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DOCUMENTO CONCEITUAL

Programa de Formação em Participação e Controle social na Gestão


Pública Indigenista - ‘FORMAR Participação’

I. APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta a estrutura, as bases conceituais e a metodologia que


orientam o Programa de Formação em Participação e Controle social na Gestão Pública
Indigenista - ‘FORMAR Participação’ - cujo objetivo é preparar e formar os membros
dos Comitês Regionais da Fundação Nacional do Índio (Funai) das Coordenações
Regionais (CRs) Madeira (Humaitá/ AM) e Médio Purus (Lábrea/ AM), nas temáticas
relacionadas a processos e planejamentos participativos e monitoramento de políticas
públicas indigenistas e ambientalistas, particularmente a Política Nacional de Gestão
Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).

O ‘FORMAR Participação’ é executado pelo IEB e faz parte do projeto ‘Fortalecimento


das Instâncias e Instrumentos de Governança da Política Nacional de Gestão Territorial
e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI)’, uma parceria da Cooperação Técnica
Alemã (GIZ) com a FUNAI.

A PNGATI, política pública criada pelo Decreto 7.747/2012, e que tem hoje pouco mais
de seis anos, apresenta as terras indígenas como territórios essenciais para o bem viver
das presentes e futuras gerações dos povos indígenas. Além disso, esta política também
reconhece o caráter estratégico desses territórios para a conservação ambiental de
grandes áreas de florestas, em especial na Amazônia brasileira.

É neste contexto que a gestão desses territórios, seja através da própria gestão indígena,
levada a cabo de modo tradicional por seus moradores, seja através de implementação
de
políticas públicas específicas - a PNGATI1, por exemplo, é uma delas - são essenciais
para a manutenção da ‘floresta em pé’, sendo consideradas essenciais para enfrentar os
desafios ambientais na escala globais tais como o controle do desmatamento, o
equilíbrios dos ecossistemas, a redução de emissão de gases de efeito estufa, os
processos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas entre outros para o
equilíbrio dos ecossistemas.

Hoje, a implementação da PNGATI é uma demanda prioritária tanto para os povos


indígenas quanto para os órgãos de governo, em especial o órgão indigenista federal. De
modo a contribuir com esse processo de implementação da PNGATI, o ‘FORMAR
Participação’ conduzirá um programa de formação de membros dos comitês regionais
focado no fortalecimento de aspectos de governança dessa política pública.

A PNGATI possui um modelo de governança participativa, compartilhada e


multiescalar. Na escala nacional, conta com um Comitê Gestor (CG) paritário: oito
representantes de órgãos do governo federal e oito representantes de organizações
indígenas de todas as regiões do país, membros da Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil (APIB). Ao CG, cabe promover a articulação com a principal instância de
governança da PNGATI, o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI). Na escala
regional, faz parte da governança da PNGATI os Comitês Regionais da Funai,
compostos por representantes indígenas e servidores, em paridade numérica. Hoje são
37 os Comitês Regionais da Funai, cada um vinculado a uma das Coordenações
Regionais do órgão. Estes comitês são instâncias formais paritária, formadas por iguais
número de membros de indígenas e não indígenas, e que opera no nível das
Coordenações Regionais (CRs) da FUNAI, unidades gestoras descentralizadas do órgão
indigenista. O objetivo destes comitês é decidir de modo paritário e participativo,
indígenas e servidores no planejamento, monitoramento e avaliação das políticas da
FUNAI.

1
PNGATI está estruturada em torno de sete eixosque são: (1) proteção territorial e dos recursos naturais;
(2) governança e participação indígena (3) interface entre terras indígenas e outras áreas protegidas; (4)
prevenção e recuperação de danos ambientais; (5) apoio a atividades produtivas sustentáveis; e (6)
proteção e valorização do conhecimento tradicional associado à biodiversidade e ao patrimônio genético.;
(7) capacitação e formação.
É neste contexto que o IEB participa desta parceria contribuindo na concepção,
desenvolvimento e condução do ‘FORMAR Participação’, um programa de formação
continuada que pressupõe a adoção de metodologias e técnicas participativas em que o
IEB tem reconhecida experiências. Desde 2001 o IEB prioriza a definição de atividades
de capacitação e assessorias ajustadas às realidades locais e atuando preferencialmente
na facilitação e na assessoria aos processos formativos e de organização coletiva;
apoiando e estimulando organizações da sociedade civil, incluindo as indígenas, para
que seus membros ocupem espaços nos conselhos, comitês, fóruns e outras instâncias de
participação.

Além dessas reconhecidas habilidades, o IEB também possui uma vasta experiencia de
atuação na região. Desde 2001 desenvolvendo ações de fomento à formação e
capacitação de atores com atuação relevantes tanto na região quanto nos temas
relacionados a questões socioambientais e indigenistas, incluindo uma relação ativa com
organizações locais e o órgão indigenista e ambientalista, tanto na esfera federal quanto
na regional/local, além de outras parcerias locais com organizações da sociedade civil.

Para executar e implementar este programa de formação, o IEB irá se concentrar na


capacitação e formação de membros dos comitês regionais em suas respectivas
competências metodológicas e técnicas de participação, tenho como meta ajudar a fazer
com que estes comitês estejam à frente da implementação da PNGATI em suas
respectivas regiões

Tendo em vista a estrutura de governança da PNGATI, vê-se que a implementação da


PNGATI requer uma complexa estrutura de cooperação, articulação e tomada de
decisão em nível nacional e regional, envolvendo diversas instituições governamentais,
organizações indígenas e parceiros da sociedade civil. Nesse sentido, levando-se em
conta que após seis anos do decreto, os comitês regionais ainda estão em fase de
estruturação, se mostra de importância central que os membros desses comitês tenham
formação nas temáticas e conteúdos relacionados à participação na elaboração,
implementação e monitoramento de políticas públicas, em especial a própria PNGATI.

Ademais, é uma premissa legal - lastreada pela Convenção 169 da OIT e que integra a
legislação brasileira - que os povos indígenas devam tomar parte nas decisões e ações
que lhes atinjam através de uma participação ativa e eficaz. Nesse sentido, há uma
necessidade de iniciativas que levem ao desenvolvimento de ferramentas para atingir
objetivos definidos coletivamente pelos povos indígenas, o que nos leva à necessidade
de desenvolvimento de capacidades de membros dos comitês regionais, servidores e
indígenas, nas temáticas cobertas pela PNGATI.

Sendo assim, a formação dos membros dos comitês de modo que para planejar ações
relativas a PNGATI a partir de atividades planejadas, executadas e avaliadas de forma
participativa, é uma condição para a implementação dessa política pública. Isto posto, a
implementação do ‘FORMAR Participação’ para os membros dos comitês regionais da
Funai na região sul do Amazonas, especificamente as CRs Médio Purus e Madeira, terá
como impacto, sob os princípios da participação social e da democracia participativa, o
fortalecimento institucional da Funai e das organizações indígenas no que diz respeito
às suas capacidades de contribuir para a governança da PNGATI.

Nesse sentido, os enfoques do ‘FORMAR Participação’ estão direcionados à


qualificação dos membros dos comitês em abordagens participativas e competências de
monitoramento de políticas públicas adequadas e de modo multiescalar, de forma a
abranger desde as comunidades e aldeias indígenas até as instâncias governamentais
federais.

II. O PROGRAMA DE FORMAÇÃO

II.1 OBJETIVOS

O objetivo geral do ‘FORMAR Participação’ é qualificar, habilitar e preparar os


membros dos Comitês Regionais das CRs do Médio Purus e Madeira, para participarem
de forma propositiva da governança da PNGATI. Para tal fim o programa irá
instrumentalizá-los em técnicas, métodos, informações e conhecimentos necessários
para a tomada de decisões relacionadas as ações que atinjam as respectivas terras
indígenas que eles representam, tendo como lastro a participação ativa das comunidades
no planejamento das ações.

Quanto aos objetivos de aprendizagem, espera-se que ao final do ciclo de formação os


membros dos comitês regionais sejam capazes de reconhecer e implementar um
repertorio de conhecimentos, instrumentos e ferramentas, para realizar um planejamento
e monitoramento da implementação da PNGATI. Além disso, que possam, por meio do
desenvolvimento de suas capacidades organizativas, políticas, e de mobilização da
capacidade de comunicação e de auto avaliação, identificar os desafios e necessidades
de suas respectivas comunidades e/ou daquelas as quais representa, a partir do fomento
e da participação das comunidades em processos coletivos de decisão.

E por último, pretende-se que os membros deverão estar informados e aptos a identificar
alternativas, instrumentos, mecanismos, políticas, entraves, desafios e oportunidades
envolvidas na implementação e consolidação da PNGATI. Quanto às habilidades,
espera-se que os membros dos comitês sejam capazes de empregar metodologias
participativas e de inclusão das comunidades das respectivas terras indígenas nos
processos decisórios e que também saibam reconhecer e empregar ferramentas de
monitoramento de políticas púbicas.

II.2 METODOLOGIA

O programa de formação está baseado em uma metodologia interativa, estabelecida sob


princípios da simetria e de diálogo entre instrutores e membros dos comitês e entre
também entre os membros indígenas servidores do órgão indigenista. A partir de
processos de estímulos às discussões sobre as distintas concepções dos membros dos
comitês, pretende-se ampliar o conhecimento dos participantes em relação aos temas
propostos, em especial relacionadas aos conceitos de participação qualificada, à
estrutura do estado nacional, às esferas e espaços públicos, à PNGATI e às ferramentas
e metodologias participativas. Como não poderia deixar de ser, o programa de formação
tem como estratégia a geração de debates e trocas de experiência entre os participantes,
adotando uma abordagem multiescalar, ou seja, considerando tanto a escala nacional
como a regional.

Posto isto, o programa de formação está organizado em um ciclo continuado, composto


por etapas de formação, etapas de planejamento nas terras indígenas, e etapas de
monitoramento da implementação de ações. Os participantes estarão divididos em duas
turmas – Madeira e Médio Purus – composta por 30 cursistas, que participarão
ativamente durante 15 meses de todas as etapas que compõe o ciclo formativo.
A metodologia aqui apresentada relaciona períodos formativos presenciais, períodos de
planejamento em aldeias e participação ativa nos comitês gestores das CRs. Nesse
contexto o programa segue as seguintes etapas:

1. Oficina de modelagem, onde atores chaves, indígenas e não indígenas,


representantes de organizações indígenas regionais, servidores das
Coordenações Regionais Médio Purus e Madeira, devem se reunir para a
formatação do Programa de formação. Nessa oficina, um conjunto de atores
chaves identificados no processo anterior de articulação definem, a partir de uma
estrutura básica apresentada, uma série de questões relativas ao programa, tais
como: conteúdos programáticos e metodológicos, assim como também os perfis
de participantes e colaboradores, cronograma, locais dos módulos entre outros. É
nesta etapa que se direciona os processos de aprendizagem para a pratica e
realidades locais
2. Três módulos de formação para cada turma, com duração de cinco dias (40
horas), onde os temas relacionados aos conceitos. Metodologias, habilidades em
processos e planejamento participativos são apresentados, simulados e colocados
em discussão. Esses três módulos correspondem a um período de concentração e
imersão nos temas associados, tendo como objetivo, além de construir
habilidades relacionadas aos processos de decisões participativas, também o de
integrar os membros dos comitês de forma que possam realizar trocas de
experiencias e aprofundar temas de interesse conjunto dos comitês.
3. Planejamento participativo nas comunidades e aldeias e terras indígenas. Esta
etapa permitirão aos membros do comitês executar e elaborar com suas
respectivas comunidades planejamentos de ações. Utilizando-se de ferramentas
participativas geradas nos módulos de formação, participarão de reuniões de
planejamento nas aldeias aplicando as metodologias participativas discutidas e
adquiridas. Como resultado deste processo de planejamento serão produzidos
planos de trabalho a serem apresentados nos comitês. Essa etapa é central no
ciclo de formação pois permite que os representantes indígenas nos comitês
retornem as suas bases e fortaleçam as relações, além de dar uma devolutiva a
comunidades. O resultado desta etapa se verificará através da elaboração de
planos de trabalhos elaborados nas bases.
4. Participação nas Reuniões do Comitê Regional de modo a avaliar o processo e
aprovar o Plano de Trabalho das CRs e participação no Comitê Gestor da
PNGATI.
Resumo da estrutura do programa de formação

Reuniões entre atores envolvidos (IEB, FUNAI e GIZ)


Oficina de elaboração do esqueleto da formação
Concepçaõ Elaboração de documento conceitual preliminar
participativa

Oficina de modelagem com atores regionais


Revisão do documento conceitual
Modelagem Elaboração e divulgação do edital de convocação
participativa

Módulos presenciais
Orientação e assessoria continuada aos membros dos Comitês Regionais
Módulos Monitoramento e acompanhamento continuado do Programa de Formação

Planejamento nas comunidades.


apresentação do planejamento nos comitês regionais
Intermódulos

seminarios Final com apresentação e avaliação de resultados nos comitês


SEminário regionais
Final
III. INSTRUMENTOS FORMATIVOS

Os módulos de formação serão organizados por temáticas abrangentes, que por sua vez
serão sub-organizados em blocos temáticos específicos. Esses temas serão transmitidos
através de vários recursos, tais como exercícios e/ou leitura individual de pequenos
textos temáticos, debates e analise de vídeos e simulação de aplicação de metodologias
participativas.

Os blocos temáticos são os conjuntos de conteúdos e temas organizados a serem


ministrados por facilitadores indígenas e não-indígenas. Seu foco são temáticas
relevantes e necessárias para fixação do conteúdo e desenvolvimento de competências e
habilidades necessárias para implementação das atividades que compõem os períodos de
planejamento. A proposta de programa dos módulos presenciais é a seguinte:

Nos períodos entre módulos, os membros do comitê desenvolverão, nos períodos entre
os módulos presenciais atividades e exercícios visando aprofundar os conhecimentos
construídos e adquiridos e implementar ações de planejamento participativo nas terras
indígenas jurisdicionadas às respectivas Coordenações Regionais.

V. ORGANIZAÇÃO TEMÁTICA

1º MÓDULO:

Introdução aos conceitos básicos de Estado, Democracia e Sociedade. Introdução aos


conceitos básicos relacionados aos processos participativos. O que é participação? Tipos
de participação. Os espaços de participação na PNGATI. Instrumentos de participação e
controle social: os espaços públicos socioambientais. Facilitação em métodos
participativos.

TEMAS
• Introdução à conceitos básicos: Estado, Sociedade Civil, Democracia
participativa.

• Indigenísmo e ambientalismo: legislações

• Organização da FUNAI

• Politicas Publicas, Politicas indigenistas, PNGATI

• Espaços de governança da política indigenistas : espaços de governança (CR,


CR e CNPI)

• Métodos de Diagnostico, Planejamento, Monitoramento e Avaliação


Participativos: (mapas, DRP, FOFA...)
• Plano de trabalho (planejamento) participativo: ferramenta para viabilização de
implementação de ações da PNGATI.

MÉTODO E MATERIAIS:

Dinâmicas de simulações

Apresentação dialogada

Filmes

Simulação de um plano de trabalho

Debates.

2º MÓDULO:

Planejamento Estratégico na Gestão Pública. Conceitos de gestão pública.


Monitoramento. Gestão de conflitos

TEMAS

• Gestão Pública e seus instrumentos: orçamento público,


• Monitoramento de politicas públicas

• Monitoramento da PNGATI

• Monitoramento orçamentário

• Abordagens participativas na Gestão de Conflitos

• Conflitos socioambientais (povos indígenas e grandes obras, povos


indígenas e mineração, povos indígenas e agronegócio, etc.)

• Regulamentos e sanções ambientais e territoriais das terras indígenas

• Técnicas de resolução de conflitos

MÉTODO E MATERIAIS:

Exposição dialogada

Simulações

Exercícios práticos

Revisão e adequação do planejamento local

Debates

3º MÓDULO: Espaços de Democracia Participativa e Políticas Públicas


Indigenistas

Espaços de democracia participativa; papel e função dos espaços de democracia


participativa na atuação indigenista e no controle Social de políticas públicas.
Apresentação dos resultados desafios e lições apreendidas.

TEMAS:

• Conceitos de Esfera pública e Espaço público.


• Relações governo e sociedade civil
• Parcerias governamentais (prefeituras e gov estaduais)
• Participação indígena nos espaços públicos socioambientais
• Socialização dos Planejamentos e Resultados dos Ciclos Metodológicos

MÉTODO E MATERIAIS:

Exposição dialogada

Simulações

Exercícios práticos

Revisão e adequação do planejamento local

Debates

Exposição de resultados
Conceitos introdutórios: Estado,
Sociedade Civil, Democracia
participativa, Politicas Publicas,
PNGATI
Modulo 1: Introdução aos
conceitos de Participação e
Controle Social

Metodos de Diagnostico,
Planejamento, Monitoramento e
Avaliação Participativas

Orçamento Público e seus


instrumentos e Planejamento
Estratégico na Gestão Pública
Formar Participação: Programa de
Formação Continuado em Modulo 2: Planejamento
Participação e Controle Social na Estratégico na Gestão Pública
Gestão Pública Indigenista

Abordagens participativas na
Gestão de Conflitos

Espaços de Democracia
Participativa na atuaçaõ indigenista
e Controle Social de Politicas
Públicas
Modulo 3: Espaços de Democracia
Participativa e Politicas Públicas
Indigenistas
Socialização dos Planejamentos e
Resultados dos Ciclos
Metodologicos de Fortalecimento
dos Comites e apresentação doas
Reuniões dos Comitês Regionais
IV. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA

A governança de todo o processo formativo será feita por um comitê formado por
membros das equipes do IEB, da FUNAI (Sede e CRs), da GIZ e de representantes das
organizações indígenas. Caberá a este comitê as seguintes tarefas:

 Definir o cronograma de execução do processo formativo prevendo a realização


dos três módulos para cada turma e do seminário integrador;
 Definir a distribuição das 60 vagas previstas;
 Sugerir os nomes de pessoas que possam colaborar com os processos formativos
na condição de instrutores convidados;
 Participar do monitoramento e avaliação do projeto;

V. CRONOGRAMA (Proposta)

Atividade Capacitação Planejamento Reunião do comitê


Mês/ano
Dez/2018 CRs Purus e Madeira
Jan/2019 CRs Purus e Madeira
Fev/2019 CR Purus e Madeira
Mar/2019 CR Purus e Madeira
Abr/2019 CR Purus e Madeira
Mai/2019 CR Purus e Madeira
Jun/2019 CR Purus e Madeira
Jul/2019 CR Purus e Madeira
Ago/2019 CR Purus
Set/2019 CR Madeira
Out.2019 CR Purus e Madeira
Nov/2019 CR Purus e Madeira
Dez/2019 CR Purus e Madeira
Jan/2020
FEv/2020 CR Purus e Madeira
Mar/2020
Abr/2020 CR Purus e Madeira
(seminário Final

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