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Ementa e Acórdão
01/03/2021 PLENÁRIO
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Supremo Tribunal Federal
Ementa e Acórdão
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Ementa e Acórdão
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
07/08/2019 PLENÁRIO
RE LAT Ó RI O
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Relatório
ADI 5359 / SC
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
Antecipação ao Voto
07/08/2019 PLENÁRIO
ANTECIPAÇÃO AO VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR) - Senhor
Presidente, eminentes Pares, saúdo as sustentações orais proferidas.
Vou procurar fazer a síntese oral do voto, eis que a inicial da
Procuradoria-Geral da República sustenta a inconstitucionalidade formal
da lei estadual. Para concluir-se da procedência, ou não, desse
argumento, a utilização do multicitado mecanismo de hermenêutica da
interpretação conforme permitirá verificar se, de fato, há espaço para os
entes, Estados e Municípios legislarem sobre essa matéria, ou, sendo
competência privativa da União, a mesma desincumbiu-se de emitir lei
específica sobre o tempo.
Portanto, sem embargo de a matéria ter aspectos sensíveis e
dimensões relevantes no âmbito da política de segurança pública, o
julgamento está de algum modo jungido à arguição de
inconstitucionalidade formal e ao voto que trago à colocação, adiantando,
desde logo, a seguinte percepção:
Nos incisos XXI e I do art. 22, decorre nitidamente que a
competência para legislar sobre essa matéria é privativamente da União.
A União assim o fez? O fez. A edição da Lei 10.826 é a demonstração
de que não restou, aqui, latitude ou espacialidade legislativa, quer se
aplique o princípio da subsidiariedade, quer se imagine toda a construção
que haurimos da formulação anglo-saxã, que está na expressão "clear
statement rule", ou seja, que há a possibilidade de uma espacialidade
legislativa, quando não exauridos os elementos de determinada norma,
ainda que sejam de cumprimento da competência do ente maior, mas,
nessa hipótese, a União, que teve a sua competência constitucionalmente
conferida para editar a norma, assim procedeu.
Não deixa de ser interessante, porque as próprias informações deste
caso do Estado de Santa Catarina, em um determinado trecho,
reconhecem que a legislação introduziu um novo elemento para permitir
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Supremo Tribunal Federal
Antecipação ao Voto
ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
07/08/2019 PLENÁRIO
VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
direitos fundamentais.
Ocorre que, por vezes uma mesma lei pode apresentar problemas
complexos, por envolver tema que se divide em assunto que compõe a
competência concorrente e em matéria restrita à competência legislativa
de apenas uma das esferas da Federação (MENDES, Gilmar. Curso de
direito constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 841).
Em outras oportunidades (ADI 5.356 e ADPF 109), sustentei que a
tradicional compreensão do federalismo brasileiro, que busca solucionar
os conflitos de competência tão somente a partir da ótica da prevalência
de interesses, não apresenta solução satisfatória para os casos cuja dúvida
sobre o exercício da competência legislativa decorre de atos normativos
que podem versar sobre diferentes temas.
Nestes casos, há uma multidisciplinariedade, como bem descreveu
Tiago Magalhães Pires, em trabalho já citado pelo e. Min. Luís Roberto
Barroso:
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
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ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
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ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
10
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
11
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
12
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
funcionais".
Conclusão
13
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5359 / SC
14
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
07/08/2019 PLENÁRIO
VOTO
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Presidente,
inicialmente cumprimento as sustentações realizadas; a Doutora Raquel
Dodge, pela Procuradoria-Geral; e as Doutoras Mayara Silva de Souza e
Thaís Nascimento Dantas, pelo amicus curiae Instituto Alana. Saúdo
também o eminente Ministro-Relator pelo voto; mas, desde logo, já digo
que irei divergir.
Em relação a alguns pontos abordados também nas sustentações
orais, inicio colocando que me parece que o núcleo da discussão foi um
pouco deslocado, seja no caput do art. 55, que diz respeito aos agentes
penitenciários, seja em seu inciso V, não se cogita, em momento algum, da
possibilidade de se ter porte de arma para utilizá-la dentro de um
estabelecimento. Não é essa a disciplina, não é essa a ratio, e não foi isso o
que ocorreu.
O agente penitenciário, seja ativo ou inativo, pelo novo decreto de
junho, pode ter o porte de arma para defender a sua segurança e a da sua
família. Ele não pode adentrar e exercer as suas funções no
estabelecimento penitenciário armado, até porque é uma regra de
segurança não poder entrar armado na penitenciária, pois a arma poderia
ser subtraída. Somente as tropas especializadas podem entrar com armas
dentro dos estabelecimentos prisionais.
O mesmo ocorre em relação aos agentes que atuam no sistema de
atendimento ao adolescente infrator. Em nenhum momento a Lei do
Estado de Santa Catarina passou a permitir que eles, estando armados,
possam exercer segurança pública fora, ou que eles possam adentrar no
estabelecimento para cumprir suas funções armados. Não foi isso o que a
lei estabeleceu! O que a legislação estadual determinou, a meu ver, de
forma constitucional, seguindo o padrão federal, foi a possibilidade de
que aqueles que atuam nas áreas principais de segurança pública, que
lidam com a privação de liberdade, tanto de indivíduos maiores - no caso
do sistema penitenciário - como os menores de dezoito anos - no caso de
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
ADI 5359 / SC
...
VII - os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas
prisionais, ...
...
§ 1º "b"- Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas
prisionais poderão portar arma de fogo de propriedade particular ou
fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de
serviço, ..."
O recente Decreto nº 9.847/2019, que revogou os anteriores e
regulamenta o Estatuto do Desarmamento, prevê expressamente a
possibilidade de conservação do porte de arma pelos agentes
relacionados no art. 6º da Lei, os agentes e guardas prisionais, mesmo
após a inatividade. É expressa essa previsão no art. 30, cumpridos
requisitos de que, de dez em dez anos, devem se submeter aos testes de
avaliação psicológica, o que aqui se coaduna com a previsão da legislação
estadual de Santa Catarina, que devem seguir os testes psicológicos e a
forma como se concede.
O conteúdo, portanto, da norma atacada, no ponto em que previa o
porte de arma por agentes penitenciários aposentados, inativos, a meu
ver, mostra-se plenamente alinhado com a normatização editada pela
União a respeito do tema.
Em relação à previsão do porte de arma para agentes
socioeducativos, impõe destacar que, obviamente, o que as medidas
previstas pelo ECA e as medidas de todo o sistema de funcionamento
visam é a proteção integral à criança e ao adolescente. E a norma do
Estado de Santa Catarina em momento algum afeta essa proteção.
E, embora as medidas não sejam, obviamente, temas próprios do
Direito Penal, da persecução penal, é inegável, principalmente na questão
da internação, que há correlação entre a prática de atos infracionais e
comprometimento da segurança pública, da ordem e da incolumidade
pública. Basta dizer que o Estatuto da Criança e do Adolescente nem se
preocupou em definir quais seriam os atos infracionais.
O Estatuto da Criança e do Adolescente identificou como atos
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
ADI 5359 / SC
improcedente o pedido.
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
07/08/2019 PLENÁRIO
VOTO
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
ADI 5359 / SC
área onde estão as instituições socioeducativas. Ele sofre risco quando ele
vai para o trabalho, ele sofre risco quando ele volta para casa, ele sofre
risco quando ele vai ao supermercado, porque o ambiente da
criminalidade, sobretudo para obter vantagens e favores, inclusive dentro
dos estabelecimentos de detenção, trabalham com a intimidação e com a
ameaça desses agentes públicos. Sendo assim, acredito que é um
instrumento de proteção de pessoas que estão servindo a sociedade, sem
oferecer nenhum risco aos menores, porque dentro do estabelecimento
onde tem menores ele não pode entrar armado.
De modo que eu peço todas as vênias ao eminente Ministro Luiz
Edson Fachin, entendo e compartilho das preocupações que motivam a
sua convicção, mas penso que essas preocupações não prevalecem nesta
situação específica.
Presidente, estou votando para assentar a seguinte tese, a seguinte
proposição jurídica:
Os agentes socioeducativos têm direito a porte de arma nos termos
do artigo 6º, VII, da Lei nº 10826/2003, reservado o uso fora dos
estabelecimentos educacionais de menores infratores.
É como voto, pela improcedência do pedido.
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Voto Vogal
VOTO
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
I), apenas ela poderia dispor sobre regra de isenção de porte de arma de fogo, o
que, do contrário, seria considerado conduta penal típica pelos art. 12, 14 e 16 do
Estatuto do Desarmamento".
3. O Ministro Relator adotou o art. 10 da Lei 9.868/1999, de modo
que a questão posta para deliberação e decisão deste Plenário neste
momento se circunscreve à concessão da medida cautelar, sujeita à
configuração dos requisitos legais, a saber, o perigo da demora na
prestação jurisdicional e a plausibilidade do direito alegado.
4. A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina manifestou-
se pelo indeferimento da liminar e, ao final, pela improcedência do
pedido. Justifica sua posição jurídica no argumento principal de que o
texto normativo questionado teve por objetivo equiparar os agentes de
segurança socioeducativos aos agentes penitenciários, uma vez que suas
atribuições estão vinculadas diretamente a adolescentes e adultos em
privação de liberdade.
Em suas palavras: “Com a inovação introduzida em 2014, inserindo nova
prerrogativa aos agentes e guardas prisionais na Lei do Desarmamento,
permitindo o porte de arma, mesmo fora de serviço, a disposição ínsita no inciso
V do art. 55, da LC 472/2009 aproximou, por inteiro as feições dessas categorias
funcionais. Além do mais, a possibilidade de organizar as carreiras funcionais,
suas garantias e modo de atuação dos agentes de segurança socioeducativo no
Estado, no contexto das atividades dos agentes de segurança pública, assim
definidos no art. 144 da Carta Federal, não discrepa da interpretação de que ao
estado- membro é dada a competência de legislar sobre a matéria.”
5. O Governador do Estado de Santa Catarina defendeu a
improcedência da ação, na mesma linha argumentativa da Assembleia
Legislativa.
6. A Advocacia-Geral da União, na manifestação apresentada,
argumentou pelo deferimento parcial do pedido de medida cautelar, para
que seja suspensa a eficácia do inciso V do art. 55 da Lei Complementar
nº 472/2009-SC.
7. Tese jurídica controversa: a atribuição de porte de armas aos
agentes de segurança socioeducativos em legislação complementar
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Supremo Tribunal Federal
Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Voto Vogal
ADI 5359 / SC
ordem formal.
12. A competência privativa da União para legislar sobre direito
penal e material bélico, em especial sobre o porte de arma de fogo e a
instituição de exceções legais para a tipicidade penal, já foi objeto de
deliberação e decisão por parte deste Supremo Tribunal Federal, no
julgamento da ADI 2729, conforme ementa que transcrevo abaixo:
“GARANTIAS E PRERROGATIVAS DE
PROCURADORES DO ESTADO. LEI COMPLEMENTAR
ESTADUAL. Ação direta de inconstitucionalidade. 2.
Impugnados dispositivos da Lei Complementar n. 240, de 27 de
junho de 2002, do Estado do Rio Grande do Norte. 3. Ação
julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do
inciso I e §§ 1º e 2º do artigo 86 e incisos V, VI, VIII e IX do
artigo 87. 3. Reconhecida a inconstitucionalidade da expressão
"com porte de arma, independente de qualquer ato formal de
licença ou autorização", contida no art. 88 da lei impugnada.”
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. LUIZ FUX
07/08/2019 PLENÁRIO
VOTO
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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. LUIZ FUX
ADI 5359 / SC
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Supremo Tribunal Federal
Antecipação ao Voto
ANTECIPAÇÃO AO VOTO
juntada de voto.
do tema, que é análogo de alguma forma ao que aqui se põe. Ou seja, o direito do
higidez do desarmamento.
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Supremo Tribunal Federal
Antecipação ao Voto
sistema socioeducativo.
motivos que foram esposados formalmente pelo Ministro Edson Fachin, Relator,
de armas de fogo, também englobou este tema que foi aqui tratado, e que, em
outros julgados, este Supremo disse que se estende para além das apenas
tema que foi tratado na lei catarinense. Essa é a razão, basicamente, pela qual
presente ação.
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Supremo Tribunal Federal
Observação
07/08/2019 PLENÁRIO
OBSERVAÇÃO
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Supremo Tribunal Federal
Observação
07/08/2019 PLENÁRIO
OBSERVAÇÃO
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Presidente, só
uma observação que entendo importante e eu já tinha citado
anteriormente.
Obviamente, parece-me que todos são a favor do desarmamento.
Não é armando a população que nós vamos resolver os problemas de
segurança. Agora, os agentes que lidam diretamente com a criminalidade,
em todos os países civilizados do mundo, têm direito à utilização. O
grande problema, eu volto a insistir, é a fiscalização, porque mais de 80%
dos homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidos de morte são
praticados com armas ilegais.
Vejam que o fato de o Estatuto do Desarmamento - que foi
importantíssimo - ter sido editado não diminuiu o número de homicídios
no Brasil. O número de homicídios aumentou. É culpa do Estatuto? Claro
que não! É culpa da falta de fiscalização. Em 2003, eram 51.043
homicídios. Nós tivemos, no ano passado, 60.000 homicídios. Logo após o
Estatuto, com a grande fiscalização de armas ilegais, esse número caiu de
51 para 48-47 e logo voltou para 51 e foi aumentando pela falta de
fiscalização. Nós temos que tirar as armas ilegais. Temos que retirar as
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Observação
ADI 5359 / SC
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
07/08/2019 PLENÁRIO
VOTO
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Esclarecimento
07/08/2019 PLENÁRIO
ESCLARECIMENTO
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Extrato de Ata - 07/08/2019
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
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Voto Vogal
01/03/2021 PLENÁRIO
VOTO
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Presidente,
inicialmente cumprimento as sustentações realizadas; a Doutora Raquel
Dodge, pela Procuradoria-Geral; e as Doutoras Mayara Silva de Souza e
Thaís Nascimento Dantas, pelo amicus curiae Instituto Alana. Saúdo
também o eminente Ministro-Relator pelo voto; mas, desde logo, já digo
que irei divergir.
Em relação a alguns pontos abordados também nas sustentações
orais, inicio colocando que me parece que o núcleo da discussão foi um
pouco deslocado, seja no caput do art. 55, que diz respeito aos agentes
penitenciários, seja em seu inciso V, não se cogita, em momento algum, da
possibilidade de se ter porte de arma para utilizá-la dentro de um
estabelecimento. Não é essa a disciplina, não é essa a ratio, e não foi isso o
que ocorreu.
O agente penitenciário, seja ativo ou inativo, pelo novo decreto de
junho, pode ter o porte de arma para defender a sua segurança e a da sua
família. Ele não pode adentrar e exercer as suas funções no
estabelecimento penitenciário armado, até porque é uma regra de
segurança não poder entrar armado na penitenciária, pois a arma poderia
ser subtraída. Somente as tropas especializadas podem entrar com armas
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
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Voto Vogal
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
nenhum homicídio com arma de fogo; teve homicídio com armas brancas.
Obviamente, até pelo fato de ser uma ilha e pela disciplina japonesa, essa
fiscalização é maior. No próprio estado de São Paulo, que é o estado que
tem o menor número de homicídios por 100 mil habitantes, uma das
causas disso são as constantes operações realizadas, já há mais de 20 anos,
para desarmamento.
Agora, nós não podemos confundir as questões. Em todas essas
operações de desarmamento, mais de 85% são armas absolutamente
ilegais e 15% são armas com porte vencido. E, no caso dos homicídios
praticados, diferentemente do que às vezes aparece na grande mídia, a
grande parte, a maioria praticada no Brasil não é por fuzil - obviamente o
fuzil atemoriza -, são por armas furtadas ou roubadas.
Então, não é questão de se conceder porte de armas para agentes que
correm risco de vida que vai aumentar ou diminuir a criminalidade. A
questão é uma maior fiscalização, uma fiscalização mais rigorosa em
armas ilegais. Pasmem, 37% dos homicídios são cometidos com
revólveres de calibre 38, furtados ou roubados, de agências privadas de
segurança, ou de bancos, ou de agentes de segurança, em virtude de uma
alteração lá atrás na legislação federal, que não exige mais cofre, basta um
armarinho com cadeado para isso. Então, várias vezes, há roubos a
bancos, mesmo sabendo que não há muito dinheiro na agência bancária,
para se levar o revólver e o colete à prova de balas. É isso que deve ser
coibido.
Todos os estados que realizaram mais operações para coibir o porte
ilegal de armas tiveram decréscimo importantíssimo no número de
homicídios. E Santa Catarina, é importante que se diga, é o segundo
estado com o menor número de homicídios por cem mil habitantes no
Brasil.
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR) - Vossa
Excelência me permite um aparte, Ministro?
Embora já tenha utilizado a palavra como Relator, como eu me cingi
à inconstitucionalidade formal, e Vossa Excelência está trazendo alguns
dados estatísticos que adentram a discussão da matéria propriamente
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
ter porte de arma, dentre elas, aqueles cargos que exercem a função de
guarda de pessoas privadas e sua liberdade de escolta de pessoas
privadas de liberdade, como estabelece o inc. VII do art. 6º do Estatuto do
Desarmamento, os estados podem legislar.
Seria inconstitucional, como já declaramos aqui, a meu ver, se o
estado legislasse, como legislou, para o oficial de justiça ter porte de
arma, pois não há paralelo nas funções - não entro no mérito se seria
importante, ou não -, mas não há paralelo entre as funções descritas no
Estatuto do Desarmamento. No caso dos agentes socioeducativos, há esse
paralelo.
Pedindo então todas as vênias ao eminente Ministro-Relator, julgo
improcedente o pedido.
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Voto Vogal
01/03/2021 PLENÁRIO
VOTO VOGAL
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Voto Vogal
ADI 5359 / SC
É como voto.
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Extrato de Ata - 01/03/2021
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EXTRATO DE ATA
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Extrato de Ata - 01/03/2021
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