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Lucrécia Armando Mussaleia

Índia
(Licenciatura em ensino de história)

Universidade Rovuma
Extensão Niassa
2021
Lucrécia Armando Mussaleia

Índia

(Licenciatura em ensino de história)

Trabalho da cadeira de história da antiguidade


oriental e clássica, a ser entregue no
departamento de ciências socias para fins
avaliativos, sob orientação do Dr. Agostinho
Molesse

Universidade Rovuma

Extensão Niassa
2021

Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
1. Índia........................................................................................................................................4
1.2 principais atrações.................................................................................................................5
1.3. Religião................................................................................................................................5
1.4. Clima...................................................................................................................................6
1.5. Idioma..................................................................................................................................6
1.6. População.............................................................................................................................6
2.A formação de estados e a unificação política da índia...........................................................7
2.1. Império Máuria....................................................................................................................7
2.1. Império Sunga.....................................................................................................................8
2.2 Império Kanva......................................................................................................................9
2.3. Império Cuchana..................................................................................................................9
2.4. Império Satavana...............................................................................................................10
3. Era colonial...........................................................................................................................11
3.1. Estado da Índia portuguesa................................................................................................11
3.2. Índia britânica....................................................................................................................12
3.2.1. Expansão territorial britânica..........................................................................................13
3.2.2. Revolta dos Sipaios.........................................................................................................13
3.2.3. Raj Britânico..................................................................................................................14
4. Economia..............................................................................................................................15
5. Movimento de independência...............................................................................................15
6. Índia do presente...................................................................................................................16
Conclusão..................................................................................................................................17
Bibliografia...............................................................................................................................18
1. Introdução
O presente trabalho que tem como tema Índia, pretendemos trazer todos aspectos ligado ao
tema, falaremos também dos aspectos culturais, religiosos, clima e população. No trabalho
também dizemos que a Índia é um país da Ásia Meridional. É o segundo país mais populoso,
o sétimo maior em área geográfica e a democracia mais populosa do mundo. Delimitada ao
sul pelo Oceano Índico, pelo mar da Arábia a oeste e pelo golfo de Bengala a leste, a Índia
tem uma costa com 7.517 km de extensão. O país faz fronteira com Paquistão a oeste. China,
Nepal e Butão ao norte e Bangladesh e Mianmar a leste. falaremos também da Índia na era
colonial até a Índia de hoje.
1. Índia
A Índia é um país da Ásia Meridional. É o segundo país mais populoso, o sétimo maior em
área geográfica e a democracia mais populosa do mundo. Delimitada ao sul pelo Oceano
Índico, pelo mar da Arábia a oeste e pelo golfo de Bengala a leste, a Índia tem uma costa com
7.517 km de extensão. O país faz fronteira com Paquistão a oeste. China, Nepal e Butão ao
norte e Bangladesh e Mianmar a leste. Os países insulares do Oceano Índico Sri Lanka e
Maldivas estão localizados bem próximo da Índia.

A Índia é uma república composta por 28 estados e sete territórios da união, com um sistema
de democracia parlamentar. O país é a sétima maior economia do mundo em Produto Interno
Bruto (PIB) nominal, bem como a terceira maior do mundo em PIB medido em Paridade de
Poder de Compra. As reformas econômicas feitas desde 1991 transformaram o país em uma
das economias de mais rápido crescimento do mundo. no entanto, a Índia ainda sofre com
altos níveis de pobreza, analfabetismo, violência de género, doenças e desnutrição. Uma
sociedade pluralista, multilíngue e multiétnica, a Índia também é o lar de uma grande
diversidade de animais selvagens e de habitats protegidos. A Índia passou do 140.º para o
177.º lugar entre 2016 e 2018 no Índice de Desempenho Ambiental compilado por
pesquisadores das Universidades de Yale e Columbia. Em particular, o estudo destaca a
"alarmante" deterioração da qualidade do ar.

1.2 principais atrações.


A Índia é um país mágico e encantador. Repleto de cores, aromas e sabores. É um destino de
viajantes em busca de lugares exóticos e místicos, como o famoso e fantástico Taj Mahal, o
lugar mais emblemático e mais visitado do país e o Templo Dourado, que atrai multidões de
peregrinos todos os anos, são paradas obrigatórias. A capital Delhi, com suas fascinantes
mesquitas, templos, fortalezas e monumentos rodeados por jardins apresenta diversas atrações
de lazer, turismo e cultura. Conheça Raipur, Agra, Rishikesh, Mumbai, Calcutá e muitas
outras. Encante-se com a natureza e a diversidade de povos e costumes que, com certeza, te
surpreenderão.

1.3. Religião
Lar da Civilização do Vale do Indo, de rotas comerciais históricas e de vastos impérios, o
subcontinente indiano é identificado por sua riqueza comercial e cultural de grande parte da
sua longa história. Quatro grandes religiões hinduísmo, budismo, jainismo e siquismo
originaram-se no país, enquanto o zoroastrismo, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo
chegaram no primeiro milênio d.C. e moldaram a diversidade cultural da região. Anexada
gradualmente pela Companhia Britânica das Índias Orientais no início do século XVIII e
colonizada pelo Império Britânico a partir de meados do século XIX, a Índia tornou-se uma
nação independente em 1947, após uma luta social pela independência que foi marcada pela
extensão da resistência não violenta.

1.4. Clima.
De março à junho a primavera inicia e na regiões mais quentes as temperaturas podem chegar
a 40 graus ou mais. Já de novembro à março a temperatura desce e os termômetros podem
marcar menos de 10 graus em algumas cidades.

1.5. Idioma.
O idioma local é o hindu e a segunda língua é o inglês. Há também outros 23 idiomas falados
por todo o país.

1.6. População.
A população da Índia foi estimada em 1.276.267.000 no ano de 2015. Sendo o país que tem a
segunda maior população do mundo.

Atualmente, a Índia possui a segunda maior população do mundo, ultrapassando a marca de 1


bilhão e 200 milhões de habitantes. Não obstante, as estimativas são de que, até 2035, esse
país ultrapasse a China e assuma a liderança demográfica mundial.

A população indiana representa, atualmente, cerca de 15% dos habitantes de todo o planeta,
registrando um crescimento demográfico médio de 1,3% ao ano (contra os 0,6% registrado
pela China anualmente). Tal crescimento é resultado das políticas de controle das taxas de
mortalidade no país, que decrescem desde os anos 1960. Considerando apenas os anos 2000, a
população indiana cresceu em 180 milhões de habitantes.

Em virtude do rápido crescimento populacional, apesar da queda nas taxas de crescimento nas
últimas décadas, ocorrem muitos abortos e infanticídios com crianças do sexo feminino. Isso
porque parte da população teme que o número elevado de mulheres seja responsável pelo
aumento descontrolado do número de habitantes.
A composição étnica da Índia é bastante heterogênea, existindo um grande número de
agrupamentos culturais, o que caracteriza a grande diversidade e miscigenação existente nesse
país. A única região do mundo com uma diversidade étnico-cultural maior do que a dos
indianos é o continente africano.

Apesar dessa pluralidade, há três principais denominações culturais que fazem parte do
território desse país: os Hindus (com mais de 70% da população), os Drávidas (com 25%) e os
Mongóis (que juntamente a outras etnias compõem 3% dos habitantes).

2. A formação de estados e a unificação política da índia

2.1. Império Máuria


O Império Máuria (322–185 aC) unificou a maior parte do subcontinente indiano em um
único estado e foi o maior império existente no subcontinente indiano. Na sua maior extensão,
o Império Máuria estendia-se para o norte até as fronteiras naturais do Himalaia e para o leste
até o que hoje é Assam. Para o oeste, alcançou além do Paquistão moderno, as montanhas
Indocuche, no que hoje é o Afeganistão. O império foi estabelecido por Chandragupta
Máuria, quando ele derrubou a dinastia Nanda.

Chandragupta expandiu rapidamente seu poder para o oeste através do centro e oeste da Índia
e, por volta de 317 aC, o império ocupara totalmente o noroeste da índia. O Império Máuria
derrotou Seleuco I Nicátor, o fundador do Império Selêucida, durante a guerra Seleucida-
Máuria, ganhando território adicional a oeste do rio Indo. O filho de Chandragupta,
Bindusara, sucedeu ao trono por volta de 297 aC. No momento em que ele morreu em c. 272
aC, uma grande parte do subcontinente indiano estava sob suserania dos Máuria. No entanto,
a região de Kalinga (em torno dos dias modernos, Odisha) permaneceu fora do controle de
Máuria, talvez interferindo em seu comércio com o sul. Sob Chandragupta e seus sucessores,
as atividades econômicas como o comércio interno e externo e agricultura prosperaram e se
expandiram através da Índia graças a criação de um único e eficiente sistema de finanças,
administração e segurança. Após a Guerra de Calinga, o império experimentou quase meio
século de paz e segurança sob Asoca. A Índia Máuria também gozou uma era de harmonia
social, transformação religiosa e expansão das ciências e do conhecimento. A adesão de
Chandragupta Máuria ao jainismo aumentou a reforma e renovação social e religiosa através
de sua sociedade, enquanto a adesão de Asoca ao budismo tem sido considerado como a
fundação do reino de paz e não-violência política e social através de toda a Índia. Asoca
patrocinou a difusão dos ideais budistas no Seri Lanca, no Sudeste e Sudoeste Asiático e na
Europa Meridional.

O Arthashastra e os Editos de Açoca são os principais registros escritos dos tempos Máuria. O
Império Máurian foi baseado em uma economia e sociedade modernas e eficientes. No
entanto, a venda de mercadorias foi rigorosamente regulamentada pelo governo. Embora não
houvesse bancos na sociedade Máuriana, a usura era costumeira. Uma quantidade
significativa de registros escritos sobre a escravidão é encontrada, sugerindo uma prevalência
dela. Durante este período, um aço de alta qualidade chamado aço Wootz foi desenvolvido no
sul da Índia e posteriormente exportado para a China e a Arábia.

2.1. Império Sunga


O Império Sunga era uma antiga dinastia indiana de Mágada que controlava áreas do
subcontinente indiano central e oriental de aproximadamente 187 a 78 aC. A dinastia foi
estabelecida por Pusiamitra Sunga, após a queda do Império Máuria. Sua capital era
Pataliputra, mas depois imperadores como Bhagabhadra também realizaram uma corte em
Besnagar (moderna Vidisha) no leste de Malwa.

Pusiamitra Sunga governou por 36 anos e foi sucedido por seu filho Agnimitra. Havia dez
governantes Sunga. No entanto, após a morte de Agnimitra, o segundo rei da dinastia, o
império rapidamente se desintegrou: [inscrições e moedas indicam que grande parte do norte e
do centro da Índia consistia de pequenos reinos e cidades-estados independentes de qualquer
hegemonia Sunga. A dinastia é conhecida por suas numerosas guerras com potências
estrangeiras e indianas. Eles lutaram contra os Kalinga, a dinastia Satavana, o Reino Indo-
Grego e possivelmente os Panchalas e Mitras de Mathura.

Arte, educação, filosofia e outras formas de aprendizado floresceram durante esse período,
incluindo pequenas imagens de terracota, esculturas de pedra maiores e monumentos
arquitetônicos, como a estupa em Bharhut e a renomada Grande Stupa em Sanchi. Os
governantes do Sunga ajudaram a estabelecer a tradição do patrocínio real do aprendizado e
da arte. A escrita usada pelo império era uma variante da escrita Brahmi e foi usada para
escrever sânscrito.

O Império Sunga desempenhou um papel imperativo na cultura paternalista em uma época em


que alguns dos desenvolvimentos mais importantes do pensamento hindu ocorriam. O
Mahābhāṣya de Patanjali foi composto nesse período. Arte também progrediu com a ascensão
do estilo de arte Mathura.

O último dos imperadores Sunga foi Devabhuti (83–73 a.C.). Ele foi assassinado por seu
ministro (Vasudeva Kanva) e diz-se que foi superado com a companhia das mulheres. A
dinastia Sunga foi então substituída pelas Kanvas subsequentes. A dinastia Kanva sucedeu os
Sunga por volta de 73 a.C.

2.2 Império Kanva


A dinastia Kanva ou Kanvayana foi uma dinastia de brâmanes que substituiu a dinastia Sunga
em Magadha e governou na parte oriental da antiga Índia a partir de 75 a.C. e até 30 a.C.

O último governante da dinastia Sunga, Devabhuti, foi destronado por Vasudeva da dinastia
Kanva em 75 a.C. O novo governante Kanva permitiu que os reis do Sunga continuassem
reinando na escuridão de um canto de seus antigos domínios, enquanto Magadha era
governado por quatro governantes da dinastia Kanva. Sua dinastia foi expulsa do poder pela
dinastia Satavana.

2.3. Império Cuchana


O Império Cuchana, foi um Estado político que teve o seu auge de 105 d.C. à década de 250,
localizado entre os territórios atuais do Tajiquistão, mar Cáspio, Afeganistão e vale do rio
Ganges.

O império foi criado pela tribo dos cuchãs (igualmente mencionada como kushans, cuchans, e
kuei-shangs), que, por sua vez, pertencia à etnia dos Iuechis, que vive atualmente em
Xinjiang, na China e que possivelmente está relacionada com os tocarianos. O império teve
relações diplomáticas importantes com o Império Romano, com o Império Sassânida e com a
China, em grande parte pela sua posição geográfica, num local de passagem entre o Ocidente
e o Oriente.

Foi durante o domínio do Cuchanas sobre regiões do norte da Índia que começaram a ser
produzidas as primeiras representações humanas da figura de Sidarta Gautama, o fundador do
budismo (até então, era considerado desrespeitoso representá-lo desta forma: ele era
representado sob formas simbólicas, como uma árvore, ou uma roda). Seguindo o exemplo
dos budistas, também os deuses hindus começaram a ser representados sob a forma de
estátuas antropomórficas. Os cuchanas transferiraM a capital de seu império para Puruxapura
(a atual Pexauar, no Paquistão), deslocando, em direção à Índia, o centro de gravidade do
império.

O Império Cuchana se fragmentou em reinos semi-independentes no século III, que caíram


sob o domínio dos sassânidas, que invadiram pelo Oeste. No século IV os Guptas, uma
dinastia indiana, também pressionavam a partir do Leste. Os últimos reinos cuchanos foram
finalmente dominados por invasores do norte, conhecidos como heptalitas.

2.4. Império Satavana


Os Satavanas foram baseados a partir de Amaravati em Andra Pradexe, bem como Junar
(Pune) e Prathisthan (Paithan) em Maarastra. O território do império cobria grandes partes da
Índia a partir do século I a.C. em diante. Os Satavanas começaram como vassalos da dinastia
Máuria, mas declararam independência com seu declínio. Foram contemporâneos do Império
Máuria tardio e depois dos Impérios Sunga e Kanva.

Os Satavanas são conhecidos por seu patrocínio do hinduísmo e do budismo, que resultou em
monumentos budistas de Ellora (um Patrimônio Mundial da UNESCO) para Amaravati. Eles
foram um dos primeiros estados indianos a emitir moedas com seus governantes em relevo.
Eles formaram uma ponte cultural e desempenharam um papel vital no comércio, bem como
na transferência de ideias e cultura para e da planície indo-gangética até o extremo sul da
Índia.

Eles tiveram que competir com o Império Sunga e depois com a dinastia Kanva de Magadha
para estabelecer seu domínio. Mais tarde, eles desempenharam um papel crucial para proteger
grande parte da Índia contra invasores estrangeiros como os Sacas, iavanas e Palavas. Em
particular, suas lutas com os Kshatrapas Ocidentais duraram muito tempo. Os notáveis
governantes da dinastia Satavana, Gautamiputra Satakarni e Sri Yajna Sātakarni foram
capazes de derrotar os invasores estrangeiros como os Kshatrapas ocidentais e impedir sua
expansão. No século III o império foi dividido em estados menores.

3. Era colonial
A descoberta da rota marítima para a Índia em 1498, por Vasco da Gama, sinalizou o início
do estabelecimento de territórios controlados pelas potências europeias no subcontinente. Os
portugueses constituíram bases em Goa, Damão, Diu e Bombaim, dentre outras. Seguiram-se
os franceses e os neerlandeses no século XVII.

3.1. Estado da Índia portuguesa


O Estado da Índia ou Índia Portuguesa, foi, sobretudo, um conjunto de cidades portuárias e
fortalezas instaladas na costa da África e da Ásia, desde o Cabo da Boa Esperança, a oeste, até
Molucas, Macau e Nagasáqui, a leste. As possessões individuais foram conquistadas ou
adquiridas por meio do estabelecimento de um contrato com o governante respectivo. Sua
existência remonta aos anos de 1505 a 1961, sofrendo variações geográficas ao longo de seus
mais de quatro séculos de existência.

O Estado da Índia foi fundado em 1505, seis anos após a descoberta da rota entre Portugal e o
subcontinente indiano, com vista a servir de referência administrativa para uma cadeia de
fortificações, feitorias e colónias ultramarinas. O primeiro vice-rei foi D. Francisco de
Almeida, que estabeleceu o seu governo em Cochim. Os governadores subsequentes não
receberam o título de vice-rei. Em 1510, a capital do Estado da Índia foi transferida para Goa.
No transcurso do século XVI ocorreu a expansão e estabilização na luta contra várias
estruturas estatais asiáticas, comandadas por muçulmanos de origem árabe e turcos otomanos.
No entanto, os portugueses nunca conseguiram exercer plenamente o poder nas zonas do
estreito de Malaca ou dominar o mar Vermelho, mesmo após o contorno do cabo da Boa
Esperança (1498), mas exerceram o monopólio, por muito tempo, sobre a única rota marítima
de produtos orientais para os mercados europeus. Antes do século XVIII, o governador
português ali estabelecido exercia sua autoridade em todas as possessões portuguesas no
oceano Índico, desde o cabo da Boa Esperança, a oeste, passando pelas ilhas Molucas, Macau
e Nagasáqui ao leste.

3.2. Índia britânica

Em 31 de dezembro de 1600, a Rainha Isabel I da Inglaterra outorgou uma carta real à


Companhia Britânica das Índias Orientais para comerciar com o oriente. Os primeiros navios
da companhia chegaram à Índia em 1608, aportando em Surate, no que é hoje Guzarate.

Quatro anos mais tarde, comerciantes ingleses derrotaram os portugueses numa batalha naval
e com isso ganharam a simpatia do imperador mogol Jahangir. Em 1615, o Rei Jaime I enviou
um embaixador à corte mogol, negociando-se então um tratado de comércio pelo qual a
companhia poderia erguer postos comerciais na Índia em troca de bens europeus. A
companhia comerciava itens como algodão, seda, salitre, índigo e chá.

Em meados do século XVII, a companhia havia estabelecido postos comerciais nas principais
cidades indianas, como Bombaim, Calcutá e Madras, ademais da primeira feitoria em Surat,
erguida em 1612. Em 1670, o Rei Carlos II outorgou à companhia o direito de adquirir
território, formar um exército, cunhar moeda e exercer jurisdição em áreas sob seu controle.

No final do século XVII, a companhia havia se tornado um "país" no subcontinente indiano,


com considerável poder militar, e administrava três "presidências" (administrações coloniais
regionais).

Os britânicos estabeleceram uma base territorial no subcontinente pela primeira vez quando
tropas financiadas pela companhia derrotaram o Nababo bengalês Siraj Ud Daulah na batalha
de Plassey, em 1757. As riquezas bengalesas foram expropriadas, o comércio local foi
monopolizado pela companhia e a Bengala tornou-se um protetorado sob controle direto
britânico. A fome de 1769 a 1773, causada pela exigência de que os fazendeiros e artesãos
bengaleses trabalhassem por remuneração irrisória, matou dez milhões de pessoas. Catástrofe
semelhante ocorreu quase um século depois, depois que o Reino Unido estendeu o seu
controle sobre o subcontinente, quando 40 milhões de indianos morreram de fome em meio ao
colapso da indústria local, e 7 milhões de bengalis apenas durante a Segunda Guerra Mundial,
mais do que o holocausto judeu da mesma época.
3.2.1. Expansão territorial britânica
Em 1773, o parlamento britânico instituiu o cargo de governador-geral da Índia.

Na virada para o século XIX, o governador-geral Lorde Wellesley começou a expandir os


domínios da companhia em grande escala, ao derrotar Tipu Sahib, anexar Mysore, na Índia
meridional, e remover a influência francesa do subcontinente. Em meados daquele século, o
governador Dalhousie lançou a expansão mais ambiciosa da companhia, ao derrotar os Siques
nas Guerras Anglo-Siques (o que lhe permitiu anexar o Panjabe) e subjugar a Birmânia na
Segunda Guerra Anglo-Birmanesa. Dalhousie também tomou pequenos Estados principescos
como Satara, Sambalpur, Jhansi e Nagpur, com base na chamada "doutrina da preempção",
segundo a qual a companhia poderia anexar qualquer principado cujo governante morresse
sem herdeiros do sexo masculino. A anexação de Oudh em 1856 foi a última aquisição
territorial da companhia, pois o ano seguinte viu a eclosão da revolta dos sipaios.

3.2.2. Revolta dos Sipaios


A Revolta dos Sipaios foi um período prolongado de levantes armados e rebeliões na Índia
setentrional e central contra a ocupação britânica daquela porção do subcontinente em 1857 a
1858. Pequenos incidentes de descontentamento em janeiro, envolvendo incêndios criminosos
em acantonamentos, foram os precursores da rebelião. Posteriormente, uma revolta em grande
escala estalou em maio e tornou-se uma guerra aberta nas regiões afetadas.

A rebelião começou a se espalhar para além das forças armadas, embora não tenha sido tão
popular quanto seus líderes esperavam. Os indianos não estavam totalmente unidos. Enquanto
Badur Xá II, o último imperador da dinastia Mogol, foi restaurado ao seu trono imperial com
poder real e eficaz, havia facções que queriam que o trono fosse ocupado por Nana Sahib da
dinastia hindu Marata (temendo uma ressurreição do Império Mogol), e, enquanto isso, os
awadhis (o atual Estado de Utar Pradexe) queriam manter o poder que seu Nababo tinha antes
da ocupação britânica.

Por outro lado, os siques do Panjabe não desejavam a restauração do Império Mogol, assim
como aos xiitas não interessava o renascimento de um Estado sunita. O sul da Índia
permaneceu fora do conflito.
Dois meses depois, tropas britânicas derrotaram o principal exército sipai nas cercanias de
Déli e, com o auxílio de forças siques, pastós e gurcas, sitiaram a cidade. Déli foi tomada
pelos britânicos após semanas de combates de rua, Badur Xá II foi preso e seus filhos,
executados.

O conflito causou o fim do governo da Companhia Britânica das Índias Orientais e o início da
administração direta de grande parte do território indiano pela coroa britânica (Raj britânico)
pelos noventa anos seguintes, embora alguns estados (chamados coletivamente de "Estados
principescos") mantivessem uma independência nominal e continuassem a ser governados
pelos respectivos marajás, rajás e nababos.

Alguns dentre os modernos indianos consideram a revolta dos sipais o primeiro movimento de
independência de seu país.

3.2.3. Raj Britânico


Do ponto de vista formal, o termo "Índia britânica" aplicava-se apenas às porções do
subcontinente governadas diretamente pela administração britânica em Deli e, anteriormente,
Calcutá. A maior parte do território do subcontinente sob influência britânica naquela época
não era governada diretamente pelos britânicos: os chamados "Estados principescos" eram
nominalmente independentes, governados pelos seus marajás, rajás, thakurs e nababos, quem
reconheciam o monarca britânico como seu suserano feudal por meio de tratados. A união
política resultante foi também conhecida como Império Indiano (depois de 1876 os
passaportes se expediam sobre este nome).

Áden passou a integrar a Índia britânica a partir de 1839; a Birmânia, a partir de 1886. Ambos
se tornaram colônias separadas do Império Britânico em 1937. Embora o Sri Lanka (antigo
Ceilão) possa ser considerado parte do subcontinente indiano, não integrava a Índia britânica,
pois era governado como uma colônia diretamente de Londres e não pelo vice-rei da Índia.

O Estado Português da Índia e a Índia Francesa eram formadas por pequenos enclaves
costeiros governados por Portugal e França, respetivamente. Foram integrados à Índia após a
independência indiana.
4. Economia
O domínio da Companhia Britânica das Índias Orientais sobre o subcontinente indiano trouxe
grandes mudanças nas políticas tributária e agrária, que tenderam a promover o comércio
agrícola, causando a diminuição da plantação de gêneros alimentícios, o empobrecimento das
massas, a perda de terras pelos fazendeiros e escassez alimentar. A política econômica
inglesa na Índia causou um severo declínio no artesanato e no setor têxtil, devido à redução da
demanda e ao aumento do desemprego. Após a remoção das restrições internacionais pelo Ato
de 1813, o comércio indiano expandiu-se substancialmente. O resultado foi uma significativa
transferência de capital da Índia para a Inglaterra, que, devido à política colonial dos ingleses,
levou a uma fuga maciça de receita ao invés de qualquer esforço sistemático de modernização
da economia nacional.

5. Movimento de independência
Após a Primeira Guerra Mundial, onde alguns milhares de indianos serviram, um novo
período começou. Ele foi marcado por reformas britânicas, mas também por uma legislação
mais repressiva; pelas reivindicações cada vez mais estridentes da população indiana por
independência e pelo começo de um movimento não violento de não cooperação, do qual
Mohandas Karamchand Gandhi se tornaria o líder e símbolo de resistência. Durante os anos
1930, uma lenta reforma legislativa foi promulgada pelos britânicos e o Congresso Nacional
Indiano saiu vitorioso nas eleições seguintes.

Organizações sociais fundadas no final do século XIX e início do XX para defender os


interesses indianos junto ao governo da Índia britânica transformaram-se em movimentos de
massa contra a presença britânica no subcontinente, agindo por meio de ações parlamentares e
resistência não-violenta. Após a partição da Índia, ou seja, a separação do antigo Raj britânico
entre a República da Índia e o Paquistão, em agosto de 1947, o mundo testemunhou a maior
migração maciça da história, quando um total de 12 milhões de hindus, siques e muçulmanos
cruzaram a fronteira da Índia com o Paquistão Ocidental e a fronteira da Índia com o
Paquistão Oriental.
6. Índia do presente
A história da República da Índia começa em 26 de janeiro de 1950. O país tornou-se uma
nação independente dentro da Comunidade Britânica em 15 de agosto de 1947.

O líder do Congresso Nacional Indiano, Jawaharlal Nehru, tornou-se o primeiro primeiro-


ministro da Índia, mas o líder mais associado à luta pela independência, Mahatma Gandhi,
não aceitou nenhum cargo. A nova constituição de 1950 tornou a Índia um país democrático.

A nação enfrentou a violência religiosa, o casteísmo, o naxalismo, o terrorismo e as


insurgências separatistas regionais, especialmente em Jammu, Caxemira e estados no nordeste
do país. A Índia tem disputas territoriais não resolvidas com a China, que em 1962 se
transformou na Guerra Sino-Indiana, e com o Paquistão, que resultou em guerras em 1947,
1965, 1971 e 1999. A Índia foi neutra na Guerra Fria, mas comprou suas armas militares a
União Soviética, enquanto seu arqui-inimigo Paquistão estava intimamente ligado aos Estados
Unidos e à República Popular da China.

A Índia é um estado com armas nucleares, tendo conduzido seu primeiro teste nuclear em
1974, seguido por outros cinco testes em 1998. Dos anos 1950 aos anos 80, a Índia seguiu
políticas de inspiração socialista. A economia foi influenciada pela extensa regulamentação,
protecionismo e propriedade pública, levando à corrupção generalizada e ao lento crescimento
econômico. A partir de 1991, as reformas econômicas neoliberais transformaram a Índia na
terceira maior e uma das economias que mais crescem no mundo, embora a corrupção
continue sendo um problema generalizado. Hoje, a Índia é uma grande potência mundial com
uma voz proeminente nos assuntos globais e está buscando um assento permanente no
Conselho de Segurança das Nações Unidas. Muitos economistas, analistas militares e
especialistas acreditam que a Índia se torne uma superpotência no futuro próximo.
Conclusão
No presente trabalho concluímos que a Índia é um país com varias diversidades culturais,
religiosas e climáticas. A Índia sofreu várias colonizações desde a colonização portuguesa nas
regiões de Cabo da Boa Esperança, a oeste, até Molucas, Macau e Nagasáqui, a leste.
Também sofreu colonização britânica nos anos 1600. A história da República da Índia
começa em 26 de janeiro de 1950. O país tornou-se uma nação independente dentro da
Comunidade Britânica em 15 de agosto de 1947.
Bibliografia.
Abraham Eraly (2007). The Mughal World: Life in India's Last Golden Age.

Datt, Ruddar; Sundharam, K.P.M. (2009). Indian Economy. New Delhi: S. Chand Group.

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2003. New Delhi: Orient Longman.

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