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Semana 1 (12/04):

Leitura e resenha do Capítulo 1 a 5 do livro "Racismo, sexismo e desigualdade no


Brasil" de Sueli Carneiro. https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/36950 

No meu entender este autora aborda tanto questões histórias quanto atuais
onde nos faz questionar e refletir questões de discussões sociais, raciais e de
gênero discutindo cenários políticos e sociais para os negros no Brasil. Artigos
que mesmo escrito há 15-20 anos ainda se mostram totalmente relevantes nos
dias atuais e na luta pela igualdade racial. É alguns momentos é desesperador
ver que muitas coisas continuam a mesma e talvez levem muito tempo para
mudar. Porém, em outras bate a felicidade em ver os avanços que temos tido e
traz a esperança de dias melhores. Sueli é uma intelectual muito importante no
movimento negro e sua obra deveria ser muito mais difundida e estudada por
todas as pessoas. Racismo, patriarcado e capitalismo formam uma categoria
unitária e indissociável; a constituição histórica do capitalismo e como o
racismo, o patriarcado e o sexismo se configuram e são indispensáveis nas
relações sociais e desiguais deste sistema. Ao longo da história e nos
diferentes países do mundo, a vida das mulheres negras vem sendo marcada
principalmente por dois fatores: a cor da pele e a construção social do que é
ser mulher. Nossa sociedade foi se constituindo sobre bases racistas e
patriarcais que determinaram a condição de vida dessas mulheres na
contemporaneidade, conservando, sobretudo, a essência de tais bases. Além
disso, mulheres negras estão na linha de frente, ocupando a posição de maior
vulnerabilidade social. Seguimos sob uma relação contraditória em que estas,
apesar de maioria constitutiva no Brasil, continuam sendo tratadas enquanto
minoria pela falta de representatividade em diversos espaços privilegiados da
nossa sociedade. Frente a essa realidade, as mulheres negras se encontram
em um frequente processo de adoecimento, destacando-se dentre uma das
principais parcelas da população a desenvolver os chamados Transtornos
Mentais Comuns (TMC). O livro apresenta um panorama geral da construção
histórica do Brasil a partir da colonização e sua condição de país dependente,
que se mantém até os dias atuais, sustentada numa falsa democracia.
Também traz de forma mais específica a condição de gênero, como a mulher
negra está situada nas relações com as mulheres brancas, no movimento
“feminista universal” (construção de gênero semelhante, diferentes raças) e
com os homens negros do movimento negro (mesma raça, condição de gênero
distinta). Tratando assim da perspectiva de saúde mental no capitalismo, além
de especificar como as relações nesse ínterim interferem na saúde física e
mental das mulheres negras. São relatadas algumas das principais doenças de
acordo com gênero, raça e perspectiva de vida, como também as políticas e
algumas formas de diminuição das barreiras criadas pelo racismo e o sexismos
dentro do Sistema único de Saúde (SUS).

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