Você está na página 1de 3

Tarcia Regina Coura Dutra psicóloga clinica formada pela puc minas em 1998, tem 24 anos de

profissão e 32 anos atuando no serviço publico. Atualmente esta como coordenadora do


departamento de psicologia da sociedade mineira de terapia intensiva e o departamento
mineiro de medicina de emergência regional 1. Escolheu a Psicologia, pois já atuava na área da
saude, e com 6 meses atuando na área da saúde percebeu que gostava de sentar e escutar os
pacientes o que a levou a fazer o vestibular no segundo semestre de 1992/93, e escolheu a
como profissão a psicologia , que na época tocou seu coração.

A psicologia hospitalar para ela foi sua escolha desde o processo de formação, nessa época já
havia psicólogos no hospital porem eram muito poucos, com isso ela foi voltando sua
formação para área da saúde por já ter conhecimento nessa área , que facilitou pois sempre
teve preferencia pela área da saúde e não pela área de humanas, declara que ainda tem
dificuldade em ouvir que os psicólogos são da área de humanas e não da área da saúde. Em
2009 fez pós-graduação em administração publica com ênfase em gestão publica. Ela já exercia
cargo publico e entender as dinâmica e politicas publica para um psicólogo que deseja
trabalhar bem ele precisa entender essa dinâmica, o que foi um diferencial dentre seus colegas
de profissão sendo assim sua vida profissional e toda voltada para a clinica que foi o foco da
sua escolha profissional podemos dizer assim desde o primeiro período da graduação. Depois
da pós ela fez a prova de títulos do conselho federal de psicologia para obter o titulo de
especialista em psicologia hospitalar, também fez matérias isoladas de mestrado na UFMG
tanto em matérias de psicologia quanto matérias de filosofia e na área da saúde no campus de
Medicina, por vários fatores quando ela conseguiu um orientador ele se aposentou e ela foi
mudando de local de trabalho com isso ela foi deixando objetos, mas guardou dado e
anotação de coisas escritas por elas e publicações que fez na revista medica de minas gerais no
fórum da FHEMIG.

Trabalha no hospital da previdência desde 1992 em outra área, e em 2009 fez o concurso
onde passou e em 2012 foi nomeada e foi trabalhar no hospital João XXIII porem o objetivo
naquela época era trabalhar no hospital João Paulo II mas a urgência e emergência sempre
esteve no seu sangue , pois sempre gostou de situações que precisa-se de se tomar decisões
rápidas, saber as intervenções que podem ser utilizadas e etc. No João XXIII ela passou por
todas as áreas exceto o setor de queimados diretamente, passou pela área de humanização e
escolheu trabalhar na unidade de cuidados prolongados, lá Eles formavam uma equipe onde
tinham como integrante medico ortopedista, neurologista, fisioterapeuta e ela como psicóloga
essa equipe eles discutiam a alta de determinados pacientes , que esses pacientes pudessem
ter a dignidade de voltar para a casa , apesar de ser pacientes totalmente frágeis e em estado
critico, esses pacientes proviam de vários tipos de traumas , maio os principais eram os
raquiomedulares cervical (fratura dos ossos da coluna cervical e pescoço). Depois do hospital
João XXIII ela foi trabalhar no Núcleo de ensino e pesquisa passou a ajudar na implantação e
gestão multiprofissional de saúde , onde ela tinha contato com varias áreas de formação como
enfermagem, fisioterapia psicologia farmácia , depois de algum tempo ela virou madrinha dos
alunos de trauma buco áxilo facial que são dentistas que fazem cirurgias de traumas na face
(cirurgias mais complexas) la ela ficou 5 anos e saiu durante a pandemia. Ela pediu a remoção
não so pela pandemia mais também por esta fazendo serviços que não era condizentes com
sua formação , ela foi transferida para o hospital infantil João Paulo II, onde ela está a cerca de
1 ano e 1 mês .
Na sua trajetória como psicóloga ela teve vários fatos marcantes e um deles foi no hospital da
providencia quando ela trabalhava com a unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal,
onde atendia desde o bebe recém nascido ate o adolescente , teve experiências fantásticas
com crianças com doenças graves e com a equipe também cuidados paliativos . o interessante
da área de cuidados paliativos e que ela não fez nenhum estudo na área, foi mais por motivos
pessoais de mostrar qual era a importância para aquela criança e aquela família de certos
cuidados, então para ela foi uma experiência muito intensa nesse setor principalmente pelo
fato de ser uma das primeiras psicólogas a conseguir doação de órgão de crianças através da
abordagem ( não há outros registros de psicólogos atuarem na área ate então em MG ). No
João XXIII uma experiência marcante foi a alta de uma paciente com trauma raquiomedular
que foi transferida para são Paulo de helicóptero o agradecimento dela no final e dois anos
depois a mãe dela ligar e avisar que ela tinha falecido, foi na época um trabalho árduo de
meses , muita gente fala que não e o trabalho de psicologia mas ela era minha paciente e ela
sem conseguir mexer nenhuma parte do corpo só a boca e os olhos ela conseguiu me
agradecer falando que em toda a vida dela ela não conseguiu resolver tantas questões igual
ela resolveu quando partiu de ambulância para pegar o avião, e eu guardo essa gratidão
dentro de mim. Atualmente no João Paulo II onde trabalha com criança e discuti com a equipe
medica sobre cuidados paliativos e entender que crianças também consegue dizer que não
quer mais e esta cansado do tratamento e respeitar essa decisão dando voz a elas e a família
também e isso pra mim foi o mais importante e também cuidar da equipe tanto na
emergência quanto no ambulatório de doenças raras .

Eu penso que a parte mais difícil da nossa profissão e a relação interpessoal com colegas da
própria profissão que são nossos pares , em alguns momentos o trabalho em si eu nunca tive
uma experiência muito saudável no trabalho em si, demonstram ser pessoas muito
competitivas, já convivi com pessoas extremamente cruéis que apesar da formação . Quando
eu estava fazendo um curso de formação de gestores uma professora que e socióloga falou
que nos psicólogos temos dificuldades em trabalhar em grupo e eu constatei isso ao longo da
minha profissão todos os dias , pra mim sempre foi mais fácil trabalhar com os médicos e
enfermeiros nutricionistas do que com os próprios colegas essa pode ser uma questão minha
mais também pode ser uma competição arregrada que eu não gosto muito.

A parte que eu mais amo e fazer o que eu faço saber brincar usar o lúdico e saber pensar uma
intervenção ali rápida para trabalhar o luto com uma criança que esta indo embora ou a avo
que esta cuidado dela, e pensar uma intervenção para que a criança faça adesão ao
tratamento e não fique nesse lugar de querer morrer rápido ou desistir de viver, e se for essa
a escolha dela e saber respeitar e trabalhar com a equipe e usar o lúdico através de filmes
brincadeiras e outros que trabalhe não só com a criança mais a família e a equipe , e sempre
levantando essa importância para a equipe .

Se você deseja trabalhar na área da saúde e for psicóloga a primeira coisa que se deva fazer e
procurar se conhecer procurar o processo terapêutico e analítico, ou seja, qual for a área da
psicologia que você escolher e importante fazer terapia, pois e ela que vai te da a chance de
trabalhar suas questões e atravessar todos os dilemas internos nossos no cruzamento com
outras pessoas e saber o que e nosso e o que e do outro , inclusive na relação com os próprios
pares que são os nossos colegas .
Durante esses anos com . Atualmente esta como coordenadora do departamento de psicologia
da sociedade mineira de terapia intensiva e o departamento mineiro de medicina de
emergência regional 1. Estou desencantada com a ausência de psicólogos hospitalares nessas
áreas, e falam que são instituições medicas só que se nos psicólogos não soubermos escutar
outros temas outros conhecimentos eles nunca vão escutar os nossos também . eu desde
2012 venho participando de congressos nessa área mais já me passou em deixar para lá pois e
muito difícil lutar pela psicologia dentro dessas áreas sozinha. E muito triste os psicólogos
abrirem o caminho para outras áreas adentrarem um lugar que e deles

Você também pode gostar