Para poder barrar o Rio Xingu, a empresa removeu compulsoriamente
mais de cinco mil famílias que residiam tanto n a cidade de Altamira como nas ilhas e margens do rio, e criou reassentamentos. Desde 2012, a implantação destes na área urbana foi marcada por descompassos. A Norte Energia, concessionária de Belo Monte, prometeu casas de alvenaria de três tamanhos diferentes, de acordo com número de familiares e, no entanto, reassentou as famílias em casas de tamanho único e de concreto. A falta de água constante, problemas de construção nas casas e o aumento da violência são realidades cotidianas. Além disso, os Reassentamentos Urbanos Coletvos (RUCs) estão longe do centro urbano, ocasionando a mudança forçosa dos modos de vida da população - hoje distante dos equipamentos sociais, locais de trabalho e sem acesso a rede pública de transporte. As grandes obras promovidas pelo poder público, muitas vezes em parceria com a iniciativa privada, acabam desestabilizando o modo de v ida tradicional das populações indígenas, isso acarreta uma série de problemas que reverberam, inclusive, na saúde dessas populações. Argumente sobre a relação entre as grandes obras patrocinadas pelo Governo Federal e o agravamento nas questões de saúde indígena. Acerca desta discussão, podemos afirmar que envolvem vários pontos importantes para o gerenciamento do bem estar da população indígena, não só no aspecto da saúde, bem com o social como um todo. Frente a isso, trazemos as questões ambientais, na qual podemos armar que as obras promovem grande destruição do meio ambiente, resultando na destruição da moradia natural dos índios, além de aumento de doenças endêmicas. A demais, há mudanças na dinâmica do Rio que afeta não só a sustentabilidade dos índios, tendo como consequência gerais do assoreamento, redução no volume de água do rio, que também se tornam turvas e impedem a entrada de luz, impossibilitando a renovação do oxigênio que os peixes e outros organismos precisam para sobreviver.