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UNIVERSIDADE PAULISTA

CAMPUS SOROCABA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

Atividade Pratica Supervisionada

Flambagem de haste de madeira

SOROCABA 2020
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Edélcio de Araújo RA: T23823-4

Flambagem de haste de madeira

Trabalho apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação da
disciplina APS do curso de Engenharia Civil
da Universidade Paulista UNIP

Orientador
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Se quiser triunfar na vida, faça


da perseverança, a sua melhor amiga;
da experiência, o seu sábio conselheiro;
da prudência, o seu irmão mais velho;
e da esperança, o seu anjo guardião.”.
Joseph Addison.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................4
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA........................................................................................5
3. MATERIAL E METÓDOS.............................................................................................8
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................9
5. CONCLUSÃO...............................................................................................................12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................12
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1. INTRODUÇÃO

O fenômeno de flambagem pode ser entendido como a aplicação de uma força de compressão
em materiais esbeltos e de acordo com a intensidade desta força o material pode sofrer uma
curvatura lateral, também conhecida como flambagem.
Para exemplificar melhor como é esse tipo de instabilidade, a flambagem ocorre quando
adicionamos uma força compressiva axial na ponta de uma régua, como demonstrado na figura
01.
A régua ira defletir ou flambar lateralmente para o sentido do seu menor momento de inércia.
Quanto mais longo for o material, menor será a força necessária que deverá ser aplicada para
que ocorra a flambagem. E são falhas por flambagem que provocam catástrofes na construção
civil, o que deixa mais evidente a necessidade de se estudar esse processo para preveni-lo.

Figura 1

2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Quando alguns elementos esbeltos e compridos são submetidos a uma carga de compressão e
tal carga seja suficientemente grande para provocar sua deflexão lateral, conforme figura 02.
Tais elementos compridos e esbeltos são denominados de colunas e a deflexão lateral que
sofrem quando são sujeitos a uma força axial é denominado de flambagem.
Esse fenômeno provoca uma falha súbita e dramática na estrutura, as colunas devem ser
projetadas para que possam suportar com seguranças as cargas pretendidas.
(BEER, 1995)

Figura 2
Segundo Hibbeler (2004), a carga axial máxima que uma coluna pode suportar quando está no
limite da flambagem é chamada de carga crítica Pcr (Figura 03). Qualquer carga adicional
provocará flambagem na coluna e, portanto, deflexão lateral.
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Figura 3
Considerando a figura 04, onde temos um mecanismo formado por duas barras sem
peso, rígidas e acopladas por pinos em suas extremidades, onde temos:

Figura 4

(a) Mola com rigidez k sem deformação.


(b) Deslocamento (Δ) do pino A.
(c) Diagrama de corpo livre.
De acordo com a figura 04, o primeiro sistema se trata de um conjugado estável, o segundo
sistema de um conjugado instável. Já em (c) temos a representação do digrama de corpo livre
da estrutura.
Hibbeler (2004) define os sistemas de maneira que:
 Se a força de restauração superar a perturbadora, isto é, kLӨ/2>2PӨ, então
observando que Ө se cancela, resolvemos em P, o que leva a:

P <KL/4 = Equilíbrio estável

 Se kLӨ/2<2PӨ, temos:

P >KL/4 = Equilíbrio instável.

 O valor intermediário de P, definido desde que Se kLӨ/2=2PӨ, é a carga crítica, onde:

Pcr = 4K/L

Onde:
K: constate de elasticidade;
L:comprimento da barra em metros.
Segundo Mascia 2001, qualifica-se como estabilidade a propriedade do sistema (estrutura) de
manter seu estado inicial de equilíbrio nas condições de aplicação de ações. Se um sistema não
tem esta propriedade, ele é qualificado instável.
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Esses estados de equilíbrio podem ser representados pela figura 05.

Figura 5
Onde temos:
(a) Equilíbrio estável
(b) Equilíbrio instável
(c) Equilíbrio neutro

Coluna Ideal com apoio em pinos


Como a coluna ideal é perfeitamente reta, em teoria a caga axial P pode ser aumentada até que a
falha ocorra por fratura ou escoamento do material. Entretanto quando a carga crítica Pcr é
atingida, a coluna está no limite de tornar-se instável, de modo que uma pequena força lateral F,
quando removida, vai faze-la permanecer na posição fletida. Qualquer pequena redução de P
para menos de Pcr permite que a coluna fique reta e qualquer aumento de P, além de Pcr
provoca aumento adicional da deflexão lateral. (HIBBELER, 2004).
Tal carga é denominada de carga de Euler, essa forma fletida correspondente é definida pela
equação:

Pcr = p² *E*I/Lf²
Onde:
E: modulo de elasticidade longitudinal do material em pascal;
I: menor dos momentos de inercia da secção em m4;
Lf: comprimento de flambagem da peça em metros.

Colunas com vários tipos de apoio


As colunas são apoiadas de várias maneiras, como representado na figura 06. O que
consequentemente, gera tipos de flambagens diferentes. E a determinação do comprimento
efetivo Le também. E que em alguns casos pode ser definido por Le=KL.
A determinação da carga crítica para outras condições de vínculo nas extremidades de uma
coluna usamos no lugar de “L”, a grandeza “Le” que significa comprimento efetivo de
flambagem. A grandeza Le/r é chamada índice efetivo de esbeltes da coluna. (BEER, 1995).

Figura 6
A tensão crítica é o valor que corresponde à carga crítica e é dado por σcr :
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σcr =p²*E/(L/r)²

Onde:
σcr – Tensão crítica que é a tensão média na coluna imediatamente ante de a coluna flambar.
E – módulo de elasticidade do material.
L – comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são presas por pinos.
R – o menor raio de giração da coluna, determinado por √I/A , onde I é o menor momento de
inércia da área da seção transversal A da coluna.

3. MATERIAL E METÓDOS

Durante o processo de realização do ensaio, será apresentada uma cronologia dos


procedimentos adotados. O ensaio utilizará duas hastes de madeira, com seção quadrada e outra
retangular.
O experimento de flambagem de haste de madeira será realizado no laboratório da
Universidade Paulista – Campus Sorocaba, SP, com o uso de uma prensa automática que
aplicar á sucessivas cargas nas determinadas hastes, com intuito de determinarmos o
comprimento efetivo (Le) e a carga crítica (Pcr) de cada haste de madeira.
Após a realização dos ensaios e das medidas necessárias, será realizada dos cálculos para
obtermos as seguintes informações:
 Força crítica (Pcr) Pcr = p² *E*I/Lf²
 Módulo de Elasticidade (E) E=Pcr*Lf²/p²*I
 Momento de Inércia (I) I=r²*A
 Raio de Giração (r) r=√I/A
 Tensão Crítica σcr =p²*E/(L/r)²
 Índice de Esbeltez (ʎ) ʎ=L/r

Os materiais utilizados serão duas hastes de madeira, quadrada com seção transversal de 1cm x
1cm, com 50 cm de comprimento. E uma retangular de seção transversal de 2cm x 1cm e
comprimento de 50 cm.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

As hastes de madeiras, tanto a de seção quadrada (1cm x 1cm, quanto a de seção


retangular (2cm x 1cm). Ambas foram colocadas na prensa e submetidas a sucessivas forças.
Como mostrado na imagem abaixo:
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Figura 8
As forças que foram aplicadas foram geradas automaticamente pelo computador, e para
registrar o processo filmamos para que posteriormente pudéssemos anotar os dados e realizar os
cálculos devidamente.
Foram anotadas as cargas sucessivas que foram aplicadas em cada haste, até chegarmos a
última força, a de ruptura. Conforme disposto no quadro abaixo:
O objetivo desse ensaio era submeter estas hastes a sucessivas forças de compressão até a
ruptura da mesma por flambagem, de acordo com as imagens teremos a haste na prensa.

Figura 9

Figura 10
Na figura 10, durante os levantamentos teóricos, ficou evidenciado que a flambagem ocorrerá
no sentido em que existe o menor momento de inércia. Na figura 10, fica bastante evidente o
momento em que o fato ocorre e o seu sentido de flambagem.
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Figura 11
Já na figura 11 fica claro o momento de ruptura da haste de madeira, onde a sua força
será crítica. No caso da haste de madeira de seção transversal quadrada (A= 1x10^ -4) ocorre
em Pcr = 420 N, já na haste de madeira de seção transversal (A= 2x 10^-4) quadrada ocorre
quando a força crítica atinge o seu ápice, que será em 930 N.
Após a realização do ensaio em laboratório foi possível realizar os seguintes cálculos,
e forma que calculamos as hastes de maneira teórica, usando as teorias que foram levantadas no
referencial teórico, e posteriormente, com os dados de foram retirados do ensaio em laboratório
fizemos as contas dos dados apontados na prática, e assim chegamos ao seguinte quadro:

Após a realização dos cálculos é fácil ver que não houve uma grande disparidade em relação as
informações teóricas e práticas, principalmente na haste de seção transversal quadrada. O que
também acontece na haste de seção transversal retangular.
Para realizar os cálculos teóricos partimos com os seguintes dados: K=0,5 e E =
12 GPa e através deste dados conseguimos calcular todas as outras informações medidas
utilizando das formulas levantadas no referencial teórico.
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Na parte prática partimos das informações obtidas em laboratório com a realização do


experimento que foram as cargas críticas da haste de seção transversal quadrada e das hastes de
seção transversal retangular, respectivamente, 390N e 780N.
Para verificar se o ensaio foi realizado de maneira satisfatória, calculamos a porcentagem de
erro pela seguinte formula:

%erro = Pcr teórico – Pcr pratico x 100


Pcr pratico

Para haste de seção transversal quadrada, logo temos:

%erro = 394,78 – 390 x 100 = 1,2%


394,78

Para haste de seção transversal retangular, temos:

%erro = 789,57 - 780 x 100 = 1,3%


789,57

Tais cálculos de erro que podem classificar o ensaio com satisfatório, pois permaneceram
dentro da margem aceitável pela engenharia, que é menor ou igual a 5%.
5. CONCLUSÃO

Após a realização do trabalho teórico e do experimento em laboratório utilizando de


hastes de madeira (retangular e quadrada, foi possível realizar uma boa analise de como uma
peça pode sofrer flambagem, como calcular a sua carga crítica teórica e o valor carga crítica
prática. Pois o cálculo de porcentagem de erro permaneceu dentro de uma faixa satisfatória, a
quadrada de 1,2% e a retangular de 1,3 %, dentro da margem satisfatória que exige que seja
menor ou igual a 5%.
Foi possível evidenciar a ocorrência desse fenômeno denominado flambagem e como
essa ocorrência está diretamente ligada a resistência e estabilidade de cada material, concluir
que ele sempre ocorrerá no sentido do seu menor momento de inércia
Concluímos que a realização deste trabalho foi de suma importância para agregar o
nosso conhecimento em relação ao estudo de estruturas, pois a flambagem é um fenômeno que
deve ser estudado de maneira que possa ser prevenido a sua ocorrência, pois pode causar
bastantes desastres casso ele ocorra.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BEER, Ferdinand P .; J OHNSTON JR., E. Russell. Resistência dos materiais. 3. ed. São Paulo:
Makron Books, 1995. 652 p.
BUFFONI, Salete. Estudo de armaduras longitudinais em pilares de concreto armado. Tese de
doutorado – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 2004.
HIBBLERR, R. C. Resistência dos Materiais. São Paulo: Pearson Pretice Hall. 5ª Edição,2004.
MASCIA, Nilson Tadeu. Flambagem em Barras. Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP, 2001.
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