Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE PORTUGUÊS (Prof. Deivid Xavier)
CURSO DE PORTUGUÊS (Prof. Deivid Xavier)
ADVÉRBIO
Palavra que se relaciona com o verbo, o adjetivo ou com outro advérbio, trazendo-lhe
uma informação semanticamente acessória. Às vezes, o advérbio modifica frase inteira.
Sintaticamente, será ADJUNTO ADVERBIAL. Ex.: “Cheguei cedo.” [“cedo” indica tempo,
refere-se ao verbo “chegar”, portanto é um advérbio.]
LOCUÇÃO ADVERBIAL: é um conjunto vocabular funcionando como advérbio (geralmente,
formada por preposição + substantivo), portanto se relacionando com o verbo, o adjetivo ou
com outro advérbio.
Exemplos de Locução Adverbial:
Ex.1: “Cheguei pela manhã [= cedo].”. “Pela manhã = cedo”, indica tempo e refere-se
ao verbo “chegar”, portanto é uma loc. adv.
Ex.2: “Trabalhava com prazer [= prazerosamente].”. “Com prazer = prazerosamente”,
indica modo e refere-se ao verbo “trabalhar”, portanto é uma loc. adv.
Ex.3: “Os soldados combatiam sem temor [= destemidamente].”. “Sem temor =
destemidamente”, indica modo e refere-se ao verbo “combater”, portanto é uma loc. adv.
Compare os exemplos 1 e 2:
Ex.1: “Aquele atleta é rápido.”. “Rápido” está ligado ao substantivo “atleta” e está
qualificando-o, portanto, “rápido” é adjetivo. Tal frase diz que “rápido” é uma característica do
atleta, ou seja, que aquele atleta é rápido.
Ex.2: “Aquele atleta correu rápido.” “Rápido” está ligado ao verbo “correr”, portanto é
um advérbio [de modo]. Tal frase diz que aquela “corrida” foi rápida, ou seja, que o atleta
conseguir numa corrida correr rápido e não que o atleta possui essa característica de ser
“rápido”. Também poderia dizer “Aquele atleta correu rapidamente.”. “Rapidamente” está
ligado ao verbo “correr”, portanto é um advérbio [de modo]. Tal frase diz que o atleta conseguiu
correr rapidamente e não que o atleta possui essa característica de ser “rápido”.
Podemos resumir os dois exemplos assim: Ex.1: “Ele é rápido.” (“rápido” é adjetivo
porque está ligado ao substantivo “atleta”). Ex.2: “Ele corre rápido.” (“rápido” é advérbio [de
modo] porque está ligado ao verbo “correr”.); nesse caso, “Ele corre rápido.” equivale a “Ele
corre rapidamente.” (“rapidamente” é advérbio) Esse tipo de advérbio é formado por: adjetivo
+ sufixo “mente” (no caso, “rápido” – no dicionário, “rápido” é primitivamente um adjetivo;
claro que dependendo do contexto ele pode ser outra coisa).
UM DOS MODOS PARA SABER SE UMA PALAVRA TEM VALOR ADVERBIAL É
TRANSFORMÁ-LA NO ADVÉRBIO (-MENTE), COMO RAPIDAMENTE, FEROZMENTE
ETC. Vamos fazer o teste nos dois exemplos acima: Ex.1: “Ele é rápido.”, transformando fica
“Ele é rapidamente.”, é uma frase incorreta porque aqui “rápido” não é advérbio, e sim adjetivo;
frase Ex.2: “Ele corre rápido.”, transformando “Ele corre rapidamente.”, por ser advérbio a
frase correta.
Ex.1: “Os alunos chegaram cedo aqui.” “Cedo” indica tempo e refere-se ao verbo
“chegar”, portanto é um adv., e “aqui” indica lugar e também se refere ao verbo “chegar”,
portanto é um adv. Sintaticamente, ambos são adjuntos adverbiais. Pela frase não possuir
objeto e nem predicativo do sujeito, o verbo é v. intransitivo (VI).
Ex.2: “Os alunos chegaram pela manhã ao curso.”. “Pela manhã = cedo”, indica tempo
e refere-se ao verbo “chegar”, portanto é uma loc. adv.; “ao curso = aqui”, indica lugar e refere-
se ao verbo “chegar”, portanto é uma loc. adv. Sintaticamente, ambos são adjuntos
adverbiais. Pela frase não possuir objeto e nem predicativo do sujeito, o verbo é v.
intransitivo (VI).
Obs.: para ver exemplos que distinguem loc. adj. de loc. adv., veja o subtítulo “Compare
LOCUÇÃO ADJETIVA x LOCUÇÃO ADVERBIAL”, do campo ADJETIVO.
- Exemplos de advérbios:
Ex.1: “Possivelmente viajarei para São Paulo.”. “Possivelmente” é advérbio [de dúvida];
“para São Paulo” é loc. adverbial [de lugar]. Sintaticamente, ambos são adj. adverbiais. Pela
frase não possuir objeto e nem predicativo do sujeito, o verbo é v. intransitivo (VI).
Ex.2: “Os resultados chegaram demasiadamente atrasados.”. “Demasiadamente” é
advérbio [de intensidade], e “atrasados” também é advérbio. Pela frase não possuir objeto e
nem predicativo do sujeito, o verbo é v. intransitivo (VI).
Ex.3: “As tarefas foram executadas rapidamente.”. “Rapidamente” é advérbio [de
modo]. Pela frase não possuir objeto e nem predicativo do sujeito, o verbo é v. intransitivo
(VI).
Ex.4: “Ninguém veio aqui.”. “Aqui” é advérbio [de lugar]. Pela frase não possuir objeto
e nem predicativo do sujeito, o verbo é v. intransitivo (VI).
Analisando os ADVÉRBIOS:
- Advérbio ligado a um verbo: Ex.1: “Os alunos chegaram aqui ontem bem.” Análise:
as palavras “aqui” [adv. de lugar], “ontem” [adv. de tempo] e “bem” [adv. de modo] são todos
advérbios, pois estão ligadas ao verbo “chegaram”. Nenhuma delas pode ser adjunto
adnominal porque não está ligada ao nome/subst. [não faz sentido dizer: “Os Alunos aqui”, ou
“Os Alunos ontem”, ou ainda “Os Alunos bem”]. Sintaticamente, todas elas são adjuntos
adverbiais.
- Advérbio ligado a um outro advérbio: Ex. 2: “Os alunos chegaram muito bem.”
Análise: a palavra “muito” não é advérbio porque não está ligada ao verbo “chegaram” [não
faz sentido dizer: “chegaram muito”], mas ela é um advérbio (de intensidade) porque está
ligada (e intensificando) um outro advérbio, “bem”, [daí fazer sentido dizer: “muito bem”]. A
palavra “bem” é advérbio (de modo) porque está ligada ao verbo “chegaram” [daí fazer
sentido dizer: “chegaram bem”].
- Advérbio ligado a um adjetivo: Ex. 3: “Os alunos chegaram muito felizes.” Análise:
a palavra “muito” não é advérbio porque não está ligada ao verbo “chegaram” [não faz sentido
dizer: “chegaram muito”], mas ela é um advérbio (de intensidade) porque está ligada (e
intensificando) o adjetivo “felizes”. A palavra “felizes” não é advérbio porque, primeiro, ela está
no plural, e advérbio faz parte da classe de palavra invariável; segundo, não está ligada ao
verbo; portanto, não é advérbio (de modo), mas aqui, “felizes” é um adjetivo, pois está ligada
ao substantivo “alunos”, daí vir flexionada no plural.
PREPOSIÇÃO
As preposições dividem-se em: essenciais e acidentais.
• Essenciais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
por, sem, sob, sobre, trás.
• Acidentais: durante, como, segundo, conforme, mediante...
LOCUÇÃO PREPOSITIVA: é um grupo vocabular que desempenha o papel de uma
preposição. Exemplos: abaixo de, acima de, atrás de, através de, antes de, depois de, a par
de, de acordo com, por causa de, devido a, para com, em frente a, à procura de, à mercê de...
NUMERAL
Indica uma quantidade, ordem, frações, múltiplos e referem-se sempre a um
substantivo.
SUJEITO
É formado pelo seu núcleo e seus adjuntos. Ex.: “O aluno animado é feliz.”. “O aluno
animado” é sujeito; “aluno” é núcleo do sujeito; o artigo “o” é adjunto adnominal porque
está ligado ao nome/subst. “aluno”, e o adjetivo “animado” também é adjunto adnominal
porque está ligado ao nome/subst. “aluno”. Porém, embora “feliz” esteja ligado ao subst.
“aluno”, ele não é adjunto adnominal porque está ligado indiretamente a ele, sendo assim
um predicativo do sujeito.
Obs.: o núcleo do sujeito nunca virá preposicionado (com preposição).
Obs.: o sujeito (e nunca o objeto) é que rege o verbo. Portanto, se o sujeito estiver no
plural, o verbo tem de estar no plural, obrigatoriamente. E como o objeto não rege o verbo,
pode-se ter o objeto no plural e o verbo no singular.
SUJEITO ORACIONAL (sujeito com verbo): só faz concordância com o verbo na 3ª pessoa
do singular. Independentemente se houver na frase dois ou mais sujeitos oracionais, o verbo
sempre será conjugado na 3ª p. do sing.
Concordância com o sujeito e com sujeito oracional:
[Obs.: para encontrar o sujeito das frases abaixo, responda à pergunta “O que é necessário?”,
daí se terá a resposta em cada uma das frases.]
Ex.(errado): “É necessário bons comentários.” – como o sujeito “bons comentários”
não é oracional, o verbo tem de concordar com ele (que está no plural). Assim, o certo seria:
“São necessários bons comentários.”.
Ex.(certo): “É necessário aprender a ler.” – como o sujeito “aprender a ler” é oracional
(não possui verbo), o verbo só poderá estar na 3ª pessoa do singular.
Ex.(errado): “São necessários aprender a ler e respeitar as regras gramaticais.” –
como os sujeitos “aprender a ler” e “respeitar as regras gramaticais” são oracionais (possuem
verbo), o verbo tem de ser conjugado na 3ª p. do sing. Assim, o certo seria: “É necessário
aprender a ler e respeitar as regras gramaticais.”.
Outro exemplo de dois sujeitos oracionais (errado): “Aprender a ler e a escrever alteram
a anatomia do cérebro e engrossam uma estrutura chamada corpo caloso.” – como os
sujeitos “aprender a ler” e “[aprender] a escrever” são oracionais (possuem verbo), o verbo
tem de ser conjugado na 3ª p. do sing. Portanto, o certo seria: “Aprender a ler e a escrever
altera a anatomia do cérebro e engrossa uma estrutura chamada corpo caloso.”.
PREDICAÇÃO (VERBO)
Quanto à predicação, o verbo pode ser:
1. Transitivo (v. trans. [VT]): terá a presença de complemento (OBJETO) – e para ser
“objeto” ele precisa não ter as características de advérbio, ou seja, ele não pode indicar
modo, tempo, lugar, companhia etc., mas deve indicar alguém, algo [uma coisa]. O
Verbo Transitivo (VT) divide-se em: a) Verbo Trans. Direto (VTD): pede complemento
(OBJETO) sem obrigatoriedade de preposição, chamado de Objeto Direto (OD) b)
Verbo Trans. Indireto (VTI): pede complemento (OBJETO) com obrigatoriedade de
preposição, chamado de Objeto Indireto (OI) c) Verbo Trans. Direto e Indireto (VTDI):
pede dois complementos (dois OBJETOS), um sem a obrigatoriedade de preposição
(OD), e o outro com obrigatoriedade de preposição (OI).
2. Intransitivo (v. intrans. [VI]): não terá a presença de complemento (OBJETO), mas
poderá apresentar elementos circunstanciais (lugar, tempo, meio, causa, modo,
companhia, assunto). Note que se o verbo vier sozinho, ou seja, não apresentar Objeto
e nem elementos adverbiais (adj. adv.), ele será verbo intransitivo; e se apresentar
elementos adverbiais (adj. adv.), ele continuará sendo verbo intransitivo.
3. Ligação (v. de ligação [VL]): são verbos que servem como elementos de ligação entre
o sujeito e uma qualidade ou estado ou modo de ser, denominado Predicativo do
Sujeito (PS). Porém, nem sempre que tiver Predicativo do Sujeito e Sujeito, haverá
Verbo de Ligação (porque pode haver um verbo intransitivo); mas todas as vezes que
tiver um Verbo de Ligação, haverá Predicativo do Sujeito e Sujeito, pois são esses dois
elementos que o verbo liga. Enfim, só teremos verbos de ligação (VL) numa frase
quando houver Pred. do Suj. e Sujeito, e quando o verbo não indicar ação (vazio
de ação). Não decore quais são os verbos de ligação e sim memorize o significado
deles. Jamais esse tipo de verbo indicará ação praticada por sujeito. Obs.: é
importante que analisemos os verbos no contexto em que ele será inserido, pois a
predicação poderá sofrer mudança conforme a oração apresentada.
Exemplos de OI e ODP:
“A MIM” e “A TI”, ora como OI e ora como ODP: a) Como OI: “Eles, após o ocorrido, não
pediram favor a mim e a ti.” – O complemento “favor” é obj. dir. (OD, ausência de preposição),
e os complementos “a mim” e “a ti” são obj. indir. (OI), ou seja, são assim porque a preposição
“a”, que inicia cada obj. indir., está relacionada ao verbo “pediram” (“pediram a quem?”).
Portanto, o verbo “pediram” é v. trans. dir. e indir. (VTDI) b) como ODP: “Eles, após o ocorrido,
não enganaram a mim e a ti.” – Os complementos “a mim” e “a ti” são objetos diretos
preposicionados (ODP), ou seja, são assim porque a preposição “a”, que inicia cada obj. dir.,
não está relacionada ao verbo “enganaram” (não se diz: “enganaram a alguém?”, mas
“enganaram alguém”). Portanto, o verbo “enganaram” é v. trans. dir. (VTD). A preposição do
ODP ela surge para poder anteceder o pron. oblíquo tônico. [O pron. obl. tôn. será sempre
usado com preposição, seja a preposição vinda do verbo ou do próprio pronome porque
é obrigatória a presença deste. E o pron. obl. áton. não terá preposição]
Ex.2: “Naquele dia, todos se queixaram do bolo.” – O complemento “do bolo” está
preposicionado (“de + o = do”), e como a preposição surge do verbo “queixaram” (“ queixaram
de que?”), então tal complemento é obj. indir. (OI) e o verbo é v. trans. indir. (VTI). Mudando
o tipo do Objeto: “Naquele dia, todos comeram do bolo.” – O complemento “do bolo” é objeto
direto preposicionado (ODP), ou seja, é assim porque a preposição “de”, que inicia cada obj.
dir. prep., não está relacionada ao verbo “comeram” (não se diz: “quem come, come de alguma
coisa”, mas sim “quem come, come alguma coisa”). Portanto, o verbo “comeram” é v. trans.
dir. (VTD). A diferença entre a expressão “comeram o bolo” da expressão “comeram do bolo”
é que a aquela significa que se comeu o bolo todo, e esta, comeu uma parte do bolo – esse
tipo de preposição se chama valor partitivo (pois refere-se a uma parte da coisa).
Ex.3: “Bebemos o vinho.” – O complemento “o vinho” é obj. dir. (OD), portanto o verbo
“bebemos” é v. trans. dir. (VTD). “Mudando” o tipo do Objeto: “Bebemos do vinho.” – O
complemento “do vinho” é objeto direto preposicionado (ODP), ou seja, é assim porque a
preposição “de”, que inicia o obj. dir. prep., não está relacionada ao verbo “beberam” (não se
diz: “quem bebe, bebe de alguma coisa”, mas sim “quem bebe, bebe alguma coisa”). Portanto,
o verbo “beberam” é v. trans. dir. (VTD).
Ex.4: “Acreditamos em Deus.” – O complemento “em Deus” é obj. indir. (OI), portanto
o verbo “acreditamos” é v. trans. indir. (VTI). Agora: “Amamos a Deus.” – O complemento “a
Deus” é objeto direto preposicionado (ODP), isso porque a preposição “a”, que inicia o obj.
dir. prep., não está relacionada ao verbo “amamos” (não se diz: “quem ama, amam a alguém”,
mas sim “quem ama, ama alguém”). Portanto, o verbo “amamos” é v. trans. dir. (VTD).
Ex.5: “Todos ofereceram da comida ao amigo.” – O complemento “da comida” é objeto
direto preposicionado (ODP), ou seja, é assim porque a preposição “de” (“de + a = da”), que
inicia o obj. dir. prep., não está relacionada ao verbo “ofereceram” (não se diz: “quem oferece,
oferece de alguma coisa”, mas sim “quem oferece, oferece alguma coisa”), portanto por ora,
o verbo “ofereceram” é v. trans. dir. (VTD). Já o complemento “ao amigo” é obj. indir. (OI),
sendo assim, a preposição surge do verbo “ofereceram” (“quem oferece, oferecem a alguém”),
então o verbo é v. trans. indir. (VTI). Como o verbo possui 2 objetos, então ele é v. trans. dir.
e indir. (VTDI). Mudando o tipo do Objeto: “Todos se queixaram da comida ao amigo.” – O
complemento “da comida” é obj. indir. (OI), sendo assim, a preposição surge do verbo “se
queixaram” (“quem se queixa, se queixa de algo”), então o verbo é por ora v. trans. indir.
(VTI). O segundo complemento “ao amigo” é obj. indir. (OI), sendo assim, a preposição surge
do verbo “se queixaram” (“quem se queixa, se queixa a alguém”). Como o verbo possui apenas
obj. indir., então ele é v. trans. indir. (VTI).
PRONOME
O pronome acompanhará ou substituirá um substantivo (nome), ou seja, o pronome
sempre trabalhará para um nome (substantivo).
▪ Pronome substantivo: pronome que substitui o nome/substantivo.
▪ Pronome adjetivo: pronome que acompanha o nome/substantivo.
Obs.: qualquer tipo de pronome (demonstrativos, indefinidos etc.) pode ser substantivo ou
adjetivo, dependendo se ele está substituindo ou acompanhando o nome.
Ex.1: “João e Maria assistiram à aula.” – usando pronome: “Eles assistiram à aula.” – O
pronome pessoal “eles” substituiu os substantivos “João” e “Maria”, daí ser um pron. pessoal
substantivo.
Ex.2: “Alguns faltaram.” – o pron. “alguns” é pron. indef. substantivo porque está
substituindo um nome/substantivo. Mas essa frase: “Alguns alunos faltaram.” – o pron.
“alguns” é pron. indef. adjetivo porque está acompanhando um nome (“alunos”).
Ex.3: “Aquelas assistiram à aula.” – o pron. “aquelas” é pron. demonstr. substantivo porque
está substituindo um nome/substantivo. Mas essa frase: “Aquelas pessoas assistiram à aula.”
– o pron. “aquelas” é pron. demonstr. adjetivo porque está acompanhando um nome
(“pessoas”).
PRONOMES PESSOAIS
P. RETOS OBLÍQUOS
(Suj. na oração) (Objeto na oração)
Oblíquos Átonos (+ fraco) Oblíquos Tônicos (+ forte)
[ficam junto ao verbo, i. e., [afastado do verbo por
sem prep.] prep.]
me [obj. dir. e indir.] mim, comigo
1ª Eu
SINGULAR
Obs.: os gramáticos orientam que o pron. pessoal átono “lhe” ou “lhes” só podem ser usados
com referência a seres humanos e nunca a coisas. Porém, em concursos públicos, se vê que
tal regra é desobedecida, usando para coisas o pronome “lhe(s)”. Exemplificando, para os
concursos, as frases “Obedeci ao chefe.” ou “Obedeci ao regulamento.” podem ser
substituídos por “Obedeci-lhe.”, mas para os gramáticos, tal substituição só serviria para o
primeiro caso.
Obs.: numa mesma frase, um verbo não pode ter dois objetos iguais (sejam dois diretos sejam
dois indiretos). Complementar um verbo com dois objetos de mesma natureza é errado.
Portanto, visando a regência verbal, é errado dizer: “Ele informou-o que as coisas
aconteceram.” – porque o complemento “-o” é pron. oblíquo que representa obj. dir. (OD) e o
complemento “que as coisas aconteceram” é obj. dir. (OD) por não vir com preposição. Ou
seja, é errado porque há dois OD. Outro erro seria dizer: “Ele informou-lhe de que as coisas
aconteceram.” – porque o complemento “-lhe” é pron. oblíquo que representa obj. indir. (OI)
e o complemento “de que as coisas aconteceram” é obj. indir. (OI) por vir com preposição.
Ou seja, é errado porque há dois OI. Mais outro erro: “O ministro informou ao povo sobre a
situação financeira do país.” – porque o complemento “ao povo” é obj. indir. (OI, presença de
preposição) e o complemento “sobre a situação financeira do país” é obj. indir. (OI) por vir
com preposição (“sobre”). Ou seja, é errado porque há dois OI. Outro erro: “O ministro
informou ao povo sobre a situação financeira do país.” – porque o complemento “ao povo” é
obj. indir. (OI, presença de preposição) e o complemento “sobre a situação financeira do país”
é obj. indir. (OI) por vir com preposição (“sobre”). Ou seja, é errado porque há dois OI. Outro
erro: “Portanto, cientifico-lhe de que houve engano de data e horário.” – porque o
complemento “lhe” é pron. oblíquo, representando o obj. indir. (OI, presença de preposição)
e o complemento “de que houve engano de data e horário” é obj. indir. (OI, por vir com
preposição “de”). Ou seja, esta frase está errada porque há dois OI.
Fazendo Análise Gramatical e Sintática
Ex.: “O aluno chegou ao curso.” – ANÁLISE SINTÁTICA: “O aluno” é sujeito; “aluno” é núcleo
do sujeito; “o” é adjunto adnominal; “chegou ao curso” é predicativo; “ao curso” é adjunto
adverbial de lugar. ANÁLISE GRAMATICAL: o sujeito é formado pelo artigo, “o”, e um
substantivo, “aluno”; o predicativo “chegou ao curso” é formado pelo verbo intransitivo,
“chegou”, e também pela locução adverbial “ao curso”, o qual é formado pela preposição
“a” + um artigo “o” e um substantivo “curso”, sendo que os 3 últimos elementos constituirão
o adjunto adverbial de lugar.
Analisar gramaticalmente as palavras em negrito dessa frase: “A tarde, naquele dia de
domingo, estava tão bonita, mas um temporal forte...” – ANÁLISE GRAMATICAL: “tarde” é
substantivo porque está acompanhado de um artigo, uma classe que só existe em função da
existência do subst. Portanto, “tarde” não é advérbio (seria advérbio caso fosse “Ele chegou
tarde”; nesse caso, “tarde” está ligado ao verbo). E “tão” é advérbio porque está ligado
(intensificando) o adjetivo “bonita”. O “um” não é numeral, pois não está quantificando o subst.
“temporal”, mas está significando “um temporal qualquer”. E “forte” é adjetivo porque está
ligado (qualificando) o substantivo “temporal”. Obs.: o “um” só será numeral quando a ideia
de quantidade estiver clara na frase.
Como não há como saber separadamente a “classe gramatical” e a “função sintática”,
faz-se necessário o estudo morfossintático (relação morfossintática): analisar a classe
gramatical sabendo qual é a função sintática.
O que é “o”? Não há como saber a classe dessa palavra (“o”) sem que ela esteja numa
frase, pois ela pode ser um artigo, pronome oblíquo, pronome demonstrativo. Veja agora o “o”
nessa frase: “O aluno está animado.” (aqui, o “o” é artigo porque está ligado ao substantivo
[“aluno”]. Artigo é uma classe de palavra que tem relação de dependência, i. e., não tem vida
própria; então para o artigo existir, ele depende da existência de um substantivo).
Qual classe de palavras pode ser um adjunto adnominal (ou seja, junto do
nome/substantivo)? Artigo, pronome, numeral e adjetivo (e não verbo e advérbio). Tais
classes de palavras só podem estar numa frase caso haja um substantivo. Uma frase só é
grande porque nela há vários substantivos com seus adjuntos adnominais.
a. Montar frase: 1º. Coloque um verbo, exemplo “leem”; 2º. Coloque dois subst., um
antes e um depois do verbo, como “amigas” e “livros”. Fica assim: “Amigas leem livros.”
[“amiga” está antes e “livros” está depois do verbo]. Análise: “Amigas” é sujeito (O
sujeito é a resposta à pergunta: “Quem leem livros?”), formado por apenas um
substantivo; “leem livros” é predicado, formado por um verbo trans. dir. [VTD] “ler”,
resolvendo num obj. dir. [OD], que é o substantivo “livros” [O obj. dir. é a resposta à
pergunta: “Amigas leem o que?”].
b. Aumentar a frase: adicionar os adjuntos adnominais na frase acima: “As minhas duas
lindas amigas loiras leem bons livros de Língua Portuguesa diariamente.” Análise: 1)
“As minhas duas lindas amigas loiras” é SUJEITO (O sujeito é a resposta à pergunta:
“Quem leem bons livros de Língua Portuguesa diariamente?”), formado por um artigo,
“as”, um pron. possess., “minhas”, um numeral, “duas”, dois adjetivos, “lindas” e
“loiras”, e um subst., “amigas”. O núcleo do sujeito é o subst. “amigas”. Os adjuntos
adnominais são todas as classes de palavras ligadas ao substantivo (“amigas”,): “as”,
“minhas”, “duas”, “lindas”, “loiras” 2) “leem bons livros de Língua Portuguesa
diariamente” é PREDICADO, formado por um verbo trans. dir. [VTD], “leem”, um adj.,
“bons”, um subst., “livros”, uma loc. adj., “de Língua Portuguesa” [prep. + subst.], e um
advérbio de tempo, “diariamente”. O obj. dir. é “bons livros de Língua Portuguesa” [O
obj. dir. é a resposta à pergunta: “As minhas duas lindas amigas leem o que?”]; “livros”
é núcleo do obj. diret.; os adjuntos adnominais são o adj. “bons” e a loc. adj. “de
Língua Portuguesa”; “diariamente” é adjunto adverbial. (não é adjunto adnominal
porque não está ligado a nenhum nome/subst. [não faz sentido dizer: “livros
diariamente”]; também não é adjunto adjetivo porque não está ligado a um adjetivo [não
faz sentido dizer: “bons diariamente”], mas é adjunto adverbial porque está ligado ao
verbo [portanto, faz sentido dizer: “leem diariamente”]).
MUITO, POUCO, BASTANTE: pode ser ou Pronome Indefinido (caso esteja ligado a
um nome/substantivo) ou Advérbio de Intensidade (caso esteja ligado ao verbo, ao adjetivo
ou a outro advérbio). Para saber a que classe de palavra pertence, é preciso saber se a
palavra em questão está ligada a quem.
Ex.1: “As pessoas ficaram muito [= bastante] animadas.”. A palavra “muito” está ligada ao
adjetivo “animadas”, portanto é um advérbio (de intensidade); assim, “muito” não está ligado
ao verbo “ficaram”, nem ao substantivo “pessoas”. O teste para ver se alguma palavra é
advérbio ou adjetivo, basta variá-la na frase, colocando-a como feminina ou plural – se variar
é adjetivo. Veja como fica errado fazer aqui uma variação: “As pessoas ficaram muitas
animadas.” ou “As pessoas ficaram muita animadas.” – ambas as frases ficam erradas.
Ex.2: “Conheci muitas [= bastantes] pessoas animadas.”. Só pelo fato da palavra “muitas”
está sendo usada no gênero feminino (ou no número plural) é sinal que ela não pode ser um
advérbio, que é uma classe gramatical invariável. A palavra “muitas” está ligada ao substantivo
“pessoas”, portanto é um pronome indefinido, que é uma classe gramatical variável.
Um exemplo de alteração gramatical e semântica: “vários mitos” [= muitos mitos] e
“mitos vários” [= mitos diferentes]. No primeiro caso, “vários” como pron. indefinido, e no
segundo caso, como adjetivo.
Ex.3: “Eles beberam muito [= bastante].”. A palavra “muito” está ligada ao verbo “beberam”,
portanto é um advérbio (de intensidade); assim, “muito” não está ligado ao pronome pessoal
“Eles”.
Ex.4: “Eles beberam muito [= bastante] suco.”. A palavra “muito” está ligada ao substantivo
“suco”, portanto é um pronome indefinido; assim, “muito” não está ligado ao verbo “beberam”
nem ao pronome pessoal “Eles”. Para conferir se “muito” é pronome indefinido (ligado ao
subst. “suco”), basta trocar o substantivo por outra palavra substantiva, por exemplo, “cerveja”,
e flexionar a palavra “muito” com o novo substantivo, então a frase ficaria “Eles beberam muita
cerveja.” – isso prova que “muito” é pron. indef.
Ex.5: “Muita [= bastante] gente foi ludibriada por esse político.”. Só pelo fato de a palavra
“muita” estar no feminino é sinal que não é um advérbio (uma classe de palavra invariável);
aqui “muita” está ligada ao substantivo “gente”, portanto é um pronome indefinido.
Ex.6: “Recebemos bastantes [= muitos] prêmios pelo festival.”. Só pelo fato de a palavra
“bastantes” estar no plural é sinal que não é um advérbio (uma classe de palavra invariável);
aqui “bastantes” está ligada ao substantivo “prêmios”, portanto é um pronome indefinido.
TODO: pode ser ou Pronome Indefinido (caso esteja ligado a um nome/substantivo)
ou Advérbio de Intensidade (caso esteja ligado ao verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio).
Ex.1: “Chegaram todos ao mesmo tempo para festa.”. Só pelo fato de a palavra “todos” estar
no plural é sinal que não é um advérbio (uma classe de palavra invariável); A palavra “todos”
é pronome indefinido.
Ex.2: “Ele chegou da rua todo [= totalmente] machucado.”. A palavra “todo” é advérbio (de
intensidade) porque está ligado ao adjetivo “machucado”; e como advérbio é uma classe de
palavra invariável, ele não se flexiona – veja isso nos próximos exemplos. Passando a frase
para o plural: “Eles chegaram da rua todo [= totalmente] machucados.”. Passando a frase
para o feminino: “Ela chegou da rua todo [= totalmente] machucada.”.
Obs.: alguns gramáticos dizem que o “todo” é o único advérbio que pode variar; porém
isso faz parte da linguagem coloquial. Então, o que eles estão fazendo é cedendo a regra
gramatical rigorosa ao costume oral de falar.
VOZES VERBAIS
Quando se fala em “vozes verbais”, fala-se em “ação”. As vozes verbais indicam a
relação entre o sujeito e a ação expressa pelo verbo. Em português, o verbo se distribui em 3
vozes:
1) Voz Ativa: quando o sujeito pratica a ação; então, o verbo de uma oração está na
voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito é o agente da ação verbal.
“Agente” é aquele que pratica a ação. Então, na voz ativa, o sujeito é o agente. Ex.: “O aluno
inteligente estuda toda a matéria.” – “O aluno inteligente” apresenta a função sintática de
sujeito; e o dizer que o sujeito “estuda toda a matéria” se quer dizer que ele é o agente da
ação verbal (da ação de estudar); assim, essa oração está na voz ativa.
2) Voz Passiva: quando o sujeito sofre/recebe a ação; então, o verbo de uma oração
está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não é o mesmo que pratica a
ação verbal, ou seja, o sofredor da ação verbal é o sujeito. Então, na voz passiva, o sujeito
é o paciente. Ex.: “Toda matéria é estudada pelo aluno inteligente.” – “Toda matéria” é
sujeito; aqui, o sujeito (“Toda matéria”) não pratica a ação de estudar, mas sofre tal ação.
3) Voz Reflexiva: quando o sujeito pratica e, ao mesmo tempo, recebe a ação. Nesse
tipo de voz, faz-se o uso de verbos pronominais, aqueles verbos que são acompanhados do
pronome “se”.
• VERBOS PRONOMINAIS ESSENCIAIS: são os verbos obrigatoriamente
acompanhados de pronomes oblíquos: “abster-se”, “apiedar-se”, “arrepender-se”,
“atrever-se”, “indignar-se”, “queixar-se”, “suicidar-se”, “zangar-se”.
• VERBOS PRONOMINAIS ACIDENTAIS: são os verbos que podem se apresentar sem
o pronome oblíquo: “aceitar-se” (verbo “aceitar”), “desculpar-se” (verbo “desculpar”),
“esquecer-se” (verbo “esquecer”), “iludir-se” (verbo “iludir”), “lembrar-se” (verbo
“lembrar”), “pentear-se” (verbo “pentear”), “ver-se” (verbo “ver”), “encontrar-se” (verbo
“encontrar”).
Obs.: Muitas vezes o verbo pronominal é regido por preposição. Veja os exemplos:
1) “Eu esqueci algo em casa.” e “Eu me esqueci de algo em casa.”
2) “Eles lembram o que aconteceu lá?” e “Eles se lembram do que aconteceu lá?”
“ENCONTRAR” e “ENCONTRAR-SE”
Veja as duas frases: “Encontrou o aluno.” e “Encontrou com o aluno.”. A primeira frase
existe, mas não a segunda. Porque o verbo “encontrar” é v. trans. dir. (VTD), já que “quem
encontra, encontra alguém [mas não com alguém]”. Daí estar errada a frase dois, para esta
estar correta é preciso acrescentar o pron. “se” no verbo (ficando “encontrar-se”). Veja:
• ENCONTRAR (VTD): “Encontrou o aluno.” – o verbo “encontrar” é v. trans. dir. (VTD),
pois “quem encontra, encontra alguém”. Portanto está correta. Também pode
acrescentar o pron. “se”: “Encontrou-se o aluno.” – “O aluno” é sujeito; a forma verbal
“encontrou” é v. intr. (VI); e o “se” é pron. apassivador (PA).
• ENCONTRAR-SE (VTI): “Encontrou-se com o aluno.” – o verbo “encontrar-se” é v.
trans. indir. (VTI), pois “quem se encontra, se encontra com alguém”. Então “com o
aluno” é obj. indir. (OI); a forma verbal “encontrou-se” é v. trans. indir. (VTI); e o “se”
é parte integrante do verbo (PIV), que é um verbo pronominal acidental.
“LEMBRAR” e “LEMBRAR-SE”
Veja as duas frases: “Lembrou o dia da prova.” e “Lembrou do dia da prova.”. A
primeira frase existe, mas não a segunda. Porque o verbo “lembrar” é v. trans. dir. (VTD), já
que “quem lembra, lembra alguma coisa [mas não de alguma coisa]”. Daí estar errada a frase
dois, para esta estar correta é preciso acrescentar o pron. “se” no verbo (ficando “lembrar-
se”). Veja:
• LEMBRAR (VTD): “Lembrou o dia da prova.” – o verbo “lembrar” é v. trans. dir. (VTD),
pois “quem lembra, lembra alguma coisa”. Portanto está correta. Também pode
acrescentar o pron. “se”: “Lembrou-se o dia da prova.” – “O dia da prova” é sujeito; a
forma verbal “lembrou” é v. intr. (VI); e o “se” é pron. apassivador (PA).
• LEMBRAR-SE (VTI): “Lembrou-se do dia da prova.” – o verbo “lembrar-se” é v. trans.
indir. (VTI), pois “quem se lembrar, se lembra de algo”. Então “do dia da prova” é obj.
indir. (OI); a forma verbal “lembrou-se” é v. trans. indir. (VTI); e o “se” é parte
integrante do verbo (PIV), que é um verbo pronominal acidental.
VOZ ATIVA: “O casal viu um bom filme.” – “O casal” é sujeito e está na voz ativa porque ele
praticou a ação de “ver”; a forma verbal “viu” é VTD (porque não pede preposição, já que a
pergunta é: “O casal viu o que?”, resposta “um bom filme”); “um bom filme” é OD.
VOZ PASSIVA: “Um bom filme foi visto pelo casal.” – “Um bom filme” é sujeito e está na voz
passiva porque ele sofreu a ação de “ver”; “foi visto” é locução verbal; e “pelo casal” é agente
da passiva.
VOZ ATIVA: “O casal assistiu a um bom filme.” – “O casal” é sujeito e está na voz ativa
porque ele praticou a ação de “assistir”; a forma verbal “assistiu” é VTI (porque pede
preposição, já que a pergunta é: “O casal assistiu a que?”, resposta “a um bom filme”); “a um
bom filme” é OI.
VOZ PASSIVA (errada): “Um bom filme foi visto pelo casal.” – tal frase não existe porque ela
veio de uma frase direta ausente de objeto direto.
VOZ ATIVA: “O aluno estudou aquela matéria.” – “O aluno” é sujeito e está na voz ativa
porque ele praticou a ação de “estudar”; a forma verbal “estudou” é VTD; “aquela matéria” é
OD. VOZ ATIVA: “O aluno deve gostar daquela matéria.” – “O aluno” é sujeito e está na voz
ativa porque ele praticou a ação de “gostar”; a locução verbal “deve gostar” é VTI (porque o
verbo principal “gostar” é VTI, já que “quem gosta, gosta de algo”); e “daquela matéria” é OI.
VOZ [?]: “O rapaz deve ser feliz.” – “O rapaz” é sujeito; a locução verbal “deve ser” é verbo
de ligação (VL, porque o verbo principal “ser” liga o sujeito a uma qualidade ou estado ou
modo de ser [ou seja, liga o sujeito ao seu predicado]); e “feliz” é predicativo do sujeito.
VOZ ATIVA: “Aquela banda cantou a música.” – “Aquela banda” é sujeito e está na voz ativa
porque ele praticou a ação de “cantar”; a forma verbal “cantou” é VTD; “a música” é OD.
VOZ PASSIVA: “A música foi cantada por aquela banda.” – “A música” é sujeito e está na
voz passiva porque ele sofreu a ação de “cantar”; a locução verbal “foi cantada” é VTD; “por
aquela banda” é agente da passiva.
VOZ ATIVA: “Aquela banda deve cantar a música.” – “Aquela banda” é sujeito e está na voz
ativa porque ele praticará a ação de “cantar”; a locução verbal “deve cantar” é VTD (porque o
verbo principal “cantar” é v. trans. dir., já que “quem canta, canta algo”); “a música” é OD.
VOZ PASSIVA: “A música deve ser cantada por aquela banda.” – “A música” é sujeito e está
na voz passiva porque ele sofrerá a ação de “cantar”; a locução verbal “deve ser cantada” é
VTD (porque o verbo principal “cantar” é v. trans. dir., já que “quem canta, canta algo”); “por
aquela banda” é agente da passiva.
VOZ ATIVA: “Aquela banda deve começar a cantar a música.” – “Aquela banda” é sujeito e
está na voz ativa porque praticará a ação de “cantar”; a locução verbal “deve começar a cantar”
é VTD (porque o verbo principal “cantar” é v. trans. dir., já que “quem canta, canta algo”); “a
música” é OD.
VOZ PASSIVA: “A música deve começar a ser cantada por aquela banda.” – “A música” é
sujeito e está na voz passiva porque ele sofrerá a ação de “cantar”; a locução verbal “deve
começar a ser cantada” é VTD (porque o verbo principal “cantar” é v. trans. dir., já que “quem
canta, canta algo”); “por aquela banda” é agente da passiva.
VOZ ATIVA: “A moça olhou o rapaz com raiva.” – “A moça” é sujeito e está na voz ativa
porque praticou a ação de “olhar”; a forma verbal “olhou” é VTD; “o rapaz” é OD; e “com raiva”
é adj. adverbial.
VOZ PASSIVA: “O rapaz foi olhado pela moça com raiva.” – “O rapaz” é sujeito e está na
voz passiva porque ele sofreu a ação de “olhar”; a locução verbal “foi olhado” é VTD; “pela
moça” é agente da passiva; e “com raiva” é adj. adverbial.
VOZ ATIVA: “Lucinha amou Leonardo.” – “Lucinha” é sujeito e está na voz ativa porque
praticou a ação de “amar”; a forma verbal “amou” é VTD; “Leonardo” é OD.
VOZ PASSIVA: “Leonardo foi amado por Lucinha.” – “Leonardo” é sujeito e está na voz
passiva porque ele sofreu a ação de “amar”; a locução verbal “foi amado” é VTD; “por Lucinha”
é agente da passiva.
VOZ ATIVA: “A testemunha diria toda a verdade.” – “A testemunha” é sujeito e está na voz
ativa porque praticou a ação de “dizer”; a forma verbal “diria” é VTD; “toda a verdade” é OD.
VOZ PASSIVA: “Toda a verdade seria dita pela testemunha.” – “Toda a verdade” é sujeito e
está na voz passiva porque ele sofreu a ação de “dizer”; a locução verbal “seria dita” é VTD;
“pela testemunha” é agente da passiva.
Frase ativa que não passa para a passiva (pela falta de OD):
VOZ ATIVA: “Os alunos assistiram a uma boa aula.” – “Os alunos” é sujeito, e está na voz
ativa porque ele praticou a ação de “assistir”; a forma verbal “assistiram” é VTI (porque pede
preposição, já que a pergunta é: “Os alunos assistiram a que?”, resposta “a uma boa aula”); e
“a uma boa aula” é OI.
VOZ PASSIVA (errada): “Uma boa aula será assistida pelos alunos.” – Tal frase está
errada porque ela veio de uma frase que não possui objeto direto (“Os alunos assistiram a
uma boa aula.”) e daí que ao transformar o objeto indireto (da ativa) em sujeito (da passiva)
tirou-se a preposição. Mesmo estando a frase errada, se ela fosse analisada ficaria assim: o
complemento “Uma boa aula” é sujeito; “será assistida” é locução verbal; e “pelos alunos” é
agente da passiva.
VOZ ATIVA: “O casal assistiu a um bom filme.” – “O casal” é sujeito e está na voz ativa
porque ele praticou a ação de “assistir”; a forma verbal “assistiu” é VTI (porque pede
preposição, já que a pergunta é: “O casal assistiu a que?”, resposta “a um bom filme”); “a um
bom filme” é OI.
VOZ PASSIVA (errada): “Um bom filme foi assistido pelo casal.” – Tal frase está errada
porque ela veio de uma frase que não possui objeto direto (“O casal assistiu a um bom filme.”)
e daí que ao transformar o objeto indireto (da ativa) em sujeito (da passiva) tirou-se a
preposição. Mesmo estando a frase errada, se ela fosse analisada ficaria assim: “Um bom
filme” é sujeito e está na voz passiva porque ele sofreu a ação de “assistir”; “foi assistido” é
locução verbal; e “pelo casal” é agente da passiva.
VOZ ATIVA: “Nas férias, eles sempre assistiam a bons filmes.” – Tal frase não apresenta obj.
dir. (OD), daí não ser possível sua transposição para a passiva.
VOZ PASSIVA (errada): “Nas férias, bons filmes sempre eram assistidos por eles.” –
Tal frase está errada porque ela veio de uma frase que não possui objeto direto. Ou seja,
pegou-se o obj. indir. (OI) da ativa e transportou para o sujeito da passiva.
VOZ PASSIVA
A voz passiva é indicada de duas maneiras, ou seja, há duas maneiras de fazer o sujeito
sofrer a ação:
1. Passiva Analítica ou Locucional (com locução verbal): mediante o uso dos verbos
auxiliares ser e estar e o particípio de certos verbos ativos: ser visto (sou visto, és visto,
é visto...); estar abatido (estou abatido, estava abatido...). Raramente, a passiva
analítica aparecerá com outros verbos que desempenharão a função de verbo auxiliar.
2. Passiva Sintética ou Pronominal (com pronome apassivador): é formada mediante o
uso do pronome SE (pronome apassivador). Neste caso, o elemento agente
desaparece, porque não interessa ao narrador mencioná-lo.
DIFERENÇAS DO “SE”
1. O “se” como partícula ou pronome apassivador (PA): só poderá ser inserido em
frase com objeto direto (OD). O “P.A.” (pron. apassiv.) irá transformar o objeto direto
em sujeito e a voz ativa em passiva pronominal ou sintética. Então, no PA tem sujeito.
2. O “se” como índice, partícula ou pronome indeterminador do sujeito (PIS): poderá
aparecer com qualquer tipo de verbo na 3ª pessoa do singular, salvo os que trouxerem
objeto direto. O “P.I.S.” (pron. indet. do suj.) deixará o sujeito indeterminado. Então, no
PIS o sujeito é indeterminado.
3. O “se” como parte integrante do verbo (PIV): aquilo (“se”) que integra
obrigatoriamente o verbo.
Ex.2: VOZ ATIVA: “Comprou o carro dos sonhos.” – O complemento “o carro dos
sonhos” é obj. dir. (OD); a forma verbal “comprou” é v. trans. dir. (VTD). Pelo fato dessa frase
apresentar obj. dir. (OD), então ela aceita ser transformada na voz passiva. Então, é possível
colocar o “se” de pron. apassivador (PA). Veja VOZ PASSIVA (pronominal): “Comprou-se o
carro dos sonhos.” – “O carro dos sonhos” é sujeito (na voz passiva pronominal); a forma
verbal “comprou” é v. intrans. (VI); e o “se” é pron. apassivador (PA). Ou também,
transformar a frase numa voz passiva locucional, veja a VOZ PASSIVA (locucional): “O carro
dos sonhos foi comprado.” ou “Foi comprado o carro dos sonhos.” – “O carro dos sonhos”
é sujeito (na voz passiva locucional); a locução verbal “foi comprado” é v. intrans. (VI).
Ex.3: VOZ REFLEXIVA [?]: “Arrependeu-se do que fez.” – O complemento “do que
fez” é obj. indir. (OI); a forma verbal “arrependeu” é v. trans. indir. (VTI); e o “se” é parte
integrante do verbo (PIV).
Ex.4: “Os participantes do quartel bem poderiam, para avançar, inspirar-se na última
reunião.” – A expressão “para avançar” está de intrusa, porque está separando a locução
verbal “poderiam inspirar-se”. O sujeito é “os participantes do quartel” pois responde a
pergunta “Quem poderia se inspirar?”. O “se” é parte integr. do verbo (PIV).
1º passo: tire os “se” das frases, e fica assim: a) “Pediu ajuda.” b) “Precisa de ajuda.” c)
“Queixou do professor.”. Perceba que nas duas primeiras frases é possível retirar o “se” e a
frase ficar gramaticalmente correta, mas a última frase fica gramaticalmente errada; portanto
não existe “Queixou do professor.”, o uso do “se” é obrigatório porque ele é um PIV. [não
existe o verbo “queixar”, só existe “queixar-se”].
2º passo: analise sintaticamente cada uma das frases que você tirou ou tentou tirar o “se”.
a) “Pediu ajuda.”, o complemento “ajuda” é obj. dir. (OD), e a forma verbal “pediu” é v.
trans. dir. (VTD). Como essa frase existe sem a presença do “se”, então eu não posso falar
que quando ela possui o “se”, esse “se” é parte integrante do verbo (PIV). Então, sobram duas
opções: ou é PA ou PID.
b) “Precisa de ajuda.”, o complemento “de ajuda” é obj. indir. (OI), e a forma verbal
“precisa” é v. trans. indir. (VTI). Como essa frase existe sem a presença do “se”, então eu
não posso falar que quando ela possui o “se”, esse “se” é parte integrante do verbo (PIV).
Então, sobram duas opções: ou é PA ou PID.
c) “Queixou do professor.”, essa frase não é analisável porque não existe o verbo
“queixar”; dessa forma não existe “queixei”, “queixavas”, “queixava” etc. Mas existe o verbo
“queixar-se”; dessa forma existe “queixei-me”, “queixavas-te”, “queixava-se” etc. Então,
conclui-se que esse “se” é parte integrante do verbo (PIV).
3º passo: uma vez analisadas as frases sem o uso do “se”, descubra agora que tipo é esse
de “se” – PA, PID, PIV – que se coloca ao lado desses verbos. Regras:
– Se a frase analisada (sem o uso de “se”) contém obj. dir. (OD), então o “se”
acrescentado é pronome apassivador (PA). Como é o caso da frase a) “Pediu ajuda.”, sendo
“ajuda” o OD, e “pediu” o VTD. Daí adicionando o “se” fica: “Pediu-se ajuda.”, sendo “ajuda”
o sujeito (antes era OD) – voz passiva pronominal –, “pediu” é VI, e “se” o pronome
apassivador (PA). A frase na passiva pronominal (i.e., com o pron. “se”) pode ser conferida se
a transposição para a voz passiva locucional ficar correta: “Foi pedida ajuda.” ou “Ajuda foi
pedida.”.
– Se a frase analisada (sem o uso de “se”) não contém obj. dir. (OD), mas contenha
obj. indir. (OI) e o verbo estiver conjugado na 3ª p. do singular, então o “se” acrescentado é
pronome indeterminador do sujeito (PIS). Como é o caso da frase b) “Precisa de ajuda.”,
o OI é “de ajuda” e a forma verbal “precisa” está na 3ª p. do sing. Daí adicionando o “se” fica:
“Precisa-se de ajuda.”, sendo “de ajuda” um OI, “precisa” o VTI, e “se” o pronome
indeterminador do sujeito (PIS) – um sujeito indeterminado. A frase com PIS (i.e., com o pron.
“se” indeterminador) pode ser conferida se ao colocar um sujeito a frase ficar incorreta: “Ele
precisa-se de ajuda.” – (como não existe, então é PIS). Então, para ficar correta, teria que
tirar o PIS (“se”) e acrescentar o suj.: “Ele precisa de ajuda.”
– Se a frase analisada (sem o uso de “se”) não fizer sentido, ou seja, estiver incorreta,
então o “se” acrescentado é parte integrante do verbo (PIV). Como é o caso da frase c)
“Queixou do professor.”, a qual está incorreta sem a presença do “se”, daí ser correto apenas
a construção “Queixou-se do professor.”.
Exemplos de PA, PIS:
Ex.1: “... é preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do que a natureza é capaz
de repor.” – O complemento “mais recursos” é sujeito, e “usem” é VI, e “se” é pron. apassivador
(PA) – voz passiva pronominal. Outro modo: “... mais recursos foram usados...” – voz passiva
locucional.
Ex.2: “Gente boa em inclusão social é o que se quer.” – O “se” não pode ser PIS porque existe
o sujeito na frase – “Gente boa em inclusão social” (que responde à pergunta: “O que é que
se quer?”). O “se” será PA?
Ex.3: “Não podemos ignorar as mudanças que se processam no mundo, sobretudo, a
emergência de países em desenvolvimento...” – O “se” não pode ser PIS porque existe o
sujeito na frase – “as mudanças” (que responde à pergunta: “O que é que se processam no
mundo?”). O “se” será PA?
Ex.4: “Debateram-se ontem, na reunião, as questões sobre ética e moral.” – “as questões
sobre ética e moral” é sujeito, e “debateram” é VI, e “se” é pron. apassivador (PA) – voz
passiva pronominal.
Ex.5: “Devem-se considerar as ponderações que ela tem feito sobre o assunto.” – “as
ponderações” é sujeito, e a locução verbal “devem-se considerar” é VI, e “se” é pron.
apassivador (PA) – voz passiva pronominal.
Ex.6: “Fala-se muito, atualmente, sobre política.” – “sobre política” é obj. indir. (OI); “fala” é
v. trans. ind. (VTI); e “se” é pron. ind. do suj. (PIS).
Ex.7: “Trata-se de angústia.” – “de angústia” é obj. indir. (OI); “trata” é v. trans. ind. (VTI); e
“se” é pron. ind. do suj. (PIS).
CONCORDÂNCIA NOMINAL
▪ Dois subst. com gêneros iguais: Ex.1: “Mãe e filha bonita.” [concordância atrativa] ou
“Mãe e filha bonitas.” [concordância gramaticalmente, concordância com os dois
subst.]. Ex.2: “Pai e filho bonito.” [concordância atrativa] ou “Pai e filho bonitos.”
[concordância gramaticalmente, concordância com os dois subst.]. Outro exemplo: “...
está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profunda.”
[concordância atrativa] ou “... está diminuindo a nossa capacidade de concentração e
contemplação profundas.” [concordância gramatical, concordância com os dois
subst.].
Quando se tem uma série de substantivos do mesmo gênero e depois um adjetivo, a
gramática normativa admite a concordância com o núcleo mais próximo (i.e., com o último
substantivo da série – isso se chama concordância atrativa) ou que você concorde com os
dois substantivos.
▪ Dois subst. com gêneros distintos: Ex.1: “Pai e filha bonita.” [concordância atrativa] ou
“Pai e filha bonitos.” [concordância gramaticalmente, prevalece a concordância no
masc.]. Ex.2: “Carne e sorvete saboroso.” [concordância atrativa] ou “Carne e sorvete
saborosos.” [concordância gramatical, prevalece a concordância no masc.].
Quando se tem uma série de substantivos com gêneros distintos (masc. e fem.) e
depois um adjetivo, a gramática normativa admite a concordância com o núcleo mais próximo
(concordância atrativa) ou apenas a concordância no masculino.
▪ Vários subst. no fem. e um só no masc.: Ex.1: “Pai, mãe e filha bonita.” [concordância
atrativa] ou “Pai, mãe e filha bonitos.” [concordância gramatical, prevalece a
concordância no masc.].
Quando se tem uma série de substantivos com gêneros distintos (masc. e fem.) e
depois um adjetivo, a gramática normativa admite a concordância com o núcleo mais próximo
(concordância atrativa) ou apenas a concordância no masculino.
CONCORDÂNCIA VERBAL
APOSTO RESUMITIVO
Quando houver um aposto resumitivo (AR), com ele a concordância deverá ser feita. A
função do AR é a de resumir.
Ex.1 (sem aposto): “Dinheiro sujo, drogas e rock-and-roll, me seduzem.” – o verbo está
no plural (“seduzem”) porque concorda com o sujeito composto “dinheiro sujo, drogas e rock-
and-roll”. Ex.2 (com aposto): “Dinheiro sujo, drogas e rock-and-roll, nada me seduz.” – aqui o
verbo tem de estar no singular porque concorda com o aposto resumitivo (“nada”) que está
no singular. Ex.3 (com aposto): “Dinheiro sujo, drogas e rock-and-roll, todos me seduzem.” –
aqui o verbo tem de estar no plural porque concorda com o aposto resumitivo (“todos”) que
está no plural.
Ex.: “Interrogar, determinar com exatidão, situar-se; todos esses atos de liberdade, de
decisão e de responsabilidade são terrivelmente angustiantes.” – aqui a forma verbal “são”
tem de estar no plural porque concorda com o aposto resumitivo (“todos”) que está no plural;
portanto o plural “são” não está assim por causa do “interrogar, determinar, situar-se”.
REGÊNCIA
A sintaxe de regência cuida especialmente das relações de dependência em que se
encontram os termos na oração ou as orações entre si no período composto. Os termos,
quando exigem a presença de outro, chamam-se regentes ou subordinantes; os que
completam a significação dos anteriores chamam-se regidos ou subordinados.
A regência divide-se em:
▪ REGÊNCIA VERBAL: quando estiver relacionando o complemento a um verbo. Então
é o verbo que pede complemento.
Ex.: “Os homens confiam em Deus.” – Análise Gramatical: “os” é artigo; “homens” é subst.;
“confiam” é verbo; “em” é prep.; “Deus” é subst. Análise sintática: “Os homens” é sujeito;
“confiam” é VTI; “em Deus” é OI. Termo regente: “confiar”. Termo regido: “em Deus”.
Se o “confiar” pede complemento, então ele será chamado termo regente (então o
verbo é o regente), e o complemento “em Deus” é o regido. O “em Deus” serviu como
complemento ao verbo “confiar”, portanto “em Deus” é complemento verbal (completa o
sentido do verbo).
Com a regência verbal você saberá se o certo é: “Chegar em casa.” ou “Chegar à
casa.”; “Namoro com você.” ou “Namoro você.”; “Piso no chão.” ou “Piso o chão.”. Em outras
palavras, você terá de descobrir o que o termo regente pede como complemento:
complemento com ou sem preposição?.
+ “” % =
https://www.youtube.com/watch?v=SDfwWQlgkNY
1:32:42 min. Aula 10
• ASPIRAR
a) No sentido de cheirar, sorver (VTD): usa-se sem preposição.
b) No sentido de almejar, pretender (VTI): usa-se com preposição “a”.
Ex.1: “Aspirou o ar poluído.” – VTD; voz ativa. Ex.: “Aspirou-se o ar poluído.” – voz passiva
pronominal. Ex.: “Foi aspirado o ar poluído.” –. Voz passiva locucional.
Ex.2: “Aspirou a um bom concurso.” –. VTI; voz ativa. Ex.: “Aspirou-se a um bom concurso.”
–. VTI; pron. ind. do suj. (PIS).
• ASSISTIR
a) No sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer (VTD): usa-se sem preposição.
b) No sentido de ver, presenciar (VTI): usa-se com preposição “a”.
c) No sentido de caber, pertencer (VTI): usa-se com preposição “a”.
d) No sentido de morar, residir: usa-se com preposição “em”.
Ex.1: “O técnico assistia o jogador fanático.” – casa “a” (VTD). Ex.: “O jogador fanático era
assistido pelo técnico.” – voz passiva.
Ex.2: “O público não assistiu ao show.” – caso “b” (VTI)
Ex.3: “Assistia ao homem tal direito.” – caso “c” (VTI)
Ex.4: “Assistiu em Maceió por muito tempo.” – caso “d” (VI)
Ex.1: “Viu um bom show.” –. Ex.: “Viu-se um bom show.” –. Ex.: “Foi visto um bom show.” –
Ex.2: “Assistiu a um bom show.” –. Ex.: “Assistiu-se a um bom show.” –. (PIS).
Ex.3: “O casal assistiu à novela das seis e depois viu a reprise.” – (VTI) e (VTD)
• VISAR
a) No sentido de mirar: usa-se sem preposição.
b) No sentido de dar visto: usa-se sem preposição.
c) No sentido de ter em vista, objetivar: usa-se com preposição “a”.
• PROCEDER
a) No sentido de ter fundamento (): usa-se sem preposição.
b) No sentido de originar-se, vir de algum lugar (VTI): usa-se com preposição “de”.
c) No sentido de dar início, executar (VTI): usa-se com preposição “a”.
PRONOME RELATIVO
▪ Que
Ex.1: “O ar que aspirávamos era poluído.” – “aspirávamos = cheirávamos” (VTD)
Ex.2: “O concurso a que aspirávamos era muito disputado.” – “aspirávamos = almejávamos”
(VTI)
▪ O qual; A qual
Ex.1: “O ar o qual aspirávamos era poluído.” – “aspirávamos = cheirávamos” (VTD)
Ex.2: “O concurso ao qual aspirávamos era muito disputado.” – “aspirávamos = almejávamos”
(VTI)