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ESTADO DE SANTA CATARINA

ILUSTRATIVO PODER JUDICIÁRIO


Comarca - Ituporanga
Vara da Família Fictícia
Unidade 100% Digital

TERMO DE AUDIÊNCIA EM MEIO AUDIOVISUAL

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0301111-11.2018.8.24.0035 e código A734B3D.
Autos n. 0301111-11.2018.8.24.0035
Interdição
Requerente: Marcia Malheiros Silva /
Requerido: Armandinho Lorenzo Natiruts /
DATA: 22/06/2018 às 13:30h
LOCAL: Sala de Audiências da Vara da Família - Unidade 100% Digital da Comarca de
Ituporanga

PRESENÇAS
JUIZ DE DIREITO: Doutor Juiz
MINISTÉRIO PÚBLICO: Doutor Promotor
REQUERENTE: Marcia Malheiros Silva
INTERDITANDA: Armandinho Lorenzo Natiruts
ADVOGADO: Doutor Advogado

DOCUMENTO FICÍTICIO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JUIZ DE DIREITO, liberado nos autos em 22/06/2018 às 17:58 .
Aberta a audiência, foi o interditando interrogado mediante gravação, nos termos do
provimento 20/2009 da Egrégia CGJ. Pelo Ministério Público foi dito: "Trata-se de pedido de
interdição postulado por Marcia Malheiros Silva em face de Armandinho Lorenzo Natiruts, ao
fundamento de que este último é portador de síndrome de down com deficiência intelectual
moderada que o impossibilita de expressar sua vontade, não tendo condições de gerir a
própria vida. A requerente afirma que é madrasta de Armandinho e que, após o falecimento
do pai, ele reside com ela, a qual lhe dispensa todos os cuidados. Segundo a requerente, a
mãe de Armadinho já era falecida, ele não tem irmãos e os avós também são falecidos. Após
regularmente citado, nesta data foi realizado o interrogatório, sendo possível verificar de
plano as dificuldades do interditando. Diante desta situação, entendo desnecessária a
produção de prova oral, bem como da prova pericial, em especial pelo teor do laudo de fls.
17-18, no qual o médico informa a incapacidade civil do interditando, sendo cabível o

EXCLUSIVAMENTE
julgamento antecipado da lide. Assim sendo, porque portador de deficiência que o
impossibilita de reger sua pessoa, administrar seus bens e praticar todo e qualquer ato da
vida civil, manifesta-se o Ministério Público pela procedência do pedido prefacial, nomeando-
se a requerente curadora de enteado interditando, inscrevendo-se a sentença no registro de
pessoas naturais. Finalmente, diante da realidade dos autos, entendo dispensável a hipoteca
legal nos termos do art. 1.190 do CPC." A seguir, pelo MM. Juiz foi dito o seguinte: "Marcia

PARA FINS DIDÁTICOS


Malheiros Silva propôs ação de interdição em face de Armandinho Lorenzo Natiruts sob o
argumento de que a interditando, seu enteado, apresenta síndrome de down com deficiência
intelectual moderada sem condições de realizar atividades básicas da vida cotidiana, não
possuindo condições de gerir a si e seus bens. Requereu, ao final, a procedência da ação para
decretar a interdição do requerido e nomear a requerente como curadora. Dado o regular
processamento ao feito e após o interrogatório do interditando, o Ministério Público opinou
pela decretação da interdição do requerido e a nomeação da requerente como curadora. É o
breve relatório. Passa-se à decisão. Prescreve o artigo 1.767 do Código Civil: "Art. 1.767.
Estão sujeitos a curatela: I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; (...)". Com efeito, os
documentos juntados aos autos, notadamente o atestado médico de páginas 17-18,
demonstra que o interditando está impossibilitado de exercer os atos da vida civil. A
declaração médica é clara em evidenciar que o requerido "apresenta diagnostico de Síndrome
de Down associada a Deficiência Intelectual Moderada (CID Q90.9/F71), não apresentando
condições para exercer os atos da vida civil, necessitando de interdição, e que não haverá
alteração dessa situação durante sua vida. Verifica-se, de todas as provas produzidas no
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DOCUMENTO FICÍTICIO
autos, que efetivamente o interditando está impossibilitado de exercer os atos da vida civil,
razão pela qual a procedência da interdição é medida inafastável. Logo, entende-se que o

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/sgcr/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0301111-11.2018.8.24.0035 e código A734B3D.
atestado médico contém informações suficientes para a procedência da demanda, sendo
conclusivo acerca da incapacidade do interditando para ter vida independente e reger seus
atos, pois vislumbra-se que este não reúne condições psíquicas para gerir sua própria
pessoa, assim também aos seus bens, estando, portanto, sujeito à curatela. Ademais,
durante o interrogatório do interditando foi possível verificar que este possui dificuldade de
compreensão da realidade temporal e espacial, revelando grande dependência da
curadora. Ante o exposto, DECRETA-SE a interdição de Armandinho Lorenzo Natiruts,
declarando-a absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, e na
forma do artigo 1.767, inciso I, do Código Civil, nomeando-lhe Curadora a requerente
Marcia Malheiros Silva. Em obediência ao disposto no artigo 1.184 do Código de Processo
Civil, inscreva-se o presente no Registro Civil e publique-se na imprensa local e no órgão
Oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias. Expeçam-se os respectivos
termos. Custas pela requerente, ficando isenta pelo seu pagamento, pois beneficiário da
Justiça Gratuita. Publicada em audiência, ficando os presentes intimados. Registre-se.
Cumpridas as formalidades legais, arquive-se." E, para constar, foi determinada a lavratura
do presente termo. Eu, Servidora Pública, o digitei.

Juiz

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JUIZ DE DIREITO, liberado nos autos em 22/06/2018 às 17:58 .
Promotor
Doutor Juiz
Juiz de Direito

dvogado
Ministério Público

AAdvogado
cia M Silva
MarRequerente a M Silva
MarciRequerido
EXCLUSIVAMENTE
PARA FINS DIDÁTICOS

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