e a entrega dos laudos de diversos exames. Em pouco tempo, o exame é realizado e o laudo entregue
ao paciente, possibilitando o diagnóstico e o início do tratamento mais rapidamente.

Vantagens da telemedicina
Há diversas vantagens com a adoção da
Telemedicina. Uma delas é a possibilidade de diminuir
distâncias. Para os pacientes, essa tecnologia permite
que eles tenham acesso à medicina de qualidade e
também a profissionais referência, mesmo estando longe
dos centros urbanos.

Para o sistema de saúde, há uma descentralização


da assistência, reduzindo a procura por especialistas e
hospitais logo no início do atendimento. Com a
telemedicina, é possível levar os cuidados dos
especialistas a mais localidades e com custos reduzidos. Os recursos podem ser alocados para a
prevenção e o tratamento das doenças. Além disso, a maior troca de informações entre os serviços
de saúde contribui para a integração de pesquisas clínicas, ampliando os conhecimentos dos
profissionais que atuam no setor.
Para os médicos e outros profissionais de saúde, há a chance de participar de programas
educacionais de qualquer lugar do país, além da possibilidade de contar com o apoio de outros colegas
de profissão na hora de tomar decisões.

Podemos destacar algumas das vantagens da telemedicina:


• Amplia o contato entre médicos e pacientes;
• Acesso a especialistas e profissionais de referência;
• Facilita a troca de informações entre os serviços de saúde;
• Diminui o deslocamento de pacientes a hospitais e grandes centros urbanos;
• Facilita a realização de exames, que podem ser feitos em clínicas e postos de saúde;
• Melhora a qualidade dos laudos emitidos e agiliza a entrega.

Dessa forma, a telemedicina se apresenta como uma forma de transpor barreiras culturais,
socioeconômicas e, principalmente, geográficas, para que os serviços e informações em saúde
cheguem a toda população. Até porque há uma série de especialidades que podem ser atendidas via
telemedicina, inclusive as com especificidades da saúde ocupacional e medicina do trabalho. Há
realização e interpretação de exames e entregas de laudos em:

• Cardiologia – eletrocardiograma, MAPA de Pressão Arterial, Registros de Holter;


• Neurologia – eletroencefalograma ocupacional; eletroencefalograma com mapeamento
cerebral;
• Pneumologia – exame de espirometria, teste de bronco-dilatação;
• Radiologia Geral – exames como Raios-X padrão, mamografias; tomografias;
densitometria óssea, ressonâncias magnéticas;
• Oftalmologia – Exame de Acuidade Visual para avaliar possíveis desgastes de visão e
a capacidade de enxergar com nitidez;
• Dermatologia – seguindo um protocolo específico e com o uso de máquinas
fotográficas, são feitas fotografias de lesões e possíveis dermatoses dos pacientes.

Apesar de todas as vantagens, muitas pessoas


ainda têm receio de que a telemedicina se torne a norma
e que todos os serviços médicos passem a ser prestados
à distância, sem qualquer contato direto com o paciente.
No entanto, isso não ocorrerá. A tecnologia não vem para
substituir o médico, mas sim para empoderá-lo, dando
um suporte e poder maior sobre dados, além de ajudá-lo
a superar os empecilhos criados pela distância física
entre o médico e o paciente.
Assim, temos a medicina do futuro, que é a soma
do conhecimento médico com a evolução e domínio das
tecnologias de ponta. Ela vem com o propósito de prever o aparecimento de doenças, detectar
precocemente um agravo à saúde ou evitar sequelas graves. Também tem como linha de atuação a
inovação nos procedimentos minimamente invasivos.
Com a evolução do conhecimento científico e aprimoramento dos recursos tecnológicos na
medicina do futuro será cada vez mais possível desenvolver tratamentos com mais acurácia,
efetividade e segurança.
A regulação da telemedicina
A aplicação da telemedicina é regulada pelas
regras da Associação Americana de Telemedicina
(American Telemedicine Association), sendo
reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)
e pelas leis brasileiras.
Inicialmente o mercado brasileiro adotou normas
de ética e padrões de atendimento definidos pelas
organizações internacionais, mas a partir de 2002, com
a ampliação e consolidação dos serviços, foram criadas
normas e resoluções nacionais para guiar esse tipo de
trabalho.
No país, as leis exigem que a empresa prestadora do serviço tenha um médico responsável
técnico e também possua registro no Conselho Regional de Medicina, como por exemplo, o
CREMESP em São Paulo. A Lei 1.643 de 2002 do CFM é a que regulamenta os serviços
de telemedicina como modalidade médica no país.
A legislação diz que os serviços prestados via telemedicina deverão ter a infraestrutura
tecnológica apropriada e obedecer as normas técnicas do CFM pertinentes à guarda, manuseio,
transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional. Além disso,
a Lei nº12.842/2013, que inclui a emissão dos laudos de exames reforça que apenas médicos podem
emitir o laudo à distância. Em março de 2020, após pedido do CFM devido a urgência de combater a
Covid-19, o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União a Portaria no 467 liberando a
teleorientação, o telemonitoramento e a teleinterconsulta durante a pandemia.
A portaria também estabelece que:
(…) Art. 2o As ações de Telemedicina de interação à distância podem contemplar o atendimento
pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia
da informação e comunicação, no âmbito do SUS, bem como na saúde suplementar e privada.
Parágrafo único. O atendimento de que trata o caput deverá ser efetuado diretamente entre
médicos e pacientes, por meio de tecnologia da informação e comunicação que garanta a integridade,
segurança e o sigilo das informações.
E há ainda uma outras normas relacionadas aos serviços de telemedicina no Brasil, que tratam
do armazenamento de imagens e dados dos pacientes. Uma é a Resolução RDC/ANVISA n.º 302 de
2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que define a guarda de laudos médicos
por cinco anos, pelas unidades que realizam os procedimentos. A legislação, somada a Resolução
CFM nº 1.821/07, implica que as empresas prestadoras do serviço de telemedicina possuam meios
tecnológicos seguros para armazenamento online de informações dos pacientes.

ATIVIDADES

1) Você ou algum parente já deve ter precisado de fazer uma teleconsulta. Nos conte como foi
essa experiência.
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2) Como a tecnologia pode contribuir ainda mais para diminuir a distância entre médico e
paciente. Como isso ajudaria aqui na nossa cidade?
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SEMANA 8

TEMA: Recursos tecnológicos de Impacto Local


EIXO ESTRUTURANTE: Empreendedorismo
HABILIDADES: Habilidades dos Itinerários Formativos Associadas às Competências Gerais da
BNCC
(EMIFCGIO) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar
objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse,
frustração, fracasso e adversidade.
(EMIFCGII) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas,
identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e
efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros,
identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços
e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
INTERDISCIPLINARIDADE: A Física, a Química e a Biologia se relacionam de forma integrada, possibilitando visões que
se complementam na análise de um tema interdisciplinar, que aborda diferentes contextos, sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e ambientais.
O FUTURO DA TECNOLOGIA NA SAÚDE

Quais são as principais tendências da tecnologia na


saúde para os próximos anos?

A tecnologia na saúde não para de nos surpreender e já


existem algumas projeções do que podemos esperar no futuro!
Não há dúvidas de que a tecnologia na saúde se desenvolve
cada vez mais. A tendência é que, com o passar dos anos, seja
cada vez mais comum vermos os médicos atendendo pacientes
à distância, como expliquei em momentos anteriores. Porém, não
é apenas isso que tende a ocorrer nos próximos anos. A
tecnologia na saúde também estará presente em outros serviços. Listamos algumas das projeções
para o futuro, que em breve deverão ser uma realidade presente em hospitais, clínicas e consultórios
médicos. Acompanhe!
Medicina genômica
A inteligência artificial e o machine learning estão ajudando a promover a medicina genômica,
prática que ocorre quando as informações genômicas de uma pessoa são usadas para determinar
planos de tratamento personalizados e atendimento clínico. Na farmacologia, na oncologia, no
tratamento de doenças infecciosas, entre outras situações, a medicina genômica tende a causar cada
vez mais impacto. Isso porque os computadores tornam muito mais rápida a análise de genes e
mutações genéticas que causam doenças. Isso ajuda a comunidade médica a compreender melhor
como as doenças ocorrem e também a tratar e até mesmo erradicar doenças. São diversos os projetos
de pesquisa em andamento que utilizam os princípios da medicina genômica para tratar condições
como rejeição de transplantes de órgãos, fibrose cística, câncer de diversos tipos etc.

Crispr´d cells para tratamento do câncer


Esta é a grande promessa na área de medicina genômica onde ocorre uma sobrecarga no
sistema imunológico do paciente que fortalece suas defesas contra as células cancerígenas. No
momento da revisão desse artigo, março/2020 tive acesso ao primeiro teste feito em humanos nos
EUA com 3 pacientes que não tiveram nenhuma reação com a utilização dessas células. Isso quer
dizer que nem melhorou e nem piorou nada, ninguém morreu e isso já é um horizonte promissor para
continuar as pesquisas.

Gêmeos digitais
Um gêmeo digital é uma réplica quase em tempo real
de algo no mundo físico. Na área da saúde, o termo serve
para dar nome a uma réplica de dados coletados ao longo
da vida de um indivíduo, como resultados de exames que
foram feitos no decorrer dos anos, doenças que a pessoa
teve, cirurgias que realizou e assim por diante.
Os gêmeos digitais podem ajudar um médico a
determinar as possibilidades de obter um resultado bem-
sucedido em tratamentos, auxiliando na tomada de decisões
terapêuticas e no gerenciamento de doenças crônicas, como o diabetes.
Ainda é possível que os gêmeos digitais ajudem a melhorar a experiência dos pacientes, por
meio de cuidados eficazes e centrados em cada indivíduo. O uso dessa tecnologia na saúde ainda
está nos estágios iniciais dos estudos, mas o potencial de uso é extraordinário e, como um profissional
da área, você ouvirá falar muito sobre isso nos próximos anos.

Internet 5G
Conforme aumenta a capacidade dos centros de saúde para prestar assistência em áreas
remotas, que são atendidas pela telemedicina, a qualidade e a velocidade das redes de internet são
essenciais para que ocorram resultados positivos.
A internet 5G deve se tornar uma realidade nos próximos anos, ajudando as organizações de
saúde a fazer a transmissão de grandes arquivos de imagem, para que os especialistas possam
revisar e aconselhar sobre cuidados, por exemplo.
Além disso, a novidade também permitirá o uso da inteligência artificial e aumentará a
capacidade de os médicos proporem tratamentos com base na realidade virtual, possibilitando o
monitoramento remoto e confiável dos pacientes, entre outras coisas.

Hospitais inteligentes
Um hospital inteligente é aquele que conta com uma
infraestrutura conectada de dispositivos médicos inteligentes,
com o objetivo de melhorar os procedimentos de atendimento
ao paciente e introduzir novos processos. O objetivo desse tipo
de hospital é transformar os dados do paciente em insights e,
em seguida, agir com base nas informações obtidas.
Os sistemas captarão dados, por exemplo, na sequência
aplicando-os em serviços de inteligência artificial e machine
learning para fazerem a análise. Em seguida, disponibilizarão
informações para os médicos por meio de computadores, tablets e smartphones.
ATIVIDADES

1) O que é um hospital inteligente? Qual é o seu objetivo?


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2) Qual a relação da Internet 5G com a saúde?


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3) Como a tecnologia já tem atuado na medicina?


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Como você avalia sua…

MUITO EM PARTE NADA


Dedicação no conteúdo da semana 1 e 2

Dedicação no conteúdo da semana 3 e 4

Dedicação no conteúdo da semana 5 e 6

Dedicação no conteúdo da semana 7 e 8

Compreendo melhor sobre o uso da tecnologia pela saúde.

Sei diferenciar as vantagens e desvantagens de seu uso.


Me auxiliou a ser mais crítico do uso das tecnologia na área da saúde.

Alcancei minhas metas.

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