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PROVAI E VEDE A GRANDEZA E A BELEZA DAS ESCRITURAS E DO SEU

EVANGELHO #1
Thiago Baia
https://www.youtube.com/watch?v=7T54kh44CdI

Texto base: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para


ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o
homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa
obra.” – 2Tm 3.16,17.
Esboço:
I. Provai e vede o Poder (Autoridade) das Escrituras (2Tm 3.16a)
II. Provai e vede Proveito (Utilidade) das Escrituras (2Tm 3.16b)
III. Provai e vede a Propósito (Suficiência) das Escrituras (2Tm 3.17)

I. Provai e vede o Poder (Autoridade) das Escrituras


“Toda a Escritura é divinamente inspirada [...]” – 2Tm 3.16.
A Bíblia (Escritura/Palavra) é inerrante porque não erra, e infalível
porque não pode errar, uma vez que ela veio da mesma essência de Deus.
A Bíblia é autoridade última e final, portanto, ela não pode ser provada ou
julgada por mais nada; é ela que tem de provar ou julgar tudo o mais. Caso
ela fosse provada ou julgada por outra coisa, então, naquele instante, ela
deixaria de ser autoridade. Sendo a Bíblia autoridade última e final, nada
pode prová-la ou estar como fundamento ou ainda mostrar que ela é
verdadeira. A Bíblia é auto autenticadora, por definição porque ela é da
essência de Deus. Todo sistema, filosofia, pensamento humano devem
começar de algum lugar, o qual não é deduzido, mas tomado como ponto
de partida para daí erigir a construção. Nenhum sistema pode deduzir seus
axiomas. Os secularistas baseiam seus teoremas em axiomas, então os
cristãos podem fazer o mesmo, i.e., podem basear em seus axiomas. Se um
ateu ou secularista disser a um cristão “Prove-me que a Bíblia é
verdadeira”, então o cristão terá de provar na própria Bíblia. E se ele não
aceitar isso como resposta, então o cristão deve dizer ao empirista “Prove-
me que o que você está vendo (ou sentindo) está certo ou é verdade, mas
sem recorrer aos sentidos”, ou a um ateu “Prove-me que o que você está
raciocinando/pensando está correto ou é verdade, mas sem recorrer ao
raciocínio/pensamento”. (A frase: “Ninguém pode ter certeza de nada” já
uma certeza para quem acredita nela; portanto, ela nega a si mesma).

Em 2Tm 3.16,17, o que Paulo quer dizer com “Toda a Escritura”?


Refere-se somente ao Antigo Testamento (AT), ou também ao Novo
Testamento (NT)?
Não há diferença entre Deus e as Escrituras; eles são idênticos. Há
uma personificação (divina) das Escrituras: a) O que Deus fala, a Escritura
também fala b) Deus é adorado, a Escritura também é adorada c) O que
Deus é, a Escritura é.
a) Em sua carta ao gálatas, Paulo iguala a “voz de Deus” com a
“Escritura”: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de
justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a
Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.” – Gl 3:8.
Aqui, Paulo citando Gn 12.3, diz que a Escritura “previu” e “pré-
anunciou” (anuncia primeiro) o Evangelho a Abraão; porém, no
próprio Gênesis, é Deus quem “previu” e “pré-anunciou” a Abraão.
Ou seja, a Bíblia toda é “assim diz Deus”.
Ademais, Paulo está citando em Gl 3.8, não com base na versão
hebraica dos judeus (o escrito original, a TaNaK), mas sim na tradução
grega (Septuaginta). Com isso, ele também está mostrando que mesmo as
traduções da Bíblia Hebraica para outros idiomas, transmitem a mesma
verdade da Palavra inspirada (do original hebraico); ou seja, as traduções
veem carregada da Palavra de Deus.
b) A Palavra/Escritura é louvada (ou exaltada): “Em Deus louvarei a
sua palavra [...] Em Deus louvarei a sua palavra; no Senhor louvarei
a sua palavra.” – Sl 56.4,10. A Palavra/Escritura é glorificada: “E os
gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do
Senhor [...]” – At 13.48. Os pensamentos de Deus (pensamento
escriturado) são adorados (?): “E quão preciosos me são, ó Deus, os
teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!” – Sl 56.4,10.
c) Deus é Eterno, a Escritura também é; Deus é Imutável, a Escritura
também é; Deus é Bom, a Escritura também é; Deus é Justo, a
Escritura também é, etc. Todos os atributos de Deus, também é
para a Escritura.
Se não há diferença entre Deus e a Escritura, então ela é o próprio
Deus falando conosco.
Os apóstolos sabiam que seus escritos eram Escrituras, ou seja, que
não havia diferença entre o Antigo Testamento completo (que eles tinham
em mãos) e esses seus escritos que estavam ainda em formação (gerando
no final o Novo Testamento).
a) Paulo diz que o escrito de Lucas é Escritura: “Porque diz a Escritura:
Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu
salário.” – 1Tm 5.18. Na primeira parte do versículo, Paulo cita o AT
(Dt 25.4) e na segunda parte, ele cita o Evangelho de Lucas, que é
NT (Lc 10.7, aqui Jesus diz que digno é o obreiro do seu salário).
b) Pedro diz que as epístolas de Paulo são Escrituras: “[...] o nosso
amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi
dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as
quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e
inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua
própria perdição.” – 2 Pe 3:15,16.
Diante disso, quando Paulo diz que a Escritura é inspirada, ele estava
considerando não somente o AT, mas também todo o NT que, à época,
estava em formação (incluindo sua carta): “Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para
instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e
perfeitamente instruído para toda a boa obra.” – 2Tm 3.16,17. A palavra
“inspirada” seria melhor traduzida por “expirada” porque no original grego,
a palavra em uso significa tanto “espírito” quanto “sopro”, dando a ideia de
que Deus estava “soprando” no homem o que este havia de escrever (Na
criação, Deus “soprou” nas narinas do homem o seu “Espírito”). Como visto,
na primeira carta a Timóteo (1Tm 5.18), Paulo iguala NT ao AT.
Paul alerta ao pastor Timóteo que nos “últimos dias”, no meio do
povo de Deus, haveria homens agindo em oposição à Palavra de Deus, à
vida cristã: “nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá
homens amantes de si mesmos, avarentos [...] Tendo aparência de piedade,
mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” – 2Tm 3.1-5. Paulo está
fazendo uma distinção entre uma vida cristã e uma vida profana, e ao
apresentar a profana, ele diz a Timóteo para ser diferente; para isso, ele usa
a expressão “Tu, porém” ou “Mas, tu” por 3 vezes (2Tm 3.10,14; 2.5). O
jeito de ser diferente (cristão) é vendo e provando as Escrituras (2Tm
3.16,17).
O que são os “ÚLTIMOS DIAS”? É o período entre primeira vinda de
Cristo e sua Segunda Vinda (a primeira já aconteceu quando Ele se
encarnou; agora falta a segunda): Hb 1.1; At 2.17; 2Tm 3.1; 2Pe 3.3. Então,
os “últimos dias” não são os momentos antes da Segunda Vinda corpórea
de Cristo. (Claro que haverá o “último dia”, no singular: Jo 6.39,40; 11.24;
12.48).

II. Provai e vede Proveito (Utilidade) das Escrituras


“Toda a Escritura é [...] proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça [...]” – 2Tm 3.16.
A Escritura nos corrige/transforma: instrução, repreensão, correção,
educação. (Estes são os ingredientes para a mudança e a fidelidade).
a) Instrução: a Escritura instrui sobre a vontade de Deus. Ele deve ser o
centro de nossa vida (e não a periferia) porque fomos criados por Ele e
para Ele.
b) Repreensão: a Escritura “argumenta” (que é a palavra no original)
contra você para mostrar-lhe a constante falha em ver o quanto Deus
deve ser o centro da sua vida. Pecado não é apenas a transgressão
pura e seca da Lei de Deus; ao pecar, a pessoa não quebra somente a
Lei de Deus, ela quebra o coração do próprio Deus. Nós não apenas
fazemos as coisas más, mas tornamos as coisas boas como o centro
de nossa vida (Isso que é a “repreensão” da Bíblia, e esse é o nosso
problema: transformar as coisas criadas em coisas divinas – tais como
família, filhos, carreira, viagens, relacionamento, respeito,
religiosidade e ministério). O problema do ser humano é interno e
não externo. O mundo diz que o problema do homem vem de fora (a
criação, o ambiente, a falta de oportunidade) e a solução está dentro
dele. Mas a Bíblia diz o inverso: o problema humano é interno e a
solução está fora do homem.
c) Correção: a Escritura coloca o homem de volta nos “trilhos”. Nem
uma outra religião pode fazer isso. Nós não conseguimos escapar de
nós mesmos, não escapamos do nosso eu (daí Jesus diz: eu sou o
caminho, a verdade e a vida).
d) Educar: educar na justiça é ter disciplina na justiça, ou seja, que você
continue nos “trilhos” e não saia.
Enfim, Deus nos instrui (ensina), nos humilha (repreende), nos levanta
(corrige) e nos mantém com Ele (disciplina).

III. Provai e vede a Propósito (Suficiência) das Escrituras


“Toda a Escritura é divinamente inspirada [...] Para que [a fim de que;
finalidade] o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra.” – 2Tm 3.16,17.
O propósito (finalidade) da Escritura é para que o homem de Deus seja
perfeito, e que pode ser traduzido como “qualificado suficientemente” ou
ainda “qualificado completamente” para cumprir as exigências (portanto,
“habilitado”). Qual é essa boa obra? Fazer ciência, política, advogado,
enfermeiro, dona de casa, relacionamentos, etc. A Bíblia é suficiente para
todas as áreas da vida.
A Bíblia carrega o monopólio da verdade. Ela é o (e não um) livro-
texto; todos os outros livros são julgados pela Bíblia.
Paulo diz a Timóteo: “E que desde a tua meninice sabes as sagradas
Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em
Cristo Jesus.” – 2Tm 3.15. Naturalmente, o nosso coração não é sábio para a
salvação. A insensatez é inata no coração pecaminoso do homem. O
homem cria o seu [falso] inferno, escolhe um [falso] Salvador e trabalha
duro para adorar esse [falso] Salvador, criando também o seu céu (e tudo
isso é baseado em boas obras). Cria o inferno de ser gordo, de não ser
reconhecido, de não ter poder, de não ter casamento, de não ser
inteligente, etc., e, por consequência, seu Salvador será a resolução desse
problema: a magreza, o reconhecimento, o poder, o casamento, a
inteligência, respectivamente. Querendo ser Rei, mas permanece escravo;
nunca há um contentamento real (sempre dirá “se eu tivesse isso...”).

LIÇÕES SOBRE A ENCARNAÇÃO #2


Thiago Baia
https://www.youtube.com/watch?v=Fyb8PO_LlGk

Texto base: “” –.

“” s x sssssss

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