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TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO SOCIAL

UNIVERSIDADE: UNINASSAU

TURMA: TERAPIA OCUPACIONAL

PROFESSORA: GABRIELA NORONHA

ALUNOS:

ANARILEIDE FERREIRA BARROS

BRUNNO FONTENELE BARCELOS

DJAIR MONTEIRO

RICARDO FONTENELE BARCELOS

2023

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TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO SOCIAL

RELATÓRIO DA ENTREVISTA E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente relatório visa abordar a entrevista concedida pela


terapeuta ocupacional Dra. Karla Rocha Farias, 48 anos de idade, 26 anos de
formada, na Universidade de Fortaleza – UNIFOR, bem como as considerações
finais dos alunos após a entrevista, evidenciando as principais percepções
realizadas em conjunto.

Inicialmente, a entrevistada aduziu que atualmente atua como


Terapeuta Ocupacional Social (SUAS), assim como atua na Terapia
Ocupacional na saúde (Pediatria, Gerontologia, Cuidados Paliativos). Destacou
que já atuou na 1ª infância (primeira T.O. a atuar na 1ª infância) e na área da
Hanseníase. Sendo que, atualmente atua como Terapeuta Ocupacional na área
da saúde (Pediatria) em Clínica privada (CEATD), com crianças e adolescentes
com Autismo e outros transtornos do desenvolvimento. Além disso, trabalha
ainda com atendimentos domiciliares (home Care) da Unimed Lar com pacientes
em cuidados paliativos. A profissional entrevistada destacou ser especialista em
Saúde Mental, Gestão Pública em Saúde e em Psicomotricidade Relacional. O
público que já atendeu e ainda atende é bastante diversificado, nas diferentes
áreas que atuou na vida profissional.

A terapeuta esclareceu que os pacientes chegam através do


SUAS, pela Proteção Social Básica (CRAS) e pela Proteção Social Especial
( Acolhimento Institucional de crianças e adolescentes), bem como pela
Residência Inclusiva de jovens e adultos com deficiência.

Ao ser indagada quais eram as atividades desenvolvidas, a


entrevistada asseverou que, em cada área o Terapeuta Ocupacional tem suas
atribuições e assim de acordo com cada uma desenvolvemos o trabalho.

Ao ser questionada sobre o que mais marcou sua vida


profissional, respondeu que muitas coisas marcaram sua trajetória. Uma coisa

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que costuma sempre fala é acerca da experiência nos três setores da sociedade.
Ela começou no terceiro setor, na área social, depois passou a exercer no setor
público e agora atua no setor privado, alegando que cada área dessas lhe
ensinam muito. E mostrou o quanto a Terapia Ocupacional é ampla e tem espaço
em várias frentes. Afirma que, no início da caminhada a Terapia Ocupacional
não tinha a abrangência e valorização que se tem hoje. Completa que, foi muito
trabalho e sempre tentando fazer as pessoas entender do nosso fazer.

Já acerca de suas expectativas profissionais para os próximos 5


anos, é de ficar em um único lugar, se possível, como servidora pública e
contribuir na formação das novas gerações de Terapeutas Ocupacionais.

Além do roteiro de entrevista devidamente cumprido, os alunos


aproveitaram a oportunidade para destrinchar ainda mais as questões
levantadas durante a entrevista, de modo a buscar ter mais conhecimento sobre
o assunto, experiências, vivências da profissional.

Ante o exposto, diante da vasta experiência da profissional


entrevistada, pode-se vislumbrar que, o terapeuta ocupacional na área social
como um todo, tanto no CRAS como nas casas de acolhimento, ele precisa
entender que ele deve ser aquele profissional que fornece informações as
pessoas, que identifica na comunidade as violações, que dá os
encaminhamentos necessários juntamente com outros profissionais, do CRAS
ou CREAS, além de atuar no acolhimento de crianças e adolescentes, no sentido
de avaliar as crianças, adolescentes, bem como observar se naquele espaço há
algum fator que dificulte/interfira no seu desempenho ocupacional, pois uma vez
identificado tal fator(es), ele possa de fato trabalhar, organizar, buscar soluções
para que nesse espaço ele realmente consiga desenvolver o seu papel
ocupacional, funções, de modo que ele possa estar inserido na sociedade.

Ademais, observou-se o quanto ainda existe uma enorme


desinformação por parte das famílias/pacientes acerca do SISTEMA SUAS
(Sistema Único de assistência social) que lida com diversas questões para que
o indivíduo tenha o seu o direito garantido, seja criança, adolescente, adulto,

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idoso, pessoa com deficiência. Eis a necessidade de conhecer e acessar tal
sistema, através do CRAS, mas também possui a proteção social especial pelo
CREAS, em caso de violações.

Cabe aos profissionais de TO também explanarem tais


informações a população, tanto acerca do SUS como do SUAS, porque é preciso
fazer com que o sistema realmente aconteça, porque é a base da saúde e a da
área social, especialmente olhar para casa de acolhimento de crianças e
adolescentes e também na residência de jovens e adultos com deficiência.

A percepção da terapia ocupacional no contexto social pode


variar, mas é fundamental reconhecer o seu papel na promoção da inclusão e
no apoio ao desenvolvimento das habilidades necessárias para o desempenho
ocupacional.
Vale destacar também que, é de grande relevância que o
terapeuta ocupacional tenha experiências nas diversas áreas de atuação, seja
na terceiro setor, na área social, seja na área da saúde, seja no setor público ou
privado, em busca de lidar com diversos públicos, para ter maior conhecimento,
lateralidade e propiciar cada vez mais o seu aprimoramento profissional, além
de poder identificar realmente em qual área de atuação se identificará mais, face
aos diversos e diferentes ramos de atuação possíveis, sendo mais abrangente
com o passar do tempo, tendo em mente sempre a grande responsabilidade e
função social da profissão, sem contar a valorização da profissão que está cada
vez mais crescente.

Portanto, conclui-se que que o terapeuta ocupacional no


contexto social exerce um papel de suma importância para a sociedade, tendo
que ter mais acolhimento, visando melhorar a qualidade de vida e a autonomia
das pessoas, auxiliando-as a superar os desafios físicos, emocionais e sociais,
buscando sempre fornecer um tratamento mais humanizado, de modo a analisar
não somente o indivíduo, mas realizar uma análise completa, procurando
conhecer e compreender o meio que o indivíduo está inserido, todo o seu
histórico, levando em conta todo o contexto social do indivíduo, em prol de

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propiciar um atendimento em sua completude e assim poder exercer a terapia
ocupacional com maior eficiência/eficácia.

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