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Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

A Independência da Ásia: Índia

Rafael Alberto Jorge: 41200196

Maxixe, Maio de 2023


Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

A Independência da Ásia: Índia

Trabalho de campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de História da UnISCED.
O Tutor: MSc. Abel Jaime

Rafael Alberto Jorge: 41200196

Maxixe, Maio de 2023


Índice
1.0. Introdução ............................................................................................................................ 4
1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 4
1.2. Objectivo geral .................................................................................................................... 4
1.3. Objectivos específicos ......................................................................................................... 4
1.4. Metodologia ......................................................................................................................... 4
2.0. A independência da Ásia ..................................................................................................... 5
2.2. A colonização da Índia ........................................................................................................ 5
2.3. O movimento pela independência na Índia ......................................................................... 6
2.4. A independência da Índia .................................................................................................... 7
3.0. Conclusão ............................................................................................................................ 8
4.0. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 9
1.0. Introdução
O presente trabalho visa entender a independência da Ásia e analisar a independência de um
dos países neste caso a Índia. Com as independências após a Segunda Guerra Mundial, os
governos asiáticos adoptaram um novo período de desafios e entre os mais prementes estavam
questões de consolidação da unidade nacional diante de problemas de diversidade histórica
(Índia e Paquistão), de interesses internacionais a fraccionar a nação (Coreia e Vietnã), busca
por autonomia própria e isolamento internacional (China e Coreia do Norte) ou mesmo um
período de intensa reformulação política, não necessariamente democrática, que resultou em
significativo desenvolvimento sustentado (Japão e Tigres Asiáticos). Ao final, os países
asiáticos inseriram-se decisivamente numa nova ordem internacional ao fim da Guerra Fria.
A Índia foi colonizada pelos britânicos que chegaram por motivos como aventura, razões de
Estado, comércio e pilhagem, mas tudo isso em plena decadência da civilização medieval
cristã tradicional. Logo perceberam a necessidade de consolidar uma base territorial. Essa
necessidade tinha por intuito tornar o comércio mais vantajoso para os britânicos, que
deixando representantes na Índia, poderiam negociar produtos agrícolas na época das
colheitas, com preços mais baixos. Por esses motivos estabeleceram fortes e armazéns na
Índia, a partir dos quais surgiria uma expansão do domínio territorial britânico em solo
indiano.
1.1. Objectivos
1.2. Objectivo geral:
• Analisar o processo de independência da Índia.
1.3. Objectivos específicos:
• Identificar os movimentos pela independência da Índia;
• Citar os líderes dos movimentos pela independência da Índia;
• Descrever o processo da independência da Índia.
1.4. Metodologia
O presente trabalho baseou-se nas consultas bibliográficas, que segundo Lakatos e Marconi
(1992), “consiste na colocação do pesquisador em contacto directo com tudo aquilo que foi
escrito sobre determinado assunto, com objectivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na
análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações.

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2.0. A independência da Ásia
De acordo com Guerra (2021), com as independências após a Segunda Guerra Mundial, os
governos asiáticos adoptaram um novo período de desafios. Entre os mais prementes estavam
questões de consolidação da unidade nacional diante de problemas de diversidade histórica
(Índia e Paquistão), de interesses internacionais a fraccionar a nação (Coreia e Vietnã), busca
por autonomia própria e isolamento internacional (China e Coreia do Norte) ou mesmo um
período de intensa reformulação política, não necessariamente democrática, que resultou em
significativo desenvolvimento sustentado (Japão e Tigres Asiáticos). Ao final, os países
asiáticos inseriram-se decisivamente numa nova ordem internacional ao fim da Guerra Fria.
2.2. A colonização da Índia
De acordo Moore (1983), os britânicos chegaram à Índia por motivos como aventura, razões
de Estado, comércio e pilhagem, mas tudo isso em plena decadência da civilização medieval
cristã tradicional. Logo perceberam a necessidade de consolidar uma base territorial. Essa
necessidade tinha por intuito tornar o comércio mais vantajoso para os britânicos, que
deixando representantes na Índia, poderiam negociar produtos agrícolas na época das
colheitas, com preços mais baixos. Por esses motivos estabeleceram fortes e armazéns na
Índia, a partir dos quais surgiria uma expansão do domínio territorial britânico em solo
indiano.
Em 1600, dois anos antes da VOC (Companhia Holandesa das Índias Orientais), os ingleses
criaram sua própria Companhia das Índias Orientais, com licença da rainha Elizabeth I, para
desenvolver o comércio com a Índia. Tornou-se conhecida como a “Casa da Índia”, superando
em esplendor a rival holandesa, organizando seu próprio exército e transformando-se em uma
espécie de Estado dentro do Estado. Estavam envolvidos na Companhia, donos de navios,
mercadores e bucaneiros privados, unidos frouxamente por um conselho de directores
Magnoli, Serapião e Júnior (2006).
Para Rossellini (1992), os ingleses não somente extraíram uma grande parte dos capitais que o
comércio exterior havia levado para Índia, retornando para a Europa, entre 1757 a 1780, cerca
de 40 milhões de libras. Além disso, utilizaram esse mesmo dinheiro para arruinar a indústria
têxtil indiana.
Rossellini (1992) explica ainda que os ingleses haviam começado a destruição sistemática do
artesanato indiano, punindo os tecelões, baixando preços, inserindo em seu sistema repressivo
um procedimento tão simples quanto eficaz: os infractores estavam condenados a ter o
polegar cortado. O polegar que permite aos humanos, entre outras funções, tecer. Durante o

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século XIX, após ter conquistado os mercados europeus, os tecidos de Manchester foram
impostos à Índia, de forma que o algodão voltava a seu lugar de origem, consideravelmente
mais caro. E quando a indústria indiana tentou sair do limbo, os magnatas de Manchester lá
estavam para prejudicá-la.
2.3. O movimento pela independência na Índia
Mohandas Karamchand Gandhi foi o mais admirado líder da independência da Índia.
Advogado formado, era uma pessoa profundamente religiosa que abriu mão dos valores do
Ocidente e renunciou aos bens materiais. Atraiu milhões de seguidores, que o chamavam de
Mahatma, ou "A Grande Alma". Gandhi rejeitava todas as formas de violência e durante seus
30 anos de luta pela independência de seu país, incentivou a desobediência civil - resistência
não violenta no combate às leis e actos que eram considerados injustos, Educabras (s.d).
Protestos pacíficos na Índia ocorriam como boicotes: os indianos se recusavam a trabalhar e
passavam o dia rezando e jejuando. Gandhi também liderou uma marcha para o mar como
protesto contra o imposto sobre o sal. Os britânicos o aprisionaram várias vezes, mas Gandhi
tornou-se respeitado mundialmente por sua luta não violenta para obter a independência da
Índia, Educabras (s.d).
Na década de 1930, outro líder, denominado Jawaharlal Nehru surgiu no movimento
nacionalista indiano. Nehru e Gandhi tinham sonhos diferentes sobre o futuro da Índia. Nehru
desejava que o país se tornasse mais industrializado, enquanto Gandhi tinha esperanças de que
a sociedade indiana voltasse para um estilo de vida simples e tradicional. Os dois
concordavam, contudo, que seu objectivo principal deveria ser uma nação independente e
unificada onde hindus e muçulmanos pudessem viver juntos em paz, Educabras (s.d).
Porém, acontecimentos da década de 1930 acabaram com essa esperança. Os muçulmanos,
em minoria no país, temiam que os hindus controlassem uma Índia independente.
Desentendimentos começaram a surgir entre o Partido do Congresso Nacional, que era
dominado pelos hindus e a Liga Muçulmana. Muhammad Ali Jinnah, chefe da Liga
Muçulmana, insistia na formação de um estado separado no noroeste da Índia, a ser chamado
de Paquistão.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Índia fornecia aos Aliados tropas, suprimentos e bases
militares. O Partido do Congresso Nacional declarou, porém, que encerraria a ajuda às forças
aliadas, caso a Grã-Bretanha não concedesse a independência imediata à Índia. A resposta da
Grã-Bretanha foi bastante severa: os britânicos aprisionaram Gandhi, Nehru e milhares de
outros nacionalistas, que ameaçavam prejudicar os esforços na guerra, Educabras (s.d).

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Após o Partido Trabalhista tomar o poder na Grã-Bretanha, em 1945, o governo britânico
concedeu independência à Índia. Inicialmente, os britânicos planejaram uma Índia unificada,
mas muitos muçulmanos desejosos de uma nação muçulmana independente protestaram. Na
maior parte do país, os protestos de muçulmanos foram pacíficos, mas em Calcutá, tumultos
resultaram na morte de 5.000 pessoas.
2.4. A independência da Índia
A Índia celebrou sua independência em 15 de Agosto de 1947. A nação logo criou a primeira
Constituição, que teve como modelo as democracias britânicas e norte-americana. O Partido
do Congresso Nacional dominou a política do país e Nehru, o líder do partido, tornou-se o
primeiro-ministro, permanecendo no poder até sua morte, em 1964, Educabras (s.d).
A nova Constituição deu às mulheres o direito de voto e de propriedade, e também proibiu a
discriminação contra os sem casta, os intocáveis. Empregos, escolas, cargos políticos e
construções públicas tiveram que ser abertas aos 60 milhões de indianos intocáveis. Porém, a
implementação dessas novas leis foi difícil, especialmente no interior do país onde as pessoas
ainda estavam fortemente ligadas às suas tradições hindus, Educabras (s.d).
Uma das mais difíceis tarefas de Nehru como primeiro-ministro foi dar à nova nação um
sentimento de união. Nunca na longa história da Índia o continente esteve unificado: cada
região tinha sua própria religião, língua e costumes. Após a independência da Índia, o povo
ainda permanecia dividido por sua lealdade aos vários grupos hindus ou à minoria
muçulmana, Educabras (s.d).
Para Cruz (2007), com a independência em 1947 os debates em relação ao desenvolvimento
socioeconómico puderam de fato tornar-se mais práticos. Visando modernizar a economia, o
Estado indiano alçou barreiras tarifárias e não tarifárias para defender o produtor interno,
estimulou o desenvolvimento de ramos de actividade seleccionados através de linhas especiais
de crédito e concessão de subsídios, investiu maciçamente em obras de infra-estrutura,
implantou novos setores industriais criando empresas públicas, e buscou coordenar essas
iniciativas como partes de um grande projecto.

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3.0. Conclusão
Terminado o trabalho, compreendi que com as independências após a Segunda Guerra
Mundial, os governos asiáticos adoptaram um novo período de desafios que entre os mais
prementes estavam questões de consolidação da unidade nacional diante de problemas de
diversidade histórica (Índia e Paquistão), de interesses internacionais a fraccionar a nação
(Coreia e Vietnã), busca por autonomia própria e isolamento internacional (China e Coreia do
Norte) ou mesmo um período de intensa reformulação política, não necessariamente
democrática, que resultou em significativo desenvolvimento sustentado (Japão e Tigres
Asiáticos).
Os britânicos chegaram à Índia por motivos como aventura, razões de Estado, comércio e
pilhagem, mas tudo isso em plena decadência da civilização medieval cristã tradicional.
Gandhi foi o mais admirado líder da independência da Índia e rejeitava todas as formas de
violência e durante seus 30 anos de luta pela independência de seu país, incentivou
a desobediência civil resistência não violenta no combate às leis e actos que eram
considerados injustos.
A Índia celebrou sua independência em 15 de Agosto de 1947. A nação logo criou a primeira
Constituição, que teve como modelo as democracias britânicas e norte-americana. O Partido
do Congresso Nacional dominou a política do país e Nehru, o líder do partido, tornou-se o
primeiro-ministro, permanecendo no poder até sua morte, em 1964.

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4.0. Referências Bibliográficas
Cruz, S. C. V. (2007). Reformas económicas em perspectiva comparada: o caso indiano. São
Paulo: Editora Unesp;
Educabras (s.d). A descolonização Afro-Asiática. Recuperado de:
https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/historia/historia_geral/aulas/a_descoloniz
acao_afroasiatica. Acesso a 20 de Maio de 2023;

Guerra, J. T. (2021). História Contemporânea da Ásia. Beira: ISCED;


Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (1992). Metodologia do trabalho científico. (4 ed.). São
Paulo: Atlas;
Magnoli, D.; Serapião & Júnior, C. (2006). Comércio exterior e negociações internacionais:
teoria e prática. São Paulo (SP): Saraiva;
Moore, B. (1983). As origens sociais da ditadura e da democracia: Senhores e camponeses
na construção do mundo moderno. São Paulo: Martins Fontes;
Rossellini, R. (1992). Roberto Rossellini: Fragmentos de uma autobiografia. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira.

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