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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA BETEL

ALUNA: REBECA RODRIGUES VALE


ALUNA: SAGYLLA STEFANY DA COSTA OLIVEIRA

ÍNDIA

ZÉ DOCA
2022
- HISTÓRIA
A Índia, atual República da Índia, é um país localizado no sul da Ásia, criado
em 1950 no contexto das lutas por emancipação afro-asiáticas. É o segundo
país mais populoso do mundo, atrás apenas da China.

Ainda que exista enquanto Estado nacional somente há algumas décadas, o


território indiano possui uma história milenar e foi lar de diferentes
civilizações e impérios, fato expresso na imensa diversidade de etnias e
culturas que integram o país.

Entre 2600 e 2000 a.C, o subcontinente indiano abrigou a civilização hindu.


Dela se originou o hinduísmo, uma das principais religiões do país. Por volta
de 400 a.C, seus seguidores instituíram o conhecido sistema de castas. Outras
religiões surgiram na região nesse período, como o budismo e o jainismo, e
defendiam a construção de ordens sociais não-hereditárias.

Do início da Era Comum até o século X, a Índia é caracterizada pela presença


de diversos reinos regionais e por sua diversidade cultural. Até os anos 300,
diferentes dinastias do povo tâmil ocupavam a região, comercializando com
o Império Romano e com o sudeste e sudoeste da Ásia. Nesse momento, a
Índia passou a integrar a Rota da Seda.

Entre os anos 800 e 900 a cultura hindu se expandiu pelo subcontinente e


influenciou diferentes realezas indianas. Após o século X, ocorreram as
primeiras invasões de povos nômades muçulmanos oriundos da Ásia central.

Os principais regimes a se formarem foram o Sultanato de Deli (1206–1526) e


o Império Mogol (1526–1857; não confundir com Império Mongol). Será
durante este último que a presença britânica avançará na Índia até que, por
fim, integrou a Índia oficialmente ao seu império.

A expansão britânica na Índia iniciou-se no século XVIII, quando a


Companhia das Índias Orientais estabeleceu entrepostos comerciais em sua
costa. A empresa trazia consigo grande infraestrutura naval e militar, atraindo
a elite indiana da região de Bengala, interessada nas possibilidades de lucro.

Ao longo dos anos de 1700 e 1800, os britânicos obtiveram mais acesso às


riquezas da região e converteram seus lucros em presença militar e poder
político. Em meados do século XIX, a empresa já havia se convertido em um
braço da administração britânica na Índia.

Nesse contexto, uma série de reformas foram realizadas visando a construção


de um Estado moderno. Dentre elas, a demarcação do território e o controle
social da população. Contudo, amplas parcelas da população estavam
insatisfeitas.
O resultado foi visto na Revolta dos Cipaios (1857), conduzida por soldados
da Companhia e membros das elites de diferentes localidades. No fim, o
movimento foi sufocado pelos britânicos e no ano seguinte fundou-se o Raj
Britânico que duraria quase 100 anos.

Até o início do século XX, a Coroa inglesa esteve focada em criar um Estado
centralizado e instituições políticas para mantê-lo. Adotando, assim, uma
espécie limitada de parlamentarismo. No plano socioeconômico, os avanços
tecnológicos direcionados à exportação primária, que recortou todo o território
com linhas férreas, coexistiram com períodos de fome.
O período pós-Primeira Guerra Mundial foi marcado por reformas políticas
direcionadas ao autogoverno, mas também pela criação de leis repressivas.
Também foi nele que se iniciou o movimento de desobediência civil e não-
violência, representado pela figura de Mahatma Gandhi.

Na década de 1930, cresceu a mobilização parlamentar dos indianos pela


independência, porém, foi na década seguinte, com o advento da Segunda
Guerra Mundial, que eles conseguiram dar o golpe final
no imperialismo britânico.
Em 1947, o grupo liderado por Gandhi e Jawaharlal Nehru declarou
a independência da Índia. A resposta britânica foi apoiar a criação de um outro
estado, o Paquistão, para onde uma grande maioria dos muçulmanos se
deslocou. Este grande deslocamento também resultou em diversos conflitos e
fome, um momento muito difícil para as populações mais pobres.

A nível institucional, em 1950, a Índia consolidou sua soberania com uma


constituição, que criava uma república secular e democrática. Permanecendo
como tal até o momento, embora ainda hoje existam grandes conflitos
territoriais e uma tomada de direção para o conservadorismo político e o
estabelecimento do hinduísmo como religião oficial, o que aumentou as
tensões em relação aos muçulmanos do país, e é claro, a região da Caxemira.

Nas últimas décadas, a liberalização econômica do país transformou a Índia


numa das principais economias do mundo, referência em ciência, tecnologia e
cultura. Entretanto, o país também é ainda permeado pela desigualdade
social e pela violência religiosa.

- ECONOMIA
A Índia possui a segunda maior população do mundo (cerca de 1,1 bilhão),
ficando atrás somente da China (1,3 bilhão de habitantes).
Economicamente, a Índia tem crescido de forma significativa,
especialmente no seguimento industrial, isso após a descolonização
europeia que ocorreu na segunda metade do século XX.

Atualmente, a Índia figura com uma economia emergente. Segundo o


Fundo Monetário Internacional, o país é a 12° economia do mundo.
Essa nação vem apresentando um crescimento anual de cerca de 6,3% nos
últimos anos; dentre os principais fatores estão as multinacionais instaladas
no país. Os principais atrativos que levaram essas empresas a se instalarem
na Índia foram o elevado número de mão-de-obra com baixo custo e o
enorme mercado consumidor.

Hoje a Índia se destaca na produção industrial de tecnologia de ponta, pois


é grande produtora de eletroeletrônicos, agroindustriais, informática (maior
produtora de softwares do mundo), biotecnologia. Tais produtos concorrem
diretamente com as indústrias de países desenvolvidos. Sem contar que o
país possui uma grande representatividade na produção industrial de base,
tais como: têxtil, siderúrgica e química.

O acelerado crescimento econômico da Índia foi barrado em virtude de


questões geopolíticas envolvendo o Paquistão. Além disso, no ano de 1997
ocorreu a crise da Ásia, fazendo com que o desempenho econômico
sofresse uma queda, a desaceleração só não foi maior graças ao grande
mercado interno, que consome muitos dos seus produtos.

- RELIGIÃO
Quanto à religião, a Índia não se resume ao hinduísmo, mas tem também
seguidos do islamismo, cristianismo, sikhismo, budismo e jainismo.

O panorama foi apresentado pelo padre George Chakkalakkal Yavier, que


ministrou a palestra “Índia: diversidades culturais” nesta quarta-feira (5 de
junho), no último dia do X Congresso Internacional de Turismo Religioso
Sustentável. O padre fala somente o inglês e por isso toda a palestra foi
traduzida simultaneamente pela jornalista Maria Estela Zanchin, da
assessoria de imprensa da Prefeitura de Apucarana.

De acordo com Yavier, o hinduísmo é a religião predominante na Índia,


com 80,5% de seguidores, e pode ser caracterizada como a união de
crenças, tradições étnicas, estilos de vida e uma infinidade de deuses.
Depois, vem o islamismo (13,8%), cristianismo (2,3%), sikhismo (1,9%),
budismo e jainismo (1,5%). “O hinduísmo tem cerca de 650 milhões de
seguidores na Índia e tem como característica possuir vários deuses e
deusas diferentes”, afirma Yavier. Os seguidores do sikhismo não toleram a
peregrinação por lugares sagrados, por entenderem que Deus está em todos
os lugares, usam turbantes e não cortam cabelo. Já o Islamismo tem
“Allah” como Deus e exige que as mulheres cubram todo o corpo, inclusive
parte do rosto. O jainismo, por sua vez, prega a não violência, enquanto o
cristianismo tem seguidores ortodoxos e católicos. Segundo Yavier, a
diversidade também pode ser verificada nos festivais realizados nos estados
indianos.

- CULINARIA
equilíbrio e harmonia, base também do yoga. Lá, cada ato na vida,
inclusive o de comer, Para os indianos a comida é sagrada e deve ser
baseada nos conceitos milenares de deve ser um processo que faça à
integração do ser como um todo, para isso, eles desenvolvem uma culinária
sensorial, em relação a sabores, aromas e cores. Cada prato deve despertar
os sentidos da visão, olfato, paladar, audição e tato, para alcançar isso tudo,
os indianos fazem uma mistura equilibrada do doce, salgado, amargo,
picante e azedo, combinado com as cores, aromas, sons e texturas.

Muito temperada, os temperos mais utilizados nessa culinária são o curry,


canela, pimenta preta, baunilha e claro, a masala. A masala é o tempero
mais usado nos pratos indianos, a sua composição pode variar de acordo
com o cozinheiro, mas normalmente traz cardamomo, anis, açafrão,
cominho, canela, gengibre, noz, cravo, canela, pimenta do reino e pimenta
branca. Ufa. É uma explosão de sabores.

O tradicional pastel da Índia


A samosa é um petisco indiano com massa frita muito semelhante ao nosso
pastel frito. Por ser versátil e fácil de ser consumido, está entre os pratos
mais procurados e tradicionais na Índia, além de ser muito comum no dia a
dia dos indianos. A massa é feita com farinha de trigo, que também pode
ser integral, e recheada com diversas opções, como lentilhas, feijões, purê
de batata, cebola e frutas. Claro, tudo isso é bem temperado e picante.

O destaque vegetariano
Na Índia é muito fácil encontrar refeições para vegetarianos e veganos, já
que a religião hinduísta do país considera os animais sagrados, em especial
a vaca. Entre tantas opções, o prato mais procurado é, sem dúvidas, o palak
panner. Uma combinação extremante saborosa de espinafre, um queijo
parecido como nosso queijo minas, e um molho curry feito à base de
espinafre e tomates descreve o famoso prato, típico da região de Punjab.
Arroz cozido é o acompanhamento indicado, mas algumas pessoas
preferem comer com pão.

- CULTURA
A cultura indiana é muito rica e diversificada. É uma cultura milenar que
recebeu, com o passar dos séculos, várias influências orientais e ocidentais.
Representa uma das civilizações mais antigas da história.

Principais aspectos e características da cultura indiana:


 
1 - Dança Indiana

A dança mais popular da Índia é a Bharathanatyam. É uma dança clássica


tradicional, onde os dançarinos fazem lindos e suaves movimentos e poses.
As letras deste tipo musical falam das grandes realizações de deuses e
heróis da mitologia. Esta dança surgiu há mais de 5 mil anos no sul da
Índia e influenciou outros estilos de dança em várias regiões da Índia e do
continente asiático.
 
2 - Música Indiana

A música tradicional indiana é resultado da fusão musical dos diversos


grupos étnicos e linguísticos da região. As letras seguem um caráter
emotivo e descritivo. Um dos instrumentos musicais mais utilizados na
musica tradicional indiana é a tambura (instrumento de cordas).
 
3- Filosofia Indiana

A filosofia indiana está muito ligada a religião. As principais correntes


filosóficas são: budismo, yoga, jainismo, tantra, bramanismo e sankhya.

5 - Sistema de Castas

Embora tenha sido oficialmente extinto, o sistema de castas ainda faz parte
da cultura hindu, embora tenha sido modificado no seu formato original.
No sistema antigo, as pessoas eram divididas de acordo com sua posição
social. Os grupos (castas) eram: brâmanes (religiosos e nobres), xatrias
(guerreiros), vaixias (agricultores e comerciantes), sudras (escravos) e
párias (sem castas). 
 
 
6 - Arquitetura 
 
Na arquitetura histórica destacam-se os tempos (locais das cerimônias
religiosas). Estes chamam a atenção pela beleza dos detalhes e riqueza na
decoração. O Taj Mahal, situado na cidade de Agra, é uma das obras de
arquitetura mais conhecidas deste país. Com influência islâmica, este
mausoléu é considerado pela UNESCO como um Patrimônio da
Humanidade.

7 - Festas Indianas

Grande parte das festividades indianas está relacionada com aspectos


religiosos. As principais festividades são: Holi, Festival das Cores (de
fevereiro a março); Khumba Mela (festival religioso que ocorre quatro
vezes a cada doze anos); Ganesha Festival (agosto e setembro) e Festival
das Luzes (Diwali).

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