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Tucumã - O Surgimento da Noite

No princípio, não havia noite. Só existia o dia. A noite estava guardada no fundo das águas.
Aconteceu, porém, que a filha da Cobra-Grande se casou e disse ao marido:
- Meu querido, estou com muita vontade de ver a noite.
- Minha mulher, há somente o dia – respondeu ele.
- A noite existe, sim! Meu pai guarda-a no fundo do rio. Mande seus criados buscá-la. Os
criados embarcaram numa canoa e partiram em busca da noite.
Chegando à casa da Cobra-Grande, transmitiram-lhe o pedido da filha. Receberam então um
coco de tucumã com o seguinte aviso:
- Muito cuidado com esse coco. Se ele abrir, tudo ficará escuro e todas as coisas se
perderão.
No meio do caminho, os criados ouviram, dentro do coco, um barulho assim xé-xé-xé... tém-tém-
tém... Era o ruído dos sapos e grilos, que cantam de noite. Mas os criados não sabiam disso e,
cheios de curiosidade, abriram o coco de tucumã. Nesse momento, tudo escureceu. A moça, em
sua casa, disse ao marido:
- Seus criados soltaram a noite. Agora, não teremos mais dia, e todas as coisas se
perderão.
Então, todas as coisas que estavam na floresta se transformaram em animais e pássaros. E as
coisas que estavam espalhadas pelo rio transformaram-se em peixes e patos.
O marido da filha da Cobra-Grande ficou espantado. E perguntou à esposa:
- Que faremos? Precisamos salvar o dia!
A moça arrancou, então, dois fios dos seus cabelos, enrolou o primeiro, pintou-o de branco e
disse:
– Tu serás cujubin, e cantarás sempre que a manhã vier raiando.
Dizendo isso, soltou o fio, que se transformou em pássaro e saiu voando. Depois, pegou o outro
foi, enrolou-o, jogou as cinzas da fogueira nele e disse:
– Tu serás coruja, e cantarás sempre que a noite chegar. Dizendo isso, soltou-o, e o
pássaro saiu voando. Então, todos os pássaros cantaram a seu tempo e o dia passou a ter dois
períodos: manhã e noite.
Mas quando os criados voltaram, a filha da Cobra-Grande ficou furiosa. E os transformou em
macacos, como castigo pela sua infidelidade.
Assim nasceu a noite.
Theobaldo Miranda Santos. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo: Ncional, 2004. P. 14-15.
Tucumã : tipo de palmeira

1 - Essa lenda brasileira teve origem nos povos: ( ) africanos ( ) indígenas


2 - Escreva com suas palavras o que essa lenda tenta nos explicar?
3 - Qual era o desejo da filha da Cobra-Grande?
4 - Onde a noite estava escondida?
5 - Ao atender o pedido da filha, a Cobra-Grande dá um aviso aos criados.
a - Que aviso é esse?
b - O que poderia acontecer se a orientação não fosse respeitada?
c - Os criados seguiram essa orientação?
d - Os criados foram movidos pela ( ) vaidade ( ) curiosidade ( ) ganância
e - O que você achou da atitude deles?
6 - Como a filha da Cobra-Grande resolveu o problema da escuridão?
7 - De acordo com a lenda, em que se transformaram as coisas que estavam na floresta quando o dia
virou noite?
8 - E o que aconteceu com as coisas que estavam espalhadas pelo rio?
9 - Você achou justa a punição que os criados receberam?
Tucumã - O Surgimento da Noite

No princípio, não havia noite. Só existia o dia. A noite estava guardada no fundo das águas. Aconteceu, porém, que a filha da
Cobra-Grande se casou e disse ao marido:
- Meu querido, estou com muita vontade de ver a noite.
- Minha mulher, há somente o dia – respondeu ele.
- A noite existe, sim! Meu pai guarda-a no fundo do rio. Mande seus criados buscá-la. Os criados embarcaram numa
canoa e partiram em busca da noite.
Chegando à casa da Cobra-Grande, transmitiram-lhe o pedido da filha. Receberam então um coco de tucumã com o seguinte
aviso:
- Muito cuidado com esse coco. Se ele abrir, tudo ficará escuro e todas as coisas se perderão.
No meio do caminho, os criados ouviram, dentro do coco, um barulho assim xé-xé-xé... tém-tém- tém... Era o ruído dos sapos e
grilos, que cantam de noite. Mas os criados não sabiam disso e, cheios de curiosidade, abriram o coco de tucumã. Nesse
momento, tudo escureceu. A moça, em sua casa, disse ao marido:
- Seus criados soltaram a noite. Agora, não teremos mais dia, e todas as coisas se perderão.
Então, todas as coisas que estavam na floresta se transformaram em animais e pássaros. E as coisas que estavam espalhadas
pelo rio transformaram-se em peixes e patos.
O marido da filha da Cobra-Grande ficou espantado. E perguntou à esposa:
- Que faremos? Precisamos salvar o dia!
A moça arrancou, então, dois fios dos seus cabelos, enrolou o primeiro, pintou-o de branco e disse:
– Tu serás cujubin, e cantarás sempre que a manhã vier raiando.
Dizendo isso, soltou o fio, que se transformou em pássaro e saiu voando. Depois, pegou o outro foi, enrolou-o, jogou as cinzas da
fogueira nele e disse:
– Tu serás coruja, e cantarás sempre que a noite chegar. Dizendo isso, soltou-o, e o pássaro saiu voando. Então, todos
os pássaros cantaram a seu tempo e o dia passou a ter dois períodos: manhã e noite.
Mas quando os criados voltaram, a filha da Cobra-Grande ficou furiosa. E os transformou em macacos, como castigo pela sua
infidelidade.
Assim nasceu a noite.
Theobaldo Miranda Santos. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo: Ncional, 2004. P. 14-15.

Tucumã - O Surgimento da Noite

No princípio, não havia noite. Só existia o dia. A noite estava guardada no fundo das águas. Aconteceu, porém, que a filha da
Cobra-Grande se casou e disse ao marido:
- Meu querido, estou com muita vontade de ver a noite.
- Minha mulher, há somente o dia – respondeu ele.
- A noite existe, sim! Meu pai guarda-a no fundo do rio. Mande seus criados buscá-la. Os criados embarcaram numa
canoa e partiram em busca da noite.
Chegando à casa da Cobra-Grande, transmitiram-lhe o pedido da filha. Receberam então um coco de tucumã com o seguinte
aviso:
- Muito cuidado com esse coco. Se ele abrir, tudo ficará escuro e todas as coisas se perderão.
No meio do caminho, os criados ouviram, dentro do coco, um barulho assim xé-xé-xé... tém-tém- tém... Era o ruído dos sapos e
grilos, que cantam de noite. Mas os criados não sabiam disso e, cheios de curiosidade, abriram o coco de tucumã. Nesse
momento, tudo escureceu. A moça, em sua casa, disse ao marido:
- Seus criados soltaram a noite. Agora, não teremos mais dia, e todas as coisas se perderão.
Então, todas as coisas que estavam na floresta se transformaram em animais e pássaros. E as coisas que estavam espalhadas
pelo rio transformaram-se em peixes e patos.
O marido da filha da Cobra-Grande ficou espantado. E perguntou à esposa:
- Que faremos? Precisamos salvar o dia!
A moça arrancou, então, dois fios dos seus cabelos, enrolou o primeiro, pintou-o de branco e disse:
– Tu serás cujubin, e cantarás sempre que a manhã vier raiando.
Dizendo isso, soltou o fio, que se transformou em pássaro e saiu voando. Depois, pegou o outro foi, enrolou-o, jogou as cinzas da
fogueira nele e disse:
– Tu serás coruja, e cantarás sempre que a noite chegar. Dizendo isso, soltou-o, e o pássaro saiu voando. Então, todos
os pássaros cantaram a seu tempo e o dia passou a ter dois períodos: manhã e noite.
Mas quando os criados voltaram, a filha da Cobra-Grande ficou furiosa. E os transformou em macacos, como castigo pela sua
infidelidade.
Assim nasceu a noite.
Theobaldo Miranda Santos. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo: Ncional, 2004. P. 14-15.

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