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ENGJ16 – Legislação Social e Territorial – T01

Paula Emanuelle Dos Santos Rocha - 219120583

O documentário lançado em 2017 retrata sobre a comunidade Quilombola Rio dos


Macacos, existente há mais de 200 anos em Simões Filho, região metropolitana de
Salvador. Desde a construção da Base Naval em 1970, iniciou um conflite entre a
Comunidade e a Marinha por posse de terras no entorno da Barragem do Rio dos
Macacos.

De vida simples, sustento garantido através da terra e dos rios, a comunidade abriga
desde crianças à idosos, que vivem oprimidos diante de constantes invasões de
fuzileiros armados. As proibições impostas pela Marinha vão desde construções até a
colocação de cercas, impedindo os quilombolas de plantar e ter acesso à direitos
básicos como água, luz e atendimento hospitalar.

Em 2012, o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, tentou fazer


o relatório de identificação e demarcação da comunidade quilombola, mas a Marinha
impediu o acesso à área.

Diante de tantas ameaças e violência por parte da Marinha contra a comunidade, surgiu
o movimento “Somos todos Rio dos Macacos”, apoiado por diversas figuras públicas em
defesa do Quilombo. A disputa por terras está presente em todo país e tem deixado
muitas vítimas.

Os rios da Prata, Barroso e dos Macacos, fazem parte da barragem, que foi construída
na década de 50, e desde o início do quilombo era utilizado por moradores para suas
atividades e sustento. Entretanto, por conta do conflito, os moradores passaram a ser
proibidos de utilizar os rios, que além disso foi contaminado pelas empresas que se
situam nas áreas ao redor.

Em 2013 representantes do governo federal visitaram o quilombo, afim de criar políticas


públicas para solucionar o conflito. Foi oferecido 28 hectares de terras à comunidade,
porém, no relatório do INCRA, consta uma área de 301 hectares. No ano de 2014
ocorreu nova reunião com representantes do governo e nenhuma das propostas que
foram ofertadas aos quilombolas haviam sido cumpridas. Após essa reunião, iniciou a
reforma das casas, mas não chegaram à um acordo sobre a titulação das terras. Em
2016 iniciou a construção da estrada e do muro que separa o quilombo da barragem, o
que resultou na paralisação das obras da estrada no ano seguinte. A comunidade segue
na luta por acesso à direitos básicos para viver.

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