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AFA EN EFOMM

Volume 2
APRESENTAÇÃO

Queridos alunos, em primeiro lugar, muito obrigado pela confiança depositada no Colégio e Curso
SEI. É uma honra trabalharmos juntos!
O material didático aqui apresentado tem por finalidade permitir o desenvolvimento dos nossos
alunos. Para tal, cada capítulo possui um resumo teórico e exercícios em quantidade pensada e adequada
para suportar os docentes nas aulas e facilitar o estudo individual do corpo discente.
A apostila é dividida em disciplinas. Dentro de uma disciplina pode haver uma divisão de frentes e
em cada frente há uma divisão de capítulos.
Dada a introdução acima, explicaremos as partes que podem compor cada capítulo.

TEORIA
Os capítulos começam com um resumo teórico do assunto em questão.
O foco é apresentar os principais conceitos, definições e fórmulas (quando for o caso), bem como
exemplos de aplicação do tema abordado.

EXERÍCIOS DE FIXAÇÃO
São questões de nível básico que permitem fixação dos conceitos. Ideal para alunos que estejam
vendo o assunto pela primeira vez ou que ainda sintam muita dificuldade no tema.

EXRCÍCIOS PROPOSTOS
Questões com um nível de dificuldade superior aos de fixação e com caráter generalista. Ou seja,
exercícios importantes para elevar o nível do aluno, mas que não necessariamente estejam direcionados
aos concursos-alvo da turma.

EXERCÍCIOS DE CONCURSO
Foco principal do aluno!
Aqui encontramos as questões dos concursos-alvo da turma dispostas em ordem crescente de
dificuldade. Dominar a solução desses exercícios é fundamental para se aproximar da sonhada aprovação
no concurso.

TEORIA DE APROFUNDAMENTO
Quando for o caso, haverá uma teoria de aprofundamento compatível com a necessidade da
turma.

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
É “o algo a mais” na preparação. Aqui o aluno será desafiado com exercícios mais complexos. É o
nível a ser perseguido quando temos altas expectativas e sonhamos grande!

Para finalizar, esperamos que as próximas páginas contribuam na preparação dos alunos e que
elas sejam ponte entre o sonho e a aprovação!
Bons Estudos!
Direção Pedagógica
ÍNDICE GERAL

LÍNGUA PORTUGUESA 05

GRAMÁTICA 07

INTERPRETAÇÃO 19

REDAÇÃO 33

INGLÊS 47

MATEMÁTICA 1 73

MATEMÁTICA 2 109

MATEMÁTICA 3 125

MATEMÁTICA 4 143

MATEMÁTICA 5 171

FÍSICA 1 195

FÍSICA 2 239

FÍSICA 3 271

FÍSICA 4 319
LÍNGUA PORTUGUESA

GRAMÁTICA

As funções do substantivo 07

Pronomes, adjetivos e suas funções 13


INTERPRETAÇÃO

Entrelinhas textuais: pressupostos, inferências, modalização 19

Aspectos verbais: tempo, modo, pessoa, número 25


GRAMÁTICA
TÓPICO: GRAMÁTICA B.3) TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO (VTDI): Exige dois
SUBTÓPICO: MORFOSSINTAXE complementos – um direto, outro indireto:
CAPÍTULO: ` AS FUNÇÕES DO SUBSTANTIVO Bia emprestou (O QUÊ?) duas canetas (A QUEM?) para mim.
[emprestou = VTDI; “duas canetas” = OD; “para mim” = OI]
A partir deste capítulo, dedicamo-nos ao estudo da Prefiro Português a Matemática. [Prefiro = VTDI; “Português” =
MORFOSSINTAXE, que significa uma visão integrada entre a OD; “a Matemática” = OI]
Morfologia (formação e classe de palavras) e a Sintaxe (organização Eu te disse a verdade. [disse = VTDI; “te” = OI; “a verdade” = OD.]
delas em forma de frases, de enunciados com sentido completo. Para
isso, necessitamos retomar alguns conceitos básicos: C) VERBO DE LIGAÇÃO (VL): Exprime um estado do sujeito, e
não uma ação. Sempre conecta um Sujeito a um Predicativo do
FRASE: conjunto de palavras organizadas de modo a construir uma Sujeito (PS).
ideia completa. Ficamos cansados! [Ficamos = VL; “cansados” = PS]
Meu pai é engenheiro. [é = VL; “engenheiro” = PS]
ORAÇÃO: conjunto de palavras organizadas em torno de uma Tornamo-mos amigos rapidamente. [Tornamo-nos = VL; “amigos”
forma verbal. = PS]

FRASE NOMINAL: é uma frase que não possui verbo. ATENÇÃO! Só existe Verbo de Ligação se houver Predicativo:
A aluna está cansada. (estar = verbo de ligação)
PERÍODO: É uma frase que possui verbo e, assim, é formada por A aluna está aqui. (estar = intransitivo)
1 ou mais orações.
Agora podemos nos concentrar nas Funções Sintáticas que os
PERÍODO SIMPLES: Frase que possui apenas 1 forma verbal (1 Substantivos podem exercer: (A) Sujeito; (B) Objeto Direto; (C)
oração = “oração absoluta”). Objeto Indireto; (D) Complemento Nominal; (E) Predicativo; (F)
Aposto; (G) Vocativo; (H) Agente da Passiva.
PERÍODO COMPOSTO: Frase que possui mais de 1 oração.
Neste caso ele pode ser: (A) SUJEITO: é o termo sintático sobre o qual se faz uma
declaração. Ele pode ser:
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO: As orações • Simples: quando está presente na oração e possui 1 núcleo
são sintaticamente independentes entre si – são orações coordenadas substantivo.
(ver Capítulo 10). • Composto: quando está presente na oração e possui 1 núcleo
substantivo.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO: Neste caso, • Oculto = Desinencial = Elíptico: Quando não está presente na
existe interdependência sintática entre as orações. Uma delas (a oração mas pode ser identificado pela terminação verbal
“Subordinada”) exerce uma função Sintática da outra (“Principal”). (Desinência) ou pelo contexto.
As Orações Subordinadas serão objeto de estudo deste capítulo 6 (1ª) Maria saiu, / (2ª) mas disse / (3ª) que voltaria logo.
até o 9. 1ª oração: Sujeito simples: Maria
2ª oração: Sujeito oculto (Maria)
PERÍODO COMPOSTO MISTO: Uma frase em que ocorre tanto 3ª oração: Sujeito oculto (Maria). Pois não faria sentido se quem
o processo de Coordenação quanto o de Subordinação. Trata-se, “disse que voltaria logo” fosse outra pessoa senão Maria.
então, de uma frase de no mínimo 3 orações.
• Indeterminado: quando é um ser existente mas que não pode ser
A SINTAXE é, sobretudo, a forma como os termos da oração se identificado. Ao contrário, o enunciado é construído de modo a
relacional com os Verbos e com os Substantivos. Devemos começar não permitir tal identificação. Ocorre em dois casos:
por eles. 1º) Verbo na 3ª pessoa do plural: “Roubaram meu relógio.”
Para uma perspectiva Sintática – isto é, das relações que estabelece 2º) VTI ou V.Int ou VL + Partícula “Se”:
na oração –, precisamos falar de Transitividade Verbal. O verbo Vive-se bem naquele país. [VIVER = V.Int; Quem vive? Todos?
pode ser: Alguém? ]
Necessita-se de balconistas. [NECESSITAR = VTI; Quem
A) INTRANSITIVO (V.Int.): Possui sentido completo e não exige necessita? É possível descobrir?]
complemento substantivo. Era-se feliz na minha época. [SER; VL; Quem era feliz?...]
Ex.: Ela está dormindo.
Joana saiu cedo para o trabalho. OBS: Nestes casos, a palavra “se” é chamada Índice de
Indeterminação do Sujeito.
B) TRANSITIVO: Exige um complemento substantivo (= Objeto) Se tivermos VTD + “Se”, o sujeito não será Indeterminado, mas sim
para que tenha um sentido pleno. Essa exigência pode requerer uma Voz Passiva Sintética (ver abaixo).
preposição ou não:
B.1) TRANSITIVO DIRETO (VTD): O complemento é pedido ATENÇÃO! Orações com pronomes indefinidos como as listadas
sem preposição. Neste caso, o complemento é um Objeto Direto abaixo, NÃO SÃO casos de Sujeito Indeterminado quando
(OD). representado por pronome indefinido.
Eu tenho (O QUÊ?) muitos amigos. [tenho = VTD; “Muitos Ninguém sairá cedo hoje. (sujeito Simples)
amigos” = OD] Alguém me chamou? (sujeito Simples)
João amava (QUEM?) Raimunda. [amava = VTD; “Raimunda” = Nada me faltará. (sujeito Simples)
OD]
• Inexistente / Oração sem Sujeito: ocorre em casos de verbos
B.2) TRANSITIVO INDIRETO (VTI): O complemento é exigido impessoais, os quais SEMPRE são conjugados na 3ª pessoa do
com preposição. Neste caso, o complemento é um Objeto Indireto singular:
(OI).
Eu confio (EM QUÊ?) nos meus amigos. [confio = VTI; “nos meus 1º) Verbo HAVER na acepção de “existir”. Havia 35 alunos na
amigos” = OI] turma.
João gostava (DE QUEM?) de Raimunda. [gostava = VTI; “de
Raimunda” = OI]

POR 7
GRAMÁTICA
ATENÇÃO 1: Isso não acontece com o verbo “existir”. Em: O escritor Luis Alves mora na rua Aprazível, no bairro de Santa
“Existiam 35 alunos na turma”, “35 alunos” é o sujeito e, por ser Teresa.
plural, faz com que o verbo vá para o plural. [Apostos Especificativos]
ATENÇÃO 2: Na linguagem cotidiana, usamos o verbo “ter” nessa Banana, mamão, leite, tudo está muito caro!
acepção, o que não é autorizado pela Norma padrão: “Tinha 35 [Aposto Resumitivo]
alunos na turma. ” Tudo está muito caro: banana, mamão, leite!
[Aposto Enumerativo]
2º) Verbos HAVER ou FAZER no sentido de tempo decorrido Aquele aluno conseguiu a nota máxima, o que nos deixou felizes.
(passado): [Aposto de oração: retoma toda a oração anterior. Na prática, a
Não nos encontrávamos fazia 4 anos! = Não nos encontrávamos palavra o pode ser substituída pelas palavras fato ou coisa.]
havia 4 anos!
(G) AGENTE DA PASSIVA: Muitos verbos Transitivos Diretos
3º) Verbo que indica fenômeno da natureza, em sentido denotativo; podem ser transpostos para a Voz Passiva – quando o Sujeito recebe
verbo FAZER junto a fenômeno natural. a ação do verbo, ao invés de praticá-la. Nestes casos, o Sujeito da
Chove bastante no verão. Amanhece mais tarde no inverno. Faz voz Ativa pode aparecer como Agente da Passiva. Veja o exemplo:
calor nesta cidade! O ladrão cumpriu a pena. → A pena foi cumprida pelo ladrão.
(SUJEITO) (VTD) (OD) (SUJEITO) (Loc. Verbal) (Agente da
4º) Expressões BASTA de...! CHEGA de...! Passiva)
Chega de mentiras! Basta de intolerância!
G.1) Voz Passiva Analítica: Tem como marca registrada a locução
5º) Único caso de Or. Sem sujeito em que o verbo pode ir ao plural: verbal “SER + PATICÍPIO”. Nestes casos, o Agente da Passiva
Verbo SER indicando horas, data ou distância: pode ou não aparecer.
Daqui a São Paulo são 400 km. Já são sete horas. Hoje é dia 31. A Mona Lisa foi concluída (por Leonardo da Vinci) em 1510.

(B) OBJETO DIRETO: é o complemento ao Verbo Transitivo G.2) Voz Passiva Sintética: VTD + “SE”. Nestes casos é dada
Direto. Responde a uma pergunta “O QUÊ?” ou “QUEM?” feita ao ênfase na ação (verbo) e o Agente da Passiva não aparece. É preciso
verbo, sem preposição. ter atenção à concordância verbal, pois o substantivo que se segue
Tens uma linda família. ao verbo exerce a função de Sujeito:
Conheço muito bem este bairro. Cumpriu-se a pena. [= A pena foi cumprida; “A pena” = Sujeito]
Concluiu-se a Mona Lisa em 1510. [a Mona Lisa = Sujeito]
CUIDADO! Circunstancialmente, o objeto direto também pode Compraram-se muitos mantimentos. [Muitos mantimentos foram
apresentar-se com preposição. Veja. comprados.”]
* Ela me viu. (me = objeto direto)
* Ela viu a mim. (a mim = objeto direto preposicionado) (H) VOCATIVO: É uma expressão de chamamento; refere-se ao
* Amo a Deus. (a Deus = objeto direto preposicionado) Destinatário da mensagem.
Silêncio, turma! “Tu serás feliz, Bentinho!”
(C) OBJETO INDIRETO: é o complemento ao Verbo Transitivo
Indireto. Responde a uma pergunta “DE / COM / EM / A QUÊ?” ou TIPOS DE PREDICADO:
“DE / COM / EM / A QUEM?” feita ao verbo, com preposição. A) Predicado Verbal: Possui verbo de ação (Transitivo ou
Acreditamos no seu potencial! Intransitivo). Seu núcleo é o verbo.
Referem-se a que alunos? B) Predicado Nominal: Possui verbo de Ligação. Seu núcleo é o
Predicativo.
CUIDADO! A preposição não necessariamente aparece explícita C) Verbo-nominal: É formado por verbo de ação (transitivo ou
no O.I., sobretudo se este for um pronome oblíquo: intransitivo) + Predicativo, e contém dois núcleos: o verbo e um
Eu TE dei um presente. (Eu dei um presente A TI.) predicativo do sujeito ou do objeto.
Você LHE emprestou um livro? (Você emprestou um livro PARA * Aquela aluna saiu da sala preocupada. (sair – verbo intransitivo e
ELE/ELA?) preocupada, predicativo do sujeito.)
* Achei aquela aluna inteligente. (achar verbo transitivo direto e
(D) COMPLEMENTO NOMINAL: da mesma maneira que certos inteligente, predicativo do objeto direto)
verbos (Transitivos) exigem complemento, alguns substantivos Corolário: toda oração que contém Predicativo do Objeto possui
abstratos, alguns adjetivos e uns poucos advérbios também podem predicado Verbo-Nominal.
exigi-lo. É o complemento nominal. (ABAIXO: C.N. em itálico, e
o termo ao qual se refere sublinhado.) SUJEITOS ORACIONAIS = ORAÇÕES SUBORDINADAS
Gostei da sua crítica àquele filme! [“crítica” = O.I.] SUBSTANTIVAS
Observação de aves é uma atividade interessante. [Observação = Das oito funções sintáticas exercidas pelos substantivos, sete podem
núcleo do sujeito] ser exercidas por Orações, isto é, por estruturas organizadas em
Gosto de me sentir útil à comunidade. [“útil” = P.S.] torno de uma Forma verbal. (A exceção é o Vocativo.) Nestes casos,
Votei favoravelmente à sua absolvição. [“favoravelmente” = elas são chamadas Orações Subordinadas Substantivas...
Advérbio]
ORAÇÕES: porque são estruturadas em torno de um verbo.
(E) PREDICATIVO: essa função pode ser exercida por
substantivo ou adjetivo. Atribui característica ao sujeito ou ao SUBORDINADAS: porque exercem uma função Sintática de outra
objeto. oração (nomeada Principal).
Meu pai é dentista. [“dentista” = Predicativo do Sujeito] SUBSTANTIVAS: porque essas funções são exercidas por
Não me deixem sozinho! [“sozinho” = Predicativo do Objeto] substantivos.
Considero essa questão difícil. [“difícil” = Predicativo do Objeto]
A) Sujeito Oracional: Oração Subordinada Substantiva
(F) APOSTO: expressão de núcleo substantivo que se refere a outra Subjetiva
expressão substantiva antecedente, explicando, especificando, É necessário que estudem mais. [Isto é necessário.]
resumindo ou enumerando. Veja: Constatou-se que o problema estava superado.
João, jovem bastante promissor, ganhou uma bolsa de estudos.
[Aposto Explicativo]
POR 8
GRAMÁTICA
B) Objeto Direto Oracional: Oração Subordinada Substantiva 10. Considerei sua prova perfeita. ( )
Objetiva Direta
Ela avisou que se atrasaria. [Ela avisou isto.] 3. Identifique a função sintática das palavras em negrito, sendo:
Vale ressaltar que a aula não acabou. (A) objeto direto (B) objeto indireto
(C) complemento nominal (D) vocativo
C) Objeto Indireto Oracional: Oração Subordinada (E) sujeito (F) aposto
Substantiva Objetiva Indireta (G) predicativo (H) agente da passiva
Preciso que você me ligue imediatamente. [Preciso disto.]
Gosto de acordar cedo. 01. Mariana, vamos sair agora. ( )
02. Ninguém a encontrou na praia. ( )
D) Predicativo Oracional: Oração Subordinada Substantiva 03. Percebeu-se o erro na revisão. ( )
Predicativa 04. Obtiveram muitas vitórias. ( )
O importante é competir. [O importante é isto.] 05. Ele foi solícito com o cliente. ( )
O fato é que a turma está bem preparada. 06. A aluna Mariana é muito aplicada. ( )
07. O estádio estava cheio de turistas. ( ) ( )
E) Complemento Nominal Oracional: Oração Subordinada 08. Eu ganhei, coisa que todos aplaudiram. ( )
Substantiva Completiva Nominal 09. Assisti a um bom programa. ( )
Tenho certeza de que teremos um bom resultado. [Tenho certeza 10. Choveram, na festa, muitos aplausos. ( )
disto.] 11. Ouviram-nos cantar o hino. ( )
12. A aluna mora na rua Olegário Maciel. ( )
F) Aposto Especificativo Oracional: Oração Subordinada 13. Ela foi beijada pelo colega. ( )
Substantiva Apositiva 14. A aluna, alegre, encontrou amigos. ( )( )
A verdade é esta: que a turma está bem preparada. 15. Tragam, guris, os copos e as frutas. ( )
16. Minha mãe foi picada por um bicho. ( )
G) Agente da Passiva Oracional: Nomenclatura Gramatical não
reconhece essa classificação, mas ela é possível: 4. Numere os parênteses de acordo com a função da oração
O problema será resolvido por quem for responsável pelo serviço. subordinada substantiva, sendo:
(A) sujeito
IMPORTANTE: As palavras “QUE” e “SE”, quando iniciando (B) objeto direto
uma Oração Substantiva, são chamadas Conjunções Subordinativas (C) objeto indireto
Integrantes. (D) complemento nominal
(E) predicativo
(F) aposto
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (G) agente da passiva

1. De acordo com o sujeito, numere os parênteses, sendo: 01. É conveniente que você chegue cedo. ( )
(A) simples (expresso na oração) 02. Foi dito que ela fez provas excelentes. ( )
(B) composto 03. Todos acham que você é muito competente. ( )
(C) indeterminado 04. Meu desejo é que todos vençam. ( )
(D) inexistente / oração sem sujeito 05. Sabe-se que aquele time será campeão. ( )
(E) oculto / desinencial 06. A criança não gosta de quem faz careta. ( )
07. Ela foi beijada por quem estava ao seu lado. ( )
01. Ninguém protestou contra aquela decisão.( ) 08. As crianças têm medo de quem faz caretas. ( )
02. Falaram de você na palestra. ( ) 09. Só lhe peço isto: que respeite o próximo. ( )
03. Vi as alunas naquele shopping. ( ) 10. Não há dúvida de que terás bons resultados. ( )
04. Não se veem alunas naquele shopping. ( ) 11. Ninguém duvida de que o viaduto desabará. ( )
05. Pais e avós levaram os filhos ao passeio ( ) 12. É provável que cheguem à hora marcada. ( )
06. Ainda haverá muitas soluções. ( ) 13. Ele ficou alheio a quem não se esforça. ( )
07. Existem muitas pessoas mentirosas. ( ) 14. Pediu-se a ela que estude com vontade. ( )
08. Devem existir outras chances. ( ) 15. Percebeu-se que ela melhorou da gripe. ( )
09. Choveram reclamações do político. ( )
10. Chove torrencialmente na Bahia. ( ) 5. Em qual das opções, o predicado NÃO é verbal?
11. Meninos, cantem o hino agora. ( ) (A) O aluno foi ao teatro com a irmã.
12. Faça o trabalho rapidamente, garoto. ( ) (B) Aquele cidadão está, no momento, na Europa.
13. Chegaram agora o cantor e o conjunto. ( ) (C) A aluna chegou ao compromisso muito atrasada.
14. Necessitar-se-á de muito esforço. ( ) (D) Fizeram as questões com rapidez.
15. Dorme-se muito no inverno. ( ) (E) A aluna atrasada não encontrou lugar.

2. Numere as orações de acordo com o tipo de predicado:


GABARITO
(A) verbal (B) nominal (C) verbo-nominal
1. 2. 3. 4. 5. C
01. Fez muito frio no Sul. ( ) 01. A 01. A 01. D 01. A
02. Ela anda de metrô diariamente. ( ) 02. C 02. A 02. E 02. A
03. Ela anda preocupada. ( ) 03. E 03. B 03. E 03. B
04. Julgo absurdas aquelas medidas. ( ) 04. A 04. C 04. A 04. E
05. Choveram pedras no campo. ( ) 05. B 05. A 05. C 05. A
06. Hoje, a aluna está em Niterói. ( ) 06. D 06. A 06. F 06. C
07. Hoje, a aluna está febril. ( ) 07. A 07. B 07. G / C 07. G
08. Esqueci os documentos em casa. ( ) 08. A 08. A 08. F 08. D
09. Achei a prova muito cansativa. ( ) 09. A 09. C 09. B 09. F
10. D 10. C 10. E 10. D
POR 9
GRAMÁTICA
11. E 11. E 11. C 9. Marque a opção em que o predicado é verbo-nominal.
12. E 12. F 12. A (A) Aquela aluna é muito estudiosa.
13. B 13. H 13. D (B) No próximo domingo, irei à praia.
14. C 14. G / A 14. A (C) A anciã, emocionada, agradeceu o presente.
15. C 15. D 15. A (D) Ele está preocupado com a prova.
16. H (E) Sua promoção foi justa.

10. Assinale a opção em que há um sujeito oracional.


EXERCÍCIOS PROPOSTOS (A) Tenho certeza que farei boas provas.
(B) Ficou claro que os menores não irão ao cinema.
1. Assinale a opção em que há predicativo do objeto. (C) Todos perceberam que você estava animado na festa.
(A) O aluno chegou ao curso atrasado. (D) Ela não gosta de quem a abrace.
(B) Os jogadores deixaram o estádio aborrecidos. (E) A verdade é que aqueles candidatos são preparados.
(C) Inquietos, os alunos esperavam o resultado.
(D) Os atletas consideraram a maratona cansativa.
(E) As crianças alegres foram ao passeio. GABARITO

2. Marque o item em que a identificação da função sintática do 1. D


termo destacado NÃO está correta. 2. B
(A) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto) 3. B
(B) Aconteceram, naquela tarde, alguns imprevistos. (objeto direto) 4. B
(C) Felizes, todos o seremos. (predicativo pleonástico) 5. C
(D) A cidade de Londres é muito sombria. (aposto) 6. B
(E) Vender-se-ão muitas latinhas. (sujeito) 7. C
8. A
3. Assinale a única frase na qual NÃO há complemento nominal. 9. C
(A) O fumo é prejudicial à saúde. 10. B
(B) Há necessidade de muitos recursos.
(C) A intervenção dos policiais impediu o tumulto.
(D) A construção da casa está atrasada. EXERCÍCIOS DE CONCURSO
(E) Obediência às leis é nossa obrigação.
1. EN Leia o período a seguir: “Acabo de ler o Diário do Imperador
4. Marque a opção em que a palavra SE é partícula apassivadora. D. Pedro II, escrito
(A) Fala-se de futebol na sala. exatamente há um século.”
(B) Compra-se roupa em feirinhas. Marque a opção em que o comentário sobre a transitividade do
(C) Necessita-se de mais vagas. verbo destacado está correto.
(D) Gosta-se de crianças educadas.
(A) Com esse significado, o verbo é transitivo direto e impessoal.
(E) Não se precisa de muito tempo.
(B) Na acepção empregada na frase, o verbo é transitivo indireto.
(C) O significado empregado caracteriza o verbo como intransitivo.
5. Assinale a oração cujo sujeito é indeterminado:
(D) O verbo traz complemento direto preposicionado, nessa
(A) Cantem a música com animação.
acepção.
(B) Crianças, tragam os refrigerantes.
(E) O verbo é transitivo direto e indireto, tendo em vista a
(C) Pode-se necessitar de muita ajuda.
significação.
(D) Houve alguns problemas ontem.
(E) Deve-se comprar o livro de Português.
2. EFOMM Assinale a alternativa em que a forma verbal
6. Marque o item em que há sujeito. sublinhada tem um valor significativo, nocional.
(A) Aqui faz verões incríveis. (A) Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram
(B) Aconteceu um fato estranho. cansados.
(C) Agora já são quatro horas. (B) Assim, eles se tornaram cientistas, especialistas, cada um na sua
(D) Houve alguns problemas ontem. – juntos para navegar.
(E) Choveu muito no Sul. (C) Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite,
ficaram em silêncio.
7. Marque a opção em que o termo destacado foi erradamente (D) Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez
analisado. maior.
(A) Ninguém me viu na praia. (me = objeto direto) (E) ...os rios se transformam em esgotos de fezes e veneno, o ar se
(B) Aquele aluno gosta de mortadela. (de mortadela = objeto enche de gases, os campos se cobrem de lixo – e tudo ficou feio
indireto) e triste.
(C) O apoio à criança é muito importante. (à criança = objeto
indireto) 3. EFOMM Assinale a opção em que se encontra um predicado
(D) Muitos alunos fizeram as questões. (muitos = adjunto verbo-nominal.
adnominal) (A) “O lugar não era próprio para remanso de burros.”
(E) Aquela aluna é estudiosa. (estudiosa = predicativo do sujeito) (B) “Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o
lugar onde era o antigo passadiço, ao pé dos trilhos de bondes,
8. Marque o item em que o termo em negrito foi analisado estava um burro deitado.”
incorretamente quanto à função sintática. (C) “Não poucos devedores terei conduzido para longe de um credor
(A) Há sempre necessidade de carinho. (objeto indireto) importuno.”
(B) O apoio dos alunos foi muito importante. (adjunto adnominal) (D) “Dois meninos, parados, contemplavam o cadáver, espetáculo
(C) A rua Santa Sofia é muito movimentada. (aposto) repugnante [...]”
(D) Ouviu-me cantar a canção e adorou. (sujeito) (E) “Por que se não investigará mais profundamente o moral do
(E) É fundamental que você estude bastante. (sujeito) burro?”

POR 10
GRAMÁTICA

4. EFOMM Assinale a opção em que se constata a presença de um 9. EFOMM Assinale a opção em que a expressão sublinhada NÃO
período composto. é o sujeito da oração.
(A) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande (A) Como contar o que se seguiu?
transformação acontece: pum! (B) Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre
(B) Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico mim uma tortura chinesa.
a uma meditação sobre o filme A festa de Babette (...) (C) Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro (...)
(C) Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. (D) No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso
(D) O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples e o coração (...)
operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para (E) Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras (...)
os risos de todos, especialmente as crianças.
(E) Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está 10. EN Assinale a opção em que o termo sublinhado exerce a
representado pela morte e ressurreição de Cristo (...) mesma função sintática que o termo destacado em “Considero-o um
excelente resolvedor de pendências e nada mais.”
5. EFOMM Assinale a opção que contém o maior número de (A) “Por celular, muito menos.”
orações. (B) “Logo, você pode imaginar meu espanto”
(A) “De uns tempos para cá, porém, comecei a perceber que a (C) “E toda ânsia nos mantém reféns.”
opinião, sem ser de caso pensado, parece de fato corresponder a (D) “Isso tudo me ocorreu enquanto lia”
alguma coisa que Seu Domingos costumava dizer.” (E) “Conta a história de um garotinho”
(B) “Isso significara talvez – Deus queira – que insensivelmente vou
me tornando com o correr dos anos cada vez mais parecido com 11. AFA O vocábulo se exerce, na língua portuguesa, várias
ele.” funções. Observe seu uso nos excertos a seguir.
(C) “Os filhos guardavam zelosa distância, até que ela ia aos seus I- Copia-se sem o menor bom senso...”
afazeres e ele se punha a disposição de cada um, para ouvir II- “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos.”
nossos problemas e ajudar a resolvê-los.”
III- “Ou se aceita a situação ou revolta-se.”
(D) “Se acaso ainda estávamos acordados, podíamos contar com o
IV- “O tempo passou, e essa revolução não se instaurou”.
saquinho de balas que o paizinho nunca deixava de trazer.”
(E) “Tudo isso que de uns tempos para cá vem me ocorrendo, às Assinale a análise correta.
vezes inconscientemente, como legado de meu pai, teve seu (A) Em I, o “se” é uma partícula expletiva ou de realce.
coroamento há poucos dias, quando eu ia caminhando distraído (B) Em II, o “se” é uma partícula integrante do verbo.
pela praia.” (C) Em III, o “se” foi utilizado para flexionar o verbo na voz passiva
sintética em ambas as ocorrências.
6. EN Assinale a opção em que ocorre a substantivação de um (D) Em IV, o “se” classifica-se como pronome apassivador.
termo de classe diferente dos termos substantivados presentes nas
demais opções.
GABARITO
(A) “Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte
afago, de proteção, e logo novo senso de esperança” 1. B
(B) “Da sala, não se escutava o galhardo ralhar dele, seu grugulejo?”
2. D
(C) “Talvez não devesse, não fosse direito ter por causa dele aquele
doer, que põe e punge, de dó, desgosto e desengano.” 3. D
(D) “Sua fadiga, de impedida emoção, formava um medo secreto: 4. C
descobria o possível de outras adversidades, no mundo 5. C
maquinal, no hostil espaço” 6. D
(E) “Ali adivinhara – o quê? Mal dava para se ver, no escurecendo.” 7. E
8. B
7. EFOMM Assinale a alternativa em que o termo sublinhado
9. E
NÃO cumpre a função de sujeito.
10. C
(A) Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber.
(B) Disse certo o poeta: ‘Navegar é preciso’, a ciência da navegação 11. D
é saber preciso (...)
(C) É preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação.
(D) Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
mente dos poetas.
(E) O meu sonho para a educação foi dito por Bachelard (...) 1. Nos versos de Fernando Pessoa, “Ó mar salgado, quanto ao teu
sal / São lágrimas de Portugal”, a expressão “Ó mar salgado”
8. EN Assinale a opção que apresenta a correta função sintática do classifica-se, sintaticamente, como:
termo destacado. (A) Sujeito, pois expressa o ser de quem se diz algo.
(A) “Que figura faria o elefante de hoje, resto exótico da fauna (B) Objeto, pois completa o sentido do verbo transitivo direto.
terciaria, ao lado do megatério?” – objeto direto (C) Vocativo, pois expressa o ser a quem se dirige a mensagem do
(B) “Naquele fundo de sacristia, escondido ou arredada como se enunciador.
fora uma imagem quebrada cuja ausência do altar o decoro do (D) Complemento nominal, pois completa a ideia expressa por um
culto exige, encontrei a cadeirinha azul” – predicativo do nome.
sujeito.
(E) Aposto, pois explica e identifica o termo a que se refere o
(C) “[...] tinha um ar desdenhoso e fatigado de fidalga elegante para
enunciador.
quem os requintes da etiqueta e os galanteios dos salões são já
coisas velhas e comezinhas.” – predicativo do objeto.
(D) “Deves preferir a paz do aniquilamento à glória de figurares 2. Em “Mulher que a dois ama, a ambos engana.”, os termos
numa coleção de objetos antigos,” – complemento nominal. destacados são, pela ordem:
(E) “Representava cada qual uma dama do antigo regime.” – sujeito. (A) objeto indireto e objeto indireto
(B) objeto indireto e objeto direto

POR 11
GRAMÁTICA
(C) objeto indireto pleonástico e complemento nominal GABARITO
(D) ambos são objetos diretos preposicionados
(E) objeto direto preposicionado e objeto indireto 1. C
2. D
3. “O grande compositor Mozart ficou perplexo quando se viu 3. C
cercado por perigos”. Os termos em destaque são: 4. C
(A) adjunto adnominal, objeto direto e objeto indireto 5. B
(B) adjunto adnominal, adjunto adverbial de modo e objeto indireto
(C) aposto, predicativo do sujeito e agente da passiva
(D) aposto, objeto direto e complemento nominal
(E) núcleo do sujeito, objeto direto e agente da passiva

4. Marque a opção em que se errou na função sintática do termo


sublinhado.
(A) Sente-se e faça os exercícios, menina. (vocativo)
(B) A aldeia está povoada de indígenas. (agente da passiva)
(C) Na guerra, caem bombas sobre a cidade. (objeto direto)
(D) A turma, ela é muito agradável. (sujeito pleonástico)
(E) A descoberta do Brasil deu a Portugal muitas riquezas.
(complemento nominal)

5. “A recordação da cena perseguiu-me durante muito tempo”. Os


termos sublinhados são, respectivamente:
(A) adjunto adnominal e sujeito
(B) complemento nominal e objeto direto
(C) sujeito e objeto direto
(D) adjunto adnominal e objeto indireto
(E) complemento nominal e objeto indireto

POR 12
GRAMÁTICA
TÓPICO: GRAMÁTICA se usar, também, expressões com valor de intensidade, algumas
SUBTÓPICO: MORFOSSINTAXE coloquiais.
CAPÍTULO: PRONOMES, ADJETIVOS E SUAS Tenho um dever muito amargo!
FUNÇÕES “Dize-o, Musa deveras livre,...
A prova estava fácil pra caramba!
1.ADJETIVOS: São palavras que caracterizam o nome
(substantivo), atribuindo-lhe qualidade. Variam em gênero, número
e grau. • relativo de superioridade: (o, a mais ... de)
Há, evidentemente, adjetivos uniformes em termos de gênero: Aquela aluna é a mais simpática da turma.
Homem triste / mulher triste
Conto interessante / história interessante • relativo de inferioridade: (o, a, menos ...de)
Quanto à flexão de número, é preciso atentar a um. Palavras que são Ele é o menos caprichoso da família.
originalmente adjetivos variam normalmente:
camisa vermelha / camisas vermelhas LOCUÇÃO ADJETIVA: expressão que contém PREPOSIÇÃO +
olhos verdes / olhos azuis SUBSTANTIVO com valor de adjetivo. A maior parte das locuções
Porém, palavras que originalmente são substantivos e são usados adjetivas equivale a um adjetivo. Como toda expressão de valor
como adjetivos NÃO VARIAM EM NÚMERO: Adjetivo, sempre qualifica um substantivo.
bermudas laranja / bermudas laranja rebanho de cabras (caprino)
camisas rosa / paredes cinza / tapetes vinho águas da chuva (pluviais)
promoções relâmpago / pizzas família atitude de criança (infantil ou pueril)
Nas cores compostas, se o 2º elemento for substantivo, a cor é
INVARIÁVEL: MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO: Os adjetivos e locuções
lençóis verdes-piscina / cadeiras azul-petróleo adjetivas podem exercer DUAS funções Sintáticas: Adjunto
UMA EXCEÇÃO NOTÁVEL é o termo “azul-marinho”, que não Adnominal ou Predicativo.
variam em gênero nem em número:
calças azul-marinho →Adjunto Adnominal: Está sempre ao lado do substantivo
determinado, dentro do mesmo sintagma (Sujeito, Objeto,
1.1 Grau dos Adjetivos: Comparativo e Superlativo. Complemento nominal...) do qual o substantivo é o Núcleo.
A bela moça me pediu um favor. [NÚCLEO DO
A. COMPARATIVO SUJEITO: “moça”]
a) de Igualdade (tão + quanto, como). Comemos uma pizza grande. [NÚCLEO DO
Aquela aluna é tão estudiosa quanto (como) você. O.D.: “pizza”]
O Adjunto Adnominal pode ser um adjetivo, artigo, pronome ou
b) de Superioridade (mais + (do) que). numeral.
Aquela aluna é mais aplicada (do) que sua irmã.
→Predicativo: Qualidade que está sempre fora do sintagma ao qual
c) de Inferioridade (menos + (do) que). pertence o substantivo determinado.
Ela é menos estudiosa (do) que você. Eu sou feliz.
[“Feliz” está no Predicado e qualifica o Sujeito “Eu”: Predicativo
Nos comparativos de superioridade e de inferioridade, “do” pode do Sujeito]
ficar elíptico. Consideraram-me inocente.
[“Inocente” qualifica o pronome “me” sem que faça parte do O.D.:
ATENÇÃO #1! As formas irregulares do Comparativo – MAIOR, predicativo do Objeto.]
MENOR, MELHOR, PIOR – são todas de Superioridade. A função de Predicativo pode ser exercida por Adjetivo ou
O Brasil é MAIOR DO QUE a Argentina. [“mais grande” → Substantivo.
Superioridade]
A Argentina é MENOR QUE o Brasil. [“mais pequena” → 2. PRONOMES: são palavra que podem variar em número, gênero
Superioridade] e pessoa, e têm como função determinar (“acompanhar”) ou
O Fluminense é MELHOR DO QUE o Vasco. [“mais bom” → substituir o substantivo.
Superioridade] Este rapaz é esperto.
O Vasco é PIOR QUE o Fluminense. [“mais ruim” → → “Este” acompanha / determina o substantivo “rapaz”. É
Superioridade] chamado, por isso, de Pronome Adjetivo e exerce a função de
Adjunto Adnominal (uma função do adjetivo).
ATENÇÃO #2! Essas formas irregulares são usadas quando se Ele é esperto.
compara uma qualidade de dois seres diferentes (nos exemplos, → “Ele” substitui um substantivo (“rapaz”, “menino” ou o próprio
Brasil e Argentina, Fluminense e Vasco). Porém, ao se compararem nome: Pedro, Elder...). É chamado de Pronome Substantivo e exerce
DUAS QUALIDADES em um único ser, as formas “mais bom”, a função de Sujeito (uma função do substantivo).
mais ruim” etc. estão corretas:
O time do Fluminense é MAIS BOM DO QUE RUIM. Assim, os pronomes podem exercer a função Sintática de Adjunto
O time do Vasco é MAIS RUIM DO QUE BOM. Adnominal (caso seja um pronome Adjetivo) ou qualquer função do
A Argentina é MAIS GRANDE QUE PEQUENA. substantivo [ver cap. anterior], no caso de ser um pronome
Substantivo.
B. SUPERLATIVO
• absoluto sintético (com o emprego dos sufixos -íssimo, -érrimo, - 2.1 PRONOMES PESSOAIS: retos, oblíquos e de tratamento.
ílimo); facílimo, capacíssimo, acérrimo, paupérrimo ... Os Retos desempenham a função de sujeito ou predicativo.
Tenho um dever amaríssimo! [MUITO AMARGO] Os Oblíquos são complementos, embora possam desempenhar,
“Dize-o, Musa libérrima,... [MUITO LIVRE] também, a função de sujeito (com os verbos mandar, deixar, ver,
A prova estava facílima! [MUITO FÁCIL] ouvir, fazer e sentir + verbo no infinitivo).
Os pronomes de Tratamento podem desempenhar a função de
• absoluto analítico: emprego do advérbio MUITO (ou sinônimo) sujeito ou de complemento.
diante do adjetivo. Semanticamente é igual ao sintético. Podem-

POR 13
GRAMÁTICA
Eu vou sair com ela hoje. [Eu = reto / ela = oblíquo]. Uso no discurso textual
Não a vi na praia. [a = oblíquo) Havendo apenas um referente, o comum é o uso anafórico das
Ela nos encontrou ontem. [Ela = reto / nos = oblíquo] formas com -ss- e catafórico das formas com -t-.
Trouxeram água para mim. [mim = oblíquo) Amor: adoro essa palavra.
Adoro esta palavra: amor.
Os pronomes SE, SI e CONSIGO devem ser empregados como
reflexivos. Havendo mais de um referente anafórico, usam-se as formas com -
A aluna trouxe consigo a apostila. t- para o mais próximo e as com -qu- para o mais distante:
A criança feriu-se na escada.
Dinheiro e amor: prefiro isto a aquilo.
ATENÇÃO! Os pronomes oblíquos me, te, se, o(s), a(s), lhe(s),
nos, vos são átonos e ocorrem sempre junto ao verbo. Podem ser Pronomes Demonstrativos ocasionais: O (e flexões), MESMO,
posicionados ANTES do verbo (= Próclise), sem hífen, DEPOIS do PRÓPRIO, TAL, SEMELHANTE.
verbo (= Ênclise) ou, em casos específicos, NO MEIO do verbo (=
Mesóclise). Eu sei o que vocês fizeram no verão passado. [o = aquilo]
Quando em ênclise, os pronomes O, A, OS e AS podem sofrer Ela mesma preparou o lanche hoje. (mesma = própria →
algumas modificações: demonstrativos de reforço).
a) Se o verbo terminar por som nasal, os pronomes tornam-se NO, Não encontrou tal exercício no caderno. (tal = semelhante = aquele)
NA, NOS e NAS.
Terminaram as tarefas. = Terminaram-nas. 2.3 PRONOMES POSSESSIVOS: indicam ideia de posse e
Põe os livros na estante. = Põe-nos na estante. flexionam-se em gênero e número de acordo com o substantivo a
que se referem.
b) Quando o verbo terminar por R, S ou Z, suprimem-se as 1ª pessoa: meu(s), minha(s), nosso(a)(s)
consoantes e os pronomes tornam-se LO, LA, LOS, LAS. 2ª pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s)
Fiz isso porque quis fazer. = Fi-lo porque qui-lo. 3ª pessoa: seu(s), sua(s), dele(a)(s)
Conquistamos a vitória. = Conquistamo-la.
Cantar o hino de pé. = Cantá-lo de pé. Minhas canetas estão sobre a mesa. (minhas = pronome adjetivo
Fez os exercícios. = Fê-los. possessivo)

A Mesóclise só ocorre no Futuro do Presente e no Futuro do CUIDADO! A palavra SEU, diante de nomes próprios, não é
Pretérito do Indicativo. Nela, os pronomes ficarão LO, LA, LOS, pronome possessivo. Trata-se de pronome de tratamento e equivale
LAS e ocuparão o lugar do -R da desinência verbal (-RA / -RE ou a SENHOR.
-RIA / -RIE). Seu Luciano é muito sério.
Se a forma verbal for acentuada, o acento continua normalmente e
se a 1ª parte do verbo for oxítona ou monossílaba e terminar por A, 2.4 PRONOMES INDEFINIDOS: referem-se à terceira pessoa e
E, O, também será acentuada. Neste caso, é normal a presença de possuem sentido vago.
dois acentos gráficos. Variáveis em gênero e número: algum, nenhum, todo, outro, muito,
Cantarei o hino. = Cantá-lo-ei. pouco, certo, vário, quanto, tanto, um.
Subirás a escada . = Subi-la-ás devagar. Variáveis somente em número: qual (quais), qualquer (quaisquer).
Farás as redações. = Fá-las-ás. Invariáveis: tudo, nada, alguém, ninguém, algo, cada, outrem.

2.2 PRONOMES DEMONSTRATIVOS: indicam a posição da Locuções pronominais: cada qual, todo aquele que, qualquer um,
pessoa ou coisa no espaço e no tempo em relação a quem fala, ou quem quer que.
ainda no discurso. Os demonstrativos usuais são este, esse, aquele
com suas flexões de gênero e número e os invariáveis isto, isso, LEMBRETES IMPORTANTES:
aquilo.
(A) A palavra CERTO(A)(S) só é pronome adjetivo indefinido se
Aquela aluna é muito bonita. estiver anteposta ao substantivo; posposta, é adjetivo.
(Aquela = pronome adjetivo demonstrativo) Pedi que fizessem certos exercícios. Quero os exercícios certos.
(B) O pronome ALGUM(A), quando empregado posposto ao
Ninguém esperava que aquilo acontecesse. substantivo, adquire sentido negativo (= nenhum).
(Aquilo = pronome substantivo) Alguns alunos sairão cedo. Aluno algum deixará questão em
branco.
Os pronomes de valor adjetivo determinam o substantivo. (C) CADA só deve ser empregado seguido de substantivo ou
pronome.
Uso espacial / temporal (dêitico) Vamos arrecadar cinco reais de cada um. Cada aluno fará dez
ESTE (e suas flexões) refere-se ao que estiver perto de quem fala. / questões.
Refere-se ao tempo presente (em curso). (D) Sem artigo, TODO, TODA equivalem a qualquer. Seguidos de
Esta caneta que está na minha mão é importada. artigo denotam totalidade.
Neste mês haverá dois feriados. Todo aluno é consciente de suas obrigações.
Encontrei todos os alunos na calçada.
ESSE (e suas flexões) refere-se ao que estiver perto da pessoa com
quem se fala. / Refere-se a passado e futuro não distantes. Toda turma merece atenção. = Todas as turmas
Não conheço esse aluno que está ao teu lado. Toda a turma merece atenção. = A turma inteira
Falta pouco para o novo ano. Nesse ano, vou emagrecer.
(E) A palavra UM é numeral quando der ideia de quantidade. Só é
AQUELE (e suas flexões) refere-se ao que estiver perto da pessoa pronome se a oração contiver o indefinido outro. Ao preceder
de quem se fala ou distante dos interlocutores. / Refere-se a passado um substantivo, será artigo.
distante.
Aquele ventilador que está no fundo da sala é de boa qualidade. Um só estuda Matemática, outro, Português. [Um = pronome
Em 1950 o Brasil perdeu a Copa do Mundo; todos que estavam no indefinido]
Maracanã naquele dia choraram muito. Um irá ao cinema; dois, ao teatro. [Um = numeral]
POR 14
GRAMÁTICA
Um aluno fez uma pergunta. [Um = artigo indefinido] 5. “Percebemos que o proprietário do imóvel desconfia que ele não
é tão imóvel assim”. As palavras sublinhadas são respectivamente:
2.5 PRONOMES INTERROGATIVOS: são os pronomes quem, (A) substantivo e substantivo
que, qual, quanto presentes nas interrogações diretas e indiretas. (B) substantivo e adjetivo
(C) adjetivo e advérbio
Que aluno acertou todas as questões? (D) adjetivo e substantivo
Quem pediu ajuda ao professor? (interrogações diretas) (E) adjetivo e adjetivo
Quero descobrir quem me telefonou ontem. (interrogação indireta)
Quantos alunos vieram? GABARITO

1. 2.
a- rosto angelical 01. (C) 3. B
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
b- corpo discente 4. E
c- clima urbano / citadino 02. (B)
1. Substitua as locuções adjetivas pelos adjetivos correspondentes.
d-problema estomacal / gástrico 03. (C) 5. B
a rosto de anjo e- roupa invernal
f- faixa etária 04. (A)
b corpo discente g- chapa torácica 05. (B)
c clima urbano / citadino h- armamento bélico
i- noite onírica 06. (C)
d problema estomacal / j- navegação fluvial
07. (A)
gástrico k- era glacial
l- brinco dourado 08. (D)
e roupa invernal m- abraço fraterno
n- crime passional 09. (B)
f faixa etária
10. (E)
g chapa torácica
h armamento bélico
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
i noite onírica
j navegação fluvial 1. Assinale o comentário com ERRO.
(A) A palavra “dólar”, quando no plural, muda a posição da sílaba
k era glacial tônica.
l brinco dourado (B) Em “Meu prato é o menor de todos”, o adjetivo está no
superlativo relativo de inferioridade.
m abraço fraterno (C) Quem é muito sério é seriíssimo.
(D) O plural de “carretelzinho” é “carreteizinhos”.
n crime passional
(E) “Minha camisa é mais grande do que a tua” é uma construção
errada.
2. Dê a Função sintática do Pronome oblíquo conforme a legenda:
(A) Sujeito do infinitivo 2. Assinale a opção com ERRO quanto ao reconhecimento do grau
(B) Objeto direto do adjetivo.
(C) Objeto indireto (A) Ela é menor que eu. (comparativo de superioridade)
(D) Complemento nominal (B) O burro é menos elegante do que o cavalo. (comparativo de
(E) Adjunto adnominal inferioridade)
(C) Aquela cidade é muito grande. (superlativo absoluto sintético)
01. Entregaram-me uma linda mensagem. ( ) (D) Aquele aluno é o maior do grupo. (superlativo relativo de
02. Não a vi na praia. ( ) superioridade)
03. Ela me deu uma caneta linda. ( ) (E) Ela é tão simpática quanto sua irmã. (comparativo de igualdade)
04. Ouviu-nos cantar o hino. ( )
05. Todos te convidaram para a festa? ( ) 3. Leia as orações a seguir:
06. A aluna solicitou-nos uma explicação. ( ) 1. Ela é grande e inteligente: mais grande do que inteligente.
07. Deixou-me chegar ao meio-dia. ( ) 2. Ele é bom e trabalhador: mais bom do que trabalhador.
08. Ela me foi ingrata. ( ) 3. As minhas lembranças são mais boas do que as suas.
09. Deixou-nos no aeroporto. ( )
10. Ela rasgou-lhe a camisa. ( ) Quanto ao grau dos adjetivos, percebe-se que:
(A) nenhuma oração está correta.
3. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo exerce a função (B) apenas a oração 1 está correta.
de sujeito. (C) as orações 1 e 2 estão corretas.
(D) apenas a oração 3 está correta.
(A) Mandaram-me muitas mensagens. (E) apenas a oração 2 está correta.
(B) Deixei-a comprar as revistas.
(C) Ninguém nos viu na reunião. 4. Se trocarmos os substantivos e adjetivos abaixo de posição, a
(D) A aluna te deu um beijo. alternativa em que há uma modificação de categoria gramatical e
(E) Entreguei-lhe a correspondência. sentido é:
(A) jogadores japoneses
4. Marque o ERRO no plural do composto. (B) momentos distintos
(A) Elas compraram fitas verde-amarelas. (C) sentimento negativo
(B) Os guardas-municipais estão na ronda. (D) opiniões diferentes
(C) Os tatus-bola são engraçadinhos. (E) disposição psicológica
(D) Você tem dois guarda-roupas?
(E) Ganhei duas camisas verde-garrafas.
POR 15
GRAMÁTICA
5. “Fi-lo sair mais cedo hoje”. “Deixou-nos copiar o exercício”. EXERCÍCIOS DE CONCURSO
Marque a opção em que se identificou a função sintática dos
pronomes oblíquos. 1. EFOMM Assinale a opção em que o adjetivo sublinhado, quanto
(A) objeto direto / objeto direto ao gênero, é uniforme.
(A) Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é
(B) objeto direto / sujeito
urgente subir no morro.
(C) sujeito / sujeito (B) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
(D) objeto indireto / objeto direto (C) meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino
(E) sujeito / objeto direto feio do segundo ano primário.
(D) são humildes coisas, e você é tão bela e estranha!
6. Em uma das orações, o pronome oblíquo exerce a função de (E) Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato.
adjunto adnominal. Assinale-a.
2. AFA Assinale a alternativa em que a mudança de lugar do
(A) Entreguei-lhe uma dúzia de rosas.
vocábulo em destaque NÃO provoca modificação no sentido da
(B) Mandei-o comprar as revistas da semana. frase.
(C) A mãe afagou-lhe o cabelo. (A) “Graças a ela temos acesso a toda informação do mundo (...)”
(D) O aluno feriu-se com a faca. => Graças a ela temos acesso à informação toda do mundo
(E) Ela me fez uma proposta interessante. (B) “...um admirável mundo novo abriu-se ante nossos olhos...” =>
Um admirável novo mundo abriu-se ante nossos olhos...
(C) “As redes sociais desfraldaram um mundo completamente
7. Assinale o item em que o pronome pessoal oblíquo exerce a
novo...” => As redes sociais desfraldaram um mundo novo
função de sujeito. completamente...
(A) Vi-o sair apressadamente. (D) “...trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes...”
(B) Ela nos entregou o convite. => ...trouxe para perto das pessoas comuns os distantes
(C) A aluna não te emprestará o material. amigos...
(D) Ninguém o viu na praia.
(E) Devo-lhe muitos favores. 3. EN Assinale a opção em que a troca de posição dos termos
destacados provocaria uma mudança no valor semântico.
8. O pronome oblíquo NÃO é objeto direto em: (A) “[...] aqueles livrões bonitos, em formato grande, cheios de
(A) Desejo-te uma boa viagem. ilustrações e muito incômodos de ler no colo”
(B) “Há também os grandes clássicos, os romances que todos
(B) Vou esperá-la na estação.
amamos e queremos ter ao alcance da mão.”
(C) A mensagem, não a entreguei à aluna. (C) "Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem
(D) Ela nos viu no aeroporto. feito de obras”
(E) Não te encontrei no shopping. (D) “cujo esmero físico complementa a edição caprichada.”
(E) “Sem falar, e claro, do cheiro inigualável dos livros em papel.”
9. “Fez-me comprar duas revistas”. Os termos em negrito são,
respectivamente: 4. EN Marque a opção em que o comentário sobre o emprego do
grau do adjetivo no termo “nobilíssima” está correto.
(A) sujeito, objeto direto
(A) O grau e o comparativo de igualdade, e o radical usado é de
(B) sujeito, adjunto adnominal forma erudita.
(C) objeto direto, adjunto adnominal (B) Ocorre o superlativo relativo de superioridade, com radical de
(D) objeto direto, complemento nominal forma portuguesa.
(E) objeto direto, objeto direto (C) Superlativo absoluto analítico e o grau, e poderia ser usada a
forma “nobrérrima”.
(D) Este e um caso de comparativo de superioridade, e o radical da
10. Assinale a alternativa que NÃO contém um pronome
palavra e “nobil-”.
interrogativo: (E) A forma “nobríssima” também é correta, e o grau e superlative
(A) Quero saber qual o seu nome. absoluto sintético.
(B) Quem cochicha o rabo espicha.
(C) Quantos anos você tem? 5. AFA Quanto ao uso dos pronomes, assinale a opção que traz uma
(D) O que você está estudando? INFRAÇÃO à norma padrão da língua.
(E) Você é filha de quem? (A) “Estou escrevendo até passar a chuva para mim ir lá no Senhor
Manuel vender os ferros.”
(B) “Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha
GABARITO
e arroz.”
(C) “...as pessoas têm mais possibilidades de delinquir do que
1. B
tornar-se útil à pátria e ao país.”
2. C (D) “É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.”
3. C
4. A 6. EFOMM “Chegou então o momento da grande decisão – para
5. B onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os
6. C canais dos fiordes (...). “
7. A Todas as palavras pertencem à classe gramatical da palavra
sublinhada na passagem acima, EXCETO a da alternativa
8. A
(A) São muitos os saberes necessários para se navegar.
9. A (B) (...) a galera navega em direção ao progresso, a uma velocidade
10. B cada vez maior, e ninguém questiona a direção.
(C) E conclui: ‘E em todas essas perguntas sentimos o eco otimista:
não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si
mesmo’.

POR 16
GRAMÁTICA
(D) O ritmo das remadas aceleram. Sabem tudo sobre a ciência do EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
remar.
(E) E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a 1. Às vezes, o substantivo é usado para qualificar outro substantivo.
escolha do destino, as ciências que conheciam para nada É o que ocorre na seguinte alternativa:
serviam. (A) Uma moça bem moça engravidou.
(B) Um belo canto encantou a todos.
7. EFOMM Assinale a opção em que o pronome pessoal (C) Vi um cego alto.
sublinhado é o sujeito da oração. (D) Sonhei um sonho esquisito.
(A) “Se há justiça na Terra valerão por um século, tal foi a (E) Por trás do horrível, pode haver beleza.
descoberta que me pareceu fazer, e aqui deixo recomendada aos
estudiosos.” 2. Nas séries abaixo há pares de substantivo + adjetivo; o par em
(B) “Além de ser a minha índole contraria a arruaças, a própria que a colocação do adjetivo antes do substantivo altera o sentido do
reflexão me diz que, não havendo nenhuma revolução declarado par é:
os direitos do burro [...]” (A) estudo recente
(C) “Contente da descoberta, não podia furtar-me à tristeza de ver (B) empregabilidade excelente
que um burro tão bom pensador ia morrer.” (C) setores diversos
(D) “A consideração, porém, de que todos os burros devem ter os (D) boa faculdade
mesmos dotes principais, fez-me ver que os que ficavam, não (E) funções diferentes
seriam menos exemplares do que esse.”
(E) “Ultimamente é que percebi que me não entendiam, e continuei 3. Marque o item em que a palavra “O” foi corretamente identificada
a zurrar por ser costume velho, não com ideia de agravar na sua característica morfossintática.
ninguém.” “Nossos atletas tiveram um bom desempenho, o que nos deixou
felizes”.
8. EFOMM Nas passagens que se seguem as expressões (A) artigo definido / adjunto adnominal
sublinhadas cumprem a função de predicativo. Assinale a (B) pronome pessoal / objeto direto
EXCEÇÃO. (C) pronome demonstrativo / aposto
(A) Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu (D) pronome demonstrativo / objeto direto
poder (...) (E) pronome pessoal / sujeito
(B) Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo
me tomava toda (...) 4. Observe os períodos a seguir e assinale a alternativa em que o
(C) O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e LHE é adjunto adnominal.
diabólico. (A) ... anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.
(D) (...) quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e (B) O peixe caiu-lhe na rede.
silenciosa a sua recusa (...) (C) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais.
(E) Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para (D) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã.
a filha (...) (E) Sim, alguém lhe propôs emprego.

9. EFOMM Nas passagens que se seguem o pronome oblíquo 5. EFOMM Assinale a opção em que a classe gramatical da palavra
cumpre a mesma função sintática, EXCETO em: sublinhada é diferente das demais.
(A) (...) eu nem notava as humilhações a que ela me submetia (...) (A) “Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-
(B) (...) eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e se de quando em quando.”
me traziam. (B) “Indiferente aos curiosos, como ao capim e à água, tinha no
(C) Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro (...) olhar a expressão dos meditativos.”
(D) Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de (C) “Nunca perguntei por sóis nem chuvas; bastava sentir o freguês
Narizinho, de Monteiro Lobato. no tílburi ou o apito do bonde, para sair logo.”
(E) (...) o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas (D) “[...] não podia furtar-me à tristeza de ver que um burro tão bom
como sempre (...) pensador ia morrer.”
(E) “Por que não sucedera o mesmo ao burro, que é maior?”
10. CN No trecho “Um cachorro começa a seguir você na rua e, se
você der atenção e o levar pra casa, ganha um amigo na hora.”, o
pronome oblíquo só NÃO exerce a mesma função sintática que o GABARITO
destacado em
(A) “Como não chamá-la para a próxima ceia de Natal aqui em 1. A
casa?” 2. C
(B) “Fotos de recém-nascidos me são enviadas por mulheres que eu 3. C
nem sabia que estavam grávidas.” 4. B
(C) “O cachorro vai achá-lo o máximo, pois a única coisa que ele 5. A
quer é pertencer.”
(D) "Ele não está nem aí para suas fraquezas, para suas esquisitices,
para a pessoa que você realmente é: baste que você o adote”
(E) “Mais vale a aproximação ilusória: as pessoas amam você,
mesmo sem conhecê-la de verdade.”

GABARITO

1. D 2. E
3. A 4. B
5. B 6. A
7. A 8. C
9. D 10. D

POR 17
GRAMÁTICA

POR 18
INTERPRETAÇÃO
TÓPICO: INTERPRETAÇÃO 3º) Alguns adjetivos (a maioria diretamente relacionados com os
SUBTÓPICO: ASPECTOS ESPECÍFICOS DE advérbios acima):
INTERPRETAÇÃO A chuva esta semana é inevitável / provável / impossível.
CAPÍTULO: ENTRELINHAS TEXTUAIS: A chuva nesta época do ano é frequente / comum / rara.
PRESSUPOSTOS, INFERÊNCIAS, MODALIZAÇÃO
4º) Verbos auxiliares “poder” e “dever”:
Uma leitura eficiente sempre vai além do que é dito objetivamente Amanhã deve chover. / Amanhã não deve chover.
no texto. A Interpretação inclui, sempre, o entendimento de Amanhã pode chover. / Amanhã não pode chover.
elementos implícitos, que podem ser deduzidos de algum elemento
vocabular / gramatical, ou até pelo contexto.
Exemplo: “Posso desligar o ar-condicionado?” A partir deste EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
enunciado, podemos perceber que a pessoa está com frio e/ou deseja
economizar energia. O contexto mostrará qual destas é a 1. Em cada item abaixo, aponte objetivamente uma informação
interpretação correta. implícita. Procure identificar o aspecto linguístico que autoriza sua
resposta.
PRESSUPOSTO: É uma informação sem a qual o enunciado não (A) Já consertaram o ar-condicionado?
pode ser verdadeiro ou fazer sentido. (B) Enfim, um dia de calor!...
(C) Acabou a liquidação do shopping?
SUBENTENDIDO: Fazem parte da interpretação do leitor/ouvinte. (D) Finalmente Orozimba casou-se!
Em “Posso desligar o ar-condicionado?”, o PRESSUPOSTO é que (E) Já sei que você gosta de doce. Dá pra perceber...
o ar-condicionado encontra-se ligado. Ao mesmo tempo, está (F) Você é linda, mas...
SUBENTENDIDO que o falante está com frio.
2. Às vezes, os pressupostos e implícitos são utilizados de maneira
A diferença teórica entre esses termos não é importante aqui. maliciosa, tentando comprometer o interlocutor. Explique como
Importante é sabermos diferenciar o que de fato pode ser isso acontece nos itens seguintes:
depreendido do TEXTO (o que pode ser cobrado nas questões) (A) Onde você vai comemorar seu aniversário?
daquilo que é uma INTERPRETAÇÃO PESSOAL NOSSA (algo que (B) Você me trairia duas vezes, numa mesma semana?
não faz parte de uma prova objetiva. (C) Você pode me dizer com quem me traiu?
Ainda no exemplo acima: a Banca do concurso poderia afirmar que, (D) Foi a primeira vez que você me traiu?
na frase, o ar-condicionado está ligado, mas não poderia afirmar que (E) Queres saber se eu também te quero?
a pessoa esteja com frio nem que a conta de energia elétrica esteja (F) Você bateria numa criança com um tijolo?
cara – a não ser que o contexto discursivo oferecesse mais
informações. 3. TEXTO 1: “Passagens de ônibus no Rio terão novo aumento a
partir de janeiro de 2019, embora nem todas as promessas feitas pelo
INFERÊNCIA: Significa, precisamente, a habilidade de prefeito tenham sido cumpridas. Se forem cumpridas, só a partir de
compreender o conteúdo implícito. Essa palavra aparece com 2020.”
alguma frequência nos enunciados, assim como o verbo INFERIR.
Identifique que pressuposto os termos adquirem, no contexto acima:
MODALIZAÇÃO: Modalizadores são palavras ou estruturas que (A) “novo”:
modificam o sentido do enunciado, sinalizam o modo como a (B) “nem todas”:
informação é transmitida. Os tipos principais de modalidades são: (C) “Se forem cumpridas”:
→ Fato / Opinião: É certo que amanhã vai chover. / Acho que
amanhã vai chover. TEXTO 2: “Consta que Michel Temer teria ficado especialmente
→ Certeza / Dúvida: Com certeza amanhã vai chover. / É possível irritado com a última alta dos juros determinada pelo Copom. Mas
que amanhã chova. há quem entenda ser tudo uma velha manobra para aquietar bolsões
→ Necessidade / Obrigatoriedade: É preciso que chova amanhã. / radicais do PMDB contrários às políticas monetária e fiscal. Seja
Tem de chover amanhã. como for, fortalecem-se os sinais de que a política macroeconômica,
Os exemplos acima permitem perceber que há quatro aspectos apesar de certo êxito, ainda se sustenta em bases políticas frágeis.
gramaticais centrais nesse fenômeno:
Para risco do próprio governo. Pois o presidente estará minando o
1º) Oração Principal + Oração Subordinada Substantiva, em que a terreno à sua frente se aceitar as pressões para alterar a política de
Principal é o modalizador, e a Subordinada é a informação: metas de inflação, o câmbio flutuante e cassar a autonomia
É evidente que vai chover. operacional com que na prática trabalha o BC.” O Globo, 30 de
É provável que chova. novembro de 2017
É possível que chova.
Não é usual que chova. 4. Observe: “Consta que o presidente Michel Temer teria ficado
especialmente irritado com a última alta dos juros determinada pelo
2º) Advérbio ou Locução Adverbial (de afirmação, de dúvida, de Copom.” Esta passagem do Texto 2 pode ser dividida em fatos e
negação, alguns de tempo): hipótese.
Certamente vai chover. (A) Levando em conta a ordem de ocorrência real dos fatos, aponte
Provavelmente vai chover. qual é o fato e qual é a hipótese.
Dificilmente vai chover. (B) Cite as palavras que revelam a hipótese.
Aqui chove com frequência.

POR 19
INTERPRETAÇÃO
5. “Seja como for, fortalecem-se os sinais de que a política dentro dos muros de penitenciárias modernas e confortáveis, a elite
macroeconômica, apesar de certo êxito, ainda se sustenta em bases brasileira viveria o seu sonho de segurança total: guardas 24 horas
políticas frágeis.” (TEXTO 2). Nessa passagem, o autor emite uma por dia e o convívio exclusivo dos seus pares.
opinião calcada num fato. Identifique essa opinião. Luís Fernando Veríssimo – O Globo

GABARITO 1. O conteúdo do Texto 3 pode ser sintetizado pelo seguinte dito


popular:
1. (A) Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
(A) O ar-condicionado está ou esteve quebrado. (B) Quem com porcos se mistura farelos come.
(B) Houve uma sequência de dias frios. O falante prefere o calor (?) (C) Quem furta pouco é ladrão, quem furta muito é barão.
(C) Ocorreu ou está ocorrendo uma liquidação no shopping
(D) Orozimba estava solteiro e demorou a casar-se. (D) A ocasião faz o ladrão.
(E) A pessoa está acima do peso.
(F) O falante encontrou algum defeito em sua interlocutora. 2. Está incorreta a modalidade apontada na alternativa:
(A) “Não existe um consenso sobre se a elite também vai para a
2. cadeia nos países desenvolvidos porque as cadeias são melhores
(A) Pretendo ir à comemoração. ou se as cadeias são melhores porque a elite as frequenta. Não
(B) Você me traiu, talvez mais de uma vez – mas não na mesma
importa.” Modalizador de opinião: certeza.
semana...
(C) Você certamente me traiu. (B) “O fato é que se pode prever um sensível aprimoramento de
(D) Você me traiu antes e talvez o tenha feito de novo. instalações e serviços nas nossas prisões com a qualificação
(E) Sei que com certeza tu me queres. progressiva da sua população.” Modalizador de opinião:
(F) Você é favorável a bater em crianças – mas talvez não com um possibilidade.
tijolo. (C) “As empreiteiras teriam interesse dobrado em construir boas
penitenciárias, e as financeiras em financiá-las, para garantir sua
3.
participação num novo e lucrativo mercado e porque a qualquer
(A) Houve um aumento recente nas passagens.
(B) Algumas promessas foram cumpridas. hora elas poderiam hospedar seus executivos, para os quais
(C) Não sabemos se as promessas serão cumpridas (confiamos?) reservariam as coberturas" Modalizador de opinião:
possibilidade.
4. (D) “A inevitável melhora dos serviços penitenciários serviria como
(A) Fato: O Copom determinou alta dos juros recentemente. incentivo para confissões voluntárias.” Modalizador de
Hipótese: Temer ficou irritado. opinião: obrigatoriedade.
b) “Consta” e “teria”.

5. O fato é que a política macroeconômica traz bons resultados, e a 3. Assinale a correspondência errada:
opinião é que as bases políticas são frágeis. (A) “Não importa.” – Opinião do autor.
(B) “Um sistema de cotações – cinco estrelas para prisões com celas
executivas, por exemplo – e a possibilidade de o condenado
EXERCÍCIOS PROPOSTOS escolher sua penitenciária na hora da sentença assegurariam o
funcionamento do sistema em bases empresariais.” – Hipótese
(C) “O novo e saudável hábito de prender corruptos pode ter
TEXTO 3: Qualificação desdobramentos inesperados.” – Opinião do autor
(D) “A inevitável melhora dos serviços penitenciários serviria como
Não existe um consenso sobre se a elite também vai para a incentivo para confissões voluntárias.” – Fato
cadeia nos países desenvolvidos porque as cadeias são melhores ou
se as cadeias são melhores porque a elite as frequenta. Não importa.
O fato é que se pode prever um sensível aprimoramento de 4. Na linha argumentativa do texto, o tempo verbal e o aspecto
instalações e serviços nas nossas prisões com a qualificação textual predominantes são, respectivamente:
progressiva da sua população. (A) pretérito perfeito do indicativo – factual
Um sistema de cotações – cinco estrelas para prisões com (B) imperfeito do subjuntivo – hipotético
celas executivas, por exemplo – e a possibilidade de o condenado (C) gerúndio – factual
escolher sua penitenciária na hora da sentença assegurariam o (D) futuro do pretérito do indicativo – hipotético
funcionamento do sistema em bases empresariais. As empreiteiras
teriam interesse dobrado em construir boas penitenciárias, e as
financeiras em financiá-las, para garantir sua participação num novo 5. O subentendido apontado extrapola o sentido textual na
e lucrativo mercado e porque a qualquer hora elas poderiam alternativa:
hospedar seus executivos, para os quais reservariam as coberturas. (A) “As empreiteiras teriam interesse dobrado em construir boas
O novo e saudável hábito de prender corruptos pode ter penitenciárias...” – As empreiteiras não têm interesse em
desdobramentos inesperados. A inevitável melhora dos serviços construir boas penitenciárias.
penitenciários serviria como incentivo para confissões voluntárias.
(B) “O novo e saudável hábito de prender corruptos pode ter
Acabariam as lutas jurídicas, a indústria de liminares e a
proliferação de habeas-corpus, desafogando o nosso sistema desdobramentos inesperados” – Não havia o hábito de se
judiciário, já que muitos acusados prefeririam reconhecer sua culpa prenderem corruptos.
e ir logo para a cadeia, escolhendo a que tivesse o melhor bar ou (C) “Acabariam as lutas jurídicas,(...)” – Há lutas jurídicas.
ginásio, ou de acordo com a programação da TV a cabo. (D) “Mas dentro dos muros de penitenciárias modernas e
Conhecendo-se a nossa indústria construtora, haveria o risco confortáveis, a elite brasileira viveria o seu sonho de segurança
de as construções de luxo excluírem as construções populares, como total: guardas 24 horas por dia e o convívio exclusivo dos seus
já acontece no mercado de imóveis, e de os criminosos comuns
pares.” – A elite brasileira sonha com a segurança total.
ficarem sem cadeia, o que aumentaria a insegurança nas ruas. Mas

POR 20
INTERPRETAÇÃO
6. A Dove – marca comercial de produtos de beleza – lançou, para GABARITO
o atual verão, uma campanha intitulada:
1. C
O SOL NASCEU PRA TODAS. NOVA LINHA DOVE 2. D
VERÃO. 3. D
4. D
5. A
TRATA BEM TODAS AS MULHERES. 6. D
www.campanhapelarealbeleza.com.br 7. B
Na revista Pais e Filhos, essa campanha expõe a imagem de uma 8.
mulher “magra e sem curvas” e, ao lado, o seguinte texto: (IV) Aos 16 anos, o jovem brasileiro pode votar.
(III) A partir dos 18 anos, o jovem brasileiro deve votar.
TEM PRAIA QUE TAMBÉM É RETA E SEM CURVAS (V) Vai fazer frio, você deve levar um guarda-chuva.
(I) Vai fazer frio e pode chover.
E TODO MUNDO ACHA O PARAÍSO.
(II) O tempo fechou, deve chover mais tarde.

A partir das informações acima, só não se pode concluir da 9.


campanha: (A) sugere que o enunciador tem uma namorada, a qual mora em
(A) tem caráter includente, isto é, visa a incluir todas as mulheres, São Paulo; a frase
até as consideradas feias. (B) sugere que o enunciador tem mais de uma namorada, uma das
(B) os vocábulos SOL, VERÃO e PRAIA mantêm vínculo quais mora em São Paulo.
semântico entre si.
10.
(C) foi feita uma analogia entre mulher (na revista citada) e praia, (A), afirma-se que TODOS os alunos se dedicaram e, assim,
explorando aspecto em comum. TODOS foram aprovados. Na frase
(D) toda praia paradisíaca é reta e sem curvas. (B), indica-se que NEM TODOS se dedicaram, e portanto NEM
TODOS foram aprovados – foram aprovados APENAS os que se
7. “TEM PRAIA QUE TAMBÉM É RETA E SEM CURVAS E dedicaram.
TODO MUNDO ACHA O PARAÍSO.” O objetivo de uma
campanha publicitária é sempre persuadir o leitor (ou espectador).
Esse texto transcrito traz um recurso de persuasão (analogia) que EXERCÍCIOS DO CONCURSO
pode ser considerado falacioso, já que não há, entre os elementos
comparados, nenhuma relação direta que garanta a coerência da TEXTO I
analogia. Isso porque
(A) ser mulher não garante a ninguém a presença de curvas. Trecho da peça teatral A raposa e as uvas, escrita por Guilherme
(B) não há uma relação de causa e efeito entre “apreciar praia reta e de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grécia antiga),
sem curva” com “apreciar mulher reta e sem curva”. na casa de Xantós, um filósofo grego, que recebe o convidado
(C) não há uma única mulher sem curva, da mesma forma como Agnostos, um capitão ateniense. O jantar é servido por Esopo e
Melita, escravos de Xantós.
nenhuma praia é retilínea.
(D) o fato de uma praia – ou mulher – ser reta e sem curva não
(Entra Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa. Está
garante que todo mundo a ache um paraíso. coberto com um pano. Xantós e Agnostos se dirigem para
a mesa, o primeiro faz ao segundo um sinal para sentarem-
8. Dê o sentido dos verbos “dever” e “poder” nos itens abaixo, se.)
considerando a legenda: 05 XANTÓS (Descobrindo o prato) – Ah, língua! (Começa a
(I) possibilidade comer com as mãos, e faz um sinal para que Melita sirva
(II) probabilidade Agnostos. Este também começa a comer vorazmente,
(III) obrigatoriedade dando grunhidos de satisfação.) Fizeste bem em trazer
língua, Esopo. É realmente uma das melhores coisas do
(IV) permissão
10 mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve,
(V) sugestão Xantós bebe.) Vês, estrangeiro, de qualquer modo é bom
possuir riquezas. Não gostas de saborear esta língua e este
( ) Aos 16 anos, o jovem brasileiro pode votar. vinho?
( ) A partir dos 18 anos, o jovem brasileiro deve votar. AGNOSTOS (A boca entupida, comendo) – Hum.
( ) Vai fazer frio, você deve levar um guarda-chuva. 15 XANTÓS – Outro prato, Esopo. (Esopo sai à esquerda e
( ) Vai fazer frio e pode chover. volta imediatamente com outro prato coberto. Serve,
Xantós de boca cheia.) Que é isto? Ah, língua de fumeiro!
( ) O tempo fechou, deve chover mais tarde.
É bom língua de fumeiro, hein, amigo?
AGNOSTOS – Hum. (Xantós serve-se de vinho) /.../
9. Com frequência, o pressuposto está atrelado a alguma estrutura
gramatical. Compare as duas frases a seguir e explicite qual 20 XANTÓS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes
pressuposto se altera a partir da presença ou ausência da vírgula: aí?
a) Tenho uma namorada, que mora em São Paulo. ESOPO – Língua.
XANTÓS – Mais língua? Não te disse que trouxesse o que
b) Tenho uma namorada que mora em São Paulo.
há de melhor para meu hóspede? Por que só trazes língua?
25 Queres expor-me ao ridículo?
10. Compare as duas frases a seguir e explicite qual pressuposto se ESOPO – Que há de melhor do que a língua? A língua é
altera a partir da presença ou ausência da vírgula: o que nos une todos, quando falamos. Sem a língua nada
(A) Os alunos, que se dedicaram, foram aprovados. poderíamos dizer. A língua é a chave das ciências, o órgão
(B) Os alunos que se dedicaram foram aprovados. da verdade e da razão. Graças à língua dizemos o nosso
30 amor. Com a língua se ensina, se persuade, se instrui, se
POR 21
INTERPRETAÇÃO
reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, TEXTO II
se afirma. É com a língua que dizemos
sim. É a língua que ordena os exércitos à vitória, é a língua Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou
que desdobra os versos de Homero. A língua cria o o emprego bem remunerado numa agência de publicidade e rumou
35 mundo de Ésquilo, a palavra de Demóstenes. Toda a para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. Lá chegando,
Grécia, Xantós, das colunas do Partenon às estátuas de anotou o nome e o endereço de todos os diretores, produtores e
Pidias, dos deuses do Olimpo à glória sobre Tróia, da ode executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente
do poeta ao ensinamento do filósofo, toda a Grécia foi feita é o pedido de emprego mais eficaz que alguém já escreveu, pois
com a língua, a língua de belos gregos claros falando para resultou em três entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de
40 a eternidade. roteirista assistente na MGM.
XANTÓS (Levantando-se, entusiasmado, já meio ébrio) –
Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que há de Prezado senhor:
melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo)
Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas,
45 pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se à frente como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de
com o saco, Xantós fala a Agnostos.) Então, não é útil e palavras solenes, como pudico, ranzinza, pecunioso,
bom possuir um escravo assim? valetudinário. Gosto de palavras espúrias, enganosas, como
AGNOSTOS (A boca cheia) – Hum. /.../ 05 mortiço, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves
(Entra Esopo com prato coberto) palavras com “V”, como Svengali, avesso, bravura, verve.
50 XANTÓS – Agora que já sabemos o que há de melhor na Gosto de palavras crocantes, quebradiças, crepitantes,
terra, vejamos o que há de pior na opinião deste horrendo como estilha, croque, esbarrão, crosta. Gosto de palavras
escravo! Língua, ainda? Mais língua? Não disseste que emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo,
língua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? 10 macambúzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras
ESOPO – A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. chocantes, exclamativas, enfáticas, como astuto, estafante,
55 É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes,
processos, a mãe de todas as discussões. É a língua que rebuscadas, como estival, peregrinação, Elísio, Alcíone.
usam os maus poetas que nos fatigam na praça, é a língua Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas,
que usam os filósofos que não sabem pensar. É a língua 15 como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de
que mente, que esconde, que tergiversa, que blasfema, que palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulhão,
60 insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que arroto.
bajula, que destrói, que calunia, que vende, que seduz, é Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e
com a língua que dizemos morre e canalha e corja. É com por isso resolvi largar meu emprego numa agência de
a língua que dizemos não. Com a língua Aquiles mostrou 20 publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood,
sua cólera, com a língua a Grécia vai tumultuar os pobres mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde
65 cérebros humanos para toda a eternidade! Aí está, Xantós, passei um ano estudando, contemplando e perambulando.
porque a língua é a pior de todas as coisas! Acabei de voltar e ainda gosto de palavras.
Posso trocar algumas com o senhor?
(FIGUEIREDO, Guilherme. A raposa e as uvas – peça em 3 25 Robert Pirosh
atos. Cópia digitalizada pelo GETEB – Grupo de Estudos e Madison Avenue, 385
Pesquisa emTeatro Brasileiro/UFSJ. Disponível para fins Quarto 610
didáticos em www.teatroparatodosufsj.com.br/
Nova York
download/guilherme-figueiredo-araposa- e-as-uvas-2/ Acesso
em 13/03/2019.)
Eldorado 5-6024.
01. AFA Sobre o texto I, é INCORRETO afirmar que (USHER, Shaun .(Org) Cartas extraordinárias: a correspondência
(A) há elementos estruturais utilizados pelo autor no intuito de inesquecível de pessoas notáveis. Trad. de Hildegard Feist. São
apresentar informações pertinentes à atuação dos personagens. Paulo: Companhia das Letras, 2014.p.48.)
(B) existe a articulação de um discurso metalinguístico que ratifica
a postura enaltecedora e inflexível do autor em torno da 3. AFA Analisando a forma e o objetivo do texto II, é correto
palavra. afirmar que
(C) se estabelece um conflito comunicativo entre os personagens (A) a linguagem utilizada é acentuadamente formal, já que o
Esopo e Xantós, o que expressa, de maneira simbólica, a remetente está em um contexto que necessita desse tipo de
versatilidade da língua. tratamento.
(D) se articula um jogo semântico ao longo do texto, responsável (B) para convencer o destinatário, Robert utilizou, ao longo da carta,
por trazer ao diálogo um grau de imprevisibilidade, que confere discurso direto, caracterizando assim um tom de proximidade e
criatividade à peça. amizade com o receptor.
(C) o texto é marcadamente denotativo, possibilitando ao
02. AFA De acordo com o texto I, “a Grécia foi feita com a língua, destinatário perceber a versatilidade linguística do remetente.
a língua dos belos gregos claros falando para a eternidade.” Na visão (D) a carta se utiliza de elementos da função emotiva – centrada no
de Esopo, para falar “para a eternidade” a língua deveria emissor – ainda que a intenção predominante do autor seja a
função apelativa – conquistar o receptor.
(A) servir para ações mais corriqueiras como comer (“comer
vorazmente”, “comer com as mãos”) e soltar “grunhidos”. 4. AFA Observando as palavras destacadas nos itens abaixo e
(B) produzir obras capazes de “tumultuar os pobres cérebros levando em consideração os exemplos citados pelo locutor
humanos para toda a eternidade.” para explicar aquelas das quais ele gosta, assinale a
(C) saber que “É a língua que mente, que esconde, que tergiversa, alternativa em que a substituição sugerida entre parênteses
que blasfema, que insulta (...)”. alteraria o sentido da frase.
(D) estar acima das ações menores e servir para criar, explicar, (A) “Gosto de palavras gordas, untuosas (...)” (l. 1 e 2) –
cantar, elogiar, descrever, etc. É a língua, podemos dizer, a (lubrificadas)
serviço de ações elevadas. (B) “Gosto de palavras espúrias (...)” (l. 4) – (hipotéticas)
(C) “Gosto de palavras emburradas (...)” (l. 9) – (aborrecidas)
(D) “Gosto de palavras chocantes (...)” (l. 9 e 10) – (eletrizantes)
POR 22
INTERPRETAÇÃO
5. AFA Abaixo, são feitas algumas afirmações que tomaram como TEXTO IV
referência o texto II:
Poesia
I. “Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator” pode
ser substituída corretamente por ‘Gosto mais da palavra Gastei a manhã inteira pensando um verso
roteirista do que da palavra redator.’ que a pena não quer escrever.
II. A palavra “vermiformes”, na sua etimologia, quer dizer No entanto ele está cá dentro
aquilo que mata as formas dos vermes. inquieto, vivo.
III. Em “perambulando” (do verbo perambular), o sentido é andar Ele está cá dentro
sem rumo, vagar. Nos substantivos “ambulância” e e não quer sair.
“ambulante” existe também a ideia de movimento. Mas a poesia deste momento
IV. Em “Gosto de palavras”, o mesmo verbo “gostar” tem sentido inunda minha vida inteira.
e regência diferentes do apresentado na frase: “E o homem
angustiado gostou o pão e gostou o vinho...” (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 8. ed. Rio de Janeiro:
Record, 2007, p. 45.)
Estão corretas
(A) III e IV apenas. (B) II e IV apenas. 9. AFA Assinale a alternativa INCORRETA referente ao texto IV,
(C) I, III e IV apenas. (D) I e II apenas. “Poesia”.
(A) “No entanto”, no terceiro verso, e “Mas”, no penúltimo verso,
6. AFA Considerando o texto II, em que o autor agrupa as palavras têm sentido adversativo; reforçam a luta do poeta com as
para poder classificá-las, assinale a alternativa verdadeira: palavras.
(A) “choramingar” significa chorar aos berros, para chamar a (B) No segundo verso, “que a pena não quer escrever”, a forma
atenção dos outros. Equivale à expressão “Quem não chora não verbal apropriada, para o racionalismo que o poema defende,
mama”. seria “quis escrever”.
(B) Em “Gosto de palavras com “V”, como Svengali, avesso, (C) O poema fala da própria busca da poesia. Trata-se de um texto
bravura, nota-se a presença do efeito da aliteração, também metalinguístico.
usado em poesia. (D) Em “inunda minha vida inteira” há um exagero verbal, que
(C) Em “Palavras escorregadias”, está presente a linguagem recebe o nome de hipérbole; o exagero nasce do contentamento
denotativa, que equivale, por exemplo, a “Os ombros suportam do eu-lírico.
o mundo”.
(D) Em “onde passei um ano estudando”, o termo “onde” indica a
posse de um lugar imaginário, a que o autor nunca foi. TEXTO V

7. AFA Tomando por base seus conhecimentos gramaticais, Romance das palavras aéreas
assinale a alternativa INCORRETA, referente ao texto II.
(A) “Palavras elegantes” são as preferidas do autor; elas mostram a /.../
posição cultural de alguém que, por ser jornalista, não pode usar Ai, palavras, ai, palavras,
palavras de cunho popular. que estranha potência a vossa!
(B) A palavra “vermiformes” é uma evidência de que um idioma é ai, palavras, ai, palavras,
marcado por processos de criação de novas palavras, a partir de sois de vento, ides no vento,
outras já existentes na língua. 05 no vento que não retorna,
(C) Em “Posso trocar algumas [palavras] com o senhor?”, o sentido e, em tão rápida existência,
é dialogar, conversar. Equivaleria à expressão “Ter um dedo de tudo se forma e transforma!
prosa com alguém”. sois de vento, ides no vento,
(D) A repetição da expressão “Gosto de palavras” de algum modo E quedais, com sorte nova!
intensifica o gosto do autor por palavras. 10 Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência a vossa!
todo o sentido da vida
TEXTO III principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
Janela sobre a palavra (V) 15 seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
Javier Villafañe busca em vão a palavra que deixou escapar bem calúnia, fúria, derrota...
quando ia pronunciá-la. Onde terá ido essa palavra, que ele tinha na /.../
ponta da língua? frágil, frágil como o vidro
Haverá algum lugar onde se juntam todas as palavras que não e mais que o aço poderosa!
quiseram ficar? Um reino das palavras perdidas?
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. São Paulo:
As palavras que você deixou escapar, onde estarão à sua espera?
Global, 2015.p.150-152.)
(GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. Porto Alegre: L&PM, 2017,
p. 222) 10. AFA Sobre os textos analisados nesta prova, é correto afirmar
que
8. AFA Sobre o texto III, é correto afirmar que (A) todos trazem em comum o tema da dificuldade de se encontrar
(A) utiliza a metalinguagem para reforçar a ideia de que a poesia só palavras que traduzam os sentimentos humanos.
existe quando se consegue usar a palavra certa, exata. (B) o texto V aborda tanto a palavra positiva, que constrói, quanto a
(B) se assemelha ao texto II, pois ambos são do gênero carta. destrutiva, que arruína.
(C) nele o escritor se refere às palavras que escaparam antes de (C) os textos IV e V corroboram a ideia de que o trabalho do poeta
serem pronunciadas; elas estariam, talvez, em um “Reino das está à mercê das palavras que muitas vezes não conseguem
palavras perdidas”. expressar o que ele deseja.
(D) a expressão “na ponta da língua” equivale à expressão do texto (D) o texto I tematiza a dualidade no que se refere às variedades
I “é fonte de todas as intrigas”. linguísticas, quer sejam sociais ou geográficas.

POR 23
INTERPRETAÇÃO
11. AFA Assinale a alternativa em que a mudança sugerida altera (C) formulação de conceitos gerais que simplifiquem uma tese
o sentido da expressão no contexto de que foi extraída. controversa
(A) “(...) horrendo escravo!” (texto I, l. 51 e 52) > escravo horrendo. (D) delimitação de aspectos distintos que compõem um problema
(B) “(...) pobres cérebros (...)” (texto I, l. 64 e 65) > cérebros pobres. complexo
(C) “(...) grande salto (...)” (texto II, l. 21) > salto grande.
(D) “(...) tão rápida existência,” (texto V, verso 6) > existência tão 2. UERJ “Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer
rápida. que a difusão instantânea de notícias realmente informa as pessoas.”
(2º PARÁGRAFO)
GABARITO Ao empregar a expressão destacada neste trecho, o autor indica sua
1. B discordância em relação a uma ideia difundida como verdade
2. D inquestionável. No mesmo parágrafo, outra expressão empregada
com a mesma finalidade está destacada em:
3. D
(A) “É como se o mundo houvesse se tornado, para todos, ao alcance
4. A da mão.”
5. D (B) “Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz
6. A de homogeneizar o planeta”
7. D (C) “...tornando também mais distante o sonho de uma cidadania de
8. B fato universal.”
9. C (D) “Enquanto isso, o culto ao consumo é estimulado.”
10. C
3. UERJ “A partir desse mito e do encurtamento das distâncias –
11. D para aqueles que realmente podem viajar – também se difunde a
noção de tempo e espaço contraídos.” (2º PARÁGRAFO)
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO O comentário introduzido entre travessões apresenta um ponto de
vista do autor que se sustenta em um elemento subentendido. Esse
elemento está associado à existência, na sociedade, de
Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. De
(A) valores familiares
fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim
(B) apelos publicitários
apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de
(C) diversidade cultural
sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo
(D) desigualdade econômica
menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos
fazem vê-lo: a globalização como fábula. O segundo seria o mundo
4. UERJ “Na verdade, para a maior parte da humanidade, a
tal como ele é: a globalização como perversidade. E o terceiro, o
globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades.”
mundo como ele pode ser: uma outra globalização.
(3º PARÁGRAFO)
Este mundo globalizado, visto como fábula, constrói como
No terceiro parágrafo, as frases posteriores ao trecho citado
verdade um certo número de fantasias. Fala-se, por exemplo, em
desenvolvem a argumentação do autor por meio da apresentação de
aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de notícias
(A) hipóteses
realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento
(B) evidências
das distâncias – para aqueles que realmente podem viajar – também
(C) digressões
se difunde a noção de tempo e espaço contraídos. É como se o
(D) discordâncias
mundo houvesse se tornado, para todos, ao alcance da mão. Um
mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de
5. UNICAMP Certo morador de Campinas (SP) colou dois
homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferenças locais são
adesivos no para-brisa traseiro de seu carro. Acima:
aprofundadas. O mundo se torna menos unido, tornando também
DEUS É FIEL
mais distante o sonho de uma cidadania de fato universal. Enquanto
E mais abaixo:
isso, o culto ao consumo é estimulado.
PORQUE PARA DEUS NADA É IMPOSSÍVEL
Na verdade, para a maior parte da humanidade, a globalização
Lidas como se fossem um enunciado, as duas mensagens criam um
está se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego
sentido aparentemente indesejado pelo motorista. Considerando-se
crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias
esta hipótese,
perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A
a) o que se estaria afirmando sobre a fidelidade?
fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas
b) o que o dono do carro poderia estar afirmando sobre si próprio?
enfermidades se instalam e velhas doenças, supostamente
extirpadas, fazem seu retorno triunfal.
Todavia, podemos pensar na construção de um outro mundo, GABARITO
mediante uma globalização mais humana. As bases materiais do
período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a 1. D
convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas 2. A
bases técnicas que o grande capital se apoia para construir a 3. D
globalização perversa de que falamos acima. Mas essas mesmas 4. B
bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a 5. a) Estaria afirmando que a fidelidade só é possível para Deus.
serviço de outros fundamentos sociais e políticos. b) Estaria afirmando a sua própria infidelidade. Pois se somente
MILTON SANTOS. Adaptado de Por uma outra globalização: do Deus é fiel, e o dono do carro não é Deus, então ele não é fiel.
pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004.

1. UERJ No primeiro parágrafo, o autor apresenta uma


caracterização negativa do mundo atual, ao mesmo tempo que
propõe um procedimento de análise desse contexto que permitiria
superá-lo. Esse procedimento de análise está explicado em:
(A) contestação de práticas históricas que geram injustiças sociais
(B) simulação de cenários futuros que possibilitem novas relações
humanas

POR 24
INTERPRETAÇÃO
TÓPICO: INTERPRETAÇÃO “O modo indicativo serve para “Serve para exprimir um fato
SUBTÓPICO: ASPECTOS ESPECÍFICOS DE exprimir um fato certo, real, irreal, provável, duvidoso.
INTERPRETAÇÃO verdadeiro.” (Sacconi, Nossa É o modo das orações
CAPÍTULO: ASPECTOS VERBAIS: TEMPO, MODO, Gramática, 28ª edição, pág. subordinadas e das orações
PESSOA, NÚMERO 272) optativas.” (Sacconi, Nossa
Gramática, 28ª edição, pág.
280)
AVISO: Neste capítulo abordaremos os aspectos
1. Modo Indicativo:
SEMÂNTICOS das formas verbais. Para os aspectos estruturais
(morfológicos), ver Apostila de Gramática, Capítulo 5.
São 6 os tempos verbais do Modo Indicativo. O único deles que
NÃO EXPRIME CERTEZA é o Futuro do Pretérito, como veremos
Das 10 classes de palavras existentes na Língua Portuguesa, seis são
variáveis: substantivos, adjetivos, pronomes, artigos, numerais e a seguir:
verbos.
I- Futuro do Pretérito: exprime hipótese, possibilidade, e assim,
E destas, apenas os verbos flexionam em Tempo & Modo, além de SEMANTICAMENTE, aproxima-se dos tempos do Subjuntivo.
variar também em Número (singular / plural) e Pessoa (1ª, 2ª e 3ª). Ex: Se eu pudesse, viajaria para a Europa nas próximas férias.
Isso dá aos verbos uma gama enorme de possibilidades e uma carga
muito importante na construção dos sentidos das frases e dos II- Presente do Indicativo
discursos.
Tal tempo pode ter os seguintes valores:
1º Momento: MODO E TEMPO. a) Presente pontual: simultâneo ao momento da enunciação.
Ex.: “Estou a caminho da escola.”
Além das formas nominais (Infinitivo, Gerúndio, Particípio), há três
Modos verbais: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo. Comecemos b) Presente contextual: não se restringe à enunciação, pois começa
comparando os dois primeiros: no passado e se estende ao futuro.
Ex.: “Moro no Rio de Janeiro.”
MODO INDICATIVO: MODO SUBJUNTIVO:
“É o modo que normalmente “O modo subjuntivo ocorre c) Presente habitual: dá ideia frequentativa (iterativa) e não
aparece nas orações normalmente nas orações necessariamente ocorre no momento da enunciação.
independentes, e nas independentes optativas, nas Ex.: “Acordo às 6h30.”
dependentes que encerram um imperativas negativas e
fato real ou tido como tal.” afirmativas (nestas últimas d) Presente eterno (denota verdade universal): é usado para denotar
(Bechara, Gramática Escolar, com exceção da 2ª pessoa do fatos constantes, imutáveis, ou tidos como tais. Também é chamado
pág. 249) singular e plural), nas de presente permansivo.
dubitativas com o advérbio Ex.: “A água ferve a 100ºC.”
talvez e nas subordinadas em
que o fato é considerado e) Presente narrativo (ou histórico): tem valor de pretérito, dando
como incerto, duvidoso ou ânimo a narrativas, fictícias ou reais.
impossível de se realizar.” Ex.: “Dom Pedro dá o grito do Ipiranga e o Brasil torna-se
(Bechara, Gramática Escolar, independente de Portugal.
pág. 254)
“Com o modo indicativo “Como o próprio nome f) Presente enfático: tem valor de futuro, mas acentua certeza em
exprime-se, em geral, uma ação indica, o subjuntivo denota torno de um fato.
ou um estado considerados na que uma ação, ainda não Ex.: “Quando você começa no novo emprego?”
sua realidade ou na sua realizada, é concebida como
certeza, quer em referência ao dependente de outra, expressa g) Emprego com valor de imperfeito do subjuntivo, apontando
presente, quer ao passado ou ao ou subentendida. Daí o seu situação hipotética.
futuro. É, fundamentalmente, o emprego normal na oração Ex.: “Se você sai de casa mais cedo, não se atrasaria.”
modo da oração principal.” subordinada. Quando usado
(Celso Cunha e Lindley Cintra, em orações absolutas ou h) Emprego com valor de futuro do subjuntivo, apontando situação
A Nova Gramática do principais, envolve sempre a hipotética.
Português Contemporâneo, ação verbal de um matiz Ex.: “Quando você chega na Avenida Maracanã, dobra à direita.
3ªed., pág. 448). afetivo que acentua
fortemente a expressão da i) Não existe presente composto, mas o presente é usado como
vontade do indivíduo que auxiliar na formação do pretérito perfeito composto do indicativo
fala.” (Celso Cunha e Lindley (Verbo TER ou HAVER + Particípio verbal), denotando fato
Cintra, A Nova Gramática do iniciado no passado, extensivo ao presente, com tendência ao futuro.
Português Contemporâneo, 3ª Ex.: “Tenho andado distraído...”
ed., pág. 466).
“enuncia pura e simplesmente “participa afetivamente da III- Pretéritos do Indicativo
o processo; é o modo da ideia verbal, desejando-a,
realidade, da informação” supondo-a, ou a a) O Pretérito Imperfeito expressa passado impontual duradouro.
(Celso Luft, Moderna considerando duvidosa; é o Ex.: “Ela morava em Salvador.”
Gramática Brasileira, pág. modo da irrealidade, da
171) hipótese, da dúvida; modo
b) O Pretérito Imperfeito expressa passado impontual
subjetivo.”(Celso Luft,
Moderna Gramática frequentativo.
Brasileira, pág. 171) Ex.: Íamos à praia toda semana.
POR 25
INTERPRETAÇÃO
c) Em solicitações, o Pretérito Imperfeito expressa polidez ou III. Futuro: Quando chegar, por favor me avise.
modéstia. Se você vir a Maria, diga que mandei um beijo.
Ex.: Podia passar o sal, por favor?
3. Modo Imperativo
d) No colóquio principalmente, o Pretérito Imperfeito substitui o
futuro do pretérito, quando se quer exprimir segurança, certeza. Indica ordem, pedido, comando. Em certos contextos pode ser
Ex.: Você podia competir nas Olimpíadas!! considerado deseducado (autoritário). Bastante empregado em
textos de publicidade/propaganda e em textos injuntivos (receitas,
e) Nas fantasias, o Pretérito Imperfeito é usado para denotar o manuais).
irreal. Ex.:
Ex.: “Era uma vez uma princesa que vivia isolada numa torre...” ►Vote em mim! ►Se dirigir, não beba!
►Nunca diga nunca! ►Agite antes de beber.
f) O Pretérito Perfeito expressa passado pontual, enquadrando um ►Mantenha longe do alcance ►Se ingerido ou inalado,
fato dentro de um espaço de tempo determinado. das crianças procure um médico
Ex: Estive em Brasília.
2º Momento: PESSOA E NÚMERO
g) O Pretérito Mais-que-perfeito, tanto o simples quanto o
composto, denota uma ação passada anterior a outra também A 1ª pessoa corresponde ao Emissor (ou enunciador) da mensagem.
passada. Em geral, uma ênfase na 1ª pessoa significa um envolvimento desse
Ex: Quando ela chegou, a aula já começara. enunciador com o conteúdo do texto – expondo sentimentos,
impressões, opiniões.
g.1) Na linguagem cotidiana, usamos com mais frequência o É comum, em textos argumentativos, o uso da 1ª pessoa do plural
Pretérito Mais-que-perfeito composto (Verbo TER ou HAVER (nós) para envolver o leitor e convencê-lo do ponto de vista
no Pret. Imperfeito + Particípio): abordado.
Ex: Quando ela chegou, a aula já começara. = Quando ela chegou, A 2ª pessoa é o Receptor (ou interlocutor). O foco na 2ª pessoa
a aula já tinha começado. = Quando ela chegou, a aula já havia significa que o texto se dirige diretamente a alguém, recurso
começado. habitual em gênero como as cartas e na publicidade / propaganda.
Vale lembrar que os pronomes de tratamento (você(s),
h) Em linguagem solene, formal, ainda aparece o Pretérito Mais- senhor(a)(s)...) são conjugados na 3ª pessoa, mas semanticamente
que-perfeito com valor de Futuro do Pretérito. equivalem à 2ª pessoa.
Ex: Que fora de mim sem a tua companhia!... A estruturação de um texto na 3ª pessoa costuma indicar uma
abordagem objetiva, pois não envolve diretamente nem o Emissor
i) Em linguagem solene, formal, ainda aparece o Pretérito Mais- nem o Receptor.
que-perfeito com valor de Pretérito Imperfeito do subjuntivo. Cada uma dessas pessoas do discurso apresenta pronomes e verbos
Ex: Quisera eu estar em Paris na primavera... também na sua forma plural, configurando a flexão em Número.

IV- Futuro do Presente: expressa fato que ainda vai se realizar, EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
mediante ou não certa condição.
Ex: Estarei em sua casa às 16h. 1. Numere as frases conforme o aspecto apresentado pelas formas
Chegarei a tempo, a não ser que chova forte. verbais no Presente destacadas:
a) O futuro do presente é, por vezes, usado no lugar do presente, (1) Presente pontual (4) Presente habitual
para expressar incerteza ou ideia aproximada. Nesse caso, é comum (2) Presente contextual (5) Presente narrativo
a ambiência interrogativa. (3) Presente eterno (6) perfeito composto
Ex: - Será que vai chover? Estará correta a previsão do tempo?
(A) ( ) A imprensa tem dedicado atenção aos Jogos
b) O futuro do presente pode ter valor imperativo. Olímpicos.
Ex: - Não matarás. (B) ( ) Esta homenagem me deixa emocionado.
(C) ( ) O homem é um ser vivo.
2. Modo Subjuntivo (D) ( ) A história comprova que a mulher é forte.
(E) ( ) Branca de Neve, assim que o caçador não quis
Possui apenas três tempos: Presente, Pretérito e Imperfeito e Futuro, matá-la, corre, corre para a floresta e ali desmaia,
sempre expressando desejo, impressão, dúvida, possibilidade, sendo encontrada logo depois pelos anãozinhos.
hipótese... (F) ( ) Todo dia ela faz tudo sempre igual...

I. Presente: Quero que você venha aqui. 2. Numere as frases conforme o aspecto apresentado pelas formas
Tomara que o fim de semana chegue logo! verbais no Pretérito destacadas:
(1) Ação habitual no (4) Indica polidez em um
II. Pretérito Imperfeito: Se você soubesse o quanto gosto de passado pedido
você... (2) Ação repetitiva no (5) Ação passada anterior a
Gostaria que você comprasse esse remédio para mim. passado outra ação passada
(3) Ação pontual no (6) Pretérito mais-que-
passado perfeito composto
POR 26
INTERPRETAÇÃO

(A) ( ) Quando criança, eu joguei futebol. EXERCÍCIOS PROPOSTOS


(B) ( ) Quando criança, eu jogava futebol.
(C) ( ) Na sua partida, eu já estivera no aeroporto. 1. Em que alternativa o fato se inicia no passado, dura e se vem
(D) ( ) Na sua partida, eu havia estado no aeroporto. repetindo até o presente?
(E) ( ) Eu queria sua ajuda aqui... (A) A proposta teve início há cerca de quarenta anos.
(F) ( ) Eu gostava quando você comprava biscoitos para (B) A proposta tem sido discutida há cerca de quarenta anos.
mim (C) A proposta foi discutida há cerca de quarenta anos.
(D) A proposta terá sido discutida daqui a cerca de quarenta anos.
3. Numere as frases conforme o aspecto apresentado pelas formas (E) A proposta vinha sendo discutida há cerca de quarenta anos.
verbais no Futuro destacadas:
(1) Futuro do Presente (3) Futuro do Presente 2. Assinale a frase ambígua:
expressa certeza com valor imperativo (A) Discutimos esta questão há dois anos.
(2) Futuro do Presente (4) Futuro do Pretérito (B) Discutiremos esta questão daqui a dois anos.
expressa incerteza com valor de hipótese (C) Discuti contigo esta questão há dois anos.
(A) ( ) Não sairás daqui, de jeito algum. (D) Discuto contigo esta questão há dois anos.
(B) ( ) Se chovesse hoje, eu tomaria um vinho. (E) Discutia contigo esta questão há dois anos.
(C) ( ) Será que ela chegará a tempo?
(D) ( ) Teria você enlouquecido? LEIA A CRÔNICA DE CARLOS EDUARDO NOVAES PARA
(E) ( ) Não darei aula na semana que vem. RESPONDER ÀS QUESTÕES 03 A 07:

4. Em que alternativa o futuro do presente indica que o fato estará TEXTO 1


concluído antes de outro que lhe é posterior? Juro que nunca entendi muito bem este casamento:
(A) Quando beijei você, outro já a beijara. Capitalismo e Democracia. É claro que ambos precisariam
(B) Beijaria você, se ninguém a tivesse beijado. encontrar um parceiro diante da impossibilidade de tocarem suas
(C) Terei beijado você, quando outro a beijar. vidas, sozinhos. O Capitalismo é um sistema econômico e depende
(D) Beijar-nos-emos, assim que o padre autorizar. de um regime político que o mantenha de pé e lhe permita ganhar
(E) Ninguém a teria beijado, sequer eu. dinheiro. Já a Democracia é apenas uma boa moça que necessita de
um sistema que a sustente e pague suas despesas.
5. A alternativa em que o pretérito imperfeito é usado para indicar Digamos que o Capitalismo entrou em um desses sites de
que, entre dois fatos concomitantes, o expresso por ele já decorria relacionamento de casais e deu de cara com a Democracia.
é: – É com essa que eu vou! – berrou o Capitalismo.
(A) Quando estudava naquela tarde, teve forte premonição. Casaram-se, e, como acontece nos casamentos, os primeiros
(B) Sempre que estudava, aprendia muito. anos foram de juras de amor eterno. Com o tempo, porém, as crises
(C) À medida que estudava, ia aprendendo. começaram a pipocar. O Capitalismo sempre foi um tipo instável,
(D) Estudava para ficar melhor o assunto. temperamental, sem princípios sólidos, que gosta de caminhar sobre
(E) Estudava sempre. suas próprias regras. A Democracia por um momento chegou a
pensar que ele só se casara com ela para desfrutar do seu ideal de
GABARITO igualdade.
Tiveram dois filhos, a Bolsa e o Mercado. A Bolsa saiu ao
1. pai, um temperamento ciclotímico e um comportamento cheio de
(A) (6)
altos e baixos que provocou uma crise monumental em 1929 e quase
(B) (1)
(C) (3) levou o casal à separação. O Mercado, filho querido, cresceu e
(D) (3) passou a tomar conta dos negócios do pai. Ganhou fama e, sempre
(E) (5) que surgia um problema, gritava: “Deixa que o Mercado resolve!”
(F) (4) Às vezes, o Mercado metia os pés pelas mãos, o pai entrava em
crise, e logo chamavam a mãezona.
2. Nos primeiros anos do século passado, um casal gay –
(A) (3)
Comunismo e Totalitarismo – instalou-se na casa ao lado, separada
(B) (1)
(C) (5) por um muro, e passou a infernizá-los. Barbudos, mal-encarados,
(D) (6) não havia um dia que não aparecessem na janela para xingar os
(E) (4) vizinhos. Foram mais de 70 anos de difícil convivência, uma guerra
(F) (2) surda (chegou a ser fria).
Até que, no final dos anos 80, o muro veio abaixo. Sua queda
3. expôs a indigência da casa desmascarando as bravatas do casal gay
(A) (3)
(que se mudou para uma casinha no interior de Cuba). O
(B) (4)
(C) (2) Capitalismo soltou foguetes.
(D) (4) Não demorou muito, em 1997 – menos de 10 anos após a
(E) (1) queda do muro – Bill Clinton, o afilhado preferido do Capitalismo,
alertou o padrinho para não ir com tanta sede ao pote.
4. C – Eu quero é mais! – bradou o pai do Mercado, sentindo-se
5. A
dono do mundo.
POR 27
INTERPRETAÇÃO
Não deu outra: jogando solto, sem ter que dar satisfações a 7. A criatividade do texto está calcada sobretudo
ninguém, o Capitalismo perdeu a noção de limite e acabou (A) no processo de personificação de regimes e sistemas
mergulhando em uma crise existencial que parece não ter fim. A econômicos.
Democracia achou que deveria alertá-lo para o descontrole das (B) na presença de diálogos.
finanças do casal. (C) na mescla de discursos dissertativo e narrativo.
– Você não se mete! – disse ele. – Você não entende nada (D) na mescla de discursos dissertativo e descritivo.
disso! (E) no uso do gênero crônica para falar de regimes e sistemas
Hoje ele respira por aparelhos. Uma junta médica reunida em econômicos.
Davos para diagnosticar seus males admitiu que, para recuperar a
saúde (e o prestígio), o Capitalismo teria que promover mudanças LEIA O TEXTO 2, DE MARION STRECKER, PARA
profundas no seu comportamento. Sua mulher tenta ajudá-lo: RESPONDER ÀS QUESTÕES 08 E 09:
– Você precisa ser mais humano, mais solidário, mais
preocupado com o meio ambiente. Deixar de pensar tanto em TEXTO 2: O FUTURO ERA LINDO
dinheiro, ser menos ganancioso...
– Como? – reagiu ele, certo de que não vai morrer. – Se eu A informação seria livre. Todo o saber do mundo seria
mudar em tudo que estão me pedindo, vou deixar de ser o compartilhado, bem como a música, o cinema, a literatura e a
Capitalismo! É isso que você quer? É isso? ciência. O custo seria zero. O espaço seria infinito. A velocidade,
A Democracia não respondeu. Virou-lhe as costas e saiu estonteante. A solidariedade e a colaboração seriam os valores
resmungando: supremos. A criatividade, o único poder verdadeiro. O bem
– Eu devia ter me casado com o Socialismo! triunfaria sobre os males do capitalismo. O sistema de representação
Carlos Eduardo Novaes se tornaria obsoleto. Todos os seres humanos teriam oportunidades
iguais em qualquer lugar do planeta. Todos seriam empreendedores
Glossário e inventivos. Todos poderiam se expressar livremente. Censura,
ciclotímico: indivíduo sujeito a alterações de humor, de nunca mais. As fronteiras deixariam de existir. As distâncias se
comportamento. tornariam irrelevantes. O inimaginável seria possível. O sonho,
qualquer sonho, poderia se tornar realidade.
3. Releia: “Juro que nunca entendi muito bem este casamento: Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo
Capitalismo e Democracia.” Essa frase de abertura do texto cria mundo que a internet inaugurou. Por anos esquecemos que a internet
como pressuposto o seguinte: foi uma invenção militar, criada para manter o poder de quem já o
(A) Não há possibilidade de convivência entre Capitalismo e tinha. Por anos fingimos que transformar produtos físicos em
Democracia. produtos virtuais era algo ecologicamente correto, esquecendo que
(B) O casamento Capitalismo e Democracia vive uma crise a fabricação de computadores e celulares, com a obsolescência
prevista. embutida em seu DNA, demanda o consumo de quantidades
(C) A fim de se preservar a Democracia, não pode haver vexatórias de combustíveis fósseis, de produtos químicos e de água,
Capitalismo. sem falar no volume assombroso de lixo não reciclado em que
(D) A fim de se preservar o Capitalismo, não pode haver resultam, incluindo lixo tóxico. Ninguém imaginou que o poder e o
Democracia. dinheiro se tornariam tão concentrados em megahipercorporações
norte-americanas como o Google, que iriam destruir para sempre
4. Na abertura do segundo parágrafo, a forma verbal “Digamos” tantas indústrias e atividades em tão pouco tempo. Ninguém previu
(A) está no imperativo e, por isso, expressa ordem. que os mesmos Estados Unidos, graças às maravilhas da internet
(B) instaura uma ambiência hipotética no texto. sempre tão aberta e juvenil, se consolidariam como os maiores
(C) fortalece o caráter denotativo de toda a linguagem textual espiões do mundo, humilhando potências como a Alemanha e
presente. também o Brasil, impondo os métodos de sua inteligência militar
(D) inicia um pensamento fantasioso sem vínculos com a sobre a população mundial, e guiando ao arrepio da justiça os bebês
realidade. engenheiros nota dez em matemática mas ignorantes completos em
matéria de ética, política e em boas maneiras. Ninguém previu a
5. “Casaram-se, e, como acontece nos casamentos, os primeiros febre das notícias inventadas, a civilização de perfis falsos, as
anos foram de juras de amor eterno.” enxurradas de vírus, os arrastões de números de cartão de crédito, a
Nessa passagem predomina um recurso muito comum em textos empulhação dos resultados numéricos falseados por robôs ou
argumentativos. Tal recurso está identificado na alternativa gerados por trabalhadores mal pagos em países do terceiro mundo,
(A) analogia o fim da privacidade, o terrorismo eletrônico, inclusive de Estado.
(B) citação Marion Strecker Adaptado de Folha de São Paulo, 29/07/2014.
(C) contraposição de ideias
(D) definição 8. UERJ O primeiro parágrafo expõe projeções passadas sobre
possibilidades de um futuro regido pela internet. O recurso
6. Para defender um ponto de vista, o autor faz uso prioritário do linguístico que permite identificar que se trata de projeção e não de
seguinte tipo de composição discursiva: fatos do passado é o uso da
(A) descrição (A) forma verbal.
(B) narração (B) pontuação informal.
(C) notícia (C) adjetivação positiva.
(D) dissertação (D) estrutura coordenativa.
(E) injunção

POR 28
INTERPRETAÇÃO
9. “Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo mundo (B) Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no
que a internet inaugurou.” barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação,
Após essa abertura, no segundo parágrafo, há uma sucessão de astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e
roldanas, os mastros, o leme, os parafusos.
frases que desempenham um papel argumentativo. Esse papel é
(C) Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite,
principalmente o de ficaram em silêncio.
(A) revelar contradição. (D) Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na
(B) expor comprovação. mente dos poetas.
(C) fundamentar afirmação. (E) Não posso pensar a missão das escolas, começando com as
(D) promover exemplificação. crianças e continuando com os cientistas, como outra que não a
da realização do dito do poeta.
10. Compare, levando em conta os conceitos de fato e hipótese,
4. IME Observe o trecho do texto 1 abaixo destacado:
justificando sua resposta: “A ação seria um luxo desnecessário, uma caprichosa interferência
a) Eu procuro alguém que me ama. com as leis gerais do comportamento, se os homens não passassem
b) Eu procuro alguém que me ame. de repetições interminavelmente reproduzíveis do mesmo modelo,
todas dotadas da mesma natureza e essência, tão previsíveis quanto
GABARITO a natureza e a essência de qualquer outra coisa.”. A forma verbal
seria, destacada no trecho acima,
(A) expressa surpresa ou indignação.
1. B
(B) fala de algo incerto.
2. A
(C) indica um fato que está condicionado a uma outra ação.
3. B
(D) introduz um pedido ou desejo de forma mais educada.
4. B
(E) trata de um acontecimento futuro em relação a outro já ocorrido.
5. A
6. B
5. EsPCEx No trecho “Alguns perguntariam “Por quê?”. E eu
7. A
pergunto: “Por que não?”, os verbos grifados estão,
8. A
respectivamente, no
9. A
(A) Futuro do Pretérito do Indicativo e Presente do Indicativo.
10. Na frase (a) o verbo “amar” está no modo Indicativo, indicando
(B) Futuro do Presente do Indicativo e Pretérito Perfeito do
que existe alguém que ama o enunciador. Ele está procurando
Indicativo.
uma pessoa que “existe”.
(C) Presente do Subjuntivo e Pretérito Imperfeito do Indicativo.
Na frase (b) o verbo “amar” está no Subjuntivo, indicando que
(D) Pretérito Imperfeito do Indicativo e Presente do Subjuntivo.
o enunciador está procurando alguém que venha a amá-lo.
(E) Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo e Pretérito Imperfeito
Em suma, na 1ª frase, ele é amado por alguém, e na 2ª frase não.
do Subjuntivo.

6. EsPCEx Assinale a alternativa que contém a classificação do


modo verbal, dos verbos grifados nas frases abaixo,
respectivamente.
EXERCÍCIOS DO CONCURSO – Esse seu lado perverso, eu o conheço faz tempo.
– Anda logo, senão chegarás só amanhã.
1. EN Leia o trecho a seguir. – Se você chegar na hora, ganharemos um tempo precioso.
“Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o – Acabaríamos a tarefa hoje, se todos ajudassem.
livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá- (A) indicativo – imperativo – subjuntivo – subjuntivo – indicativo –
lo.” subjuntivo – indicativo
Na frase acima, a forma verbal sublinhada constitui um tempo (B) subjuntivo – indicativo – indicativo – subjuntivo – indicativo –
verbal composto. Marque a opção que apresenta o mesmo tempo subjuntivo – indicativo
verbal, mas na forma simples. (C) subjuntivo – imperativo – indicativo – infinitivo – indicativo –
(A) Carlos dera um presente de aniversário para seu filho. subjuntivo – indicativo
(B) Meu amigo comprou um carro novo sem contar a ninguém. (D) indicativo – imperativo – indicativo – subjuntivo – indicativo –
(C) Os atletas correm por esta rua devido ao pouco movimento. indicativo – subjuntivo
(D) Os jogadores estavam exaustos ao final da partida. (E) indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo –
(E) O repórter gostaria de uma entrevista com o Senhor, chefe. subjuntivo – subjuntivo

2. EFOMM É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. 7. EsPCEx Em “Embarcaremos amanhã, então, vimos dizer-lhe
“Morre e transforma-te!” − dizia Goethe. adeus, hoje.”, a alternativa que classifica corretamente a conjugação
Nessa passagem, o autor, tratando da transformação, cita a fala de modo-temporal do verbo destacado no fragmento é
um filósofo alemão, que utiliza a segunda pessoa do singular. Se (A) Pretérito Perfeito do Indicativo
Goethe tivesse usado o tratamento de você, teríamos, então: (B) Futuro do Presente do indicativo
(A) Morre e transforme-se! (C) Presente do Indicativo
(B) Morra e transforme-se! (D) Imperativo Afirmativo
(C) Morra e transforma-te! (E) Pretérito Imperfeito do Indicativo
(D) Morrem e transformam-se!
(E) Morre e transforma-se! 8. EsPCEx “Belize, Taiwan e Inglaterra foram os países que
recentemente ___________ a proibição de canudos.” Em
3. EFOMM À falta de certa precisão quanto aos tempos, utilizam- consonância com a norma gramatical e o sentido da frase, o verbo
se algumas locuções verbais que traduzem mais adequadamente o que completa a lacuna corretamente é
aspecto verbal. Assim, a construção que expressa melhor a noção de (A) tem proposto
início de uma ação aparece no fragmento da alternativa (B) proporam
(A) Mas para navegar não basta sonhar. E preciso saber. São muitos (C) propuseram
os saberes necessários para se navegar. (D) proporiam
(E) proporão
POR 29
INTERPRETAÇÃO

9. CN Assinale a opção em que o verbo está flexionado nos mesmos GABARITO


tempo e modo do destacado em “[...] elegendo representantes que
partilhem desta convicção”
1. A
(A) “que não podem simplesmente terceirizar”
2. B
(B) “que este processo seja sustentável”
3. B
(C) “todos precisam contribuir para tanto”
4. B
(D) “que eles ajudam na sua ascensão social”
5. A
(E) “que elevam suas habilidades para o bom”
6. D
7. C
10. CN Em qual opção a forma verbal em destaque expressa uma
8. C
ação hipotética?
9. B
(A) “me dei conta de que estava em temas”
10. B
(B) “e organizá-lo para que seja favorável”
11. E
(C) “atenção no que é preciso, e não no que gostam”
12. D
(D) “Aumenta o número de adultos que não consegue focar...”
13. B
(E) “Elas já nasceram neste mundo de profusão”
14. B
11. EsPCEx Assinale a opção que completa corretamente as
lacunas das frases a seguir.
I – ____ uma semana que telefono e não consigo contato. EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
II – ____ muito tempo que a amiga o procurava sem sucesso.
III– Passara no concurso_____ pouco tempo. 1. ENEM “Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia
IV– Iniciou os estudos______poucos dias. haver nada mais curioso. Besourinhos de fraque e flores na lapela
V – Estávamos ali_______ quatro horas. conversavam com baratinhas de mantilha e miosótis nos cabelos.
Abelhas douradas, verdes e azuis falavam mal das vespas de cintura
(A) havia – há – havia – há – havia. fina – achando que era exagero usar coletes tão apertados. Sardinhas
(B) há – havia – há – há – havia. aos centos criticavam os cuidados excessivos que as borboletas de
(C) há – há – há – há – há – há. toucados e de gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de
(D) havia – havia – havia – havia – havia. ferrões amarrados para não morderem. E canários cantando, e beija-
(E) há – havia – havia – há – havia. flores beijando as flores, e camarões camaronando, e caranguejos
caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e
12. EsPCEx “Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que não mordendo.”
sua família lesse. Você não contaria mentiras para a sua própria (LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho)
esposa. Não conte para minha.” (David Ogilvy)
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego das formas No último período do trecho, há uma série de verbos no gerúndio,
verbais. que servem para caracterizar o ambiente descrito. Expressões como
(A) Caso a autor da frase preferisse usar o pronome tu, as formas “camaronando”, “caranguejando” e “pequeninando e não
verbais corretas seriam, respectivamente, escrevas, gostarias, mordendo” criam, principalmente, efeitos de
lesses, contarias, conteis. (A) esvaziamento de sentido
(B) Os verbos escreva, contaria e conte estão sendo usados no (B) monotonia do ambiente
pretérito perfeito do indicativo. (C) estaticidade dos animais
(C) Se autor tivesse escolhido o pronome nós, as formas verbais (D) interrupção dos movimentos
corretas seriam, respectivamente, escrevemos, gostaríamos, (E) dinamicidade do cenário
lesses, contaríamos, contamos.
(D) Os verbos gostaria e lesse estão sendo usados, respectivamente, 2. CN Em que opção a forma verbal destacada apresenta os
no futuro do pretérito do indicativo e no pretérito imperfeito do mesmos tempo e modo que a destacada em “Contudo, não se respira
subjuntivo. o mesmo ar, ainda que já se possa ver o outro.”?
(E) Os verbos escreva e conte, se conjugados no imperativo (A) “postos nessa situação, talvez acabassem por falar alguma
afirmativo, na terceira pessoa do plural, teriam, coisa.”
respectivamente, as seguintes formas: escrevais e conteis. (B) “pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me tinham descrito.”
(C) “merecedores que nos tornamos da confiança um do outro”
13. CN Em que opção a forma verbal em destaque transmite a ideia (D) “aquele temor que lhe está roubando o sossego talvez não seja
de continuidade, de processo que era constante ou frequente? fácil.”
(A) “dirigir já foi uma atividade prazerosa!” (E) “compartilhamento do mesmo espaço, diria, e que nos
(B) “que em nada se relacionavam com meu tema primeiro.” proporcional”
(C) “Sofremos de uma tentação permanente de pular”
(D) “Mas, nos estudos, queremos que eles prestem atenção” 3. EsPCEx Assinale a alternativa em que o emprego do verbo
(E) “O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira” “haver” está correto.
(A) Haverá nove dias que ela visitou os pais.
14. CN Em “Até pouco tempo atrás, a imprensa era a detentora do (B) Brigavam à toa, sem que houvessem motivos.
que chamamos de produção de notícias. E os fatos obedeciam a (C) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverão.
critérios de apuração e checagem.”, a forma verbal destacada indica (D) Não ligue, caso hajam desavenças entre vocês.
(A) ação na atualidade, que é incerta ou duvidosa, e que pode se (E) Morávamos ali há quase cinco anos.
prolongar.
(B) ação ocorrida no passado, a qual não foi completamente 4. UERJ Infância
terminada. Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
(C) processo iniciado no passado e que não se prolonga até o Minha mãe ficava sentada cosendo.
momento atual. Meu irmão pequeno dormia.
(D) processo iniciado no passado e que pode se prolongar até o Eu sozinho menino entre mangueiras
momento atual. lia a história de Robinson Crusoé,
(E) ação ocorrida no passado, a qual foi completamente terminada. comprida história que não acaba mais.
POR 30
INTERPRETAÇÃO

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu GABARITO


a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
1. E
Café preto que nem a preta velha
2. D
café gostoso
3. A
café bom.
4. Repetição de fatos habituais. A história de Robinson Crusoé não
termina nunca.
Minha mãe ficava sentada cosendo
5. Com o tempo presente, o narrador se refere a verdades gerais e
olhando para mim:
atemporais. Com o tempo passado, ele relata acontecimentos ou
– Psiu... Não acorde o menino.
episódios situados em alguma época anterior ao momento da
Para o berço onde pousou um mosquito.
narração. Não há castelo mais vasto do que a vivenda destes bons
E dava um suspiro... que fundo!
amigos, nem tratamento mais obsequioso do que o que eles sabem
dar às suas hóspedes. Cada vez que D. Camila quer ir-se embora,
Lá longe meu pai campeava
eles pedem-lhe muito que fi que, e ela fi ca. Vêm então novos
no mato sem fim da fazenda.
folguedos, cavalhadas, música, dança, uma sucessão de cousas
belas, inventadas com o único fi m de impedir que esta senhora siga
E eu não sabia que minha história
o seu caminho.
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
( CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Poesia completa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2002.)

No poema, Drummond emprega o pretérito imperfeito para lembrar


fatos de sua infância. Aponte a característica semântica desse tempo
verbal que o torna adequado para recordar fatos. Em seguida,
explique o valor semântico do presente do indicativo no sexto verso.

5. UERJ “Não há castelo mais vasto do que a vivenda destes bons


amigos, nem tratamento mais obsequioso do que o que eles sabem
dar às suas hóspedes. Cada vez que D. Camila queria ir-se embora,
eles pediam-lhe muito que ficasse, e ela ficava. Vinham então novos
folguedos, cavalhadas, música, dança, uma sucessão de cousas
belas, inventadas com o único fim de impedir que esta senhora
seguisse o seu caminho.”
(MACHADO DE ASSIS, “Uma senhora”)

Observe as formas verbais flexionadas do trecho acima: as duas


primeiras, há e sabem, estão no tempo presente, ao passo que as
restantes estão no tempo pretérito.
Apresente uma justificativa para o emprego de cada um desses
diferentes tempos verbais e reescreva o trecho integralmente,
passando todas as formas verbais pretéritas para o tempo presente,
sem alterar os respectivos modos, pessoas e números.

POR 31
INTERPRETAÇÃO

POR 32
REDAÇÃO

Argumentação 35

40
Coesão textual
REDAÇÃO

ARGUMENTAÇÃO Na organização do texto dissertativo-argumentativo, você


deve procurar atender às seguintes exigências:
É muito importante que se faça uma boa abordagem ➢ apresentação clara da tese e seleção dos argumentos que
temática do texto, que seja coerente, lógica. Além disso, a a sustentam;
interdisciplinaridade é um aspecto de extrema relevância para a ➢ encadeamento das ideias, de modo que cada parágrafo
apresente informações novas, coerentes com o que foi
nota, uma vez que o uso de informações baseadas em diversas áreas
apresentado anteriormente, sem repetições ou saltos
do conhecimento podem garantir pontuação nos concursos temáticos;
militares, sendo um diferencial entre os concorrentes. ➢ congruência entre as informações do texto e a realidade;
➢ precisão vocabular.
O tema constitui o núcleo das ideias sobre as quais a tese se
organiza e é caracterizado por ser uma delimitação de um assunto
mais abrangente. Por isso, é preciso atender ao recorte temático Tipos de argumentos
definido a fim de evitar tangenciá-lo ou, ainda pior, desenvolver um
a) Argumento de autoridade
tema distinto do determinado pela proposta. É a citação de autores renomados, autoridades num certo domínio
do saber, numa área de atividade humana, para corroborar uma tese,
Seguem algumas recomendações para uma boa um ponto de vista. O uso de citações, de um lado, cria a imagem de
abordagem temática: que o falante conhece bem o assunto que está discutindo, porque já
leu o que o que sobre ele pensavam outros autores; de outro, torna
➢ Leia com atenção a proposta da redação e os os autores citados fiadores da veracidade de um dado ponto de vista.
textos da prova para compreender bem o que está sendo solicitado. O uso de outras “vozes” no texto é denominado por alguns autores
➢ Evite ficar preso às ideias desenvolvidas nos de polifonia, ou seja, pontos de vista ou posições que se
textos motivadores, porque foram apresentadas apenas para representam nos enunciados.
despertar uma reflexão sobre o tema.
➢ Não copie trechos dos textos motivadores. b) Argumento baseado no consenso
Lembre-se de que eles foram apresentados apenas para despertar O texto é construído a partir de um conhecimento tomado como
seus conhecimentos sobre o tema. Além disso, a recorrência de sendo de consenso, chamado, especificamente, de saber partilhado.
cópia é avaliada negativamente e fará com que seu texto tenha Por exemplo:
uma pontuação mais baixa. • A educação é a base do desenvolvimento.
➢ Reflita sobre o tema proposto para definir qual • Os investimentos em pesquisa são indispensáveis, para que um
será o foco da discussão, isto é, para decidir como abordá-lo, qual país supere a sua condição de dependência.
será o ponto de vista adotado e como defendê-lo. Obs.: Não se deve, no entanto, confundir argumento baseado no
➢ Utilize informações de várias áreas do consenso com lugares-comuns carentes de base científica e de
conhecimento, demonstrando que você está atualizado em relação validade discutível.
ao que acontece no mundo. Essas informações devem ser usadas Por exemplo: “O brasileiro é indolente”; “A AIDS é um
de modo produtivo no seu texto, evidenciando que elas servem a castigo de Deus”; “Só o amor constrói”.
um propósito muito bem definido: ajudá-lo a validar seu ponto de
vista. Isso significa que essas informações devem estar articuladas c) Argumento baseado em provas concretas
à discussão desenvolvida em sua redação. Informações soltas no As opiniões pessoais expressam apreciações, pontos de vista,
texto, por mais variadas e interessantes, perdem sua relevância julgamentos que exprimem aprovação ou desaprovação. No entanto,
quando não associadas à defesa do ponto de vista desenvolvido elas terão pouco valor, se não vierem apoiadas em fatos. É muito
em seu texto. frequente, em campanhas políticas, fazerem-se acusações genéricas
➢ Mantenha-se dentro dos limites do tema contra candidatos: incompetente, corrupto, ladrão. O argumento terá
proposto, tomando cuidado para não se afastar do seu foco. Esse mais peso, se a opinião estiver embasada em fatos comprobatórios.
é um dos principais problemas identificados nas redações. Nesse Se dissermos a administração do ex-governador Sergio Cabral foi
caso, duas situações podem ocorrer: fuga total ou tangenciamento ruinosa para o estado do Rio de Janeiro, um partidário do ex-
ao tema. governador poderá dizer que não foi. No entanto, se dissermos A
administração de Cabral foi ruinosa para o Rio de Janeiro, porque
Sobre dissertação:
deixou dívidas, desviou dinheiro público para fins privados, porque
deixou de pagar os fornecedores, porque inchou a folha de
O texto dissertativo-argumentativo se organiza na defesa de
um ponto de vista sobre determinado assunto. É fundamentado pagamento do Estado com nomeações de afilhados políticos etc., o
com argumentos, para influenciar a opinião do leitor, tentando partidário do ex-governador, para argumentar, terá de responder a
convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, todos esses fatos.
portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é
argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é Os dados apresentados devem ser pertinentes, suficientes,
dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. adequados, fidedignos. Por exemplo, se alguém disser que
determinado candidato não é competente, administrativamente,
O objetivo desse texto é, em última análise, convencer o porque não sabe português, estará fazendo um raciocínio falacioso,
leitor de que o ponto de vista em relação à tese apresentada é porque o fato de saber português não é razão suficiente para a
acertado e relevante. Para tanto, mobiliza informações, fatos e conclusão de que alguém seja competente para administrar.
As provas concretas podem ser cifras e estatísticas, dados
opiniões, à luz de um raciocínio coerente e consistente.
históricos, fatos da experiência cotidiana. Esse tipo de argumento,

RED 35
REDAÇÃO
quando bem feito, cria a sensação de que o texto trata de coisas Tópico frasal: “A Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio,
verdadeiras e não apresenta opiniões gratuitas. por exemplo, são dispositivos legais que protegem a mulher.”
Tem-se a argumentação por ilustração, quando se enuncia um (Argumento de exemplificação)
fato geral e, em seguida, se narra um caso concreto para comprová-
lo; na argumentação pelo exemplo, parte-se do exemplo concreto e
daí se extrai uma conclusão geral.
Ampliação e problemática: “Entretanto, estes costumam ser
d) Argumentos com base no raciocínio lógico ineficazes, visto que a população não possui esclarecimentos sobre
O que chamamos de argumentos com base no raciocínio lógico eles.”
diz respeito às próprias relações entre proposições e não à
adequação entre proposições e provas. A argumentação pode Consequência: “Dessa forma, muitas mulheres são
basear-se em relações de causa e consequência, explicação ou violentadas diariamente e não denunciam por não terem
justificativa, conclusão. conhecimento sobre as ditas leis e os agressores, por sua vez,
persistem provocando violências físicas, psicológicas, morais, etc.,
Problemas que podem aparecer nesse tipo de argumentação: por, às vezes, não saberem que podem ser seriamente punidos por
suas ações.”
*Tautologia (erro lógico que consiste em aparentemente demonstrar
uma tese, repetindo-a com palavras diferentes.

Por exemplo:
O fumo faz mal à saúde, porque prejudica o organismo; Argumento 2-
Essa criança é mal-educada, porque os pais não lhe deram Somado a isso, o machismo existente na sociedade brasileira
educação. contribui decisivamente para essa persistência. Na sociedade de
caráter patriarcal em que vivemos é passado, ao longo das
*Relação inadequada entre causa e efeito, fuga do tema etc. gerações, valores que propagam a ideia de que a mulher deve ser
submissa ao homem. Essa ideia é reforçada pela mídia ao
Vamos à análise do texto abaixo: apresentar, por exemplo, a mulher com enorme necessidade de
casar, e, quando consegue, ela deve ser grata ao homem,
A mulher vem, ao longo dos séculos XX e XXI, adquirindo submetendo-se, dessa forma, às suas vontades. Com isso, muitos
valiosas conquistas, como o direito de votar e ser votada. homens crescem com essa mentalidade, submetendo assim, suas
Entretanto, a violência contra este gênero parece não findar, esposas aos mais diversos tipos de violência.
mesmo com a existência de dispositivos legais que protegem a
mulher. A diminuição dos índices desse tipo de violência ocorrerá
no momento em que os dispositivos legais citados passarem a ser
realmente eficazes e o machismo for efetivamente combatido,
Ampliação e aprofundamento: “Somado a isso, o machismo
desafios esses que precisam ser encarados tanto pelo Estado quanto
pela sociedade civil. existente na sociedade brasileira contribui decisivamente para essa
persistência.”

Apresentação do tema: "A mulher vem, ao longo dos séculos


XX e XXI, adquirindo valiosas conquistas, como o direito de votar Apresentação de conhecimento interdisciplinar –
e ser votada." comparação: “Na sociedade de caráter patriarcal em que vivemos
é passado, ao longo das gerações, valores que propagam a ideia de
Problema: "Entretanto, a violência contra este gênero parece
que a mulher deve ser submissa ao homem. Essa ideia é reforçada
não findar, mesmo com a existência de dispositivos legais que
pela mídia ao apresentar, por exemplo, a mulher com enorme
protegem a mulher. "
necessidade de casar, e, quando consegue, ela deve ser grata ao
Tese: "A diminuição dos índices deste tipo de violência homem, submetendo-se, dessa forma, às suas vontades.”
ocorrerá no momento em que os dispositivos legais citados
passarem a ser realmente eficazes e o machismo for efetivamente
combatido" Conclusão do parágrafo: “Com isso, muitos homens crescem
com essa mentalidade, submetendo assim, suas esposas aos mais
Indicação dos argumentos: “desafios esses que precisam
diversos tipos de violência.”
ser encarados tanto pelo Estado quanto pela sociedade civil.”

Vamos agora à análise do desenvolvimento:.


Seleção dos argumentos e organização
Argumento 1-
O terceiro aspecto a ser avaliado é a forma como selecionar,
A Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, por exemplo,
relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e
são dispositivos legais que protegem a mulher. Entretanto, estes
argumentos em defesa do ponto de vista escolhido como tese. É
costumam ser ineficazes, visto que a população não possui
preciso, então, elaborar um texto que apresente, claramente, uma
esclarecimentos sobre eles. Dessa forma, muitas mulheres são
ideia a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição
violentadas diariamente e não denunciam por não terem
assumida por você em relação à temática da proposta de redação.
conhecimento sobre as ditas leis e os agressores, por sua vez,
A inteligibilidade do texto, ou seja, sua coerência e
persistem provocando violências físicas, psicológicas ou morais,
plausibilidade entre as ideias apresentadas são garantidas pelo
por, às vezes, não saberem que podem ser seriamente punidos por
planejamento prévio à escrita.
suas ações.

RED 36
REDAÇÃO
A inteligibilidade da sua redação depende, portanto, dos consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar
seguintes fatores: diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil, onde,
apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura
• relação de sentido entre as partes do texto; religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um
• precisão vocabular; caminho possível para combater a rejeição à diversidade de crença é
• seleção de argumentos; descontruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Bauman: o
individualismo.
• progressão temática adequada ao desenvolvimento do tema,
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem
revelando que a redação foi planejada e que as ideias
para mitigar a intolerância religiosa. Deve-se fazer valer o prescrito na
desenvolvidas são pouco a pouco apresentadas, em uma ordem Carta Magna: a liberdade de crença a todos os brasileiros. Assim, será
lógica; e possível garantir a todos os brasileiros o direito à cidadania quanto à prática
• adequação entre o conteúdo do texto e o mundo real. religiosa.

Tema:

O que é coerência? ___________________________________________________________


___________________________________________________________
A coerência se estabelece por meio das ideias apresentadas
no texto e dos conhecimentos dos interlocutores, garantindo a
construção do sentido de acordo com as expectativas do leitor. Está, Problemática:
pois, ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação dos ___________________________________________________________
sentidos do texto. O leitor poderá compreender esse texto, refletir a
___________________________________________________________
respeito das ideias nele contidas e, em resposta, reagir de maneiras
diversas: aceitar, recusar, questionar e até mesmo mudar seu ___________________________________________________________
comportamento em face das ideias do autor, compartilhando ou não
da sua opinião. Tese:
Seguem algumas recomendações para conferir coerência ___________________________________________________________
ao seu texto: ___________________________________________________________
___________________________________________________________

➢ Reúna todas as ideias que lhe ocorrerem sobre o tema e depois


selecione as que forem pertinentes para a defesa do seu ponto Argumento 1:
de vista, procurando organizá-las em uma estrutura coerente ___________________________________________________________
para usá-las no desenvolvimento do seu texto. ___________________________________________________________
➢ Verifique se informações, fatos, opiniões e argumentos
selecionados são pertinentes para a defesa do seu ponto de vista. ___________________________________________________________
➢ Na organização das ideias selecionadas para serem abordadas
em seu texto, procure definir uma ordem que possibilite ao leitor Argumento 2:
acompanhar o seu raciocínio facilmente, o que significa que a ___________________________________________________________
progressão textual deve ser fluente e articulada com o texto.
➢ Examine, com atenção, a introdução e a conclusão para verificar ___________________________________________________________
se há coerência entre o início e o fim; observe, ainda, se o ___________________________________________________________
desenvolvimento de seu texto apresenta argumentos que
convergem para o ponto de vista que você está defendendo.
Comentário da conclusão:
___________________________________________________________
1) Identifique nas redações a seguir cada parte do projeto de ___________________________________________________________
texto.
___________________________________________________________
___________________________________________________________
a) Tolerância na prática
A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema
jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de crença. Entretanto, os
frequentes casos de intolerância religiosa mostram que os indivíduos ainda b) Consumidores do futuro
não experimentam esse direito na prática. Com efeito, um diálogo entre De acordo com o movimento romântico literário do século XIX,
sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância a criança era um ser puro. As tendências do Romantismo
religiosa é medida que se impõe. influenciavam a temática poética brasileira através da idealização
Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma da infância. Indo de encontro a essa visão, a sociedade
reprodução da casa colonial, como disserta Gilberto Freyre em “Casa- contemporânea, cada vez mais, erradica a pureza dos infantes
Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil até o século XIX através da influência cultural consumista presente no cotidiano.
estava compactada no interior da casa-grande, cuja religião era católica, e Nesse contexto, é preciso admitir que a alegação de uma sociedade
as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se conscientizada se tornou uma maneira hipócrita de esconder o
mantiveram vivas porque os negros lhe deram aparência cristã, conhecida descaso em relação aos efeitos da publicidade infantil no país.
hoje por sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja Em primeiro plano, deve-se notar que o contexto brasileiro
uma religião que subjugue as outras, o que deve, pois, ser repudiado em um contemporâneo é baseado na lógica capitalista de busca por lucros
estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença. e de incentivo ao consumo. Esse comportamento ganancioso da
De outra parte, o sociólogo ZygmuntBauman defende, na obra iniciativa privada é incentivado pelos meios de comunicação, que
“Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais buscam influenciar as crianças de maneira apelativa no seu dia-a-
características – e o maior conflito – da pós-modernidade, e, dia. Além disso, a ausência de leis nacionais acerca dos anúncios
RED 37
REDAÇÃO
infantis acaba por proporcionar um âmbito descontrolado e podem chegar. Sendo assim, apresentar informações pessoais em tais redes
propício para o consumo. Desse modo, a má atuação do governo pode nos tornar um tanto quanto vulneráveis moralmente.
em relação à publicidade infantil resulta em um domínio das
Tema:
influências consumistas sobre a geração de infantes no Brasil.
Por trás dessa lógica existe, algo mais grave: a postura passiva ___________________________________________________________
dos principais formadores de consciência da população. O contexto ___________________________________________________________
brasileiro se caracteriza pela falta de preocupação moral nas
instituições de ensino, que focam sua atuação no conteúdo escolar
em vez de preparar a geração infantil com um método Problemática:
conscientizador e engajado. Ademais, a família brasileira pouco se ___________________________________________________________
preocupa em controlar o fluxo de informações consumistas
disponíveis na televisão e internet. Nesse sentido, o despreparo das ___________________________________________________________
crianças em relação ao consumo consciente e às suas ___________________________________________________________
responsabilidades as tornam alvos fáceis para as aquisições
necessárias impostas pelos anúncios publicitários.
Tese:
Tema: ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________

Problemática: Argumento 1:
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________

Tese: Argumento 2:
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________

Argumento 1: d) Segundo o pensamento de Claude Lévi-Strauss, a


___________________________________________________________ interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do
entendimento das forças que estruturam a sociedade, como os
___________________________________________________________ eventos históricos e as relações sociais. Esse panorama auxilia na
___________________________________________________________ análise da questão dos desafios para a formação educacional dos
surdos no Brasil, visto que a comunidade, historicamente,
marginaliza as minorias, o que promove a falta de apoio da
população e do Estado para com esse deficiente auditivo,
Argumento 2: dificultando a sua participação plena no corpo social e no cenário
___________________________________________________________ educativo. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que
___________________________________________________________ favorecem esse quadro, além de o papel das escolas na inserção
desse sujeito.
___________________________________________________________ Em primeiro plano, evidencia-se que a coletividade
brasileira é estruturada por um modelo excludente imposto pelos
c) Redes sociais: o uso exige cautela grupos dominantes, no qual o indivíduo que não atende aos
Uma característica inerente às sociedades humanas é sempre buscar requisitos estabelecidos, branco e abastado, sofre uma
novas maneiras de se comunicar: cartas, telegramas e telefonemas são periferização social. Assim, ao analisar a sociedade pela visão de
apenas alguns dos vários exemplos de meios comunicativos que o homem Lévi-Strauss, nota-se que tal deficiente não é valorizado de forma
desenvolveu com base nessa perspectiva. E, atualmente, o mais recente e plena, pois as suas necessidades escolares e a sua inclusão social
talvez o mais fascinante desses meios são as redes virtuais, consagradas pelo são tidas como uma obrigação pessoal, sendo que esses deveres, na
uso, que se tornam cada vez mais comuns. realidade, são coletivos e estatais. Por conseguinte, a formação
Twiter e Facebook são alguns exemplos das redes sociais (virtuais) educacional dos surdos é prejudicada pela negligência social, de
mais acessadas do mundo e, convenhamos, a popularidade das mesmas se modo que as escolas e os profissionais não estão capacitados
tornou tamanha que não ter uma página nessas redes é praticamente como adequadamente para oferecer o ensino em Libras e os demais
não estar integrado ao atual mundo globalizado. Através desse novo meio, auxílios necessários, devido a sua exclusão, já que não se enquadra
as pessoas fazem amizades pelo mundo inteiro, compartilham ideias e no modelo social imposto.
opiniões, organizam movimentos, como os que derrubaram governos Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de
autoritários no mundo árabe e, literalmente, se mostram para a sociedade. Modernidade Líquida de ZygmuntBauman, que explica a queda das
Nesse momento é que nos convém cautela e reflexão para saber até que atitudes éticas pela fluidez dos valores, a fim de atender aos
ponto se expor nas redes sociais representa uma vantagem. interesses pessoais, aumentando o individualismo. Desse modo, o
Não saber os limites da nossa exposição nas redes virtuais pode nos sujeito, ao estar imerso nesse panorama líquido, acaba por
custar caro e colocar em risco a integridade da nossa imagem perante a perpetuar a exclusão e a dificuldade de inserção educacional dos
sociedade. Afinal, a partir do momento em que colocamos informações na surdos, por causa da redução do olhar sobre o bem-estar dos menos
rede, foge do nosso controle a consciência das dimensões de até onde elas favorecidos. Em vista disso, os desafios para a formação escolar de

RED 38
REDAÇÃO
tais deficientes auditivos estão presentes na estruturação desigual d) Bullying
e opressora da coletividade, bem como em seu viés individualista, ___________________________________________________________
diminuindo as oportunidades sociais e educativas dessa minoria. ___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Tema: ___________________________________________________________

___________________________________________________________
___________________________________________________________
e) Consumo excessivo de álcool
___________________________________________________________
Problemática: ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________

Tese:
f) Forças Armadas e atuação na segurança pública
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Argumento 1:
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________ g) Inclusão digital
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Argumento 2: ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________

h) Desafios da saúde pública no Brasil


2) Apresente, para cada tema a seguir, uma tese e dois argumentos, ___________________________________________________________
preferencialmente, com base em repertório sociocultural ___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
a) Publicidade infantil
___________________________________________________________
___________________________________________________________ i) Preconceito racial
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________

j) Desafios da educação brasileira


b) Voto obrigatório no Brasil ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________ ___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________

c) Brasileiro e a má alimentação
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________

RED 39
REDAÇÃO
COESÃO TEXTUAL Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa
são estes: João, Maria e José. (Neste caso o pronome “estes” faz
“A coesão é a forma como os elementos linguísticos referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e
presentes na superfície textual se interligam, se interconectam, por José”.)
meio de recursos também linguísticos, de modo a formar um tecido
(tessitura), uma unidade de nível superior à da frase, que dela difere Dêitico –(exofórica) se refere a algo fora do texto. Responsável por
qualitativamente.” (Ingedore Koch) localizar algo no tempo ou no espaço.
Exemplo: Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não
A conexão entre partes do texto pode acontecer de duas grandes está no texto)
formas:
• por remissão a referentes do texto ou ancorados no texto, (coesão “ELE foi aprovado no concurso da Receita Federal”. (ELE
referencial); QUEM?);
• por sequenciação (coesão sequencial). -“LÁ estava muito frio” (LÁ? QUE LUGAR É ESSE?);
-“ALI há alguns pés de manga”. (ALI? QUE LUGAR É ESSE?).
A coesão referencial é responsável por criar um sistema de relações
entre as palavras e expressões dentro de um texto, permitindo que o Simplificando:
leitor identifique os termos aos quais se referem. O termo que indica ➢ Anáfora - retoma por meio de referência um
a entidade ou situação a que o falante se refere é chamado de termo anterior.
referente. ➢ Catáfora - termo usado para fazer referência a
um outro termo posterior.
Ana Elisabete gritou. Ela fica apavorada quando fica sozinha, ➢ Dêitica – localiza alguma coisa no
apesar de ser uma menina calma e inteligente. espaço/tempo;

Nesse exemplo, o termo referente é Ana Elisabete. Hiperônimos


Do grego hyperonymon (hyper = acima, sobre/ onymon =
Todas as vezes que o referente precisa ser retomado no nome), são palavras de sentido genérico, ou seja, palavras cujos
texto, podemos utilizar outras palavras para que os leitores possam significados são mais abrangentes do que os hipônimos. Fazendo
retornar e recuperar a ideia. É bastante frequente o uso de figuras de uma comparação com a Biologia, podemos dizer que os
construção/sintaxe para a coesão referencial, como as anáforas, hiperônimos seriam os gêneros, isto é, palavras que apresentam
catáforas, elipses e as correferências não anafóricas (contiguidades, características comuns. Observe os exemplos:
reiterações). Animal é hiperônimo de cachorro e cavalo.
Legume é hiperônimo de batata e cenoura.
A forma referencial com função coesiva pode remeter a um Galáxia é hiperônimo de estrelas e planetas.
referente que lhe é anterior (anáfora), ou a um referente que lhe é Ferramenta é hiperônimo de chave de fenda e alicate.
subsequente (catáfora). Doença é hiperônimo de catapora e bronquite.

Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem Hipônimos


de mesmo nome) o termo ou expressão que, em um texto ou Do grego hyponymon (hypo = debaixo, inferior/ onymon
discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O = nome), são palavras de sentido específico, ou seja, palavras cujos
termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de significados são hierarquicamente mais específicos do que de
modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente. outras. Fazendo novamente uma comparação com a Biologia e seus
termos, os hipônimos seriam as espécies, isto é, palavras que estão
João está doente. Vi-o na semana passada. (pronome “o” ligadas por meio de características próprias. Vejamos alguns
retoma o termo “João”.) exemplos que certamente irão te ajudar a compreender um pouco
melhor essa questão:
Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os Maçã e morango são hipônimos de fruta.
cantos da casa. (o termo “o animal” faz referência ao termo Vermelho e verde são hipônimos de cor.
antecedente “o cão”) Brócolis e couve-flor são hipônimos de verdura.
Flores e árvores são hipônimos de flora.
O cantor que ganhou o prêmio não compareceu. (o Gripe e pneumonia são hipônimos de doença.
pronome “que” se refere ao termo “cantor”.)

A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas ➢ Texto para análise 1
riscadas. (O termo “as carteiras” é compreendido mediante a
compreensão do termo anterior “sala de aula”)
Arthur Antunes Coimbra (1) é o maior nome da história do
Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza Flamengo. Desde a infância passada no subúrbio carioca, o jovem
tem um quê de mistério. (o pronome “essa” faz referência à beleza Zico (2) já se revelava um talento incomum para o futebol. Só havia
de Maria, ideia que se encontra implícita no enunciado anterior.) um problema: o Galinho de Quintino (3) era um tanto franzino para
um esporte que cada vez mais exigia preparo físico. A saída foi
Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem submetê-lo (4) a uma intensa bateria de exercícios que o (4)
referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma tornaram um jogador completo, corpo e mente integrados. Daí, para
relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um que ele (4) se tornasse o grande ídolo que todos conhecemos, foi
termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz apenas um passo.
referência.
Por mais de uma década, o craque (5) colecionou títulos e alegrias
A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado. para o seu (4) clube. Sua(4) única frustração, no entanto, foi nunca
(O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de ter sido campeão do mundo pela seleção brasileira. Mesmo assim,
modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere as glórias conquistadas pelo campeão do mundo de 1981 (6)
quando se chega ao termo de referência.) superaram de longe as decepções. Zico(7) ainda atuou como jogador

RED 40
REDAÇÃO
pela Udinese, da Itália, e pelo Kashima Antlers, do Japão. Como 6. Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como
técnico, (8) coordenou a seleção japonesa, o Fenerbahçe, da recurso de referência a termos ou expressões anteriormente
Turquia, e, atualmente, (8) comanda o CSKA de Moscou. empregados. Para o emprego adequado, convém rever os princípios
que regem o uso dos pronomes.
Voltando-nos apenas às referências feitas a Zico, no texto, podemos Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem
apontar: a devida orientação. / A instituição é uma das mais famosas da
localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem
➢ Uso de nome completo; (2) Apelido; (3) sua estrutura de funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha,
Epíteto, isto é, um substantivo, adjetivo ou expressão que queria muito tanto a um quanto à outra.
qualifica dado nome; (4) Pronomes; (5) Hiperônimo
(termo que tem o significado mais genérico); (6) Dado 7. Numerais - as expressões quantitativas, em algumas
cultural; (7) Repetição; (8) Elipse. circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de coesão.
➢ Texto para análise 2 Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e
CARNAVAL 2014 ‘Cãocurso’ elege pets mais bem fantasiados. o segundo cabia à administração do colégio. / As crianças
comemoravam juntas a vitória do time do bairro, mas duas
Eles eram pequenos, grandes ou enormes. Alguns corriam lamentavam não terem sido aceitas no time campeão.
animados, outros –mais tímidos –deitavam no chão. Todos eram
cães de raça e estavam fantasiados para desfilar em um... shopping. 8. Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e
(Folha de S.Paulo, 2014) outros) - expressões adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem
como referência espacial para personagens e leitor.
No texto, os pronomes “eles” (pessoal do caso reto), Ex.: Querido primo, como vão as coisas na sua terra - Aí todos
“alguns” e “outros” (pronomes indefinidos) remetem ao referente vão bem - / Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá
que vem depois deles: “cães de raça”. Trata-se de um procedimento demorou mais de duas horas admirando as belezas do Rio.
catafórico cujo efeito de sentido é despertar a curiosidade do leitor
e assim prender-lhe a atenção, visto que o referente só é anunciado 9. Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de um
mais adiante. termo ou expressão que pode ser facilmente depreendida em seu
sentido pelas referências do contexto.
Seguem alguns exemplos de recursos de coesão: Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e
começou a arrumar tudo para a assembleia com os acionistas.
1. Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar,
a coisa ou a pessoa a que se faz referência 10. Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis
Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do revelou-se como um dos maiores contistas da literatura brasileira. A
Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas vasta produção de Machado garante a diversidade temática e a
belezas naturais, hospitalidade e carnaval. oferta de variados títulos.

2. Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um 11. Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada
verbo enunciado anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: como elo coesivo, por substituir uma palavra por outra,
um verbo retomar um substantivo já enunciado. fundamentada numa relação de contiguidade semântica.
Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de
entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.
testemunho do rapaz desencadeou uma ação conjunta dos
moradores para testemunhar contra o réu.
1) Identifique como a sinonímia foi utilizada como estratégia
3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - de coesão no texto abaixo:
ainda que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos,
algumas substituições favorecem a não repetição de palavras.
Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não CPI dominou as conversas nas ruas e
obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os nos bares
carros não estavam em um lugar de destaque no evento. Foi impossível evitar. A leitura do
relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito
4. Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas do caso PC se tornou assunto obrigatório ontem nos
vezes há a necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela balcões dos bares, nos pontos de ônibus, em cada
representar a temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao conversa de esquina. O tema não sofreu restrições de
máximo esse tipo de procedimento ou, ao menos, afastar as duas classes sociais ou idades. (...)
ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos vários
recursos para garantir a coesão textual.
Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo 2) Construa a coesão dos parágrafos a seguir através do uso de
moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por isso hiperônimos:
a fome tem sido uma preocupação constante dos governantes
mundiais. a) Raí vestiu pela primeira vez a camisa do clube francês. O
_______________ deve embarcar para a Europa no fim do ano.
5. Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz
uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes, como b) Ontem esteve tensa a situação nos Estados Unidos. A população
uma retomada. do ______________ recebeu notícias sobre um possível ataque
Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher terrorista em outras cidades.
uma enorme quantidade de formulários, que devem receber
assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso, ainda falta a emissão
dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações
acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil.

RED 41
REDAÇÃO
3) No texto a seguir, Millôr Fernandes realiza intencionalmente a) Que vocábulos do texto repetem o termo ministros?
a repetição de um vocábulo para reforçar a comicidade. Refaça b) Que vocábulos do texto repetem se deslocarão?
o texto de modo a reduzir tal repetição: c) Que vocábulos do texto repetem Nordeste?
d) A que termo anterior se refere o termo isso?
A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que
vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela 9) Muitos são os processos usados para evitar a repetição de
olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, palavras num texto. O mais comum é a substituição por um
apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois termo equivalente, de conteúdo geral conforme mostra o
tornou a colocar a galinha na banca e disse para o vendedor: modelo. Proceda da mesma maneira.
“Não presta!”. Aí o vendedor olhou para ela e disse: “Também,
madame, num exame assim nem a senhora passava.” O carro atropelou o cachorro e o motorista não parou
para cuidar do animal.
_____________________________________________________
a) Ronaldo vestiu pela primeira vez a camisa do clube espanhol.
_____________________________________________________
O __________ deve embarcar para a Europa no fim do ano.
_____________________________________________________ b) Ontem esteve tensa a situação no Iraque. A população do
_____________________________________________________ __________ recebeu instruções contra um possível ataque
_____________________________________________________ americano.
c) A polícia apreendeu a cocaína, mas não conseguiu prender os
traficantes que trouxeram __________ da Bolívia.
4) Leia o trecho abaixo e responda: d) “Ficamos todos mais pobres num mundo menos bonito”,
“Saussure define a unicidade e a homogeneidade lamentou um amigo do pintor Alfredo Volpi ao acompanhar o
como características intrínsecas à língua. Esta separação sepultamento do _________
entre língua e linguagem e o caráter homogêneo daquela são e) No balé existem tantos homossexuais quanto em qualquer
efetivados através da principal dicotomia do modelo profissão. O que ninguém percebe é que __________ é uma arte
teórico...” (Dante Lucchesi. Sistema, mudança e linguagem) essencialmente masculina.
f) As possibilidades de se contrair a aids se baseiam em dados e
A palavra sublinhada se refere a que termo citado pelo autor? comportamentos da __________ observados até agora.
____________________ g) Os militares que estiverem em motocicletas ou bicicletas não
A referência é anafórica ou catafórica? precisam mais bater continência ao passar por superiores, devendo
__________________ apenas manter __________ em velocidade moderada.
h) A baleia apareceu morta ontem, mas __________ foi visto
5) Leia o texto abaixo com atenção às estratégias numeradas de boiando terça-feira e os ferimentos na pele do __________ mostram
coesão referencial. Em seguida, sublinhe as respostas corretas que morreu há cinco dias.
entre parênteses: i) Hoje, quem abre crediário para quitar uma televisão, leva
__________ mas acaba desembolsando o equivalente a dois.
“O progresso povoou a história com as maravilhas e os monstros
da técnica, mas (1)desabitou a vida dos homens. Deu-lhes mais
coisas, mas não (2)lhes deu mais ser.” (Octavio Paz) 10) O pronome relativo também é usado para evitar repetições
de palavras. Una as duas frases a seguir com o auxílio de um
Estratégia (1) = coesão através de (elipse – sinônimo – pronome – pronome relativo.
hiperônimo), cujo referente é (técnica – a) Gostei do novo romance de Lygia Fagundes Telles.
progresso – história - vida); Comprei o novo romance na livraria da esquina

Estratégia (2) = coesão através de (hiperônimo – elipse – b) Morei durante muito tempo em Botafogo.
pronome – sinônimo), cujo referente é Em Botafogo fui feliz.
(maravilhas – monstros – coisas –
homens). c) Comprei uma camisa de seda no shopping.
O preço da camisa foi baixo.
6) Os dois exemplos analisados acima ilustram casos de
referência: d) Gosto muito de feijoada.
a) extratextual b) catafórica As carnes da feijoada são saborosas.
c) exofórica d) anafórica
e) Falei com Maria e Pedro.
7) No slogan “Se eu fosse você, só usava Valisère”, a palavra Maria é minha amiga.
sublinhada tem referência:
a) textual b) catafórica 11) Sublinhe os elementos dos textos a seguir que repetem as
c) exofórica d) anafórica palavras em destaque.
a) Mais de cento e trinta reclusos continuaram a rebelião no
8) Leia o texto a seguir e responda às questões propostas. interior da prisão de Strangeways, Inglaterra. Cerca de mil
internos se revoltaram contra as condições de vida no
“Os ministros da Fazenda, José Silva, e do planejamento, estabelecimento. Pelo menos trezentos detidos continuam
José da Silva, e o presidente do Banco Central, José Silva da Silva, controlando alas da penitenciária.
se deslocarão no final de semana para o coração do Nordeste pobre
e seco. Eles vão, com deputados de toda a região e governadores, a b) As escolas particulares devem justificar suas mensalidades
Patos e Souza, na Paraíba, onde terão o retrato de uma realidade até março. Os estabelecimentos que cobrarem a mais terão
da qual nenhum cidadão de São Paulo tem a mínima ideia. Isso faz que devolver o dinheiro aos pais, com o que os colégios não
parte da mobilização do Nordeste por melhor tratamento na concordam, declarando que a lei é uma ameaça à instituição.
Constituinte”.
(Jornal do Brasil – adaptado) c) Os árabes já começam a tomar consciência do perigo que
representa a aids. Os rígidos ensinamentos morais da religião
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REDAÇÃO
não bastaram para mantê-los livres da enfermidade, embora a j) O porteiro viu a bebida sobre a mesa, mas não teve coragem de
imprensa se refira ao mal como “fenômeno ocidental”. Os pegar a cerveja.
governos já começam a tomar medidas para evitar a k) Gosto muito de Chico Buarque. O cantor e compositor teve um
disseminação da síndrome da deficiência imunológica importante papel na luta contra a ditadura.
adquirida. l) Fui à casa de Juliana e conheci sua família.
m) Fernando Henrique Cardoso ficou extremamente abalado
12) No texto a seguir, de Millôr Fernandes, o humorista com a morte de sua esposa. FHC se mostrou muito agradecido e
utilizou intencionalmente a repetição. Reescreva o texto de emocionado com os elogios à ex-primeira dama.
modo a reduzir o número de ocorrências do vocábulo em n) Adriana e Lúcia estiveram aqui. A primeira voltará amanhã,
destaque. mas a segunda só retornará na próxima semana.

A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão Coesão sequencial


que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela
olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, Um texto não é um amontoado de frases. Essas se conectam
apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois por meio de mecanismos que garantem fluxo de informação e
tornou a colocar a galinha na banca e disse para o vendedor “Não continuidade ao texto. A coesão sequencial é, assim, a “argamassa”
presta!” Aí o vendedor olhou para ela e disse: “Também, madame, textual, criando os pontos de junção que garantem justamente que o
num exame assim nem a senhora passava”. texto não seja uma sucessão descontínua de frases.

_____________________________________________________ A coesão sequencial é responsável por criar as condições


_____________________________________________________ para a progressão textual. De maneira geral, as flexões de tempo e
_____________________________________________________ de modo dos verbos e as conjunções são os mecanismos
_____________________________________________________ responsáveis pela coesão sequencial nos textos.
_____________________________________________________ Os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para
que as partes e as informações do texto possam ser articuladas e
13) Um outro processo utilizado para evitar a repetição de
relacionadas. Dessa forma, o autor do texto evita falta de coesão,
palavras é a substituição de um termo por uma qualificação ou
caracterização a ele referente. Sublinhe os termos garantindo boa articulação entre as ideias, informações e
representativos desse processo nas frases a seguir. argumentos no interior do texto e, principalmente, a coerência
textual.
a) Não terá um futuro agradável o cavalo Emerald Hill. O
fenômeno do turfe sofre de doença incurável nas articulações. A sexualidade ainda é um tabu, por isso algumas pessoas
b) Dalton Trevisan prometeu finalmente dar uma entrevista, sentem vergonha do próprio corpo.
mas resta saber se a promessa não passa de mais uma
brincadeira do Vampiro de Curitiba. A cultura brasileira é o resultado da miscigenação de
c) O circo é motivo de uma exposição fotográfica no Museu de imigrantes de diversas origens, no entanto percebe-se ainda a
Arte Moderna. A exposição revela o drama do teatro de lona persistência do preconceito diante das religiões não-europeias.
no Brasil, sem espaço nem prestígio.
d) A partir de hoje, a tevê vai mostrar o especial sobre Grace Pode-se não concordar com opiniões contrárias, desde
Kelly, a princesa de Mônaco. Ele deve mostrar o lado que se respeite os diversos pontos de vista.
elegante da doce senhora loura.
e) Há um bom grupo de hábeis bombeiros tentando apagar o Valores semânticos e conectores
incêndio, irrompido na semana passada, entre o cientista
Albert Sabin e uma grande loja, que usou sem autorização a ➢ Adição/inclusão - Além disso; também; vale lembrar;
imagem do descobridor da vacina antipólio para um anúncio pois; outrossim; agora; de modo geral; por iguais razões;
institucional.
inclusive; até; é certo que; é inegável; em outras palavras; além
desse fator...
14) Sublinhe, em cada texto a seguir, a palavra ou expressão ➢ Oposição - Embora; não obstante; entretanto; mas; no
que retoma os termos em negrito. entanto; porém; ao contrário; diferentemente; por outro lado...
a) Um menino entrou depressa no supermercado. O garoto parecia ➢ Afirmação/igualdade - Felizmente; infelizmente;
estar fugindo de alguém. obviamente; na verdade; realmente; de igual forma; do mesmo
b) Fábio e Luís são primos. Este é simpático, mas aquele é egoísta modo que; nesse sentido; semelhantemente...
e rude. ➢ Exclusão - Somente; só; sequer; senão; exceto; excluindo;
c) Jorge Amado foi um grande romancista brasileiro. O famoso e tão somente; apenas...
competente escritor morreu em 2002. ➢ Enumeração – Em primeiro lugar; a princípio...
d) Gosto muito de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Os dois foram
➢ Explicação - Como se nota; com efeito; como vimos;
os principais criadores do movimento musical brasileiro chamado
Tropicália ou Tropicalismo. portanto; pois; é óbvio que; isto é; por exemplo; a saber; de fato;
e) Cândido Portinari viajou em 1917 para o Rio, mas a Cidade aliás...
Maravilhosa o decepcionou, e ele preferiu voltar à sua Brodósqui. ➢ Conclusão - Em suma; por conseguinte; portanto; em
f) A garota queria permanecer mais tempo no campo. Ali se sentia última análise; por fim; finalmente; por tudo isso; em síntese,
feliz e tranquila. posto isso; assim; consequentemente...
g) Todos os anos dezenas de baleias encalham nas praias do ➢ Continuação - Em seguida; depois; no geral; em termos
mundo e, até há pouco, nenhum oceanógrafo ou biólogo era capaz
gerais; por sua vez; outrossim...
de explicar por que esses animais encalham.
h) O turista gostou da estatueta e quis comprá-la.
i) Yoko Ono foi à justiça para impedir que a canção “Imagine”
fosse usada num filme – e perdeu a causa.
RED 43
REDAÇÃO
*Análise de redação 3. Os períodos a seguir apresentam problemas de coesão decorrentes
do uso de um conectivo inadequado. Substitua-os por conectivos
A persistência da violência contra a mulher na sociedade adequados.
brasileira é um problema muito presente. Isso deve ser enfrentado,
uma vez que, diariamente, mulheres são vítimas desta questão. a) Em São Paulo, já não chove há mais de dois meses, apesar de
Neste sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico que já se pense em racionamento de água e energia elétrica.
cultural desrespeito às leis.[...] Esse cenário, juntamente aos b) As pessoas caminham pelas ruas, despreocupadas, como se não
inúmeros casos de violência contra as mulheres corroboram a ideia existisse perigo algum, mas o policial continua folgadamente
de que elas são vítimas de um histórico-cultural. Nesse ínterim, a tomando o seu café no bar.
cultura machista prevaleceu ao longo dos anos a ponto de enraizar- c) Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o
estado do gramado do Maracanã não é dos piores.
se na sociedade contemporânea, mesmo que de forma implícita, à
d) Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com
primeira vista. [...] fome, onde ocorre o grande número de desistências.
Conforme previsto pela Constituição Brasileira, todos
4. As frases abaixo apresentam problemas de coesão textual.
são iguais perante a lei, independente de cor, raça ou gênero, sendo
Identifique o problema e depois reescreva-as tornando-as coesas.
a isonomia salarial, aquela que prevê mesmo salário para mesma
função, também garantidas por lei. No entanto, o que se observa em a) Mais de cinquenta mil pessoas compareceram ao estádio para
diversas partes do país, é a gritante diferença entre os salários de apoiar o time onde seria disputada a partida final.
homens e mulheres, principalmente se estas forem negras. [...] b) Não concordo em nenhuma hipótese com seus argumentos,
Diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado proteger as pois eles vão ao encontro dos meus.
mulheres da violência, tanto física quanto moral, criando c) A casa, que ficava em uma região em que fazia bastante frio
campanhas de combate à violência, além de impor leis mais rígidas durante o inverno.
e punições mais severas para aqueles que não as cumprem. d) A plateia, conquanto reconhecesse o enorme talento do artista,
ao final do espetáculo aplaudiu-o de pé por mais de cinco
➢ Destaque os elementos de coesão referencial. minutos.
➢ Sublinhe os elementos de coesão sequencial. e) Durante todo o interrogatório, em nenhum momento o
acusado não negou que tivesse sido ele o autor do delito.

EXERCÍCIOS
5. As questões apresentam problemas de coesão por causa do mau
uso do conectivo. Procure descobrir a razão dessa impropriedade de
1. Estabeleça uma relação de ideias, conforme o que estabelecido uso e substituir a forma errada pela correta.
entre parênteses. Use as conjunções.
a) Em São Paulo já não chove há mais de dois meses. Apesar de
a) Fui ao Chile …. conheci várias estações de esqui. (adição) que já se pense em racionamento de água e energia elétrica.
b) Fui ao Chile…… desejo aprender a esquiar. (causalidade) b) As pessoas caminham pelas ruas. Despreocupadas, como se
c) Fui ao Chile……….. aprender a esquiar. (finalidade) não existisse perigo algum, mas o policial continua
d) Fui ao Chile …….não conheci as estações de esqui. (oposição) folgadamente tomando o seu café no bar.
e) Irei ao Chile …….. puder tirar férias em julho. c) Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o
(condicionalidade) estado do gramado do Maracanã não é dos piores.
f) Irei ao Chile……… as crianças chegarem de d) Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com
Portugal. (temporalidade) fome, onde ocorre o grande número de desistências.
g) Estarei no Chile nas próximas férias,…… poderei esquiar.
(conclusão)
h) Não sei se vou ao Chile nas férias de julho……. se estudo para
o Vestibular. (alternativa)

2. Para cada grupo de frases, deverão ser propostas duas alternativas


de ligação das sentenças. Use os mecanismos de coesão e elimine
repetições.

a) Um dos principais problemas do Brasil continua sendo a


educação. O Brasil só se tornará uma nação desenvolvida
economicamente se investir em educação. Os governantes têm
priorizado o combate à inflação.

b) Existem várias alternativas para tentar resolver o problema da


pichação. Algumas pessoas acreditam que a melhor solução
para resolver o problema da pichação seria a criação de área
de pichação zero e outras próprias para a realização de
desenhos. Atitudes violentas para reprimir a prática da
pichação têm se mostrado ineficientes.

c) A linha amarela já faz parte do itinerário de pelo menos uma


linha de ônibus, a 292 da Viação Estrela Azul. – A linha
amarela só agora foi aberta oficialmente ao tráfego de
ônibus. Desde a abertura do primeiro trecho da linha amarela,
a linha 292 da viação Estrela Azul utiliza o acesso da Estrada
Velha da Pavuna.

RED 44
REDAÇÃO

Tabela de conectores

** No contexto atual, ** Na contemporaneidade,

** No panorama atual, ** Não restam dúvidas que


INTRODUÇÃO
** Não há como negar que ** Muito se discute sobre

** Com o advento da (o)---------, constata- se que

** Em primeiro lugar, ** Primeiramente **Primordialmente

DESENVOLVIMENTO ** Em uma primeira análise ** Nesse contexto, ** Em princípio (em tese)


(1º PARÁGRAFO) ** Tendo em vista esses aspectos ** Precipuamente

** A princípio (inicialmente)

DESENVOLVIMENTO ** Além disso ** Ainda ** Em uma segunda análise,


(2º PARÁGRAFO) ** Outro aspecto a ser abordado

DESENVOLVIMENTO
** Por fim, ** Em última análise
(3º PARÁGRAFO)

**É certo que ** Por certo ** Não há dúvidas **Sabe-se que ** É notório que **
PARA AFIRMAR, DAR
Decerto **Indubitavelmente **Certamente ** É inegável ** Há de se considerar
ÊNFASE
**Inegavelmente

** Por isso ** Por causa de ** Porque ** De tal maneira que ** Visto que **De fato
** Portanto ** Logo ** Pois ** Em consequência de ** Porquanto
CAUSA OU
CONSEQUÊNCIA ** De forma que ** Uma vez que **Já que

**Por conseguinte **Em virtude de

** Entretanto ** Cabe ressalvar que ** Pelo contrário

OPOSIÇÃO OU ** Embora ** Apesar de ** Todavia


CONTRASTE
** Contudo ** Entretanto **No entanto **Ainda que **Posto que **
Por outro lado **Conquanto **Não obstante

**Não só ** Além disso ** Como também ** Ademais


ADIÇÃO OU
** Ainda mais ** Mas também ** E **Não apenas
CONTINUAÇÃO
** Não somente ** Também ** Bem como **Outrossim

** Para ilustrar ** Em outras palavras **Quer dizer ** Ou seja

EXPLICAÇÃO / ** Por exemplo **A exemplo de ** Isto é ** Melhor dizendo ** A saber


FINALIDADE / ** Quer dizer **Com a finalidade de
CONFORMIDADE ** A fim de que ** Para que **Pois

** Porque **De acordo com ** Segundo **Conforme **Consoante

** Em seguida ** Então ** Por fim ** Ao mesmo tempo

** Enquanto isso ** Desde que **Cada vez que ** Por vezes


SITUANDO OU **A princípio ** Atualmente ** Às vezes ** Assim que
LIGANDO FATOS NO
TEMPO **Nesse ínterim ** Logo que ** Depois que ** Antes de

** À medida que ** Em seguida ** Nesse contexto

**Finalmente **Simultaneamente **Concomitantemente

RED 45
REDAÇÃO
** Da mesma forma **Assim como ** Do mesmo modo

** Ao contrário de ** Assim também ** De acordo com


COMPARAÇÃO
** Tanto quanto ** Como ** Bem como **Outrossim
**Analogamente **Igualmente **Similarmente **De conformidade com

** Portanto ** Assim ** Dessa forma ** Em suma ** Logo **


RESUMO /
Assim sendo **Enfim **Sendo assim ** Pois (entre vírgulas) **Dessarte
CONCLUSÃO
**Destarte ** Por conseguinte

**Se **caso ** Mediante ** Salvo **Contanto que


CONDIÇÃO
** A não ser que **A menos que **Exceto se

**Talvez ** Provavelmente ** Possivelmente


DÚVIDA
**Quiçá **É provável

RED 46
INGLÊS

Degrees of comparison 49

54
Verbs - Gerund - To
60
Prepositions
66
Articles
INGLÊS
DEGREES OF COMPARISON uso da palavra ¨ than¨ , pois ficou subentendido a comparação do
ano passado com este ano)
TÓPICOS
Equalitity Comparative of Superiority – O grau comparativo é usado para
Inferiority estabelecer uma relação de comparação entre dois seres, tempos,
Comparative of Superiority lugares , objetos , etc. Esta comparação pode ser de superioridade ,
Superlatives colocando um acima do outro, quando um é mais alguma coisa do
que o outro. São desmembrados em quatro partes.
SUBTÓPICOS
Short vowels SHORT VOWELS
Words ending in: Y 1- Short Adjectives + ER + Than = mais do que ...
Words ending in: ful, ous, ed, ing, ive Quando o adjetivo for, uma palavra curta, como regra geral
Words ending in three or more syllables: acrescentamos ER – que significa ¨ mais ¨.
Adjectives that ends with CVC Diana is taller than me. (se ela for muito mais alta do que eu , caso
Exceptions – Irregular Adjectives queira enfatizar poderemos usar : Diana is much taller than me )
Farther X Further Peter is much shorter than her.
Superlative of Inferiority Nice – nicer / simple – simpler / young – younger / tall – taller / slow
Superlative of Superiority – slower / cold –colder / old – older / new – newer / small –
Comparative with verbs smaller / clever – cleverer / great – greater / brave – braver /
Parallel Comparatives late – later
Gradual Increase
Words ending in: Y

1) Equality - É usado quando é colocado dois seres no mesmo 2- Adjectives Ending in Y – Se o adjetivo terminar com Y,
nível, igualando-os. Esta comparação pode ser utilizada para precedido de uma consoante, troca-se o Y pelo IER + than =
estabelecer uma relação entre dois seres ou situações. mais do que ...
Funny = funnier / pretty- prettier / dirty – dirtier / healthy – healthier
As + ADJECTIVE OR ADVERB + as (affirmative sentences) = / wealthy – wealthier / early – earlier / happy – happier / ugly –
tanto quanto uglier / easy – easier / hungry - hungrier
Tony is uglier than me.
Apple is as healthy as orange. I get much happier on Fridays. (Observe este exemplo onde não há
My brother is as strong as you. ¨ than¨ onde subentende-se que não há dias que eu fique mais feliz
You work as hard as me (adverb) do que às sextas)
English is much easier than Portuguese. (Observe este exemplo
NOT SO + ADJECTIVE OR ADVERB + AS (Negative sendo usado com intensidade)
sentences) = Não tão tanto quanto. ´
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O exemplo acima é usado em Words ending in: ful, ous, ed, ing, ive – São dicas para
97% dos casos, mas pode também ser usado em frases negativas reconhecer adjetivos longos!!!
com AS …. AS, mas raramente são usados Words ending in three or more syllables

Tom is not so polite as his nephew. 3- Será usada a seguinte regra: More + adjective + than, mas o
Charles is not as anxious as her parents. adjetivo não será alterado. Observe alguns exemplos de
My son-in –law doesn´t drive as slowly as my daughter. (adverb) adjetivos longos e alguns com algumas terminações.
I speak English as well as a native English. (adverb) Wonderful / dangerous / marvelous / thoughtful / forgetful / active /
talkative / bored/ boring / furious / anxious / careful / expensive
2) Inferiority - O comparativo de inferioridade estabelece uma Tijuca is more dangerous than Urca.
comparação evidenciando a inferioridade de um ser sobre o outro. Village Mall is much more expensive than Barra Shopping.
Uma observação importante é que o adjetivo não será (Observe que pode haver uma intensificação dependendo da opinião
alterado!!! de cada pessoa)
This week I´m more forgetful. (Nem sempre há necessidade do uso
Há três formas de usos: da palavra ¨ than¨
1- Less + adjective + than (menos ... que) I drive much more carefully than you. (Observe o advérbio sendo
Ben is less curious than his friends. usado)
Alex is less smart than his cousin. I cook more slowly than my mom. (Observe o advérbio sendo
Today I´m much less tired. (Observe que nem sempre há usado neste exemplo).
necessidade do uso do ¨than¨ e pode também serm usado com ¨
much ¨ para intensificar algo). Observação: Quando houver substantivos pode ser usado ¨
English is much less difficult than Portuguese. more ¨ + Nouns + than
I have more clothes than Pamela.
2- Less + Uncontable nouns + than – (menos... que) quando I have more time to explain it to you today.
houver substantivos incontáveis My students have much more difficulty in this subject.
I have less money today. I have more money to spend this month.
I have less time than you to orgazine my things and yet you always There was more snow this year than last year.
complain (that) you never have time to do certain things. She has more problems than most people.
I drink much less soda than you
4. Adjectives that ends with CVC – Será dobrada a última letra
3- FEWER + Countable nouns + than (menos … que) quando com acréscimo de ¨ ER¨ + than
houver substantivos contáveis Big- bigger / fat – fatter / thin – thinner / hot – hotter / sad – sadder
I have fewer friends than Phil. Your house is bigger than mine.
Paul has fewer coats than his brother. My niece is much thinner this year. (Observe o uso da intensidade
There were much fewer people on the street in 2020 due to the desta frase)
pandemic. (observe neste exemplo onde houve intensificação sem o This week is much hotter than last week.
ING 49
INGLÊS
My mom is fatter than my dad. I´m the oldest at the party.

Exceptions 2- Long Adjectives – The + most + Adj = o adjetivo não será


alterado.
1- Irregular Adjectives -
Good \ better than \ the best Paul is the most intelligent student in this class.
Good – é um adjetivo. (bom /boa) Physics is the most difficult subject for me.
He´s a good soccer player. In my opinion Village Mall is the most expensive mall in Barra.
Better than – (melhor que – é um comparativo de superiodade)
Búzios is better than Saquarema. 3- Adjectives ending CVC – THE (dobra-se a última consoante)
Outback restaurant is much better than Parmê. + EST
The best – Usado como superlativo (o melhor / a melhor)
It´s the best hotel (that) I´ve ever been. (pode ser usado com ¨ Sad = She´s the saddest girl on this street.
Present Perfect) Thin = Gisele is the thinnest girl in here.
Urca is the best place to live. Big = It´s the biggest house that I´ve ever been.
Exceptions
4. Adjectives ending in Y (PRECEDIDOS DE CONSOANTES)
2- Irregular Adjectives – Tira-se o Y e acrescenta-se IEST
Bad \ worse than \ the worst Funny - the funniest / easy – the easiest / happy – the happiest /
Bad – É um adjetivo. healthy – the healhiest
This movie é bad. She is the funniest girl in the class.
worse than – (pior que) é um comparativo de superioridade. Math is the easiest subject for certain students.
This channel is worse than that one.
Bob´s fast food is much worse than Burger King fast food
The worst (o pior / a pior) é um superlativo de superioridade. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Sunday is the worst day of the week.
Yesterday I had the worst dream of my life. 1. Choose the Incorrect alternative:
(A) I`m as fancy as him.
3 - Farther X Further (B) My house isn´t as cozy as yours.
1- Far – distante (C) Debbie doesn´t drive so well as you.
Japeri is so far away. (D) Bill isn´t as good as you at Math.
Japeri is far away from here. (E) My sister speaks English the least fluently than my mother.
2 – Farther / Further than (mais longe que…) 2. Choose the WRONG ALTERNATIVE:
It was farther than I thought. (A) Thomas isn´t as smart so his friend Bill.
Further – É uma palavra usada com sentido de ¨mais ¨ ¨ adicional¨, (B) I have fewer coins this week.
etc. Por isso é comum vermos em anúncios a sentença ¨ for further (C) She has less patience than I do.
information, call. ¨, ou seja, ¨ para maiores informações, ligue (D) I´m much more patient than you are.
para…¨ / further details (mais detalhes) / further questions (mais (E) Tom is much uglier than his brother.
dúvidas) / further studies (estudos adicionais) /a further example
(um outro exemplo). 3. Choose the correct alternative:
Há também um outro uso da palavra ¨ further ¨. (A) Today is more dry than yesterday.
It was a result that was further from expectations than last time (= (B) He´s the youngest boy in the class.
foi um resultado que foi além de nossas expectativas do que a última (C) Is this way much better than that one?
vez) (D) The Amazon is the widest river in the world.
(E) Mark is more funny than his brother.
It´s the farthest / the furthest trip that I´ve ever made.
4. Choose the correct alternative:
Superlatives – Expressam uma qualidade em um grau mais alto, (A) The Atacama Desert is the driest in the world.
mais alto ou menos alto. (B) This jacket is the shortest than I´ve ever had.
(C) Last week I was much busyer than this week.
Superlative of Inferiority (D) She´s much more careful than her sister.
Esta estrutura de superlativo é menos usada do que a do superlativo (E) My car is the most economical than yours.
de superioridade.
5. Choose the alternative where there is a superlative of superiority.
É importante observarmos que o adjetivo não será mudado, (A) Who is the least intelligent student in your class?
independente de ser curto, longo, cvc ou terminar em Y. Observe (B) The actors were the least amusing people in the room.
seu uso: (C) Bill thinks is Geometry is less hard than Portuguese.
(D) Robinson Crusoe lived in the most isolated island in the planet.
The + least + Adjective. (E) São Paulo is the most dangerous city in Brazil.
I´m the least short in this class.
Portuguese is the least easy. GABARITO
It´s the least boring movie to be seen on Netflix today.
My cousin is the least fat person in my family. 1. E
2. A
Superlative of Superiority 3. C
Neste caso, será desmembrado em 4 casos: 4. D
5. D
1- Short Adjectives - The + Est
Bill is the youngest person (that) I know.
Dennis is the tallest in here.
ING 50
INGLÊS

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 10) Do you think Denise is _______ Cristiane to be promoted to


general manager?
1- Mark the alternative where there is a comparative of inferiority (A) as qualified than
(A) Ipanema is much better to live. (B) so qualified than
(B) Urca is the best place to live. (C) the most qualified
(C) Norte Shopping is worse than Rio Design. (D) as qualified as
(D) Marcos is as impulsive as her niece. (E) not so qualified
(E) Tom is less polite than his nephew.

GABARITO
2. Mark the alternative where there is a comparative of equality.
(A) Ben is less curious than his friends. 1. E
(B) I have less money today. 2. C
(C) Phil as impolite as his date. 3. D
(D) Charles is more anxious than his parents. 4. E
(E) Pedro Bial is the most interesting interviewer on TV. 5. D
6. E
7. B
3. Choose the comparative of superiority that is Wrong. 8. E
(A) Peter is shorter than her. 9. C
(B) I´m much more creative than my best friend. 10. D
(C) Renato is more patient than his grandfather.
(D) English is much more easier than Portuguese.
(E) That woman is fatter than her husband. EXERCÍCIOS DE CONCURSO

4. Choose the Wrong alternative: 1. EN -Which of the alternatives below completes the sentence
(A) She is the most stupid girl that I´ve ever met correctly?
(B) Trigonometry is the hardest subject for several students. Rio de Janeiro doesn’t get ______ Petrópolis.
(C) Habib´s is the cheapest place to eat near here. (A) as many rain as
(D) Your bathroom is as tiny as mine. (B) as much rain than
(E) My living room is the most cosy place to relax. (C) as much rain as
(D) so many rain than
5. Choose the alternative where there is a sentence in the superlative (E) so much rain than
of inferiority.
(A) She is the funniest girl in the class. 2. EN What is the correct way to complete the text below?
(B) Math is the easiest subject for certain students. "American Field Service, one of ____ Exchange programs, said it
(C) Bill is the youngest person that I know. saw a 6 percent increase in the number of families willing to host
(D) I´m the least short in this class. students next year."
(E) Physics is the most difficult subject for me. (A) older
(B) the oldest
6. Choose the alternative where there is a sentence in the superlative (C) the older
of superiority. (D) oldest
(A) Thomas is much healthier than me (E) the most old
(B) History is much harder than geography for me.
(C) Thor is much more intelligent than his friend Steve. 3. EN What is the correct way to complete the text below?
(D) My car is not so old as your truck. Learning a second language is not ___________ learning a first
(E) Who´s the most intelligent student in your class? language. It is ___________ .
(A) the same like/harder
7. Complete the right alternative. (B) the same/more hard
I ___________ you. (C) the same as/harder
(A) more patient (D) the same/more harder
(B) have more patience than (E) the same as/more hard
(C) am as patience than you
(D) am not as patience so 4. EN Which is the correct way to complete the paragraph below1?
(E) am the most patient person
Unclean Water Kills Half a Million Newborns a Year
8. Choose the Incorrect alternative. In 18 countries of Sub-Saharan Africa, access to water in health care
(A) You´re as stubborn as a mule. facilities is as _____ 20 percent. Access to water in larger hospitals
(B) You´re as wise as an owl. is typically _____ than it is in smaller, primary health clinics, where
(C) You´re as blind as a bat. most people receive their care, the report finds.
(D) Joey is as strong as an ox. (A) low as/better
(E) Today is more colder than yesterday. (B) low/better
(C) less than/good
9. Choose the alternative where there is a comparative of (D) least/good
superiority. (E) less than/best
(A) My brother is the hungriest person in my family.
(B) It´s is the most dangerous place that I´ve ever been. 5. AFA Read the ad and answer question.
(C) I´m much hungrier than you, so let´s not share a dish. Lockheed Martin and Sikorsky. Working together for three
(D) My cell phone is the newest in here. decades, this team _________ (I) and integrated ___________ (II)
(E) Paul is less shy than me. any other team in the world. That includes the SH-60B, _________

ING 51
INGLÊS
(III) the new MH-60R and MH60S programs. This __________ GABARITO
(IV) delivers the proven Naval Hawk airframe with advanced multi-
mission avionics capabilities to the U.S. Navy and navies worldwide 1. C
– together we deliver ________ (V) naval capability to __________ 2. B
(VI) customers. 3. C
4. A
Fill in the blanks correctly with grammatical subjects that have been 5. A
asked in the questions below: 6. C
I - Use the present perfect tense of the verb to build. 7. A
II - Use a comparative form of superiority. 8. C
III - Use a comparative form of equality. 9. D
IV - Use the right possessive case of nouns. 10. D
V - Use the superlative form of an adjective.
VI - Use the right pronoun.
TEORIA DE PROFUNDAMENTO
(A) has built / more naval helicopters than / as well as / team’s
synergy / the best / our. Parallel comparatives
(B) have build / many naval helicopters as / so good as / teams’ Special structures- The sooner, the better (quanto mais cedo,
synergy / the better / ours. melhor)
(C) had build / much more helicopters than / less well as / team
synergy’s / more and more / us. Quando a estrutura começar com THE, usaremos THE também.
(D) has builded / less helicopters than / not so bad as / team The sooner we travel the better.
synegys's / the most / we. The older, the more experienced (quanto mais velho,mais
experiente)
6. EFOMM- Choose the alternative that correctly shows the The higher you climb, the colder it gets.( quanto mais alto você
comparative form of the adjectives below. sobe, mais frio fica)
far - good – bad – easy - old
(A) further - best – worst – easier – oldest Comparative with Verbs
(B) farther - better – worse – easiest - older The + comparative + expression+ subject+ verb
(C) further - better – worse – easier – elder The more I see him, the more I like him.
(D) farther – best – worse – easier – oldest The more dangerous it is, the more I like it.
(E) farthest – better – worst – easiest – eldest The more I read, the more knowledge I have.

7. AFA The fragment “the most commonly diagnosed cancers” is Gradual Increase
an example of
(A) superlative. 1- Short Adjective
(B) comparative of superiority. The weather is getting colder and colder (o tempo está ficando cada
(C) comparative of inferiority. vez mais frio)
(D) comparative of equality. My uncle is getting richer and richer (o meu tio está ficando cada
vez maisn rico)
8. EFOMM Choose the correct alternative.
(A) Anna is the more intelligent girl in this room. 2- Long adjectives - More + more + adjecive
(B) He plays best than his brother. Shoes are becoming more and more expensive (os sapatos estão
(C) The commonest reason given for absence from school is flu. ficando cada vez mais caros)
(D) Would you please talk quietlier? English is getting more and more difficult ( Inglês está ficando
(E) Richard is the nicer of the three brothers. cada vez mais difícil)

9. EFOMM Which sentences are correct? 3- Adjectives ending in Y


I - There are a lot fewer opportunities in this country. This exercise is getting easier and easier (Este exercício está
II- He is the nicest when he’s with children. ficando cada vez mais fácil)
III- He’s more lazy than stupid. This movie is getting funnier and funnier (Este filme está ficando
IV- He explained it all carefully, but I was still none the wiser. cada vez mais engraçado)
V- Is this the first time for you to stay here ?
(A) (I), (II) and (III) 4. CVC adjectives
(B) (I), (IV) and (V)
(C) (II), (III) and (V) The day is getting hotter and hotter (O dia está ficando cada vez
(D) (II), (III) and (IV) mais quente)
(E) (I), (III) and (IV) My aunt is getting fatter and fatter (A minha tia está ficando cada
vez mais gorda)
10. EN. What is the correct way to complete the text below?

If you are visualizing many paradisiacal swims in clear blue waters, EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
then the Croatian islands are calling your name. Most of the
residents of Croatian islands have their own small boats to travel 1. Which is the correct way to complete the paragraph below?
between islands and the coast - it's _______ way to get around. No language is easy to learn well, though languages which are
(A) easy related to our first language are __________. Learning a completely
(B) the easier different writing system is a huge challenge, but that does not
(C) easiest necessarily make a language __________ another. In the end, it is
(D) the easiest impossible to say that there is one language that is ______ language
(E) easier in the world.
(A) easier/ more difficult/ harder

ING 52
INGLÊS
(B) the easiest/ more difficult/ harder 1.EN According to the text, which statement is correct?
(C) as easy as/ the most difficult/ the hardest
(D) easier/ more difficult than/ the hardest (A) (A)The majority of places that tourists visit are likely to be
(E) the easiest/ more difficult than/ the harder safe.
(B) (B)When you are travelling, you may get into trouble more
2. Hurry up, guys! _____ we get to the stadium ________ easily than when you are in your home town.
(A) the sooner-the good (C) (C)Unless you have common sense, you will be safe when
(B) the sooner- the best travelling.
(C) the sooner- the better (D) (D)Health care in a foreign country isn't so expensive as some
(D) the soonest-the best people might imagine.
(E) the soonest –better (E) (E)Before travelling, you must see the doctor and ask for a
check-up.
2. Mark the only option which is NOT grammatically correct.
(A)We’ve all got terrible voices, but I sing worst of all. Based on the text below, answer questions 02 and 03.
(B)Thank you very much indeed. That is most kind of you.
(C)She’s the fastest player of them all. How to Become a USNA Midshipman
(D)We’re walking by far the slowest.
(E)The more it is dangerous, the more I like it. There are lots of how-to books on getting in the Naval
Academy, but they're quite dry and impersonal. Mine - Building a
3. Which alternative IS NOT correct? Midshipman - is from the perspective of a woman who did it (my
(A) Could you talk more quietly? daughter!) and how she accomplished such a lofty goal. It’s down-
(B) Thank you very much indeed. That is kindest of you. to-earth and should give confidence to any teen, male or female,
(C) The road is getting more and more dangerous. considering a military academy as their college of choice.
(D) The more money he makes, the more useless things he buys. I wrote this because there was a need for a book like this.
(E) Can’t you drive any faster? When my daughter wanted a step-by-step on how to get into the
Naval Academy, all she could find were books that told her how
4. Mark the correct sentence. hard it was, how selective they were, how very few could achieve
(A) There are less people living in the country nowadays. it. My daughter brushed the negativity off, but I wondered how
(B) I have two daughters; the oldest is fifteen years- old. many kids were discouraged by that approach.
(C) Which of these cities is furthest from London? I decided to write a book (a) explaining how to achieve the
(D) This room is a lot cleaner than the other. goal, not why kids couldn't; (b) showing how teens can solve the
(E) The harder I study; the least I learn. problems that stand in their way rather than why they can’t, and (c)
sharing the many but predictable steps that will take a motivated,
5. You told me that Carla was thin, but I can see that she is committed applicant where they want to go rather than why they
________than Amanda. can't get there.
(A) no thin That approach worked for my daughter and I had no doubt
(B) no thinner it would work for others. From what I hear from readers, it's true. I
(C) thinnest hope you find it useful.
(D) the thinnest (MURRAY, Jacqui. Building a USNA Midshipman. How to crack the
(E) more and more thin United States Naval Academy Application. 2nd edition, 2008. Adapted
from https:// usnaorbust.wordpress.com)
GABARITO
2. EN According to the text, which statement is correct?
1. D (A) Many books fail to tell the applicants how selective the Naval
2. C Academy examination board is.
3. B (B) The previous books on how to get in the Naval Academy are
4. D discouraging and do not show any emotion.
5. B (C) Teenagers are always confident when they choose a military
academy as their college.
(D) The author of the book "Building a USNA Midshipman"
TEXTS
succeeded in getting in the Naval Academy.
(E) Jacqui Murray decided to write her book because the other
Based on the text below, answer question 1 books take the perspective of men.
Top Tips for Safe Travel 3. EN Considering the text, the words "lofty" in "[...] how she
accomplished such a lofty goal." and "brushed off" in "[...] she
The world isn't dangerous or unsafe. Quite the opposite. brushed the negativity off [...]." mean respectively
There are some desperate places and people, even in your home (A) unattempted/cleaned.
town, but these are a minority. In fact, you're more likely to get into (B) easy/defeated.
trouble at home than travelling if you follow these common sense (C) intelligent/surrendered.
tips on your trips: (D) noble/rejected.
(E) practical/suffered.
1) Scan all your major documents. Scan your travel documents and
email them to yourself - that way your documents won't go missing GABARITO
even if your bags do.
2) Get travel insurance. This is mainly for health costs if you get ill 1. A
or injured while abroad. Hospital costs can quickly get into the tens 2. B
of thousands of dollars, even for a minor injury; 3. D
3) Get vaccinated. Visit your doctor before you leave to get all the
relevant vaccinations/immunizations for the destinations you're
visiting, and to learn what health precautions you should follow.
(Adapted, from http://www.lonelyplanet.com)

ING 53
INGLÊS

VERBS 7) VERB TO BE + USED TO + ING - Ações relacionadas ao


TÓPICOS presente
Gerund eg.: I´m not used to watching soap operas (não estou acostumada a
Verbs + ING assistir novelas) # I used to play dogde ball when I was 10. (Estava
Verbs + To acostumada a brincar de queimado quando estava com 10 anos)
Verbs without To
Verbs + Gerund / To 8) Conjuntions
Doctors say that smoking is bad for you.
SUBTÓPICOS Life is like riding a bike to keep your balance you must keep
Expressions followed by gerund moving.
Let / Make Besides working a lot, I study German.
Special cases When Crossing the street, you must pay attention to the traffic
light.
GERUND
INIFINITES - USOS COM O TO
1) Como sujeito da frase.
Watching the sunset is unforgettable at Ipanema beach (assistir ao 1) Para expressar propósitos:
pôr do sol é inesquecível na praia de Ipanema). I went to the beach to laze (eu fui à praia para relaxar)
Watching certain couples at the mall is too funny (observar certos I saved money to travel (eu poupei dinheiro para viajar)
tipos de casais é engraçado demais)
2) Depois de adjetivos :
2) Após preposições. How nice to have one of those! (que bom ter um daqueles) \ how
She was accused of misbehaving (ela foi acusada de comportar-se nice to see you today! (que bom te ver hoje)
mal) \ There´s no point in arguing about it (não há motivo\razão em
discutir sobre isso) 3) Depois de pronomes interrogativos (how \ where \ what...)
She doesn´t know where to go on her next vacation (ela não sabe
3) Após algumas expressões como: I can´t help (eu não consigo onde ir em suas próximas férias ) \ I don´t know what to choose on
evitar em frases negativas). this menu ! (Não sei o que escolher nesse cardápio)
I can´t stand waiting for people more than 40 minutes. (eu não
tolero esperar pelas pessoas mais do que 40 minutos). 4) Após estas palavras: THE ONLY \ THE FIRST \ THE LAST
It´s useless calling her ( é inútil ligar para ela ). \ TOO \ ENOUGH
to be accustomed to - I´m accustomed to preparing exercises for I´m always the last to go away in this school! (Eu sou sempre a
my student - estou acostumada a preparar exercícios para meus última a ir embora nesta escola)
alunos ). They´re too rich to worry about money! (Eles são ricos demais para
to feel like – ( AM) I feel like eating tuna pizza - estou a fim de se preocuparem sobre dinheiro) she´s fancy enough to wear high
comer pizza de atum . No inglês Britânico é usado o verbo ¨ to heeled shoes (ela é elegante o suficiente para usar sapatos de salto
fancy¨ . I fancy eating tuna pizza. alto) she´s too rude to be a saleswoman (ela é grossa demais para
It´s worth (valer a pena) It´s Worth studying. (Vale a pena ser uma vendedora)
estudar)
To LOOK FORWARD TO (não ver a hora de) I look forward 5) IT TAKES \ IT TOOK \ IT WOULD TAKE \ IT WILL
traveling (Não vejo a hora de viajar) TAKE + OBJECT PRONOUN + TIME = Expressão usada para
I can´t stand = put up with = bear listening to her! (eu não tolero expresser o tempo que se leva, levou, levará ou levaria para algo ser
escutá-la ) feito, dependendo do tempo verbal.
It ´s no good cheating at college ( não adianta colar na faculdade) It takes me 2 hours to go to Caixias on Fridays (eu levo 2 horas para
I´m not accustomed to receiving orders. (não estou acostumado a ir para Caxias às sextas)
receber ordens ) It took me 1 hour and a half to prepare these explanations (eu levei
uma hora e meia para preparar estas explicações)
4) After some verbs: It would take me 3 hours to go to Japeri by bus (eu levaria 3 horas
(to admit - admitir ) \ to avoid - evitar \ to deny - negar \ to finish - para ir para Japeri de ônibus)
terminar \ to imagine - imaginar \ to mind - importar-se \ postpone - It will take us 20 minutes to get home (nós levarems 20 minutos
protelar \ to practice \ to suggest \ to prevent -prevenir \ to adore \to para chegar a casa)
detest \ to keep - manter \ to resist \ to risk \ to enjoy ( gostar -
aproveitar) \ to delay ( atrasar) \ to quit = to give up = desistir \ to 6) IT´S TIME + FOR - SUBJECT + INFINITIVE
put off – adiar \ to appreciate = apreciar \ to tolerate = tolerate = It´s time for us to leave this party (está na hora de nós sairmos desta
tolerar \ to deny = negar festa)
eg.: 1 I suggest lying in bed today ( eu sugiro ficar na cama até mais It´s time for them to go to bed (está na hora deles dormir)
tarde)
eg.: 2 Bill can´t imagine waking up at 5 o´ clock every day...(Bill 7) Depois de certos verbos:
não imagina acordar às 5 todos os dias ) to agree ( concordar ) \ to decide ( decidir ) \ to expect ( esperar ) \
eg.:3 She doesn´t mind doing the laundry for her mother ( ela não to fall ( cair ) \ to have ( ter ) \ to hope ( esperar) \ to invite ( convidar)
se importa de lavar roupa para sua mãe ) \ to learn ( aprender ) \ to order ( pedir ) \ to prepare ( preparar ) \
pretend ( fingir ) \ to promise ( prometer ) \ to refuse ( recusar ) \ to
5) Em proibições: seem ( parecer ) \ to tell ( dizer ) \ to wish ( desejar ) \ to afford ( ter
No smoking (não fume) \ No parking (não estacione) recursos financeiros) \ to prone ( ter tendência ) \ to intend
(pretender) \ to want ( querer) \ to desire ( = desejar) \ to manage
6) Depois de possessivos, pronomes e substantivos: (gerenciar = - fazer de tudo para ) \ to appear ( = aparentar – parecer)
Please excuse me being so late (por favor me desculpe por estar tão \ to refuse ( recusar ) \ to tell ( contar) \ to persuade = to convince
(=convencer) \ To decide (decidir) \ to neglect ( = negligenciar)n
atrasado) \ I´m sorry for my arriving, I didn´t know where the room
eg.: My dog seems to understand me ( o meu cachorro parece me
was (sinto muito pela minha chegada, eu não sabia onde era a sala) entender ) \ I´ve decided to order another dish ( eu decidi pedir um
outro prato)\ I have to withdraw some money this afternoon ( eu
ING 54
INGLÊS
tenho que fazer uma retirada de dinheiro esta tarde ) 2. She´s fond of _______________ tennis.
(A) to play
8) Depois de expressões: (B) playing
TO BE ABOUT TO (ESTAR PRESTER A \ ESTAR A PONTO DE (C) play
\ TO BE SUPPOSED TO (TER A OBRIGAÇÃO DE DEVER) \ (D) to playing
CAN´T AFFORD TO (NÃO TER CONDIÇÃO FINANCEIRA DE (E) to playing / play
FAZER ALGO)
You were supposed to help me with this task (você devia me ajudar 3. Since she loves ________________, she doesn´t mind
com esta tarefa) ___________ to the supermarket ______________ some products.
They´re about to break up each other (eles estão prestes a terminar She really enjoys___________ this.
um com o outro) (A) cook \ go \ buying \ doing
She can´t afford to pay so much for that dress (ela não tem a (B) cooking \ to go \ to buy \ doing
condição de pagar tanto por aquele vestido) (C) cooking \ going \ to buy \ doing
(D) cooking \ to go \ to buy \ doing
9) Depois de alguns verbos + objeto. (E) to cook \ to go \ buying \ to do
to ask (perguntar) \ to expect (esperar) \ to tell (contar ) \ to want
(querer) \ to persuade (convince) \ remind (lembrar-se)\ allow 4. You´d better ___________ what he wants.
(permit)\ advise (aconselhar) (A) to do
Do you want me to turn up the tv? (Você quer que eu aumente a (B) doing
TV? (C) do
I want you to go to the grocery store (eu quero que você vá à (D) to doing
mercearia) (E) to doing \ doing
She advised me to date someone who has a very good financial
situation (ela me aconselhou a namorar alguém que tenha uma 5. The rain can __________ our shoes.
situação financeira muito boa) \ Can you remind me to bring your (A) spoil
book? (Você pode me lembrar de trazer o seu book?) (B) spoils
(C) spoiled
INFINITIVE SEM O TO (D) to spoil
(E) spoiled
1- Os verbos LET and MAKE - são seguidos de um objeto e uma
forma básica
Her mother made her make the bed (sua mãe a fez arrumar a cama) GABARITO
Let me read this message (deixe-me ler essa mensagem)
1. C
2- Após os seguintes MODAIS (MIGHT \ MAY \ CAN \ COULD 2. B
\ MUST \ SHOULD EXCETO OUGHT TO) 3. C
The exam in the navy can be easier this year because you´re much 4. C
more prepared than last year! Believe yourselves! (a prova na 5. A
marinha pode ser muito mais fácil esse ano porque vocês estão
muito mais bem preparados do que o ano passado ! Acreditem em
vocês!) EXERCÍCIOS PROPOSTOS

3- O verbo TO HELP - pode ser usado com o infinitivo com o TO 1. The professor stopped __________ the homework assignment
ou sem o TO when he remembered that Monday was a holiday.
Paul always helps his fiancée to solve math problems (A) giving
Paul almost never helps his fiancée to solve trigonometry exercises (B) to give
(C) gave
4- Após as palavras BUT, EXCEPT AND THAN (D) give
You can do nothing except \ but accept the facts (você não pode (E) to give \ giving
fazer nada a não ser aceitar os fatos)
2. They stopped ____________ when the boss arrived.
INFINITIVOS COM O TO E GERÚNDIO (A) laugh
(B) laughing
AFTER SOME VERBS: to begin (começar ) \ to hate ( odiar ) \ (C) to laugh
to like ( gostar ) to love ( amar ) \ to mean ( significar ) \ (D) to laughing
to plan ( planejar ) \ to prefer ( preferir ) \ to start ( iniciar ) \ to try ( (E) to laugh / laughing
tentar ) = to attempt \
They love going to the amusent park (eles amam ir ao parque de 3. I used _____ to the cinema a lot.
diversão ) or They love to go to the amusent park . (A) go
I hate doing physics lessons (eu odeio fazer trabalhos de física) or (B) to go
I hate to do physical education (eu odeio fazer educação física) (C) going
(D) to going
(E) going \ to go
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
4. Stop _____ this terrible noise at once!
1. I´m keen on _____________ detective books. (A) make
(A) read (B) to make
(B) to read (C) making
(C) reading (D) to making
(D) to reading (E) to make / making
(E) reading / to read

ING 55
INGLÊS
5. Choose the Wrong alternative: (C) 1 and 3
(A) Bill kept on staring at the party. (D) 2 and 3
(B) I adore taking a nap on weekends (E) 2 and 4
(C) Would you mind turning up the stereo?
(D) He decided not going to Ann´s party. 3. EN Which sequence best completes the text below?
(E) He doesn´t want to dye his hair anymore. On 18, December 2008, President Lula signed the National Defense
Strategy, _______ a fifteen month drafting exercise. The
6. Choose the Wrong alternative: document was principally drafted by Minister for Strategic Planning
(A) You can´t stay here any longer. Roberto Mangabeira Unger, and it provides a security policy
(B) She seldom avoids overeating before to go to bed. framework that places defense in the context of the government's
(C) They felt like drinking brandy and coffee. broader goal of national development. In terms of _____________
(D) Will you insist on doing this way? the relationship among the strategic tasks of "sea denial", "sea
(E) They went on arguiing on the phone about the same subject. control" and "power projection", the Brazilian Navy will be ruled
by an unequal and joint development. If the Navy accepted
7. Choose the Right alternative: ________ the same weight to all three objectives, there
(A) I denied to have been there. would be a big risk _______ mediocre in all of them. Although all
(B) It´s worth to purchase that pair of boots. They are on sale. of them deserve _________, this will happen in a certain order and
(C) Being successful is a matter of wearing the right clothes. sequence.
(D) My niece enjoys to do crosswords. (A) concluding/design/provide/to being/to be developed
(E) In front of that sign says: Not to park. (B) to conclude/design/to provide /of being/to be developed
(C) to conclude/designing/providing/to be/to being developed
8. Choose the Right alternative: (D) to conclude/designing/to provide/to being/to being developed
(A) I know how to installing this TV set. (E) concluding/designing/to provide/of being/to be developed
(B) I don´t know how to going to Campo Grande.
(C) It´s too cold to swimming today. 4. EN 2015 Mark the alternative that indicates the two sentences in
(D) Bryan called you to invite to his party. which the infinitive was used correctly.
(E) I don´t know what thinking about this problem. I - I can't stop to talk to you right now. I'm very busy.
II - Please, remember to turn off the lights when you leave.
9. Choose the Right alternative: II - He doesn't mind to stay home alone on Saturday nights.
(A) They simply refused raising the flag! IV - You must to watch this new TV series starring Will Smith.
(B) Dad promised not to taking me to the theater. (A) I and II
(C) This is his own way of overcoming his problems. (B) I and III
(D) I ´m supposed preparing a lot of exercises weekly. (C) I and IV
(E) It´s very funny seeing yourself on the video. (D) II and III
(E) II and IV
10. Choose the Wrong alternative:
(A) Are you interested in learning how to play the keyboard? 5. EN Which is the correct option to complete this paragraph from
(B) I´m looking forward to watching that movie! an article on Managing Multicultural Teams?
(C) Do you mind turning up the TV? I want to watch the news today.
(D) The receptionist stopped to type the letter to answer the phone. When a major international software developer needed _________
(E) Can you remember being to this place before? a new product quickly, the project manager assembled a team of
employees from India and the United States. From the start the team
GABARITO members could _________ on a delivery date for the product. The
Americans thought the work could be done in two weeks; the
1. A 2. B Indians predicted two to three months. As time went on, the Indian
3. B 4. C team members proved reluctant ______ setbacks in the production
5. D 6. B process, which the American team members would find out about
7. C 8. D only when work was- due to be passed to them.
9. C 10. D (A) producing/not to agree/to report
(B) to produce/not agree/to report
(C) producing/to not agree/to report
EXERCÍCIOS DE CONCURSOS (D) to produce/not agreeing/reporting
(E) produce/not agree/reporting
1. EN Which of the alternatives below completes the sentences
correctly? 6. EN Which option best completes the paragraph below?
______ is a bad habit and it can cause lung cancer.
(A) To smoke Eat healthy
(B) Smoke
(C) Smoking In today's fast-paced world, it is so easy ________ through a
(D) To smoking drive-through window to grab something to eat. It is also easy
(E) The smoke ______ into a gas station ______ a bag of chips, a soda, and
some candy. However, ______ this is not the best choice for our
2. EN- In the alternatives below, the gerund was used correctly in bodies. Simply put - the more junk you put into your body, the
only two sentences. worse you are going to feel. Try ______ your body with healthy
(1) This laptop is definitely worth buying. food, drink plenty of water, and skip fast food lines as much as
(2) He stopped eating fast food in order to lose weight. you can to feel healthy and happy.
(3) They can't afford buying a new car. (A) driving/stopping/to buy/to do/to nourish
(4) She refused seeing him. (B) driving/stopping/to buy/doing/to nourish
The correct sentences are: (C) to drive/to stop/to buy/doing/to nourish
(A) 1 and 2 (D) to drive/to stop/buying/doing/nourishing
(B) 1 and 4 (E) to drive/to stop/to buy/to do/nourishing

ING 56
INGLÊS
7. EFOMM Say if the sentences below are C (correct) or I TEORIA DE APROFUNDAMENTO
(incorrect).
( ) He’s used to run 5 kilometers every day. CASOS ESPECIAIS ... REMEMBER X STOP
( ) Last year, I use to study harder than I do now.
To stop
( ) Sam used to sleeping 12 hours a day when he was a teenager. stop + -ing refers to the end of the action.
( ) I’m sorry. I´m not used to staying up so late. I stopped running.
stop + infinitive implies a purpose.
The correct sequence is: I stopped to rest… (in order to rest, ie, for this purpose)
(A) (I) (I) (I) (C) Daniel stopped smoking (he doesn´t smoke anymore) \ Daniel parou
(B) (C) (C) (I) (C) de fumar - pode ser temporariamente ou definitivamante - ele não
fuma mais.
(C) (I) (C) (C) (I)
Pam stopped to smoke because she was anxious (she waited for an
(D) (C) (I) (I) (C) occasion to do something that she really wanted to) = Pam parou
(E) (I) (C) (I) (I) para fumar porque ela estava ansiosa .
To remember + gerund = to remember something after we do
8. EFOMM Choose the correct alternative to complete the it.
sentences below. I remember turning off the heater (eu me lembro de ter desligado o
aquecedor).
I. I can’t afford _____ for all your expenses.
Action before remember
II. He enjoys ______ on the weekends.
III. After many frustrated attempts, I finally managed _______ To remember + infinitive = to remember something before we do
him stay. it (usado em rotinas)
IV. You should always put on sunscreen before ______ to the I remember to lock the door daily. (Lembro de trancar a porta
beach. diariamente)
Remember to pay the doctor tomorrow morning! (lembre-se de
(A) paying / sailing / making / going
pagar o médico amanhã de manhã )
(B) paying / sailing / to make / to go I always remember to call my friends on their birthday (eu sempre
(C) pay / to sail / made / going me lembro de ligar para meus amigos no anivérsário deles)
(D) to pay / sailing / to make / going
(E) to pay / to sail / making / to go To regret
regret + -ing form refers back to the past, something that one is sorry
9. EFOMM -Choose the correct option. one did.
I regret leaving school at 14, it was a big mistake.
(A) The bad weather prevented me to go.
regret + infinitive form is used mainly in announcements of bad
(B) I object to be treated like this. news.
(C) Would you mind to open the door? We regret to say that we are unable to help you.
(D) I meant to have called you, but I forgot. We regret to inform passengers that the train to London will be
(E) You should avoid to make mistakes. delayed.

10.EFOMM Which is the correct sequence to complete the To try


try + -ing is used to talk about making an experiment, doing
sentences below?
something to see what will happen.
1.______ all your money on clothes is not good. I tried sending her flowers, writing letters, giving her presents but
2 .1 don’t think this article deserves_____. she still wouldn´t talk to me.
3. I’m afraid of______ sick during the trip. try + -ing/infinitive can be used to talk about making an effort to do
4. It’s easy______deceived by fake news. something difficult.
(A) Spending / read / to get / be I tried to change/changing the wheel, but my hands were too cold.
(B) To spend / to read / getting / being
(C) Spending / reading / getting / to be To forget
(D) To spend / to be reading/to get / be I´ll never forget meeting the Queen.
(E) To spend / to read / get / being infinitive refers forward in time, to things one still has or had to do
at the moment of the action.
I forgot to buy the soap.
GABARITO
To deserve/to need/ to require/ to want
1. C After deserve, need and require, the -ing form has a passive sense.
This structure is more common in British English.
2. A I don´t think his article deserves reading. (=… deserves to be read).
3. E Your hair needs cutting. (=… needs to be cut).
Notes:
4. A
5. B Allow is used in these two patterns:
6. B a. Allow + object + to-infinitive:Her parents allowed her to
7. A go to the party.
8. D b. Allow + gerund:
9. D Her parents don't allow smoking in the house.
10. C
ING 57
INGLÊS
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO possible to explore how much the career dreams of young people
have changed over the past 20 years, how closely they are related to
1.. Choose the Wrong alternative: actual! labour demand, and how closely aspirations are shaped by
(A) Thor feels like dancing. social background and gender.
(B)) I fancy sleeping. [3] Studies in Australia, the United Kingdom and the United
(C) Phil wants sleeping earlier. States show that teenagers who combine parttime employment with
(D) I don´t intend to arrive late at home today. full-time education do better in their school-to-work transitions. The
(E) I suggest not doing it. positive benefits include lower probabilities of being unemployed
or NEET (Not in Education, Employment or Training), higher
2. I can remember ____________ voices in the middle of the night. wages, and others (see Box 1). However, the benefits cannot be
(A) to hear (B) hear (C) heard taken for granted and some experiences in different countries have
(D) hearing (E) have heard demonstrated that governments and schools can better support
young people as they prepare themselves for working life.
3. Mark the only sentence that is correct. [4] Schools may provide programmes of career
(A) I don't mind doing all the housework. development activities, particularly those that include workplace
(B) She suggested to go to a new restaurant on Sunday. experience. Experience of the world of work challenges young
(C) They avoid to go out at night because of the violence. people to understand what it means to be personally effective in
(D) The children refused making their beds. different workplaces while providing a unique opportunity to
(E) He promised not being late next time. develop social networks of value. Through exposure to the people
who do different jobs, young people have the chance to challenge
4. Which option completes the paragraph below correctly? gender-and class-based stereotyping and expand their aspirations,
In places with electricity, artificial lighting has prolonged our easing ultimate entry into the labour market (see Box 2).
experience of daylight, allowing us ______ productive for longer. [5] However, in recent years, analyses of career preparation
At the same time, it has cut nighttime short, and so to get enough have focused on the challenge of misalignment: where the
sleep we now have______it all in one go. Now, "normar sleep educational plans of young people are out of kilter with their
requires forgoing the periods of wakefulness that used______up the occupational expectations. When young people underestimate the
night; we simply don't have time for a midnight chat with the education required to fulfil their dreams, they can expect to find
neighbor any longer. "But people with particularly strong circadian their early working lives more difficult than would be expected. Of
rhythms continue, _____, up in the night. particular concern is that most young people whose aspirations are
(A) being / to do / to break / wake misaligned with their education come from disadvantaged
(B) be / do / breaking / to wake backgrounds. Consequently, it is now clear that career guidance
(C) to be / to do / to break / to wake serves an important service in dealing with inequalities,
(D) to be / do / to break / waking [6] Results from PISA show that the career aspirations of
(E) being / doing / breaking / wake young people are no simple reflection of teenage academic ability,
Rather, they reflect complex lives. Analyses show that the children
5. Analyze the sentences and choose the option which is of more advantaged families are more likely to want to go on to
grammatically correct. university than working class kids. Similarly, career thinking is
I. I heard that she's looking forward to visit you. often determined by gender and immigrant background as well as
II. She wanted that everyone understood her. socioeconomic status. Disadvantaged young people are at clear risk
III. If you can't sleep, try taking sleeping pills. of career confusion. It is neither fair, nor efficient, for students to
IV. I’ll never forget visiting Paris for the first time. move through education with limited views of both the amplitude
V. Remember locking the door on the way out. of the labour market and their own potential.
(A) (I) and (II) (B) (II) and (III)
(C) (III) and (IV) (D) (II) and (IV) Box 1- The positive effects of teenage part-time employment
(E) (IV) and (V) [7] Studies in Australia, the United Kingdom and the United
States commonly show that teenagers who combine full-time
GABARITO study with part-time work can expect to do better in the adult
job market than would be expected, given their backgrounds and
1. C 2. D 3. A 4. C 5. C academic qualifications. Studies that follow them from
childhood to adulthood have routinely found evidence of higher
earnings and fewer periods of unemployment. In an American
TEXTS study which follows young people born in the mid-1970s up to
the age of 30, the researchers find a positive relationship
between working part time at age 14 and 15 and a subjective
Based on the text below, answer questions 1, 2, 3, 4, 5 and 6.
sense of job realization in adulthood. Teenage students who
worked were far more likely to agree at age 30 that they were
Career confusion in the 21st century: challenges and
working in a job that they wanted. However, the exact
opportunities
relationship between working when a teenager and later
economic success is not well understood, and the phenomenon
[1] The time and energy that teenagers dedicate to learning
may have some disadvantages: students working excessive
and the fields of study they choose profoundly shape the
hours perform worse in final examinations than would otherwise
opportunities they will have during their whole lives. Their dreams
be expected.
and aspirations do not just depend on their talents, but they can be
highly influenced by their personal background as well as by the
Box 2 - The long-term impacts of career talks
depth and extent of their Knowledge about the world of work. In
summary, students cannot be what they cannot see. [8] Another study, based on teenagers who, as 16-year-olds,
[2] With young people staying in education longer than ever had taken part in a career talk with someone from outside of
school, finds that taking part in career talks is associated with
and the labour market automating with unprecedented speed,
significantly better earnings at age 26. The wage premium was
students need help to make sense of the world of work. In 2018, the
OECD Programme for International Student Assessment (PISA), found to be at its greatest where students took part in more than
the world's largest dataset on young peoples educational five career talks at age 1415, rather than at 15-16, and when they
agreed at the time that they had been very helpful.
experiences, collected first-of-its kind data on this, making it
ING 58
INGLÊS

1. According to the text, which option is correct? GABARITO


(A) When schools provide career talks, they challenge the world of
work. 1. C
(B) When teenagers attend career talks, they challenge the different
2. D
social classes.
(C) The higher the number of career talks teenagers attend, the 3. D
higher their salaries may be.
4. E
(D) The higher the number of career talks teenagers attend, the
higher the number of drop-outs. 5. A
(E) Career talks facilitate someone's immediate entry into the labour
market.

2. According to paragraph 1, it is correct to say that “students cannot


be what they cannot see” because:
(A) their dreams and aspirations belong to the opportunities they
find.
(B) their dreams and aspirations consume much time and energy.
(C) they need to extend their knowledge about their talents.
(D) need to be well-informed about the world of work.
(E) they need to devote more time to dreaming about their Careers.

3. The word “their”, in “[…] with limited views of both the


amplitude of the labour market and their own potential.”
(A) working class kids.
(B) complex lives.
(C) career aspirations.
(D) students.
(E) results from PISA.

4. The meaning of the expression “out of kilter with” in paragraph


5 is:
(A) outdated about.
(B) delivered by.
(C) in equal terms with.
(D) in accordance with.
(E) in disagreement with.

5. According to the contents of paragraph 3, the transition from


school to work os better for teenagers who:
(A) study full-time and work part-time.
(B) study part-time and work full-time.
(C) both study and work part-time.
(D) both study and work full-time.
(E) work, study and have higher wages.

ING 59
INGLÊS
PREPOSITIONS In – Usadas quando for mencionado somente o ano, o mês, mês +
ano, lugares, estações do ano e períodos de tempo
TÓPICOS I was born in February.
Place – AT / IN / ON She was born in 1999.
Expressions She´s in school \ in the mall \ in the hospital.
She´s in the kitchen \ backyard \ bathroom...
SUBTÓPICOS I love to go to the beach in the summer \ in the winter \ in the spring
Compound (compostas) \ in the fall (Ame) \ autumn (Bre) He´s in the U.S.A \ He´s in Nigeria
Adjectives + prepositions \ He´s in Asia \ He lives in Tijuca \ He´s in Niteroi.
Verbs + prepositions (regência) She´s in the sea.
Don´t eat in the car \ in the taxi \ in the van. (Todo meio de
PREPOSITIONS – São elementos essenciais da língua, uma vez transporte no qual a pessoa entra e não possa andar é usada a
que têm a função de relacionar substantivos e pronomes a outros preposição IN)
elementos em uma oração. As preposições são usadas para conectar
substantivos ou pronomes a outras palavras. BY - I come to my work by: car \ van \ bus \ cab \ ferry boat \
motorcycle \ cable car \ street car \ airplane \ subway \ train\ chopper
TIME – AT / IN/ ON
Some other prepositions:
AT - Reference – Usada antes de nomes específicos de lojas,
escolas, bancos, estabelecimentos, praias, hora certa e endereço 1) Between x among = ambas querem dizer entre.
completo Between: entre uma coisa e outra \ I´m sitting between Charles and
I study at IBEU \ Cultura \ Fisk \ CNA English course. Peter. (Eu estou sentada entre Charles e Peter).
I love to go shopping at Barra Shopping \ Nova America \ Norte
Shopping. Among: There are many secrets among friends (há muitos segredos
She lives at 56 Dias da Cruz street, apt 302. entre os amigos)
Malls are crowded at Christmas. (Época, 15 dias, 10 dias antes do
natal) 2) Into x Onto = tem o sentido de fazer movimento para dentro
She´s at the mall. (pode estar na porta ou dentro) (into)
He´s at the hospital. (pode estar na porta ou dentro)
I´ve cried at the end of the movie. INTO = quando houver movimento para dentro e houver
Some people make plans at the end of the year. transformação.
You can see the subway at the end of the street. She´s entering into the bedroom. (ela está entrando no quarto) \the
Many people are broke at the end of the month. car crashed into the tree (o carro bateu numa árvore) Cut this onion
Some students are so sleepy that they barely pay attention at the into small pieces, \ He´s jumping onto the wall. (ele está pulando
beginning of the class. por cima do muro) \ the cat jumped onto the table (o gato pulou para
I get exhausted at the end of the day. cima da mesa). Obs: quando houver uma tradução para ser feita para
She´s at the club \ at the restaurant \ at that restaurant. outra lingua usaremos INTO (Can you translate this text into
She likes to eat at Parmê \ at Outback \ at La Mole\ at Mc Donald´s. Portuguese? \ você pode traduzir esse texto para o português?)
Some people eat a lot of chocolate at Easter.
She´s at the table. ONTO= quando houver movimento para fora sem tocar a
She´s at Copacabana Beach (she´s at the beach) superfície.
The ship is at sea. He´s jumping onto the wall. (ele está pulando por cima do muro) \
The ship is at the Red Sea. the cat jumped onto the table (o gato pulou para cima da mesa). The
man jumped onto the horse.
On - Tem a ver com datas completas ou incompletas \ dias \ dias de
semanas \ alguns meios de transportes coletivos, eventos, nomes de 3) Near \ close to \ next to (perto \ próximo a \o)
ruas, andar de prédio, feriados, Superfícies e situações onde sejam I live near the mall (eu moro próximo ao shopping) \ I live close to
mencionadas tecnologia – on TV, on the radio, on Facebook, on the mall \ I live next to the mall.
Instagram, On the phone, on the computer...)
I´ve seen him on the bus \ on the subway \ on the train \ on the ship 4) Inside (dentro) \ outside (do lado de fora)
\ on the ferry boat \ on the airplane. (TODO MEIO DE She´s inside the house (ela está dentro de casa) \ The children are
TRANSPORTE NO QUAL É POSSÍVEL ANDAR É playing outside the house (as crianças estão brincando do lado de
NECESSÁRIA A PREPOSIÇÃO ON) fora da casa).
She was born on March 9 \ He was born on March 9, 1998.
I love to drink hot chocolate on cold days. 5) Below (abaixo) \ above (acima)
What do you like to do on sunny days? The temperature is below 5° degrees (a temperatura está 5° abaixo
Many foreigners come to Brazil on carnival. de zero) \ The temperature in Rj in the summer is usually above 37°
On Mother´s day some people avoid eating out. degrees. (a temperatura no Rj no verão é normalmente acima de 37°)
On father ´s day \ on children´s day \ on Labor´s day \ on Valentine´s
day\ on Christmas \ on Easter \ on Thanksgiving ´s day ... 6) Under (debaixo) \ underneath (por debaixo)
I´ve seen a very interesting movie on TV. I´m wearing a beautiful blouse underneath my jacket (eu estou
Take a look on page 78. vestindo uma blusa bonita por debaixo de minha jaqueta) \ The
On the roof \ on the floor \ She goes to her college on foot. shoes are under the bed (os sapatos estão debaixo da cama) \ there´s
I have a pain on my knee \ on my leg \ on my shoulder. much rust underneath the fridge (há muita ferrugem por debaixo da
I ´m afraid of riding on a roller coaster. geladeira)
To ride on a bus \ on a ship \ on a subway ...
The material is on the table. (Surface) 7) over (em cima \ por cima - envolve superfície\ terminado \
She lives on Dias da Cruz Street. \ She works on President Vargas durante)
Avenue. The game is over (o jogo terminou) \ The chopper was flying over
She´s on the beach. (Quando a pessoa estiver na areia) the ocean (o helicóptero estava sobrevoando o oceano) \ He became
I´ll speak on your \his\ her behalf. a very important soccer player over the year (ele tornou-se um
She lives on the second floor \ She studies on the first floor. jogador mto importante durante o ano). There were over 500 people
ING 60
INGLÊS
on the beach yesterday (havia mais de 500 pessoas na praia ontem 4- short of (falta de) = lack of (falta de)
indicando excesso) I´m short of money (estou com falta de dinheiro) \ lack of time is a
problem nowadays (a falta de tempo é um problema hoje em dia).
8) Against (contra) - I´m against abortion (eu sou contra aborto)
5. On strike (em greve) \ There are no buses today. The drivers are
9) behind (atrás) - He´s sitting behing his best friend (ele está on strike (não há ônibus hoje. Os motoristas estão em greve).
sentado atrás de seu melhor amigo).
6- on a business trip (em uma viagem de negócios) \ on a cruise
10) Through (através) - The bird flew through the window (o (em um cruzeiro) to go on a cruise (fazer um cruzeiro) - I want to
pássaro voou através da janela). go on a cruise next year (eu quero fazer um cruzeiro no próximo
ano) \ to go on a diet (fazer uma dieta) - She needs to go on a diet
11) About (aproximadamente \ sobre \ em) immediately (ela precisa fazer uma dieta imediatamente) \ on a tour
I have 150 dvds (tenho apoximadamente 150 dvs) \ I´m thinking (em uma excusão) \ on tv (na tv) \ on the radio (no rádio) \ on fire
about resting more in July (estou pensando em descansar mais em (em chamas).
julho) \ What do you think about it? (o que você acha \pensa sobre
isso?) I´m worried about my professional life (estou preocupara 7- To go for a walk (dar uma caminhada ) \ I need to go for a walk
sobre minha vida profissional). tonight . (Preciso fazer uma caminhada hoje a noite).

12) Off x Of = off (está ligado a um phrasal verb) \ of (exprime 8- For dinner (no jantar) for lunch (no almoço) \ for breakfast (no
posse). café da manhã) \ for a snack (no lanche) - I love to eat French fries,
Take off your shoes before arriving at home (tire os seus sapatos well done steak, salad, rice and beans for lunch (eu adoro comer
antes de chegar em casa) obs: before é uma preposição, vem um batata frita, bife bem passado, salada, arroz e feijão no almoço)
verbo após, logo é obrigatório o uso de ING. \ He´s the soccer of
that team (ele é o jogador daquele time) 9- at lunchtime (na hora ho almoço) - meet me at lunchtime (me
encontre na hora do almoço)
13) Toward \ towards (em direção à) \ He went towards the hospital
(ele foi em direção ao hospital). Adjectives + prepositions

14) before (antes de) x after (depois de) 1. Some people are hooked on chocolate (some people are addicted
Watch out before crossing the street ! (cuidado antes de atravessar to chocolate).
a rua) \ She always brushes her teeth after eating something ( ela
sempre escova seus dentes depois de comer alguma coisa). 2. To be interested in (estar interessada em) - estar interessada em
- I´m interested in studying Italian (estou interessada em estudar
15- In front of (em frente a) \ The bus stop is in front of the school italiano) \ He´s interested in learning Chemsistry (ele está
(o ponto de ônibus é em frente a escola). interessado em aprender quimíca).
- I´m interested in that book. = I´m keen on that book.
16 –Within – (dentro de um horário)
I´ll go back 10 minutes. (Voltarei em dez minutos) 3. Impressed by \ with I´m impressed by the film (estou
impressionada pelo filme)
17- With (Com – usado normalmente para companhia de pessoas)
I traveled with my family last week. (Viajei com a minha família 4. Responsible for (ser responsável por) Who was responsible for
semana passada) all that noise last night? (He´s in charge of)

18- Without (sem) 5. fond of (ser fã de) - I´m not fond of Kaka (não sou fã de kaká).
I´m without time to do it.
6. Tired of (cansado de) I´m tired of waiting ... (estou cansada de
19. Behind (atrás) esperar.)
Paul is behind his best friend. (Paul está atrás de seu melhor amigo)
7- to be proud of (ter orgulho de) \ to be ashamed of (ter
20. Beyond (além de – sentido geográfico ou de expectativa) vergonha de) \ to be jealous of (ter ciúmes de)
The church is beyond the mal. (A igreja fica além do shopping) I´m proud of myself (tenho orgulho de mim) \ I ´m ashamed of that
This movie was beyond my expectation. (Este filme foi além de attitude (estou com vergonha daquela atitude) \ I´m jealous of my
minha expectativa) things (tenho ciúmes das minhas coisas).

Some expressions: 8- To be good at (ser bom em) \ to be bad at (ser ruim em)
I´m good at making desserts (sou boa em fazer sobremesas) he´s bad
1- By heart (de cor) \ by coincidence (por coincidência) \ by mistake at playing soccer (ele é ruim em jogar futebol).
(por engano) \ by the way (a propósito) \ by the time (quando) \ by
chance (por acaso) on duty (de serviço) \ out of work 9- To be married to (ser casada com) \ to be engaged to (ser noiva
(desempregado) \ out of control (fora de controle) \ by sight (de de)
vista) \ in due course (na ocasião oportuna) \ on the whole (no geral) She´s married to Phil (ela é casada com Phil) \ He´s engaged to
\ on the second thought (pensando melhor Sarah (ele é noivo de Sarah).

2- On time = on the dot – on the spot (na hora - exata) x In time 10- To be aware of \ to be conscious of (estar consciente de)
(a tempo - houve atraso) I´m aware of global warming (tenho consciência do aquecimento
He always arrives at the office on time (ele sempre chega no global).
escritório na hora) \ He arrive at the meeting in time this morning
(ele chegou a tempo no escritório hoje de manhã) on the dot = on 11- Accustomed to (acostumado a)
time, on the spot (= no ato, na mesma hora na hora)
12- Accused of (acusado de)
3- Full of (cheio de) - That email was full of mistakes (aquele email
estava cheio de erros).
ING 61
INGLÊS
13- Allergic to (alérgico a) 5. Choose the Incorrect alternative:
(A) I have a dozen of coats.
14- Ashamed of (envengonhado de) (B) I need to buy a dozenn eggs.
(C) The clouds on the horizon are weird.
15- Capable of (capaz de) (D) Paul is very sick. He´s been on hospital since last week.
(E) Daniel doesn´t like to eat in Mc Donald´s.
16- derived from (derivado de)
GABARITO
17- diffferent from (diferente de)
1. D
18- familiar with (familiar com) 2. A
3. D
19- scared of (medo de) 4. E
5. E
20- sick of (farto de)

21- difficulty in (dificuldade em) EXERCÍCIOS PROPOSTOS

22- advantage of (vantagem em) 1. I´ll go ______right now, but I won´t go ________ his house
tonight.
Compound Prepositions (A) - \ for
(B) for \ to
1- In order to (com o propósito de \ com o objetivo de) (C) - \ to
We must hurry in order to arrive on time (D) - \
(E) straight \ for
2- According to (de acordo com)
According to the rules, you can´t use your cell phone in school. 2. Choose the Correct alternative according to the PREPOSITION.
(A) I study at 2400 Cesario de Melo avenue.
3. By no means (por meio de) (B) Daniel was born on June 2009.
(C) Thomas likes to watch TV at the morning.
4- Instead of (ao invés de = rather than) (D) Phil was on Guanabara supermarket some minutes ago.
(E) My math class starts in 7 a.m.
5- In favor of (a favor de)
3. Choose the Right alternative:
6- Away from (longe de) (A) I´m addicted in drinking coffee.
(B) She was born in March of 2010.
(C) I´m hooked to mate.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (D) I´m going to speak in your behalf.
(E) I´m good in driving.

1. My little sister was born _____Europe, _______ May 10 4. Choose the Right alternative:
________ Friday. (A) I wake at 5 o´clock sharp.
(A) in / on / at (B) I sometimes travel on leisure.
(B) on / in / at (C) She screams with me all the time.
(C) at / at / on (D) I left to Bahia on February.
(D) in / on / on (E) I´ll keep my eyes in you from now on.
(E) on / at / on
5. Which is the correct option to complete the text below?
2. Choose the Correct alternative according to the preposition
above: The Letter Always Wins
(A) I study on Monday afternoons. Somehow _____ our several ways to contact a company and
(B) I´ll live in Gramado to December 2021 from March 2022. complain _____ products (email, toll free numbers, _____ person),
(C) She´s on the hospital. the old-fashioned letter still seems to win.
(D) I work on 71 Senador Furtado street on Wednesdays. Case in point. This week Smucker's Jam agreed to replace
(E) She always celebrates her birthday in Mother´s day. two of my grandmother's Pineapple Jams that she had ordered. She
talked _____ them _____ the phone and they apologized ____ the
3.Choose the Incorrect alternative according to the preposition bad packaging. But it was her letter that got her two free
above: replacements.
(A) I go to the mall between 7 and 7:30 p.m. (A) between / to / at / to / by / at
(B) I live on Dias da cruz street. (B) among / about / in / to / on / for
(C) What kind of movies have you watched on TV? (C) between / of / on / for / in / for
(D) My cousin will be traveling on May. (D) among / about / in / for / in / to
(E) Paul doesn´t like to go there on foot. (E) between / of / on / with / on / to

4.Choose the INCORRECT alternative according to the 6. We must congratulate him _________ his design for the new
preposition above: building.
(A) My birthday was on February 8. (A) for
(B) I liked to visit Norway in 2018. (B) on
(C) Once in a blue moon I read in the evening. (C) in
(D) I´m at Barra beach. (D) off
(E) Phil is on the subway station. (E) to

ING 62
INGLÊS
7. We´ve had such a busy day! At least twelve 12 people called. Oh 3..EFOMM Which option is correct?
_____________ the way, there´s a message here for you ________ She was afflicted ______ severe asthma.
your cousin. (A) to
(A) over \ of (B) by
(B) by\ from (C) of
(C) in \- (D) with
(D) on \ from (E) at
(E) into \ of
4. EFOMM Choose the option that correctly completes the text
8. Sally based her opinion ____________ Stephan´s theory on below, respectively.
Black Holes. “______ half-past twelve next day Lord Henry Wotton strolled from
(A) under Curzon Street over to the Albany to call on his uncle, Lord Fermor,
(B) on a genial if somewhat rough-mannered old bachelor, ______ the
(C) at outside world called selfish, ______ it derived no particular benefit
(D) beneath from him, but ______ was considered generous by Society as he fed
(E) in the people who amused him.”
(A) On / which / nonetheless / that
9. Let´s serve dinner. Our guests are already __________ the table. (B) About / where / notwithstanding / which
(A) on (C) In / who / instead / whom
(B) at (D) At / whom / because / who
(C) under (E) Around / that / consequently / which
(D) in
(E) beneath 5. EFOMM Which sequence completes the text below?
“The profile of the global maritime industry encompasses a
10. She is very proud _______ her children. significant variation ____ cultural diversity. More pointedly, a
(A) at culturally diverse milieu ____ officers and ratings is becoming more
(B) in
of the norm ____ contemporary maritime shipping ventures.
(C) on
(D) with Unlike the planned cohabitation of mixed cultures that were known
(E) of to be tolerant and compatible ____ each other, the current mixing of
diverse nationalities on board merchant cargo vessels appears to be
GABARITO occurring at an unprecedented rate. This recent trend is partially
explained ____ the larger percentage of mixed crew ____ foreign
1. C flagged ships. Regardless of the causes, however, there can be no
2. A
doubt that the maritime environment has become multi-cultured,
3. B
4. A dynamic, fast paced and laden with liability.”
5. B (PROGOULAKI, Maria; POTOKER, Elaine; PARSONS, James.
6. B An international survey on crosscultural competency for maritime
7. B (A) of / of / in / with / in / at
8. B (B) of / of / for / of / by / on
9. B (C) in / about / of / with / for / in
10. E (D) in / about / of / of / by / in
(E) on / on/ for / with / on / on

6. EFOMM Which alternative is correct?


EXÉRCICIOS DE CONCURSOS
(A) Can you translate this in Chinese?
(B) I broke it into half.
(C) Cut the onion into small pieces.
1. EFOMM Which sequence completes the text below? (D) The ball rolled slowly in the goal.
"I cannot understand why the Spring is so late ______ coming," said (E) He sat down into the armchair, and I sat down onto the floor.
the Selfish Giant, as he sat _______ the window and looked
_____________ this cold white garden; "I hope there will be a 7. EFOMM Which is the correct way to complete the sentences
change ______ the weather." below?
(A) in – at – out – in – of 1. They insisted______making their child learn a foreign language.
(B) in – on – at – out – in 2. He was never rude______any of his numerous subordinates.
(C) for – by – out – on – of 3.I depend_____my parents help in order to pay the rent.
(D) in – at – out – at – in 4. As a teenager, she used to be interested______ jazz.
(E) for – by – at – out – in (A) in / at / of / in
(B) on / with / of / on
2. EFOMM. Complete the passage below with the correct word. (C) in / with / in / of
Then choose the correct alternative. (D) to / to / on / on
I. I was shocked _______ her behavior. (E) on / to / on / in
II. The man is known ______ the police.
III. We’re worried _______ the future. 8. EFOMM Choose the correct alternative to complete the excerpt
IV. The mountains are covered ______ snow. below.
V. Everybody’s annoyed ______ you. "I agonized ______whether I wanted to splurge _________ a
(A) I. at – II. to – III. about – IV. with – V. with private tour and have a little more autonomy ______where we went
(B) I. to – II. on – III. of – IV. in – V. with and how long we spent ______ each place, but ultimately went
(C) I. with – II. for – III. with – IV. in – V. with _______a Gamma Travei group tour."
(D) I. about – II. in – III. for – IV. with – V. on (A) on / at / on / at / in
(E) I. for – II. to – III. with – IV. in – V. by (B) about / in / in / in / on
ING 63
INGLÊS
(C) over / on / over / at / with Twilight
(D) in / over /- /in / on
(E) - / about / - / in / with Twilight is a 2008 American romantic vampire film based ___
Stephenie Meyer’s popular novel of the same name. It is the first
9. EFOMM Choose the correct alternative to complete the
film in The Twilight Saga film series. This film focuses on the
paragraph below.
development of the relationship between Bella Swan and Edward
Cullen (a vampire), and the subsequent efforts of Cullen and his
Charter, Sail, Repeat: new ventures and old favorites in the
family to keep Swan safe ___ a coven of evil vampires.The project
Greek Isles
was in development for approximately 3 years ___ Paramount
Pictures, during which time a screen adaptation that differed
By Zuzana Prochazka
significantly from the novel was written. Principal photography
took 44 days and the film was primarily shot in Oregon.Twilight
On our first day, we sailed southwest nearly 50 miles on a
was theatrically released ___ November 212010, grossing over
nice beam reach, winding through Kolpos Idras, or the Hydra Gulf.
US$392 million worldwide and became the most purchased DVD
By the end, we were running out _____daylight, so we pulled
of the year. The soundtrack was released in the same year.
_____the minuscule harbor on Spetses Island. I read the guides
Following the success of the film,New Moon and Eclipse, the next
twice, but the most I got was a warning about the inner harbor being
two novels in the series, were produced as films the following year.
only 4ft deep, which made me suck in my stomach as we crept in.
The harbor turned _____to be a mix of private yachts, commercial
12. AFA Choose the correct prepositions to fill in the gaps above.
boats and fishing craft, and as we were looking round I happened to
(A) of – off – at – in
notice black clouds _________the horizon. The wind was
(B) about – to – over – at
also now picking _______, so out we went again, making a U-turn
(C) under – for – off – in
back to the bay to drop anchor with the other cruisers who’d opted
(D) on – from – at – on
to ship the draft headaches. We made it just before the gale overtook
us.
13. EFOMM The man jumped ____________ the horse and went
(A) of / into / out / on / up
away.
(B) towards / over / up / along / over
(A) of
(C) off / along / into / at / out
(B) under
(D) from / on / off / in / on
(C) out of
(E) to / in / along / over / off
(D) onto
(E) into
10. EN Which is the correct option to complete the paragraph
below?
The construction of means to control maritime areas will focus ____ GABARITO
the strategic areas _____ maritime access _______ Brazil. Two
coastal areas will continue to deserve special attention: the strip that 1. D
goes ______ Santos _____ Vitória, and the area around the mouth 2. A
of the Amazon River.
(A) on/of/in/to/in 3. D
(B) in/of/in/from/to 4. D
(C) on/from/in/to/from 5. B
(D) on/of/to/from/to
6. C
(E) in/from/to/to/in
7. E
Hale Mary 8. C
Hale Mary full of grace
9. A
the Lords is with thee
Blessed are thou 10. D
among sinners 11. B
and blessed is thy
12. D
Womb Jesus.
Holy Mary Mother of God 13. D
pray for our sinners now
and at the hour of our death
Amen.

11. AFA How many different prepositions can you find in the text?
(A) four
(B) five
(C) six
(D) seven

ING 64
INGLÊS

TEORIA DE APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

Principais Regências 1. Choose the correct sentence.


(A) My father always kept a close eye in me when I played with my
1- Similar to (parecido com) - Your handwriting is similar to mine friends.
(sua letra é parecida com a minha). (B) There must be more to him than meets my eyes, or else why
would she be interested in him?
2- To dream about (sonhar quando a pessoa dorme) (C) Although we are married, we don’t see eye to eye on a lot of
I dreamt about you last night. things.
(D) I cried my eyes away when my friend told me I failed the exam.
3- To dream of (quando houver projeto de vida) (E) Working with poor children opened my eyes off their real needs.
I dream of buying a house in Cabo Frio as soon as possible)
2 . Choose the correct option to complete the sentences below.
4- To smile at / to laugh at (sorrir para / rir para) I. She congratulated me ____ passing the driving test.
She smiled at me when she saw me. II. My parents discouraged me____quitting my job.
III.She got married _____ a foreigner.
5- To worry about (preocupar-se com) IV.Many young people dream____living abroad.
I´m worried about my future. V. The mayor was forced to resign _____his position.
6- To happen to (acontecer com) (A) for / from / with / labout / of
What happened to you yesterday? (B) for / for / with / about / of
(C) on / from / to / of / from
7- To agree on ( concordar em algo) (D) on / from / to / with / from
I agree on this alternative. (E) by / of / to / with / from
8- To agree with (concordar com alguém) 3. Which is the correct option to complete this paragraph?
I agree with you. We would like to invite you to participate ______ a conference on
the Contemplative Heart of Higher Education that will be held ____
9- to hint at ( dar dica) Amherst College _____ April 24-26, 2009. This year's conference
I´ll hint it at you. will be the first to be sponsored_____ the new Association for
Contemplative Mind in Higher Education, which is affiliated with
10- to cry over (chorar por algo) the Center for Contemplative Mind in Society. The conference will
Don´t cry over the spilt milk. explore the special role that contemplative practices can play in
cultivating those capacities of attention, equanimity, wisdom and
11- to cry with (chorar de alegria, tristeza.) compassion that are central to the lives______our students and
I cry with joy whenver I see my students wearing a uniform.] ourselves.
(A) in/at/in/for/in
12- To stare at (olhar fixamente para algo) (B) of/on/in/of/from
I´m staring at that shop window. The clothes are great! (C) in/at/on/by/of
(D) of/on/on/by/to
13- to spend Money on (gastar dinheiro com) (E) on/in/in/for/on
Don´t spend your Money on useless things.
4. Analyze these sentences.
14- To Sream at = to shout at (gritar com alguém) I. The boss discussed about the new sales report.
I sometimes scream at my dog. II. Does the coefficient of kinetic friction depend on speed?
III. My son finally succeeded in finding a new job.
15- To pay for (pagar por) IV. Some people still blame the driver on the accident.
I´ve paid a lot of Money for this cell phone. V. He apologized for his girlfriend to being late.
16- to prevent from (impedir de) Choose the correct option.
I was prevented from going to the beach due to the bad weather (A) Only I and II are grammatically correct.
yesterday. (B) Only II and III are grammatically correct.
(C) Only II and IV are grammatically correct,
17- to brag about (contar vantagem sobre algo) (D) Only I and IV are grammatically correct.
She´s bragging about herself. (E) Only II and V are grammatically correct
18- Congratulations on (parabéns por)
Congratulations on your party. 5. Which option completes the paragraph below correctly?
A lawyer I worked _______ told me he was impressed because I
19– Insist on (insistir em) wasn't afraid ____anything. I had no idea what he was talking
She insisted on going out yesterday. _____. l'm scared _______everything.
(A) with / of / to / to
20- based on (baseado em) (B) ai/ from / about / with
This movie is based on real life. (C) with / of / about / of
(D) at /for/ with / with
21- Depend on (depender de) (E) with /for/ with / of
It depends on the situation
GABARITO
22- run out of (ficar sem)
I run out of sugar. I need to go to the supermarket right now. 1. C 2. C 3. C 4. C 5. C
23- to invest in (investir em)
ING 65
INGLÊS
ARTICLES • In such a situation you should call the police immediately.
TÓPICOS [Em uma situação deste tipo você deverá chamar a polícia
INDEFINITE ARTICLES – A/ AN imediatamente. ]
DEFINITE ARTICLES – THE • Such behavior is not acceptable in this school. [Um
comportamento desta natureza não é tolerado nesta escola. ]
SUBTÓPICOS
• Such questions are easier to ask than to answer. [Tais
Indefinite Articles usados em:
perguntas são mais fáceis de fazer do que responder. ]
Exceções na fonética – A/ AN
Frases exclamativas • Such a miracle is not going to happen. [Um milagre
Uso do SUCH + A /AN deste tipo não vai acontecer. ]
Uso obrigatório do A/AN • Such a decision is not an easy one to be taken. [Uma
Uso não Obrigatório do ¨ The ¨ decisão destas não é das mais fáceis a ser tomada. ]
Omissão do artigo ¨ The ¨ • Such an operation has to be undertaken precisely. [Uma
operação desta natureza precisa ser realizada de modo
INDEFINITE ARTICLE – A/AN (UM / UMA) preciso. ]
Em inglês, as palavras ou são usadas com SOME quando forem • This might be an opportune time for such a
incontáveis ou com os artigos A/ AN quando as palavras meeting. [Este deve ser o momento oportuno para uma
estiverem no singular. Em hipótese alguma os artigos serão reunião deste tipo. ]
usados com palavras no plural.
1) Antes de consoante – a clock / a wristwatch / a child / a kite / a OBSERVAÇÃO:
computer
2) som de u /ew e som do ¨ h ¨ mudo devendo ser precedido de ¨an She's such a quiet girl. (such a + adjective + singular countable
¨ a useful name / a European / a university/ a uniform / a ewe. noun)
(= uma ovelha fêmea, tendo som de YOU, por isso o a exceção) / a They're such nice kids. (such + adjective + plural countable noun)
useful hint (=uma dica útil) / a universal language) She always uses such fresh food. (such + adjective + uncountable
3) Y: a yellow submarine noun)
4) W: a window
5) A palavra tem que estar no singular e ser contável. Uso Obrigatório dos Artigos:

Serão usados antes de: 1) Antes de substantivos singulares que designam nacionalidade ou
1) vogal: an egg /an orange/ an instrument / an umbrella profissão.
Eg1.: He´s an engineer / He´s an Italian / My uncle is a lawyer
Atenção ao uso de FONÉTICA abaixo: Observe os dois exemplos abaixo a omissão dos artigos das
2) H mudo: an hour / an honest guy /an heir / an honor / a one-way palavras no plural:
street (Antes de Numeral) Eg 2.: They are lawyers / I want to buy eggs...

OBSERVAÇÃO: Quando o H for pronunciado: a hospital / a 2) Antes de numerais como dozen, hundred, thousand. Million...
house / a horse / a home / a huge apartment / a helicopter. quando estes numerais estiverem no plural.
Eg 3.: The tailor spent a hundred dollars in the supermarket.
3) Antes de abreviação com SOM DE VOGAL Eg 4.: I want to buy a dozen bananas.
An HIV patient
An MBA degree 3) Com a palavra HALF:
An Led lamp Eg 5.: They stayed half an hour here. / I want a half sandwich.

4) Antes de abreviação com SOM DE CONSOANTE 4) Antes de expressões de tempo e medida:


a EU member Eg 6.: I go to the movies once a month / I go to the bank once a
a EU Project week/ I travel twice a year/ She buys jeans three times a year.
a UNESCO volunteer
5) Quando designamos calças compridas /meias /botas/ óculos /
5) Com frases exclamativas com substantivos no singular e tesouras no sentido de um.
contáveis: Eg 7.: I want to buy a pair of scissors / a pair of pants / a pair of
What + a/an + noun! gloves / a pair of boots / a pair of glasses / a pair of jeans.
What + a/an + adjective + noun!
What a gift! 6) Depois de WHAT em frases exclamativas, mas com o
What a hot day! substantivo no singular.
What a beautiful night! Eg 8: What a wonderful night! what an interesting girl! BUT: What
What an interesting idea! impolite children! (no article = plural)
What a hard exercise!
What a hard exercise! 7) Depois de QUITE ou RATHER, quando tais palavras precedem
Porém se for apenas um adjetivo: HOW + adjective / How + substantivos adjetivados.
adverb. Eg 9.: It was quite a beautiful day.
How nice!
How interesting! 8) Depois da palavra Such, precedendo substantivos no singular
How wonderfully she cooks! isolados ou adjetivados. (já explicado anteriormente, este tópico é
apenas para ser reforçado !!)
6) Uso do ¨ Such ¨ A/AN + NOUN Eg 10.: I was in such a hurry. / It was such a hot day yesterday.
O uso mais frequente e comum da palavra ‘such’ é aquele no qual
ela é seguida por um substantivo. Nestes casos a equivalência em 9) Antes de little ou Few, dando o mesmo sentido de some sendo
português será algo como: ‘assim’, ‘deste tipo’, ‘desta natureza’. positivo e de oferta.
Veja os exemplos: Eg 11.: Wouldn´t you have a little salt? / I need a little sugar.

ING 66
INGLÊS
10) Quando houver um adjetivo + substantivo contável. 9) Antes de superlativos.
Eg11: She´s a tall girl. Eg 25.: He ´s the most interesting guy here / He´s the youngest here.

Observe o exemplo acima onde a palavra ¨girl ¨ é contável e o 10) Antes de cinemas, bancos, shoppings, circos, praias (the movies
adjetivo ¨ tall ¨ começa com consoante, logo é usado ¨ A ¨ / the bank / the mall / the circus, the beach, the office, the catedral
prevalecendo a consoante do adjetivo. ...). A ideia é que a pessoa vai e volta, por isso o uso do artigo.
Eg 12.: It´s an interesting movie. Eg 26.: I hardly ever go to the movies on Mondays.
Observe o exemplo acima onde a palavra ¨movie ¨ é contável e o
adjetivo ¨ interesting ¨ começa com vogal, logo é usado ¨ An ¨ 11) Elementos únicos da Natureza (The moon / the sky / the
prevalecendo a vogal do adjetivo.
universe/ the sun /the forest / the trees / the clouds / the rainbow, the
11) Antes de nacionalidades: rain), exceto fenômenos tais como: hurricane, tsunami, earthquake,
Eg 13.: I´m a Brazilian / You´re an American. seaquake …
Eg 27.: Look at the sky now! can you see the old moon?
OBS: NÃO SERÁ USADO A/AN COM QUAISQUER TIPOS DE
LIQUÍDOS: 12) Antes de nomes de pessoas, países, ruas, cidades, quando estes
A milk = errado!! / A coffee = errado!! nomes estiverem sendo usados como adjetivos para modificar
A glass of milk = correto!! / a cup of coffee = correto!!! / A mug of
algum substantivo:
coffee
Eg 28.: The Chicago fire was a large one. / The English language is
DEFINITE ARTICLE – THE (O, A, OS, AS) a little hard for some people.
O artigo definido em inglês pode ser usado com substantivos no
singular e no plural para todos os gêneros. 13) Antes de substantivos de qualquer ordem quando relacionados
especificamente a uma pessoa ou coisa:
For lunch I had a sandwich and an apple. The sandwich wasn´t very Eg 29.: The patient of my father.
good.
(The speaker says a sandwich /an apple, because that is the first time 14) Antes de títulos:
he talks about them/ The speaker says the sandwich because the Eg 30.: The President will address the nation tonight / The Queen is
listener now knows which sandwich he had for lunch) coming.
Eg 12.: I cleaned the car yesterday (a particular car, my car)
Eg.13.: The students that are talking to each other are very studious. 15) Antes de eventos esportivos:
Eg 14.: THE CAR THAT I BOUGHT IS WHITE. (quando Eg31.: The Olympic games were in Tokyo in July of 2021 / The
HOUVER especificação) Word Cup is an event that many people love.
Eg 15.: People are individualist nowadays # The people that I met
at the party yesterday were very shy. 16) Antes de Números ordinais.
Eg 31.: I live on the second floor. / Paul is always the first to arrive
USO OBRIGATÓRIO DO ¨ THE¨ at school.
1) Antes de nome próprios que estejam designados a família.
Eg 16.: The Millers are odd. / The Smiths are coming from Paris. 17) Antes de nomes de navios:
/The Simpsons are funny. Eg 32.: The Queen is coming.
2) Antes de nomes próprios compostos, regiões e repúblicas. 18) Com expressões de tempo (de manhã, de tarde, `a noite)
Eg 17.: The USA / The United Kingdom / The Netherlands / The in the morning / in the afternoon / in the night (embora não seja
Republic of Ireland / The Dominician Republic / The Philippines / muito comum o seu uso, a ideia é que algo tenha acontecido a noite
The Middle East / The Caribbean Region / The Republic of the toda / in the evening.
Philippines or The Philippines) Eg 33.: I want to go to the beach in the afternoon. / I danced in the
night, I´m too tired today = I danced all night long …)
3) Antes de arquipélagos (grupos de ilhas)
Eg 18.: The Virgin Islands/ The Bahamas/ The Canaries / The 19) Antes de nomes de hotéis:
Canary Islands/ Eg 34.: The Ritz is famous all over the world. / The Sheraton (hotel)
But: individual islands do not use THE
Eg 19.: Corfu / Sicily / Bermuda 20) Regions:
4) Antes de nomes de rios: The Middle East / the north of France / the south of Italy/ the west
Eg 20.: The Mississipi, The Amazon, The Thamis / The Nile ... of Canada.
Eg 35.: She knows all the north of France.
5) Antes de nomes de Oceanos/ mares/ canais/ golfos
Eg 21.: The Pacific/ The Atlantic/ the Indian Ocean / The But: Do not use: The – northern France / Southern Spain / western
Mediterranean Sea / The Red sea / The Suez Canal /The Panama Canada
canal / The Gulf of Mexico / The Gulf of Aden / The Gulf of
California Note : on maps THE is not usually included in the name 21) Mountains: Cadeias de montanhas (= Range Mountains)
Eg.: The Rocky Mountains / The Rockies / The Andes / The Alps
6) Antes de instrumentos musicais:
Eg 22.: I play the flute very well. But: Individual mountains – do not use: (Mount) Everest/ (Mount)
Fuji
7) Quando houver sentido de plural
Eg 23.: The rich / the poor / the blind / the young / the deaf / the sick 24) Antes de desertos.
/ the disable / the Eg.: The Sahara desert. / The Arabian Desert / The Antarctic Desert
unemployed/ the injured / the homeless / The Gobi Desert / The Kalahari Desert / The Patagonian Desert /
The Syrian Desert / The Great Basin
8) THE + nationality words:
Eg 24.: The French are famous for their food (the French people)
ING 67
INGLÊS
OMISSÃO DE ARTIGOS 3. Choose the alternative where the Indefinite Pronoun can ´t be
used:
1) Antes de continentes: (A) magazine
(B) soda
Africa (not the Africa) / Asia / Europe (C) book
(D) beach
2) Antes de países ou Estados: (E) school

France (not the France) Japan / Germany / Nigeria / Mexico. 4. Choose the INCORRECT alternative according to the articles:
(A) The U.K
3) Antes de pronomes adjetivos: (B) The White House
(C) The my best friend
Eg 1.: My Father was a special person (not the my father) (D) The World Cup is very loved by people.
(E) The Nile River
4) Antes de Mr / Mrs / Ms.
5. Choose the CORRECT alternative according to the articles:
Eg 2.: Mr. Tom wants to talk to you right away. (A) The English is not so complicated for several people.
(B) The Mount Everest is awesome.
5) Antes de nomes próprios: (C) My niece studies in the morning.
(D) Queen is a little late for the interview on TV.
Eg 3.: Stevie is a great guy. (E) I need to buy a cheese at the supermarket.

6) Antes de esportes
Eg 4.: Soccer is very known worldwide. / He used to play soccer GABARITO
pretty well when he was in his 20´s.
1. D
7) Substantivos abstratos: 2. C
Eg 5.: Life is beautiful. / Love is blind / Honesty is one of the best 3. B
qualities of a human being. 4. C
5. C
OBS: Quando houver especificação ficará assim:

Eg 6.: The life that I have is hard. EXERCÍCIOS PROPOSTO

8) Antes de refeições, pois dá ideia de rotina. 1. Choose the Incorrect alternative:


Eg 7.: Dinner is ready / My Family has breakfast at 8 a.m (A) The old statue was an important monument that we wanted to
preserve.
OBS: Quando houver especificação: (B) Juliana is an English teacher and her husband is a doctor.
Eg 8.: The lunch that I had yesterday was very hearty. (C) What a great idea! let´s go bowling.
(D) It´s an honor for us to welcome a scientist like you.
9) Antes de Ciências ou disciplinas escolares: (E) What an horrible juice!
Eg 9.: Math is not so harsh for me, but Physics is. / Politics is a little
difficult to understand. 2. Choose the Correct alternative:
(A) It was such a awful storm that we had to stay home.
10) Antes de ¨ chapel ¨, ¨ church¨, ¨ college¨, ¨ school ¨, ¨ court ¨, ¨ (B) My grandfather used to say that an house is not an home
prison ¨, ¨ work ¨, ¨ bed ¨, pois estão ligados a rotina. (C) Another word for twelve is a dozen
Eg 10.: Many people go to church on Sundays / My sister go to (D) What a insulting thing to say to your relatives!
school on foot / I go to bed very late / I go to work too early. (E) We spent some thousand dollars on single weekend

OBS: Quando houver situações que saem da rotina, o artigo será 3. Complete the gaps correctly:
usado.
I- It´s ________honor to meet you.
Eg 11.: The children are jumping on the bed / The prisoner´s father II- I waited for you for _____hour.
went to the prison to talk to the director. / I need to go to the college III- It´s ________ uniform.
to solve a serious problem / (A) an/ an /a
(B) an/ an/an
(C) a/a/a/
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (D) an/a/a
(E) a/ an/the
1. Choose the alternative that the article is Right.
(A) Movies that we watched yesterday were good. 4. Complete the gaps correctly:
(B) We´re an doctors.
(C) What a interesting idea! I- What _____ wonderful day!
(D) It´s a delicious dessert. II- I go to the movies once ______month.
(E) What a heavy baggage! III- I want _____ half sandwich.
(A) a /a /-
2. Choose the alternative where the Indefinite Pronoun can be used: (B) a/- /a
(A) wood (B) paper (C) -/a /a
(C) egg (D) water (D) a/a/a
(E) fuel (E) the /the /a

ING 68
INGLÊS
5. Complete the gaps correctly: LUGGAGE / BAGGAGE / KNOWLEDGE/ NEWS /
________ water, ____vegetables and ______ fruits are good for INFORMATION / THUNDER / EQUIPMENT/ MUSIC /
_____ health. ADVICE/ WORK / WEATHER
(A) -/-/-/the
(B) -/the/ -/ POR SEREM SUBSTANTIVOS INCONTÁVEIS, NÃO SERÃO
(C) the/the/the/ - USADOS: A \ AN
(D) the/the/the/the EXAMPLE: ERRADO: A BAGGAGE, PORÉM: A PIECE OF
(E) -/-/-/- LUGGAGE \ A PIECE OF LUGGAGE \ A PIECE OF ADVICE \
A PIECE OF INFORMATION \ A PIECE OF NEWS \ A PIECE
6. Choose the Incorrect alternative: OF EQUIPMENT, A PIECE OF MUSIC, SÃO FORMAS
(A) I want to buy a pair of scissors CORRETAS!! OR SOME: BAGGAGE / LUGGAGE/
(B) She bought 2 pairs of pants INFORMATION / NEWS / EQUIPENT
(C) I need a pair of jeans.
(D) She eats a bread daily.
(E) Thomas wants to eat a slice of ham now. EXERCÍCIOS DE CONCURSO

7. Choose the Wrong alternative: 1. EN Mary and Susan are very good friends, Mary meets Susan on
(A) It´s a smart cat. her way to the park on a beautiful Sunday Morning
(B) Shes´s an engineer. Mary: ¨What _____ wonderful morning! Let´s go for ____ walk.
(C) I´m a doctor. (A) a /a
(D) She wants a tub of butter. (B) a/-
(E) I need a useful tips. (C) -/a
(D) the/a
8. Choose the Correct alternative according to the Indefinite (E) a/the
Articles:
(A) It´s a gorgeous work. 2. EN A passenger is asking for information:
(B) It´s a terrible lie. Passenger: Excuse me, could you tell me how to get to ______ city
(C) It´s a honor to meet you. center?
(D) It´s a very good advice. Policeman: Yes, go straight ahead, and then take _____ next
(E) What a different aircraft! turning.
(A) a/a
9. Choose the alternative where the Indefinite Pronoun can´t be (B) the/the
used: (C) an/ a
(A) an university (D) -/a
(B) She is an honest woman. (E) the /a
(C) It´s a boring song
(D) a ewe 3. AFA ________ milk and ____ meat are good for _____ health.
(E) a delicious slice of bread (A) -/-/-
(B) - /the -
10. Choose the Wrong alternative: (C) the/the/-
(A) It´s an awful idea. (D) the/the/the
(B) The important doctors are arriving.
(C) It´s a useful hint. 4. AFA Complete the text below with some articles where they
(D) He wants to buy an ice cream. are necessary or just omit them when they are not supposed to be
(E) I bought 3 grocery stores last year. used:
GABARITO Everyone has something to learn from ____ Kosovo. But ____
1 .E 6. D keenest students of the war should be those who live in Western
2. C 7. E Europe. Other places in _____ world have seen so much or more
3. A 8. B bloodshed since _____ end of the cold war. But only _____ Europe
4. D 9. A has medieval hatred taken hold so close to the heart of what
5. E 10.D boastfully supposes itself to be ________ rational, sophisticated
civilization.
(A) the / - /the / the/ a / the
TEORIA DE APROFUNDAMENTO (B) the / the / - / an / the / a
(C) - / the / the / the / - / a
A/AN – NÃO SERÃO USADOS: (D) - / the / the / an / - / the
A) ANTES DE SUBST PLURAL: TABLES / SISTERS 5. EN What is the correct way to answer the question below?
/RELATIVES, ETC... What do you do?
(A) I do doctor.
B) ANTES DE SUBSTANTIVOS INCONTÁVEIS: POVERTY / (B) I do medicine.
SNOW / SUGAR / MILK / MONEY, TIME, CHEESE, BREAD, (C) I do the medicine.
WATER, COFFEE … quando for preciso quantificarmos as (D) I am a doctor.
palavras acima como por exemplo ¨ milk ¨ é possível o uso do artigo (E) I am doctor.
por estar sendo especificado uma caixinha de leite, se forem duas
ou mais, o artigo sairá e o S é utlizado, 6. EN Which is the correct option to complete the sentence below?
Examples: a carton of milk \ 2 cartons of milk \ some bread or a Windsurfing will be dropped from (1) ______ Olympics after
loaf of bread \ 2 rolls bread \ a slice of cheese \ 2 slices of ham \ a (2) ______ London 2012 Games and will be replaced by (3) ______
glass of water.. kiteboarding for (4) ______ Rio 2016 Games.
(A)  –  – the – 
C) ANTES DE SUBSTANTIVOS: PROGRESS/ FURNITURE /
ING 69
INGLÊS
(B) an – the – the – the 2. Choose the WRONG alternative.
(C) the – the –  – the (A) What cold weather!
(D)  – a – the – a (B) These pliers need to be fixed!
(E) the – a –  – a (C) This jeans are too tight at the hips.
(D) What a serious disease!
(E) How interesting!
7. EN Which is the correct option to complete the paragraph
below?
3. Choose the alternative where the Indefinite Pronoun can be used:
"Plan your perfect vacation by reserving (1) ____ room at (2) ____
(A) hypothesis
Best Western Hotel. Situated on (3) ____ Northern Drive, half mile
(B) paper
from (4) ____ downtown, our hotel mixes spacious guest rooms and
(C) deer
convenient location."
(D) sheep
(A) the -  - the 
(E) crises
(B) a - the -  - 
(C) a - the -  - the 4. Choose the Wrong alternative:
(D) a - the - the - a (A) I´ll go to the Middle East next month.
(E) the - a -  - a (B) Paul will to the Sahara desert.
(C) The rich sometimes despise the poor.
8. EFOMM ‘Diplomacy, from ______ Greek diploma (folded), is (D) My parents will go to the Europe as soon as possible.
____ study of legal and administrative documents of all kinds. Most (E) The breakfast that I had this morning was very scrumptious.
attention has been paid to ______ public documents of monarchs,
emperors, and popes, which are usually classified separately 5. Choose the INCORRECT alternative.
from_____ many varieties of private documents that exist.’ (A) Phil has a serious illness.
( (B) I have a piece of news to tell you.
The blanks of this excerpt can be adequately filled by: (C) I want to buy a piece of furniture for my bedroom.
(A) the – the – X – the. (D) I have an hour to have breakfast.
(B) the – a – the – X (E) How she sings beautifully!
(C) a – a – the – the
(D) the – the – the –the GABARITO
(E) a – a – X – X
1. D
9. EFOMM Choose the correct alternative to complete the 2. C
sentences below. 3. A
I- Simon is in ______ prison because he didn’t pay his taxes 4. D
II- You have made ____ very good progress. 5. E
III- We didn’t have time to visit ____ Louvre when we were in Paris.
V- I’ve always wanted to visit ____ Netherlands. TEXTS
(A) a / a / the / the
AFA
(B) --- / --- / the / the
(C) the / a / --- / ---
JOBS AT HIGH RISK
(D) --- / a / --- / a
(E) a / --- / --- / the
It is an invisible force that goes by many names.
Computerization. Automation. Artificial intelligence.
10. EN Which of the alternatives completes the sentence correctly?
Technology. Innovation. And, everyone's favorite,
If you need ______ about what to remove from your _____to avoid
ROBOTS.
problems at check in, this leaflet is for you.
05 Whatever name you prefer, some form of it has been
(A) some information/luggage
stimulating progress and killing jobs — from tailors to
(B) the informations/luggage
paralegals — for centuries. But this time is different: nearly
(C) information/luggages
half of American jobs today could be automated in "a
(D) an information/luggage
decade or two". The question is: which half?
(E) informations/luggage.
10 Another way of posing the same question is: Where do
machines work better than people? Tractors are more
GABARITO
powerful than farmers. Robotic arms are stronger and more
1. A 6. C
tireless than assembly-line workers. But in the past 30
2. B 7. B
years, software and robots have succeeded replacing a
3. A 8. D
15 particular kind of occupation: the average-wage, middle-
4. C 9. B
skill, routine-heavy worker, especially in manufacturing
5. D 10. A
and office administration.
Indeed, it's projected that the next wave of computer
progress will continue to endanger human work where it
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
20 already has: manufacturing, administrative support, retail,
and transportation. Most remaining factory jobs are "likely
1. Choose the alternative where the Indefinite pronoun can also be
to diminish over the next decades". Cashiers, counter
used:
clerks, and telemarketers are similarly endangered. On the
(A) What a good work!
other hand, health care workers, people responsible for our
(B) What an excellent advice!
25 safety, and management positions are the least likely to be
(C) What a very good news!
automated.
(D) What a serious disease!
(E) What a heavy furniture!

ING 70
INGLÊS
30 The next big thing 3. The expression “wave of computer progress” (lines 18 and 19)
We might be on the edge of an innovating moment in has the same idea as
robotics and artificial intelligence. Although the past 30 (A) increase of social skills.
years have reduced the middle, high- and low-skill jobs (B) reduction of skilled machine.
have actually increased, as if protected from the invading (C) technology advances.
35 armies of robots by their own moats. Higher-skill workers (D) social-intelligence moat.
have been protected by a kind of social-intelligence moat.
Computers are historically good at executing routines, but 4. In the sentence “Hans Moravec was a futurist who pointed out
they're bad at finding patterns, communicating with people, that machine technology copied a savant infant [...]” the pronoun
and making decisions, which is what managers are paid to “who” can be replaced, with no change in meaning, by
40 do. This is why some people think managers are, for the
moment, one of the largest categories immune to the fast (A) which.
wave of AI. (B) whose.
Meanwhile, lower-skill workers have been protected by the (C) what.
Moravec moat. Hans Moravec was a futurist who pointed (D) that.
45 out that machine technology copied a savant infant:
Machines could do long math equations instantly and beat 5. According to paragraph 5, managers are
anybody in chess, but they can't (A) at risk of losing their jobs.
answer a simple question or walk up a flight of stairs. As a (B) professionals that need to have social skills.
result, not skilled work done by people without much (C) paid to do manual work.
50 education (like home health care workers, or fast-food (D) subjected to automation.
attendants) have been saved, too.
6. Mark the option closest in meaning to “We don't really have a
The human half clue” (line 75-76).
In the 19th century, new manufacturing technology (A) We're completely unable to guess what will happen.
55 replaced what was then skilled labor. In the second half of (B) People are prepared for hard times in the future.
the 20th century, however, software technology took the (C) We're not trying to find out what the right thing to do is.
place of median-salaried office work. The first wave (D) We won't have a chance in the future.
showed that machines are better at assembling things. The
second showed that machines are better at organizing GABARITO
60 things. Now data analytics and self-driving cars suggest
they might be better at pattern recognition and driving. So 1. B
what are we better at? 2. A
The safest industries and jobs are dominated by managers, 3. C
health-care workers, and a super-category that includes 4. D
65 education, media, and community service. One conclusion 5. B
to draw from this is that humans are, and will always be, 6. A
superior at working with, and caring for other humans. In
this light, automation doesn't make the world worse. Far
from it: it creates new opportunities for human creativity.
70 But robots are already creeping into diagnostics and
surgeries. Schools are already experimenting with software
that replaces teaching hours. The fact that some industries
have been safe from automation for the last three decades
doesn't guarantee that they'll be safe for the next one.
75 It would be anxious enough if we knew exactly which jobs
are next in line for automation. The truth is scarier. We
don't really have a clue.
(Adapted from http://www.businessinsider.com/robots-
overtakingamerican-jobs-2014-1)

Glossary:
savant infant – a child with great knowledge and ability
to assemble – to make something by joining separate parts
to creep – to move slowly, quietly and carefully

1. One of the purposes of the text is to show that


(A) machines are as effective at reaching decisions as we are.
(B) some easy tasks are much more difficult to a machine.
(C) automated activities are the most questionable ones to be done
by robots.
(D) human beings are getting worse and worse at performing
robot’s tasks.

2. According to the first paragraph, robots can be _____ by many


names.
(A) called
(B) invented
(C) examined
(D) protected

ING 71
INGLÊS

ING 72
MATEMÁTICA 1

Definições em funções – parte 2 75

Função do 1o grau 86

Função do 2o grau 95
ANÁLISE
TÓPICO: ANÁLISE CLASSIFICAÇÃO DE FUNÇÕES QUANTO À PARIDADE:
SUBTÓPICO: FUNÇÕES
CAPÍTULO: DEFINIÇÕES EM FUNÇÕES – PARTE 2 FUNÇÃO PAR:
Seja f : A → B
CLASSIFICAÇÃO DE FUNÇÕES QUANTO AO f é par  x  A , f (−x) = f (x)
CRESCIMENTO:

FUNÇÃO CRESCENTE:
Seja f : A → B
f é crescente 
 (x1 , x 2  A, x1  x 2  f (x1)  f (x 2 ))

Obs.: O gráfico de uma função par é simétrico em relação aos


eixos das ordenadas.

FUNÇÃO ÍMPAR:
Seja f : A → B
f é ímpar  x  A , f (−x) = −f (x)

FUNÇÃO DECRESCENTE:
Seja f : A → B
f é decrescente 
 (x1 , x 2  A, x1  x 2  f (x1)  f (x 2 ))

Obs.: O gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à


origem do sistema de coordenadas.

FUNÇÃO PERIÓDICA:
Seja f : A → B
Obs.: Estas funções também podem ser chamadas de funções f é periódica  T  0 , x  A , f (x + T) = f (x)
estritamente crescentes ou estritamente decrescentes.
Obs.: Toda função crescente ou decrescente é injetora. O Período de uma função periódica é definido por:

FUNÇÃO NÃO CRESCENTE: 


P = min T : T  *
+ , f (x + T) = f (x) , x  A 
f é não − crescente  Em seguida o gráfico de uma função periódica:
 (x1 , x 2  A, x1  x 2  f (x1)  f (x 2 ))

FUNÇÃO NÃO DECRESCENTE:

f é não − decrescente 
 (x1 , x 2  A, x1  x 2  f (x1)  f (x 2 ))

FUNÇÃO MONÓTONA:

x + 2 = 0.

MAT 75
ANÁLISE
Obs.: Existem funções periódicas que não possuem período, por O gráfico de f é achatado na horizontal. Se função for
exemplo, as funções constantes, T
f :A →B periódica de período T, então o novo período será .
k
x f (x) = b d) g(x) = f (kx), 0  k  1
O gráfico de f é expandido na horizontal. Se função for
T
periódica de período T, então o novo período será
k
e) g(x) = kf (x), k  −1
O gráfico de f é refletido em relação ao eixo x e expandido na
vertical.

f) g(x) = kf (x), − 1  k  0
O gráfico de f é refletido em relação ao eixo x e achatado na
vertical.

g) g(x) = f (kx), k  −1
O gráfico de f é refletido em relação ao eixo y e achatado na
horizontal. Se função for periódica de período T, então o
TRANSLAÇÃO DE GRÁFICOS T
novo período será .
k
Seja uma função real de variável real y = f (x) . Considere a
h) g(x) = f (kx), − 1  k  0
função g(x) e uma constante real k e os seguintes casos:
O gráfico de f é refletido em relação ao eixo y e expandido na
a) g(x) = f (x) + k, k  0 horizontal. Se a função for periódica de período T, então o novo
O gráfico de f é transladado para cima no valor k. T
período será .
k
b) g(x) = f (x) + k, k  0
O gráfico de f é transladado para baixo no valor k. EFEITO DO MÓDULO EM GRÁFICOS

c) g(x) = f ( x + k ) , k  0 Seja uma função real de variável real y = f (x) . Há duas formas de
O gráfico de f é transladado para esquerda no valor k. modificar o gráfico da função usando módulo.
a) g ( x ) = f ( x )
d) g(x) = f ( x + k ) , k  0
Neste caso obteremos g a partir de f rebatendo a parte negativa da
O gráfico de f é transladado para direita no valor k. função original para cima. Isso ocorre porque o módulo torna
todos os valores da imagem de f não negativos.
SIMETRIA DE GRÁFICOS EM RELAÇÃO A RETAS
VERTICAIS f ( x ) = x 2 − 8x + 12
Exemplo:
g ( x ) = f ( x ) = x 2 − 8x + 12
Seja uma função real de variável real y = f (x) tal que
f ( k + x ) = f ( k − x ) , x  . Neste caso o gráfico de f é simétrico
O gráfico de f será:
em relação à reta vertical x = k .

De fato, como
( k + x ) + ( k − x ) = k , então quaisquer dois valores
2
do domínio cujo ponto médio é k, possuem mesma imagem. Ou
seja, há simetria em relação ao valor k.

EXPANSÃO, COMPRESSÃO E REFLEXÃO DE


GRÁFICOS

Seja uma função real de variável real y = f (x) . Considere a


função g(x) e uma constante real k e os seguintes casos: O gráfico de g, após rebatermos a parte negativa de f para cima,
será:
a) g(x) = kf (x), k  1
O gráfico de f é expandido na vertical.

b) g(x) = kf (x), 0  k  1
O gráfico de f é achatado na vertical.

c) g(x) = f (kx), k  1

b) g(x) = f x ( )
MAT 76
ANÁLISE
Podemos dizer que g será uma função par. De fato, 3. CMRJ 2003 Observe o gráfico abaixo de uma função real f e, em
( ) ( )
g ( −x ) = f −x = f x = g ( x ) . seguida, assinale a alternativa FALSA, relativa a esse gráfico.

Dada esta informação, podemos obter o gráfico de g a partir de f,


construindo primeiramente o lado direito de f e depois rebatendo em
relação ao eixo y para obter o lado esquerdo.

x
1
f (x) =  
2
Exemplo:
x
1
( )
g(x) = f x =  
2
(A) Os zeros da função são −2 e 5.
O gráfico de f será: (B) A função é crescente para os valores de x que pertencem a
−4,0 .
(C) f(2) = f(3) + f(4)
(D) f(x) > 0 se −2  x  5
(E) A soma das imagens dos elementos −4 e 6 do domínio de f é −
3.

4. Analise as afirmações abaixo classificando-as em verdadeiras ou


falsas.
(A) Existe uma função par e ímpar simultaneamente.
(B) Nenhuma função par possui inversa.
(C) Toda função ímpar é injetora.
(D) O produto de funções ímpares é uma função par.
(E) Toda função crescente é injetora.
O gráfico de g, função par, obtida a partir do lado direito de f, será:
5. UFCE 2002 Seja f uma função real de variável real definida por
f(x) = x2 + c, c > 0 e c  R, cujo gráfico é:

(0,c)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Então o gráfico que melhor representa f(x + 1) é:


(A)
1. Nos exemplos abaixo, indique se a função f : → é par, ímpar
ou nenhum um, nem outro.
a) f ( x ) = sen ( x ) y
b) f ( x ) = 2cos ( x )

c) f ( x ) = x 7 + 5sen ( x )

d) f ( x ) = x 5sen ( x )
x
e) f ( x ) = x 2 − 5x + 6
x+2
f) f (x) = (B)
x2 + 8 y
2. Sabendo que o período da função real, de variável real,
f ( x ) = sen ( x ) é 2 , qual o período da função
g ( x ) = 5sen (3x ) + 1 ?
x

MAT 77
ANÁLISE
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
(C)
1. G1 - CFTMG 2020 Considere o gráfico da função f definida
y no intervalo real [−4, 4].

(D)
y

(E) A partir do gráfico de f representado, afirma-se, corretamente, que


y essa função
(A) não possui raízes reais.
(B) é constante no intervalo [−3, − 1].
(C) é crescente em todo intervalo [−4, 0].
(D) tem o conjunto imagem igual a [−4, 4].

x 2. UNICAMP 2015 A figura abaixo exibe o gráfico de uma função


y = f (x).

GABARITO
1.
a) Ímpar
b) Par
c) Ímpar
d) Par
e) Nem par, nem ímpar
f) Nem par, nem ímpar

2
2.
3
3. D
Então, o gráfico de y = 2f (x − 1) é dado por
4. Verdadeiro. A função nula é o exemplo, pois
(A)
f ( −x ) = f ( x ) = −f ( x ) = 0, x  .
a) Verdadeiro. Nenhuma função par pode ser injetora, pois
temos, por exemplo, f ( −2) = f ( 2) . Logo, se a função
não é injetora, então não será bijetora e, portanto, não
possuirá inversa.
b) Falso. A função real f ( x ) = sen ( x ) é ímpar e não
injetora.
c) Verdadeiro. Seja h ( x ) = f ( x ) g ( x ) com f e g funções
ímpares. Teremos que
( )( )
h ( −x ) = f ( −x ) g ( −x ) = −f ( x ) −g ( x ) = f ( x ) g ( x ) = h ( x )
d) Verdadeiro. A função crescente nunca passará numa por
uma mesma imagem duas vezes.

5. B

MAT 78
ANÁLISE
(B) O esboço do gráfico de | f (x − 3) | +2 está representado na
alternativa
(A)

(B)
(C)

(C)

(D)

(D)

3. UFRGS 2019 O gráfico de f (x) está esboçado na imagem a


seguir.

(E)

MAT 79
ANÁLISE
4. UEG 2017 Sabendo-se que o gráfico da função y = f (x) é 6. EPCAR 2007 Observe o gráfico da função real g abaixo

Analise as alternativas seguintes e marque a FALSA.


(A)A função g não possui raiz negativa.
o gráfico que melhor representa a função y = 3f (x − 3) é (B) O conjunto imagem de g é *
− y  | y  a ou y  d
(A)
(C) g ( x )  0  x  | 0  x  p ou x  q
(D) g cresce se, e somente se, x é real tal que x  0 ou 0 < x  m ou
xs

7. UEPB 2012 Sejam


x−2
I. f (x) = 2
(B) x +2
1
II. f (x) = 2 , x  0
x
2
III. f (x) = , x  0
x
III. f (x) = (x + 1) + (x −1)

Classificando cada uma das funções reais acima em par, ímpar ou


(C) nem par nem ímpar, temos, respectivamente:
(A) par, par, ímpar, ímpar
(B) nempar nem ímpar, par, ímpar, ímpar
(C) par, ímpar, par, ímpar
(D) ímpar, par, ímpar, ímpar
(E) par, par, ímpar, nem par nem ímpar

8. Dadas as proposições:
p: Existem funções que não são pares nem ímpares.
(D) q: O gráfico de uma função par é uma curva simétrica em relação ao
eixo dos y.
r: Toda função de A em B é uma relação de A em B.
s: A composição de funções é uma operação comutativa.
t: O gráfico cartesiano da função y = x/x é uma reta.

Podemos afirmar que são falsas:


(A) nenhuma
(E) (B) todas
(C) p,q e r
(D) s e t
(E) r, s e t

9. Consideramos as seguintes afirmações sobre uma função


f: → .

1. existe x  tal que f (x)  f (−x) então f não é par.


5. UNIOESTE 2012 Considere que𝑓: ℝ ⟶ ℝ é uma função 2. existe x  tal que f (−x) = −f (x) então f é ímpar.
bijetora. Dados a e b números reais quaisquer, defina a função g, 3. f é par e ímpar então existe x  tal que f(x)=1.
dada pela expressão g ( x ) = f ( x + a ) + b. É correto afirmar que para 4. f é ímpar então fof (f composta com f) é ímpar.
qualquer que seja a função f temos
(A) a imagem da função g é o conjunto b,  ). Podemos afirmar que estão corretas as afirmações de números:
(A) 1 e 4
(B) o domínio da função g é o conjunto a, ). (B) 1, 2 e 4
(C) o gráfico da função g é uma reta. (C) 1 e 3
(D) 3 e 4
b
(D) para a  0, é uma raiz da função g. (E) 1, 2 e 3
a
(E) g é uma função bijetora.

MAT 80
ANÁLISE
10. FGV 2015 O gráfico representa a função f . 15. Seja f : R → R − 3 uma função com a propriedade que existe
f (x) − 5
  0 tal que f ( x + ) = , para todo x  R . Sobre a
f (x) − 3
função f pode-se afirmar que:
(A) não é periódica (B) é periódica de período 
(C) é periódica de período 2 (D) é periódica de período 3
(E) é periódica de período 4

GABARITO

1. B - No intervalo [−3, − 1] o gráfico está representado por um


reta paralela ao eixo x, portanto a função é constante neste
intervalo.

2. B
3. B
Considerando −2  x  3, o conjunto solução da equação 4. C - O gráfico da função g, dada por g(x) = f (x − 3), corresponde
f (x + 3) = f (x) + 1 possui ao gráfico de y = f (x) deslocado de três unidades no sentido
(A) um único elemento. positivo do eixo das abscissas. Ademais, o gráfico da função h,
(B) apenas dois elementos. dada por h(x) = 3g(x), corresponde ao gráfico de g dilatado
(C) apenas três elementos. verticalmente por um fator igual a 3.
(D) apenas quatro elementos. Portanto, o gráfico da alternativa [C] é o que melhor representa a
(E) infinitos elementos. função h.
11. Classifique as afirmações abaixo em V ou F:
5. E
6. B
( ) O produto de duas funções ímpares é ímpar.
7. B
( ) O produto de duas funções pares é par.
8.
( ) A soma de duas funções ímpares é par.
9. A
( ) A soma de duas funções pares é par.
10. B
( ) Se uma função é ímpar e bijetora, sua inversa é ímpar.
11. FVFVVF
( ) Existe uma função que é par e injetora; essa função é única, se
12.: VFVV
forem fixados seu domínio e contradomínio.
13.: B
14.A
12. Seja f uma função ímpar e g uma função par (ambas de R → R).
15. E
Classifique em V ou F as afirmações:
f (x + ) − 5
f (x + 2) = f ((x + ) + ) = =
( ) fog é par f (x + ) − 3
( ) gof é ímpar f (x) − 5
( ) fof é ímpar −5
f (x) − 3 f (x) − 5 − 5f (x) + 15
( ) Se f é bijetora, gof – 1 é par. = = =
f (x) − 5
− 3 f (x) − 5 − 3f (x) + 9
f (x) − 3
13. EFOMM 2010 Seja f : → uma função estritamente
−4f (x) + 10 2f (x) − 5
decrescente, quaisquer que sejam x1 e x 2 reais, com x1  x 2 = 2=
−2f (x) + 10 f (x) − 2
tem-se f(x1 )  f(x 2 ) . Nessas condições, analise as afirmativas
f (x + 2) − 5
abaixo. f (x + 3) = f (x + 2) + ) = =
I. f é injetora. f (x + 2) − 3
II. f pode ser uma função par. 2f (x) − 5
−5
III. Se f possui inversa, então sua inversa é estritamente f (x) − 2 2f (x) − 5 − 5f (x) + 10
= = =
2f (x) − 5
− 3 2f (x) − 5 − 3f (x) + 6
decrescente.
f (x) − 2
Assinale a opção correta.
−3f (x) + 5 3f (x) − 5
(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira. = =
(B) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. −f (x) + 1 f (x) − 1
(C) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. f (x + 3) − 5
f (x + 4) = f ((x + 3) + ) = =
(D) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. f (x + 3) − 3
(E) Apenas a afirmativa II é verdadeira. 3f (x) − 5
−5
f (x) − 1 3f (x) − 5 − 5f (x) + 5
14. UESPI 2012 Uma função f, tendo como domínio e = = =
3f (x) − 5
contradomínio o conjunto dos números reais, satisfaz − 3 3f (x) − 5 − 3f (x) + 3
f (3 + x) = f (3 − x), para todo x real. Se f (x) = 0 admite f (x) − 1
exatamente quatro raízes reais, quanto vale a soma destas raízes? −2f (x)
= = f (x)
(A) 12 (B) 11 −2
(C) 10 (D) 9 Assim, f é periódica, com período 4.
(E) 8

MAT 81
ANÁLISE

QUESTÕES DE CONCURSO 3. AFA 2014 Considere os gráficos abaixo das funções reais
f : A →IR e g :B→IR. Sabe-se que A = [−a, a] ; B = ]−∞, t];
1. EPCAR 3A 1997 Sejam as funções reais f1 , f2 e f3 abaixo g(−a) < f (−a) ; g(0) > f (0); g(a) < f (a) e g(x) = n para todo x ≤ −a
representadas: .

y
f1

O x

y
f2 Analise as afirmativas abaixo e marque a FALSA.
2 (A) A função f é par.
(B) Se x∈] d,m [, então f (x) . g(x) < 0
1 (C) Im(g) = [n, r [ { s }
(D) A função h :E→IR dada por h(x) = 2 está definida se
O 1 x E = {x ∈ IR | − a ≤ x < −d ou d < x ≤ a}

4. AFA 2012 Considere a figura abaixo que representa um esboço


y do gráfico da função f
f3

O x

Considere as afirmações:
I - f1 admite inversa
3 1
II - f2 é uma função crescente Sabe-se que , e
III - f3 é sobrejetora 3 2
BC
Associe a cada uma delas o valor verdade V, se for verdadeiro, e F, Um esboço do gráfico que melhor representa a função j é
caso seja falso. Nesta ordem, tem-se (A)
(A) V, V, F
(B) V, F, V
(C) F, V, V
(D) F, F, V

2. EPCAR 3A 1997 Analise as funções abaixo quanto à tipologia e


assinale a opção correta:

I - f : R → R tal que f (x) = x2 (B)


II - f : R → R+ tal que f (x) = x2
III - f : R → R tal que f (x) = x3
IV - f : R → R tal que f (x) = x
(A) III é bijetora
(B) I e III são injetoras
(C) II e IV são sobrejetoras
(D) Todas são bijetoras

MAT 82
ANÁLISE
(C) (B)

(D)

(C)

5. EFOMM 2015. Sejam as funções f : IR →IR e g : IR →IR .


Sabendo que f é bijetora e g é sobrejetora, considere as sentenças a
seguir:
I - g o f é injetora;
II - f o g é bijetora;
III- g o f é sobrejetora.

Assinalando com verdadeiro (V) ou falso (F) a cada sentença,


obtém-se
(A) V-V-V
(B) V-V-F
(C) F-V-F (D)
(D) F-F-V
(E) V-F-V

6. AFA 1996 Indique a alternativa correta:


(A) Se f é uma função par, então é bijetora.
(B) Se f(x) – f(–x) = 0, então pode ser relação, mas não função.
(C) Se f é uma função ímpar, então f é injetora.
(D) Se f: R →R é uma função real qualquer, então f pode ser escrita
como soma de duas funções reais g : R →R e h : R →R, onde
g é par e h é impar.

7. EFOMM 2016 Um aluno precisa construir o gráfico da função


e x e− x
real f , definida por f (x) = + . Ele percebeu que a função
2 2
possui a seguinte característica:
(E)
e− x e−( − x) e− x ex
f (−x) = + = + = f (x).
2 2 2 2

Assinale a alternativa que representa o gráfico dessa função.


(A)

MAT 83
ANÁLISE
8. EN 1989 Sabendo que f, g e h são funções reais de variável real 12. ITA 1991 Considere as afirmações:
e que f e g não se anulam, considere as afirmações abaixo: I.Se f : → é uma função par e g : → é uma função
(I) f (g + h) = f g + f h qualquer, então a composição g f é uma função par.
(II) (g + h) f = g f + h f II. Se f : → é uma função par e g : → é uma
1 1
(III) = g função ímpar, então a composição f g é uma função
f g f par.
1 1 III. Se f : → é uma função ímpar e inversível então
(IV) =f  
f g g f −1 : → é uma função ímpar.
Podemos afirmar que: Então:
(A) todas as afirmativas acima são verdadeiras. (A) apenas a afirmação (I) é falsa.
(B) somente I e II são verdadeiras. (B) apenas as afirmações (I) e (II) são falsas.
(C) apenas a afirmação (III) é verdadeira.
(C) somente a IV é falsa.
(D) todas as afirmações são verdadeiras.
(D) somente II e III são verdadeiras.
(E) somente I é falsa. GABARITO

9. EPCAR (AFA) 2018 Seja f : → uma função definida por 1. C


 x − 3, se x  2 2. A
 3. B
f(x) =  x 2 .
 − x, se x  2 4.-
 4 5. D
Analise as proposições a seguir e classifique-as em V 6. D
(VERDADEIRA) ou F (FALSA). 7. C
( ) A função f é injetora. Sendo f (−x) = f (x), para todo x real, tem-se que f é uma função
( ) x  , a função f é crescente. par. Ademais, como ek  0, para todo k real, segue que f (x)  0
( ) A função f −1 inversa de f , é dada por f −1 : → , tal que para todo x real. Finalmente, sendo f (0) = 1, podemos concluir
x + 3, se x  −1
 que o gráfico de f é o da alternativa [C].
f −1(x) = 
 4x + 4 + 2, se x  1
 8. D
A sequência correta é 9. B
(A) F – V – V (B) V – V – V Considere a figura.
(C) F – V – F (D) V – F – V

10. EPCAR 3A 2005 Analise os itens abaixo, referentes a funções


reais.
(01) A função f definida por f(x) = 3x 2 + 4x é par
(02) Se g é definida por g(x) = 2x + 8, então g(x) > 0,  x > – 4
x
(04) O conjunto-imagem da função h, definida por h(x) = é
x −1
Im = {y  R | y  1}
x −1 x2
(08) Se f é dada por f(x)= , para todo x diferente de 2, então Observando que o vértice da parábola y = − x é o ponto
2−x 4
2x + 1 (2, − 1), podemos concluir que f é injetiva, pois para quaisquer
f −1 (x)= , para todo x diferente de –1
x +1 x1, x 2  Df , com x1  x 2 , tem-se f (x1)  f (x 2 ). Além disso,
A soma dos itens verdadeiros é: x2
sendo y = x − 3 crescente para x  ] − ,2[ e y = −x
(A) 15 (B) 14 (C) 13 (D) 8 4
crescente para x [2, + [, podemos concluir que f é crescente
11. ITA 2010 Sejam f, g : R →R tais que f é par e g é ímpar. Das
seguintes afirmações para todo x real.
2
x2 x 
I. f .g é ímpar, Desde que − x =  − 1 − 1,
II. f y = x e y = − x g é par, 4 2 
(I) vem
 (x, y) : (x, y) ( E x G )  (x, y) ( F x H )  x − 3, se x  2  y − 3, se y  2
 
Como y =  x 
2  x =  y 2
 − 1  − 1, se x  2  − 1 − 1, se y  2
III. g  (x, y) : (x, y) ( E x G )  (x  E)  (y G) f é ímpar,  2   2 
temos  x + 3, se x  −1
 (x, y) : (x, y) ( E x G )  (x  E)  (y G) 
y=
2 x + 1 + 2, se x  −1
 (x  F)  (y H) 
 x + 3, se x  −1
x  E  x  F  E  F y=
e  4x + 4 + 2, se x  −1
y G  y H  G  H. 10. B
é (são) verdadeira(s) 11. D
(A) apenas I (B) apenas II (C) apenas III 12. D
(D) apenas I e II (E) todas.
MAT 84
ANÁLISE
QUESTÕES DE APROFUNDAMENTO 5. ITA 2006 Seja 𝑓: 0, 1) → ℝ definida por
 1
 2x, 0x
 2
f (x) = 
\  0  uma função satisfazendo as
,
1. ITA 2009 Seja f : → 1
2x − 1,  x 1
condições: 
 2
f(x + y) = f(x)f(y) , para todos x,y  ,e 1 1
Seja 𝑔: (− , ) → ℝ dada por
2 2
f(x)  1 , para todo x \ 0 .
  1 1
Das afirmações: f  x +  , −  x  0
  2 2
I. f pode ser ímpar. g(x) =  ,
II. f(0) = 1 . 1 − f  x + 1  , 0  x  1
  2 
III. f é injetiva.   2
IV. f não é sobrejetiva, pois f(x)  0 para todo x  . com f definida acima. Justificando a resposta, determine se g é
par, ímpar ou nem par nem ímpar.
É (são) falsa(s) apenas:
(A) (I) e (III).
(B) (II) e (III). GABARITO
(C) (I) e (IV).
(D) (IV). 1. E
(E) (I). 2. B
3. A
2. ITA 1993 Seja f : → uma função não nula, ímpar e 4. C
periódica de período p. Considere as seguintes informações: É possível mostrar que a inclusão f ( A)  f ( B)  f ( A  B) é
(I) f(p)  0 verdadeira para todo conjuntos A e B, tais que A, B  , toda
(II) f(−x) = −f(x − p) , x  vez que f for uma função injetora.
(III) f(−x) = f(x − p) , x  A função exponencial f ( x ) = 17  e x é injetora, logo, f ( x ) = 17  e x
(IV) f(x) = −f(−x) , x 
torna verdadeira a inclusão dada, para todo conjunto A e B, tais
que A, B  .
Podemos concluir que:
(A) I e II são falsas. Mostra-se que as funções dadas nas alternativas [A], [B], [D] e [E]
(B) I e III são falsas. são todas não injetoras.
(C) II e III são falsas.
(D) I e IV são falsas. 5.
(E) II e IV são falsas.  1
 2x, 0x
 2
3. ITA 1992 Dadas as funções f : → e g: → ambas f (x) = 
2x − 1, 1  x  1
estritamente decrescentes e sobrejetoras, considere h = f g . Então 
 2
podemos afirmar que:  1
2x + 1, −  x  0
1 
(A) h é estritamente crescente, inversível e sua inversa é
  2
estritamente crescente. f x +  = 
(B) h é estritamente decrescente, inversível e sua inversa é  2  2x, 0x
1
estritamente crescente. 
 2
(C) h é estritamente crescente mas não é necessariamente Temos que:
inversível.
(D) h é estritamente crescente, inversível e sua inversa é   1 1
estritamente decrescente. f  x +  , se −  x  0
  2 2
g(x) = 
4. ESC. NAVAL 2018 Seja f : → . Assinale a opção que  
1 − f x + , se 0  x  1
1
  2 
apresenta f (x) que torna a inclusão f (A)  f (B)  f (A  B)   2
verdadeira para todo conjunto A e B, tais que A, B  .  1
 2x + 1, se −  x  0
(A) f (x) = e cos(x)
x  2
g(x) = 
−2x + 1, se 0  x  1
(B) f (x) = exsen (x) 
 2
(C) f (x) = 17ex
(D) f (x) = (x3 )ex  1 1
Como g(x) = g(−x), x   − ,  , então g é par.
 2 2
(E) f (x) = (x 2 − 2x + 1)ex

MAT 85
ANÁLISE
TÓPICO: ANÁLISE Assim:
SUBTÓPICO: FUNÇÕES f (x1 )  f (x 2 )  ax1 + b  ax 2 + b  ax1  ax 2
CAPÍTULO: FUNÇÃO DO 1º GRAU
Logo:
a  0  x1  x 2  a função é crescente
a  0  x1  x 2  a função é decrescente
FUNÇÃO CONSTANTE
RESUMINDO:
DEFINIÇÃO: O gráfico de uma função do 1° grau tem em comum com o eixo das
Seja b  . A relação:
 b 
f: → abscissas o ponto de coordenadas  − , 0  e com o eixo das
 a 
x b
é uma função, chamada função constante. ordenadas o ponto de coordenadas (0,b) e o seu comportamento
Definida a função temos: é dado pelo sinal do coeficiente angular, caso este seja positivo a
Df = função será crescente, caso contrário, será decrescente.

CDf = A função do 1° grau é sobrejetora, pois,


Imf =  b  Imf = CDf =
e é injetora, pois,
GRÁFICO
a 0
y f (x1 ) = f (x 2 )  ax1 + b = ax 2 + b  ax1 = ax 2 
 x1 = x2
(0 ,b) y = f (x) = b

A seguir seguem os esboços do gráfico de uma função do 1° grau,


nos diferentes casos.

a0 e b0 a0 e b0


O x
y y

(0 ,b)
FUNÇÃO DO 1° GRAU x
 b 
 − a ,0
DEFINIÇÃO:  
Sejam a  *
e b . A relação: x
(0 ,b)
→  b 
f:  − a ,0
 
x f (x) = ax + b
a0 e b0 a0 e b0
é uma função, chamada função do 1° grau ou função afim. y y
Denomina-se o parâmetro a por coeficiente angular e o parâmetro
b por coeficiente linear. (0 ,b)
Definida assim temos:
Df = x
 b 
CDf =  − a ,0
 
Im f =  b  x
(0 ,b)
 − a ,0
 
GRÁFICO

O gráfico de uma função do 1° grau é uma reta. Para fazer um Analisando os gráficos acima concluímos que o sinal da função do
esboço do seu gráfico é fundamental que se determine a sua raiz, 1° grau é obtido de acordo com o sinal do coeficiente angular, ou
bem como seu comportamento. seja, com o sinal de a.

RESUMINDO:
A raiz de uma função é o valor de x tal que f (x) = 0 , em particular,
À direita da raiz (valores maiores que a raiz) a função do 1° grau
a raiz de uma função do 1° grau é obtida resolvendo-se a equação tem o mesmo sinal do coeficiente angular (a) e à esquerda valores
do 1° grau associada, ou seja: menores), sinal contrário ao do coeficiente angular.
a 0
f (x) = 0  ax + b = 0  ax = −b  y = ax + b y = ax + b
b (a  0) (a  0)
x=−
a (+) (+)

(−) b x b x
O próximo passo é determinar o comportamento (crescente ou − − (−)
decrescente) da função do 1° Grau, que é dado pelo coeficiente a a
angular.

MAT 86
ANÁLISE
Observações: Temos dois casos a analisar:
(i) Se b = 0 a função do 1° grau pode ser chamada de função • b = 0 , a equação se reduz a 0x + 0 = 0 , que é satisfeita por
linear, neste caso o gráfico contém a origem do plano todo número real x, ou seja, S = ; neste caso a equação é
cartesiano. classificada como possível e indeterminada.
• b  0 , a equação se reduz a 0x + b = 0 , que não é satisfeita
y = ax y y = ax por qualquer número real x, ou seja, S =  ; neste caso a
(a  0) (a  0) equação é classificada como impossível.

RESUMINDO:
• a  0  equação possível e determinada
x • a = 0 e b = 0  equação possível e indeterminada
• a = 0 e b  0  equação impossível

INEQUAÇÃO DO 1° GRAU
(ii) Nem toda relação cujo gráfico é uma reta é uma função do 1°
grau, em particular podemos ter uma função constante DEFINIÇÃO:
f: → Sejam a  * e b  , a inequação do 1º grau de coeficientes a
x b e b é uma sentença aberta equivalente a uma das seguintes:
y
ax + b  0
(0 ,b) y = f (x) = b ax + b  0
ax + b  0
ax + b  0

A solução de uma inequação do 1° grau pode ser obtida pela


análise do gráfico da função do 1° grau correspondente.
O x

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
ou uma relação que não é função:
R =  (c, y) : y   1. EEAR 2019 A função que corresponde ao gráfico a seguir é
f (x) = ax + b, em que o valor de a é
y (A) 3
x=c
(B) 2
(C) −2
(D) −1

c x

EQUAÇÃO DO 1° GRAU
2. G1 - IFSUL 2017 Uma função do 1º grau f : → possui o
DEFINIÇÃO: gráfico abaixo.
Sejam a 
*
e b  , a equação do 1º grau de coeficientes a e
b é uma sentença aberta equivalente a:
ax + b = 0

DISCUSSÃO DE EQUAÇÕES DO TIPO: ax + b = 0 :

Seja ax + b = 0 , onde a , b  . Então:

Se a  0 , a equação ax + b = 0 é uma equação do 1° grau.


Neste caso a equação é classificada como possível e determinada
 b
e S=− .
 a
Se a = 0 , a equação ax + b = 0 se reduz a:
0x + b = 0 .

MAT 87
ANÁLISE
A lei da função f é GABARITO
x 3
(A) f (x) = + 1. C
2 2
(B) f (x) = x + 1 Do gráfico, b = 6 e f (3) = 0.
1 Daí,
(C) f (x) = 2x + 0 = a 3+ 6
2
x 1 3a = −6
(D) f (x) = +
2 2 a = −2

3. FATEC 2019 O Teorema de Stevin relaciona a pressão 2. D


atmosférica e a pressão nos líquidos. Para um líquido homogêneo, Para determinar a equação da reta, devemos obter o coeficiente
em equilíbrio, cuja superfície está sob ação da pressão atmosférica, angular m e escolher dois pontos. Tomando os pontos (1, 1) e
a pressão (P) exercida em um ponto submerso qualquer do líquido (7, 4) temos:
em relação à altura da coluna de líquido (h) é dada por uma função y b − ya 4 − 1 3 1
polinomial do 1º grau. m= = = =
x b − xa 7 − 1 6 2
O gráfico apresenta a variação da pressão (P) em função da altura
da coluna de líquido (h) em um tanque de combustível. Aplicando o coeficiente angular na equação da reta
(y − y0 ) = m  (x − x 0 ) e tomando o ponto (1, 1) :
1 x 1
(y − 1) =  (x − 1)  y = +
2 2 2

3. D
f (x) = ax + b
b =1
1,75 − 1
a= = 0,075
10 − 0

portanto:
Nessas condições, a pressão (P) exercida em um ponto desse f (x) = 0,075x + 1
líquido que se encontra a 4 m de profundidade é, em Pa,
fazendo x = 4, obtemos:
(A) 1,3 100 f (4) = 0,075  4 + 1
(B) 1,6 100 f (4) = 1,3
(C) 1,3 103 Portanto, nessas condições, a pressão (P) exercida em um ponto
(D) 1,3 105 desse líquido que se encontra a 4 m de profundidade é

(E) 1,6 105 1,3 105 Pa.

4. G1 - IFCE 2019 Rafael chamou um Uber para ir ao cinema com 4. C


sua namorada, mas a atendente informou que o valor final a ser pago Admitindo que x seja a distância da casa de Rafael ao cinema,
é compreendido por uma parcela fixa de R$ 3,00, mais R$1,50 temos>
cobrado por quilômetro rodado. Sabendo que Rafael pagou 3 + 1,50  x = 48  1,50  x = 45  x = 30
R$ 48,00, a distância da casa de Rafael para o cinema, em km, é Resposta: 30 km.
(A) 40.
(B) 50. 5. Resolvendo as inequações em cada caso e vendo as interseções,
temos:
(C) 30.
a)
(D) 60. 2x  −2  x  −1
−2x − 2  0 −2x  2   1
(E) 70.    1  1  Solução : −1  x  .
2x + 1  2 2x  1 x  2 x  2 2
 
5. Resolva os sistemas de inequações:
 5
−2x − 2  0 b) −3x + 5  0  −3x  −5  3x  5   x  3  Solução : 5  x  5 .
a)  2x − 5  x 2x − x  5 x  5 x  5 3
2x + 1  2 
 −3x + 5  0 c)
b)  −3x − 9  0 −3x  9 3x  −9  x  −3
 2x − 5  x      Solução : x  7 .
3x  4x − 7 3x − 4x  −7 − x  −7 x  7
 −3x − 9  0
c) 
3x  4x − 7

MAT 88
ANÁLISE
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 4. G1 - CFTMG 2017 O gráfico abaixo mostra a representação
gráfica de duas funções polinomiais, f e g, de primeiro grau.
1. G1 - IFCE 2020 - ADAPTADA Renato trabalha contratando
bandas de forró para animar festas nos finais de semana, cobrando
uma taxa fixa de 150,00, mais 15,00 por hora. Raimundo, na
mesma função, cobra uma taxa fixa de 120,00, mais 25,00 por
hora. O tempo máximo para contratarmos a festa de Raimundo, de
tal forma que não seja mais cara que a de Renato será, em horas,
igual a
(A) 6.
(B) 5.
(C) 4.
(D) 3.
(E) 2.

2. G1 - CFTMG 2020 Considere o gráfico da função real


f (x) = −2x + 4, representado no plano cartesiano a seguir.

Sendo A = {x  | f (x)  0} e B = {x  | g(x)  0}, A  B é


igual a:
(A) {x  | 2  x  6}.
(B) {x  | 2  x  6}.
(C) {x  | x  2}.
(D) {x  | x  6}.

5. UFMS 2020 O gráfico da função f : + → mostra o


faturamento f (t), em milhares de reais, de um restaurante, em
função do tempo (t), desde o dia de sua inauguração:

A função afim, g(x), cujo gráfico é simétrico ao dessa função f (x)


em relação ao eixo y, é dada por
(A) g(x) = 2x + 4
(B) g(x) = 2x + 4
(C) g(x) = −2x − 4
(D) g(x) = −4x + 2

3. UEG 2018 No centro de uma cidade, há três estacionamentos


que cobram da seguinte maneira:

Estacionamento Estacionamento Estacionamento


A B C
R$ 5,00 pela R$ 6,00 pela É correto afirmar que:
primeira hora R$ 4,00 por hora primeira hora (A) o coeficiente angular da função é 3.
R$ 3,00 por cada R$ 2,00 por cada (B) o gráfico da função f é paralelo ao gráfico da função
hora subsequente hora subsequente h : → , h(t) = t + 3.
(C) o gráfico da função f intercepta o gráfico da função
Será mais vantajoso, financeiramente, parar g : → , g(x) = t + 5 no ponto (2, 7).
(A) no estacionamento A, desde que o automóvel fique estacionado
por quatro horas. (D) f (3) = 0.
(B) no estacionamento B, desde que o automóvel fique estacionado
por três horas.
(C) em qualquer um, desde que o automóvel fique estacionado por
uma hora.
(D) em qualquer um, desde que o automóvel fique estacionado por
duas horas.
(E) no estacionamento C, desde que o automóvel fique estacionado
por uma hora.
MAT 89
ANÁLISE
6. G1 - IFSC 2017 Durante a colheita em um pomar de uvas, o 8. AFA 2003 Na figura abaixo, tem-se o gráfico da função real f em
proprietário verificou que às 9 horas haviam sido colhidos 730 kg que f(x) representa o preço, pago em reais, de x quilogramas de um
de uva. Considerando que a quantidade de uvas colhidas é linear determinado produto.
durante o dia e que às 14 horas haviam sido colhidos 3.650 kg de (Considere f(x) IR)
uva, analise as afirmativas:

I. A equação que permite calcular o número de quilogramas (y)


em função do tempo (x) é dada pela expressão
y = 584x − 4.526.
II. Às 18 horas haviam sido colhidos 5.986 kg.
III. A colheita teve início às 8 horas.

Assinale a alternativa CORRETA.


(A) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
De acordo com o gráfico, é INCORRETO afirmar que
(B) Todas as afirmativas são verdadeiras.
(A) o preço pago por 30 quilogramas do produto foi R$ 18,00.
(C) Apenas as afirmativas I e IIII são verdadeiras.
(B) com R$ 110,00, foi possível comprar 55quilogramas do
(D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
produto.
(E) Todas as afirmativas são falsas.
(C) com R$ 36,00, foi possível comprar 72 quilogramas do
produto.
7. - Blocos de instruções são representados por letras. Nem todos
(D) com R$ 32,00, compra-se tanto 53,333... quilogramas, quanto
serão executados, pois dependem do que acontece durante a
64 quilogramas do produto.
execução dos blocos anteriores.
- Nos blocos de instruções, cada linha representa uma instrução. A
9. EFOMM 2011 Um carro percorre 240km com o desempenho de
sequência de execução das instruções é uma após a outra, de cima
12km por litro de gasolina. Ao utilizar álcool como combustível, o
para baixo, como se faz na leitura de um texto.
desempenho passa a ser de 8km por litro de álcool. Sabendo que o
- Variável é um espaço reservado para armazenar um dado. X é litro de gasolina custa R$ 2,70, qual deve ser o preço do litro
uma variável. K é outra variável, assim como R, N e M. de álcool para que o gasto ao percorrer a mesma distância seja igual
- O símbolo  representa um comando de atribuição. No comando ao gasto que se tem ao utilizar gasolina como combustível?
de atribuição, a variável à esquerda da seta receberá o valor (A) R$ 1,60
resultante da operação à direita da seta. (B) R$ 1,65
(C) R$ 1,72
(D) R$ 1,75
Considere A o primeiro bloco de instrução, em que o valor inicial (E) R$ 1,80
é igual a 9.
10. AFA 2012 Para angariar fundos de formatura, os cadetes do 1º
A: ano da AFA vendem camisas de malha com o emblema da turma.
Se o preço de venda de cada camisa é de 20 reais, eles vendem por
X  valor inicial
mês 30 camisas. Fizeram uma pesquisa e verificaram que, para cada
Se X for um número divisível por 5, execute o bloco C 2 reais de desconto no preço de cada camisa, são vendidas 6 camisas
Senão, execute bloco B a mais por mês. Dessa forma é correto afirmar que
B:
X  X+8 (A) é possível fazer mais de 10 descontos de 2 reais.
Se X for um número primo, execute o bloco C (B) tanto faz vender as camisas 12 reais cada uma ou 18 reais cada
uma que o faturamento é o mesmo.
X  X + 1 (C) o máximo faturamento ocorre se são vendidas menos de 40
Senão, 
execute bloco E camisas por mês.
C: (D) se o preço de venda de cada camisa é de 14 reais, então o
faturamento é maior que 680 reais.
X  X +1
Se X  18, execute o bloco D
Senão, execute o bloco E GABARITO
D:
X  X −1 1. D
Considerando que:
Se X  18, execute o bloco E
O valor cobrado por Renato em função do número de horas t, é
E: dado por:
X  X + 12 f (t) = 150 + 15t
Se X  30, faça K  X  6
Senão, K  X + 6 O valor cobrado por Raimundo é:
V(t) = 120 + 25t
O valor que aparecerá na variável K do bloco E será Portanto, o tempo máximo para contratarmos a festa de Raimundo,
(A) 5. de tal forma que não seja mais cara que a de Renato, será:
(B) 23. 120 + 25t  150 + 15t
(C) 28. 10t  30
(D) 36. t3
Resposta: 3 horas.

MAT 90
ANÁLISE
2. A [D] Falsa. Basta observar o gráfico de f e notar que seu domínio é
A reta simétrica à reta dada, em relação ao eixo y, passa pelos + . A função f não possui raízes reais.
pontos (0, 4) e B(−2, 0) como se observa na figura abaixo:
6. A
[I] Verdadeira, pois, sabendo que a colheita segue um padrão de
crescimento linear, ou seja, podemos expressá-lo por uma função
afim, e, sabendo que as 9 horas haviam sido colhidos 730 kg e
as 14 horas haviam sido colhidos 3650 kg, temos as seguintes
funções:
 y = ax + b 3650 = 14a + b
  
 y = ax + b 730 = 9a + b
Multiplicando a segunda equação por − 1 :
3650 = 14a + b  3650 = 14a + b
 
 730 = 9a + b ( − 1) −730 = −9a − b
Somando as duas equações do sistema:
 3650 = 14a + b
 +
Determinando agora o coeficiente angular da reta obtemos:  −730 = −9a − b
4−0 5a = 2920
m= =2
0 − (−2) a = 584
O coeficiente linear é q = 4, portanto a função g representada pelo Substituindo a na segunda equação para obter b :
gráfico será dada por g(x) = 2x + 4. 730 = 9a + b  9  (584) + b = 730
5356 + b = 730
3. D b = −4526
Valor cobrado pelo estacionamento A para t horas. Logo, a equação que permite calcular o número de quilogramas
yA (t) = 5 + (t − 1)  3  yA (t) = 3t + 2 (y) em função do tempo (x) é dada pela expressão
Valor cobrado pelo estacionamento B para t horas. y = 584x − 4526.
yB (t) = 4  t [II] Verdadeira, pois, para obter a produção as 18 horas basta
Valor cobrado pelo estacionamento C para t horas. utilizar a função encontrada em [I], logo:
yC (t) = 6 + (t − 1)  2  yC (t) = 2t + 4 y(x) = 584x − 4526
y(18) = 584  (18) − 4526
Como yA (2) = yB (2) = yC (2) = 8
y(18) = 5986 kg.
Logo, todos cobrarão o mesmo valor, desde que o automóvel fique
[III] Falsa, pois, para obter o inicio da produção basta encontrar o
estacionado por duas horas.
valor que zera a função, ou seja, deve-se obter y(x) = 0.
y(x) = 584x − 4526
4. D
De acordo com o gráfico, temos: y(0) = 584x − 4526
f (x)  0  A = x  | x  6 584x = 4526
x = 7,75 horas
g(x)  0  B = x  | x  2
x = 7 horas 45 min utos.
Portanto,
A  B = x  | x  6 7. A
Bloco A, temos X = 9, como 9 não é divisível por 5, iremos ao
5. C bloco B.
[A] Falsa. Como o gráfico de f é uma semirreta, tem-se que Bloco B, temos X = 9 + 8 = 17, como 17 é um número primo,
f (t) = at + b, ou seja, f é uma função afim. Logo, como iremos ao bloco C.
Bloco C, temos X = 17 + 1 = 18, como 18 = 18, iremos ao bloco
f (0) = 3, vem b = 3. Ademais, sendo f (1) = 5, temos
E.
5 = a  1 + 3  a = 2.
Bloco E, temos: X = 18 + 12 = 30, como 30  30, temos
Portanto, a taxa de variação de f é igual a 2. K = 30  6 = 5.
[B] Falsa. A taxa de variação da função h é igual a 1. Logo, como Portanto, está correta a alternativa [A].
as taxas de variação de f e de h são diferentes, seus gráficos
correspondem a retas concorrentes. 8. B
[C] Verdadeira. De fato, pois a abscissa do ponto de interseção dos
9. E
gráficos de f e de g é tal que
2t + 3 = t + 5  t = 2. 10. B
Em consequência, os gráficos de f e de g se intersectam em
(2, 7).

MAT 91
ANÁLISE
QUESTÕES DE CONCURSO 5. AFA 2011 Luiza possui uma pequena confecção artesanal de
bolsas. No gráfico abaixo, a reta c representa o custo total mensal
1. AFA 2010 Na figura abaixo, tem-se representado as funções f, g com a confecção de x bolsas e a reta f representa o faturamento
e h que indicam os valores pagos, respectivamente, às locadoras de mensal de Luiza com a confecção de x bolsas.
automóveis α, β e γ para x quilômetros rodados por dia. Uma pessoa
pretende alugar um carro e analisa as três opções.

Com base nos dados acima, é correto afirmar que Luiza obtém lucro
Após a análise, essa pessoa conclui que optar pela locadora α ao se, e somente se, vender
invés das outras duas locadoras, é mais vantajoso quando x]m, + (A) no mínimo 2 bolsas.
∞[ , m  IR. (B) pelo menos 1 bolsa.
O menor valor possível para m é (C) exatamente 3 bolsas.
(A) 60 (D) no mínimo 4 bolsas.
(B) 70
(C) 80 6. AFA 2002 “O Brasil tem um encontro marcado com o caos. No
(D) 90 dia 1o de junho começa o plano de racionamento de energia.”
“O modelo energético brasileiro é baseado quase que
2. AFA 2003 Considere a função f: IR→IR tal que exclusivamente em hidrelétricas, que produzem 97% da energia
consumida no país. Sem chuva, entra em colapso”.
x − 1, se x  1 Revista Veja – 16/05/01
f (x) =  e assinale a alternativa verdadeira.
1 − x, se x  1
(A) f é sobrejetora. No gráfico abaixo, tem-se o nível da água armazenada em uma
(B) f é par. barragem ao longo dos últimos anos, que foi construída para
(C) f não é par nem ímpar. represar água a fim de mover as turbinas de uma usina hidrelétrica.
(D) Se f é definida de IR em IR+ , f é bijetora.

3. AFA 2002 Um veículo de transporte de passageiro tem seu valor


comercial depreciado linearmente, isto é, seu valor comercial sofre
desvalorização constante por ano. Veja a figura seguinte.

Analise as alternativas e marque a opção correta.


(A) O nível da água permaneceu constante num período de 8 anos.
(B) O nível de 80 metros foi atingido exatamente duas vezes até o
ano 2000.
(C) Após o ano de 2000, o nível da água da barragem foi
insuficiente para gerar energia.
Esse veículo foi vendido pelo seu primeiro dono, após 5 anos de
(D) No período de 1995 a 2000, o nível da água só diminuiu.
uso, por R$ 24.000,00. Sabendo-se que o valor comercial do veículo
atinge seu valor mínimo após 20 anos de uso, e que esse valor
7. AFA 2003 Analise o gráfico abaixo das funções f e g e marque
mínimo corresponde a 20% do valor que tinha quando era novo,
a opção correta.
então esse valor mínimo é, em reais,
(A) menor que 4500
(B) maior que 4500 e menor que 7000
(C) múltiplo de 7500
(D) um número que NÃO divide 12000.

4. EFOMM 2007 Uma empresa mercante A paga R$ 1000,00 fixos


mais R$ 600,00 por dia de viagem e uma empresa B R$ 400,00 fixos
mais R$ 800,00 por dia de viagem. Sabe-se que Marcos trabalha na
empresa A e Cláudio na B e obtiveram o mesmo valor salarial.
Quantos dias eles ficaram embarcados?
(A)1 (B) 3 (C) 5
(D) 7 (E) 9.
MAT 92
ANÁLISE
(A) O gráfico da função h(x) = g(x) – f(x) é uma reta ascendente. 10. EN 1991 Representemos por min (a , b) o menor dos números a
(B) O conjunto imagem da função s(x) = f(g(x)) é IR a , se a  b
(C) f(x) .g(x)  0  x  t e b, isto é, min (a , b) = 
(D) g(f(x)) = g(x)  x IR. b, se a  b
A solução da inequação min (2x + 3, 3x – 5) < 4 é:
8. AFA 2008 Considere a tabela para cálculo do imposto de renda a (A) x < 1/2
ser pago à Receita federal no ano de 2007 – ano base 2006 (valores (B) x < 3
arredondados para facilitar os cálculos). (C) 1/2< x < 3
(D) x > 1/2
Rendimento para base de Alíquota Parcela a deduzir (E) x > 3
cálculos (R$) (%) (R$)
até 14.999,99 Isento –
De15.000,00 a GABARITO
15 2.250,00
30.000,00
acima de 30.000,00 27,5 6.000,00 1. A
2. C
3. B
Para se conhecer o rendimento para base de cálculo, deve-se subtrair
4. B
do rendimento bruto todas as deduções a que se tem direito. Esse
5. B
rendimento para base de cálculo é multiplicado pela alíquota
6. C
correspondente. Em seguida, subtrai-se a parcela a deduzir
7. D
correspondente, de acordo com a tabela acima, obtendo-se assim o
8. C
valor do imposto de renda a ser pago.
9. C
Um trabalhador, cujo rendimento bruto foi de R$ 50.000,00 teve
10. B
direito às seguintes deduções: R$ 4.400,00 com o total de gastos em
educação, R$ 5.000,00 com o total pago à Previdência, e
R$ 1.500,00 por dependente.
Nessas condições, sabendo-se que o valor do imposto pago por este
trabalhador, no ano de 2007, foi de R$ 3.515,00, o número de QUESTÕES DE APROFUNDAMENTO
dependentes considerado foi:
(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 6 1. AFA 2007 No gráfico abaixo estão representadas as funções
reais f e g sendo A = f  g
9. EFOMM 2010 O gráfico das três funções polinomiais do 1° grau
a, b e c definidas, respectivamente, por a(x),b(x) e c (x) estão
representadas abaixo.

É FALSO afirmar sobre as mesmas funções que


(A) (fog)(x)  0 g(x)  –2
1 5
(B) se s(x) = , então o domínio de s é dado por IR –{–2}
2 3
17
(C) o gráfico da função j definida por j(x) = possui pontos no
8
4º quadrante
(D) se h: IR → B tal que h(x) = f(x) .g(x), então h será bijetora se
B = [–2, +[
Nessas condições, o conjunto solução da inequação 2. EN 1991 Determine o conjunto-imagem da função (fog) para:
5 6
(a(x)) .(b(x))
0 0 se x  0
(c(x))3 
f (x) = 2x se 0  x  1 e
(A) (–4;–1) U [3;+) 0 se x  1

(B) [–4;–1] U [3;+ )
(C) (–;–4) U [–1;+ )
(D) [4;+ ) 1 se x  0
(E) R – {4} 
g(x) =  x / 2 se 0  x  1
1 se x  1

(A) [0 , 1] {2} (B) (–∞ , +∞) (C) [0 , 1]
(D) [0 , +∞) (E) {1}
MAT 93
ANÁLISE

 x 
3. Resolvendo a inequação min 2x + 3,3x − 5, − + 30  4 , GABARITO
 2 
obteremos: 1. D
(A) x  (3, ) 2. A
(B) x  ( −,3) 3. C
4. C
(C) x  ( −,3)  (52, ) 5. E
(D) x  ( −,0)  (52, )
(E) x  ( −,3)  ( 44, )

4. AFA 2009 Considere as funções reais f : IR → IR dada por


f ( x ) = x + a , g : IR → IR dada por g ( x ) = x − a , h : IR → IR
dada por h ( x ) = −x − a

Sabendo-se que a <0, é INCORRETO afirmar que


(A) h(x) f(x) <g(x) x –a
(B) ∄x  IR g(x)  f(x)
(C) se x <a, então f(x) <g(x) <h(x)
(D) se a <x <– a, então f(x) <h(x) <g(x).

5. ITA 1994 Dadas as funções reais de variáveis real


f(x) = mx + 1 e g(x) = x + m , onde m é uma constante real com
0  m  1 , considere as afirmações:
i. (f g)(x) = (g f)(x) , para algum x  R .
ii. f(m) = g(m) .
iii. Existe a  R tal que (f g)(a) = f(a) .
iv. Existe b  R tal que (g f)(b) = mb .
v. 0  (g g)(m)  3 .
Podemos concluir que:
(A) Todas são verdadeiras.
(B) Apenas quatro são verdadeiras.
(C) Apenas três são verdadeiras.
(D) Apenas duas são verdadeiras.
(E) Apenas uma é verdadeira.

MAT 94
ANÁLISE
TÓPICO: ANÁLISE podemos escrever:
SUBTÓPICO: FUNÇÕES ax 2 + bx + c  A (x − x1) (x − x 2 ) 
CAPÍTULO: FUNÇÃO DO 2º GRAU
 Ax 2 − A (x1 + x 2 )x + A x1x 2

a = A  b
 x + x2 = −
  1 a
EQUAÇÃO DO 2° GRAU  b = −A(x1 + x 2 )  
c = A x x x x = c
DEFINIÇÃO:  1 2 

1 2
a
Sejam a  *
, b, c  , a equação do 2° grau de coeficientes a, b ou seja:
b c
e c é uma sentença aberta equivalente a ax 2 + bx + c = 0 . S=− e P=
a a
Nós resolvemos esta equação em um processo chamado de Outras relações:
“completar quadrados”.
1 1 S
i. + = (c  0)
Então: x1 x 2 P
ax 2 + bx + c = 0 , a  0  ii. x12 + x 22 = S2 − 2P
 b c
 a  x2 + x +  = 0  1 1 S2 − 2P
 a a iii. + = (c  0)
x12 x 22 P2
 b  b2 c 
2
 a x +  − 2 + =0 iv. x13 + x32 = S3 − 3SP
 2a  4a a
 
1 1 S3 − 3SP
 b 
2
b 2 − 4ac  v. + = (c  0)
 a x + − =0 x13 x32 P3
 2a  4a 
 
Fazendo-se b 2 − 4a =  , temos: SINAIS DAS RAÍZES DA EQUAÇÃO DO 2º GRAU
 b 
2
  a 0  b 
2
 A análise de sinal da soma e do produto das raízes da equação do 2º
a x +  − 2  = 0  x +  = 2
 2a  
4a   2a  4a grau possibilita identificar o seu sinal.

Vamos realizar essa análise para  > 0, caso no qual a equação
Analisando-se o sinal de , podemos determinar o número de raízes possui duas raízes reais distintas.
da equação, ou seja, fazer a:
Raízes positivas S>0eP>0
Raízes negativas S<0eP>0
Discussão da equação no universo dos números reais: Raízes de sinais contrários P<0
•   0  a equação não possui raízes reais  S = 
•  = 0  a equação possui duas raízes reais iguais, pois Exemplo
2
 b  b  b 
 x + 2a  = 0  x1 = x 2 = − 2a   S =  − 2a 
Determinar os valores de m na equação do 2º grau
    (m −1)x2 + (2m +1)x + m = 0 para que as raízes reais sejam distintas
•   0  a equação possui duas raízes reais distintas, pois e positivas.
2
 b   b 
 x + 2a  = 2  x + 2a = 2 a 
Solução:
  4a Raízes reais distintas   > 0
Raízes positivas  S > 0 e P > 0
 −b + 
 x1 =  −b +  −b −    = (2m +1)2 −4(m −1)m > 0  8m +1 > 0  m  −
1
 2a
  S= ,  8
 −b −   2a 2a  b −(2m + 1)
 x 2 = S=− =
1
 0  −  m 1
 2a a m −1 2
c m
 P= = 0 0<m<1
 
2
b  a m −1
Obs: a forma f ( x ) = a   x +  − 2  é chamada FORMA
 2a  4a 
 Fazendo a interseção dos três intervalos obtidos, temos 0 < m < 1
CANÔNICA da função do 2º grau. que é a resposta do problema.

SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES: EQUAÇÃO BIQUADRADA

Sendo x1 e x 2 as raízes da equação do 2° grau: São equações polinomiais do 4º grau que possuem apenas os termos
ax + bx + c = 0 ,
2 quadráticos. Ou seja, uma equação da forma ax 4 + bx 2 +c = 0 .
Para resolver uma equação deste tipo, usamos o artifício de
mudança de variável (fazendo y = x 2 ) para resolver reduzir o
problema de resolução de uma equação do 4º grau em várias do 2º.
Vejamos um exemplo prático.

MAT 95
ANÁLISE

Exemplo: Resolva a equação x 4 − 13x 2 +36 = 0 . ESTUDO DA FUNÇÃO DO 2º GRAU – GRÁFICO

DEFINIÇÃO:
Fazendo y = x 2 , teremos a nova equação y2 − 13y + 36 = 0 .
Sejam a  *
, b, c  , a relação:
 y1 + y2 = 13
 f: →
  y1 = 4  y2 = 9
 y1y2 = 36

x f (x) = ax 2 + bx + c
Voltando agora à variável original x, teremos
é uma função, chamada função do 2° grau.
 y1 = 4  x 2 = 4  x = 2
 . Definida assim tem-se:
 y 2 = 9  x = 9  x = 3
2
Df =
Finalmente, o conjunto solução será S = 2, 3 . CDf =
Observação: A soma das raízes de uma equação biquadrada será
sempre nula, devido ao fato das raízes aparecerem sempre aos pares O gráfico de uma função do 2° grau é uma curva chamada
r . parábola e possui as seguintes características:
i) Existência de um ponto extremo (máximo ou
EQUAÇÕES REDUTÍVEIS AO 2º GRAU mínimo dependendo do caso) chamado vértice.
ii) Simetria do gráfico em relação à reta vertical que
Podemos ter casos mais generalizados da equação biquadrada passa pelo vértice.
quando a mudança de variável não é tão imediata quanto fazer
y = x 2 . Nestes casos, o estudante tem que ficar atento para saber se VÉRTICE
é possível reduzir a equação original a equações do 2º grau.
Vejamos 2 exemplos concretos. Aproveitando a forma canônica acima temos que:
f: →
2
Exemplo 1: Resolva a equação x + 4 x −2=0.  b  
Solução: x f (x) = a  x +  −
 2a  4a
(4 x )
2
Observe que x= , logo pode fazer y = 4 x para obter a Como:
2
nova equação y2 + y − 2 = 0 .  b 
 x + 2a   0
A nova equação possui raízes y = 1  y = −2 . Daí teremos:  
temos que:
y = 4 x = 1  x = 1 ou y = 4 x = −2  absurdo .
2
Ou seja, o conjunto solução será S = 1 .  b 
• a  0  ax + 0
 2a 
Exemplo 2: Encontre as soluções reais da equação   b 
 f (x)  − = f − 
156
x2 + x + 1 = 2 .
4a  2a 
x +x 2
 b 
• a  0  ax + 0
Solução:  2a 
Agora a substituição de variável é y = x 2 + x .   b 
 f (x)  −= f − 
4a  2a 
156 Em qualquer um dos casos, o ponto:
x2 + x + 1 = 
x2 + x  b 
V − ,− 
y +1 =
156
  2a 4a 
y é um ponto extremo (mínimo ou máximo) da curva e chamado de
y 2 + y − 156 = 0  vértice da parábola.
y = −13  y = 12 Desta forma, temos:
 b 
Voltando para variável original, temos: • a  0  Imf =  − ,  
Caso 1  2a 
y = x 2 + x = −13   b 
• a  0  Imf =  −  , −
 2a 
x + x + 13 = 0 
2

 = 1 − 4  13  0  Quanto à concavidade:
• a  0 : a parábola tem sua concavidade voltada para cima
x
• a  0 : a parábola tem sua concavidade voltada para baixo
Caso 2
y = x 2 + x = 12  SIMETRIA EM RELAÇÃO AO VÉRTICE
Sabemos do estudo de funções quaisquer que se uma função
x 2 + x − 12 = 0 
f (k + x) = f (k − x)
x = −4  x = 3
satisfaz, para algum valor real k, a relação ,
Logo, S = −4,3 . então o gráfico de f é simétrico em relação à reta vertical que passa
por k.

MAT 96
ANÁLISE

Dado este lembrete, vamos mostrar que f (xv + x) = f(xv – x). • Se   0 a função do 2° grau tem o mesmo sinal do
coeficiente a para todo número real.
 b 
2
 
f (x) = a   x +  − 2
 2a  4a  POSICIONAMENTO DE UM NÚMERO EM RELAÇÃO ÀS

RAÍZES REAIS
  −b 2
 
  b 
f (xv + x) = a    + x +  − 2 Na última conclusão acima, ao analisarmos o primeiros caso,
   2a  2a  4a 
  temos como posicionar qualquer número real k em relação às duas
   raízes reais da função. Ou seja, podemos dizer que se k é um
f (xv + x ) = a  x2 − 2  número real:
 4a 

Além disso, temos também


(   0)  ( a  f ( k )  0) (   0)  ( a  f ( k )  0)
k  ( −,x1 )  ( x 2 , ) k  ( x1,x 2 )
 b 
2
  Ou seja, k está no intervalo Ou seja, k está no intervalo
f (x) = a   x +  − 2 “fora” das raízes
 2a  4a 
entre as raízes

  −b Obs: consideramos x1 e x 2 as raízes reais da função com x1  x 2
 
2
  b 
f (xv − x) = a    − x +  − 2 .
   2a  2a  4a 
 
  
f ( xv − x ) = a  x2 − 2  = f ( xv + x )
 4a 
INEQUAÇÃO DO 2° GRAU
Portanto, a reta vertical que passa pelo vértice é um eixo de
simetria do gráfico.
DEFINIÇÃO:

Com o estudo acima, podemos esboçar o gráfico de uma função


Sejam a  *
, b, c  , uma inequação do 2° grau de
do 2º grau nos 6 casos possíveis.
coeficientes a, b e c é uma sentença aberta equivalente a uma das
seguintes:
0
a0 a0 ax 2 + bx + c  0
ax 2 + bx + c  0
x1 x2
ax 2 + bx + c  0
x
x1 x2 x ax 2 + bx + c  0

=0
a0 a0 A solução de uma inequação do 2° grau pode ser obtida pela
análise do gráfico da função do 2° grau correspondente com os
x1  x2
seguintes passos:
x
Passo 1 – procurar as raízes reais da função

Passo 2 – esboçar o gráfico

x1  x2 x Passo 3 – entender a tabela abaixo para procurar a região de x


0 desejada.
a0 a0
f (x)  0 f (x)  0
x
Gráfico acima do eixo x Gráfico abaixo do eixo x

Exemplos:
x
1) Resolva a inequação x 2 − 8x + 12  0

Dos gráficos acima podemos concluir que: Passo 1 – raízes

• Se   0 a função do 2° grau tem o sinal oposto ao sinal do x 2 − 8x + 12 = 0 


coeficiente a no intervalo entre as raízes e o mesmo sinal do − ( −8)  82 − 4  12
coeficiente a fora desse intervalo. x1,2 = 
2 1
• Se  = 0 a função do 2° grau tem o mesmo sinal do x1 = 2  x 2 = 6
coeficiente a para todo número real diferente das raízes.
MAT 97
ANÁLISE
Passo 2 – gráfico Testando e usando Ruffini para ganhar tempo, encontramos as
raízes 1 (raiz dupla), 2 e 3.
Como o coeficiente do termo quadrático é positivo, então a
concavidade da parábola é para cima. Passo 2 – gráfico

Há duas possibilidades para o gráfico de


p ( x ) = x 4 − 7x 3 + 17x 2 − 17x + 6

Possibilidade 1

Passo 3 – observação do gráfico


Possibilidade 2
Como queremos f ( x )  0 , então devemos olhar a parte do gráfico
que cruza o eixo x ou está abaixo dele. Ou seja,
f ( x )  0  x 2,6 .

INEQUAÇÕES PARA FUNÇÕES POLINOMIAIS DE


GRAUS ACIMA DE 2

Os mesmos passos para resolução de inequações do 2º grau podem


ser aplicados para graus maiores. É claro que encontrar as raízes e
esboçar o gráfico serão duas etapas mais desafiadoras, mas é
possível fazê-las.
Primeiramente, observe que em x = 1 o gráfico da função tangencia
RAÍZES o eixo x, pois se trata de uma raiz dupla (multiplicidade par).
Por fim, para saber se o correto é a possiblidade 1 ou 2, podemos
Não temos uma fórmula pronta para encontrar as raízes de uma usar qualquer valor de x que não seja uma das raízes. Por exemplo,
equação de grau acima de 2, mas temos o Teorema da Raízes p ( 0) = 6  0 . Logo, o válido será a possibilidade 1.
Racionais e o Dispositivo de Ruffini que nos ajuda a encontrar as
raízes da função começando pelas racionais, quando estas existem. Passo 3 – observar o gráfico
GRÁFICO
Queremos x 4 − 7x 3 + 17x 2 − 17x + 6  0 , logo vamos ver quando
Basicamente, todo gráfico de polinômio de grau acima de 2 faz um o gráfico está no eixo x ou acima dele.
“zigue-zague” partindo de baixo ou de cima cortando ou
tangenciando o eixo x nas raízes reais.

Quando a raiz real tem multiplicidade par, então o gráfico da


função tangencia o eixo x nessa raiz. Se a raiz possuir
multiplicidade ímpar, então o gráfico vai cruzar o eixo x na raiz.

Por fim, saberemos se o gráfico partirá de baixo ou de cima usando


algum valor real diferente das raízes para tirar a dúvida. Vejamos
um exemplo concreto (ufa, que bom!).

Exemplo: Resolva a inequação x 4 − 7x 3 + 17x 2 − 17x + 6  0

Passo 1 – raízes

Pelo Teorema das Raízes Racionais, as possíveis raízes racionais


da equação estão no conjunto de divisores do número 6. Ou seja,
1, 2, 3 .
Portanto, teremos x  ( −,2  3,  ) .

MAT 98
ANÁLISE
INEQUAÇÕES PRODUTO OU QUOCIENTE
( )
Para tirar a dúvida, vemos que se f ( x ) = x 2 − 5x + 6 ( x + 1) ,

então f ( 0) = 6 e a possibilidade 1 é a única coerente com este


É muito comum termos que resolver inequações da forma
x 2 − 5x + 6
 0 , por exemplo. fato.
x +1
Passo 3 – observação do gráfico
Uma forma inteligente de fazer isso é transformá-la em uma
inequação polinomial e aplicar o método anterior. Isto é possível x 2 − 5x + 6
Queremos  0 , logo precisamos da região que toca ou
x − 5x + 6
( )
2
x +1
porque  0  x 2 − 5x + 6 ( x + 1)  0  ( x + 1)  0 .
x +1 está acima do eixo x (exceto x = −1 ).

Ué, por que a divisão virou produto do nada??

Repare que estamos estudando o sinal da divisão e a regra de sinal


da divisão e multiplicação são iguais. Logo, quando um quociente é
positivo, a multiplicação também é, por exemplo. A única ressalva
a ser feita é lembrar que em divisões o denominador não pode ser
nulo.

Portanto, teremos a seguinte solução para a inequação proposta:

Passo 1 – raízes

(x 2
)
− 5x + 6 ( x + 1) = 0  x  −1,2,3

Passo 2 – gráfico

Possibilidade 1
x  ( −1,2  3,  )

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Resolva as equações no universo dos reais


a) x 2 + 8x + 12 = 0
b) − x 2 + 16 = 0
c) 2x 2 − 12x + 18 = 0
d) x 2 + x + 1 = 0

2. Resolva as inequações
a) x 2 + 8x + 12  0
Possibilidade 2 b) − x 2 + 16  0
c) 2x 2 − 12x + 18  0
d) x 2 + x + 1  0

3.Determine o valor de m para que a equação


x 2 − mx + ( m − 1) = 0 possua duas raízes reais iguais.

4. O valor da abscissa do vértice da função f (x) = 2x 2 + 8x + 10


é:
(A) –2
(B) –1
(C) 4
(D) 2
(E) 10

5. O gráfico de f (x) = 2x 2 + 8x + 10 cruza o eixo das ordenadas


em:
(A) –2
(B) –1
(C) 4
(D) 2
(E) 10
MAT 99
ANÁLISE
6. A expressão que define a função quadrática f(x), cujo gráfico GABARITO
está esboçado, é:
1.
(A) f(x) = –2x2 – 2x + 4. a) S = −2, −6
(B) f(x) = x2 + 2x – 4.
b) S = −4,4
(C) f(x) = x2 + x – 2.
(D) f(x) = 2x2 + 2x – 4. c) S = 3
(E) f(x) = 2x2 + 2x – 2. d) S = 

2.
a) S = −6, −2
b) S = −4,4
c) S = 
d) S = (isso mesmo, o gabarito está correto!)
5 3
7. Sejam e – , respectivamente, a soma e o produto das raízes
2 2 3. Resposta: m = 2
da equação 2x2 + bx + c = 0. O valor de b + c é: 4. A
(A) –8 (B) –2 (C) 1 5. E
(D) 2 (E) 8. 6. D
7. A
8. Supondo que no dia 5 de dezembro de 2020, o Serviço de 8. C
Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro tenha informado que a 9.-
temperatura na cidade do Rio atingiu o seu valor máximo às 14 10.Observando as raízes e os intervalos onde são positivas e
horas, e que nesse dia a temperatura f(t) em graus é uma função do negativas, temos:
1
tempo "t" medido em horas, dada por f(t) = -t2 + bt - 156, quando f (x) = 2x − 1  zeros : 2x − 1 = 0  x =
a) 2 .
8 < t < 20.
g(x) = −5x + 10  zeros : −5x + 10 = 0  x = 2
Obtenha o valor de b.
(A) 14
(B) 21 Solução: ]-∞, 1/2]  [2, +∞[.
(C) 28
(D) 35
(E) 42

9. IFSC 2012 A receita obtida pela venda de um determinado


produto é representada pela função R(x) = – x2 + 100x, onde x é a
quantidade desse produto. O gráfico da referida função é
apresentado abaixo. f (x) = x − 3  zeros : x − 3 = 0  x = 3
5
É CORRETO afirmar b) g(x) = −2x + 5  zeros : −2x + 5 = 0  x = .
2
que as quantidades a
h(x) = x − 1  zeros : x − 1 = 0  x = 1
serem comercializadas
para atingir a receita
máxima e o valor Solução: ]-∞, 1[  ]5/2, 3[.
máximo da receita são,
respectivamente,

(A) 50 e 2.000.
(B) 25 e 2.000.
(C) 100 e 2.100.
(D) 100 e 2.500.
(E) 50 e 2.500. c)
x = −1
f (x) = ( x + 1) .( x − 2 )  zeros : ( x + 1). ( x − 2 ) = 0  
x = 2
10. Resolva as inequações:
x = 8
a) ( 2x − 1).( −5x + 10)  0 g(x) = x 2 − 6x − 16 = (x − 8).(x + 2)  zeros : (x − 8).(x + 2) = 0  
x = −2
b) ( x − 3).( −2x + 5).( x − 1)  0 .Solução: ]-∞, -2[  ]-1, 2[  ]8, +∞[.

c)
( x + 1).( x − 2 ) 0
x 2 − 6x − 16
(1 − x ) .( x 2 − 6x + 8)
d) 0
− x 2 + 5x − 6

MAT 100
ANÁLISE
f (x) = (1 − x )  zeros : (C) (D)
1− x = 0  x =1
g(x) = x 2 − 6x + 8 = (x − 4).(x − 2) 
x = 4
d) zeros : (x − 4).(x − 2) = 0   .
x = 2
h(x) = − x 2 + 5x − 6  zeros : − x 2 + 5x − 6 = 0 
x = 2
x 2 − 5x + 6 = 0  (x − 2).(x − 3) = 0   (E)
x = 3
Solução: ]-∞, 1]  ]3, 4].

5. ESPCEX 2000 Considere m, n e p números reais não nulos e as


funções f e g de variável real, definidas por f(x) = mx 2 + nx + p,
EXERCÍCIOS PROPOSTOS e g(x) = mx + p. A alternativa que melhor representa os gráficos de
f e gé
(A) (B)
1. FUVEST 2019 Considere a função polinomial f : →
definida por
f (x) = ax 2 + bx + c,

em que a, b, c  e a  0. No plano cartesiano xy, a única


intersecção da reta y = 2 com o gráfico de f é o ponto (2; 2) e a
intersecção da reta x = 0 com o gráfico de f é o ponto (0; − 6). O
valor de a + b + c é
(C) (D)
(A) −2 (B) 0 (C) 2 (D) 4 (E) 6

2. AFA 2004 Seja 2 uma função real definida para todo número
real. Sabendo-se que existem dois números x1 e x2, distintos, tais
que 3 , pode-se afirmar que:
(A) f passa necessariamente por um máximo.
(B) f passa necessariamente por um mínimo.
(C) x é necessariamente negativo.
(D) 2 . (E)

3. EFOMM 2012 Um professor escreveu no quadro-negro uma


equação do segundo grau e pediu que os alunos a resolvessem. Um
aluno copiou errado o termo constante da equação e achou as raízes
– 3 e – 2. Outro aluno copiou errado o coeficiente do termo do
primeiro grau e achou as raízes 1 e 4. A diferença positiva entre as
raízes da equação correta é
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5

4. ESPCEX 2001 Na função f(x) = ax2 + bx + c, de IR em IR , os


números reais e positivos a, b e c são, nesta ordem, termos 6. G1 - CMRJ 2020) Ao treinar chutes a gol, o atleta de futebol
consecutivos de uma progressão geométrica. A melhor Pedro, num chute impressionante, fez com que uma das bolas
representação utilizadas no treino descrevesse uma trajetória em forma de arco de
gráfica de f(x) é: parábola, desde o ponto em que recebeu o chute, no gramado, até
ultrapassar completamente a linha do gol, a uma altura de 2 m do
(A) (B) chão.

MAT 101
ANÁLISE
A altura máxima atingida pela bola nesse trajeto foi de 10 m e, Considerando o custo de R$ 4,50 para produzir cada sanduíche, o
preço de venda que dará o maior lucro ao proprietário é:
nesse instante, sua distância horizontal do gol era de 8 m. A
(A) R$ 5,00 (B) R$ 5,25 (C) R$ 5,50
distância horizontal x entre o gol e a bola no momento em que ela (D) R$ 5,75 (E) R$ 6,00
recebeu o chute era
(A) menor que 17 m. 11. ESPCEX 2009 Um agricultor, que dispõe de 60 metros de tela,
(B) igual a 17 m. deseja cercar uma área retangular, aproveitando-se de dois trechos
de muro, sendo um deles com 12 metros de comprimento e o outro
(C) entre 17 e 18 m. com comprimento suficiente, conforme a figura abaixo.
(D) igual a 18 m.
(E) maior que 18 m.

7. METODISTA O domínio da função real dada por


x 2 − 5x + 6
f(x) = é:
2x − 1
(A) {x R/ x< ½ ou 2 < x < 3 }
(B) {x R / x  ½ ou 2 X  3}
(C) {x  R / ½ < x < 2 ou 2 < x < 3}
Sabendo que ele pretende usar exatamente os 60 metros de tela,
(D) {x  R / ½ < x  2 ou x > 3}
pode-se afirmar que a expressão que representa a área cercada y, em
(E) {x  R / ½ < x  2 ou x 3}
função da dimensão x indicada na figura, e o valor da área máxima
que se pode obter nessas condições são, respectivamente, iguais a
8. EN Temos que x 2 − kx + 1  0 para todo x real se, e só se: (A) y = –2x2 + 24x + 576 e 648 m2.
(A) k < 0 (B) k > 0 (B) y = –2x2 – 24x + 476 e 548 m2.
(C) –1 < k < 1 (D) –2 < k < 2 (C) y = –x2 + 36x + 576 e 900 m2.
(E) k > 3 (D) y = –2x2 + 12x + 436 e 454 m2.
(E) y = –x2 + 12x + 288 e 288 m2.
9. UEL 2020 Uma ponte, composta de pista, colunas e base de
sustentação, será construída conforme a figura a seguir. 12. UFRGS 2020 Considere um retângulo ABCD, de lados
AB = 12 e AD = 8, e um ponto P construído sobre o lado AB.
Traçando a reta r perpendicular ao lado AB que passa pelo ponto
P, determina-se o polígono ADEF, em que E e F são pontos de
interseção de r com os segmentos DC e AC, respectivamente,
como mostra a figura abaixo.

A pista da ponte é paralela ao solo e é apoiada por colunas de


sustentação h 0 , h1, h 2 , h3 , h c , h 4 , h5 , h 6 e h 7 perpendiculares à
pista e que possuem duas extremidades: na pista e na base de
sustentação, a qual possui formato parabólico, cujo lugar
geométrico coincide com parte do gráfico de uma função polinomial
de segundo grau da forma f (x) = ax2 + bx2 + c, com a a  0.
Suponha que as colunas têm espaçamentos iguais entre elas, que o
comprimento da coluna central h c é zero,
que a pista da ponte tem 24 metros de comprimento e que sua altura
é de 6 metros em relação ao solo.
Admitindo que as espessuras das colunas, da pista, do solo e da base Tomando x como a medida do segmento AP, a função A(x) que
de sustentação são desprezíveis, determine os comprimentos das expressa a área de ADEF em função de x, entre as alternativas
colunas de sustentação h1 e h5. abaixo, é
x2
Apresente os cálculos realizados na resolução desta questão. (A) A(x) = 8x − , para 0  x  12.
6
10. IBMECRJ 2013 Uma lanchonete vende, em média, 200 2x 2
(B) A(x) = 8x − , para 0  x  12.
sanduíches por noite ao preço de R$ 6,00 cada um. O proprietário 3
observa que, para cada R$ 0,10 que diminui no preço, a quantidade
2x 2
vendida aumenta em cerca de 20 sanduíches. (C) A(x) = 16x − , para 0  x  12.
3
x2
(D) A(x) = 8x − , para 0  x  12.
3
3x 2
(E) A(x) = 8x − , para 0  x  12.
4

MAT 102
ANÁLISE
13. FATEC 2020 Uma empresa trabalha com fretamento de ônibus Resposta: [A] menor que 17 m.
para o litoral. O valor cobrado por passageiro, no caso dos 50 7. O radicando será positivo ou nulo. Isto significa resolver a
lugares disponíveis serem todos ocupados, é de R$ 40,00. No caso
x 2 − 5x + 6
de não ocorrer a lotação máxima, cada passageiro deverá pagar inequação  0.
2x − 1
R$ 2,00 a mais por assento vazio. i) g(x) = x2 – 5x + 6 é uma função quadrática com concavidade para
O valor máximo arrecadado por essa empresa, numa dessas viagens, cima.
é A função assume valores negativos no intervalo entre os zeros e
(A) R$ 2.000,00 (B) R$ 2.200,00 valores positivos fora desse intervalo.
(C) R$ 2.350,00 (D) R$ 2.450,00 Resolvendo temos:
5  25-4(1)(6)
(E) R$ 2.540,00 x 2 − 5x + 6 = 0  x = =
2(1)
1  5 +1
x = =3 .
5  25-24 5  1  1
14. Se é um número real, ∀x ∈ IR, então o maior
x 2 − mx + m =  2
valor inteiro que m pode assumir é:
2(1) 2 x = 5 − 1 = 2
(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5  2 2
ii) h(x) = 2x - 1 é uma função afim, crescente, pois o coeficiente de
15. G1 - COL. NAVAL 2019 Seja y = mx2 + (m − 1)x − 16 um x é 2 > 0, assumindo valores positivos para x > 1/2 e valores
negativos para x < 1/2. O valor x = 1/2 não pertence ao domínio de
trinômio do 2º grau na variável 'x ' e com 'm' pertencente aos f(x), pois h(x) está no denominador. Analisando os sinais, temos:
conjuntos dos números reais. Sabendo-se que as raízes r1 e r2 de
y são tais que r1  1  r2 , a soma dos possíveis valores inteiros e
distintos de 'm' é:
(A) 36 (B) 42 (C) 49 (D) 53 (E) 64

GABARITO 8. D
9. Do enunciado, temos o seguinte:
1. B
2. D
3. C
4. C
5. E
6. A
Associando um sistema cartesiano à figura, obtemos:
A equação da parábola da figura acima é dada por:
y = ax 2 , a  0
Como o ponto (12, − 6) pertence à parábola,
−6 = a  12 2
1
a=−
24
Daí,
1
y = − x2
24
O comprimento da coluna h1 é igual a:
Sabendo que A(−8, 2) e V(0, 10), temos:
1
 ( −9 )
2
h1 = −
f (x) = a  (x − x V ) 2 + y V 24
f (x) = a  (x − 0) 2 + 10 h1 =
27
m
8
2 = a  (−8 − 0) 2 + 10
O comprimento da coluna h5 é igual a:
1
−64a = 8  a = − 1 2
8 h5 = − 6
Logo, 24
1 3
f (x) = −  x 2 + 10 h5 = m
8 2
Calculando agora as raízes da função: Resposta: Os comprimentos das colunas de sustentação h1 e h5
1
0 = −  x 2 + 10 são, respectivamente, iguais a
27 3
m e m.
8 8 2
1 2
 x = 10  x = 4 5  x 8,8
8 10. D
Portanto, 11. A
d − 8 = 8,8 12. D
d = 16,8

MAT 103
ANÁLISE
Seja A a origem do sistema de eixos cartesianos usual. Assim, 2. EN O conjunto imagem da função
temos B = (12, 0), D = (0, 8) e, portanto, segue que a equação da f(x) = xy é:
2 (A) [–4; 4] (B) (–, –4] [4; )
reta AC é y = x.
3 (C) {0} (D) {-4; 4}
Em consequência, para 0  x  12, vem (E) [0; )

3. AFA 2010 Considere o esboço dos gráficos das funções reais f, g


1
A(x) = AP  AD −  AP  PF e h, tais que f é do 2º grau e g e h são do 1º grau. Sabe-se que V é o
2 vértice da parábola.
1 2
= x 8 −  x  x
2 3
x2
=− + 8x.
3

13. D
Sendo x o número de assentos vazios, o valor arrecadado é dado
por:
V = ( 50 − x )  ( 40 + 2x )
V = 2000 + 100x − 40x − 2x 2
V = −2x 2 + 60x + 2000

Logo, o valor máximo é igual a:


602 − 4  ( −2 )  2000
Vmáx = −
4  ( −2 )
 Vmáx = R$ 2.450,00

14. D O conjunto de todos os valores de x para os quais


15. A h(x) > g(x) > f(x) é
De acordo com a situação descrita acima, devemos considerar dois (A) IR − ]1, 5[ (B) IR −[1, 5]
gráficos possíveis. (C) IR − [1, 3] (D) IR − ]1, 3[

4. AFA 2009 Considere que g : IR → B, definida por


g(x) = –bx2 + cx – a é função par e possui como gráfico o esboço
abaixo.

Observando os gráficos, podemos notar que:


m  f (1)  0
m  (2m − 17)  0

Resolvendo a inequação do segundo grau, obtemos:


0  m  8,5

Somando todos os inteiros deste intervalo, obtemos: Marque a alternativa INCORRETA.


1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 = 36. (A) Se B = [– a, +∞[ , então a função g é sobrejetora.
(B) A função t : IR → IR dada por t(x) = g(x) + a é positiva x 
IR
(C) b<c <a
EXERCÍCIOS DE CONCURSO (D) A função h: IR → IR dada por h(x) = – g(x) – a possui um zero
real duplo.

1. EFOMM 2018 Uma aluna do 3º ano da EFOMM, responsável 5. AFA 200 Dada a função real f definida por 2 , considere a
pelas vendas dos produtos da SAMM (Sociedade Acadêmica da
4 3
Marinha Mercante), percebeu que, com a venda de uma caneca a função real g definida por 6 108 , sendo x . É INCORRETO
R$ 9,00, em média 300 pessoas compravam, quando colocadas as afirmar que:
canecas à venda em um grande evento. Para cada redução de (A) o gráfico da função g em relação ao gráfico da função f é
R$1,00 no preço da caneca, a venda aumentava em 100 unidades. deslocado k unidades para cima, se 6 y , e m unidades para a
Assim, o preço da caneca, para que a receita seja máxima, será de direita, se 6
2.
(A) R$ 8,00. (B) R$ 7,00. (C) R$ 6,00.
3 5 3 3
(D) R$ 5,00. (E) R$ 4,00. (B) se 4 e m , então o conjunto imagem de g é dado por a.

MAT 104
ANÁLISE

(C) se 6 x e 8 2 , então as coordenadas do vértice da parábola que 10. EPCAR (AFA) 2019 Para angariar fundos para a formatura, os
alunos do 3º ano do CPCAR vendem bombons no horário do
representa g são x . intervalo das aulas.
(D) a equação do eixo de simetria da parábola que representa g é
dada por y 3 x . Inicialmente, começaram vendendo cada bombom por R$ 4,00.
Assim, perceberam que vendiam, em média, 50 bombons por dia.
6. AFA 2007 Analise as alternativas abaixo e marque a FALSA.
(A) Se a função f: IR →IRé tal que f(x) = ax + b, f(3) = 0 e A partir dos conhecimentos que os alunos tinham sobre função,
f() >0, então f é crescente em todo o seu domínio. estimaram que para cada 5 centavos de desconto no preço de cada
(B) Se o gráfico da função quadrática f definida por bombom (não podendo conceder mais que 70 descontos), seria
f(x) = x2 + kx + m é o da figura abaixo, então k – m = – 2
possível vender 5 bombons a mais por dia.

Considere:
- p o preço de cada bombom;
- n o número de bombons vendidos, em média, por dia;
- x  o número de reduções de 5 centavos concedidas no preço
unitário de cada bombom; e
- y a arrecadação diária com a venda dos bombons.

Com base nessas informações, analise as proposições abaixo.

(02) O gráfico que expressa n em função de p está contido no


segmento AB do gráfico abaixo.
(C) Seja f: IR →IRtal que f(x) = x2 – 3x + 2 e A um subconjunto do
domínio de f. Se f é crescente em A e f(x) 0 em A, então A =
[1, 2]
(D) Se na função f: IR →IRtal que f(x) = ax2 + bx + c, (a  0) c =
5
b 2c2 , então, necessariamente, o gráfico da função f é o
tangente ao eixo das abscissas.

7. AFA 2003 Observe o gráfico da função f abaixo.

(04) A maior arrecadação diária possível com a venda dos bombons,


considerando os descontos de 5 centavos, ocorre quando
concederem 35 descontos de 5 centavos.
(08) Se forem concedidos 20 descontos de 5 centavos, serão
vendidos mais de 100 bombons por dia.

A soma das proposições verdadeiras é igual a


(A) 6 (B) 10 (C) 12 (D) 14

11. ESC. NAVAL 2018 Seja a família de funções reais f ,


3 definidas por f (x) = 2x + bx + 3, sendo b 
2
e, seja a função
Sabendo que f é definida por ab analise as alternativas e marque
real g, definida pelo lugar geométrico dos pontos extremos das
a opção correta.
(A) ac < 0 (B) pk  0 funções f . Sendo assim, o valor de g(7) é:
(C) p = –1 (D) ab > 0. (A) 101 (B) −101
(C) 95 (D) −95
8. AFA 1998 Seja f: [1, )→[–3, ) a função definida por (E) −98
f(x) = 3x2 – 6x. Se g: [–3, ) → [1, ) é a função inversa de f, então
[g(6) – g(3)]2 é 12. AFA 2012 Considere f uma função quadrática de raízes reais e
(A) 5 opostas.
(B) 2 15 a O gráfico de f intercepta o gráfico da função real g definida por
(C) 5 – 2 a g ( x ) = − 2 em exatamente um ponto.

(D) –5 + 2 c. Se f ( 3) = 4 e D ( f ) = D ( g ) = , então, é INCORRETO


afirmar que
9. AFA 1998 Corta-se um pedaço de arame de comprimento 98 cm (A) f ( x ) − g ( x )  0, x  .
em duas partes. Com uma, faz-se um quadrado, com a outra, um
retângulo com base e altura na razão de 3 para 2. Se a soma das áreas (B) o produto das raízes de f é um número ímpar.
compreendidas pelas duas figuras for mínima, o comprimento, em (C) a função real h definida por h ( x ) = g ( x ) − f ( x ) admite valor
cm, do arame destinado à construção do quadrado será máximo.
(A) 36 (B) 48 (C) 50 (D) 54.
(D) f é crescente x 1, + .

MAT 105
ANÁLISE
13. EN 1988 Para todo x real, -3 < a se e só se: 10. D
Do enunciado,
(A) –3 < a < 2 (B) –1 < a <2
(C) –6 < a <7 (D) –1 < a < 7 número de bombons vendidos por dia preço unitário
(E) –6 < a < 2 50 4
50 + 5 4 − 0,05
14. AFA 2016 Considere as funções reais f , g e h tais que
50 + 2  5 4 − 2  0,05
f (x) = mx2 − (m + 2)x + (m + 2) 50 + 3  5 4 − 3  0,05
1
g(x) =
x 50 + x  5 4 − x  0,05
h(x) = x p = 4 − 0,05x, 0  x  70
Para que a função composta h g f (x) tenha domínio D = ,
n = 50 + 5x, 0  x  70
deve-se ter
2 2
(A) m  (B) −2  m  De p = 4 − 0,05x,
3 3
x
2 p =4−
(C) 0  m  (D) −2  m  0 20
3
x
=4−p
15. EFOMM 2018 A forma de uma montanha pode ser descrita 20
x = 80 − 20p
pela equação y = −x 2 + 17x − 66 (6  x  11). Considere um
Substituindo x = 80 − 20p na equação n = 50 + 5x,
atirador munido de um rifle de alta precisão, localizado no ponto
(2, 0). A partir de que ponto, na montanha, um indefeso coelho n = 50 + 5  (80 − 20p )
estará 100% seguro? n = 50 + 400 − 100p
(A) (8, 9). (B) (8, 6). (C) (7, 9). n = 450 − 100p
(D) (7, 5). (E) (7, 4). De 0  x  70,
−0,05  70  −0,05  x  −0,05  0
−3,5  −0,05x  0
GABARITO
4 − 3,5  4 − 0,05x  4 + 0
1. C 0,5  p  4
Preço unitário de Quantidade vendida De 0  x  70,
venda 5  0  5x  5  70
9 300
0  5x  350
9 −1 300 + 1  100
50 + 0  50 + 5x  50 + 350
9−2 300 + 2  100
50  n  400
9−3 300 + 3  100
O gráfico que expressa n em função de p é dado abaixo:

9−n 300 + n  100

Sendo R a receita,
R = ( 9 − n )  ( 300 + 100n )
R = 100  ( n + 3)  ( 9 − n )
R = 0  100  ( n + 3)  ( 9 − n ) = 0
n1 = −3 e n 2 = 9
−3 + 9
Para que R atinja seu valor máximo, n = = 3. Assim, a proposição [02] é verdadeira.
2 A receita R é dada por:
Assim, o preço da caneca que maximiza a receita é 9 − 3 = 6 reais. R = pn
 x 
2. C R = 4 −   ( 50 + 5x )
 20 
3. B Fazendo R = 0,
x = 80 ou x = −10
4. B Daí,
−10 + 80
xV =
5. D 2
x V = 35

6. C Se x = 35, R é máximo.
Assim, a proposição [04] é verdadeira.
7. D Se x = 20,
n = 50 + 5  20
8. C
n = 150  100
9. D Assim, a proposição [08] é verdadeira.
Portanto, a soma das proposições verdadeiras é 14.
MAT 106
ANÁLISE
11. D A equação da reta t é dada por:
y = mx + n
De f ( x ) = 2x 2 + bx + 3, segue que:

xV = −
b O ponto ( 2, 0) é um ponto da reta t, logo,
22
0 = 2m + n
b
x=− n = −2m
4
b = −4x
Então,
f ( x V ) = yV ( t ) y = mx − 2m
2
 b  b
yV = 2   −  + b   −  + 3 O ponto de tangência entre a reta t e a parábola é dado por:
 4  4
mx − 2m = − x 2 + 17x − 66
2b 2 b 2
y= − +3 x 2 + x ( m − 17 ) + 66 − 2m = 0
16 4
− b 2 + 24  = 0,
y=
8 ( m − 17 )2 − 4  1  ( 66 − 2m ) = 0
Como b = −4x, m 2 − 34m + 289 − 264 + 8m = 0

− ( −4x ) + 24
2 m 2 − 26m + 25 = 0
y= m = 25 ou m = 1
8
−16x 2 + 24
g(x) = Se m = 1,
8
 y = x − 2
g ( x ) = −2x 2 + 3 
 y = − x + 17x − 66
2
g ( 7 ) = −2  7 2 + 3
x − 2 = − x 2 + 17x − 66
g ( 7 ) = −95
x 2 − 16x + 64 = 0
12. A ( x − 8 )2 = 0
x =8
13. B
Substituindo x = 8 na equação y = x − 2,
14. A y=6
Fazendo-se os cálculos, conclui-se que a função composta Se m = 25,

h g f (x) será igual a: h g f (x) =


1  y = 25x − 50
mx 2 − (m + 2)x + (m + 2) 
 y = − x + 17x − 66
2

Tal função só poderá ter domínio nos números reais se


25x − 50 = − x 2 + 17x − 66
mx 2 − (m + 2)x + (m + 2)  0. Sendo uma função do segundo grau,
x 2 + 8x + 16 = 0
sabe-se que esta terá raízes maiores que zero se m  0 e   0.
Assim, resolvendo , temos: ( x + 4 )2 = 0
 = (m + 2)2 − 4  m  (m + 2) = m2 + 4m + 4 − 4m2 − 8m → x = −4
Como o ponto que garante a segurança do coelho está no primeiro
 = −3m − 4m + 4
2
quadrante, tal ponto é:
Que resulta novamente numa função do segundo grau, que só terá
raízes positivas se   0. (8, 6).
Resolvendo a equação em m, temos:
 = (−4)2 − 4  (−3)  4 = 16 + 48 →  = 64
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
4  64 2
m= → m1 = −2 e m2 =
−6 3 1. EFOMM 2019 Seja f (k) = k 2 + 3k + 2 e seja W o conjunto de
Assim, para satisfazer a equação mx 2 − (m + 2)x + (m + 2)  0, o inteiros {0, 1, 2, ..., 25}. O número de elementos de W, tais que
2 f (W) deixa resto zero, quando dividido por 6, é:
valor de m deve ser maior que dois terços, ou seja, m  .
3 (A) 25
(B) 22
15. B (C) 21
Teremos: (D) 18
(E) 17

2. EFOMM 2005 O intervalo onde a função


f (x) = a com 2 , apresenta sinal positivo é
(A) 3 (B) 12 (C) a

(D) ab 2 (E) 3
a.

MAT 107
ANÁLISE

3. ITA 1996 Seja f : R →R definida por GABARITO

 b   1. E
f (x) = V =  − , − . Consideremos que w seja um elemento do conjunto W.
 2a 4a 
Calculando f (w), obtemos:
Então: f (w) = w2 + 3w + 2 = (w + 1)  (w + 2)
(A) f é bijetora e (f o f) (–2/3) = f–1 (21)
(B) f é bijetora e (f o f) (–2/3) = f–1 (99) Sabemos que o produto de dois números consecutivos é sempre um
(C) f é sobrejetora mas não é injetora número par. Portanto, f (w) é um número par.
(D) f é injetora mas não é sobrejetora
Para que f (w) seja múltiplo de 6 devemos admitir um w que
(E) f é bijetora e (f o f) (–2/3) = f–1 (3).
deixa resto 1 ou 2 quando divisível por 3. Portanto, w não poderá
4. ITA 2001 O conjunto de todos os valores de m para os quais a ser múltiplo de 3 para que f (w) seja múltiplo de 6.
função f(x) = → No conjunto W há 9 múltiplos de 3. (0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24).
está definida e é não-negativa para todo x real é: Portanto, o número de elementos w que torna f (w) divisível por
f (x +1 / 2), −1 / 2 x 0
6 é 26 − 9 = 17.
(A) =  ,
1 − f (x + 1 / 2), 0  x 1 / 2
2. D
(B)
p : IR → IR
3. B
x → p(x) = (20 − 2x)(30 + 6x)
Note que 4. D
p(4) = p(1) = 648.
5. C
(C)
f : IR → IR
x → f (x) = 50
g : IR → IR
1
x → g(x) = 20 + x
2
1
f (x) = g(x)  50 = 20 + x  x = 60  m = 60.
2
A : IR → IR
x → A(x) = mx + h
e
A(2007) = 34,8 2007m + h = 34,8 (1)
 
= 2005m + h = 29, 2 (2)
(D) 
A(2005) 29, 2
(1) − (2)  2m = 5,6  m = 2,8  h = −5584,8
A : IR → IR
x → A(x) = 2,8x − 5584,8
32 − 29, 2
A(2006) = 32  Aumento = = 0,095 = 9,5%
29, 2
(E) A = 1,2,3,4,6,8,12,24 .

5. AFA 2007 A função f definida por


f(x) = 3
(A) não admite inversa porque não é injetora.
(B) não admite inversa porque existem valores de x com várias
imagens.
(C) admite inversa e uma das sentenças que define a mesma é y =
–1 – 3 2 se x  –3
(D) admite inversa f–1 tal que f–1 (5) = –2

MAT 108
MATEMÁTICA 2

Relações métricas no triângulo 111

Quadriláteros 117
GEOMETRIA PLANA
TÓPICO: GEOMETRIA PLANA 4) TEOREMA DE MENELAUS
SUBTÓPICO: TRIÂNGULO Para usarmos este teorema, devemos ter uma reta transversal (r)
CAPÍTULO: RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO cortando as retas suportes dos três lados do triângulo em pontos
distintos (na prática, não pode cortar em nenhum vértice do
Teoria: triângulo).

1) RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

𝐿𝐴 𝑀𝐵 𝑁𝐶
⋅ ⋅ =1
𝐿𝐶 𝑀𝐴 𝑁𝐵
OBS.: Perceba que A, B e C só aparece uma vez no numerador e
uma vez no denominador. Isto ajuda a construir a relação.

5) TEOREMA DAS BISSETRIZES


(1) b 2 = an 5.1) INTERNAS
(2)c 2 = am Suponha AD bissetriz interna do triângulo ABC, é válida a relação:

(3) b 2 + c 2 = a 2
(4)ah = bc
(5) h 2 = mn
1 1 1
(6) 2 = 2 + 2
h b c

2) RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO


QUALQUER

𝐴𝐵 𝐴𝐶
=
𝐵𝐷 𝐶𝐷

5.2) EXTERNAS
Suponha AL bissetriz externa do triângulo ABC, é valida a relação:

2.1) LEI DOS COSSENOS

a 2 = b 2 + c2 − 2bccos Aˆ
ˆ
b 2 = c2 + a 2 − 2ca cos B 𝐴𝐵 𝐴𝐶
=
ˆ
c2 = a 2 + b 2 − 2abcos C 𝐵𝐿 𝐶𝐿

6) RELAÇÃO DE STEWART
2.2) LEI DOS SENOS

a b c
= = = 2R
ˆ sen B
sen A ˆ sen C ˆ
Onde R é o raio da circunferência circunscrita ao triângulo.

3) SÍNTESE DE CLAIRAUT
Para identificar se um triângulo é acutângulo, retângulo ou
obtusângulo, conhecidos seus lados a, b e c (sendo a o maior),
faremos:

𝑎2 < 𝑏 2 + 𝑐 2 → Acutângulo
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 → Retângulo c2 x 2 b2
𝑎2 > 𝑏 2 + 𝑐 2 → Obtusângulo − + =1
a m mn a n

MAT 111
GEOMETRIA PLANA
7) RADICAL DE HERON L sen
(C) x =
cos( + )
L cos 
(D) x =
sen ( + )
(E) n.d.a.

3. CN 2015 Qual a medida da maior altura de um triângulo de lados


3, 4 e 5?
12
(A) (B) 3 (C) 4
5
A área de um triângulo pode ser calculada por: 20
(D) 5 (E)
a  ha b  hb c  hc 3
S= = =
2 2 2
4. EsPCEx 2017 Se o perímetro de um triângulo equilátero inscrito
Em particular também podemos calcular a área de um triângulo por: em um círculo é 3 cm, a área do círculo (em cm2 ) é igual a

bc
( )
(A)
S= ˆ
 sen A 3
2 (B) 3
Ou, se forem conhecidos todos os lados do triângulo, podemos (C) 
utilizar o Radical de Heron para calcular sua área:
(D) 3 3
S = p ( p − a )( p − b )( p − c )
(E) 81
Onde p é o semiperímetro do triângulo, dado por
𝒂+𝒃+𝒄
𝒑= 5. CN 2017 Um triângulo isósceles ABC tem base BC = 16 cm e
𝟐
lados congruentes AB = AC = 17 cm. O raio do círculo inscrito ao
triângulo ABC em cm é igual a:
8) OUTRAS RELAÇÕES COM A ÁREA 32 24 35
8.1) CIRCUNFERÊNCIA INSCRITA (A) (B) (C)
𝑆 =𝑝⋅𝑟 15 5 8
Onde p é o semiperímetro do triângulo e r o raio da circunferência 28 17
(D) (E)
inscrita a ele. 5 4

8.2) CIRCUNFERÊNCIA CIRCUNSCRITA 6. ITA 2010 Seja ABC um triângulo retângulo cujos catetos AB e
4𝑅 ⋅ 𝑆 = 𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑐
Onde R é o raio da circunferência circunscrita a ele. BC medem 8 cm e 6 cm, respectivamente. Se D é um ponto sobre
AB e o triângulo ADC é isósceles, a medida do segmento AD , em
cm, é igual a
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3 15 15
(A) (B) (C)
4 6 4
1. EEAR 2016 Assinale a alternativa que representa, corretamente,
25 25
a área do triângulo esboçado na figura abaixo. (D) (E)
4 2
(A) 15 m2
(B) 30 2 m 2 7. ITA Considere o triângulo ABC de lados a = BC , b = AC e
(C) 15 3 m 2 c = AB e ângulos internos α = CÂB, β = A B̂ C e γ = B Ĉ A.
2 Sabendo-se que a equação x2− 2bx cosα + b2− a2= 0 admite c como
(D) 30 3 m raiz dupla, pode-se afirmar que
(A) α = 90º.
2. ITA Sejam d e L respectivamente os comprimentos da diagonal (B) β = 60º.
BD e do lado BC do paralelogramo ABCD abaixo. Conhecendo- (C) γ = 90º.
se os ângulos  e  (ver figura), o comprimento X do lado AB é (D) O triângulo é retângulo apenas se α = 45º.
dado por (E) O triângulo é retângulo e b é hipotenusa.

GABARITO

1. A
2. B
3. C
O triângulo com lados 3, 4 e 5 é retângulo, pois 32 + 42 = 52.

d cos  A altura, relativa ao lado de medida 4, mede 3.


(A) x = A altura, relativa ao lado de medida 3, mede 4.
cos( + )
d sen
(B) x =
sen ( + )

MAT 112
GEOMETRIA PLANA
A altura, relativa ao lado de medida 5, mede h, que será calculado 4. EPCAr 2012 Brincando de dobraduras, Renan usou uma folha
abaixo: retangular de dimensões 30 cm por 21 cm e dobrou conforme o
procedimento abaixo descrito.

1º) Tracejou na metade da folha e marcou o ponto M

5  h = 3  4  h = 2,4

Portanto, a maior altura do triângulo mede 4.


2º) Dobrou a folha movendo os pontos A e B para o ponto E
4. A
Considere um triângulo equilátero de lado a, com perímetro 3 cm
e inscrito numa circunferência de raio R.
2 a  3 a  3 1 3 3
R=  = = = cm
3 2 3 3 3

Portanto, a área do círculo será dada por:


2
 3 
A = R  A = 
2
 A = cm 2
 3  3
  3º) Em seguida, dobrou a folha movendo os pontos C e D para F e
5. B G, respectivamente.
6. D
7. E

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. EFOMM 2010 Um triângulo isósceles ABC, com lados AB=AC


e base BC, possui a medida da altura relativa à base igual a medida
da base acrescida de dois metros. Sabendo que o perímetro do
triângulo é igual a 36 metros, pode-se afirmar que sua base mede
(A) 8 metros.
4º) Marcou os pontos N, O, P, Q, R na figura resultante.
(B) 9 metros.
(C) 10 metros.
(D) 11 metros.
(E) 12 metros.

2. EFOMM Tangenciando a reta r encontramos três


circunferências tangentes entre si. Determine a medida do raio da
circunferência menor, sabendo que as outras duas têm raios de
medida igual a 5 cm.

Segundo esses procedimentos, pode-se afirmar que a medida do


segmento MR, em centímetros, é igual a
(A) 6
(B) 6 2
(C) 9
(D) 9 2
(A) 1,25
(B) 1,50
5. AFA 2017 Considere, no triângulo ABC abaixo, os pontos
(C) 1,75
(D) 1,85 P  AB, Q  BC, R  AC e os segmentos PQ e QR paralelos,
(E) 2.
respectivamente, a AC e AB.
3. EN Os centros de dois círculos de raios 1 e 4 distam 13 entre si.
O segmento da tangente comum interna compreendido entre os
pontos de tangência mede:
(A) 12
(B) 11
(C) 10
(D) 9
(E) 8

MAT 113
GEOMETRIA PLANA

Sabendo que BQ = 3 cm, QC = 1 cm e que a área do triângulo 13. EN O menor valor que pode ter a soma dos quadrados das
distâncias de um ponto aos quatro vértices de um quadrado de lado
ABC é 8 cm2 , então a área do paralelogramo hachurado, em  é:
(A) 22 (B) 32 (C) 42
cm2 , é igual a 2 2
(D) 5 (E) 6
(A) 2 (B) 3
(C) 4 (D) 5
GABARITO
6. AFA Num triângulo ABC, os ângulos B̂ e Ĉ medem, 1. C
respectivamente, 45º e 60º; o lado AC mede 2cm. Então, a medida 2. A
do lado BC (em cm) é: 3. A
3 1 4. D
(A) 1 + (B) + 3
3 2
(C) 1 + 3 (D) 2 + 2

7. EFOMM 2014 Considere um triângulo retângulo de catetos 9cm


e 12cm. A bissetriz interna relativa à hipotenusa desse triângulo
mede:
36 25 4
(A) 2 (B) 2 (C) 2
7 7 15
ˆ = 45 .
O  MEN é isósceles, logo ENM
7 3
(D) 2 (E) 2
5 5
ˆ  ENM
QRM ˆ = 45 (ângulos correspondentes) e MQ = QR = 15 –
8. AFA 2013 Um triângulo é tal que as medidas de seus ângulos 6 = 9.
internos constituem uma progressão aritmética e as medidas de seus
lados constituem uma progressão geométrica. Logo, o segmento MR2 = 92 + 92  MR = 9  2.

Dessa maneira, esse triângulo NÃO é 5. B


(A) acutângulo 6. C
(B) obtusângulo 7. A
(C) equilátero 8. B
(D) isósceles. 9. A
10. D
9. AFA Um triângulo retângulo está circunscrito a um círculo de 11. B
raio 15 m e inscrito em um círculo de raio 37,5 m. A área desse 12. C
triângulo, em m2, mede 13. A
(A) 1350 (B) 750
(C) 1050 (D) 350
EXERCÍCIOS DE CONCURSO
10. ITA Do triângulo de vértices A, B e C, inscrito em uma
circunferência de raio R = 2 cm, sabe-se que o lado BC mede 2 cm 1. EFOMM 2012 Os números que exprimem o cateto, a hipotenusa
e o ângulo interno A B̂ C mede 30º. Então, o raio da circunferência e a área de um triângulo retângulo isósceles estão em progressão
inscrita neste triângulo tem o comprimento, em cm, igual a aritmética, nessa ordem. O cateto do triângulo, em unidades de
comprimento, vale:
1 2
(A) 2 – 3 . (B) . (C) . (A) 2 2 − 1 (B) 2 2 − 2 (C) 4 2 − 2
3 4
(D) 4 2 − 4 (E) 4 2 − 1
1
(D) 2 3 – 3. (E) .
2 2. AFA Qual é o perímetro em cm de um triângulo retângulo, com
hipotenusa 5cm, que inscreve uma circunferência de raio r = 1 cm?
11. ITA 2010 Num triângulo ABC o lado AB mede 2 cm, a altura (A) 10 (B) 11 (C) 12 (D) 13.
relativa ao lado AB mede 1 cm, o ângulo ABC mede 135º e M é
3. AFA Na figura O e M são centros das circunferências. O
o ponto médio de AB . Então a medida de BAC + BMC , em perímetro do triângulo DBC, quando AO = r = 2AM, é:
radianos, é igual a
1 1 1
(A)  (B)  (C) 
5 4 3
3 2
(D)  (E) 
8 5

12. AFA Seja P um ponto interior a um triângulo equilátero de lado


k. Qual o valor de k, sabendo-se que a soma das distâncias de P a r(3 2 + 5) r( 2 + 3 5)
(A) (B)
cada um dos lados do triângulo é 2? 2 2
2 3
(A) (B) 3
3 r( 2 + 3 10) r(3 2 + 10)
(C) (D) .
4 3 2 2
(C) (D) 2 3 .
3
MAT 114
GEOMETRIA PLANA
4. EsPCEx 2021 Os lados AB, AC e BC de um triângulo ABC 10. EN Considere o problema de determinar o triângulo ABC,
medem, respectivamente, 4 cm, 4 cm e 6 cm. Então a medida, em conhecidos C = 60o , AB = x e BC = 6. Podemos afirmar que o
problema
cm, da mediana relativa ao lado AB é igual a (A) sempre admite solução, se x > 0
(A) 14. (B) 17. (B) admite duas soluções, se x > 3
(C) admite solução única, se x = 3
(C) 18. (D) 21.
(D) admite duas soluções, se 3 3 < x < 6
(E) 22. (E) não admite solução, se x > 6
5. EN O raio do círculo inscrito no losango cujas diagonais medem GABARITO
3cm e 4cm é:
(A) 0,6 cm (B) 1 cm 1. C
(C) 1,2 cm (D) 1,5 cm 2. C
(E) 2,4 cm. 3. D
4. E
6. EN Um losango tem diagonais a e b . A circunferência inscrita Temos a seguinte situação:
no losango:
(A) Só existe se a =b .
(B) Sempre existe e tem raio a .b .

(C) Sempre existe e tem raio a 2 + b2 .

a 2 + ba
(D) Sempre existe e tem raio
2
ab
(E) Sempre existe e tem raio
2 a 2 + b2 Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ABC, vem:
62 = 42 + 42 − 2  4  4cos 
7. EN Na figura acima o triângulo ABC é equilátero e está inscrito
36 = 32 − 32cos 
em uma circunferência de centro O e raio r. Se os segmentos BC e 1
cos  = −
MQ são paralelos, então a área do triângulo APN é: 8
B

Aplicando agora a lei dos cossenos no triângulo AMC, obtemos:


 1
Q
x 2 = 22 + 42 − 2  2  4   − 
 8
P
O
5. x 2 = 20 + 2
A N C  x = 22 cm

M 5. C
6. E
3 2 2 2 3 2 7. B
(A) r . (B) r . (C) r . 8. A
2 3 6
9. B
2 2 3 2 10. D
(D) r . (E) r .
4 12

8. ITA Num triângulo ABC, retângulo em  , temos B̂ = 60o. As EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO


bissetrizes destes ângulos se encontram num ponto D. Se o
segmento de reta BD mede 1 cm, então a hipotenusa mede: 1. EN Considere a figura abaixo:
B
1+ 3
(A) cm (B) 1+ 3 cm
2
(C) 2 + 3 cm (D) 1 + 2 2 cm
(E) n.d.a.

9. EN Considere um triângulo ABC, cujos lados AB , BC e CA  


D d2 C
medem 10 cm, 15 cm e 10 2 cm , respectivamente. Seja CH a d1
altura relativa ao lado AB . Com centro no ponto médio do lado
BC , traça-se uma circunferência que é tangente a CH no ponto T. A área do triângulo BDC é:
d1 + d 2 d1.d 2
O comprimento desta circunferência é: (A) . (B) .
25 25 21 ctg  − ctg  2(ctg  + ctg )
(A) . (B) . (C) .
2 4 8 d1 + d 2 d1.d 2
(C) . (D) .
5 5 2(ctg  − ctg ) 2ctg  − ctg 
(D) . (E) .
2 4 d1.d 2
(E) .
2(ctg  − ctg )
MAT 115
GEOMETRIA PLANA
2. ITA Considere um triângulo isósceles ABC, retângulo em B. GABARITO
Sobre o lado BC , considere, a partir de B, os pontos D e E, tais que
1. E
os comprimentos dos segmentos BC, BD, DE, EC nesta ordem, 𝑟2
2. tg 𝛽 =
2−𝑟
formem uma progressão geométrica decrescente. Se  for o ângulo 3. D
EÂD, determine tg  em função da razão r da progressão.
O triângulo ABC é semelhante ao triângulo retângulo pitagórico de
r2
tg  = lados 3, 4 e 5. Logo, como a razão de semelhança é igual a 2 2,
2−r
segue que AC = 10 2.
3. EN 2020 Seja o triângulo ABC, retângulo em B, com
ˆ Ainda do triângulo ABC, pelo Teorema da Bissetriz Interna, vem
AB = 8 2 e BC = 6 2. Sabendo que CD é bissetriz de ACB,
AD BD AB − BD BD
D é centro da circunferência de raio BD e x é a razão
EF =  =
, AC BC AC BC
CE
8 2 − BD BD
podemos afirmar que x é tal que  =
10 2 6 2
 BD = 3 2.

Tomando o triângulo BCD, pelo Teorema de Pitágoras,


encontramos
2 2 2 2
CD = BC + BD  CD = (6 2 )2 + (3 2 ) 2
 CD = 3 10.

Em consequência, temos
2  BD
x=
(A) 0  x  0,5 CD − BD
(B) 0,5  x  1 23 2
=
(C) 1  x  1,5 3 10 − 3 2
(D) 1,5  x  2 5 +1
=
(E) 2  x  2,5 2
 1,6.
4. IME Em um quadrado ABCD o segmento AB’, com
comprimento igual ao lado do quadrado, descreve um arco de
4. 15 ou 75
círculo, conforme indicado na figura.
ˆ correspondente à posição em que a razão
Determine o ângulo BAB'
5. C
entre o comprimento do segmento B’C e o lado do quadrado vale
3− 6 .

5. EFOMM 2010 As medidas dos lados AC, BC e AB de um


triângulo ABC formam, nesta ordem, uma progressão aritmética
crescente. Os ângulos internos Â, B e C desse triângulo possuem a
seguinte propriedade; sen2  + sen2 B – sen2 C – 2 . sen . sen B .
cos C = cos2 C . Se o perímetro do triângulo ABC mede 3 3 m, sua
área, em m2, é igual a
3 3 3 9
(A) (B) (C)
4 4 8
(D) 2 (E) 4

MAT 116
GEOMETRIA PLANA
TÓPICO: GEOMETRIA PLANA TRAPÉZIO RETÂNGULO. São os trapézios que possuem dois
SUBTÓPICO: QUADRILÁTEROS ângulos retos.
CAPÍTULO: QUADRILÁTEROS

NOÇÕES INICIAIS

Dados quatro pontos 𝐴, 𝐵, 𝐶 e 𝐷 num plano, de maneira que três


deles nunca sejam colineares, chamamos de quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝐷 a
̅̅̅̅ , 𝐵𝐶
união dos segmentos 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ , 𝐶𝐷
̅̅̅̅ e 𝐷𝐴
̅̅̅̅. Estes segmentos são os
lados do quadrilátero. Os pontos 𝐴, 𝐵, 𝐶 e 𝐷 são chamados de
vértices.

Os ângulos 𝐷𝐴̂𝐵, 𝐴𝐵̂ 𝐶, 𝐵𝐶̂ 𝐷 e 𝐶𝐷̂ 𝐴, geralmente abreviados para


TRAPÉZIO ESCALENO. São os trapézios que não são isósceles.
𝐴, 𝐵, 𝐶 e 𝐷, respectivamente, são os ângulos. Os segmentos ̅̅̅̅
̂ ̂ ̂ ̂ 𝐴𝐶 e
̅̅̅̅ são as diagonais.
𝐵𝐷 PROPRIEDADE 1. Num trapézio, dois ângulos adjacentes a um
mesmo lado oblíquo são suplementares.
Quando os lados de um quadrilátero se intersectam somente em seus
vértices, dizemos que o quadrilátero é simples. Caso contrário, TEOREMA 4. Num trapézio isósceles, dois ângulos adjacentes a
dizemos que é complexo.
uma mesma base são congruentes.
Num quadrilátero simples, a região compreendida entre os lados é TEOREMA 5. As diagonais de um trapézio isósceles são
chamada interior do quadrilátero, enquanto o restante do plano
congruentes.
(tirando o próprio quadrilátero) é chamado exterior do quadrilátero.
A altura de um trapézio é a distância entre suas bases.
Quando o interior de um quadrilátero simples é uma região convexa,
dizemos que o quadrilátero é convexo. Caso contrário, dizemos que A área 𝐴trap de um trapézio de bases 𝐵 e 𝑏 e altura ℎ é:
o quadrilátero é côncavo.

TEOREMA 1. Um quadrilátero simples é convexo se, e somente


se, seus ângulos internos são menores que 180°. (𝐵 + 𝑏)ℎ
𝐴trap =
2
TEOREMA 2. Um quadrilátero é convexo se, e somente se, suas
diagonais se intersectam.

TEOREMA 3. A soma dos ângulos internos de um quadrilátero


simples é 360°.

TEOREMA 4. A soma das medidas dos ângulos externos de um


quadrilátero simples é sempre igual a 360°.

A seguir, estudaremos alguns tipos de quadriláteros muito


frequentes em questões de concurso. São eles: trapézios,
paralelogramos, losangos, retângulos e quadrados.

PARALELOGRAMO
TRAPÉZIO
É todo quadrilátero simples que possui os dois pares de lados
É todo quadrilátero simples que possui dois lados opostos paralelos. opostos paralelos.

Todo paralelogramo é um trapézio.

PROPRIEDADE 2. Num paralelogramo, dois ângulos opostos são


Os lados paralelos são chamados bases, enquanto os outros dois sempre congruentes.
lados são chamados lados oblíquos.
PROPRIEDADE 3. Num paralelogramo, dois lados opostos são
Todo trapézio é um quadrilátero convexo. sempre congruentes.
TRAPÉZIO ISÓSCELES. São os trapézios cujos lados oblíquos PROPRIEDADE 4. Num paralelogramo, as diagonais se
são congruentes. intersectam em seus pontos médios.

MAT 117
GEOMETRIA PLANA

TEOREMA 6. Se um quadrilátero simples possui uma das É todo quadrilátero simples que possui quatro ângulos congruentes.
propriedades 2, 3 ou 4, então ele é um paralelogramo. Pelo Teorema 2, isto é o mesmo que dizer que os quatro ângulos são
retos.
TEOREMA 7. Se um trapézio possui bases congruentes, então ele
é um paralelogramo.

A distância entre dois lados opostos de um paralelogramo é


chamada altura do paralelogramo. Note que um paralelogramo pode
ter duas alturas diferentes (uma relativa a cada par de lados opostos).

A área 𝐴para de um paralelogramo com um par de lados opostos


medindo 𝑏 e altura relativa a esses lados igual a ℎ é:

𝐴para = 𝑏ℎ Todo retângulo é um paralelogramo.

PROPRIEDADE 6. Num retângulo, as diagonais são congruentes.

TEOREMA 9. Se um paralelogramo tem diagonais congruentes,


então ele é um retângulo.

A área 𝐴ret de um retângulo cujos lados medem 𝑎 e 𝑏 é:

𝐴ret = 𝑎 ⋅ 𝑏

QUADRADO
LOSANGO
É todo quadrilátero simples que possui todos os lados congruentes
É todo quadrilátero simples que possui todos os lados congruentes. e todos os ângulos congruentes.

Todo quadrado é um losango e um retângulo.

TEOREMA 10. Num quadrado cujos lados medem ℓ, a medida das


Todo losango é um paralelogramo. diagonais é ℓ√2.

PROPRIEDADE 5. Num losango, as diagonais são A área 𝐴quad de um quadrado cujos lados medem ℓ é:
perpendiculares.
𝐴quad = ℓ2
TEOREMA 8. Se um paralelogramo tem diagonais
perpendiculares, então ele é um losango. BASE MÉDIA DE UM TRAPÉZIO

A área 𝐴los de um losango cujas diagonais medem 𝐷 e 𝑑 é: É o segmento que une os pontos médios dos lados oblíquos de um
trapézio.
𝐷⋅𝑑
𝐴los =
2

Na figura, ̅̅̅̅̅
𝑀𝑁 é a base média do trapézio 𝐴𝐵𝐶𝐷
RETÂNGULO

MAT 118
GEOMETRIA PLANA

PROPRIEDADE 7. A base média de um trapézio é paralela às 2. A vista frontal da estante do quarto de uma criança é dada pela
bases desse trapézio. figura abaixo.

PROPRIEDADE 8. Num trapézio de bases 𝐵 e 𝑏, a base média


𝐵+𝑏
mede .
2

TEOREMA 11. Seja 𝐴𝐵𝐶𝐷 trapézio de bases 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ e 𝐶𝐷


̅̅̅̅ . Se 𝑀 ∈
̅̅̅̅ e 𝑁 ∈ 𝐵𝐶
𝐴𝐷 ̅̅̅̅ satisfazem duas das propriedades abaixo, então 𝑀𝑁̅̅̅̅̅
é base média de 𝐴𝐵𝐶𝐷.

i. 𝑀 é ponto médio de ̅̅̅̅


𝐴𝐷 .

ii. 𝑁 é ponto médio de ̅̅̅̅


𝐵𝐶 .

𝑀𝑁 ∥ ̅̅̅̅
iii. ̅̅̅̅̅ 𝐴𝐵 .
A área, em cm2 , da figura é igual a:
TEOREMA 12. Seja 𝐴𝐵𝐶𝐷 trapézio de bases ̅̅̅̅𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐶𝐷. Se 𝑀 ∈
𝐴𝐵+𝐶𝐷 (A) 92 (B) 266 (C) 72
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
̅̅̅̅̅ ∥ 𝐴𝐵 e 𝑀𝑁 =
𝐴𝐷 e 𝑁 ∈ 𝐵𝐶 são tais que 𝑀𝑁 ̅̅̅̅̅ é
, então 𝑀𝑁
2 (D) 276.480 (E) 49
base média de 𝐴𝐵𝐶𝐷.
3. Uma casa foi projetada em formato retangular com as seguintes
TEOREMA 13. Num trapézio, a base média intersecta as diagonais medidas: 10 m de comprimento por 20 m de largura. O proprietário
em seus pontos médios. pediu que a área da casa fosse aumentada em 25 m2. Jorge,
brilhante arquiteto, decidiu diminuir 𝑥 metros na largura e aumentar
MEDIANA DE EULER. É o segmento que une os pontos médios 𝑥 metros no comprimento, de modo a não alterar o perímetro, mas
das diagonais de um trapézio. satisfazer o dono da casa. Nessa situação, qual o valor de 𝑥?
(A) 6,0 m (B) 4,5 m (C) 3,5 m
̅̅̅̅ é a mediana de Euler do trapézio
Na última figura, o segmento 𝑃𝑄 (D) 5,5 m (E) 5,0 m
𝐴𝐵𝐶𝐷.
4. José somou as medidas de três dos lados de um retângulo e obteve
TEOREMA 14. Num trapézio de bases 𝐵 e 𝑏, a mediana de Euler 40 cm. João somou as medidas de três dos lados do mesmo
𝐵−𝑏
mede
2
. retângulo e obteve 44 cm. Com essas informações, pode-se afirmar
corretamente que a medida, em cm, do perímetro do retângulo é:
ALGUNS TEOREMAS INTERESSANTES (A) 48 (B) 52 (C) 46 (D) 56

TEOREMA 15. A área 𝐴 de um quadrilátero convexo cujas 5. Observe a planta a seguir que representa parte do loteamento de
diagonais medem 𝐷 e 𝑑 e formam um ângulo que mede 𝛼 é: um condomínio residencial.

𝐷 ⋅ 𝑑 ⋅ sen 𝛼
𝐴=
2

BIZU. Num trapézio retângulo com diagonais perpendiculares, a


altura é a média geométrica das medidas das bases.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Uma empresa está vendendo os quatro lotes restantes,


completamente arborizados. A política de loteamento da região
1. A razão entre as medidas das áreas de um triângulo equilátero determina que 10% da área de cada lote deve ser preservada com a
cuja medida do lado é 1 cm e a medida da área de um quadrado cuja mata nativa. Uma pessoa que deseja comprar o lote com a menor
medida do lado é também igual a 1 cm é: área de reserva deverá escolher o de número:
√3 (A) I (B) II (C) III (D) IV
(A)
2
√3
6. Uma das diagonais de um trapézio retângulo o decompõe em dois
(B) triângulos, sendo um deles equilátero cuja medida do lado é 24 cm.
3
Assim, é correto dizer que a medida da área do trapézio, em cm2 , é:
√3
(C) (A) 126√3 (B) 216√3
4

√3
(C) 261√3 (D) 612√3
(D)
5

MAT 119
GEOMETRIA PLANA
7. Em um trapézio retângulo 𝐴𝐵𝐶𝐷, o lado ̅̅̅̅
𝐴𝐷 mede 6 cm e o 3. EPCAr-10 Na figura abaixo, 𝐴𝐵𝐶𝐷 é um quadrado e 𝐴𝐷𝑄 é
ângulo 𝐵𝐴̂𝐷 mede 60°, conforme mostra a figura. um triângulo equilátero.

Os pontos 𝐷, 𝑆, 𝑅 e 𝐵 estão alinhados, assim como 𝐴, 𝑆, 𝑃 e 𝐶. Se


𝑅𝐵 ≡ ̅̅̅̅
̅̅̅̅ 𝑄𝐵 ≡ 𝑃𝐶̅̅̅̅ ≡ 𝑄𝐶
̅̅̅̅, então é INCORRETO afirmar que:
(A) nos triângulos 𝐶𝐵𝑄 e 𝑆𝐴𝑅 tem-se 𝑆𝐴̂𝑅 ≠ 𝐶𝐵̂𝑄
̅̅̅̅ mede 2√13 cm, a medida do lado
Sabendo-se que a diagonal 𝐴𝐶 (B) nos triângulos 𝐵𝑄𝐷, 𝐴𝑅𝐵 e 𝐴𝑄𝐷 tem-se 𝐵𝑄̂𝐷 + 𝐴𝑅̂𝐵 = 4 ⋅
̅̅̅̅ desse trapézio é:
𝐴𝐵 𝐴𝑄̂ 𝐷
(A)
9√3
cm (B)
5√3
cm (C)
4√3
cm (C) a soma dos ângulos 𝐷𝑃̂ 𝐶 e 𝐴𝑆̂𝐷 dos triângulos 𝐷𝑃𝐶 e 𝐴𝑆𝐷 é
2
8√3
2
6√3
3
maior do que o ângulo 𝐵𝑄̂ 𝐶 do triângulo 𝐵𝑄𝐶
(D) cm (E) cm (D) nos triângulos 𝑆𝐴𝑅 e 𝑃𝐶𝑄 tem-se 𝑆𝑅̂𝐴 − 𝐶𝑃̂ 𝑄 = 0
3 3

8. Considere o quadrado 𝐴𝐵𝐶𝐷 da figura a seguir, em que 𝐺 é o 4. EPCAr-13 Seja 𝐴𝐵𝐶𝐷 um paralelogramo cujos lados ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐵𝐶
̅̅̅̅ e 𝐴𝐸 = 𝐸𝐹 = 𝐴𝐶 .
̅̅̅̅ , 𝐹 é o ponto médio de 𝐴𝐶
ponto médio de 𝐶𝐷 ̅̅̅̅
medem, respectivamente, 5 e √10. Prolongando o lado 𝐴𝐵 até o
4
ponto 𝑃, obtém-se o triângulo 𝐴𝑃𝐷, cujo ângulo 𝐴𝑃̂ 𝐷 é congruente
ao ângulo 𝐴𝐶̂ 𝐵, conforme a figura.

A razão entre a área do quadrilátero 𝐸𝐹𝐺𝐷 e a área do quadrado


Então, a medida de ̅̅̅̅
𝐴𝑃 é:
𝐴𝐵𝐶𝐷 é: 2√10 √10
(A)
1
(B)
1
(C)
1 (A) 0,2 (B) 2 (C) (D)
5 5
4 2 3
2
(D) (E) 1
3 5. CN-02 Considere um quadrado 𝐴𝐵𝐶𝐷 e dois triângulos
equiláteros 𝐴𝐵𝑃 e 𝐵𝐶𝑄, respectivamente, interno e externo ao
GABARITO ̂ 𝑃, 𝐵𝑄̂ 𝑃 e 𝐷𝑃̂ 𝑄 é
quadrado. A soma das medidas dos ângulos 𝐴𝐷
igual a:
1. C (A) 270° (B) 300° (C) 330°
2. B (D) 360° (E) 390°
3. E
4. D 6. EPCAR-10 A figura plana abaixo representa o logotipo de uma
5. A empresa. Ele foi projetado a partir de um triângulo equilátero
6. B central, cujo perímetro mede 0,30 m. Expandiu-se o desenho,
7. D acoplando em cada lado desse triângulo um quadrado. Para fechar a
8. A figura, foram traçados 3 segmentos retilíneos, completando assim o
logotipo.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. CN-02 As dimensões de um retângulo são, em metros, indicadas


por 𝑥 e 𝑦. Sua área aumenta 52 m2 quando se acrescenta 2 m a 𝑥 e
4 m a 𝑦. Sua superfície diminui 52 m2 quando se subtrai 2 m de 𝑥
e 8 m de 𝑦. Qual o valor de 𝑥?
(A) 5 (B) 6 (C) 7
(D) 8 (E) 9

2. CN-09 Do vértice 𝐴 traçam-se as alturas do paralelogramo


𝐴𝐵𝐶𝐷. Sabendo-se que essas alturas dividem o ângulo interno do
vértice 𝐴 em três partes iguais, quanto mede o maior ângulo interno
desse paralelogramo?
(A) 120° (B) 135° (C) 150°
(D) 165° (E) 175°

MAT 120
GEOMETRIA PLANA

Nos preparativos para a Copa do Mundo de 2010, esse logotipo será 3º) Em seguida, dobrou a folha movendo os pontos 𝐶 e 𝐷 para 𝐹 e
pintado com tintas de mesma qualidade e textura, a saber: 𝐺, respectivamente.

- o triângulo central, na cor branca;


- os demais triângulos, na cor verde;
- os quadrados, na cor amarela.

Sabe-se que cada figura será pintada apenas uma vez e que cada
mililitro de tinta cobre 1 cm2 de área.

Considere √3 = 1,74 e marque a alternativa correta.


4º) Marcou os pontos 𝑁, 𝑂, 𝑃, 𝑄, 𝑅 na figura resultante.
(A) O consumo total de tinta será de mais de meio litro
(B) As áreas branca e verde juntas equivalem a 58% da área
amarela
(C) O consumo de tinta amarela será o dobro do consumo de tinta
verde
(D) A área branca corresponde a 30% da área verde

7. CN-00 No quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝐷 da figura abaixo, o ângulo 𝐵𝐴̂𝐷


mede 90° e as diagonais ̅̅̅̅
𝐴𝐶 e ̅̅̅̅
𝐵𝐷 são perpendiculares. Qual é a área
desse quadrilátero, sabendo que 𝐵𝐼 = 9, 𝐷𝐼 = 4 e 𝐶𝐼 = 2? Segundo esses procedimentos, pode-se afirmar que a medida do
̅̅̅̅̅, em centímetros, é igual a:
segmento 𝑀𝑅
(A) 6 (B) 6√2 (C) 9 (D) 9√2

10. CN-12 Dado um quadrilátero convexo em que as diagonais são


perpendiculares, analise as afirmações abaixo.

I. Um quadrilátero assim formado sempre será um quadrado.


II. Um quadrilátero assim formado sempre será um losango.
III. Pelo menos uma das diagonais de um quadrilátero assim
formado divide esse quadrilátero em dois triângulos isósceles.
(A) 26 (B) 39 (C) 52
Assinale a opção correta.
(D) 65 (E) 104
(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira
(B) Apenas a afirmativa II é verdadeira
8. CN-03 Em um trapézio, cujas bases medem 𝑎 e 𝑏, os pontos 𝑀
̅̅̅̅̅ divide esse trapézio (C) Apenas a afirmativa III é verdadeira
e 𝑁 pertencem aos lados não paralelos. Se 𝑀𝑁
(D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras
em dois outros trapézios equivalentes, então a medida do segmento (E) Todas as afirmativas são falsas
̅̅̅̅̅ corresponde a:
𝑀𝑁
(A) média aritmética de 𝑎 e 𝑏 11. CN-13 Um trapézio isósceles tem lados não paralelos medindo
(B) média geométrica das bases
10√3. Sabendo que a bissetriz interna de um ângulo adjacente à
(C) raiz quadrada da média aritmética de 𝑎2 e 𝑏 2
base maior contém um dos vértices do trapézio e é perpendicular a
(D) raiz quadrada da média harmônica de 𝑎2 e 𝑏 2
um dos lados não paralelos, qual é a área desse trapézio?
(E) média harmônica de 𝑎 e 𝑏
(A) 75√3 (B) 105√3 (C) 180√3
9. EPCAr-12 Brincando de dobraduras, Renan usou uma folha (D) 225√3 (E) 275√3
retangular de dimensões 30 cm por 21 cm e dobrou conforme o
procedimento abaixo descrito. 12. CN-13 Observe a figura a seguir.

1º) Tracejou na metade da folha e marcou o ponto 𝑀.

2º) Dobrou a folha movendo os pontos 𝐴 e 𝐵 para o ponto 𝐸. A figura acima apresenta um quadrado 𝐴𝐵𝐶𝐷 de lado 2. Sabe-se
que 𝐸 e 𝐹 são os pontos médios dos lados 𝐶𝐷 ̅̅̅̅ e 𝐵𝐶
̅̅̅̅ ,
respectivamente. Além disso, 𝐸𝐹𝐺𝐻 também forma um quadrado e
̅̅̅̅, de modo que 𝐺𝐼 = 𝐺𝐻. Qual é a área do
𝐼 está sobre o lado 𝐺𝐻
4
triângulo 𝐵𝐶𝐼?
7 6 5
(A) (B) (C)
8 7 6
4 3
(D) (E)
5 4

MAT 121
GEOMETRIA PLANA

13. CN-13 No retângulo 𝐴𝐵𝐶𝐷, o lado 𝐵𝐶 = 2𝐴𝐵. O ponto 𝑃 está Considere um plano cósmico hipotético 𝜑 (figura 2), no qual estão
̅̅̅̅ e 𝐴𝑃 = 3. Traça-se a reta 𝑃𝑆
sobre o lado 𝐴𝐵 ⃡ com 𝑆 no interior de contidas as estrelas Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon e que são
𝐵𝑃 4
representadas, respectivamente pelos pontos 𝑆, 𝑅, 𝐵, 𝑀 e 𝐸. Qual é
𝐴𝐵𝐶𝐷 e 𝐶 ∈ 𝑃𝑆⃡ . Marcam-se ainda, 𝑀 ∈ 𝐴𝐷 ̅̅̅̅ e 𝑁 ∈ 𝐵𝐶
̅̅̅̅ de modo que
𝐵𝑁
a distância entre as estrelas Delta e Gama, sabendo que as diagonais
𝑀𝑃𝑁𝑆 seja um losango. O valor de é: do quadrilátero 𝑅𝐵𝑀𝑆 cruzam-se em um ângulo reto e que as
𝐴𝑀
3 3 5 distâncias entre Beta e Gama, Beta e Alfa, Alfa e Delta são,
(A) (B) (C)
7 11 7 respectivamente, 51, 75 e 68 anos-luz?
5 7
(D) (E) (A) 25 anos-luz
11 11
(B) 40 anos-luz
(C) 43 anos-luz
GABARITO (D) 45 anos-luz
(E) 50 anos-luz
1. B
2. B 2. AFA-98 Seja 𝐴𝐵𝐶𝐷 um quadrado, 𝐴𝐵𝐸 um triângulo equilátero
3. A
e 𝐸 um ponto interior ao quadrado. O ângulo 𝐴𝐸̂ 𝐷 mede, em graus,
4. B
(A) 55 (B) 60
5. B
(C) 75 (D) 90
6. B
7. C
3. EN-14 A figura abaixo mostra um paralelogramo 𝐴𝐵𝐶𝐷. Se 𝑑
8. C ̅̅̅̅ e 𝛼 e 𝛽 são ângulos
representa o comprimento da diagonal 𝐵𝐷
9. D
conhecidos (ver figura), podemos afirmar que o comprimento 𝑥 do
10. E
11. D lado ̅̅̅̅
𝐴𝐵 é igual a:
12. E
13. B

TEORIA DE APROFUNDAMENTO

TEOREMA 1. Num quadrilátero 𝐴𝐵𝐶𝐷 convexo, se as diagonais


são perpendiculares, então 𝐴𝐵2 + 𝐶𝐷2 = 𝐴𝐷2 + 𝐵𝐶 2 .

(A) 𝑑 cos 𝛽
𝑑 sen 𝛼
EXERCÍCIOS DE CONCURSO (B)
sen(𝛼+𝛽)

(C) 𝑑 sen 𝛽
1. EFOMM-22 O sistema de posicionamento global, mais 𝑑 cos 𝛼
(D)
conhecido pela sigla GPS (Global Positioning System), é um cos(𝛼+𝛽)
sistema de navegação amplamente utilizado para auxiliar o
(E) 𝑑 cos(180° − (𝛼 + 𝛽))
deslocamento dos veículos, sejam eles terrestres sejam aquáticos.
Entretanto, estar orientado em meio aos mares e oceanos nem
sempre foi uma tarefa fácil. Entre os séculos XIII e XVIII, a 4. AFA-96 A base maior de um trapézio mede 26 cm, a menor
navegação astronômica teve um papel crucial na era das navegações 14 cm e a altura 6 cm. As alturas dos triângulos formados pelos
de longa distância, principalmente no período da História chamado prolongamentos dos lados não paralelos, em cm, são:
de “As Grandes Navegações”. O conhecimento e o estudo das (A) 8 e 9
principais estrelas e as figuras celestes por elas formadas (B) 7 e 13
(constelações) são de vital importância para o desempenho das (C) 91 e 14
funções de Encarregado de Navegação. (D) 15 e 18

No hemisfério sul, a constelação do Cruzeiro do Sul é uma das mais 5. EFOMM-14 A diferença entre o comprimento 𝑥 e a largura 𝑦 de
conhecidas tanto que figura como símbolo nacional por diversas um retângulo é de 2 cm. Se a sua área é menor ou igual a 35 cm2 ,
nações meridionais, como é o caso da Bandeira Brasileira onde as então todos os possíveis valores de 𝑥, em cm, satisfazem:
cinco estrelas da constelação representam os estados de São Paulo (A) 0 < 𝑥 < 7
(Alfa - 𝛼), Rio de Janeiro (Beta - 𝛽), Bahia (Gama - 𝛾), Minas Gerais (B) 0 < 𝑥 < 5
(Delta - 𝛿) e Espírito Santo (Épsilon - 𝜖). Apesar de as estrelas (C) 2 < 𝑥 < 5
estarem posicionadas a diferentes distâncias do nosso planeta (D) 2 < 𝑥 < 7
(figura 1), para um observador na Terra elas aparentam estar (E) 2 < 𝑥 < 7
posicionadas em um mesmo plano cósmico.
6. AFA-96 Os lados de um triângulo 𝐴𝐵𝐶 medem 𝐴𝐵 = 20 cm,
𝐵𝐶 = 15 cm e 𝐴𝐶 = 10 cm. Sobre o lado ̅̅̅̅ 𝐵𝐶 marca-se 𝐵𝐷 = 3 cm
̅̅̅̅ (𝐸 sobre 𝐴𝐶
̅̅̅̅ ao lado 𝐴𝐵
e traçam-se paralelas 𝐷𝐸 ̅̅̅̅ ) e 𝐷𝐹 ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ao lado 𝐴𝐶
̅̅̅̅ ). O perímetro do paralelogramo 𝐴𝐸𝐷𝐹, em cm, é:
(𝐹 sobre 𝐴𝐵
(A) 24 (B) 28
(C) 32 (D) 36

Figura 1 Figura 2

MAT 122
GEOMETRIA PLANA

7. AFA-99 A área do quadrado menor, da figura abaixo, vale: 12. AFA-02 Na figura abaixo, os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e 𝐶𝐷𝐸 são
equiláteros. Se a razão entre as áreas desses triângulos é 9⁄4 e o
perímetro do menor é 12, então, a área do quadrilátero 𝐴𝐵𝐷𝐸 é:

(A) √2 (B) 2 (C) √5 (D) √8 (A) 2 + √3


(B) 9√3
̅̅̅̅,
8. AFA-17 Considere, no triângulo 𝐴𝐵𝐶 abaixo, os pontos 𝑃 ∈ 𝐴𝐵 (C) 11 − √3
𝑄 ∈ ̅̅̅̅
𝐵𝐶 , 𝑅 ∈ ̅̅̅̅
𝐴𝐶 e os segmentos 𝑃𝑄 ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
𝑄𝑅 paralelos, (D) 19√3
respectivamente, a ̅̅̅̅
𝐴𝐶 e ̅̅̅̅
𝐴𝐵 . Sabendo que 𝐵𝑄 = 3 cm, 𝑄𝐶 = 1 cm
e que a área do triângulo 𝐴𝐵𝐶 é 8 cm2 , então a área do 13. AFA-09 Considere num mesmo plano os pontos da figura
paralelogramo hachurado, em cm2 , é igual a: abaixo, de tal forma que:

̅̅̅̅̅ ≡ 𝐶𝑊
(I) 𝐴𝑊 ̅̅̅̅̅ ≡ 𝐸𝑊 ̅̅̅̅̅ ≡ 𝐼𝑊
̅̅̅̅̅ ≡ 𝐺𝑊 ̅̅̅̅ ≡ 𝐿𝑊
̅̅̅̅̅ ≡ 𝑁𝑊
̅̅̅̅̅ ≡ 𝑃𝑊
̅̅̅̅̅

̅̅̅̅̅ ≡ 𝐷𝑊
(II) 𝐵𝑊 ̅̅̅̅̅ ≡ 𝐹𝑊
̅̅̅̅̅ ≡ 𝐻𝑊
̅̅̅̅̅ ≡ 𝐽𝑊
̅̅̅̅ ≡ 𝑀𝑊 ̅̅̅̅̅ ≡ 𝑄𝑊
̅̅̅̅̅̅ ≡ 𝑂𝑊 ̅̅̅̅̅

̂ 𝐵 ≡ 𝐵𝑊
(III) 𝐴𝑊 ̂ 𝐶 ≡ 𝐶𝑊
̂ 𝐷 ≡. . . ≡ 𝑃𝑊
̂ 𝑄 ≡ 𝑄𝑊
̂𝐴

̅̅̅̅ ≡ 𝐴𝐸
(IV) 𝑃𝐶 ̅̅̅̅ ≡ 𝐶𝐺
̅̅̅̅ ≡ 𝐸𝐼 ̅̅̅̅ ≡ 𝐼𝑁
̅̅̅ ≡ 𝐺𝐿 ̅̅̅̅ ≡ 𝐿𝑃
̅̅̅̅ ≡ 𝑁𝐴 ̅̅̅̅ ≡ 𝑎
(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5

9. (AFA-01) A figura abaixo representa um quadrado de 8 cm de


lado. A área, em cm2 , da figura sombreada é:

A área da região sombreada da figura, em função de 𝑎, é:


(A) 12𝑎2 − 8𝑎2 √2
(A) 23,02 (B) 24,01
(B) 6𝑎2 + 4𝑎2 √2
(C) 25,04 (D) 26,10
(C) 12𝑎2 + 8𝑎2 √2
10. EN-16 Seja 𝐴𝐵𝐶𝐷 um quadrado de lado ℓ, em que 𝐴𝐶 ̅̅̅̅ e 𝐵𝐷
̅̅̅̅ são (D) 6𝑎2 − 4𝑎2 √2
suas diagonais. Seja 𝑂 o ponto de encontro dessas diagonais e sejam
𝑃 e 𝑄 os pontos médios dos segmentos 𝐴𝑂 ̅̅̅̅ e 𝐵𝑂
̅̅̅̅, respectivamente. 14. AFA-04 Um trapézio 𝛼 tem bases de medidas 80 m e 60 m, e
Pode-se dizer que a área do quadrilátero que tem vértices nos pontos altura de medida 24 m. A 6 m da maior base, traça-se uma paralela
𝐴, 𝐵, 𝑄 e 𝑃 vale: situada entre as duas bases do trapézio 𝛼, determinando, assim, dois
3ℓ2 ℓ2 3ℓ2
(A) (B) (C) outros trapézios 𝛽 e 𝛾. O módulo da diferença entre as áreas dos
16 16 8
ℓ2 3ℓ2 trapézios 𝛽 e 𝛾 é, em m2 , igual a:
(D) (E) (A) 700
8 24
(B) 750
11. AFA-98 Dois vértices de um triângulo equilátero pertencem a (C) 820
dois lados de um quadrado cuja área é 1 m2 . Se o terceiro vértice do (D) 950
triângulo coincide com um dos vértices do quadrado, então a área
do triângulo, em m2 , é: 15. EN-14 Numa vidraçaria há um pedaço de espelho, sob a forma
(A) 2√3 − 1 (B) 2√3 + 1 de um triângulo retângulo de lados 30 cm, 40 cm e 50 cm. Deseja-
(C) −3 + 2√3 (D) 3 + 2√3 se a partir dele, recortar um espelho retangular, com a maior área
possível, conforme figura abaixo. Então as dimensões do espelho
são:

MAT 123
GEOMETRIA PLANA
4. IME-17 Dado um quadrado 𝐴𝐵𝐶𝐷, de lado 𝑎, marcam-se os
(A) 25 cm e 12 cm pontos 𝐸 sobre o lado 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ , 𝐹 sobre o lado 𝐵𝐶
̅̅̅̅ , 𝐺 sobre o lado 𝐶𝐷̅̅̅̅ e
(B) 20 cm e 15 cm 𝐻 sobre o lado 𝐴𝐷̅̅̅̅ , de modo que os segmentos formados 𝐴𝐸 ̅̅̅̅ , 𝐵𝐹
̅̅̅̅ ,
(C) 10 cm e 30 cm ̅̅̅̅ e 𝐷𝐻
𝐶𝐺 ̅̅̅̅ tenham comprimento igual a 3𝑎. A área do novo
(D) 12,5 cm e 24 cm 4
quadrilátero formado pelas interseções dos segmentos ̅̅̅̅ 𝐴𝐹 , ̅̅̅̅
𝐵𝐺 , 𝐶𝐻̅̅̅̅
(E) 10√3 cm e 10√3 cm ̅̅̅̅ mede:
e 𝐷𝐸
𝑎2 𝑎2 𝑎2
(A) (B) (C)
25 18 16
𝑎2 2𝑎2
(D) (E)
GABARITO 9 9

1. B 5. IME-06 Um trapézio 𝐴𝐵𝐶𝐷, de base menor ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 e base maior ̅̅̅̅


𝐶𝐷,
2. C ̅̅̅̅̅ ′ ′
possui base média 𝑀𝑁. Os pontos 𝑀 e 𝑁 dividem a base média
3. B em três segmentos iguais, na ordem 𝑀𝑀′ 𝑁 ′ 𝑁. Ao se traçar as retas
4. B ⃡𝐴𝑀′ e ⃡𝐵𝑁 ′ , verificou-se que as mesmas se encontraram sobre o lado
5. D ̅̅̅̅ no ponto 𝑃. Sendo 𝑆 a área de 𝐴𝐵𝐶𝐷, a área do trapézio
𝐶𝐷
6. D 𝑀 ′ 𝑁 ′ 𝐶𝐷 é:
7. B 5𝑆 5𝑆 5𝑆
(A) (B) (C)
11 12 13
8. B 5𝑆 𝑆
9. C (D) (E)
14 3
10. A
11. C
12. D
13. D GABARITO
14. B
15. A 1. D
2. E
3. C
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 4. A
̅̅̅̅ e 𝐶𝐷
̅̅̅̅ , com o ponto 5. B
1. IME-21 Considere um trapézio de bases 𝐴𝐵
𝐼 sendo a interseção de suas diagonais. Se as áreas dos triângulos
𝐴𝐼𝐵 e 𝐶𝐼𝐷 formados pelas diagonais são 9 cm2 e 16 cm2 ,
respectivamente, a área do trapézio, em cm2 , é:

(A) não é possível determinar por terem sido fornecidos dados


insuficientes
(B) 63
(C) 50
(D) 49
(E) 45

2. ITA-15 Seja 𝐴𝐵𝐶𝐷 um trapézio isósceles com base maior ̅̅̅̅ 𝐴𝐵


medindo 15, o lado ̅̅̅̅ ̂ 𝐵 reto. A distância
𝐴𝐷 medindo 9 e o ângulo 𝐴𝐷
̅̅̅̅ e o ponto 𝐸 em que as diagonais se cortam é:
entre o lado 𝐴𝐵

21 27 35
(A) (B) (C)
8 8 8
37 45
(D) (E)
8 8

3. IME-08 Na figura seguinte, 𝐴𝐵𝐶𝐷 é um quadrado de lado 1 e


𝛼
𝐵𝐶𝐸 é um triângulo equilátero. O valor de tg ( ) é igual a:
2

√3 √6 √3
(A) 1 − (B) 2 − (C) 1 −
2 2 3
√2 √3
(D) 1 − (E) 1 −
5 5

MAT 124
MATEMÁTICA 3

Arco soma e consequência 127

Transformações de soma em produto e outras 132

Funções trigonométricas 135


TRIGONOMETRIA
TÓPICO: TRIGONOMETRIA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
SUBTÓPICO: ARCO SOMA
CAPÍTULO: ARCO SOMA E CONSEQUÊNCIAS
1. G1 - IFCE 2016 O valor de cos(105) é
Teoria:
3 2+ 6
(A) . (B) .
1) SOMA DE ARCOS 2 4
sen(𝑎 + 𝑏) = sen 𝑎 cos 𝑏 + sen 𝑏 cos 𝑎 2− 6 2+ 6
cos(𝑎 + 𝑏) = cos 𝑎 cos 𝑏 − sen 𝑎 sen 𝑏 (C) . (D) .
tan 𝑎 + tan 𝑏 2 2
tan(𝑎 + 𝑏) = 2− 6
1 − tan 𝑎 tan 𝑏 (E) .
4
2) DIFERENÇA DE ARCOS
sen(𝑎 − 𝑏) = sen 𝑎 cos 𝑏 − sen 𝑏 cos 𝑎 2
cos(𝑎 − 𝑏) = cos 𝑎 cos 𝑏 + sen 𝑎 sen 𝑏 2. UEG 2015 Considerando-se que sen(5) = , tem-se que
25
tan 𝑎 − tan 𝑏
tan(𝑎 − 𝑏) = cos(50) é
1 + tan 𝑎 tan 𝑏
2 2
OBS.: Se usar o fato do seno e tangente serem funções ímpares e do (A) ( 621 + 2) (B) ( 621 − 2)
50 50
cosseno ser função par, substituir b por – b nas expressões do arco
soma fará com que você chegue de imediato nas expressões do arco 2 2
(C) (1 − 621) (D) ( 621 − 1)
diferença. Só muda sinal onde tem seno ou tangente de b. 50 50

3) ARCO DOBRO 3. EEAR 2016 O valor de cos 735 é


sen 2𝑎 = 2 sen 𝑎 cos 𝑎
cos 2𝑎 = cos2 𝑎 − sen2 𝑎 1 3
(A) (B)
2 tg 𝑎 4 4
tg 2𝑎 =
1 − tg 2 𝑎 2+ 6 2+ 6
(C) (D)
4 8
OBS.: Usando que sen2 𝑎 + cos2 𝑎 = 1, podemos reescrever a
expressão de cos 2𝑎 como: 
4. UFJF-PISM 2 2016 Seja 0  x  uma medida de ângulo em
cos 2𝑎 = 2 cos2 𝑎
−1 2
cos 2𝑎 = 1 − 2 sen2 𝑎 radianos tal que
A vantagem destas alternativas é expressar cos 2𝑎 em função só do 5
cos x + sen x =
seno ou só do cosseno de a. 2
3
4) ARCO TRIPLO cos x − sen x =
sen 3𝑎 = 3 sen 𝑎 − 4 sen3 𝑎 2
cos 3𝑎 = 4 cos3 𝑎 − 3 cos 𝑎
3 tg 𝑎 − tg 3 𝑎 O valor de tg 2x é:
tg 3𝑎 =
1 − 3 tg 2 𝑎 15 15
(A) 4 − 15 (B) (C)
15 4
5) ARCO METADE (D) 15 (E) 4 15

A partir das expressões alternativas de cos 2𝑎, é possível isolar seno sen x − cos x
5. O valor numérico da expressão para x = 15 é:
e cosseno e obter expressões para eles. csc x − sec x
1 − cos 2𝑎 (A) − 1 2 (B) 1 2 (C) − 1 4 (D) 1 4
sen 𝑎 = ±√
2

6. FUVEST 2015 No triângulo retângulo ABC, ilustrado na figura,


1 + cos 2𝑎
cos 𝑎 = ±√ a hipotenusa AC mede 12cm e o cateto BC mede 6cm. Se M é
2
o ponto médio de BC, então a tangente do ângulo MAC é igual a
6) TANGENTE DO ARCO METADE 2
(A)
Algumas questões envolvendo senos ou cossenos podem ser 7
simplificadas utilizando-se a tangente do arco metade. 3
(B)
7
𝑎
2 tg 2
sen 𝑎 = 2 (C)
𝑎 7
1 + tg 2
2
𝑎 2 2
1 − tg 2 (D)
cos 𝑎 = 2 7
𝑎
1 + tg 2
2 2 3
(E)
7

MAT 127
TRIGONOMETRIA
7. FUVEST 2001 Se tgθ = 2, então o valor de cos2θ/(1+sen2θ) é: 5. D
(A) –3 (B) –1/3 (C) 1/3
(D) 2/3 (E) 3/4 6. B
Aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo ABC, vem
17
8. Sabendo que sen  + cos  = , o valor de sen 2 é: 2 2
AC = AB + BC  AB = 122 − 62
2 2
13
120 122 124  AB = 108
(A) (B) (C)
169 169 169  AB = 6 3 cm.
126 128
(D) (E) Do triângulo ABM encontramos
169 169
BM 3 3
tg BAM =  tg BAM = = .
9. MACKENZIE Se tg x − cot g x = 1, então o valor de tg 2x é AB 6 3 6
(A) 2 (B) 1 (C) 0 É fácil ver que tgBAC = 2  tgBAM. Logo, obtemos
(D) −1 (E) −2 tg MAC = tg(BAC − BAM)

10. Sabendo-se que x − y = 60, assinale a alternativa que 2  tg BAM − tg BAM


=
corresponde ao valor da expressão 1 + 2  tg BAM  tg BAM

( cos x + cos y )2 + ( sen x + sen y )2 : =


tg BAM
1 3 1 + 2  tg 2 BAM
(A) 1 (B) (C) 2 (D) 3 (E)
2 2 3
= 6
2
 3
GABARITO 1+ 2 
 6 
1. E 3 6
cos105 = cos(60 + 45) = 
6 7
cos105 = cos60  cos 45 − sen60  sen45 3
= .
1 2 3 2 7
cos105 =  − 
2 2 2 2
7. B
2− 6
cos105 = 8. A
4 9. E
10. D
2. B
2
 2  621
cos2 5 = 1 −    cos5 =
 25  25
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
cos50 = cos ( 45 + 5 ) = cos 45  cos5 − sen45  sen5 =
ˆ
=
2
2

621
25

2 2
 =
2 25 50
2
 ( 621 − 2 ) 1. FUVEST 2016 No quadrilátero plano ABCD, os ângulos ABC
ˆ
e ADC são retos, AB = AD = 1, BC = CD = 2 e BD é uma
diagonal.
3. C
735 = 2  360 + 15
ˆ vale
O cosseno do ângulo BCD
Portanto,
cos735 = cos15 = cos(45 − 30) = 3 2 3
(A) (B) (C)
= cos 45  cos30 + sen 45  sen 30 = 5 5 5
2 3 2 1 6+ 2 2 3 4
=  +  = (D) (E)
5
2 2 2 2 4 5

4. B 1
2. Sabendo-se que sen 30°= , o valor de sen15° é:
5+ 3 2
Somando as duas equações, obtemos cos x = . Logo, vem
4 ( 3 − 2) 1
(A) (B)
5− 3 sen x 2 4
sen x = . Ademais, como tg x = , segue que
4 cos x
(2 − 3)
tg x = 4 − 15. (C) 1 (D)
2
2 tg x 1
Finalmente, sabendo que tg 2x = , encontramos (E)
1 − tg 2 x 2
2  (4 − 15) 15
tg 2x = = . 3. Se cosx = 0,8 e 0 < x < π/2 então o valor de sen2x é:
1 − (4 − 15) 2 15
(A) 0,6 (B) 0,8 (C) 0,96 (D) 0,36 (E) 0,49

MAT 128
TRIGONOMETRIA
4. Se y = 4cos15° . cos75°, então y2 vale: cos 2x
(A) 1 (B) 1/4 (C) 1/2 (D) 3/4 (E) 2 13. Suponha que = 2 para algum ângulo 0  x  1800 . O
cos x
sen 2x
5. Se cos (x) = a, para x ∈ (0, π/2) e assumindo que a ≠ 0 e a ≠ 1, o valor de é igual a:
valor de tg (2x) é, sen x

2a 2 − 1 1 − a2 (A) 1 + 3 (B) 1 − 3
(A) . (B) .
a (C) 3 −1 (D) 3
2a 1 − a 2
(E) 2 + 3
2a 1 − a 2
(C) 2a 1 − a . 2
(D) .
2a 2 − 1 14. UFRRJ Em um triângulo ABC, cujos ângulos são designados
(E) 2a2 - 1. por A, B e C supõe-se que:

2 tg A = tg B + tg C e 0  A 
cos3 15o + sen 315o 2
6. O valor de é igual a: A relação que vale neste triângulo é:
cos 15o + sen 15o
(A) tgB tgC = 3
1 1 (B) tgAtgBtgC = 1
(A) 0 (B) (C)
4 2 (C) cos ( B + C) = 2 cos A
3 (D) tg B . tg C = tg A
(D) (E) 1
4

sen 41 + cos 4 1 − 1
( 2) ( 2)
o o
7. O valor de cos4 15 − sen 4 15 é 15. Simplifique
sen 61 + cos6 1 − 1
6+ 2 6− 2
(A) (B)
4 4 GABARITO
3 1
(C) (D)
2 2 1. C
Considere a figura.
3 −1
(E)
2

8. O valor da expressão tg1 tg2 ...  tg88 tg89 é:


(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4

9. PUC A soma das soluções de sen 2x = cos x contidas no intervalo


fechado 0, 2 é: Do triângulo ACD, pelo Teorema de Pitágoras, encontramos
3 3 2 2 2
(A) (B) 2 (C) AC = AD + CD  AC = 12 + 22
2 2
7  AC = 5.
(D) 3 (E)
2 CD 2
Desse modo, vem cos ACD =  cos ACD = .
AC 5
  Como os triângulos ACD e ACB são congruentes por LAL, segue
10. UFF 2000 Dados os ângulos α e β tais que α, 1 ∈ 0,  , cosα
 2 que BCD = 2  ACD e, portanto,
1 3 cos BCD = 2  cos 2 ACD − 1
= e cosβ = , resolva a equação:
2 2 2
sen(x - α) = sen(x - β)  2 
= 2  −1
 5
11. O número 2 + 3 é raiz da equação x 2 − ( tg a + ctg a ) x + 1 = 0. 3
= .
Calcule o valor de sen 2a. 5

2. D
3. C
12. Sendo  e  as medidas dos ângulos agudos de um triângulo
4. A
retângulo e sabendo que sen2 2 − 2cos 2 = 0 então sen  é igual 5. D
a: 6. D
4 7. A
2 2 8. A
(A) (B)
2 2 9. D
4
8 4
8 10. x = kπ - π/4, k ∈ Z
(C) (D) 11. 1/2
2 4
12. C
(E) 0
13. B
14. A
15. 2/3

MAT 129
TRIGONOMETRIA
EXERCÍCIOS DE CONCURSO 1
7. EFOMM 1996 Sabendo que sen x = + cos x , então sen2x
5
vale:
1. AFA 2000 Os valores de m  para os quais a equação
25 9 −9
2 ( sen x − cos x ) = m 2 − 2 admite soluções, são (A) . (B) . (C) .
24 25 25
(A) –1  m  1 (B) –2  m  2 −2 24
(D) . (E) .
(C) 0  m  2 (D) – 2 m 2 5 25

4 8. AFA 2006 Um balão sobrevoa certa cidade a uma altura de 750


2. AFA 2000 Na figura a seguir, AD = 2 e CB = 5 . Se tgα = m em relação ao solo, na horizontal. Deste balão avistam-se
5
pontos luminosos A, B e C, conforme a figura abaixo.
então cotg β é:
C

 

750 m
A D B 
15 13
(A) (B) A B 250 m C
17 17 1500 m
17 19
(C) (D) O valor tg α é igual a:
20 20
7 9 3 1
(A) . (B) . (C) . (D) .
3. AFA 1999 O valor da expressão cos15 + sen105 é: 3 8 2 3

6+ 2 6− 2  3
(A) (B) 9. EN 2001 Se a − b = e tga = 3 3 , o valor de (tg b) é
4 4 6
6+ 2 6− 2 igual a:
(C) (D)
2 2 8 3 3 3
(A) . (B) .
9 125
4. AFA 1998 O valor da expressão
−3 3 −8 3
(C) . (D) .
cos 35 ( sen25 + cos 55 ) + sen35 ( cos 25 − sen55 ) 125 9
tg31 + tg14 10. AFA 1990 O conjunto imagem da função
+ é:
1 − tg31tg14 f(x) = 2 (cos x − sen x) , em , é o intervalo:
2 −3 3+ 2 (A) [ − 2 , 2 ] . (B) [ − 2 , 2 ] .
(A) (B)
2 2
(C) [ − 2 , 2 ] . (D) [ − 2 , 2 ] .
2+ 3 2− 3
(C) (D)
2 3
11. EFOMM 2000 As raízes da equação 2x2 + 3x − 1 = 0 são
tg B e tg C , sendo B e C ângulos de um triângulo. O ângulo A
senx + cos x
5. EN 1993 Se = tg y , então um possível valor desse triângulo vale:
cos x − senx (A) 30. (B) 45.
para y é: (C) 60 (D) 90.
  (E) 120.
(A) x − . (B) x . (C) x + .
4 4 12. AFA 2000 Uma corda de comprimento a define em uma
3 
(D) x + . (E) x +  . circunferência de raio 2a um arco , 0 . Nessa mesma
4 2
circunferência, o arco 2 é definido por uma corda de
6. EFOMM 1988 O valor da expressão comprimento:

(sena + cosb)2 + (senb + cosa)2 , quando a + b = , é: a 11 a 13
6 (A) . (B) .
4 3
1
(A) 2. (B) 1. (C) . a 15 a 15
2 (C) . (D) .
4 2
3
(D) 3. (E) .
2
MAT 130
TRIGONOMETRIA
13. EN 2004
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

1. INSPER 2014 Considere o quadrilátero convexo ABCD


mostrado na figura, em que AB = 4cm, AD = 3cm e  = 90.

A figura acima mostra uma circunferência de raio igual a 1 e centro


no ponto O. Os pontos A, B e P pertencem à circunferência, o
segmento OA é perpendicular ao segmento OB e os segmentos
BD e AT são tangentes a essa circunferência. O valor da área do
polígono BDTAOB em função do ângulo  é:
(A) cos 2 . (B) sen 2 .
(C) csc 2 . (D) sec 2 . ˆ e
Se a diagonal BD está contida na bissetriz do ângulo ABC
(E) tg 2 .
BD = BC, então a medida do lado CD, em centímetros, vale
(A) 2 2. (B) 10. (C) 11.
 1 − cosa 
14. EN 2000 Sabendo que log 10   = 4 , podemos (D) 2 3. (E) 15.
 1 + cosa 
a 2. O valor da expressão
afirmar que tg   é igual a:
2 64  sen1 cos1 cos 2 cos 4 cos8 cos16 cos 32 é:
(A) cos16 (B) cos 26
(A) 1. (B) 10 .
(C) cos 36 (D) cos 46
(C) 10. (D) 10 2 .
(E) 10 4 . 3. Determine M e  de modo que seja válida a igualdade:
a senx + b cos x = M sen(x + α) .
15. AFA 1998 O conjunto solução da inequação
4. Determine os números reais x e y, com 0 ≤ x + y ≤ π e
1 2
 sen x cos x  , para 0  x  π , é: 0 ≤ y ≤ π, tais que
2 2  1
sen x sen y = −
     4
(A)  x   x  . 
 12 6  cos ( x + y ) + cos ( x − y ) = 3

 2
  5 
(B)  x  x .
 12 3 
 5 5 
5. Seja f k ( x ) =
1
k
( )
sen k x + cosk x para k = 0,1,2,.... O valor de
(C)  x  x .
 12 6  f 4 ( x ) − f6 ( x ) é igual a:
  5  1 1 1
(D)  x  x . (A) (B) (C)
 12 12  6 8 12
1 1
(D) (E)
24 36
GABARITO

1. B GABARITO
2. C
3. C 1. B
4. C 2. B
5. C 3.
6. D 𝑀 = √𝑎2 + 𝑏 2
7. E O ângulo é tal que:
8. B 𝑏 𝑎
sen𝛼 = e cos𝛼 =
√𝑎2 +𝑏2 √𝑎2 +𝑏2
9. A
10. A
4.
11. B
x = -π/6 e y = π/6 ou
12. D
x = -5π/6 e y = 5π/6
13. C
14. D
5. C
15. D

MAT 131
TRIGONOMETRIA
TÓPICO: TRIGONOMETRIA 4) TRANSFORMAÇÕES DE SOMA DE TANGENTES E
SUBTÓPICO: TRANSFORMAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS COTANGENTES EM PRODUTO
CAPÍTULO: TRANSFORMAÇÕES DE SOMA EM sen(𝑎 + 𝑏)
PRODUTO E OUTRAS tg 𝑎 + tg 𝑏 =
cos 𝑎 ⋅ cos 𝑏
sen(𝑎 − 𝑏)
Teoria: tg 𝑎 − tg 𝑏 =
cos 𝑎 ⋅ cos 𝑏

1) DEMONSTRAÇÃO sen(𝑏 + 𝑎)
ctg 𝑎 + ctg 𝑏 =
sen 𝑎 ⋅ sen 𝑏
Conhecemos, do capítulo anterior, as fórmulas do arco soma e do sen(𝑏 − 𝑎)
ctg 𝑎 − ctg 𝑏 =
arco diferença: cos 𝑎 ⋅ cos 𝑏

cos(𝑎 − 𝑏)
sen(𝑎 + 𝑏) = sen 𝑎 cos 𝑏 + sen 𝑏 cos 𝑎 tg 𝑎 + ctg 𝑏 =
{ cos 𝑎 ⋅ sen 𝑏
sen(𝑎 − 𝑏) = sen 𝑎 cos 𝑏 − sen 𝑏 cos 𝑎 cos(𝑎 + 𝑏)
tg 𝑎 − ctg 𝑏 =
cos 𝑎 ⋅ sen 𝑏
cos(𝑎 + 𝑏) = cos 𝑎 cos 𝑏 − sen 𝑎 sen 𝑏
{
cos(𝑎 − 𝑏) = cos 𝑎 cos 𝑏 + sen 𝑎 sen 𝑏

Se somarmos ou subtrairmos cada par de equações, obteremos as EXERCÍCIOS DE FIXAÇAO


seguintes relações:
1. Simplifique a expressão:
sen(𝑎 + 𝑏) + sen(𝑎 − 𝑏) = 2 sen 𝑎 cos 𝑏
sen(𝑎 + 𝑏) − sen(𝑎 − 𝑏) = 2 sen 𝑏 cos 𝑎 sen (a + b) − sen (a − b)
+ ctga
cos (a + b) − cos (a − b)
cos(𝑎 + 𝑏) + cos(𝑎 − 𝑏) = 2 cos 𝑎 cos 𝑏
cos(𝑎 + 𝑏) − cos(𝑎 − 𝑏) = −2 sen 𝑎 sen 𝑏
2
2. Sejam  e  números reais tais que sen  + sen  = e
2
A demonstração é completada ao chamarmos 𝑎 + 𝑏 = 𝑝 e 𝑎 − 𝑏 =
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞 6
𝑞, de tal modo que 𝑎 =
2
e𝑏=
2
cos  + cos  = o valor de sen (  + ) é igual a:
2
2) TRANSFORMAÇÕES DE SOMA OU DIFERENÇA EM 1 2 3
(A) (B) (C)
PRODUTO 2 2 2
6
(D) (E) 1
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞 2
sen 𝑝 + sen 𝑞 = 2 sen cos
2 2
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞 3.O valor numérico da expressão
sen 𝑝 − sen 𝑞 = 2 sen cos
2 2 13 11
sen .cos é
12 12
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
cos 𝑝 + cos 𝑞 = 2 cos cos 1 1 1
2 2 (A) (B) (C)
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞 2 3 4
cos 𝑝 − cos 𝑞 = −2 sen sen 1 1
2 2 (D) (E) .
6 8
3) TRANSFORMAÇÕES DE PRODUTO EM SOMA OU
DIFERENÇA 4. Transformando a expressão:
sin 𝑎 + sin 𝑏
1 cos 𝑎 + cos 𝑏
sen 𝑎 cos 𝑏 = [sen(𝑎 + 𝑏) + sen(𝑎 − 𝑏)] onde existir, temos:
2 (A) sen (a + b)
1 (B) 1/cos(a )
sen 𝑏 cos 𝑎 = [sen(𝑎 + 𝑏) − sen(𝑎 − 𝑏)]
2 (C) cotg[(a + b)/2]
OBS.: Esta versão da diferença de senos não costuma ser utilizada. (D) tg[(a + b)/2]
(E) 1/sen(a + b)
1
cos 𝑎 cos 𝑏 = [cos(𝑎 + 𝑏) + cos(𝑎 − 𝑏)]
2  5   
5. EN 1998 Sendo y = sen   cos   , o valor numérico de y é
1  
12  12 
sen 𝑎 sen 𝑏 = − [cos(𝑎 + 𝑏) − cos(𝑎 − 𝑏)]
2
1 3 3
OBS.: Produto de senos é a única expressão que acompanha um (A) + (B)
sinal de menos na frente. Observa que isto é feito para que o formato 2 4 2
1
da expressão continue parecido com as demais expressões. (C) (D) 3+2
2
(E) 2 ( )
3 +1

MAT 132
TRIGONOMETRIA
GABARITO 8. ITA Se x, y e z são os ângulos internos de um triângulo ABC e
sen y + sen z
1. zero sen x = , prove que o triângulo ABC é retângulo.
cos y + cos z
2. C
3. C 9. EN O valor numérico de tg 20o.tg40o.tg80o é:
4. D (A) 1.
5. A (B) 2 .
(C) 3 .
(D) 2.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS (E) 2 3 .

1. Se x = cos 36º − cos 72º então x é igual a: 4π


10. ITA Se os números reais  e , com α + β = , 0αβ ,
1 1 3
(A) (B) (C) 3 − 6
3 2 maximizam a soma senα + senβ , então  é igual a:
1
(D) 2 3 − 3 (E)  3 2
4 (A) . (B) .
3 3
3 5
2.Transformando-se sen400 + cos100 em produto, obtemos: (C)
5
. (D)
8
.

(A)
3
sen400 (B) 3sen200 7
(E) .
2 12
(C) 3 cos200 (D) 2sen200
6
 2   
1
11. ITA O valor da soma  sen  3n  sen  3n  , para todo
3.Encontre o valor de y = − 2sen70 0 n =1
2sen100  , é igual a:
(A) 1/2 (B) 1 (C) 5/2
1    
(D) -4/5 (E) 2 (A) cos   − cos   .
2   729  
4. Três números α, β e θ estão em progressão aritmética.
1      
Então, o valor de: (B) sen   − sen   .
sin 𝛼 + sin 𝛽 + sin 𝜃 2   243   729 
cos 𝛼 + cos 𝛽 + cos 𝜃
     
é: (C) cos   − cos  .
(A) tg (α+β+θ) (B) tg β (C) cotg (α+β)  243   729 
(D) tg α (E) tg (θ - α)
1      
cos − cos   .
2   729 
(D)
1  243 
5. Se cos(2x) = , onde x ∈ (0,π) então o valor de
3   
sen ( 3x ) − sen ( x ) 
(E) cos   − cos  .
 729 
y=  é:
cos ( 2x )

( 3)
45 
 k π  n
3 12. IME 2013 Considere P =   1 + tg    , com 
(A) –1 (B) (C) k =0   180   k =0
3 3
representando o produto dos termos desde k = 0 até k = n , sendo
(D)
(2 3 ) (E) 1 k e n números inteiros. Determine o(s) valor(es) de m, número real,
3 que satisfaça(m) a equação P = 2m .
6. EFOMM Se em um triângulo ABC for satisfeita a igualdade 13. Demonstrar que é equilátero o triângulo ABC no qual subsiste a
cosB =
sen A
, existirá entre seus ângulos a relação: relação 8cos A.cosB.cosC = 1 .
2senC
(A) B = A + C . (B) B = 2C . (C) C = 2B . 14. Calcular a soma
 5 9 33
(D) A = B − C . (E) B = C . S = sen + sen + sen + + sen
15 15 15 15

7. IME 2012 O valor de 15. Calcular as seguintes somas:


2π 4π 6π 38π
y = sen 70 cos50 + sen 260 cos280 é: (a) sen + sen + sen + + sen .
19 19 19 19
3 3 π 3π 5π 21π
(A) 3 (B) (C) (b) cos + cos + cos + + cos .
2 3 23 23 23 23
3 3
(D) (E)
4 5

MAT 133
TRIGONOMETRIA
GABARITO 15. (a)
2 4 6 38
1. B sen + sen + sen + + sen =
19 19 19 19
2. C
2 38 2
3. B + 19 0
19 19 19 20
4. B sen .sen sen .sen 
5. D = 2 2 = 19 =0
2 
6. E sen
7. D sen 19 19
8. 2
y+z y−z (b)
seny + senz
2sen .cos  3 5 21
senx = = 2 2 = cos + cos + cos + + cos =
cos y + cos z 2cos y + z .cos y − z 23 23 23 23
2 2  21 2
+ 11.
y+z −x cos 23 23 .sen 23 cos 11 .sen 11
sen sen 2 2 = 23 23 =
= 2 = 2 =
y+z −x 2 
cos cos sen
2 2 sen 23 23
2
x
x x
cos 1 22   
 2sen .cos = 2  sen 2 x = 1 sen sen   − 
2 2 sen x 2 2 = 2 23 =
1  23  1
=
2  2  2
sen sen
x  x 1 2 x  23 23
Como 0    sen = =  = 
2 2 2 2 2 2 4

x=
2
9. C
10. B
11. A
12. = 223
 2m = 223  m = 23

13.
8cos A cos Bcos C = 1 
1
 8cos A (cos(B + C) + cos(B − C)) = 1 
2
− cosA
 4cos2 A − 4cos(B − C)cos A + 1 = 0
 = 16cos2 (B − C) − 16 = 16(cos2 (B − C) − 1)
Como o triângulo existe,   0 
 cos2 (B − C)  1  cos2 (B − C) = 1
ˆ −C
−180º  B ˆ  180º  B
ˆ −C ˆ = 0º  B ˆ
ˆ =C
1
 4cos 2 A − 4cos A + 1 = 0  cos A =
2
0º  Â  180º  Â = 60º
B̂ + Cˆ = 120º
 ˆ = 60º
 B̂ = C
ˆ
B̂ = C

Logo o triângulo é equilátero.

14.

MAT 134
TRIGONOMETRIA
TÓPICO: TRIGONOMETRIA
SUBTÓPICO: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
CAPÍTULO: FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Teoria:

1) FUNÇÃO SENO
Domínio: ℝ
Imagem: [ − 1,1 ]
Período: 2

5) FUNÇÃO SECANTE
𝜋
Domínio: ℝ − {𝑘𝜋 + , 𝑘 ∈ ℤ}
2
Imagem: ℝ − (−1,1)
Período: 2

2) FUNÇÃO COSSENO
Domínio: ℝ
Imagem: [ − 1,1 ]
Período: 2

6) FUNÇÃO COSSECANTE
Domínio: ℝ − {𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}
Imagem: ℝ − (−1,1)
Período: 2

3) FUNÇÃO TANGENTE
𝜋
Domínio: ℝ − {𝑘𝜋 + , 𝑘 ∈ ℤ}
2
Imagem: ℝ
Período: 

7) ARCOSENO
Domínio: [ − 1,1 ]
  
Imagem:  − , 
 2 2

4) FUNÇÃO COTANGENTE
Domínio: ℝ − {𝑘𝜋, 𝑘 ∈ ℤ}
Imagem: ℝ
Período: 

MAT 135
TRIGONOMETRIA
8) ARCOCOSSENO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Domínio: [ − 1,1 ]
Imagem: [ 0,  ] 2 3
1. MACKENZIE 2018 Se cos x = ,  x  2, então o valor
3 2
de tg x é igual a
5 5 5
(A) − (B) − (C)
3 2 3
5
(D) (E) 2 5
2

2. ENEM PPL 2014 Uma pessoa usa um programa de computador


que descreve o desenho da onda sonora correspondente a um som
escolhido. A equação da onda é dada, num sistema de coordenadas
cartesianas, por y = a  sen[b(x + c)], em que os parâmetros a, b, c
são positivos. O programa permite ao usuário provocar mudanças
no som, ao fazer alterações nos valores desses parâmetros. A pessoa
9) ARCOTANGENTE deseja tornar o som mais agudo e, para isso, deve diminuir o período
Domínio: ℝ da onda.
O(s) único(s) parâmetro(s) que necessita(m) ser alterado(s) é(são)
  
Imagem:  − ,  (A) a. (B) b. (C) c.
 2 2
(D) a e b. (E) b e c.

3. Uma empresa de marketing, Birobiro Company, recebeu de seu


contador uma planilha com os lucros mensais referentes ao ano de
2017. Ao analisar a planilha, a empresa constatou que, no mês 4
(abril), teve R$ 50.000,00 de lucro e que, no mês 6 (junho), o lucro
foi de R$ 30.000,00.
Determine o lucro da empresa, em dezembro de 2017, sabendo que
a função que descreve o lucro L no mês t daquele ano é definida
OBS.: Na maioria das questões que envolvem razões por
trigonométricas inversas, você usará apenas o fato de ser uma   
função inversa. Por exemplo, se é dada uma expressão com L(t) = a  cos  + t  + b em que 1  t  12, a  0 e b  0.
arctan 2𝑥, chamaremos tal arco de 𝛼 e escreveremos tan 𝛼 = 2𝑥. 3 2 
Esta ideia resolve a maioria das questões que envolvem razões
trigonométricas inversas. 4. FGV 2018 Observe o gráfico de uma função trigonométrica
cosseno, dada pela expressão f (x) = m + ncos(2x), sendo m, n e
10) FUNÇÕES PERIÓDICAS p números reais, com ponto de mínimo em x = p, que é a abscissa
Seja f uma função periódica de período p  0 .
do ponto Q.
Seja também g(x) = cf (ax + b) + d .
Então, podemos dizer que:
• “a” afeta o período
p
O período de g é .
a
• “b” translada na horizontal
b
A função f é transladada na horizontal de − .
a
• “c” comprime ou expande f na vertical
A função f se expande na vertical quando c  1 e se comprime
na vertical quando c  1 . O valor de pmn é igual a
• “d” translada na vertical 1 1 2
A função cf (x) é transladada na vertical de d. (A) (B) (C)
4 2 2 4
(D)  2 (E) 4 2
Teoremas:
(1) Ao aplicarmos o módulo nas funções csen(ax + b) ou
5. A função x = arcsen y é univocamente determinada para:
ccos(ax + b) , os períodos originais das funções se reduzem à
 (A) 0  x  
metade. Ou seja, o período será dado pelo módulo de .
a
(B) 0  x  2
(2) Se f tem período P1 e g tem período P2 , então a função
h(x) = f(x) + g(x) será periódica se e somente se existirem inteiros (C) −  x  
(D) 0  x  2k, k = 1, 2, 3,
positivos m e n tais que P = m . P1 = n . P1 Neste caso, o período de
 
h será o menor número P que satisfaça a igualdade acima (E) − x
2 2

MAT 136
TRIGONOMETRIA
GABARITO 4. Sobre a função f definida por
   
1. B f (x) = cos 2 x + cos 2  + x  + cos 2  − x  , podemos afirmar
2. B 3  3 
3. O período da função dada é: que:
2 (A) f não é limitada
P= =4 (B) f é constante

(C) f é injetora
2 (D) f é ímpar
 L(12) = L(8) = L(4) = 50.000 (E) f (x) = cos2 x , para todo x real
Resposta: O lucro da empresa em Janeiro de 2017 será
R$ 50.000,00. 5. O conjunto imagem e o período de
f (x) = 2 sen 2 (3x) + sen(6x) − 1 são, respectivamente,
4. D
5. E (A) −3,3 e 2
2
(B) −2, 2 e
3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS

(C)  − 2, 2  e
  3
1. UFJF 1998 Sendo 
(D) −1,3 e
f (x) = (sen x)  1 − sen 2 x + (cos x)  1 − cos 2 x 3
2
então f (5 / 8) é: (E) −1,3 e
(A) 0 (B) 1 (C) –1 3
2 2
(D) − (E) 6. O número de soluções da equação x = 10  cos x é
2 2
(A) 3 (B) 5 (C) 6 (D) 7 (E) 10
2. Assinale a alternativa cujo gráfico pode representar a função
7. Considere as proposições a seguir:
 
f (x) = 2cos  2x −  − 1 . (1) Um poste na posição vertical, colocado num plano horizontal,
 4 encontra-se a 3 m de uma parede plana e vertical. Neste instante, o
(A) sol projeta a sombra do poste na parede e esta sombra tem 17 m de
(B) altura. Se a altura do poste é de 20 m, então a inclinação dos raios
solares, em relação ao plano horizontal, é de 45 o.
1 2
(2) Se sen ( a ) = , então sen ( 25 + a ) − sen (88 − a ) =
3 3
2x 
(3) Os gráficos das funções f (x) = sen ( 4x ) e g(x) = − +
3 4
 
têm exatamente 3 pontos em comum, para x no intervalo  0,  .
 2
(C) (D) (4) Para ser verdadeira a desigualdade tg(x).sec(x) < 0, x deve estar
localizado no segundo ou no quarto quadrante.

Assinale a quantidade de proposições corretas:


(A) 0 (B) 1 (C) 2
(D) 3 (E) 4

8. Assinale a alternativa que apresenta a quantidade de proposições


corretas dentre as 6 proposições seguintes.

(E)  π
I. sen x  x para todo x  0,  .
 2

 π
II. sen x + cos x 1 para todo x  0,  .
 2

III. Para qualquer arco x pertencente à interseção dos domínios das


cosec 2x
funções trigonométricas vale a igualdade = sec 2x .
cotg2x
 x 
3. UFPR 2017 Considere a função f (x) = 4cos   − 3, com
 4  IV. Os gráficos das funções f1(x) = sen x e f2(x) = 5sen x se
x  (−, + ). interceptam numa infinidade de pontos.
a) Qual é o valor mínimo que a função f atinge? V. Os gráficos das funções g1(x) = cos x e
b) Para que valores de x temos f (x) = −1? g2(x) = 3 + cos x não possuem ponto em comum.

MAT 137
TRIGONOMETRIA
VI. Os gráficos das funções h1(x) = sen x e 6. D
h2(x) = sen (x+1) se interceptam numa infinidade de pontos. 7. C (VFVF)
8. A (VVVVVV)
(A) 6 (B) 5 (C) 4 9. 17/25
(D) 3 (E) 2 10. D
11. C
9. Calcule o valor exato de: 12. C
  4    5  13. [-1,1]
sen 2 arc cot g   + cos 2 arc cossec  
  3    4 

10. Seja  = arcsen b/a, com |a| > |b|, 0 /2. Então 2 vale: EXERCÍCIOS DE CONCURSO
(A) 2 = arc ( 2 sen b/a )
(B) 2 = arc sen 2b/a
2a 1. AFA Sabendo que o gráfico abaixo é da função y = a + sen bx,
(C) 2 = arc sen pode-se afirmar que a + b é um número:
b − a2
2

2b a 2 − b 2 (A) par
(D) 2 = arc sen 2 (B) primo
a (C) divisor de 18
(E) Nda (D) múltiplo de 7

m −1
11. Se m  −1 , y = arcsen é igual a:
m +1
m −1 m
(A) arccos (B) arctg
m +1 1 + m2
2 m   m − 1 2 
(D) arcsen 1 −  
  m + 1  
(C) arccos
m +1
 
(E) n.r.a
2. AFA Analise as proposições seguintes e classificação em (V)
a −1 verdadeiras ou (F) falsas.
12. Se a com a > 0 e arcsen está no primeiro quadrante, ( ) Se o ponteiro dos minutos de um relógio mede 10 cm, então a
a +1 distância que sua extremidade percorre em 30 minutos é de
a −1 1 aproximadamente 31,4 cm.
então o valor de tg[arcsen + arctg ] é:
a +1 2 a ( ) O domínio da função real f definida por
f(x) = sec x + cos sec x é conjunto
a +1 a a 2a a
(A) (B) (C) 
2 a 3a + 1 3a + 1 D = {x  x  k , com k  }
2
2a
(D) (E) nda ( ) A equação cos x . tg x – cos x = 0 possui 4 raízes no intervalo
3a + 1
[ 0, 2 ]
13. Determine o menor intervalo I que contém todas as soluções da ( ) O período e a imagem da função trigonométrica f definida por
f(x) = 2cos2x – 2sen2x, são respectivamente iguais a 2 e [–
1+ x   1− x  
inequação arctg   + arctg   . 2, 2]
 2   2  4 A sequência correta é:
(A) F – F – V – V
GABARITO (B) F – V – F – V
(C) V – V – F – F
1. A (D) V – V – V – F
2. D
 x  3. AFA Considere {a, b, c, d}  e as funções reais f e g tais que
3. a) O valor mínimo da função ocorre cos   assume seu valor
 4  f(x) = a + b . cos (cx + d) e g(x) = a + b. tg(cx + d). Sabendo-se que
a, b, c e d formam, nessa ordem, uma P.G. cuja soma dos termos é
mínimo, ou seja, −1. Portanto, o valor mínimo da função será dado 20 1
por: − e primeiro termo , é correto afirmar que
9 9
4  (−1) − 3 = −7.
3( + 2)
b) f (x) = −1? (A) a função g está definida para x =
2
 x   x   x  1
4  cos   − 3 = −1  4  cos   = 2  cos  =   4 4
 4   4   4  2 (B) o conjunto imagem da função f é  − , 
x   x 5  9 9
= + k  2   ou = + k 2 
4 3 4 3 (C) o período da função f é 2
4
x = + 8k ou x =
20
+ 8k, com k   3 + 6 5 + 6 
(D) a função g é crescente para x   ,
3 3
 2 2 
 4 20 
S =  x  | x = + 8k ou x = + 8k, k  
 3 3 

4. B
5. C
MAT 138
TRIGONOMETRIA
4. AFA Considere as situações a seguir: 6. AFA 2020 Em uma roda gigante, a altura h, em metros, em
que uma pessoa se encontra, em relação ao solo, no instante t, em
I – Suponha que a passagem de um pingüim, da água para a
segundos, é dada pela função h : → , definida por
superfície de uma geleira, possa ser representada como no esquema
da Figura 1. h(t) = A + B sen (Ct), em que A, B e C são constantes reais.

A figura a seguir ilustra o gráfico dessa função, no intervalo


[0, 150]

II – Suponha também que uma seqüência de saltos uniformes de


uma lebre, possa ser representada como no esquema da Figura 2.

Analise cada proposição abaixo quanto a ser (V) Verdadeira ou (F)


Falsa.

( ) | A  B  C |= 
( ) No instante t = 20 s, a pessoa estará a uma altura h tal que
Transportando as situações acima para um plano cartesiano, h [17,5;17,8]
considere.
 3  
( ) A função real f definida por f (t) = 10 − 9 cos  − t é
- O eixo das abscissas coincidindo com o nível da água gelada para  2 60 
o pingüim; idêntica à função h
- O eixo das abscissas coincidindo com o solo para a lebre;
- A altura do salto do pingüim e da lebre indicada no eixo das Sobre as proposições, tem-se que
ordenadas; a) todas são verdadeiras.
b) apenas duas são verdadeiras.
Tendo por base as situações apresentadas, nas figuras 1 e 2 e ainda c) apenas uma é verdadeira.
a teoria dos gráficos das funções trigonométricas, pode-se relacionar d) nenhuma delas é verdadeira.
aos saltos um tipo de gráfico dessas funções. Assim sendo, as
funções P e L estabelecem os saltos do Pingüim e da Lebre, 7. EFOMM O número de soluções da equação
2 − x + cos (  − x ) = 0 no intervalo [0,2] é:
respectivamente.
A opção que contém funções que podem representar a situação
descrita, sabendo-se que a função P está restrita a um único período, (A) zero (B) uma
é: (C) duas (D) três
  (E) quatro
(A) P(x) = –tg  x −  e L(x) = 2 sen x 
 2
1
  8. EN O número de soluções reais da equação sen   = x − 2 é
(B) P(x) = cotg  x +  e L(x) = 2sen x  x
 2
igual a n; assim, pode-se concluir que:
(C) P(x) = tg(x) e L(x) = 2 sen 2x  (A) n = 0 (B) n = 1 (C) n = 2
(D) P(x) = –2tg(x) e L(x) = sen 2x  (D) n = 3 (E) n > 3

cos 2x 9. AFA Considerando as definições e propriedades das funções


5. AFA Considere a função real definida por y = e as
1 + sen2x trigonométricas, marque a alternativa correta.
seguintes afirmações:
(A) A função f definida por f(x) = sen2x–cos2x possui período e
I - A função é decrescente em todo seu domínio imagem, respectivamente, iguais a  e 0, 2 
II - O gráfico da função apresenta assíntotas nos arcos  
 (B) Se f e g são funções tais que f(x) = tgx e g(x) = x , sabendo-se
+ k , k Z  que existe a função j definida por j(x) = (fog)(x),
2
então j é periódica.
   
III - A função é negativa em 0,  (C) No intervalo de  ,  a função h definida por
 4 4 2
  h(x) = cos2x é decrescente.
IV - A função admite inversa em 0, 
 2
3x − 1
São verdadeiras somente as afirmações contidas nos itens (D) O domínio da função g definida por g(x) = 3arc sen é
2
(A) I e II (B) II e III
(C) III e IV (D) I e IV. 1 
D =  ,1
3 
MAT 139
TRIGONOMETRIA
10. AFA Analise os itens abaixo classificando-os como  3  
VERDADEIRO(S) ou FALSO(S) f (t) = 10 − 9 cos  − t
 2 60 
1  3  t 3  t 
f (t) = 10 − 9   cos  cos + sen  sen
60 
I. Se sen x + cos x = , então sen 2x = –0,666...
3  2 60 2
 t 
f (t) = 10 − 9   −1  sen
II. Se f(x) = x2 + 2 x + sen ,  [0, 2], é positiva  60 
 5  t 
∀𝑥 ∈ ℝ então << f (t) = 10 + 9  sen   = h(t)
6 6  60 
III. O gráfico de f(x) = sen (arc sen x) é uma reta. 7. D
8. B
A sequência correta é 9. D
(A) V, V, F (B) F, V, F 10. A
(C) F, V, V (D) V, F, V. 11. B
12. B
1 1
11. AFA O valor de sen (arccos + arcsen ) é:
2 3
2 2 −1 2 6 +1
(A) (B) EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
2 6
2 3 −1 −2 6 + 1
(C) (D)
3 6 1. ITA Seja a  R, 0 < a < 1 e f a função real de variável real definida
1
12. AFA O valor real que satisfaz a equação
arc sen x + arc sen 2x =  / 2, para x pertencente ao intervalo (0 , 1), por f (x) =
( 2
ax − a2
.
) 2

cos 2x + 4cos x + 3


é:
Sobre o domínio A desta função podemos afirmar que:
(A) 1/5 (B) 5 /5 (C) 1/2 (D) 2 /2

(
(A) −, − 2  Z  A )
GABARITO
(B) A = − 2, 2   Z
 
1. A
(C) − 2, 2   A
2. C  
3. C (D) {x  R x  Z e x  2 }  A
4. A
(E) A  − 2, 2 
5. Todas são falsas  
6. B (FVV)
De acordo com o gráfico, temos: 2. EN 2016 A equação
h(0) = 10  A + B  sen(C  0) = 10  A = 10
19 − 1
Im = 1,19  B = B=9 sen 2 x 1 sec 2 x
2 31
Logo: h(t) = 10 + 9  sen(C  t) 1 cos 2 x 0 =− ,
16
Sabemos que h(30) = 19, logo: 1 0 1
10 + 9  sen(C  30) = 19  9  sen(C  30) = 9 
   
sen(C  30) = 1  C  30 =  C = com x   0,  , possui como solução o volume de uma pirâmide
2 60  2
   com base hexagonal de lado e altura h = 3. Sendo assim, é
Portanto, h(t) = 10 + 9  sen   t 
 60  correto afirmar que o valor de é igual a:
Julgando as informações, obtemos:
 3  22  8
Falsa. | A  B  C |= , pois: 10  9  = (A) (B) (C)
60 2 9 18 9

Verdadeira. No instante t = 20 s, a pessoa estará a uma altura h 32 


(D) (E)
9 4
tal que h [17,5;17,8]
    3. ITA Seja a um número real não-nulo, satisfazendo –1  a  1. Se
h(20) = 10 + 9  sen   20  = 10 + 9  sen   17,79
 60  3 dois ângulos agudos de um triângulo são dados por arcsen a e arcsec
Verdadeira. A função real f definida por (1/a), então o seno trigonométrico do terceiro ângulo desse triângulo
é igual a:
 3  
f (t) = 10 − 9 cos  − t  é idêntica à função h (A) 1/2 (B) 1/3 (C) 3 /2 (D) 1 (E) 2 /2
 2 60 

MAT 140
TRIGONOMETRIA
 Daí,
4. IME 2018 Sabendo que | x | e que x satisfaz a equação
6 senx
=1
abaixo cos x
3 − cos x(4 cos x + sen x) 1 tgx = 1
=
10 sen 2 x − 8 sen x cos x 2  
Como −  x  , a equação tgx = 1 não admite solução.
6 6
Determine os possíveis valores de x. Da equação 2senx − cos x = 0,
2senx = cosx
5. EN 2018 Quantas raízes reais possui a equação Note que senx  0 e cosx  0.
2cos(x − 1) = 2x 4 − 8x3 + 9x 2 − 2x + 1? Daí,
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3 (E) Infinitas senx 1
=
cos x 2
1
GABARITO tgx =
2
  1
1. E Como −  x  , a equação tgx = admite a solução
2. B 6 6 2
sen 2 x sec2 x 1
1 x = arctg   .
1 cos 2 x 0 = sen 2 x  cos 2 x  1 − sec 2 x  cos 2 x  1 − 1 = −
31 2
16
1 0 1 1
Resposta: x = arctg   .
2 2
31 16  sen 2x  31 16
( sen x  cos x )2 − (sec x  cos x )2 = − + → −1 = − +
16 16  2  16 16
2 5.
 sen 2x  31 16 16 4 2 1
 2  = − 16 + 16 + 16 → ( sen 2x ) = 16 → sen 2x = 4 → sen 2x = 2
2 Do enunciado,
 
f (x) = 2cos(x − 1) e g(x) = 2x4 − 8x3 + 9x2 − 2x + 1

2x = 30 → x = 15 =
12
Note que:
Bh 1 6 2  3  6 2  4 
V= →V=   3= → = → = → = −1  cos ( x − 1)  1
2
3 3 4 12 4 12 72 18
−2  2cos ( x − 1)  2
Observação: Seria possível uma segunda solução atendendo a
condição de x no primeiro quadrante, que seria x = 75, porém
não há alternativa de resposta para esse valor de x. De g ( x ) = 2x 4 − 8x 3 + 9x 2 − 2x + 1,

g ' ( x ) = 8x 3 − 24x 2 + 18x − 2


3. D
 g '' ( x ) = 24x 2 − 48x + 18x
4. De x  ,
6
  Fazendo g' ( x ) = 0,
− x
6 6
8x 3 − 24x 2 + 18x − 2 = 0
  
x  − x 8x 3 − 8x 2 − 16x 2 + 16x + 2x − 2 = 0
6 6 6
3 − cos x ( 4cos x + senx ) 1 8x 2  ( x − 1) − 16x  ( x − 1) + 2  ( x − 1) = 0
=
10sen 2 x − 8senx cos x 2
( x − 1)  (8x 2 − 16x + 2 ) = 0
( 2
)
2  3 − 4cos x − senx cos x = 10sen x − 8senx cos x 2
2+ 3 2− 3
x = 1 ou x = ou x =
(
6 − 8cos 2 x − 2senx cos x = 10 1 − cos 2 x − 8senx cos x ) 2 2
g '' (1) = 24  12 − 48  1 + 18  1 = −6  0
6 − 8cos 2 x − 2senx cos x = 10 − 10cos 2 x − 8senx cos x
2
2cos 2 x + 6senx cos x = 4  2+ 3  2+ 3  2+ 3  2+ 3
g ''  = 24   − 48   + 18  = 12  0
 2   2   2  2
cos 2 x + 3senx cos x = 2      
2
1 − sen 2 x + 3senx cos x = 2  2− 3   2− 3   2− 3  2− 3
g ''  = 24   − 48   + 18  = 12  0
 2   2   2  2
−sen 2 x + 3senx cos x = 1      

−sen 2 x + 3senx cos x = sen 2 x + cos 2 x ( ) ( )


lim 2x 4 − 8x3 + 9x 2 − 2x + 1 = lim 2x 4 − 8x3 + 9x 2 − 2x + 1 = +
x →+ x →−

2sen 2 x + cos 2 x − 3senx cos x = 0


2+ 3
2sen 2 x − 2senx cos x + cos 2 x − senx cos x = 0 Logo, x = 1 é um ponto de máximo local, x = e
2
2senx ( senx − cos x ) − cos x ( senx − cos x ) = 0
2− 3
( senx − cos x )  ( 2senx − cos x ) = 0 x= são pontos de mínimo.
2
Da equação senx − cos x = 0,
senx = cos x
Note que senx  0 e cos x  0.

MAT 141
TRIGONOMETRIA
Daí,
g (1) = 2  14 − 8  13 + 9  12 − 2  1 + 1
g (1) = 2

4 3 2
 2+ 3   2+ 3   2+ 3   2+ 3  2+ 3 
g = 2 −8 + 9 − 2 +1
 2   2   2   2   2 
         
 2+ 3 
g = 0,875
 2 
 

4 3 2
 2− 3   2− 3   2− 3   2− 3  2− 3 
g = 2 −8 + 9 − 2 +1
 2   2   2   2   2 
         
 2− 3 
g = 0,875
 2 
 

Então,
Img = 0,875, + 

Isso quer dizer que a equação


2cos ( x − 1) = 2x 4 − 8x 3 + 9x 2 − 2x + 1 possui 3 raízes reais.

Observe os gráficos de f (x) e g(x).

MAT 142
MATEMÁTICA 4

Princípios de contagem 145

Permutação simples 152

Permutação com repetição e arranjo simples 155

Combinação simples 163


COMBINATÓRIA
TÓPICO: COMBINATÓRIA O Princípio Aditivo trata de separar uma certa sequência de decisões
SUBTÓPICO: PRINCÍPIOS DE CONTAGEM em casos que sejam disjuntos, de modo que o número de maneiras
CAPÍTULO: PRINCÍPIOS DE CONTAGEM de tomar a sequência de decisões seja a soma das maneiras de
resolver cada um dos casos. Veja o exemplo abaixo para que isto
TEORIA: fique claro:

1) O QUE É COMBINATÓRIA? Exemplo 2. Um plano de assinatura de tv a cabo contém 5 canais


de filmes, 3 canais de esportes, 4 canais de entretenimento e 2 canais
Quando falamos de “Análise Combinatória” estamos nos referindo infantis. Qual o número de canais fornecidos pelo plano?
ao ramo da Matemática que estuda as contagens e as enumerações.
Veremos ao longo do curso os métodos de contagem, suas Solução: 5 + 3 + 4 + 2 = 14 canais.
propriedades e aplicações clássicas.
Como você pode observar, o canal em questão pode ser de filme, de
Seria lindo se pudéssemos simplesmente contar na mão, não seria? esporte, de entretenimento ou infantil. Estes quatro conjuntos são
Em alguns exercícios vocês verão que isto até é possível. Mas em disjuntos e, portanto, saber quantos canais o plano está fornecendo
termos práticos a quantidade de elementos a serem contados é muito é a mesma coisa que contar quantos canais de cada tipo existem e
grande, inviabilizando uma simples “contagem na mão”. Além somar os resultados
disso, a maioria dos exercícios considerarão restrições nos
elementos que queremos contar. Para resolvermos tal problema, No geral, vale você guardar esta frase: “Abriu em casos, soma!”,
estudaremos ao longo do curso diferentes Métodos de Contagem, mas lembre que os casos devem ser disjuntos.
suas propriedades e aplicações.
4) PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO
2) ÁRVORE DE DECISÃO
Estamos falando bastante da “sequência de decisões” em si. Em
Esta é a principal ferramenta que dispomos para enumerar ou termos práticos, numa sequência de decisões, se a decisão 𝑑1 tem x
agrupar os elementos de um conjunto. Veja o seguinte exemplo: maneiras de ser tomada e, uma vez tomada 𝑑1 , a decisão 𝑑2 tem y
maneiras de ser tomada, então o número de maneiras de tomar a
Exemplo 1: Para preparar sanduíches para sua festa de aniversário, sequência de decisões (𝑑1 , 𝑑2 ) é 𝑥 ∙ 𝑦. Já vimos isto no exemplo 1,
Lara comprou dois tipos de pão (baguete e francês), três tipos de frio tínhamos 2 pães, 3 frios e 2 queijos, o produto destes valores é,
(presunto, mortadela e salame) e dois tipos de queijo (mussarela e justamente, nosso resultado 12 encontrado enumerando-se todos os
prato). Quantos tipos de sanduíche Lara vai conseguir preparar casos. Agora acompanhe os próximos exemplos:
usando um tipo de pão, um tipo de frio e um tipo de queijo em cada
um? Exemplo 3. Uma bandeira é formada por quatro listras, que devem
ser coloridas usando-se apenas as cores amarelo, branco e cinza, não
devendo listras adjacentes ter a mesma cor. De quantos modos pode
ser colorida a bandeira?

Solução

N= 3  2  2  2 = 24
cores e cores e cores e cores
1ª listra 2ª listra 3ª listra 4ª listra

Exemplo 4. Quantos números naturais de três algarismos distintos


(na base 10) existem?

Solução

N= 9  9  8 = 648
escolhas e escolhas e escolhas
Resposta: 12 tipos de sanduíche. 1 alg. 2 alg. 3 alg.

Você deve ter observado que tivemos três decisões para tomar:
IMPORTANTE!!! Pequenas dificuldades adiadas costumam
primeiro qual pão, depois qual frio e por último qual queijo.
transformar-se em grandes dificuldades. Se alguma decisão é mais
Diremos que estas decisões estão em sequência.
complicada ou mais restrita que as demais, ela deve ser tomada em
primeiro lugar. No exemplo 2, após definir a primeira listra, a
Na árvore de decisões, cada decisão será um “nó”, e os “ramos”
segunda passa a ser mais restrita que as demais, por isso ela deve
serão as opções de escolha que temos para cada nó. Na matemática,
ser definida na sequência, depois a terceira listra se torna mais
a árvore é uma classe especial de grafos: seu “tronco” se ramifica
restrita que a quarta. Isto nos dá a relação de ordem na qual as
para considerar as diferentes escolhas resultantes de uma sequência
decisões devem ser tomadas. No exemplo 3 foi necessário começar
de decisões.
pelo primeiro algarismo pois ele não pode ser zero (caso contrário o
número não teria três algarismos).
3) PRINCÍPIO ADITIVO
5) MÉTODO DESTRUTIVO
Da teoria de Conjuntos, sabemos que 𝑛(𝑋 ∪ 𝑌) = 𝑛(𝑋) + 𝑛(𝑌) −
𝑛(𝑋 ∩ 𝑌), onde 𝑛(𝑋) representa o número de elementos de um
Para certos problemas é mais interessante olhar pro que não
conjunto X. Dizer que X e Y são disjuntos significa dizer que
queremos do que pro que queremos. Este método consiste em contar
𝑛(𝑋 ∩ 𝑌) = ∅. Deste modo, é imediato observarmos que, se X e Y
mais casos do que você deveria e retirar os que você não queria ter
são disjuntos, teremos 𝑛(𝑋 ∪ 𝑌) = 𝑛(𝑋) + 𝑛(𝑌).
contado. Observe o exemplo abaixo, o qual começaremos
resolvendo pelo método construtivo.

MAT 145
COMBINATÓRIA
Exemplo 5. Quantos são os números naturais pares que se escrevem
(na base 10) com três algarismos distintos?

1ª Solução: Método construtivo ‒ consiste em abrir o problema


em casos e aplicar o Princípio Aditivo.

N= 9  8  1 + 8  8  4 = 72 + 256 = 328
escolhas e escolhas e unidade ou escolhas e escolhas e unidade
1 alg 2 alg é zero exclusivo 1º alg 2 alg 2, 4, 6 ou 8

A abertura em casos se fez necessária pois faz diferença para o


algarismo das centenas se o algarismo das unidades é ou não é o
zero (observe na solução que o número de opções para a centena
muda em cada caso).

Para o método destrutivo, vamos primeiro definir quais são as


restrições que queremos, note que são três.

Quero: números pares, três algarismos, algarismos distintos.

O método consiste em escolher uma (e apenas uma) destas restrições


e negá-la (no sentido da Lógica Matemática). Optaremos por negar
a restrição do número ser par.

Não Quero: números ímpares, três algarismos, algarismos


distintos.

Para obter o total de casos (a nossa contagem a mais), basta excluir


a restrição que negamos. Assim:

Total: três algarismos, algarismos distintos.

Deste modo, o método destrutivo fica:

2ª Solução: Método destrutivo ‒ Quero = Total – Não Quero

N= 9  9  8 − 8  8  5 = 648 − 320 = 328


escolhas e escolhas e escolhas escolhas e escolhas e unidade
1 alg. 2 alg. 3 alg. 1º alg 2 alg 1, 3, 5, 7 ou 9

6) PRINCÍPIO DA CASA DOS POMBOS 7) PROBLEMAS CLÁSSICOS


7.1) NÚMERO DE SUBCONJUNTOS
Também conhecido como Princípio das Gavetas ou de Dirichlet. O
princípio diz que, se n + 1 pombos forem distribuídos em n casas, Exemplo 7: Quantos subconjuntos existem num conjunto A de 5
pode-se afirmar que necessariamente haverá ao menos uma casa elementos?
com pelo menos dois pombos.
Solução: Pergunte para cada elemento se ele quer ou não entrar no
Para visualizar, basta imaginar o pior cenário possível, que seria subconjunto. Note que se todos quiserem, o subconjunto tomado
distribuir um pombo em cada casa. Com isso, distribuiríamos n será o próprio conjunto A, e se nenhum quiser, o subconjunto
pombos, e o (n+1)o seria obrigado a entrar numa casa que já possui tomado será o vazio. É sempre bom ficar de olho nesses casos
um pombo. extremos.

Podemos usar este raciocínio para generalizar o Princípio. Veja no ⏟


2∙⏟
2∙⏟
2∙⏟ 2 = 25 = 32
2∙⏟
exemplo a seguir: 𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎4 𝑎5

Exemplo 6. Qual o número mínimo de pessoas para que, 7.2) QUANTIDADE DE FUNÇÕES
necessariamente, pelo menos 4 façam aniversário no mesmo mês?
Exemplo 9: Sejam A e B conjuntos com 3 e 6 elementos,
Solução: Vamos nos basear no pior cenário possível que poderia respectivamente. Quantas funções de A em B existem?
acontecer, que é ter 3 pessoas em cada mês. Teríamos no total 3 ∙
12 = 36 pessoas. Portanto, com 37, necessariamente teremos um Solução: Parecido com o que fizemos no exemplo 7, devemos
mês com pelo menos 4 pessoas. perguntar pra cada elemento do domínio (A) em quem do
contradomínio (B) ele quer se ligar. Observe que como basta ser
O fundamento do Princípio da Casa dos Pombos é pensar no pior uma função, cada elemento de A pode se ligar a quem quiser de B.
cenário possível e somar um. Generalizando, se tivermos d casas, o Assim:
número mínimo de pombos necessários para termos ao menos k
pombos em pelo menos uma casa é dado pela expressão: ⏟
6∙⏟ 6 = 63 = 216
6∙⏟
𝑛 = 𝑑 ∙ (𝑘 − 1) + 1 𝑎1 𝑎2 𝑎3

MAT 146
COMBINATÓRIA

* Para a função ser injetora basta impormos a condição de que o A dica é que a soma dos divisores é sempre o “produto das somas
próximo elemento não pode repetir a escolha dos elementos de potências possíveis dos fatores primos”. Vamos escrever isso em
anteriores. Veremos isso mais a fundo no capítulo de Permutação expressão matemática pra você ver que não é viagem. O expoente x
com Repetição e Arranjo Simples. do divisor (e, portanto, o i do somatório) pode variar de 0 a 3,
enquanto o expoente y do divisor (e, portanto, o j do somatório)
pode variar de 0 a 2. Teremos:
7.3) NÚMERO DE DIVISORES
𝑆 = (20 + 21 + 22 + 23 ) ∙ (30 + 31 + 32 ) = 15 ∙ 13 = 195
Exemplo 8: Quantos são os divisores positivos de 12?

Solução: Tem uma dica prática para resolver, mas vamos montá-la EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
do zero neste exemplo. Primeiro devemos fatorar 12 = 22 ∙ 3.
Agora precisamos da noção do que significa ser divisor de 12. Todo
divisor de 12 terá a forma 2 𝑥 ∙ 3 𝑦 , onde: 1. Uma sala tem dez portas. De quantos modos uma pessoa pode
entrar por uma porta e sair por outra?
𝑥 = {0,1,2}
𝑦 = {0,1} 2. Quantos números inteiros, de quatro algarismos, podem ser
formados:
Assim, o total de divisores será o total de maneiras de escolher x e a) sem restrições?
y. Pelo Princípio Multiplicativo, temos:
b) sem repetir algarismos?

3∙⏟
2=6
𝑥 𝑦 3. Quantos divisores positivos possui o número 72?
A dica geral é: para achar o total de divisores positivos de um
número, fatoramos o número e multiplicamos os expoentes da 4. EPCAr Têm-se n comprimidos de substâncias distintas solúveis
fatoração mais um. Assim, como 12 = 22 ∙ 3, os expoentes são 2 e em água e incapazes de reagir entre si. Quantos solutos distintos
1, a multiplicação será, como esperado:
podem ser obtidos, dissolvendo num copo d'água um ou mais desses
(2 + 1) ∙ (1 + 1) = 6 comprimidos?
(D) 2 − 1
n n
(A) 2 (B) n! (C) n
7.4) SOMA DOS DIVISORES
Exemplo 10: Qual a soma dos divisores de 72?
5. FGV 2012 Usando as letras do conjunto {a, b, c, d, e, f, g, h, i,
Solução: Mais uma vez tem dica para resolver, mas faremos do zero j}, quantas senhas de 4 letras podem ser formadas de modo que duas
neste exemplo. Lembrando do exemplo 8, todo divisor de 72 = 23 ∙ letras adjacentes, isto é, vizinhas, sejam necessariamente diferentes?
32 terá a forma 2 𝑥 ∙ 3 𝑦 , com (A) 7 290 (B) 5 040 (C) 10 000
(D) 6 840 (E) 11 220
𝑥 = {0,1,2,3}
𝑦 = {0,1,2} 6. Em um baile há seis rapazes e dez moças. Quantos pares podem
ser formados para a dança?
A diferença deste problema em relação ao exemplo citado é que a) sem restrições ?
agora queremos a soma, não a quantidade de divisores. Então b) se Lúcia e Célia se recusam a dançar tanto com Manoel como
queremos resolver uma operação do tipo: com Carlos, e Haroldo não quer dançar com Célia ou Ana ?

∑ 2𝑖 ∙ 3 𝑗 7. Se o conjunto A possui quatro elementos e B possui sete


𝑖∈{0,1,2,3}
𝑗∈{0,1,2}
elementos, quantas funções de A em B podem ser construídas?
Quantas dessas funções são injeções?
Isto é, na verdade, um somatório duplo, o que parece muito difícil
de resolver num primeiro contato, mas vamos abrí-lo aos poucos. O 8. Se A possui cinco elementos, quantas bijeções de A sobre A
primeiro passo é observar que i e j são variáveis de somatório podem ser construídas?
independentes (eles podem variar independentemente um do outro),
então no somatório relativo ao j, podemos considerar i constante e 9. De quantas maneiras podemos ir de A até B sobre a seguinte grade
jogá-lo para o lado de fora do somatório. O desenvolvimento ficará: sem passar duas vezes pelo mesmo local e sem mover-se para a
esquerda? A figura abaixo mostra um caminho possível.
3 2 3 2 3

𝑆 = ∑ ∑ 2𝑖 ∙ 3 𝑗 = ∑ 2𝑖 ∙ ∑ 3 𝑗 = ∑ 2𝑖 ∙ (30 + 31 + 32 )
𝑖=0 𝑗=0 𝑖=0 𝑗=0 𝑖=0
3

= ∑ 2𝑖 ∙ 13
𝑖=0

Observe que, ao colocar o termo em i para fora do somatório em j,


este se torna a constante 13 e, portanto, pode ser colocado para fora
do somatório em i. Assim, fechamos com:
10. Quantos números pares, de cinco algarismos, podem ser
3 formados:
𝑆 = 13 ∑ 2𝑖 = 13 ∙ (20 + 21 + 22 + 23 ) = 13 ∙ 15 = 195 a) sem restrições ?
b) sem repetir algarismos ?
𝑖=0

MAT 147
COMBINATÓRIA
GABARITO considerando-se que placas com numeração 0000 não são
utilizadas.
1. 90 ( ) A mudança no modelo de placa resultará em um aumento de
2. a) 9000 b) 4536
3. 12
26 vezes na quantidade de placas possíveis.
4. D ( ) Com a nova mudança, as configurações de placas possíveis
5. A será mais do que o dobro e menos do que o triplo do modelo
6. a) 60 b) 54 antigo.
7. 2401 e 840 ( ) No novo modelo de placas a ser adotado no Brasil, existem
8. 120
9. 7776 264 103 configurações possíveis.
10. a) 45000 b) 13776 ( ) No sistema de placas do Mercosul, não levando em conta os
rodízios municipais e utilizando-se somente as letras e os
números da placa ABCD123, podem-se formar 5.040
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
placas, considerando todas as permutações simples
1. Quantos números inteiros, de três algarismos distintos podem ser possíveis.
formados de modo que os dois primeiros sejam primos absolutos e
o último (algarismo das unidades) seja divisíveis por três ? 5. No quadro abaixo, de quantos modos é possível formar a palavra
“MATEMÁTICA”, partindo de um M e indo sempre para a direita
2. Quantos embrulhos é possível formar com cinco livros de ou para baixo?
Matemática, três de Física e dois de Química, não sendo diferentes M
os livros da mesma matéria ? M A
M A T
3. UERJ 07 Um sítio da internet gera uma senha de 6 caracteres M A T E
para cada usuário, alternando letras e algarismos. A senha é gerada M A T E M
de acordo com as seguintes regras: M A T E M A
• não há repetição de caracteres; M A T E M A T
• começa-se sempre por uma letra; M A T E M A T I
• o algarismo que segue uma vogal corresponde a um número primo; M A T E M A T I C
• o algarismo que segue uma consoante corresponde a um número M A T E M A T I C A
par.
6. Quantos números inteiros maiores que 53.000, com algarismos
Quantas senhas podem ser geradas de forma que as três letras sejam distintos, podem ser formados com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6
A, M e R, em qualquer ordem? e7?

4. Padronizar as placas de veículos dos países do Mercosul é notícia


7. Qual a soma dos divisores positivos de 360?
desde 2014; o padrão já foi introduzido por Argentina e Uruguai.
Apenas agora o Brasil resolveu adotar as novas placas. Entre uma
notícia e outra, ainda há pequenas divergências sobre o padrão de 8. O número de divisores de 17640 que, por sua vez, são divisíveis
letras e números que será adotado nas placas aqui no País. por 3 é:
(A) 24 (B) 36 (C) 48
A revista Quatro Rodas informa que “antes com três letras e quatro (D) 54 (E) 72
números, a placa inverterá essa ordem e possuirá quatro letras e três
números, dispostos agora de forma aleatória, com o último caractere
9. Um carro de montanha russa é formado por dez bancos de dois
sendo sempre numérico, para não interferir nos rodízios municipais.
Contudo, a combinação continuará em alto relevo e será refletiva.” lugares cada um. De quantos modos dez casais se podem sentar
nesse carro?
Tanto no sistema de emplacamento atual quanto no sistema do
Mercosul, são utilizadas as 26 letras de nosso alfabeto e os 10 10. Quantos números inteiros, de quatro algarismos, possuem pelo
algarismos do sistema de numeração decimal, considerando ainda menos dois algarismos iguais?
repetição de letras e algarismos.
(Adaptado do disponível em: <quatrorodas.abril.com.br/noticias>. Acesso 11. FGV 2007 Colocando em ordem os números resultantes das
em: 20 maio 2018). permutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5, que posição ocupará o
número 35241?
(A) 55a (B) 70a (C) 56a
a a
(D) 69 (E) 72

12. Calcule a soma de todos os números de quatro algarismos que


contêm apenas os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, cada um deles no máximo
uma vez.

13. Quantos números naturais de 10 algarismos existem, compostos


só por 1, 2 e 3, em que cada dois algarismos vizinhos diferem de
uma unidade?
Baseando-se nessas informações e lembrando que o padrão de (A) 16
placas atual leva três letras e quatro números (nessa ordem), avalie (B) 32
(C) 64
as sentenças a seguir.
(D) 80
( ) Levando em conta a disposição de números e letras, existem (E) 100
263.9999 possibilidades de placas atualmente,

MAT 148
COMBINATÓRIA
14. FGV 2015 Conforme indica a figura, uma caixa contém 6 5. EN Um grupo de 8 jovens pretende sair para um passeio em dois
letras F azuis e 5 brancas, a outra contém 4 letras G azuis e 7 carros (cada um com capacidade para 4 pessoas). Apenas 4 deles
brancas, e a última caixa contém 6 letras V azuis e 6 brancas. dirigem. O número de modos deles escolherem seus lugares nos dois
carros é igual a:
(A) 10.080
(B) 8.640
(C) 4.320
(D) 1.440
(E) 720

6. EN A tripulação de um barco a remos deve ser escolhida entre 10


Em um jogo, uma pessoa vai retirando letras das caixas, uma a uma, homens, dos quais 2 só podem ser timoneiros e os restantes só
até que forme a sigla FGV com todas as letras da mesma cor. A sabem remar. A tripulação deve ser formada por um timoneiro e 8
pessoa pode escolher a caixa da qual fará cada retirada, mas só remadores sendo 4 de cada lado. O número de tripulações que
identifica a cor da letra após a retirada. Usando uma estratégia podem ser formadas, sabendo-se que 2 dos 8 remadores só remam
conveniente, o número mínimo de letras que ela deverá retirar para do lado direito é:
que possa cumprir a tarefa com toda certeza é (A) 8 640
(A) 14. (B) 17 280
(C) 7 200
(B) 15.
(D) 40 320
(C) 16. (E) 1 440.
(D) 17.
(E) 18. 7. EN Considere todos os números inteiros, formados a partir do
conjunto {1, 2, 3, ..., 9} com 4 algarismos distintos. Quantos, destes
números, têm a soma de seus algarismos par?
GABARITO (A) 384 (B) 1104 (C) 1584
(D) 5904 (E) 3024
1. 42
2. 71 8. AFA Considere P1 , P2 , P3 , P4 , , Pn os n primeiros números
3. 432
4. V – F – F – F – V. naturais primos consecutivos com n  5
5. 512 Se x = P1 .P22 .P33 .P44 . .Pnn e y = P1 .P2 .P3 .P4 . .Pn , então o
6. 90360 x
7. 1170 número total de divisores positivos de é dado por:
8. C y
9. 3628800.210 (A) (n + 1)! . (B) (n − 1)! . (C) n! + 1 . (D) n! .
10. 4464
11. B 9. AFA Marque V para verdadeiro F para falso e, a seguir, assinale
12. 399960 a opção correspondente.
13. C ( ) Sendo A um conjunto com x elementos e B um conjunto com y
14. B elementos, o número de funções f: A → B é xy
( ) Uma urna contém n bolas numeradas (de 1 a n). Se 5 bolas são
retiradas sucessivamente e com reposição, o número de seqüências
QUESTÕES DE CONCURSO de resultados possíveis é ns
( ) Com n algarismos distintos, entre eles o zero, pode-se escrever
1. EN Um tapete de oito faixas deve ser pintado com as cores azul, n4 números distintos de 4 algarismos.
preta e branca. A quantidade de maneiras que se pode pintar este (A) F – V – V (B) V – F – V
tapete de modo que duas faixas consecutivas não sejam da mesma (C) V – F – F (D) F – V – F.
cor é:
(A) 256 (B) 384 (C) 520 10. AFA Uma pessoa fará uma viagem e em cada uma de suas malas
(D) 6.561 (E) 8.574 colocou um cadeado contendo um segredo formado por cinco
dígitos. Cada dígito é escolhido dentre os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4,
2. AFA A palavra que não muda o seu sentido, quer se leia da 5, 6, 7, 8 e 9.
esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, é chamada Na primeira mala, o segredo do cadeado começa e termina com
palíndromo (ex., ovo, asa, acaiaca, serres, etc.) Considerando-se as dígito par e os demais são dígitos consecutivos em ordem crescente.
23 letras do nosso alfabeto, quantos anagramas de 6 letras com Na segunda mala, o segredo do cadeado termina em dígito ímpar e
características de um palíndromo, pode-se formar? apenas o 1º e 2º dígitos são iguais entre si.
(A) 236 (B) 233 (C) 323 (D) 62 3
Dessa maneira, se ela esquecer:
3. EN No sistema decimal, a quantidade de números ímpares (A) o segredo do cadeado da primeira mala, deverá fazer no
positivos menores que 1000, com todos os algarismos distintos é máximo (52x 83) tentativas para abri-lo.
(A) 360 (B) 365 (C) 405 (D) 454 (E) 500 (B) o segredo do cadeado da segunda mala, o número máximo de
tentativas para abri-lo será de 1890.
4. EN 2017 A é um conjunto com n elementos e B é seu (C) apenas os três dígitos consecutivos em ordem crescente do
cadeado da primeira mala, ela conseguirá abri-lo com, no
subconjunto com p elementos, com n  p e n, p  . Determine
máximo, 8 tentativas.
o número de conjuntos X tais que B  X  A e assinale a opção (D) apenas os dois primeiros dígitos do cadeado da segunda mala,
correta. deverá tentar no máximo 10 vezes para abri-lo.
(A) 2n − p (B) 2n − p +1 (C) 2n + p
n + p −1 n − p −1
(D) 2 (E) 2

MAT 149
COMBINATÓRIA
11. AFA As senhas de acesso a um determinado arquivo de um GABARITO
microcomputador de uma empresa deverão ser formadas apenas por
6 dígitos pares, não nulos. 1. B
Sr. José, um dos funcionários dessa empresa, que utiliza esse 2. B
microcomputador, deverá criar sua única senha. 3. B
Assim, é INCORRETO afirmar que o Sr. José
4. A
(A) poderá escolher sua senha dentre as 212 possibilidades de Do enunciado, temos:
formá-las.
(B) poderá escolher dentre 120 possibilidades, se decidir optar por

A = x1, x 2 , x 3 , ..., x p −1, x p , ..., x n 
uma senha com somente 4 dígitos iguais. B = x1, x 2 , x 3 , ..., x p 
(C) terá 4 opções de escolha, se sua senha possuir todos os dígitos
iguais.  
 
(D) terá 480 opções de escolha, se preferir uma senha com apenas X =  x1, x 2 , x 3 , ..., x p , −, −, −, ..., − 
3 dígitos iguais.  ( n − p ) elementos 

12. AFA 2017 Um baralho é composto por 52 cartas divididas em
Cada um dos ( n − p) elementos podem pertencer ou não ao
4 naipes distintos (copas, paus, ouros e espadas). Cada naipe é
constituído por 13 cartas, das quais 9 são numeradas de 2 a 10, conjunto X, assim, pelo princípio da multiplicação, há 2n − p
e as outras 4 são 1 valete (J), 1 dama (Q), 1 rei (K) e 1 ás (A).
possibilidades para montar o conjunto X.
Ao serem retiradas desse baralho duas cartas, uma a uma e sem
reposição, a quantidade de sequências que se pode obter em que a 5. B
primeira carta seja de ouros e a segunda não seja um ás é igual a 6. B
(A) 612 (B) 613 (C) 614 (D) 615 7. C
8. D
13. ITA Determine quantos números de 3 algarismos podem ser 9. D
formados com 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, satisfazendo à seguinte regra: O 10. C
número não pode ter algarismos repetidos, exceto quando iniciar
11. B
com 1 ou 2, caso em que o 7 (e apenas o 7) pode aparecer mais de
uma vez. 12. A
Assinale o resultado obtido. 13. E
(A) 204 (B) 206 (C) 208 14. D
(D) 210 (E) 212 15. E
Do enunciado, há 6 cores para pintar o pentágono e 5 cores para
cada triângulo.
14. ITA Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, quantos números
naturais de quatro algarismos distintos, contendo o algarismo “4” Quando as cores dos triângulos não são todas iguais, há coincidência
ou o algarismo “5” podem ser formados? por rotação.
(A) 196 (B) 286 (C) 340 Quando as cores dos triângulos são todas iguais, não há coincidência
(D) 336 (E) nda. por rotação.

15. EN 2018 O atual campeão carioca de futebol, Botafogo, possui O total de modos de pintar os 5 triângulos com 5 cores, não todas
escudo baseado em um pentagrama, conforme figuras abaixo.
iguais, podendo haver repetição, é 55 − 5.

O total de modos de colorir a figura, mantendo os 5 triângulos, todos


com a mesma cor, é 6  5.

Dessa forma, o total de modos de colorir a figura, nas condições


dadas, é:

(
6  55 − 5 ) + 65
5
O pentagrama é um polígono estrelado de 5 vértices, que podem
ser igualmente distribuídos em uma circunferência (formando cinco
(
6  5  54 − 1 ) + 30
5
arcos congruentes). O pentagrama, através de seus segmentos,
determina 6 regiões internas, 5 triângulos e 1 pentágono. O ( )(
6  5 + 1  52 − 1 + 30
2
)
pentágono é vizinho de todos os triângulos e não existem triângulos 6  26  24 + 30
vizinhos entre si. Sendo assim, utilizando até 6 cores distintas
3744 + 30
(preto, branco, cinza, verde, amarelo e azul), de quanta maneiras
essas regiões do pentagrama, conforme Figura 2, podem ser 3774
coloridas, de forma que não haja duas regiões vizinhas com cores
iguais?
(A) 720 (B) 120 (C) 6.480
(C) 3.750 (E) 3.774
MAT 150
COMBINATÓRIA

QUESTÕES DE APROFUNDAMENTO GABARITO

1. 260
1. Dispomos de cinco cores distintas. De quantos modos podemos
colorir os quatro quadrantes de um círculo, cada quadrante com uma 2. a) 150 b) 729
só cor, se quadrantes cuja fronteira é uma linha não podem receber
a mesma cor? 3. 83193

2. Em uma cidade existem 1000 bicicletas, cada uma com um 4. 6 . 4n-3


número de licença, de 1 a l000. Duas bicicletas nunca têm o mesmo
número de licença. 5. B
a) Entre as licenças de três algarismos, de 100 a 999, em quantas
delas o valor absoluto da diferença entre o primeiro algarismo
e o último é igual a 2?
b) Quantas são as licenças, encontrada entre as mil, que não
têm nenhum 8 entre seus algarismos

3. Quantas sequências de cinco algarismos existem que possuem


os dígitos 1, 2 e 7 aparecendo ao menos uma vez?

4. Quantas são as permutações simples dos números 1, 2, ..., n nas


quais o elemento que ocupa a k-ésima posição é inferior a k + 4,
para todo k?

5. Escrevem-se os inteiros de 1 até 2021. Quantas vezes o


algarismo 0 é escrito?
(A) 520
(B) 524
(C) 528
(D) 532
(E) 536

MAT 151
COMBINATÓRIA
TÓPICO: COMBINATÓRIA Observe que encontramos, “na mão”, os seis anagramas de ATO.
SUBTÓPICO: PERMUTAÇÃO Quando buscamos apenas saber a quantidade e não
CAPÍTULO: PERMUTAÇÃO SIMPLES necessariamente quais são os anagramas, podemos usar o resultado
pronto visto anteriormente,
TEORIA:
𝑃3 = 3! = 6
1) FATORIAL

Seja 𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 2, definimos o fatorial de n, representado por n!, 4) PROBLEMAS CLÁSSICOS


como o produto dos n primeiros números naturais não nulos. Isto é:
4.1) FATORES PRIMOS NO FATORIAL
𝑛! = 𝑛 ∙ (𝑛 − 1) ⋯ 2 ∙ 1
Exemplo 4: Quantos fatores 2 existem no número 2022!?
A fim de evitar exceções no uso das fórmulas relacionadas ao
fatorial, definiremos, por conveniência, 1! = 1 e 0! = 1. Solução: Observe que de 1 até 2022 você tem múltiplos de 2, de 4,
de 8, de 16, de 32, de 64, de 128, de 256, de 512 e até múltiplos de
0! = 1! = 1 1024. O que todos esses termos têm em comum é que todos são
potências de 2. Observe que dentro do 6, há um fator dois apenas,
Vale a pena saber bem simplificação de fatorial e saber de cabeça pois o 6 só é múltiplo de 2. Mas no 12 há dois fatores dois, pois 12
alguns resultados (até o 6!, pelo menos), pois na maioria das é múltiplo de 4. O número 1536 é múltiplo de 512, possuindo nove
questões que envolvem fatorial, ou precisaremos simplificar ou fatores dois. Para considerarmos TODOS os fatores que aparecem,
precisaremos calcular seu valor. basta utilizarmos o seguinte algoritmo de divisão:

Exemplo 1: Tabela dos primeiros fatoriais 2022 63


⌊ ⌋ = 1011 ⌊ ⌋ = 31
0! = 1 5! = 120 2 2
1011 31
1! = 1 6! = 720 ⌊ ⌋ = 505 ⌊ ⌋ = 15
2! = 2 7! = 5040 2 2
3! = 6 8! = 40320 505 15
⌊ ⌋ = 252 ⌊ ⌋=7
4! = 24 9! = 362880 2 2
252 7
⌊ ⌋ = 126 ⌊ ⌋=3
2 2
2) PROPRIEDADES DO FATORIAL 126 3
⌊ ⌋ = 63 ⌊ ⌋=1
2 2
Seja 𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 ≥ 1,
I) (𝑛 + 1)! = (𝑛 + 1) ∙ 𝑛!
II) (𝑛 + 1)! − 𝑛! = 𝑛 ∙ 𝑛! O método é: divida o número do fatorial por 2, depois divida o
III) 1 ∙ 1! + 2 ∙ 2! + ⋯ + 𝑛 ∙ 𝑛! = (𝑛 + 1)! − 1 quociente resultante por 2, e repita o processo até não ser mais
possível dividir o quociente por 2. A leitura dos resultados é: há
7!∙9!
Exemplo 2: Simplifique a expressão 1011 múltiplos de 2, 505 múltiplos de 4, 252 múltiplos de 8,..., 3
8!∙5!
múltiplos de 512 e 1 múltiplo de 1024. O total de fatores 2 no fatorial
Solução: Em divisões busque sempre abrir o maior fatorial para de 2022 será a soma dos resultados:
cortar com o menor, em somas e subtrações você também buscará
abrir o maior fatorial, mas para botar em evidência com o menor 1011 + 505 + 252 + 126 + 63 + 31 + 15 + 7 + 3 + 1 = 2014
fatorial.

7 ∙ 6 ∙ 5! ∙ 9 ∙ 8! Este problema é facilmente adaptável para outros fatores além do


= 7 ∙ 6 ∙ 9 = 378 2.
8! ∙ 5!

3) PERMUTAÇÃO SIMPLES 4.2) LETRAS JUNTAS

Permutar tem significado de ordenar. Assim sendo, a permutação Exemplo 5: O professor Sa Bido quer arrumar seus 2 livros de
simples é a quantidade de formas de ordenar n objetos distintos
numa fila. Vamos resolver este problema pelo Princípio cálculo e 3 livros de história em uma prateleira. Sabendo-se que
Multiplicativo, visto no capítulo anterior: todos os livros são distintos entre si, de quantas maneiras Sa pode
arrumar sua estante de modo que os livros de cálculo fiquem juntos?
𝑃𝑛 = 𝑛 ∙ (𝑛
⏟ ⏟ − 1) ∙ (𝑛
⏟ − 2) ⋯ ⏟
1 = 𝑛!
1𝑜 𝑜𝑏𝑗 2𝑜 𝑜𝑏𝑗 3𝑜 𝑜𝑏𝑗 𝑛𝑜 𝑜𝑏𝑗 Solução: Para impor a condição dos livros de cálculo ficarem juntos
devemos colocá-los num bloco, conforme ilustração abaixo:
Portanto, acabamos de descobrir que o número de maneiras de
ordenar n objetos, sendo todos distintos entre si, é o fatorial de n.
𝑀1 𝑀2 𝐻1 𝐻2 𝐻3
Exemplo 3: Quantos anagramas tem a palavra ATO?
Faremos a ordenação aplicando uma abordagem macro e micro. Na
Solução: Um anagrama de uma palavra é uma palavra formada macro, observamos um bloco e dois livros de história soltos. Na
pelas mesmas letras da palavra original, numa ordem arbitrária. micro, olhamos para dentro do bloco e vemos três livros de
Podemos pensar que o total de anagramas é o total de ordenações matemática que podem ser reordenados entre si. A partir daí,
possíveis para as letras da palavra original. Assim, os anagramas de teremos:
ATO são:

ATO, AOT, OAT, OTA, TAO, TOA 𝑃⏟4 ∙ 𝑃⏟2 = 4! ∙ 2! = 24 ∙ 2 = 48


𝑀𝑎𝑐𝑟𝑜 𝑀𝑖𝑐𝑟𝑜
MAT 152
COMBINATÓRIA
4.3) LETRAS SEPARADAS – CASO 1* GABARITO
*O caso 2 será visto de duas maneiras, uma sob a ótica da
Permutação com Repetição e outra sob a ótica da Combinação 1. n = 6
2. 24
Exemplo 6: Quantos anagramas de COBRE existem com vogais 3. 3.628.800
separadas de vogais e consoantes separadas de consoantes? 4. 40320
5. a) 9!
Solução: Sempre que você tiver dois grupos (neste caso, vogais e b) 4! 5! 2!
consoantes) e cada grupo tem que ficar separado entre si, você só c) 6! 4!
poderá tomar anagramas onde os grupos fiquem alternados d) 5! 4!
(CVCV... ou VCVC...). Neste caso, como temos 3 consoantes e 2 6. B
vogais, a única posição válida é CVCVC. Agora basta ordenar as
consoantes entre si e as vogais entre si.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
𝑃⏟3 ∙ 𝑃⏟2 = 3! ∙ 2! = 6 ∙ 2 = 12
𝑂𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑎𝑠 𝑂𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑎𝑠 1. Simplifique as expressões:
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑜𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
( n + 5 )!
𝑣𝑜𝑔𝑎𝑖𝑠

a)
( n + 3)!
4.4) QUANTIDADE DE FUNÇÕES BIJETORAS**
**Injetoras serão revistas no capítulo de Permutação com Repetição
b)
( n + 2 )!+ ( n + 1)!
e Sobrejetoras no de Permutação Caótica
( n + 2 )!− ( n + 1)!
Exemplo 7: Seja o conjunto A de 5 elementos, quantas funções
bijetoras existem de A em A? 2. EEAr Na equação (y + 3)! + (y + 2)! = 15 (y + 1)!, o conjunto
solução é:
Solução: Como a função é bijetora, ela será injetora e sobrejetora (A) {− 7, 1} (B) {− 7}
simultaneamente. A injetividade garante que cada elemento da (C) {1} (D) {2}.
imagem é imagem de um único elemento do domínio, e a
sobrejetividade garante que todos os elementos do contradomínio 3. Cinco pessoas vão ao cinema e ocupam cinco cadeiras adjacentes
serão imagem de alguém. Com estas duas informações, podemos na sala. Sabendo que Ana e Antônio são duas dessas pessoas e eles
usar o princípio multiplicativo para contar o número de funções querem sentar-se lado a lado, de quantas maneiras as cinco pessoas
bijetoras. podem se sentar nos cinco lugares, satisfazendo a condição?

Sejam 𝑎1 , 𝑎2 , ..., 𝑎5 os 5 elementos do conjunto A. Tomaremos 4. Quantos anagramas de PETIÇÃO possuem as vogais juntas?
cinco decisões, uma para cada elemento do domínio, de em que
5. UNB Seja 100! = n 10 , onde n é um inteiro não divisível por
elemento da imagem ele se ligará. p


5∙⏟
4∙⏟
3∙⏟
2∙⏟
1 = 5! = 120 10. Então, o valor de p é igual a:
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎4 𝑎5 (A) 20 (B) 21 (C) 22
(D) 23 (E) 24
Em geral, o número de funções bijetoras, supondo que A tem n
elementos, será: 6. Por quantos zeros termina o resultado de 1000!?
𝑃𝑛 = 𝑛!
7. FUVEST O valor de m na expressão
9  ( 2m )! = 2m  m!1  3  5  7   ( 2m + 1) é igual a:
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
(A) 1 (B) 2 (C) 3
(D) 4 (E) 5
(n + 1)!
1. Calcule n, sabendo-se que =7
n! 8. Arnaldo e Bernardo são arquinimigos e não podem sentar lado a
lado. Sabendo que eles fazem parte de um conjunto de 10 pessoas,
2. Quatro blocos de lego de diferentes cores são empilhados. de quantas maneiras essas 10 pessoas podem sentar-se em 10
Quantas pilhas podem ser formados com esses blocos? lugares sem que os arquinimigos fiquem juntos.

3. Quantos são os anagramas da palavra PERNAMBUCO? 9. Quantos anagramas de ESTÁGIO possuem pelo menos duas
vogais juntas?
4. Quantas funções bijetoras de A em A existem se A possui 8
elemetos? 10. Com relação aos anagramas com as letras da palavra
VESTIBULAR pergunta-se:
5. Em uma estante há nove livros diferentes: quatro de Física e cinco a) Quantos começam e terminam por consoante?
de Matemática. De quantos modos é possível arrumá-los em uma b) Quantos começam por consoante e terminam por vogal?
prateleira? c) Quantos apresentam as vogais juntas?
a) Sem restrições d) Quantos apresentam o vocábulo LUTA?
b) Ficando os livros de Física juntos e os de Matemática junto e) Quantos apresentam a sílaba LU e não apresenta a sílaba TA?
c) Ficando os livros de Física juntos?
d) Não ficando juntos dois livros da mesma matéria? 11. Em três sofás de dois lugares cada, dispostos em uma fila,
deverão se assentar 3 rapazes e 3 moças. Uma expressão que
6. O número de anagramas da palavra COLEGA em que as letras L, permite calcular a quantidade de maneiras que essas pessoas podem
E e G aparecem juntas em qualquer ordem é igual a: se sentar nesses sofás, de modo que em cada sofá fiquem assentados
(A) 72 (B) 144 (C) 120 um rapaz e uma moça, é
(A) 6  4  2  3!
(D) 60 (E) 24
MAT 153
COMBINATÓRIA
(B) 2!  2!  2! GABARITO
(C) 3  2!
(D) 6! 1. a) n 2 + 9n + 20
6! n +3
(E) b)
3 n +1
12. O número de anagramas da palavra PRÊMIO nos quais as três
vogais ficam juntas é igual a 2.C
(A) 2! 3! (B) 3! 3! (C) 3! 4! 3. 48
4. 576
(D) 3! 6! (E) 6!
5. D
6. 249 zeros
13. Oito adultos e um bebê irão tirar uma foto de família. Os adultos 7. D
se sentarão em oito cadeiras, um adulto por cadeira, que estão 8. 8 ∙ 9!
dispostas lado a lado e o bebê sentará no colo de um dos adultos. O 9. 4896
número de maneiras distintas de dispor essas 9 pessoas para a foto 10.a) 1.209.600
é b) 967.680
(A) 8  8! (B) 9! c) 120.960
(C) 9  88 (D) 89 d) 5040
e) 322.560
14. Daniela tem 5 pulseiras diferentes e as utiliza necessariamente
colocando-as uma após a outra. Ela pode usar todas as pulseiras em 11. A
apenas um braço ou distribuí-las entre os braços direito e esquerdo. 12. C
Daniela considera como um arranjo diferente tanto o braço em que 13. A
as pulseiras são colocadas quanto a ordem como elas são 14. E
distribuídas. As figuras mostram três arranjos diferentes que 15. A
Daniela pode fazer.

O número de arranjos diferentes que Daniela pode fazer usando


todas essas pulseiras é
(A) 240. (B) 360.
(C) 480. (D) 600.
(E) 720.

15. Um decorador de ambientes propôs a seguinte decoração para a


maior parede da sala do apartamento de um cliente: dispor três
mesas de tamanhos diferentes, uma em cada canto da parede e a
terceira ao centro e colocar seis vasos de cores diferentes, azul,
verde, amarelo, vermelho, branco e preto, alinhados sobre as mesas,
sendo um na menor, três na maior e o restante na outra mesa.

Seguindo essa proposta, a quantidade de maneiras de decorar a


referida parede, de forma que o vaso azul e o verde fiquem sempre
lado a lado e em uma mesma mesa, é de:
(A) 864 (B) 288 (C) 576
(D) 150 (E) 432

MAT 154
COMBINATÓRIA
TÓPICO: COMBINATÓRIA 3) ARRANJO SIMPLES
SUBTÓPICO: PERMUTAÇÃO
CAPÍTULO: PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO E O arranjo simples representa o número de subgrupos com p
ARRANJO SIMPLES elementos que podem ser formados a partir de um grupo de n
objetos, considerando ordem na escolha. Na prática, o arranjo (e a
TEORIA:
combinação simples também como veremos em breve) será apenas
Antes de entrarmos na permutação com repetição propriamente dita, uma aplicação de desconsideração de contagem repetida.
falaremos de uma técnica que usaremos em diversos contextos,
inclusive na permutação com repetição. Exemplo 2: Numa competição há dez competidores, de quantas
maneiras podemos formar o pódio com três dos competidores?
1) DESCONSIDERAR CONTAGEM REPETIDA
1ª Solução: Usando Princípio Multiplicativo
Imagine que, por algum motivo cósmico, você só consiga contar
objetos de 3 em 3 e que você quer contar alguns objetos na sua
frente. Ao contar o primeiro, você conta 3. No segundo, mais 3, Temos três decisões para tomar (uma para cada posição). Quem será
totalizando 6. No próximo objeto, totaliza 9, depois 12 e, o 1º lugar, quem será o 2º e quem será o 3º. Note que uma vez
finalmente, no último objeto, totaliza 15. Se, no total, você contou decidido o 1º lugar, teremos menos opções pro 2º, o mesmo vale
15 e sabe que sua contagem foi feita de 3 em 3, quantos objetos de para o 3º.
15
fato existem? A resposta, naturalmente, é = 5.
3
10
⏟ ∙ ⏟
9 ∙ ⏟
8 = 720
O moral deste exemplo é o seguinte: quando fazemos uma contagem 1𝑜 𝐿𝑢𝑔𝑎𝑟 2𝑜 𝐿𝑢𝑔𝑎𝑟 3𝑜 𝐿𝑢𝑔𝑎𝑟

na qual cada caso distinto é contado repetidas vezes (mas todos um


mesmo número de vezes), para saber quantos casos distintos de fato 2ª Solução: Desconsiderando contagem repetida
existem basta dividir o total contado por quantas vezes cada caso
único foi contado. Isto é: Agora usaremos uma ideia um pouco mais elaborada, mas que nos
ajudará em diversos outros casos, e será conhecida como a fórmula
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 do Arranjo. Imagine 10 pontos distintos distribuídos ao longo de
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑠𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖𝑟 𝑐𝑎𝑠𝑜 = uma linha. Vamos ordenar esses 10 pontos e definir que os 3
𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖çõ𝑒𝑠
primeiros serão os escolhidos para o pódio e os 7 últimos
simplesmente não serão escolhidos. Você deve perceber neste
Esta mesma ideia de desconsiderar repetições pode ser utilizada
momento que a ordem dos três escolhidos importa, ao passo que a
para desconsiderar ordens relativas. Vamos desenvolver melhor esta
ordem dos sete não escolhidos não importa (pois, neste enunciado,
ideia com a aplicação na Permutação com Repetição.
os não escolhidos não serão utilizados para nada na montagem).
Assim, montamos a seguinte ilustração:
2) PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO
𝜊⏟
𝜊𝜊 | ⏟
𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊
A ideia geral é a mesma que a permutação simples: você quer 𝑁ã𝑜 𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜𝑠
𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜𝑠
ordenar n objetos em fila, mas agora aceitaremos repetições entre os 𝐶𝑜𝑚 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑆𝑒𝑚 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚
elementos. Vamos começar com um exemplo simples, destrinchar
ao máximo a ideia e generalizá-la na sequência. Se permutarmos todos os pontos, estaremos considerando todas as
ordens possíveis. Mas desta contagem, as ordens dos não escolhidos
Exemplo 1: Quantas permutações existem para a palavra OCO? deve ser desconsiderada. Portanto, após considerada a permutação
de todos os pontos, queremos desconsiderar a ordem relativa entre
Solução: Iniciaremos considerando que os O’s são distintos. os 7 últimos. Isto pode ser feito, como visto no tópico anterior, da
Teremos os casos: seguinte maneira:
𝑂1 𝐶𝑂2 𝐶𝑂1 𝑂2 𝑂2 𝐶𝑂1 10!
3
𝐴10 = = 10 ∙ 9 ∙ 8 = 720
𝑂1 𝑂2 𝐶 𝐶𝑂2 𝑂1 𝑂2 𝑂1 𝐶 7!

A fórmula do Arranjo de n objetos tomados p a p será, portanto:


A princípio teríamos 3! = 6 casos. Mas lembre-se que os O’s não
são distintos, eles são o mesmo O. Então podemos observar que 𝑝 𝑛!
cada caso foi contado duas vezes: uma para cada ordenação entre 𝐴𝑛 =
(𝑛 − 𝑝)!
𝑂1 e 𝑂2 (que são 2! = 2 ordens). Mas, como vimos no primeiro
tópico, se contamos 6 no total, mas cada caso único foi contado 2
vezes, então o número real de casos é: 4) PROBLEMAS CLÁSSICOS
3! 6
𝑃32 = = = 3 4.1) LETRAS SEPARADAS – CASO 2 – USANDO
2! 2 PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO
Lemos a expressão 𝑃32 como “permutação de 3 com repetição de 2”.
Exemplo 3: Quantos anagramas de FLORESTA existem com vogal
Deste modo, a generalização é permutar todos os elementos como
separada de vogal?
se fossem distintos e dividir pelos fatoriais das repetições. O efeito
prático dessa divisão feita é desconsiderar a ordem relativa entre
Solução: Neste exemplo as consoantes podem ficar juntas, só as
os elementos que repetem. Guarde essa frase no coração, usaremos
vogais que precisam estar separadas. Quebraremos este problema
várias vezes.
em duas decisões. A primeira é qual a ordenação entre as
consoantes. Isto gerará possíveis espaços onde as vogais podem
Para n objetos com repetições de 𝑘1 objetos e de 𝑘2 objetos,
entrar, conforme ilustração a seguir:
supondo 𝑘1 + 𝑘2 ≤ 𝑛, teríamos:
𝑘 ,𝑘 𝑛!
𝑃𝑛 1 2 = __𝐶__𝐶__𝐶__𝐶__𝐶__
𝑘1 ! 𝑘2 !
MAT 155
COMBINATÓRIA
Onde C representa uma consoante genérica e __ representa um 4.3) NÚMERO DE CAMINHOS
possível espaço para a entrada de uma vogal. Note que cada espaço
pode conter, no máximo, uma vogal (pois se tivesse duas ou mais, Exemplo 5: A figura abaixo representa 17 ruas que se cortam
não satisfaria a restrição). Para a segunda decisão, observe que perpendicularmente, sendo 8 verticais.
temos seis espaços para colocar três vogais. Naturalmente, teremos
três espaços ocupados e três espaços que ficarão vazios. A segunda B
decisão é definir a ordem entre os três espaços ocupados e os três
espaços vazios. Esta decisão pode ser tomada fazendo a permutação
dos 6 espaços com a repetição dos 3 vazios que estamos
considerando. Uma vez definida essa ordem, saberemos exatamente
onde entrarão as vogais (e a ordem que elas entrarão também). D
Assim, o total de anagramas de FLORESTA com vogais separadas C
será dado por:

3
6!
𝑃⏟5 ∙ 𝑃
⏟6 = 5! ∙ = 120 ∙ 120 = 14400
𝑂𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑂𝑟𝑑𝑒𝑚
3!
A
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑜𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑉𝑜𝑔𝑎𝑖𝑠+𝑉𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠

Quantos caminhos mínimos uma pessoa pode percorrer para ir do


4.2) ANAGRAMAS PARCIALMENTE ORDENADOS ponto A ao B:

Exemplo 4: Quantos anagramas de VESTIBULAR existem de a) sem restrições?


modo que as letras L, A e R apareçam nesta ordem? b) passando por C?
c) sem passar por C?
Solução: É fundamental você interpretar o enunciado corretamente. d) passando por C e sem passar por D?
Queremos que as letras L, A e R apareçam nesta ordem. Nada foi
falado sobre elas estarem juntas ou separadas. Então o anagrama Solução:
LETBAURVSI, por exemplo, satisfaz o problema, assim como os a) Entende-se por caminho mínimo de A a B, qualquer percurso
anagramas VESTIBULAR e VLESTAIBUR também satisfazem. efetuado, partindo de A e caminhando sempre para cima ou para a
direita até alcançar B. Representemos por H um passo na horizontal
O método será considerar todas as permutações possíveis e e por V um passo na vertical. Observe que, como temos 8 ruas
desconsiderar as ordens relativas que não queremos (qual é a técnica verticais e 9 ruas horizontais, daremos ao todo 7 passos horizontais
para desconsiderar ordem? Se você não lembra, volte no tópico 1 (H) e 8 passos verticais (V). Deste modo, podemos associar cada
deste capítulo). A título de motivação, ao considerarmos todos os caminho mínimo de A a B com uma permutação das 15 letras
anagramas possíveis de VESTIBULAR, observe os seguintes HHHHHHHVVVVVVVV e reciprocamente. Dizemos que há uma
grupos de anagramas que aparecem na contagem: bijeção entre o número de caminhos e o número de permutações de
7 V’s e 8 H’s.
𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐵𝑈 𝐿𝐴𝑅 𝑉 𝐿 𝐸𝑆𝑇 𝐴 𝐼𝐵𝑈 𝑅
Assim, por exemplo, a permutação HHHVVVHVHHVVVHV
𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐵𝑈 𝐿𝑅𝐴 𝑉 𝐿 𝐸𝑆𝑇 𝑅 𝐼𝐵𝑈 𝐴
representa um dos caminhos mínimos de A a B, conforme a figura
𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐵𝑈 𝐴𝐿𝑅 𝑉 𝐴 𝐸𝑆𝑇 𝐿 𝐼𝐵𝑈 𝑅 a seguir.
𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐵𝑈 𝐴𝑅𝐿 𝑉 𝐴 𝐸𝑆𝑇 𝑅 𝐼𝐵𝑈 𝐿
B
𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐵𝑈 𝑅𝐴𝐿 𝑉 𝑅 𝐸𝑆𝑇 𝐴 𝐼𝐵𝑈 𝐿
V
{𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐵𝑈 𝑅𝐿𝐴 {𝑉 𝑅 𝐸𝑆𝑇 𝐿 𝐼𝐵𝑈 𝐴
𝐿 𝐸𝑇𝐵 𝐴 𝑈 𝑅 𝑉𝑆𝐼 V
𝐿 𝐸𝑇𝐵 𝑅 𝑈 𝐴 𝑉𝑆𝐼 V
𝐴 𝐸𝑇𝐵 𝐿 𝑈 𝑅 𝑉𝑆𝐼 D
V
𝐴 𝐸𝑇𝐵 𝑅 𝑈 𝐿 𝑉𝑆𝐼
V C
𝑅 𝐸𝑇𝐵 𝐴 𝑈 𝐿 𝑉𝑆𝐼
{ 𝑅 𝐸𝑇𝐵 𝐿 𝑈 𝐴 𝑉𝑆𝐼 V
V
De cada grupo desses, apenas o primeiro dos anagramas satisfaz o
problema. O moral da história é: ao considerar todos os anagramas V
de VESTIBULAR, os trechos VESTIBU e LAR, em particular, A H H H H H H H
aparecem em qualquer ordem relativamente. Fixada uma ordem
relativa para VESTIBU, teremos seis anagramas possíveis - como
vocês podem perceber em cada um dos grupos apresentados - Logo, o numero de caminhos mínimos de A a B, sem restrições, é:
devido às possíveis ordenações relativas entre L, A e R. O problema, 7,8 15!
𝑃17 = = 6435
portanto, consiste em considerar todas as ordens possíveis e 7! 8!
desconsiderar apenas as ordens relativas do trecho LAR. Isto pode
ser feito usando o nosso tópico 1 deste capítulo: b) Para calcular o número de caminhos de A a B passando por C, teremos
que separar o percurso em duas decisões. Qual caminho faremos de A até C
10! e qual caminho faremos de C até B. De A até C temos no total 4 H’s e 4 V’s,
𝑅𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 = já de C até B teremos 3 H’s e 4 V’s. Assim, pelo princípio multiplicativo e
3!
pelo método que usamos no item a, teremos:
Onde 10! é a permutação de todas as letras e 3! é a permutação 4,4 3,4 8! 7!
𝑃
⏟8 ∙𝑃 ⏟7 = ∙ = 2450
apenas das letras de LAR. 4! 4! 3! 4!
𝐴→𝐶 𝐶→𝐵

MAT 156
COMBINATÓRIA
c) O total de caminhos que não passam por C pode ser obtido pelo A solução geral será feita da seguinte maneira: em vez de pensar em
método destrutivo. O total é o resultado do item (a) ao passo que o separadores (|), pensaremos nos próprios sinais de + da equação
que não nos serve é o número de caminhos que passam por C, obtido dada. Veja que no problema que resolvemos, a equação
no item (b). Assim: 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 6 tem dois sinais de +, que é exatamente a
quantidade de separadores.
6435 − 2450 = 3985
No caso genérico da equação:
d) Para passar por C, e não passar por D, aplicaremos novamente o
método destrutivo. O total de caminhos passando por C já foi visto 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 = 𝑏, com 𝑥𝑖 ≥ 0, ∀𝑖
no item (b), calculemos o total de caminhos passando por C e por
D. Note que de A para C continuamos tendo 4 H’s e 4 V’s, de C Teremos b bolas e n – 1 sinais de +. Portanto, o número de soluções
para D temos apenas 1 V e de D para B temos 3 H’s e 3 V’s. 𝑏,𝑛−1
inteiras não negativas será 𝑃𝑏+𝑛−1 .
Portanto, o número de caminhos de A para B passando por C e por
D será: * Há uma forma de resolver usando o conceito de Combinação
Completa, mas não abordaremos tal conceito neste capítulo.
4,4 3,3 8! 6!
𝑃
⏟8 ∙ ⏟ 1 ∙𝑃
⏟6 = ∙ = 1400
𝐶→𝐷
4! 4! 3! 3! Exemplo 7: De quantos modos podemos distribuir 10 brinquedos
𝐴→𝐶 𝐷→𝐵
iguais para 5 crianças de modo que cada criança receba pelo menos
E assim o total de caminhos passando por C, sem passar por D, pelo um brinquedo?
método destrutivo, será:
Solução: Desta vez teremos uma restrição que não havia no
2450 − 1400 = 1050 exemplo anterior. Se chamarmos de 𝑥𝑖 o número de brinquedos da
criança i, poderemos construir a seguinte equação:

4.4) SOLUÇÕES INTEIRAS NÃO NEGATIVAS 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 + 𝑥5 = 10, com 𝑥𝑖 ≥ 1, ∀𝑖

Exemplo 6: De quantos modos distintos podemos comprar seis cachorros Não poderemos aplicar nossa fórmula diretamente por causa da
quentes podendo escolher entre 3 variedades distintas? restrição 𝑥𝑖 ≥ 1, ∀𝑖. O raciocínio por trás será de dar um brinquedo
para cada criança. Você daria no total 5 brinquedos e satisfaria a
Solução: Seja 𝑥1 o número de cachorros quentes do tipo 1, 𝑥2 o restrição. Você não tem escolha nesta etapa pois os brinquedos são
número de cachorros quentes do tipo 2 e 𝑥3 o número de cachorros todos iguais. Agora, com os 5 brinquedos que restam na sua mão,
quentes do tipo 3 que foram comprados, podemos montar a seguinte você pode distribuí-los como bem entender. De modo que
equação: obteríamos a nova equação:

𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 6 𝑥1′ + 𝑥2′ + 𝑥3′ + 𝑥4′ + 𝑥5′ = 5, com 𝑥𝑖′ ≥ 0, ∀𝑖

Observe que cada 𝑥𝑖 é não negativo (isto é, pode assumir valor Esta equação sim poderemos resolver com a fórmula vista no
0, 1, 2,...), este cenário é o que caracteriza o modelo de soluções exemplo 5. O total de formas de distribuir os 10 brinquedos será,
inteiras não negativas. Podemos encontrar a solução com o portanto:
raciocínio seguinte:
9!
𝑃95,4 = = 126
Pense que há 6 bolas idênticas na sua mão, e você quer distribuí-las 5! 4!
ao longo de três urnas distintas (é essencial as bolas serem idênticas
e as urnas serem distintas, se isto não for satisfeito não é um O raciocínio de dar um brinquedo para cada criança para satisfazer
problema de soluções inteiras não negativas). Vamos considerar os à restrição, matematicamente, equivale a realizar a substituição
símbolos "𝜊" para as bolas e "|" para a separação entre uma urna e 𝑥𝑖 = 𝑥𝑖′ + 1, de modo que cada 𝑥𝑖 ≥ 1 implicará em 𝑥𝑖′ ≥ 0, que é
outra. Observe os seguintes exemplos: a restrição que queremos. Ao fazer tal substituição na equação
original, teremos:

𝜊𝜊
⏟ |⏟
𝜊 | 𝜊𝜊𝜊
⏟ → (2,1,3) (𝑥1′ + 1) + (𝑥2′ + 1) + (𝑥3′ + 1) + (𝑥4′ + 1) + (𝑥5′ + 1) = 10
𝑈1 𝑈2 𝑈3 𝑥1′ + 𝑥2′ + 𝑥3′ + 𝑥4′ + 𝑥5′ = 5

𝜊𝜊𝜊
⏟ | ⏟ | 𝜊𝜊𝜊
⏟ → (3,0,3) Que foi a equação utilizada para resolver o problema. Observe que
𝑈1 𝑈2 𝑈3 como a substituição feita foi uma bijeção, o número de soluções do
problema substituído de fato será igual ao número de soluções do
⏟ | ⏟ | 𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊
⏟ → (0,0,6)
problema original.
𝑈1 𝑈2 𝑈3

Exemplo 8: Quantas soluções inteiras não negativas existem em


Perceba que cada possível ordenação das 6 bolas e dos dois
separadores gerará uma diferente solução. Tal como no exemplo 4.a 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ≤ 6
estamos encontrando uma bijeção entre o que queremos calcular
(número de soluções) e algo que sabemos calcular (número de Solução: Mais uma vez precisaremos adaptar nosso método, o qual
ordenações). Isto é feito repetidamente em toda a Análise só vale para igualdades, não para desigualdades. Pense no problema
Combinatória, você reinterpreta o problema dado para algo que sabe de forma ilustrativa: temos 6 bolas idênticas na nossa mão para
calcular, e faz a conta a partir disso. O número de soluções inteiras distribuir em 3 urnas distintas, mas não somos obrigados a distribuir
não negativas será dado, portanto, pelo número de ordenações de 6 todas as 6 bolas, podemos distribuir menos. Uma forma de ver esse
bolas iguais e 2 separadores (que também são iguais): problema é separar em casos:

8! Caso 1) 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 =0
𝑃86,2 = = 28 Caso 2) 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 =1
6! ∙ 2!
Caso 3) 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 =2
Caso 4) 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 =3
MAT 157
COMBINATÓRIA
Caso 5) 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Caso 6) 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 5
Caso 7) 𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 6 1. Quantos anagramas da palavra MARACUJÁ não possuem vogais
e nem consoantes juntas?
Mas certamente não queremos resolver 7 casos, não é mesmo? A
outra forma de pensar é considerar que nossa mão é uma quarta 2. Quantos anagramas da palavra PARANAPIACABA começam
urna. Ora! Se temos a opção de não distribuir todas as bolas, por PARA, nesta ordem, e terminam por CABA, numa ordem
significa que algumas restarão em nossa mão. Se colocarmos a qualquer?
quantidade de bolas na nossa mão na equação, necessariamente
3. Quantos são os anagramas da palavra MISSISSIPI que não
teremos o total de seis bolas. Assim, criamos a variável “r”, que será possuem duas letras iguais a I juntas ?
o “resto” das bolas que sobraram na nossa mão, e obteremos a
equação: 4. Com uma letra A, uma letra B e um certo número de letras C,
podemos formar 20 permutações. Calcule o número de letras C.
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑟 = 6
5. Resolva a equação:
Onde cada variável é não negativa. Como há uma bijeção evidente A 2n −1 1
=
do número de soluções da inequação original com o número de A 2n 2
soluções da equação criada, o total de soluções do problema será:
6. De quantos modos podemos dispor em fila dez letras iguais a A e
9! seis letras iguais a B, sem que duas letras iguais a B fiquem juntas?
𝑃96,3 = = 84
6! 3!
7. Dada a equação x + y + z + w = 50:
4.5) FUNÇÕES INJETORAS a) quantas são as soluções inteiras positivas?
b) quantas são as soluções inteiras não negativas?
Exemplo 9: Considere A e B conjuntos com, respectivamente, 3 e 5
elementos. Quantas funções 𝑓: 𝐴 → 𝐵 são injetoras? 8. Quantas soluções inteiras da equação
x + y + z + w = 48 existem, satisfazendo as condições:
Solução: Assim como visto no caso das bijetoras no capítulo de x>5;y>6;z>7 e w>8?
Permutação Simples, devemos perguntar para cada elemento do
domínio em qual elemento do contradomínio ele quer se ligar. O 9. Quantas soluções inteiras não negativas possui a inequação
detalhe é que, para uma função ser injetora, não podemos ter dois x + y + z + w < 5?
elementos do domínio indo para o mesmo elemento do
contradomínio. Assim: 10. De quantos modos podemos dispor em fila dez letras iguais a A,
seis iguais a B e cinco iguais a C, sem que duas letras iguais a B

5∙⏟ 3 = 𝐴35 = 60
4∙⏟ fiquem juntas ?
𝑎1 𝑎2 𝑎3
GABARITO
Em geral, o número de funções injetoras de A em B será:
1. 192
𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵)! 2. 720
𝐴𝑛(𝐵) =
(𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴))! 3. 1050
4. 3
5. 4
5. ARRANJO COM REPETIÇÃO 6. 462
7. a) 18424 b) 23426
Consideramos nos últimos exemplos diferentes cenários análogos a 8. 1330
ter bolas idênticas e urnas distintas. Agora, imagine que tanto as 9. 70
bolas quanto as urnas são distintas. Este caso nos levará ao arranjo 10. 𝑷𝟏𝟎,𝟓 𝟏𝟎,𝟔
𝟏𝟓 ∙ 𝑷𝟏𝟔
com repetição. A solução consiste em simplesmente assumir uma
ordem para os objetos e “perguntar” para cada um deles “em qual
urna você quer entrar”. Veja o exemplo abaixo para esclarecimento: EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Exemplo 10: Oito bolas com cores distintas devem ser distribuídas 1. Anagrama é a reordenação de letras de uma palavra para formar
em quatro urnas numeradas de I a IV. Quantas distribuições são outras palavras.
possíveis? a) Quantos são os anagramas da palavra paralela?
b) Quantos são os anagramas da palavra paralela que começam e
Solução: É evidente que as bolas são distintas entre si (cores terminam com a mesma letra?
distintas) e as urnas também (a numeração de cada uma é única),
assim, basta perguntarmos a cada uma das oito bolas em qual urna 2. O número de arranjos simples de m + n objetos 2 a 2 é 56 e o
ela deseja entrar. Esta solução é equivalente a utilizada para de m – n objetos 2 a 2 é 12. Determinar m e n.
encontrar número de subconjuntos no capítulo de Princípios de
Contagem. 3. O número de arranjos simples de m objetos distintos 3 a 3 está
para o número de arranjos simples de m + 2 objetos distintos 3 a 3,
𝐴𝑅48 = 48 como 5 está para 12. Calcular m.

* É mais jogo focar no método do que na fórmula em si, te dará 4. Calcule o número de soluções inteiras maiores que –4 da equação
mais versatilidade para questões futuras. x1 + x2 + x3 + x4 = 1.

MAT 158
COMBINATÓRIA
5. Achar os valores inteiros não negativos de x, y e z que satisfazem
a 2 < x + y + z  6. GABARITO

6. Quantos são, no máximo, os termos do 6º grau, de um polinômio 1. a) 3360 b) 480


do 10º grau, nas variáveis x, y, z e w ? 2. m = 6 e n = 2
3. 7
7. Uma partícula, estando no ponto (x,y), pode mover-se para o 4. 560
ponto (x + 1, y) ou para o ponto (x, y + 1). Quantos são os caminhos 5. 74
que a partícula pode tomar para, partindo do ponto (0,0), chegar no 6. 84
ponto (a, b), onde a  0b  0 ? ( a + b )!
7.
8. Uma partícula, estando no ponto (x,y, z), pode mover-se para o a!b!
ponto (x + 1, y, z), para o ponto (x, y + 1, z) ou para (x, y, z + 1).
8.
( a + b + c )!
Quantos são os caminhos que a partícula pode tomar para, partindo
do ponto (0,0, 0), chegar no ponto (a,b, c), onde
a!b!c!
9. C
a  0b  0c  0? 10,19
10. a) 𝑃29 10,10
b) 𝑃20
11. 8008
9. Uma criança possui 6 blocos de encaixe, sendo 2 amarelos, 2 12. 5985
vermelhos, 1 verde e 1 azul. 13. a) 286 b) 84

QUESTÕES DE CONCURSO

1. EN 2014 A Escola Naval irá distribuir 4 viagens para a cidade


de Fortaleza, 3 para a cidade de Natal e 2 para a cidade de
Salvador. De quantos modos diferentes podemos distribuí-las entre
Usando essas peças, é possível fazer diferentes pilhas de três blocos. 9 aspirantes, dando somente uma viagem para cada um?
A seguir, são exemplificadas quatro das pilhas possíveis.
(A) 288 (B) 1260 (C) 60800
(D) 80760 (E) 120960

2. EN 2013 Um aspirante da Escola Naval tem, em uma prateleira


de sua estante, 2 livros de Cálculo, 3 livros de História e 4 livros de
Eletricidade. De quantas maneiras ele pode dispor estes livros na
prateleira de forma que os livros de cada disciplina estejam sempre
juntos?
(A) 1728 (B) 1280 (C) 960
(D) 864 (E) 288
Utilizando os blocos que possui, o total de pilhas diferentes de três
blocos, incluindo as exemplificadas, que a criança pode fazer é igual
3. AFA 2018 Dez vagas de um estacionamento serão ocupadas por
a
(A) 58. (B) 20. seis carros, sendo: 3 pretos, 2 vermelhos e 1 branco.
(C) 42. (D) 36. Considerando que uma maneira de isso ocorrer se distingue de outra
(E) 72. tão somente pela cor dos carros, o total de possibilidades de os seis
carros ocuparem as dez vagas é igual a
10. Uma livraria, vende livros de 20 escritores. Sabendo-se que cada (A) 12.600 (B) 16.200 (C) 21.600 (D) 26.100
escritor só tem uma obra publicada, de quantos modos se pode
comprar 10 livros: 4. UNESP A figura mostra a planta de um bairro de uma cidade.
a) sem restrições? Uma pessoa quer caminhar do ponto A ao ponto B por um dos
b) não tendo 2 livros do mesmo autor? percursos mais curtos. Assim, ela caminhará sempre nos sentidos
“de baixo para cima” ou “da esquerda para a direita”. O número de
11. Uma sorveteria tem sorvetes de 11 sabores diferentes. De percursos diferentes que essa pessoa poderá fazer de A até B é:
quantos modos uma pessoa pode escolher 6 sorvetes, não
necessariamente de sabores diferentes?

12. Quantos termos existem no desenvolvimento de


(a + b + c + d + e)17 ?

13. De quantos modos podemos distribuir 10 brinquedos iguais


entre 4 crianças:.
a) sem restrições ?
b) de modo que nenhuma, criança fique sem receber brinquedo?

(A) 95.040.
(B) 40.635.
(C) 924.
(D) 792.

MAT 159
COMBINATÓRIA
(E) 35. (C) 24. (D) 4.

5. IME É dado um tabuleiro quadrado 4x4. Deseja-se atingir o


quadrado inferior direito a partir do quadrado superior esquerdo. Os 12. EN 2017 Calcule o número de soluções inteiras não negativas
movimentos permitidos são representados pelas setas: de x1 + x 2 + x3 + x 4 + x5 + x6 = 20, nas quais pelo menos 3
incógnitas são nulas, e assinale a opção correta.
(A) 3.332
(B) 3.420
(C) 3.543
(D) 3.678
(E) 3.711

13. AFA 2012 Para evitar que João acesse sites não recomendados
De quantas maneiras isto é possível?
na Internet, sua mãe quer colocar uma senha no computador
formada apenas por m letras A e também m letras B (sendo m par).
6. EFOMM 2017 Quantos anagramas é possível formar com a
Tal senha, quando lida da esquerda para a direita ou da direita para
palavra CARAVELAS, não havendo duas vogais consecutivas e
a esquerda, não deverá se alterar (Ex.: ABBA)
nem duas consoantes consecutivas?
(A) 24
(B) 120 Com essas características, o número máximo de senhas distintas que
(C) 480 ela poderá criar para depois escolher uma é igual a
(D) 1.920 (A)
( 2m )!
(E) 3.840 m! m!
2
 m! 
(B) 
m m 
7. EFOMM 2016 A quantidade de anagramas da palavra

  !  ! 
MERCANTE que não possui vogais juntas é
(A) 40320.   2   2  
(B) 38160.
(C)
( 2m )!
(C) 37920.  m   3m 
 2 !  2 !
(D) 7200.    
(E) 3600. m!
(D)
m m
 2 !  2 !
8. ESPCEX 2012 Se todos os anagramas da palavra ESPCEX forem    
colocados em ordem alfabética, a palavra ESPCEX ocupará, nessa
ordenação, a posição 14. EFOMM 2018 Um decorador contemporâneo vai usar quatro
(A) 144 “objetos” perfilados lado a lado como decoração de um ambiente.
(B) 145
(C) 206 Ele dispõe de 4 copos transparentes azuis, 4 copos transparentes
(D) 214 vermelhos, duas bolas amarelas e 3 bolas verdes. Cada “objeto” da
(E) 215 decoração pode ser um copo vazio ou com uma bola dentro.
Considerando que a cor altera a opção do “objeto”, quantas
9. EFOMM 2019 Considere uma loja que vende cinco tipos de maneiras distintas há de perfilar esses quatro “objetos”, levando-se
refrigerantes. De quantas formas diferentes podemos comprar três em conta que a posição em que ele se encontra altera a decoração?
refrigerantes desta loja? (A) 1.296
(A) Dez. (B) 1.248
(B) Quinze.
(C) Vinte. (C) 1.152
(D) Trinta e cinco. (D) 1.136
(E) Sessenta. (E) 1.008
10. AFA - Adaptada O valor da expressão
1  1!+ 2  2!+ 3  3!+ + 14  14!+ 1 GABARITO
é igual a:
12! (1 + 2 + 3 + + 14 )
(A) 22 1. B
(B) 23 Trata-se de permutação simples com repetição de elementos, ou
(C) 24 seja:
(D) 25 9! 9  8  7  6  5  4! 9  8  7  6  5
(E) 26 P94,3,2 = = = = 9475 →
4! 3! 2! 4! 3! 2! 3! 2!
11. AFA Se você vai comprar algo que custa cinqüenta e cinco → P94,3,2 = 1260
centavos, em uma máquina automática, e dispõe de oito moedas de
cinco centavos do mesmo modelo, e cinco de dez centavos também
do mesmo modelo, então, existem n sequências possíveis de 2.A
introduzir as moedas, totalizando cinquenta e cinco centavos. O 3.A
valor de n é: 4. D
(A) 133. (B) 127.
D = para direita
MAT 160
COMBINATÓRIA
C = para cima 4! 4  3  2!
P42,2 = = =6
Em qualquer caminho mais curto a pessoa terá que se deslocar 7 2! 2! 2  2!
Segunda situação: 3 bolas
vezes para direita e 5 vezes para cima, em qualquer ordem.
3 verdes
Exemplo: DDCDCDDCCDCD Devemos escolher 3 copos e permutar as 3 bolas entre esses copos
escolhidos.
Logo, o número de percursos será dado por: 4!
C4,3  P33 = 1 = 4
12! 3! 1!
7,5
P12 = = 792
7! 5! ou
2 verdes e 1 amarela
5. 63 Devemos escolher 3 copos e permutar as 3 bolas entre esses copos
6. C escolhidos.
7. D 4! 3!
C4,3  P32 =  = 4  3 = 12
8. B 3! 1! 2!
Ordenando alfabeticamente os anagramas da palavra ESPCEX, ou
obtemos: 1 verde e 2 amarelas
5! Devemos escolher 3 copos e permutar as 3 bolas entre esses copos
i. P (2) = = 60 anagramas que começam pela letra C;
5 2! escolhidos.
ii. 3  P4 = 3  4! = 72 anagramas que começam por E, e cuja 4! 3!
C4,3  P32 =  = 4  3 = 12
3! 1! 2!
segunda letra é C, E ou P;
iii. 2  P3 = 2  3! = 12 anagramas que começam por ES, e cuja Terceira situação: 2 bolas
terceira letra é C ou E. 2 verdes
Devemos escolher 2 copos e permutar as 2 bolas entre esses copos
Portanto, como ESPCEX é o próximo anagrama na ordem
escolhidos.
considerada, segue que a sua posição é 60 + 72 + 12 + 1 = 145. 4! 4  3  2!
C4,2  P22 = 1 = =6
2! 2! 2  2!
9. D ou
10. E 1 verde e 1 amarela
11. B Devemos escolher 2 copos e permutar as 2 bolas entre esses copos
12. E escolhidos.
13. D 4!
A senha toda terá duas partes, cada uma com m letras. C4,2  P2 =  2! = 12
2! 2!
ou
m! 2 amarelas
A primeira parte poderá ser criada de maneiras
m m Devemos escolher 2 copos e permutar as 2 bolas entre esses copos
2 2
! !
   escolhidos.
m m 4! 4  3  2!
diferentes já que teremos letras A e letras B. C4,2  P22 = 1 = =6
2 2 2! 2! 2  2!

A segunda parte poderá ser criada de apenas uma maneira, pois Quarta situação: 1 bola
deverá obedecer a ordem inversa da primeira. 1 verde
Devemos escolher 1 copo.
Portanto, o número de senhas distintas será C4,1 = 4
m! m!
1 = . ou
m m m m 1 amarela
22
! !  2 2
! !
      Devemos escolher 1 copo.
C4,1 = 4
14. D
Cada um dos quatro copos escolhidos pode ser azul ou verde, logo,
Quinta situação: 0 bolas
pelo princípio da multiplicação há 2  2  2  2 = 16 maneiras de Só há 1 possibilidade.
organizar os copos. Dessa forma, nas condições dadas, o total de maneiras de perfilar os
Agora vamos organizar as bolas. quatro “objetos” é:
Primeira situação: 4 bolas 16  ( 4 + 6 + 4 + 12 + 12 + 6 + 12 + 6 + 12 + 6 + 4 + 4 + 1)
3 verdes e 1 amarela
16  71
4!
P43 = = 4 1136
3!
ou
2 verdes e 2 amarelas

MAT 161
COMBINATÓRIA

QUESTÕES DE APROFUNDAMENTO Qual é o número total de possibilidades que o matemático tem para
amarrar seu cadarço, obedecendo às regras acima?
1. OLIMPÍADA BRASILEIRA Cinco amigos, Arnaldo, Observação: Maneiras como as exibidas a seguir devem ser
Bernaldo, Cernaldo, Dernaldo e Ernaldo, devem formar uma fila consideradas iguais, isto é, deve ser levada em conta apenas a ordem
com outras 30 pessoas. De quantas maneiras podemos formar esta na qual o cadarço passa pelos furos.
fila de modo que Arnaldo fique na frente de seus 4 amigos? (Obs:
Os amigos não precisam ficar em posições consecutivas)
(A) 35!
35!
(B)
5!
35!
(C)
5
 35 
(D)   5!
 5  5. ITA 2014 Determine quantos paralelepípedos retângulos
 163 diferentes podem ser construídos de tal maneira que a medida de
(E) e
cada uma de suas arestas seja um número inteiro positivo que não
exceda 10.
2. FGV 2013 O total de matrizes distintas que possuem apenas os
números 1, 2, 3, 4, 5,..., 15, 16 como elementos, sem repetição, é
igual a GABARITO
(A) (4!)4
(B) 16.4! 1. C
(C) 5.16!
(D) (16!)5 2. C
(E) 1616 Existem 5 matrizes com 16 elementos: 116, 2  8, 4  4, 8  2 e

3. OLIMPÍADA BRASILEIRA Cinco amigos, Arnaldo, 16  1. Logo, como em cada uma dessas matrizes podemos dispor
Bernaldo, Cernaldo, Dernaldo e Ernaldo, devem formar uma fila os elementos, sem repetição, de P16 = 16! modos, segue-se que o
com outras 30 pessoas. De quantas maneiras podemos formar esta resultado é 5  16!.
fila de modo que Arnaldo fique na frente de seus 4 amigos? (Obs:
Os amigos não precisam ficar em posições consecutivas)
3. C
(A) 35!
35! 4. 96
(B)
5!
35! 5. 220
(C)
5
 35 
(D)   5!
 5 
(E) e 163

4. OLIMPÍADA BRASILEIRA O matemático excêntrico Jones,


especialista em Teoria dos Nós, tem uma bota com 5 pares de furos
pelos quais o cadarço deve passar. Para não se aborrecer, ele gosta
de diversificar as maneiras de passar o cadarço pelos furos,
obedecendo sempre às seguintes regras:

-o cadarço deve formar um padrão simétrico em relação ao eixo


vertical;
-o cadarço deve passar exatamente uma vez por cada furo, sendo
indiferente se ele o faz por cima ou por baixo;
-o cadarço deve começar e terminar nos dois furos superiores e deve
ligar diretamente (isto é, sem passar por outros furos) os dois furos
inferiores.

Representamos a seguir algumas possibilidades.

MAT 162
COMBINATÓRIA
TÓPICO: COMBINATÓRIA e por terceiro (ABCD). Então, além de definir cada grupo,
SUBTÓPICO: COMBINAÇÃO deveremos desconsiderar a ordem entre esses grupos, a qual foi
CAPÍTULO: COMBINAÇÃO SIMPLES criada pelo uso do princípio multiplicativo. Assim:

TEORIA: 4 4 4
1 12! 8! 4! 1 12!
𝐶⏟
12 ∙ 𝐶
⏟8 ∙𝐶
⏟4 ∙ = ⋅ ⋅ ⋅ =

3! 4! ⋅ 8! 4! ⋅ 4! 4! ⋅ 0! 3! (4!)3 ⋅ 3!
𝐺1 𝐺2 𝐺3
1) COMBINAÇÃO SIMPLES 𝑡𝑖𝑟𝑎𝑟 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚
𝑑𝑜𝑠 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜𝑠
A combinação simples representa o número de subgrupos com p
elementos que podem ser formados a partir de um grupo de n 2ª Solução: Desconsiderando repetições
objetos, desconsiderando ordem na escolha. Na prática, a
combinação será apenas uma aplicação de desconsideração de a) Sejam os objetos: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L
contagem repetida, vista no capítulo de permutação com repetição.
b) Seja x a quantidade de todas as decomposições possíveis.
Exemplo 1: Numa escola há dez professores, de quantas maneiras
c) Seja ( ABCD) ( EFGH ) ( IJKL) uma das x decomposições.
podemos formar uma comissão com três desses professores?
1 2 3

d) Permutando-se os objetos de cada grupo da decomposição acima


Solução: Desconsiderando contagem repetida
e, a seguir, os grupos entre si, obteremos permutações distintas dos
12 objetos, porém teremos sempre a mesma decomposição.
O princípio será o mesmo utilizado na 2ª solução para encontrarmos
a fórmula do arranjo. Imagine 10 pontos distintos distribuídos ao
e) Número de permutações de 12 objetos fornecidos por uma
longo de uma linha. Vamos ordenar esses 10 pontos e definir que os
decomposição:
3 primeiros serão os escolhidos para a comissão e os 7 últimos
Para calcular o número de permutações dos 12 objetos fornecidos
simplesmente não serão escolhidos. Você deve perceber neste
por uma decomposição, por exemplo a decomposição dada acima,
momento que, por se tratar de uma combinação, a ordem dos três
a contagem deve ser feita da seguinte maneira: existem 4!
escolhidos não importa, assim como a ordem dos sete não
permutações dos objetos do grupo 1, 4! permutações dos objetos do
escolhidos não importa. Assim, montamos a seguinte ilustração:
grupo 2, 4! permutações dos objetos do grupo 3, e 3! permutações
dos grupos 1, 2 e 3.
𝜊⏟
𝜊𝜊 | ⏟
𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊𝜊
𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑁ã𝑜 𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜𝑠 Pelo Princípio Multiplicativo, o número de permutações fornecidas
𝑆𝑒𝑚 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑆𝑒𝑚 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚
pela decomposição dada e, a partir daí, de cada decomposição
Se permutarmos todos os pontos, estaremos considerando todas as
ordens possíveis. Em particular, estaremos considerando as ordens possível é:
dos escolhidos e também dos não escolhidos. Mas, desta contagem,
as ordens entre os escolhidos e as ordens entre os não escolhidos 4! . 4! . 4! . 3! = (4!)3 . 3!
devem ser desconsideradas. Portanto, após considerada a
permutação de todos os pontos, queremos desconsiderar a ordem O número total de permutações fornecidas pelas x decomposições é
relativa entre os 3 primeiros e entre os 7 últimos. Isto pode ser feito, x . (4!)3 3!
como visto no tópico anterior, da seguinte maneira:
Como o número de permutações de 12 objetos é 12!, vem:
3
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 x . (4!)3 . 3! = 12!
𝐶10 = = = 120
3! ⋅ 7! 3⋅2⋅1 e portanto:
12!
A fórmula da Combinação de n objetos tomados p a p será, portanto: x=
(4!)3 . 3!
𝑝 𝑛!
𝐶𝑛 =
𝑝! ⋅ (𝑛 − 𝑝)!
Exemplo 3: Mesmo problema do exemplo 2, mas considerando que
existe uma cor que distingue cada um dos grupos (um grupo
2) PROBLEMAS CLÁSSICOS amarelo, um verde e um branco, por exemplo).
2.1) FORMAÇÃO DE GRUPOS
Solução: É o mesmo problema de antes, mas como agora os grupos
Em problemas de formação de grupo temos de tomar cuidado com possuem distinção entre si, não será necessário desconsiderar a
possíveis ordens criadas entre os grupos. Lembre-se do fato de que, ordem entre eles. Portanto, a resposta ficará:
quando usamos o Princípio Multiplicativo, estamos considerando
12!
uma ordem entre as decisões tomadas.
(4!)3

Exemplo 2: De quantos modos podemos decompor 12 objetos Exemplo 4: De quantos modos podemos decompor 15 objetos
distintos em três grupos de quatro objetos? distintos em cinco grupos, sendo dois grupos com 2 objetos, dois
grupos com 3 objetos, e um grupo com 5 objetos?
1ª Solução: Usando princípio multiplicativo
Solução: Como há vários tipos de grupo, sendo alguns com
Temos 3 decisões para tomar: definir quais objetos estarão no repetição, a melhor solução será o caminho da 2ª solução do
primeiro grupo, quais estarão no segundo e quais estarão no terceiro exemplo 2.
grupo. Mas, quando fazemos isso, estamos considerando que existe a) Sejam os objetos A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O.
um primeiro grupo, um segundo e um terceiro, o que não é o caso.
Para ilustrar, digamos que (ABCD) foi o primeiro grupo escolhido, b) Seja x o número de todas as decomposições possíveis.
(EFGH) foi o segundo e (IJKL) foi o terceiro. Esta composição é
exatamente a mesma que escolher primeiro (EFGH), depois (IJKL)
MAT 163
COMBINATÓRIA
c) Seja ( AB) (CD) ( EFG) ( HIJ ) ( KLMNO) uma das x Exemplo 6: Dados 8 pontos dispostos numa circunferência, quantos
1 2 3 4 5 quadriláteros convexos podem ser formados?
decomposições.
Solução: Se escolhermos 4 pontos dentre os 8 disponíveis, só há um
d) Permutando-se os objetos de cada grupo e, a seguir, os grupos quadrilátero convexo para ser formado: o que “envolve” os quatro
tendo o mesmo número de objetos entre si, obteremos permutações pontos, conforme figura abaixo.
distintas dos 15 objetos, porém teremos sempre a mesma
decomposição.

e) Número de permutações dos 15 objetos fornecidas por uma


decomposição:

Para calcularmos o número de permutações dos 15 objetos


fornecidos por uma decomposição, por exemplo a decomposição
dada acima, a contagem deve ser feita da seguinte maneira: existem
2! permutações dos objetos do grupo 1, 2! permutações dos objetos
do grupo 2, 3! permutações dos objetos do grupo 3, 3! permutações
dos objetos do grupo 4, 5! permutações dos objetos do grupo 5, 2! Portanto, o número de quadriláteros convexos é o mesmo que a
permutações dos grupos 1 e 2, 2! permutações dos grupos 3 e 4. quantidade de formas de escolher 4 pontos dentre os 8 disponíveis.
Pelo Princípio Multiplicativo, o número de permutações fornecidas Isto é
pela decomposição dada e, daí, de cada decomposição possível é: 8⋅7⋅6⋅5
𝐶84 = = 70
2! . 2! . 3! . 3!. 5! . 2! .2! = (2!) 4 . (3!) 2 . 5! 4⋅3⋅2⋅1
O número total de permutações fornecidas pelas x decomposições
é:
Exemplo 7: Dados 10 pontos dispostos numa circunferência,
quantos quadriláteros podem ser formados?
x . (2!) 4 . (3!) 2 . 5!
Solução: Apesar de parecer a mesma questão, agora não foi
Como o número total de permutações de 15 objetos é 15!, vem: especificado que se desejam quadriláteros convexos. Isto abre
espaço para os quadriláteros estrelados. Dados 4 pontos fixos,
x . (2!)4 . (3!)2 . 5! = 15! existem três quadriláteros possíveis, um convexo e dois estrelados.
Veja o exemplo abaixo.
e portanto:
15!
x=
(2!)4 . (3!) 2 . 5!

2.2) LETRAS SEPARADAS – CASO 2*


*Já fizemos este tipo de problema usando permutação com
repetição, agora faremos usando combinação

Exemplo 5: Quantos anagramas de FLORESTA existem com vogal


separada de vogal?
Solução: Neste exemplo as consoantes podem ficar juntas, só as
vogais que precisam estar separadas. Quebraremos este problema
em três decisões. A primeira é qual a ordenação entre as consoantes.
Isto gerará possíveis espaços onde as vogais podem entrar,
conforme ilustração a seguir:

__𝐶__𝐶__𝐶__𝐶__𝐶__

Onde C representa uma consoante genérica e __ representa um


possível espaço para a entrada de uma vogal. Note que cada espaço
pode conter, no máximo, uma vogal (pois se tivesse duas ou mais,
não satisfaria a restrição). A segunda decisão é selecionar três dentre
os seis espaços possíveis. A terceira e última decisão é qual será a
ordem entre as vogais.

3
6∙5∙4
𝑃⏟5 ∙ 𝐶
⏟6 ∙ 𝑃⏟3 = 5! ∙ ∙ 3! = 120 ∙ 20 ∙ 6
𝑂𝑟𝑑𝑒𝑚 𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑜𝑠 𝑂𝑟𝑑𝑒𝑚
3∙2∙1
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑜𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑣𝑜𝑔𝑎𝑙 𝑣𝑜𝑔𝑎𝑖𝑠
= 14400

2.3) NÚMERO DE POLÍGONOS


Dados n pontos no plano, quantos triângulos podem ser formados?
E quantos quadriláteros? Aqui precisaremos também falar da
possibilidade de termos um polígono estrelado. A forma mais
comum desta pergunta é termos n pontos distintos sobre uma
circunferência e querermos a quantidade de polígonos de p vértices
que podemos formar.

MAT 164
COMBINATÓRIA
Observe que os três quadriláteros foram formados com os mesmos partindo de A, ambos os caminhos são possíveis na nossa
4 pontos. Assim, teríamos duas decisões para tomar: quais 4 pontos montagem, mas resultam no mesmo pentágono).
serão usados e, uma vez escolhidos os 4 pontos, qual quadrilátero
será formado.
4
𝐶
⏟8 ⋅ ⏟
3 = 210
𝑄𝑢𝑎𝑖𝑠 4 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑄𝑢𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑖𝑙á𝑡𝑒𝑟𝑜

Mas e se fossem pentágonos? Ou hexágonos? Ou qualquer outro n-


ágono? Vamos resolver este problema para o pentágono e
rapidamente generalizar para n.

Caso Particular: Fixados 5 pontos numa circunferência, vamos


construir o pentágono do zero. O primeiro vértice que marcaremos Como vimos em capítulos anteriores, para desconsiderar essa
não faz diferença, pois, no final, passaremos, necessariamente, por contagem dupla, basta dividir por 2. Assim:
1 4!
todos os vértices. As decisões começam a partir do segundo vértice. 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ = = 12
2 2
Vamos supor que começamos do vértice A, a partir dele, temos 4 Generalização: Pela ideia vista acima, dados n pontos, o total de n-
opções de vértice para seguir (B, C, D e E). Vamos supor termos ágonos que podem ser formados é:
escolhido o vértice D. A partir de D, agora temos 3 opções de vértice (𝑛 − 1)!
(B, C e E), vamos escolher B. A partir de B, temos 2 opções (C e 2
E), escolhamos C. A partir de C, só podemos ir para E e, deste, só
Obs.: A questão em vez de colocar os n pontos sobre uma
podemos ir para A para fechar o polígono. Observe abaixo os passos
circunferência, poderia colocá-los soltos no plano de modo que
das nossas escolhas. “não fossem colineares três a três”. A questão é exatamente a
mesma! A única diferença teórica é que o polígono que contorna os
pontos, que a princípio formaria um polígono convexo, agora pode
formar um polígono côncavo dependendo de quais são os pontos
utilizados. Mas em termos práticos, todas as quantidades e formas
de calculá-las são as mesmas.

2.4) NÚMERO DE DIAGONAIS


Este problema pode ser trabalhado com polígonos ou com poliedros.

Exemplo 8: Quantas diagonais possui um n-ágono?

Solução: Esta primeira pergunta vocês estudam usualmente em


Geometria Plana, o que faremos aqui é uma simples demonstração
por Combinatória. Vamos construir do zero como fizemos com os
polígonos estrelados. Aqui, fará diferença a partir de qual ponto eu
vou partir! Então, temos 𝑛 opções para qual será o ponto de partida.
Já para o ponto de chegada, teremos 𝑛 − 3 opções, pois não
podemos escolher o primeiro ponto escolhido nem os dois
adjacentes (pois eles formariam um lado do polígono, não uma
diagonal). Observe que nesta construção, cada diagonal será
contada duas vezes, uma para cada ponto que a compõe. Assim:

𝑛 ⋅ (𝑛 − 3)
𝑑=
2

Sempre bom lembrar que, num polígono regular de n lados com n


𝑛
par, o número de diagonais que passam pelo centro é dado por ,
2
pois cada vértice obrigatoriamente tem que se ligar ao vértice
diametralmente oposto para passar pelo centro.

Exemplo 9: Quantas diagonais possui um prisma regular de base


hexagonal?

Solução: Para sólidos espaciais temos mais uma regra do que uma
fórmula. Usaremos aqui o método destrutivo. Vamos contar todos
os pares de vértices que existem. Com isso, formaremos todos os
É claro que criamos apenas um exemplo, mas percebam que, não
segmentos entre dois vértices possíveis. Mas isto pode gerar uma
importa de onde começássemos tampouco quais vértices
aresta, uma diagonal da face (que pode ser base ou face lateral) ou
escolhêssemos em cada decisão, sempre teríamos o mesmo número
uma diagonal do sólido (que é o que queremos). Assim, a montagem
de opções. Para finalizar, montando o pentágono desta forma, cada
será:
pentágono possível de ser criado foi contado duas vezes, pois
podemos montá-lo em dois sentidos possíveis, conforme vemos nas 𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
figuras abaixo (observe as setas e percorra o caminho sempre = − 𝐴𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎𝑠 −
𝑑𝑜 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐹𝑎𝑐𝑒
MAT 165
COMBINATÓRIA
No caso de um prisma hexagonal, há no total 12 vértices, 2 faces 9. Numa embaixada trabalham oito brasileiros e seis estrangeiros.
hexagonais (bases), 6 faces hexagonais (laterais) e 18 arestas. Quantas comissões de cinco funcionários pode, ser formadas,
Portanto: devendo cada comissão ser constituída de três brasileiros e dois
estrangeiros?
𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 2
6⋅3 4⋅1
= 𝐶12 − 18 − 2 ⋅ −6⋅
𝑑𝑜 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜 2 2 10. A turma de espanhol de uma escola é composta por 20
estudantes. Serão formados grupos de três estudantes para uma
𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 12 ⋅ 11 apresentação cultural. De quantas maneiras se podem formar esses
= − 18 − 6 ⋅ 3 − 6 ⋅ 2
𝑑𝑜 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜 2 grupos, sabendo-se que dois dos estudantes não podem pertencer a
um mesmo grupo?
𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠
= 66 − 18 − 18 − 12 = 18 (A) 6.840 (B) 6.732 (C) 4.896 (D) 1.836 (E) 1.122
𝑑𝑜 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜

Obs.: Não é difícil demonstrar que o número de diagonais de um GABARITO


prisma de n lados na base é:
𝐷𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 1. 31
= 𝑛 ⋅ (𝑛 − 3)
𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑚𝑎 2. D
3. 56
Que é uma expressão fácil de lembrar. Mas ela não vale para um 4. C
octaedro, um dodecaedro ou icosaedro. Para estes é necessário usar 5. 4
a solução apresentada aqui. 6. B
7. A

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 8.
8
a) C60

1. De quantos modos se pode iluminar uma sala com cinco lâmpa- b) 2 (C 303 . C305 ) + ( C304 )2
das? c) C602 – C308

2. EEAR 2017 Em um campeonato de tênis estão inscritos 10 9. 840


militares. Para disputar o campeonato, esses militares podem formar 10. E
_____ duplas diferentes.
(A) 34 (B) 35 (C) 44 (D) 45
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
3. Quantos são os subconjuntos com cinco elementos de um con-
junto com oito elementos ? 1. Quantos são os números de sete algarismos, formados com os
algarismos significativos, de modo que em cada número haja três
4. Resolva a equação: Pn = 12Cn2 algarismos iguais a 4 e dois iguais a 3 ?
(A) 10 (B) 8 (C) 5 (D) 4 (E) NRA
2. Sacam-se, de uma vez, cinco pedras de uma urna onde se
5. Resolva a equação: encontram noventa pedras numeradas de 1 a 90. Quantas são as
5 sacadas:
C6p : C7p +1 =
7 a) possíveis ?
b) em que saiam, pelo menos, duas pedras de número ímpar?
6. Um ovo de brinquedo contém no seu interior duas figurinhas c) em que saiam três pedras de número par e duas de número ímpar?
distintas, um bonequinho e um docinho. Sabe-se que na produção
desse brinquedo, há disponível para escolha 20 figurinhas, 10
3. ENEM 2019 Uma empresa confecciona e comercializa um
bonequinhos e 4 docinhos, todos distintos. O número de maneiras brinquedo formado por uma locomotiva, pintada na cor preta, mais
que se pode compor o interior desse ovo de brinquedo é
12 vagões de iguais formato e tamanho, numerados de 1 a 12. Dos
(A) 15.200 (B) 7.600 (C) 3.800
(D) 800 (E) 400
12 vagões, 4 são pintados na cor vermelha, 3 na cor azul, 3 na
cor verde e 2 na cor amarela. O trem é montado utilizando-se uma
7. Certo departamento de uma empresa tem como funcionários
locomotiva e 12 vagões, ordenados crescentemente segundo suas
exatamente oito mulheres e seis homens. A empresa solicitou ao
departamento que enviasse uma comissão formada por três numerações, conforme ilustrado na figura.
mulheres e dois homens para participar de uma reunião. O
departamento pode atender à solicitação de ______ maneiras
diferentes.
(A) 840. (B) 720. (C) 401.
(D) 366. (E) 71.
De acordo com as possíveis variações nas colorações dos vagões, a
8. Em um congresso de professores há trinta professores de Física e quantidade de trens que podem ser montados, expressa por meio de
trinta de Matemática. Quantas comissões de oito professores podem combinações, é dada por
ser formadas: (A) C124  C123  C123  C122 (B) C124 + C83 + C53 + C22
a) Sem restrições?
b) havendo pelo menos três professores de Física e três de (C) C124  2  C83  C52 (D) C124 + 2  C123 + C122
Matemática? (E) C124  C83  C53  C22
c) havendo pelo menos um professor de Matemática?
MAT 166
COMBINATÓRIA
O quadro apresenta o preço de cada cartela, de acordo com a
4. Um total de 28 apertos de mão foram trocados no fim de uma quantidade de números escolhidos.
festa. Sabendo que cada pessoa cumprimentou todas as outras,
pergunta-se o número de pessoas presentes à festa. Quantidade de números
Preço da cartela (R$)
escolhidos em uma cartela
5. PUCRJ 2017 O técnico da seleção brasileira de futebol precisa 6 2,00
convocar mais 4 jogadores, dentre os quais exatamente um deve 7 12,00
ser goleiro. 8 40,00
9 125,00
Sabendo que na sua lista de possibilidades para essa convocação 10 250,00
existem 15 nomes, dos quais 3 são goleiros, qual é o número de
maneiras possíveis de ele escolher os 4 jogadores? Cinco apostadores, cada um com R$500,00 para apostar, fizeram as
seguintes opções:
(A) 220 (B) 660 (C) 1.980
- Arthur: 250 cartelas com 6 números escolhidos;
(D) 3.960 (E) 7.920 - Bruno: 41 cartelas com 7 números escolhidos e 4 cartelas com 6
números escolhidos;
6. Numa classe existem dez alunas, das quais uma se chama Maria - Caio: 12 cartelas com 8 números escolhidos e 10 cartelas com 6
e seis alunos, sendo João o nome de um deles. Formaram-se números escolhidos;
comissões constituídas por quatro alunas e três alunos. Quantas são - Douglas: 4 cartelas com 9 números escolhidos;
as comissões das quais participaram, simultaneamente, João e - Eduardo: 2 cartelas com 10 números escolhidos.
Maria? Os dois apostadores com maiores probabilidades de serem
(A) C94  C52 (B) C93 + C52 premiados são
(A) Caio e Eduardo.
(C) C103  C62 (D) C104  C52
(B) Arthur e Eduardo.
(E) C  C
3
9
2
5 (C) Bruno e Caio.
(D) Arthur e Bruno.
7. Dentre as combinações simples de m elementos p a p, calcule a (E) Douglas e Eduardo.
razão entre o número de combinações em que um determinado
elemento figura e o número de combinações em que esse elemento 12. Dados n pontos coplanares, dos quais p (p < n) são colineares,
não figura. pede-se:
a) o número de triângulos cujos vértices são escolhidos entre
8. Um jogo consiste em um prisma triangular reto com uma lâmpada esses pontos.
em cada vértice e um quadro de interruptores para acender essas b) o número de quadriláteros cujos vértices são escolhidos entre
lâmpadas. Sabendo que quaisquer três lâmpadas podem ser acesas esses pontos.
por um único interruptor e que cada interruptor acende precisamente c) o número de pentágonos cujos vértices são escolhidos entre
três lâmpadas, o número de interruptores que existem no quadro é esses pontos.
(A) 4 (B) 20
13. EEUFRJ Tem-se treze pontos cuja maioria pertence a uma reta
(C) 24 (D) 120 R e os restantes se situam sobre uma paralela a R. Com esses pontos
(E) 720 como vértices, constroem-se todos os triângulos e todos os
quadriláteros convexos possíveis. A razão do número de
9. UERJ 2019 Seis times de futebol disputaram um torneio no qual quadriláteros para o número de triângulos é 14/11. Quantos dos
cada time jogou apenas uma vez contra cada adversário. A regra de pontos pertencem a R ?
pontuação consistia em marcar 0 ponto para o time perdedor, 3
14. Quantas diagonais possui o dodecaedro regular?
pontos para o vencedor e, no caso de empate, 1 ponto para cada
time. A tabela mostra a pontuação final do torneio.
15. EBMSP 2018 Os professores X e Y receberam ajuda
financeira para levarem três alunos de cada um deles a um encontro
Times A B C D E F
científico. Na relação de possíveis integrantes desse grupo, foram
Pontos 9 6 4 2 6 13
selecionados, dos alunos de X , 4 homens e 3 mulheres e, dos
O número de empates nesse torneio foi igual a: alunos de Y , 3 homens e 4 mulheres.
(A) 4 (B) 5 (C) 6 (D) 7
Sabendo-se que os professores não têm alunos em comum, pode-se
afirmar que o número máximo de formas distintas de se compor um
10. ENEM 2019 Durante suas férias, oito amigos, dos quais dois
são canhotos, decidem realizar um torneio de vôlei de praia. Eles grupo com 3 estudantes homens e 3 estudantes mulheres, para ir
precisam formar quatro duplas para a realização do torneio. ao encontro, é
Nenhuma dupla pode ser formada por dois jogadores canhotos. (A) 144 (B) 161 (C) 324
(D) 468 (E) 485
De quantas maneiras diferentes podem ser formadas essas quatro
duplas? GABARITO
(A) 69 (B) 70 (C) 90
(D) 104 (E) 105 1. 10290
2.
11. ENEM 2013 Considere o seguinte jogo de apostas: a) C905
Numa cartela com 60 números disponíveis, um apostador escolhe b) C905 - C45
5 1
- C45 . C454
de 6 a 10 números. Dentre os números disponíveis, serão sorteados 3
apenas 6. O apostador será premiado caso os 6 números sorteados c) C45 . C452
estejam entre os números escolhidos por ele numa mesma cartela. 3. E
4. 8
MAT 167
COMBINATÓRIA
5. B • 5 diferentes miniaturas de carros, custando R$4,00 cada
6. A miniatura;
p • 3 diferentes miniaturas de livros, custando R$1,00 cada
7.
m− p miniatura;
• 2 diferentes miniaturas de bichos, custando R$3,00 cada
8. B miniatura.
9. B O número de diferentes maneiras desse colecionador efetuar a
10. C compra das miniaturas, gastando todo o seu dinheiro, é
11. A (A) 15 (B) 21 (C) 42 (D) 90
12. Resposta:
a) C n3 - C 3p 7. IME 2014 Um professor dá um teste surpresa para uma turma de
9 alunos, e diz que o teste pode ser feito sozinho ou em grupos de 2
b) C 4
n− p +C
3
n− p. C +C
1
p
2
n− p .C  3
2
p alunos. De quantas formas a turma pode se organizar para fazer o
c) C + C
5
n− p
4
n− p .C + C
1
p
3
n− p .C p2  12 teste? (Por exemplo, uma turma de 3 alunos pode se organizar de 4
formas e uma turma de 4 alunos pode se organizar de 10 formas).
13. 8
14. 100 8. AFA 2020 Um pisca-pisca usado em árvores de natal é formado
15. E por um fio com lâmpadas acopladas, que acendem e apagam
sequencialmente.

Uma pessoa comprou um pisca-pisca, formado por vários blocos,


EXERCÍCIOS DE CONCURSO com lâmpadas em formato de flores, com o seguinte padrão:

1. EN 2014 Qual a quantidade de números inteiros de 4 algarismos - Cada bloco é composto por 5 flores, cada uma com 5 lâmpadas
distintos, sendo dois algarismos pares e dois circulares, de cores distintas (A, B, C, D, E), como na figura:
ímpares que podemos formar, usando algarismos de 1 a 9 ?
(A) 2400 (B) 2000 (C) 1840
(D) 1440 (E) 1200

2. AFA 2015 Um turista queria conhecer três estádios da Copa do


Mundo no Brasil não importando a ordem de escolha. Estava em
dúvida em relação às seguintes situações: - Em cada flor, apenas 3 lâmpadas quaisquer acendem e apagam
juntas, por vez, ficando as outras duas apagadas.
I. obrigatoriamente, conhecer o Estádio do Maracanã. - Todas as 5 flores do bloco acendem e apagam juntas.
II. se conhecesse o Estádio do Mineirão, também teria que conhecer - Em duas flores consecutivas, nunca acendem e apagam as mesmas
a Arena Pantanal, caso contrário, não conheceria nenhum dos dois. 3 cores da anterior. Assim, considere que uma composição possível
Sabendo que a Copa de 2014 se realizaria em 12 estádios para um bloco acender e apagar corresponde à figura abaixo:
brasileiros, a razão entre o número de modos distintos de escolher a
situação I e o número de maneiras diferentes de escolha para a
situação II, nessa ordem, é
11 13 13 11
(A) (B) (C) (D)
26 25 24 24

3. AFA 2013 Num acampamento militar, serão instaladas três O número de maneiras, distintas entre si, de contar as possibilidades
barracas: I, II e III. Nelas, serão alojados 10 soldados, dentre eles o de composição para um bloco desse pisca-pisca é
soldado A e o soldado B, de tal maneira que fiquem 4 soldados na (A) 105
barraca I, 3 na barraca II e 3 na barraca III. (B) 94  10
Se o soldado A deve ficar na barraca I e o soldado B NÃO deve
ficar na barraca III, então o número de maneiras distintas de (C) 95
distribuí-los é igual a (D) 95  10
(A) 560 (B) 1120 (C) 1680 (D) 2240

4. EFOMM 2019 De quantas maneiras diferentes podemos escolher 9. AFA 2014 Sr. José deseja guardar 4 bolas – uma azul, uma
seis pessoas, incluindo pelo menos duas mulheres, de um grupo branca, uma vermelha e uma preta – em 4 caixas numeradas:
composto de sete homens e quatro mulheres?
(A) 210 (B) 250 (C) 371 (D) 462 (E) 756

5. EsPCEx 2019 Considere o conjunto de números naturais


{1, 2, ,15}. Formando grupos de três números distintos desse
conjunto, o número de grupos em que a soma dos termos é ímpar é
(A) 168. (B) 196. (C) 224.
O número de maneiras de Sr. José guardar todas as 4 bolas de
(D) 227. (E) 231.
forma que uma mesma caixa NÃO contenha mais do que duas bolas,
é igual a
6. AFA 2011 Um colecionador deixou sua casa provido de R$5,00
(A) 24 (B) 36 (C) 144 (D) 204
disposto a gastar tudo na loja de miniaturas da esquina. O vendedor
lhe mostrou três opções que havia na loja, conforme a seguir.

MAT 168
COMBINATÓRIA
10. ITA 2015 Seja S o conjunto de todos os polinômios de grau 4 5 5! 5  4  3!
 = = = 10
que têm três dos seus coeficientes iguais a 2 e os outros dois iguais  2  2! (5 − 2)! 2  3!
a 1.
a) Determine o número de elementos de S. b) Se −1 e raiz de P(x), então P(−1) = 0
b) Determine o subconjunto de S formado pelos polinômios que a  (−1)4 + b  (−1)3 + c  (−1)2 + d  (−1) + e = 0  a + c + e = b + d
têm −1 como uma de suas raízes. Para que a igualdade acima seja verdadeira, considerando os
coeficientes sugeridos pelo enunciado, temos que:
b = d = 2 e a + c + e = (2 + 1 + 1)
GABARITO
 3 3!
Temos, então   = = 3 soluções diferentes para a
1. D   1! (3 − 1)!
1
2. A equação acima.
3. B Logo, o subconjunto de S será dado por:
4. C
5. C
x 4

+ 2x3 + 1x 2 + 2x + 2, x 4 + 2x3 + 2x 2 + 2x + 1, 2x 4 + 2x 3 + 1x 2 + 2x + 1

6. B

7. Com nenhum grupo de dois alunos: 1 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO


9
  = 36 1. FGVRJ 2017 As cinco faces de uma pirâmide quadrangular
Com um grupo de dois alunos:  
2
regular serão pintadas e cada face terá uma só cor. Tintas de 5 cores
9 7 diferentes estão disponíveis e duas faces vizinhas da pirâmide não
   poderão ter a mesma cor.
 2   2  = 378
Com dois grupos de dois alunos: 2
9 7 5
   
 2   2   2  = 1260
Com três grupos de dois alunos: 3!
 9  7  5  3
       
 2   2   2   2  = 945
Com 4 grupos de dois alunos: 4!
De quantas maneiras diferentes a pirâmide poderá ser pintada?
Portanto, o número de formas para se organizar o trabalho é: Obs.: pinturas que coincidem por rotação da pirâmide são
1 + 36 + 378 + 1260 + 945 = 2620. consideradas iguais.

8. B 2. Um homem tem 12 conhecidos: 5 mulheres e 7 homens; sua


Total de escolhas possíveis de 3 lâmpadas em cada uma das flores. esposa tem também 12 conhecidos: 7 mulheres e 5 homens. De
quantos modos o casal pode convidar um grupo de 6 homens e um
Como temos 5 lâmpadas em cada uma das flores e precisamos grupo de 6 mulheres, de modo que 6 pessoas sejam conhecidas do
acender 3, temos: marido e as outras 6 conhecidas da esposa?
5!
C5,3 = = 10 3. Onze cientistas trabalham num projeto sigiloso. Por questões de
3! (5 − 3)!
segurança, os planos são guardados em um cofre protegido por
Sabemos que em duas flores consecutivas, nunca acendem e apagam muitos cadeados de modo que só é possível abri-los todos se houver
as mesmas 3 cores da anterior. O número de maneiras, distintas pelo menos 5 cientistas presentes.
entre si, de contar as possibilidades de composição para um bloco a) Qual é o número mínimo possível de cadeados?
desse pisca-pisca é b) Na situação do item a), quantas chaves cada cientistas deve ter?

4. Convenciona-se transmitir sinais luminosos de uma ilha para a


costa por meio de seis lâmpadas brancas e seis vermelhas, colocadas
nos vértices de um hexágono regular, de tal modo que:
a) em cada vértice haja 2 lâmpadas de cores diferentes;
b) em cada vértice não haja mais do que uma lâmpada acesa;
c) o número mínimo de vértices iluminados seja 3.
10  9  9  9  9 = 10  94
Determinar o número total de sinais que podem ser transmitidos.
9. D
5. Quantas combinações se podem formar com 20 letras diferentes
tomadas 6 a 6, de modo que, em cada combinação, cada letra figure,
10. Seja P(x) = ax4 + bx3 + cx 2 + dx + e a forma dos polinômios no máximo, duas vezes?
considerados.
a) Dos cinco coeficientes de P(x) devemos escolher 2 que serão
iguais a 1, daí com certeza os demais serão iguais a 2. Para isto
devemos considerar uma combinação de 5 elementos tomados 2 a
2.

MAT 169
COMBINATÓRIA
GABARITO 3.
a) Um grupo de 4 cientistas, ABCD, é barrado por pelo menos um
1. cadeado. Na situação do número mínimo de cadeados, por
1) Usando 3 cores : exatamente um cadeado. Batizemos esse cadeado de ABCD. A, B,
Base = 5 possibilidades C e D não têm a chave desse cadeado e todos os outros cientistas a
têm. Como a correspondência entre os cadeados e seus nomes é um-
43
Faces laterais (opostas) = C24 = = 6 possibilidades  11
2 a-um, basta contar quantos são os nomes dos cadeados,   = 330
Total = 5  6 = 30 4 
b) Cada cientista possui as chaves dos cadeados que não o contêm
10 
2) Usando 4 cores : no nome,   = 210 .
Base = 5 possibilidades 4 
Você também poderia pensar que há 330 cadeados e de cada
2 Faces laterais opostas = 4 possibilidades
cadeado há 7 cópias de chaves. O total de chaves é 330  7 = 2310 .
2 Faces laterais opostas = 3 possibilidades
Cada cientista possui 2310  11 = 210 chaves. Observe que neste
Total = 5  4  3 = 60 raciocínio partimos do fato de que os cientistas têm o mesmo
número de chaves.
2) Usando 5 cores :
4. Para calcular o número de sinais com 3 vértices iluminados,
Base = 5 possibilidades
6
Faces laterais = 3! = 6 possibilidades temos   escolhas para os vértices e 23 hipóteses de iluminação
Total = 5  6 = 30 3
6
destes 3 vértices. Logo   . 23 sinais analogamente o número de
Total possibilidades = 30 + 60 + 30 = 120  3
2. Observemos que, num grupo de 6 pessoas de um mesmo sexo, 6
sinais com 4 vértices iluminados é   . 24 ; com 5 vértices
umas devem ser conhecidas do marido e outras da esposa.  4
Imaginemos que as 12 pessoas já foram convidadas, e seja x o
6 6
número de mulheres convidadas pelo marido. iluminados   . 25 e com 6 vértices iluminados   . 26 .
Ora, se o marido convidou x mulheres, então, como o número de 5 6
mulheres convidadas é 6, a esposa convidou as outras 6 − x Portanto, o número total de sinais transmitidos é
mulheres.  6 3  6 4  6 5  6 6
Mas das 12 pessoas convidadas, 6 devem ser conhecidas do marido   . 2 +   . 2 +   . 2 +   . 2 = 656
e 6 da esposa.  3  4  5  6
Como o marido convidou x mulheres, então ele convidou também
6 − x homens. 5. Resposta:
Sejam as letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u.
Como a esposa convidou 6 − x mulheres, então ela convidou Dentre as combinações pedidas, há as que não possuem letras
também x homens. Esquematicamente, temos: repetidas (Ex.: abcdef, dfghjm, ...), as que só possuem uma letra
mulheres : x repetida (Ex.: aabcde, abbrsu, ...), as que possuem duas letras
Convidados pelo marido  repetidas (Ex.: aabbcd, mmppsu, ...) e as que possuem três letras
hom ens : 6 − x repetidas (Ex.: aabbcc, hhllpp, ...).
 mulheres : 6 − x O número de combinações que não possuem letras repetidas é,
Convidados pela esposa 
 hom ens : x  20 
obviamente,   .
5 6
Supondo que x seja fixo, temos   escolhas para as x mulheres
x Para se calcular o número de combinações que só possuem uma letra
repetida, consideremos o seguinte:
 7 
convidadas pelo marido entre as 5 conhecidas dele e    20 
6 − x Existe   escolhas para a letra que será repetida. A seguir, temos
1
escolhas para as mulheres convidadas pela esposa. Temos também
 19 
 7    escolhas para as 4 letras entre as restantes. Temos então
  escolhas para os 6 − x homens convidados pelo marido 4
6 − x
 20  19 
5   .   que só possuem uma letra repetida.
entre os seus 7 conhecidos e   escolhas para os x homens 1 4
x
Analogamente, o número de combinações que possuem duas letras
convidados pela esposa. Logo, o número de modos de convidar as
12 pessoas para um x fixo é:  20  18 
repetidas é   .   e o número de combinações que possuem
 5   7   7   5   5    7  
2 2  3 2
3 . .  .   =    .    20 
 x   6 − x   6 − x   x   x    6 − x   três letras repetidas é   . Logo o número total de combinações é
Logo para calcular todos os modos possíveis de convidar 12 pessoas 3
nas condições impostas pelo problema, basta, no resultado  20   20  19   20   20   20 
precedente, fazer x variar de 0 a 5, obtendo-se  + . + . + 
2  6 1 4  2  2  3
2
5  5    7  
    .    = 267 148
 x    6 − x  
x =0

MAT 170
MATEMÁTICA 5

Circunferência 173

Elipse 181

Hipérbole 188
GEOMETRIA ANALÍTICA
TÓPICO: GEOMETRIA ANALÍTICA 4) LUGARES GEOMÉTRICOS
SUBTÓPICO: CIRCUNFERÊNCIA (i) Lugar geométrico dos pontos do plano cuja razão de suas
CAPÍTULO: CIRCUNFERÊNCIA distâncias a dois pontos fixos é uma constante, diferente de 1, é
uma circunferência, chamada de Círculo de Apolônio.
Teoria: (ii) Lugar geométrico dos pontos médios das cordas de mesmo
comprimento, traçadas em uma circunferência, é outra
1) DEFINIÇÃO circunferência concêntrica com a primeira. O raio desta nova
Circunferência é o lugar geométrico dos pontos do plano que circunferência pode ser obtido por Pitágoras relacionando
distam um valor fixo (raio) de um ponto fixo (centro). metade do comprimento da corda, o raio da nova circunferência
y
e o raio da circunferência original.
(iii) Lugar geométrico dos pontos do plano cuja soma dos quadrados
P(x,y) de suas distâncias a um conjunto finito de pontos fixos deste
plano é constante é uma circunferência.
R

5) POSIÇÕES RELATIVAS
C(    )
5.1) ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA
Sendo P um ponto qualquer do plano e a circunferência (C) de
O x equação:
(𝑥 − 𝛼)2 + (𝑦 − 𝛽)2 = 𝑅2 ou 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑑𝑥 + 𝑒𝑦 + 𝑓 = 0

a posição do ponto P em relação à circunferência C pode ser:


2) EQUAÇÃO
A equação da circunferência de centro C( ,  ) e raio R é: PE (xE , y E )
y
(x − α)2 + (y − β)2 = R2
e pode ser escrita sob a forma:
x 2 + y 2 + dx + ey + f = 0, (d,e,f  ) , PI (xI , y I )

onde:
d
• α=− C( ,  ) PC (xC , y C )
2
e x
• β=−
2
d 2 + e 2 − 4f
• R= 5.1.1) PONTO INTERNO
4
Ocorre quando a distância de P ao centro da circunferência é menor
2.1) DISCUSSÃO DA EQUAÇÃO que o raio.
A equação x2 + y 2 + dx + ey + f = 0 representa: ( xI −  )2 + ( yI −  )2  R2 
• circunferência, se d2 + e2  4f ;  xI2 + yI2 + dxI + eyI + f  0
• ponto, se d2 + e2 = 4f ;
5.1.2) PONTO SOBRE A CIRCUNFERÊNCIA
• conjunto vazio, se d2 + e2  4f . Ocorre quando a distância de P ao centro da circunferência é igual
ao raio. O ponto, então, satisfaz a equação da circunferência.
3) CIRCUNFERÊNCIAS TANGENTES AOS EIXOS
( xC −  )2 + ( y C −  )2 = R2 
A circunferência de centro C( ,  ) e raio R será:
 xC2 + yC2 + dxC + eyC + f = 0
tangente a Ox,
y
quando R = 
5.1.3) PONTO EXTERNO
C(  ) Ocorre quando a distância de P ao centro da circunferência é maior
que o raio.
R
( xE −  )2 + ( yE −  )2  R 2 
 xE2 + yE2 + dxE + eyE + f  0
O x

tangente a Oy, 5.2) ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA


y
quando R =  Seja a reta (r) de equação y = ax + b e a circunferência (C) de
C(  ) equação ( x −  )2 + ( y −  )2 = R 2 .
R
Para saber a posição relativa entre a reta e a circunferência temos
x
dois métodos.
O

tangente aos dois eixos, y


5.2.1) PELA INTERSEÇÃO DAS CURVAS
quando R =  =  O x
Basta analisar a quantidade de pontos de interseção entre as duas.
R Isto é, basta saber quantas soluções tem o seguinte sistema:
R
( x −  ) + ( y −  ) = R
 2 2 2

C(  ) 
 y = ax + b

MAT 173
GEOMETRIA ANALÍTICA
Ao substituir a segunda equação (equação da reta) na primeira 6) PROBLEMAS CLÁSSICOS
(equação da circunferência) encontraremos uma equação do 2º grau 6.1) PONTOS CARDEAIS
em x. A análise seguinte é feita a partir do Δ dessa equação.

a) RETA SECANTE
Possui dois pontos de interseção com a circunferência, portanto:
0

b) RETA TANGENTE
Possui apenas um ponto de interseção com a circunferência,
portanto:
=0
Para encontrar os pontos extremos (abscissa/ordenada
c) RETA EXTERIOR máxima/mínima), basta partir do centro da circunferência e somar
Não possui ponto de interseção com a circunferência, portanto: ou subtrair R na coordenada correspondente. Veja como
encontraríamos os quatro pontos cardeais da circunferência:
0 𝐴 = (𝑥0 , 𝑦0 + 𝑅)
𝐵 = (𝑥0 − 𝑅, 𝑦0 )
𝐶 = (𝑥0 , 𝑦0 − 𝑅)
5.2.2) PELA DISTÂNCIA DA RETA AO CENTRO DA 𝐷 = (𝑥0 + 𝑅, 𝑦0 )
CIRCUNFERÊNCIA
Basta calcular essa distância, ou seja:
a −  + b 6.2) CORDA EM CIRCUNFERÊNCIA
D=
a2 + 1 Exemplo 1: Obtenha a equação da reta r paralela à reta 𝑠: 3𝑥 −
4𝑦 − 3 = 0 que forma na circunferência 𝑥 2 + 𝑦 2 = 25 uma corda
de comprimento 8.

C rE

rT

rS

a) RETA SECANTE
A distância é menor que o raio: Solução: Com a equação da circunferência dada, somos capazes de
𝐷<𝑅 achar seu centro e raio, sendo respectivamente (0,0) e 5. Olhando
para o desenho acima, como sabemos o comprimento da corda,
b) RETA TANGENTE podemos afirmar que 𝑥 = 4 e agora usaremos Pitágoras para
A distância é igual ao raio: encontrar d.
𝐷=𝑅 𝑑2 + 𝑥 2 = 𝑅 2
𝑑 2 + 42 = 52
𝑑=3
c) RETA EXTERIOR Agora, usaremos o fato da reta r ser paralela a 𝑠: 3𝑥 − 4𝑦 − 3 = 0
A distância é maior que o raio: para escrever
𝐷>𝑅 𝑟: 3𝑥 − 4𝑦 + 𝑐 = 0
Obs.: Em termos práticos, em se tratando de circunferências, Como d é a distância do centro da circunferência à reta r,
usaremos sempre este método da distância, por girar menos contas. calculamos:
|3 ⋅ 0 − 4 ⋅ 0 + 𝑐|
𝑑= = 3 → |𝑐| = 15 → 𝑐 = ±15
5.3) ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS √32 + 42
Dadas duas circunferências, uma de centro C1 e raio R1 e a outra Portanto, há duas retas que satisfazem o problema, representadas
de centro C2 e raio R2 (com o raio da primeira sendo o maior), por:
𝑟: 3𝑥 − 4𝑦 ± 15 = 0
compararemos o comprimento do segmento de reta C1C2 com os
raios.
Temos então as possibilidades: 6.3) INTERSEÇÃO ENTRE CIRCUNFERÊNCIAS
a) C1C2  R1 + R2 : circunferências externas Dadas duas circunferências:
b) C1C2 = R1 + R2 : circunferências tangentes exteriores (1 ) : ( x − 1 ) 2 + ( y − 1 ) 2 = R12
c) R1 − R2  C1C2  R1 + R2 : circunferências secantes (2 ) : ( x −  2 ) 2 + ( y −  2 ) 2 = R22 ,
d) C1C2 = R1 − R2 : circunferências tangentes interiores achar a interseção entre (1 ) e (2 ) é determinar os pontos P( x , y )
e) C1C2 = 0  C1  C2 : circunferências concêntricas que satisfazem ambas as equações. Devemos então resolver o
seguinte sistema:
( x − 1 ) 2 + ( y − 1 ) 2 = R12


( x −  2 ) + ( y −  2 ) = R2

2 2 2

MAT 174
GEOMETRIA ANALÍTICA

Para resolvê–lo, basta: Portanto P é externo à circunferência. Por isso há 2 tangentes à


• Subtrair uma equação da outra, obtendo–se uma equação afim circunferência passando por P.
(1º grau) entre x e y. Equação de uma reta passando por P:
• Isolar uma das incógnitas na equação do 1º grau encontrada e (t) : y − 2 = m ( x − 2)  mx − y − (2 + 2m) = 0
substituí–la em uma das equações do sistema. As soluções da Como a reta é tangente à circunferência, sua distância ao centro
equação do 2º grau resultante serão as coordenadas dos pontos dessa é igual ao raio. Assim:
de interseção (caso haja algum). m  0 − 0 − (2 + 2m)
Obs.: a equação de 1º grau obtida é o eixo radical entre as duas =1
m2 + (−1)2
circunferências.
 2 1 + m = m2 + 1 
6.4) PROBLEMAS DE TANGÊNCIA
 4(1 + 2m + m2 ) = 1 + m2  3m2 + 8m + 3 = 0 
Exemplo 2: Determinar as equações das retas (t) que são paralelas
à reta (s) :12x + 5 y + 1 = 0 e tangentes à circunferência de equação  m = −4  7  (t) : y − 2 = (−4  7)( x − 2)
( ) : x + y − 2 x − 4 y − 20 = 0 .
2 2

Solução: Obs.: no capítulo de Elipse veremos uma forma bizurada de achar


Centro e raio da circunferência: a reta tangente seja dado o ponto de tangência ou um ponto externo.
completando quadrados, temos:
x2 − 2 x + 12 + y 2 − 4 y + 22 = 20 + 1 + 4 
6.5) DETERMINAÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIA
C (1, 2) 6.5.1) CONHECIDOS TRÊS PONTOS
 ( x − 1) + ( y − 2) = 25  
2 2

R = 5 É o mesmo tipo de questão que relaciona os três vértices de um


Equação de t: triângulo ao seu circuncentro.
como t é paralela a s: (t) : 12x + 5 y + c = 0
Exemplo 5: Obtenha a equação da circunferência que passa pelos
como t é tangente a : d(C , t ) = R  pontos 𝐴(0,0), 𝐵(6,0) e 𝐶(0,8)
12  1 + 5  2 + c
 = 5  c + 22 = 65 
122 + 52
c + 22 = 65  t1 : 12 x + 5 y + 43 = 0
 1
c2 + 22 = −65  t 2 : 12 x + 5 y − 87 = 0
Exemplo 3: Determinar as equações das retas (t) que passam por
P(2,3) e são tangentes a ( ) : x2 + y 2 − 2 x − 2 y − 3 = 0 .
Solução:
Centro e raio da circunferência:
x2 + y 2 − 2 x − 2 y − 3 = 0  ( x − 1)2 + ( y − 1)2 = 5 

C (1,1)

R = 5
 Solução: Observe que os três pontos dados formam um triângulo
retângulo de hipotenusa BC = 10. Deste modo, podemos garantir
Testando o número de soluções:
que O é o ponto médio de B e C e que o raio é metade de BC. Assim,
CP = (2 − 1)2 + (3 − 1)2 = 5 = R a equação da circunferência será:
Assim, temos que P pertence à circunferência e, portanto, haverá (𝑥 − 3)2 + (𝑦 − 4)2 = 25
apenas uma reta tangente passando por esse ponto e esta reta é Exemplo 6: Obtenha a equação da circunferência que passa pelos
perpendicular ao raio CP. pontos 𝐴(−4,4), 𝐵(−7,3) e 𝐶(−8, −4)
3 −1 1 1
mCP = = 2  mt = − =−
2 −1 mCP 2
1
 (t ) : y − 3 = − ( x − 2)  x + 2 y − 8 = 0
2
Exemplo 4: Determinar as equações das retas (t) que passam por
P(2,2) e são tangentes a ( ) : x 2 + y 2 = 1 .
Solução:
Centro e raio da circunferência:
C (0,0)
x2 + y 2 = 1  
R = 1
Testando o número de soluções: Solução: Agora os pontos dados não formam um triângulo
retângulo. Neste caso, usaremos a definição de circunferência: a
CP = (2 − 0)2 + (2 − 0)2 = 8  R distância de qualquer destes pontos ao centro é sempre a mesma (o
raio).
𝑂𝐴 = 𝑂𝐵 = 𝑂𝐶 = 𝑅
MAT 175
GEOMETRIA ANALÍTICA
Escolhemos duas equações pra desenvolver, por exemplo 𝑂𝐴 = 𝑂𝐵 6.5.3) CONHECIDOS O CENTRO E UMA RETA
e 𝑂𝐴 = 𝑂𝐶. Vamos elevar ambas as equações ao quadrado pra não TANGENTE
termos que escrever a raiz da fórmula de distância entre pontos. Exemplo 8: Determinar uma circunferência λ de centro C ( ,  )
𝑂𝐴 = 𝑂𝐵 dado que é tangente à reta 𝑠: 𝐴𝑥 + 𝐵𝑦 + 𝐶 = 0.
(𝑥 + 4)2 + (𝑦 − 4)2 = (𝑥 + 7)2 + (𝑦 − 3)2 Solução:
𝑥 2 + 8𝑥 + 16 + 𝑦 2 − 8𝑦 + 16 = 𝑥 2 + 14𝑥 + 49 + 𝑦 2 − 6𝑦 + 9 Só falta encontrar o valor do raio, visto que o centro já é fornecido.
6𝑥 + 2𝑦 + 26 = 0 Como a circunferência é tangente à reta, a distância de seu centro à
3𝑥 + 𝑦 + 13 = 0 reta será igual ao raio. Assim:
𝑂𝐴 = 𝑂𝐶 A + B + C
R = d(C , s ) =
(𝑥 + 4)2 + (𝑦 − 4)2 = (𝑥 + 8)2 + (𝑦 + 4)2 A2 + B 2
𝑥 2 + 8𝑥 + 16 + 𝑦 2 − 8𝑦 + 16 = 𝑥 2 + 16𝑥 + 64 + 𝑦 2 + 8𝑦 + 16
A equação da circunferência λ será:
8𝑥 + 16𝑦 + 48 = 0
( ) : ( x −  )2 + ( y −  )2 = R2
𝑥 + 2𝑦 + 6 = 0

Obs.: as duas equações obtidas são, respectivamente, as retas 7) SEMICIRCUNFERÊNCIA


mediatrizes entre os pontos A e B e entre os pontos A e C. Lembre- Seja a equação de uma circunferência genérica, (𝑥 − 𝑥0 )2 +
se que o circuncentro é o encontro das mediatrizes, de tal modo que (𝑦 − 𝑦0 )2 = 𝑅2 . Se isolarmos x ou y nesta equação, obteremos a
faz total sentido encontrar a interseção entre elas. equação da semicircunferência correspondente.

3𝑥 + 𝑦 + 13 = 0 7.1) ISOLANDO X
{
𝑥 + 2𝑦 + 6 = 0 (𝑥 − 𝑥0 )2 = 𝑅2 − (𝑦 − 𝑦0 )2
(𝑥 − 𝑥0 ) = ±√𝑅2 − (𝑦 − 𝑦0 )2
Multiplicando a primeira equação por 2 e subtraindo a segunda,
𝑥 = 𝑥0 ± √𝑅2 − (𝑦 − 𝑦0 )2
obtemos:
Se usarmos o +, será a semicircunferência da direita. Se usarmos o
−, será a semicircunferência da esquerda.
5𝑥 + 20 = 0 → 𝑥 = −4 → 𝑦 = −1
7.1) ISOLANDO Y
(𝑦 − 𝑦0 )2 = 𝑅2 − (𝑥 − 𝑥0 )2
Agora que encontramos o circuncentro, 𝑂 = (−4, −1),
encontraremos o raio utilizando qualquer dos segmentos OA, OB (𝑦 − 𝑦0 ) = ±√𝑅2 − (𝑥 − 𝑥0 )2
ou OC. 𝑦 = 𝑦0 ± √𝑅2 − (𝑥 − 𝑥0 )2
𝑅 = 𝑂𝐴 Se usarmos o +, será a semicircunferência de cima. Se usarmos o
𝑅 = √(−4 + 4)2 + (−1 − 4)2 −, será a semicircunferência de baixo.
𝑅=5
8) FORMA PARAMÉTRICA
Finalmente, a equação da circunferência será:
Os pontos 𝑃(𝑥, 𝑦) de uma circunferência de centro (𝑥0 , 𝑦0 ) e raio 𝑅
(𝑥 + 4)2 + (𝑦 + 1)2 = 25
podem ser representados parametricamente através do sistema:
𝑥 = 𝑥0 + 𝑅 ⋅ cos 𝜃
{
𝑦 = 𝑦0 + 𝑅 ⋅ sin 𝜃
6.5.2) CONHECIDOS DOIS PONTOS E O RAIO
Exemplo 7: Determinar a equação da circunferência que contém
A(−3,0) e B(0,3) , e tem raio 3.
Solução:
Sendo ( ) : ( x −  )2 + ( y −  )2 = 32 = 9 , temos:
A  ( )  (−3 −  )2 + (0 −  )2 = 9
B  ( )  (0 −  )2 + (3 −  )2 = 9

Desenvolvendo e subtraindo membro a membro, vem:

A vantagem desta forma, tal como na reta paramétrica, é a


6 + 6 = 0   = −
possibilidade de definir um ponto da circunferência utilizando
 (−3 −  )2 +  2 = 9   2 + 3 = 0  apenas um parâmetro, 𝜃, que, para esta montagem, é o ângulo no
 = 0   = 0  (1 ) : x + y = 9
 sentido trigonométrico a partir do sentido positivo do eixo x.
2 2


 = −3   = 3  (2 ) : ( x + 3) + ( y − 3) = 9

2 2

MAT 176
GEOMETRIA ANALÍTICA
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 9. Obtenha a equação da circunferência de centro C(1,2) e que
tangencia a reta de equação 5x + 12y + 10 = 0.
1. Qual é a equação da circunferência de centro C(3,-4) e que passa
pela origem? 10. Obtenha a equação da circunferência que passa pela origem, tem
centro na reta y = -2 e tangencia a reta (r) x + y – 4 = 0.
2. Qual é o ponto simétrico da origem com relação ao centro da
circunferência x² + y² + 2x + 4y = r²?
11. Ache as equações das circunferências tangentes aos eixos e
3. Determine o valor de k para que a equação cujos centros estão sobre a reta x – 3y – 6 = 0.
x2 + y 2 + 4 x − 2 y + k = 0 represente uma circunferência:
(A) k > 5 12. Obtenha a equação da circunferência que passa por A(8,0) e é
(B) k < 5 tangente à reta x – y = 0 na origem.
(C) k > 10
(D) k < 15 13. A área da intersecção das regiões do plano cartesiano limitada
(E) k = 20 𝑥
por 𝑥 2 + (𝑦 − 4)2 ≤ 25 e 𝑦 ≤ 4 ( + 1) é
3
4. Ache a equação da reta que passa pelo centro da circunferência 9π
(x + 3)² + (y – 2)² = 25 e é perpendicular à reta 3x – 2y + 7 = 0. (A)
2
5. Dadas a circunferência (x – 3)² + y² = 25 e a reta x = k, para que 17π
(B)
valores de k a reta intercepta a circunferência em pontos distintos? 2
25π
GABARITO (C)
2
1. (x – 3)² + (y + 4)² = 25 31π
2. (-2,-4) (D)
2
3. B
4. 2x + 3y = 0
5. –-2 < k < 8 GABARITO

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. (4,-2)


2. –2 < p < 98
1. Qual é o ponto da circunferência (x – 4)² + (y + 3)² = 1 que tem 3. c < -6 ou c > 4
ordenada máxima? 4. a) secantes b) { (-2,6) ; (2/5,-6/5) }
5. D
2. Determine p de modo que o ponto A(7,9) seja exterior à 6. P(-4,-3)
circunferência de equação x² + y² - 2x – 2y – p = 0.
7. x – y + 4√2 + 1 = 0 e x – y + 1 - 4√2 = 0
8. 2x – y ± 6√5 = 0
3. Determine c de modo que a reta (r) 4x – 3y + c = 0 seja exterior
9. (x – 1)² + (y – 2)² = 9
à circunferência (λ) x² + y² - 2x – 2y + 1 = 0.
10. (x – 2)² + y² = 9/13
11. (x – 2)² + (y + 2)² = 8 ou (x + 14)² + (y + 2)² = 200
4. Dadas a reta (r) 3x + y = 0 e a circunferência
12. (x + 3)² + (y + 3)² = 9 ou (x – 3/2)² + (y + 3/2)² = 9/4
(λ) x² + y² + 4x – 4y – 8 = 0, obtenha:
13. C
a) a posição relativa de r e λ.
b) a interseção de r com λ.
EXERCÍCIOS DE CONCURSO

5. A equação y = 3 + 4 − ( x − 1)² representa


1. EFOMM 2011 Dada a equação
(A) elipse de eixo maior 2
(B) parábola de vértice V(1, 3) e parâmetro p=1/2 x2 + y2 − 4x + 10y + 25 = 0 ,
(C) hipérbole de eixo real vertical e centro C(1, 3) assinale a opção que apresenta a distância do centro da curva à
origem do sistema de coordenadas.
(D) semicircunferência de centro C(1, 3) e raio r=2
(A) 5.
(B) 6.
6. Dadas as circunferências (C1) x² + y² + 6x – 1 = 0 e (C) 8.
(C2) x² + y² - 2x – 1 = 0, seja Q o ponto de interseção de C1 com C2 (D) 24 .
que tem ordenada positiva. Seja O2 o centro de C2. Determine as
(E) 29 .
coordenadas de P, ponto de interseção da reta QO2 com a
circunferência C1.
2. AFA Os pontos A(−5,2) e B(1,6) são extremos de um dos
diâmetros da circunferência de equação:
7. Escreva as equações das retas tangentes à circunferência
x² + y² - 4x – 6y – 3 = 0, paralelas à reta y = x. (A) x 2 + y2 − 2y − 25 = 0 .
(B) x2 + y2 + 4x − 8y + 7 = 0 .
8. Obtenha a equação de uma reta paralela a (r) y = 2x que determine
(C) x2 + y2 − 4x + 4y − 57 = 0 .
na circunferência (λ) x² + y² = 100 uma corda de comprimento
l = 16. (D) x2 + y2 + 8x − 14x + 39 = 0 .

MAT 177
GEOMETRIA ANALÍTICA
3. EFOMM São dadas as circunferências: 8. EN 2014 A equação da circunferência tangente às retas y = x e
x2 + y 2 − 6x − 8y + α1 = 0 e y = − x nos pontos (3, 3) e (−3, 3) é
x2 + y 2 − 4x − 6y + α 2 = 0 . (A) x 2 + y2 − 12x + 18 = 0
(B) x 2 + y2 − 12y + 18 = 0
Sabendo-se que cada uma destas circunferências passa pelo centro (C) x 2 + y2 − 6x + 9 = 0
da outra, os valores de 1 e  2 são, respectivamente:
(D) x 2 + y2 − 6y + 9 = 0
(A) 25 e 13 .
(E) x2 + y2 − 16x + 20 = 0
(B) −23 e 11 .
(C) 23 e − 11 . 9. EN Seja P o ponto da circunferência
(D) −25 e 13 . x2 + y2 − 6x − 8y + 24 = 0
mais próximo da origem. A soma das coordenadas de P é:
(E) 23 e 11 .
18
(A) .
5
4. EPCAR (AFA) 2017 Seja 7
(B) .
 : 3x 2 + 3y2 − 6x − 12y + k = 0, uma circunferência que no plano 2
cartesiano tem intersecção vazia com os eixos coordenados. 9
(C) .
Considerando k  , é correto afirmar que 2
28
k k (D) .
(A) P  ,  é interior a  . 5
3 3 13
(E) .
(B) existem apenas dois valores inteiros para k. 2
(C) a reta r : x = k intersecta  .
(D) se c é o comprimento de , então c  2  unidades de 10. EN 2014 Quantas unidades de área possui a região plana
comprimento. limitada pela curva de equação y = − 3 − x2 − 2x e a reta
y = x −1 ?
5. AFA De acordo com a figura abaixo, podemos afirmar que a área  1
do triângulo isósceles ABC em unidades de área, é: (A) − .
4 4
(A) 2 3 .  1
(B) − .
(B) 3 3 . 2 4
(C) 4 5 . (C) 3 + 2 .
 1
(D) 5 5 . (D) − .
4 2
(E)  − 2 .

11. EN 2012 Sejam:


(i) r uma reta que passa pelo ponto ( 3 , − 1) .
6. AFA 2012 No plano cartesiano, a circunferência  de equação: (ii) A e B respectivamente os pontos em que r corta os eixos x e
x2 + y2 − 6x + 10y + k = 0 , com k  , determina no eixo das y.
ordenadas uma corda de comprimento = 8 . Dessa forma é correto (iii) C o ponto simétrico de B em relação à origem.
afirmar que: Se o triângulo ABC é equilátero, a equação da circunferência de
centro A e raio igual à distância entre A e C é:
(A)  é tangente ao eixo OX .
(A) (x − 3)2 + y2 = 12 .
(B) o raio de  é igual a k.
(C) P(k , − 1)   . (B) (x − 2 3)2 + y2 = 16 .
(D)  é secante à reta x = k . (C) (x − 3)2 + y2 = 16 .
(D) (x − 2 3)2 + y2 = 12 .
7. EN O menor valor de m que torna a reta, da família de retas de
equação 2x − y + m = 0 , tangente à circunferência de equação (E) (x − 3 3)2 + y2 = 12 .
x2 + y2 − 6x + 2y − 6 = 0 , é:
12. EN A área da superfície limitada pela curva de equação
(A) 4 5 − 7 . x 2 + y 2 − 4 y = 0 mede:
8 5
(B) 3 + . (A) 4 .
5 (B) 4 .
4 5 (C) 4.
(C) −1 − .
5 (D) 0.
(D) −7 − 4 5 . (E) 8 .

(E) −7 − 2 5 .

MAT 178
GEOMETRIA ANALÍTICA
GABARITO 2. IME Considere todos os pontos de coordenadas (x , y) que
pertencem à circunferência de equação
1. E
2. B x2 + y2 − 6x − 6y + 14 = 0 .
3. E y
Determine o maior valor possível de .
4. B x
5. E
6. A
3. ITA 2010 Considere as circunferências
A ( λ ) : x 2 + y2 − 6x + 10y + k = 0  C1 : (x − 4)2 + (y − 3)2 = 4 e
 (x − 3)2 + (y + 5)2 = 34 − k C2 : (x − 10)2 + (y − 11)2 = 9 .
y Seja r uma reta tangente interna a C1 e C2 , isto é, r tangencia C1

B x
e C2 e intercepta o segmento de reta O1O2 definido pelos centros
R
4 O1 de C1 e O2 de C2 . Os pontos de tangência definem um
M
C(3 , − 5) segmento sobre r que mede:
4
R (A) 5 3 .
A
(B) 4 5 .

Δ BMC : R 2 = 42 + 32 = 25 = yC
2
→ 𝜆 é tangente ao eixo x. (C) 3 6 .
25
7. D (D) .
3
8. B
(E) 9.
As retas apresentadas são simétricas e cortam os quadrantes do
plano cartesiano em 45. Assim, traçando as respectivas retas e 4. Determine a equação da circunferência inscrita no triângulo cujos
também retas perpendiculares (pois pontos de tangência numa vértices são A(0,0), B(0,4) e C(4,0).
circunferência são ligados ao centro por retas perpendiculares à reta
tangente) pode-se concluir que o centro da circunferência está sobre 5. ITA 2020 Os pontos B = (1,1 + 6 2) e C = (1 + 6 2,1) são
o eixo y e tem coordenadas (0, 6); e raio igual a 3 2. Logo, sua vértices do triângulo isósceles ABC de base BC, contido no
equação será igual a: primeiro quadrante. Se o raio da circunferência inscrita no
triângulo mede 3, então as coordenadas do vértice A são
( x )2 + ( y − 6)2 = (3 )
2
2 → x 2 + y2 − 12y + 36 = 18 → x 2 + y2 − 12y + 18 = 0
(A) (7 2, 7 2).
(B) ( 2, 2).
9. D
10. E (C) (1 + 7 2,1 + 7 2).
11. B (D) (1 + 2,1 + 2).
12. E
(E) (1 + 6 2,1 + 6 2).

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
GABARITO

1. C
1. ITA Sejam a reta s :12x − 5y + 7 = 0 e a circunferência
y 9 + 2 14
C: x2 + y2 + 4x + 2y = 11 . A reta p, que é perpendicular a s e é 2.    =
 x MÁX 5
secante a C, corta o eixo Oy num ponto cuja ordenada pertence ao
seguinte intervalo: 3. A
 91 81  4. (x – 4)² + (y + 4)² = 32
(A)  − , − . 5. C
 12 12 
Do enunciado, temos a seguinte figura:
 81 74 
(B)  − , − .
 12 12 
 74 30 
(C)  − , − .
 12 12 
 30 74 
(D)  , .
 12 12 
 75 91 
(E)  , .
 12 12 

MAT 179
GEOMETRIA ANALÍTICA
) ( ( ))
m AM = 1
(1 + 6
2 2
BC = 2 −1 + 1− 1+ 6 2
1+1+ 6 2
xM =
( 6 2 ) + ( −6 2 )
2 2 2
BC =
xM =1+ 3 2

( )
2
BC = 2  6 2
1+ 6 2 +1
BC = 2  62  2 yM =
2
BC = 12 yM =1+ 3 2

) ( ( ))
Daí, temos a seguinte figura:
(
AM : y − 1 + 3 2 = 1  x − 1 + 3 2

AM : y − 1 − 3 2 = x − 1 − 3 2
AM : y = x
Então, A ( x, x )

(
Como AM = 8, A ( x, x ) e M 1 + 3 2, + 3 2 , )
( ( )) + ( x − (1 + 3 2 ))
2 2
82 = x − 1 + 3 2
TAO = CAM =  e ATO = AMC = 90, logo, os triângulos

64 = 2  ( x − (1 + 3 2 ) )
2
AMC e ATO são semelhantes.

32 = ( x − (1 + 3 2 ) )
2
Dessa forma,
AC MC
AO TO
=
( ) (
x − 1 + 3 2 = 4 2 ou x − 1 + 3 2 = −4 2 )
( )
AC 6
= De x − 1 + 3 2 = 4 2,
a 3
AC = 2a x =1+ 7 2

( )
No triângulo AMC,
De x − 1 + 3 2 = −4 2,
( 2a )2 = ( a + 3)2 + 62
x =1− 2  0
4a 2 = a 2 + 6a + 9 + 36
3a 2 − 6a − 45 = 0
(
Como A está no primeiro quadrante, A 1 + 7 2, 1 + 7 2 . )
a 2 − 2a − 15 = 0
a = 5 ou a = −3
Como a  0, a = 5.
Então,
AM = 8
Note que:

m BC =
(
1− 1+ 6 2 )
1+ 6 2 −1
−6 2
m BC =
6 2
m BC = −1
Logo,

MAT 180
GEOMETRIA ANALÍTICA
TÓPICO: GEOMETRIA ANALÍTICA 1.3) RELAÇÃO FUNDAMENTAL
SUBTÓPICO: CÔNICAS
CAPÍTULO: ELIPSE
2 2 2
a = b +c
2) EQUAÇÃO
Teoria: Vamos começar supondo o centro na origem. Para uma elipse de
focos sobre Ox:
1) DEFINIÇÃO P  (E)  PF + PF ' = 2a
Elipse é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja soma de suas
distâncias a dois pontos fixos, chamados de focos, é constante, PF = (x − c) 2 + y 2 
sendo esta constante usualmente representada por 2a.
PF ' = (x + c) 2 + y 2
1.1) CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA
 (x − c)2 + y2 + (x + c)2 + y2 = 2a 
P
 (x − c)2 + y2 = 2a − (x + c)2 + y2 

 x 2 − 2cx + c2 + y 2 = 4a 2 − 4a (x + c) 2 + y 2 +
+ x 2 + 2cx + c2 + y 2 
 a (x + c)2 + y2 = a 2 + cx 
F' F
 a 2 (x 2 + 2cx + c2 + y2 ) = a 3 + 2a 2cx + c2 x 2 
2c
 (a 2 − c2 ) x 2 + a 2 y2 = a 2 (a 2 − c2 )
Da figura, temos que se o triângulo PFF’ existe, então:
FF'  PF + PF' Como a  c  0  a 2  c2  a 2 − c2  0
logo:
2c  2a  c  a Fazendo-se b2 = a 2 − c2 , a equação acima pode ser escrita como:
x2 y2
1.2) GRÁFICO + =1
Elipse com os focos sobre o eixo dos x: b x +a y = a b  a
2 2 2 2 2 2 2
b2
Analogamente, para uma elipse de focos sobre Oy, temos a equação:
y
y2 x2
B (0,b)
P (x,y) + =1
a2 b2

OBS: Como a = b + c  a  b , assim para identificarmos


2 2 2 2 2
A'(-a,0) A (a,0)
a que eixo os focos pertencem, basta colocarmos a equação da curva
F'(-c,0) F (c,0) x na forma padrão (canônica) e o maior denominador irá caracterizar
o eixo que contém os focos. Noutras palavras, na forma canônica, o
maior denominador é 𝑎2 e o menor é 𝑏 2 .

B'(0,-b) Caso o centro da elipse esteja no ponto (𝛼, 𝛽), fora da origem, pode-
se utilizar o mesmo princípio utilizado no capítulo de
Elipse com os focos sobre o eixo dos y: Circunferências (translação de eixos), fazendo as substituições:
𝑥 → 𝑥−𝛼
y 𝑦→𝑦−𝛽
Na equação base. Teremos, portanto, os seguintes casos:
A (0,a)
2.1) EIXO FOCAL PARALELO A Ox
F (0,c) y
B ( ,  + b )

B'(-b,0) B (b,0)
x
C( ,  )
A' ( − a,  ) A (  + a,  )
F' ( − c,  ) F( + c,  )
F'(0,-c)

A'(0,-a) x
B' ( ,  − b)

AA’: eixo maior ou focal, comprimento 2a. (x −  )2 (y −  )2


BB’: eixo menor, comprimento: 2b.
+ =1
a2 b2

MAT 181
GEOMETRIA ANALÍTICA
2.2) EIXO FOCAL PARALELO A Oy 5) EQUAÇÕES DAS DIRETRIZES
y
A ( ,  + a ) a a2
x= =
• elipse de focos sobre Ox: e c

F ( ,  + c ) a a2
y= =
• elipse de focos sobre Oy: e c
C( ,  )
B ' ( − b ,  ) B ( + b ,  )
6) CÍRCULOS PRINCIPAIS
A cada elipse estão associados dois círculos, denominados círculo
F' (  ,  − c ) x principal maior e círculo principal menor, com diâmetros iguais,
respectivamente, aos eixos maior e menor da elipse.
No nosso caso, esses círculos terão equações:
A' (  ,  − a ) x2 + y 2 = a2 x2 + y 2 = b2
e .
(x −  )2 (y −  )2
+ =1 7) EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
b2 a2
x 2 + y2 = a 2 x 2 + y2 = b2
Dados os círculos: e , com a  b , a
elipse que os tem como círculos principais pode ser obtida a partir
da seguinte construção geométrica:
3) ELEMENTOS y
3.1) RAIOS VETORES
São os segmentos que ligam os focos a um ponto da curva.
M
b
3.2) VÉRTICES
P
São as interseções da elipse com seus eixos. N
Assim, temos: 
• Elipse de focos sobre Ox:
O a x
 A(a , 0) e A '( −a , 0) → eixo maior

 B(0 ,b) e B'(0 , − b) → eixo menor
• Elipse de focos sobre Oy:
 A(0 ,a) e A '(0 , − a) → eixo maior

 B(b , 0) e B'( −b , 0) → eixo menor Para cada semirreta traçada a partir da origem, formando um ângulo
com o eixo dos x, sejam M e N as suas interseções com os círculos
3.3) SIMETRIA
Uma elipse é simétrica em relação a seus eixos e em relação ao seu x 2 + y2 = a 2 x 2 + y2 = b2
e .
centro.
 x M = a cos   x N = b cos 
 
3.4) EXTENSÃO DA CURVA  y M = a sen  e  y N = b sen 
Uma elipse é uma curva fechada.
Seja P o ponto do plano com abscissa igual à de M e ordenada igual
 −a  x  a à de N.

•  −b  y  b  xP
 x P = x M = a cos   cos  = a
Elipse de focos sobre Ox:
 −b  x  b 

−a  y  a  y = y = b sen   sen  = y P
• Elipse de focos sobre Oy:   P N
3.5) EXCENTRICIDADE
b
2 2
c x  y 
e=   P  +  P  = cos2  + sen 2  = 1
a  a   b 
3.6) LATUS RECTUM Assim, o ponto P pertence à elipse de equação:
2b2 x2 y2
+ =1
É a corda focal de comprimento mínimo, igual a a . Esta corda a2 b2
é perpendicular ao eixo maior passando pelo foco. Como há dois ,
ou seja:
focos (e por simetria), há duas cordas na elipse que podem ser
chamadas de Latus Rectum.  x = a cos 

 y = b sen 
3.7) PARÂMETRO
É igual à metade do Latus Rectum. são as equações paramétricas de uma elipse de focos sobre Ox.
Analogamente:
b2  x = b cos 
p=
a 
 y = a sen 
4) DEFINIÇÃO POR EXCENTRICIDADE são as equações paramétricas de uma elipse de focos sobre Oy.
Elipse é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja razão de suas
distâncias a um ponto fixo, chamado de foco, e a uma reta fixa, OBS: Note que o ângulo  só aparece quando os círculos principais
chamada de diretriz, é uma constante menor que 1, denominada são traçados. Não é um ângulo próprio da elipse.
excentricidade.
MAT 182
GEOMETRIA ANALÍTICA
8) RETA TANGENTE À ELIPSE 8.3) DEMONSTRAÇÃO DO CASO 1 DE 8.2
Guarde esta dica pois ela será muito importante e valerá para todas Como exemplo e também para mostrar uma demonstração para o
as cônicas!!!! Há dois casos principais: ter informação sobre o
x2 y2
coeficiente angular da tangente ou ter informação sobre um ponto + =1
2 2
por onde a tangente passa. caso 1, considere uma elipse de equação a b , e
T(x0 , y 0 )
8.1) TANGENTE PARALELA OU PERPENDICULAR A o ponto de tangência. Pelas substituições apresentadas,
UMA RETA DADA x0 x y y
Neste caso não há muita invenção, você terá sua reta tangente na + 0 =1
2
encontraremos a reta a b2 . Já que o ponto utilizado na
forma 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏, e m será conhecido por causa da informação da
questão. De posse de tal equação, você substituirá na equação da substituição foi o ponto de tangência, esta reta já é a reta tangente.
Elipse e fará Δ = 0 para obter o b que garante a tangência. Não será Fim! Simples assim.
uma conta absurda. y

8.2) TANGENTE PASSANDO POR UM PONTO DADO b


A situação de tangente passando por um ponto dado é bem mais T(x0,y0)
trabalhosa se fizermos por Δ = 0. Por “sorte”, não será necessário.
Guarda o seguinte teorema no coração!

Teorema: Partindo da equação da cônica (qualquer cônica), você -a a t x


fará dois tipos de substituição:

𝑥 2 → 𝑥 ⋅ 𝑥0 -b
𝑥 + 𝑥0
𝑥→ Agora vamos demonstrar, usaremos cálculo no caminho como
2
𝑦 2 → 𝑦 ⋅ 𝑦0 ferramenta auxiliar.
𝑦 + 𝑦0
𝑦→
2 T(x 0 , y0 )
Seja (t) uma reta passando por , com coeficiente angular
Onde (𝑥0 , 𝑦0 ) é o ponto dado por onde a tangente passa. m:
 (t) : y − y0 = m (x − x 0 )
.
OBS.: Se a elipse tiver centro fora da origem e estiver na forma Derivando-se implicitamente a equação da elipse no ponto T temos:
canônica, isto é, tiver equação:
(𝑥 − 𝛼)2 (𝑦 − 𝛽)2 2x 0 2y0 y ' b2 x 0
+ =1 + = 0  m = y' = −
𝑎2 𝑏2 a2 b2 a 2 y0
A substituição a ser feita será:
A equação da tangente, deste modo, fica:
(𝑥 − 𝛼)2 → (𝑥 − 𝛼) ⋅ (𝑥0 − 𝛼)
(𝑦 − 𝛽)2 → (𝑦 − 𝛽) ⋅ (𝑦0 − 𝛽) b2 x 0
(t) : y − y0 = − (x − x 0 ) 
a 2 y0
Esta substituição necessariamente te dará a equação de uma reta. O
teorema garante que:  a 2 y0 y − a 2 y02 = −b2 x 0 x + b 2 x 02 
 b2 x 0 x + a 2 y0 y = b 2 x 02 + a 2 y02 
Caso 1: Se o ponto dado for o ponto de tangência, a reta obtida na
substituição será a própria reta tangente. x x y y x 2 y2
(a 2 b 2 )  0 + 0 = 0 + 0 = 1 (1)
a2 b2 a 2 b2

Para os demais cenários, se fizermos as contas da demonstração,


encontraremos os seguintes resultados:
As equações das tangentes a esta elipse com coeficiente angular m
são:
y = mx  a2m2 + b2 (2)
A equação da corda que liga os pontos de contato das tangentes
Caso 2: Se o ponto dado for um ponto externo à cônica, por onde a P(x1 , y1 )
traçadas de um ponto , não pertencente à curva, são:
tangente passa, a reta obtida na substituição será a reta que passa
x1 x y y
pelos pontos de tangência, conforme figura abaixo. A partir dela, + 1 =1 (3)
2
podemos fazer sua interseção com a cônica para obter os pontos de a b2
tangência e, com isso, recair no caso 1.
x2 y2
+ =1
2
Analogamente, para a elipse de equação b a2 (focos em
Oy) as equações acima ficam:
x0 x y y
(1') + 0 =1
2
b a2
(2') y = mx  b2m2 + a2
x1x y1y
(3') + =1
b2 a2

MAT 183
GEOMETRIA ANALÍTICA
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO GABARITO

( x − 2)
2
1. Determine a equação da elipse cujo eixo maior é 26 e cujos focos y2
são (-10,0) e (14, 0). 1. Resposta: + =1
162 25
2. Calcule o comprimento da corda que a reta 2. 4 2
r:y = -x define na elipse x²+4y²=20. x2 ( y − 2)
2

3. + =1
3. Qual é a equação do conjunto dos pontos P(x,y) cuja soma das 225 289
distâncias a (0, -6) e (0,10) é 34?
( x + 3) ( y − 2)
2 2

4. O ponto C(-3, 2) é o centro de uma elipse que tangencia os eixos 4. − =1


9 4
coordenados. Determine sua equação, sabendo que seus eixos de
4
simetria são paralelos aos eixos coordenados. 5. 2C = 16, e =
5
5. Calcule a distância focal e a excentricidade da elipse 6. C
9x²+25y²=900. 7. D
8. E
x² y ² 9. E
6. Um ponto P da elipse + = 1 dista 2 de um dos focos. Qual
( x − 3) ( y + 1)
2 2
9 4
10. + =1
a distância de P ao outro foco? 169 144

(A) 2 (B) 3 (C) 4 (D) 5


EXERCÍCIOS PROPOSTOS
7. A equação reduzida da cônica, representada no gráfico abaixo, é
y 1. Determine a equação da elipse de excentricidade 3/4 que possui
focos no eixo y, simétricos em relação à origem, distantes 32/3 entre
9 si.

2. O ponto (3, -1) é um extremo do eixo menor de uma elipse cujos


focos estão na reta y+6=0. Determine a equação da elipse, sabendo
2
que sua excentricidade é .
2

1 3. Determine os pontos de interseção entre as elipses


x² + 9y² – 45 = 0 e x² + 9y² – 6x – 27 = 0.
-1 2 x
( x − 4) 2 ( y − 3) 2 4. Os pontos A(10,0) e B(-5,y) estão sobre uma elipse cujos focos
(A) + =1 são F1 (−8,0) e F2 (8,0) . Calcule o perímetro do triângulo BF1F2.
9 16
( x − 5) 2 ( y + 1) 2
(B) + =1 5. Os focos de uma elipse são F1(0, -6) e F2(0, 6). Os pontos A(0, 9)
9 16 e B(x, 3), com x>0, estão na elipse. A área do triângulo com vértices
( x + 1) 2 ( y − 5) 2 em B, F1 e F2 é igual a
(C) + =1
16 9 (A) 22 10 (B) 18 10 (C) 15 10
( x + 1) 2 ( y − 5) 2 (D) 12 10 (E) 6 10
(D) + =1
9 16
x2 y 2
6. Considere a elipse de equação + = 1 . Se o ponto (x,y) é um
8. No plano cartesiano, a curva de equações paramétricas x = 2cost 16 9
e y = 5sent, com t real, é: dos vértices do quadrado inscrito nessa elipse, então |x| + |y| é igual
(A) uma senóide a?
(B) uma cossenóide
(C) uma hipérbole 7. A área do quadrilátero cujos vértices são as interseções da elipse
(D) uma circunferência 9x² + 25y² = 225 com os eixos coordenados é igual, em unidades de
(E) uma elipse área, a:
(A) 30 (B) 32 (C) 34 (D) 36
9. A reta de menor coeficiente angular, que passa por um dos focos
da elipse 5x² + 4y² = 20 e pelo centro da circunferência 8. A equação 9x² + 4y² - 18x – 27 = 0 representa, no plano
x² + y² - 4x – 6y = 3, tem equação: cartesiano, uma curva fechada. A área do retângulo circunscrito a
(A) 3x – y – 3 = 0 essa curva, em unidades apropriadas, vale:
(B) 2x – y – 1 = 0 (A) 36 (B) 24 (C) 18 (D) 16 (E) 12
(C) x – 3y – 7 = 0
(D) x – 2y – 4 = 0 9. Obtenha as tangentes à elipse 2x²+3y²=6 que são paralelas à reta
(E) x – y + 1 = 0 (r) y = x.

10. As metades do eixo maior e da distância focal de uma elipse 10. A reta y=x+b é tangente à elipse 2x² + y² = 2. O valor de b é:
medem, respectivamente, 13cm e 5cm, e seu centro é o ponto (A) 0 (B) 1 ou -1
(3,-1). Se o eixo menor é paralelo ao eixo das ordenadas, escreve a
(C) 2 ou -2 (D) 3 ou − 3
equação reduzida dessa elipse.
MAT 184
GEOMETRIA ANALÍTICA
11. Obter as tangentes à elipse 4x²+9y²=36 que passam por (7, 2). medida do segmento PQ é igual à quarta parte do comprimento do
eixo maior de elipse de equação:
12. Obter as tangentes à elipse x²+2y²-8y+6=0 que passam por
(0, 0). (A) 2x2 + y2 − 8x − 2y + 7 = 0 .
(B) 2x 2 + y2 − 4x − 2y − 1 = 0 .
13. Conduza por P(0,0) as retas t que são tangentes à elipse
x² + 4y² – 16y + 12 = 0. (C) x2 + 4y2 − 4x − 24y + 36 = 0 .
(D) x 2 + 2y2 − 2x − 8y + 1 = 0 .
14. Determine a equação da elipse com centro na origem, que passa
 (E) x2 + 2y2 − 4x + 8y + 8 = 0 .
1 1 6 
pelo ponto P  ,  e tem um foco F1 =  − ,0  .
 2 2   3  5. AFA 2013 Sobre a circunferência de menor raio possível que
circunscreve a elipse de equação x2 + 9y2 − 8x − 54y + 88 = 0 é
GABARITO
correto afirmar que
(A) tem raio igual a 1.
81x 2 81 y 2
1. + =1 (B) tangencia o eixo das abscissas.
1792 4096 (C) é secante ao eixo das ordenadas.
( x − 3)
2
( y + 6)
2
(D) intercepta a reta de equação 4x – y = 0.
2. + =1
50 25
3. (3, 2) e (3, –2) 6. EN Uma cônica tem equação 252x2 + 9y2 = 28 . A área do
4. 4 3 quadrilátero convexo com 2 vértices sobre os focos e os outros 2
5. D sobre as extremidades do menor dos eixos da cônica é:
25 3 3
6. x + y = (A) 1. (B) . (C) .
5 6 3
7. A 3 2 3
8. B (D) . (E) .
28 3
9. y = x + 5 ou y = x – 5
10. D 7. EN Considere num sistema de coordenadas cartesianas
11. 7x – 10y – 29 = 0 ou y = 2
x2 y2 x2 y2
6 6 ortogonais, as elipses de equações + =1 e
=1, +
12. y = x ou y = – x a2 b2 b2 a2
2 2
sendo a  b . A alternativa que completa corretamente a sentença:
3 3
13. y = x ou y = – x “os pontos comuns às duas curvas dadas ....., é:
2 2 (A) determinam apenas as retas y = x e y = −x .”
14. x2 + 3y2 = 1
(B) estão sobre a reta y = x .”
(C) estão sobre a circunferência x 2 + y2 = 2a 2b2 .”
EXERCÍCIOS DE CONCURSO (D) determinam um quadrado de lados não paralelos aos eixos
coordenados.”
1. EFOMM 2019 A equação (x 2 144) + (y2 225) = 1 representa (E) têm coordenadas satisfazendo a equação y2 − x 2 = 0 .”
uma
(A) elipse com focos em (0, 9) e (0, − 9). 8. EN A reta y = mx + 3 tangencia a elipse
(B) circunferência de raio igual 9. x2 + 4y 2 = 1 se e só se:
(C) parábola.
23 29
(D) hipérbole. (A) m =  . (B) m =  .
(E) elipse com centro em [12, 15]. 2 2
31 33
(C) m =  . (D) m =  .
2. AFA O lugar geométrico dos pontos do plano cartesiano que, 2 2
juntamente com os pontos A( −3,5) e B(3,5) , determina 35
triângulos com perímetro 2p = 16cm é uma: (E) m =  .
2
(A) elipse. (B) parábola.
(C) hipérbole. (D) circunferência. 9. EN 2014 Sejam y = m1x + b1 e y = m2 x + b 2 as equações das

3. EN Determine a excentricidade da elipse de equação retas tangentes à elipse x2 + 4y2 − 16y + 12 = 0 que passam pelo
4x2 + 9y2 = 2 . ponto P(0, 0). O valor de (m12 + m22 ) é
5 5 5 3 3 5
(A) . (B) . (C) . (A) 1 (B) (C) (D) 2 (E)
3 4 6 4 2 2
5 5
(D). . (E) . 10. AFA Na figura abaixo, F1 e F2 são focos da elipse
9 18
x2 y2  3
+ = 1 . O ponto C, de coordenadas  0,  , pertence ao
4. EN Seja P o ponto de interseção entre as retas r e s de equações 25 9  2
3x − 2y + 4 = 0 e −4x + 3y − 7 = 0 , respectivamente. Seja Q o
segmento MN . Os segmentos AC , CB e MN são,
centro da circunferência de equação x2 + y2 + 24 = 6x + 8y . A

MAT 185
GEOMETRIA ANALÍTICA
respectivamente, paralelos aos segmentos F1P , PF 2 e F1F2 . A (x – 4)2 + 9  (y – 3)2 = 9
área da figura sombreada, em unidades de área, é: (x − 4) (y − 3) 2
+ =1
y 32 12
P Como o eixo maior da elipse mede 6 (3 + 3), concluímos que a
circunferência de menor raio possível que circunscreve a elipse
(A) 3. M C N possui centro no (4, 3) e raio 3; portanto, tangente ao eixo x.
(B) 6. 6. E
(C) 9. 7. E
(D) 12. F1 A B F2 x
8. E
9. C
Considerando uma reta qualquer y = mx que passa pelo ponto P
(origem) pode-se calcular os valores de m para os quais há apenas
um ponto de intersecção entre a reta e a elipse dada. Ou seja:
11. EN 2018 Seja P(x,y) um ponto da elipse
x2
2
+
y2
2
= 1 , de
2
( )
x 2 + 4  ( mx ) − 16  ( mx ) + 12 = 0 → x 2  4m 2 + 1 − 16mx + 12 = 0
a b
 = 0 (uma raíz → um ponto de int er secção)
focos F1 e F2 e excentricidade e. Calcule PF1 • PF2 e assinale a
opção correta. ( )
 = ( −16m ) − 4  4m 2 + 1  12 = 0 → 64m 2 = 48 → m = 
2 3
4
(A) ex 2 + a (1 + 2e2 ) . (B) e2x − a 2 (1 + e) . 2 2
 3   3 6 3
(C) e x + a (1 − 2e) .
2 2 2
(D) e x − a (1 + e ) .
2 2 ( m1 )2 + ( m2 )2 =   +  −  = =
 4   4  4 2
(E) e x + a (1 − 2e ) .
2 2 2 2
10. B
11. E
12. EN 2020 Seja uma elipse centrada na origem de focos A(0; − 4) 12. A
Considere a figura.
e B. Considere C(4; 4) e P pontos sobre a elipse. Dado o ponto
D(3; 2), considere m a distância de D a P e n a distância de P
a um dos focos. O menor valor possível de m + n é:
 5  5
(A) 2   2 +  (B)  2 + 
 2  2
   
 5
(C) 2   2 −  (D) 2  (2 + 5 )
 2
 
(E) (2 + 5 )
Sabendo que a elipse está centrada na origem, temos c = 4 e
B = (0, 4). Ademais, como o eixo maior está contido no eixo das
GABARITO ordenadas, segue que a equação da elipse é
x2 y2
1. A + = 1.
Uma equação de elipse com centro na origem é da forma: b2 a 2
Pela relação fundamental da elipse, sabemos que
x2 y2
+ =1 a 2 = b 2 + c2  b 2 = a 2 − 16.
b2 a 2
Logo, Portanto, como C pertence à elipse, a 2  0 e b2  0, vem
b2 = 144  b = 12 x2 y2 42 42
+ =1 + =1
a 2 = 225  a = 15 b 2
a 2
a − 16
2
a2
Portanto: c2 = a 2 − b2  c = 152 − 122  c = 9  (a 2 − 24)2 = 320
Portanto, os focos são: (0, 9) e (0, − 9).  a 2 = 4(1 + 5) 2
Temos então uma elipse com focos em (0, 9) e (0, − 9).  a = 2(1 + 5).
2. A
3. A
A distância do ponto A ao ponto D é
4. D
5. B d(A, D) = (3 − 0) 2 + (2 − ( −4)) 2 = 3 5.
Tomando o triângulo ADP, pela Desigualdade Triangular, vem
d(A, P)  d(A, D) + d(D, P), com a igualdade ocorrendo se, e
somente se, A, D e P forem colineares. Desse modo, segue que
d(A, P)  3 5 + m.
Supondo P no primeiro quadrante, temos d(B, P)  d(A, P).
Logo, se d(B, P) = n, então, pela definição de elipse, vem
x + 9y − 8x − 54y + 88 = 0 
2 2 d(A, P) + d(B, P) = 2a  d(A, P) = 2a − n.
x2 – 8x + 16 + 9  (y2 – 6y + 9) = –88 + 16 + 81 Substituindo essa relação na desigualdade anterior, encontramos

MAT 186
GEOMETRIA ANALÍTICA
2a − n  3 5 + m  m + n  4(1 + 5) − 3 5 GABARITO
 5
 m + n  2 2 + . 1. A =
4 3
 2  3
 5
Em consequência, o valor mínimo de m + n é 2  2 + .
 2  4x 2 4y 2
2. + =1
9 5

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
x 2 y2
3. + =1
17 8
1. Calcule a área do triângulo formado pelas retas x = 1,
y = 2 e a tangente à cônica 4. D
 4+ 3 
x² + 4y² - 2x - 16y + 13 = 0 no ponto  2, 
 2
 

2. Uma circunferência tangencia a circunferência de equação


(x+1)²+y²=9 e contém o ponto (1, 0). Determine o lugar geométrico
do seu centro.

3. A reta x – y – 5 = 0 tangencia uma elipse cujos focos são (-3, 0)


e (3, 0). Determine a equação da elipse.
m2 3
4. IME 2012 Os triângulos ABC e DEF são equiláteros com lados A(GFH) + A(ABHFG) =
4
iguais a m. A área da figura FHCG é igual à metade da área da figura
ABHFG. Determine a equação da elipse de centro na origem e eixos 2x 2 3 4x 2 3 m 2 3 m
+ = x=
formados pelos segmentos FC e GH. 4 4 4 6
m m 3 m
Logo, GO = e FO =  =
2 6 6 2 2 2
x2 y2
2
+ 2
= 1  8x 2 + 24y 2 − m 2 = 0
 m   m 
   
2 2 2 6

(A) 48x 2 + 36y2 – 2m2 = 0 x2 y2


5.  G  (E) : + = 1  9x 2 + 36y 2 = 100
100 25
(B) 8x2 + 16y2 – 3m2 = 0 9 9
(C) 16x2 + 48y2 – 3m2 = 0
(D) 8x 2 + 24y2 – m2 = 0
(E) 16x2 – 24y2 – m2 = 0

5. IME Considere um circulo C de raio 5 cm com centro O em


(0,0) e um ponto P sobre a circunferência deste círculo. Seja M a
projeção do ponto P sobre o eixo OX. Determine a equação do lugar
geométrico do centro de gravidade do triângulo OPM, quando P se
desloca sobre a circunferência do circulo C.

MAT 187
GEOMETRIA ANALÍTICA
TÓPICO: GEOMETRIA ANALÍTICA
SUBTÓPICO: CÔNICAS 2) EQUAÇÃO
CAPÍTULO: HIPÉRBOLE Para uma hipérbole de focos sobre Ox:
P  ( H )  PF − PF ' = 2a
PF = ( x − c) 2 + y 2 
Teoria:
PF ' = ( x + c) 2 + y 2
1) DEFINIÇÃO  ( x − c)2 + y 2 − ( x + c)2 + y 2 = 2a 
Hipérbole é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja diferença
de suas distâncias a dois pontos fixos, chamados de focos, é  ( x − c)2 + y 2 = 2a ( x + c)2 + y 2 
constante, sendo esta constante usualmente representada por 2a.
 x 2 − 2cx + c 2 + y 2 = 4a 2 4a ( x + c ) 2 + y 2 +
1.1) CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA + x 2 + 2cx + c 2 + y 2 

P  a ( x + c)2 + y 2 = a 2 + cx 
 a2 ( x2 + 2cx + c2 + y 2 ) = a3 + 2a 2cx + c2 x2 
 ( c 2 − a 2 ) x 2 − a 2 y 2 = a 2 (c 2 − a 2 )
Como c  a  0  c2  a2  c2 − a2  0
Fazendo-se b2 = c2 − a2 , a equação acima pode ser escrita como:
x2 y2
b2 x2 − a 2 y 2 = a 2b2  2 − 2 = 1
F' F a b
2c Analogamente, para uma hipérbole de focos sobre Oy, temos a
equação:
Da figura, temos que se o triângulo PFF’ existe, então: y2 x2
− =1
FF  PF − PF a 2 b2
logo: OBS: Como não há relação de ordem entre os denominadores
2c  2a  c  a a 2 e b 2 , para identificarmos a que eixo os focos pertencem, basta
colocarmos a equação da curva na forma padrão (canônica). A
1.2) GRÁFICO fração com coeficiente positivo irá caracterizar o eixo que contém
Hipérbole com os focos sobre o eixo dos x: os focos. Isto é, a fração com denominador 𝑎2 sempre estará atrelada
ao sinal de +. A orientação da hipérbole será identificada olhando
y
se x ou y está na fração com coeficiente positivo.

Caso o centro da hipérbole esteja no ponto (𝛼, 𝛽), fora da origem,


B1 P(x , y)
pode-se utilizar o mesmo princípio utilizado no capítulo de
Circunferências (translação de eixos), fazendo as substituições:
F '( −c , 0) F(c , 0) 𝑥 → 𝑥−𝛼
A '( −a , 0) A(a , 0) x 𝑦→𝑦−𝛽
Na equação base. Teremos, portanto, os seguintes casos:
B2
2.1) EIXO FOCAL PARALELO A Ox
y b
a:y − =  (x −  )
a
Hipérbole com os focos sobre o eixo dos y:
y
F' (  − c , ) F ( + c ,  )
F(0 ,c)
P(x , y) A' (  − a , )
A ( + a ,  )
C( ,  )
A
B' B
x
x
A'

F '(0 , − c) ( x −  )2 ( y −  )2
− =1
a2 b2
AA’: eixo focal, comprimento 2a.

1.3) RELAÇÃO FUNDAMENTAL


c 2 = a 2 + b2

MAT 188
GEOMETRIA ANALÍTICA
2.2) EIXO FOCAL PARALELO A Oy 4) DEFINIÇÃO POR EXCENTRICIDADE
y Hipérbole é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja razão de
F ( ,  + c ) suas distâncias a um ponto fixo, chamado de foco, e a uma reta fixa,
chamada de diretriz, é uma constante maior que 1, denominada
A ( ,  + a ) excentricidade.

5) EQUAÇÕES DAS DIRETRIZES


a
a : y −  =  (x −  ) C( ,  ) a a2
b • hipérbole de focos sobre Ox: x =  =
e c
A' (  ,  − a )
a a2
• hipérbole de focos sobre Oy: y =  = 
e c
x
F' (  ,  − c ) 6) ASSÍNTOTAS
Assíntota é a reta para a qual o gráfico tende quando x vai para o
infinito (+∞ ou –∞). No caso da hipérbole, fica:
( y −  )2 ( x −  )2 •
b
hipérbole de focos sobre Ox: y =  x
− =1
a2 b2 a
a
• hipérbole de focos sobre Oy: y =  x
3) ELEMENTOS b
3.1) RAIOS VETORES
São os segmentos que ligam os focos a um ponto da curva. 7) HIPÉRBOLE EQUILÁTERA
É uma hipérbole onde a = b . Logo, como consequência, temos que
3.2) VÉRTICES em uma hipérbole equilátera a excentricidade é igual a 2 e suas
São as interseções da hipérbole com seu eixo focal. assíntotas são da forma 𝑦 = ±𝑥.
Assim, temos:
• Hipérbole de focos sobre Ox: 8) HIPÉRBOLES CONJUGADAS
A(a ,0) e A '(−a ,0) → eixo focal ou real Duas hipérboles são conjugadas quando o eixo focal (real ou
transverso) de uma for o eixo não focal (imaginário ou não
B(0, b) e B '(0, − b) → eixo imaginário transverso) da outra e vice-versa.
• Hipérbole de focos sobre Oy: x2 y 2 y 2 x2
A(0, a) e A '(0, − a) → eixo focal ou real Assim, as hipérboles: 2 − 2 = 1 e 2 − 2 = 1 são conjugadas
   
B(b ,0) e B '(−b ,0) → eixo imaginário
9) RETA TANGENTE À HIPÉRBOLE
3.3) SIMETRIA Vale o mesmo teorema visto no capítulo de Elipses. Vamos
Uma hipérbole é simétrica em relação a seu eixo, em relação à demonstrar o caso de ser conhecido o ponto de tangência para
mediatriz de AA’ e em relação ao seu centro. ilustrar.
x2 y2
3.4) EXTENSÃO DA CURVA Dada a hipérbole (H) de equação 2 − 2 = 1 , seja o ponto
a b
Uma hipérbole é uma curva aberta.
T ( x 0 , y0 ) a ela pertencente. Então, a equação da reta (t), tangente a
 x  −a
 ou xa
• Hipérbole de focos sobre Ox:  esta hipérbole no ponto T, é dada por:
y 
 x0 x y0 y
− 2 =1.
x 
 a2 b
• Hipérbole de focos sobre Oy: 
 y  −a
 ou ya y
3.5) EXCENTRICIDADE t
c
e = 1
a

3.6) LATUS RECTUM T(x 0,y0)


2b 2
É a corda focal de comprimento mínimo, igual a . Esta corda é
a
perpendicular ao eixo real passando pelo foco. Como há dois focos a x
-a
(e por simetria), há duas cordas na hipérbole que podem ser
chamadas de Latus Rectum.

3.7) PARÂMETRO
É igual à metade do Latus Rectum.
Demonstração:
b2
p= Seja (t) uma reta passando por T ( x0 , y0 ) , com coeficiente angular
a
m:
 (t) : y − y0 = m ( x − x0 ) .

MAT 189
GEOMETRIA ANALÍTICA
Derivando-se implicitamente a equação da hipérbole no ponto T EXERCÍCIOS PROPOSTOS
temos:
2 x0 2 y0 y ' b 2 x0 x2 y2
− = 0  m = y ' = 1. Dada a elipse + = 1 , determine a equação da hipérbole
a2 b2 a 2 y0 25 16
A equação da tangente, deste modo, fica: cujos vértices são os focos da elipse e cujos focos são os vértices da
b2 x elipse.
(t) : y − y0 = 2 0 ( x − x0 ) 
a y0
2. Determine a equação reduzida da elipse cujo eixo menor tem por
 a 2 y0 y − a 2 y02 = b 2 x0 x − b 2 x02  extremos os focos da hipérbole 9x² - 16y² = -144 e cuja
 b 2 x0 x − a 2 y0 y = b 2 x02 − a 2 y02  excentricidade é o inverso da excentricidade da hipérbole dada.

x0 x y0 y x02 y02 3. Calcule a área do triângulo formado pelas assíntotas da hipérbole


(  a 2b 2 )  − 2 = 2 − 2 =1 (1)
a2 b a b x2 y2
− = 1 e pela reta r: 9x+2y-24=0.
4 9
As equações das tangentes a esta hipérbole com coeficiente angular
m são: 4. Determine uma reta perpendicular a x + 2y + 1 = 0 e tangente à
y = mx  a2m2 − b2 (2) hipérbole 5x²-y²=1.

A equação da corda que liga os pontos de contato das tangentes 5. As equações das retas paralelas a y=3x e tangentes à hipérbole
traçadas de um ponto P( x1 , y1 ) , não pertencente à curva, são: y2
x² − = 1 são
x1 x y1 y 4
− 2 =1 (3)
a2 b (A) y = 3x  5 (B) y = 21x  10
2 2
x y 10
Analogamente, para a hipérbole de equação − = 1 (focos em (C) y = 3x  (D) y = 3x  5
b2 a 2 7
Oy) as equações acima ficam: 1
x0 x y0 y (E) y = 3 x 
(1') − 2 =1 2
b2 a
(2') y = mx  a 2 − b2m2 6. Obter as tangentes à hipérbole x2 – y2 = 1 que são paralelas à reta
y = 2x.
x1 x y1 y
(3') − 2 =1
b2 a x2 y2
7. Determine as tangentes à hipérbole − = 1 perpendiculares
20 5
à reta 4x + 3y – 7 = 0.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
8. Pelo ponto C(-1, 10), traçam-se tangentes à hipérbole de equação
4x² – y² = 32. Determine a equação da corda que une os pontos de
1. A equação (x + y)(x – y) = 1 representa tangência.
(A) uma hipérbole com excentricidade e = 2
(B) duas retas perpendiculares entre si 9. Determine as retas tangentes a x²-y²=1 e que passam por P(0, 3).
(C) uma elipse com centro na origem
(D) uma hipérbole cuja distância focal é igual a 2. 10. Dada a equação ax²+by²=c, onde a, b e c são reais não nulos, é
correto afirmar que, necessariamente, sua representação gráfica é
2. Determine o lugar geométrico dado por uma
4x² – y² = 0. (A) circunferência, se a=b
(B) hipérbole, se a = -b e c = b
3. Determine as assíntotas da hipérbole (C) elipse de centro na origem, se a≠b e c=1
9x² – 3y²=1. (D) circunferência, se a=b e c>0

4. Determine os pontos de interseção entre a reta 2x – y – 10 = 0 e a


x2 y2 GABARITO
hipérbole − =1.
20 5
x2 y2
1. − =1
5. Determine a equação da reta que passa por um dos vértices da 9 16
curva definida por: 4y2 + 8y – x2 = 4, formando um ângulo de 45º
com o eixo horizontal. x2 y2
2. + =1
625 25
GABARITO 16

1. A 3. 12
2. Duas retas.
4. Não existe.
3. y =  x 3
5. A
4. (6, 2) e (14/3, -2/3)
6. y = 2x  3
5. y = x  2

MAT 190
GEOMETRIA ANALÍTICA
7. 3x-4y-10=0 e 3x-4y+10=0 7. EsPCEx 2019 Uma hipérbole tem focos F1(−5, 0) e F2 (5, 0) e
passa pelos pontos P(3, 0) e Q(4, y), com y  0. O triângulo
8. 2x+5y+16=0
com vértices em F1, P e Q tem área igual a
9. y =  x 10 + 3 16 7 16 7 32 7
(A) . (B) . (C) .
3 5 3
10. B
8 7 8 7
(D) . (E) .
3 5
EXERCÍCIOS DE CONCURSO
8. EN 2011 A curva de equação x2 − 14 = y 2 + 2x intercepta a
reta 4y + 1 = x nos pontos A e B. Seja C a circunferência com
1. EFOMM Num plano, a sentença matemática
x2 y 2 centro no ponto médio do segmento AB e cujo raio é a medida do
− = 0 representa: eixo maior da curva de equação
9 9
(A) uma só reta, que não passa pela origem. x2 + 2y 2 = 2 3 x − 8y − 2 . A circunferência C tem por equação:
(B) uma circunferência de raio 3. 35 − x 2 − y 2 20 − x 2 − y 2
(C) duas retas distintas. (A) x = . (B) x = .
2 2
(D) uma parábola.
x 2 + y 2 − 25 x 2 + y 2 − 35
(E) um ponto. (C) x = . (D) x = ;
2 2
2. EN 2014 A equação 4x2 − y2 − 32x + 8y + 52 = 0 , no plano xy, 25 − x 2 − y 2
(E) x = .
representa: 2
(A) duas retas.
(B) uma circunferência. 9. AFA 2019 No plano cartesiano, os focos F1 e F2 da elipse
(C) uma elipse.
(D) uma hipérbole. x 2 y2
: + = 1 são pontos diametralmente opostos da
(E) uma parábola. 36 32
circunferência  e coincidem com as extremidades do eixo real de
3. ITA Sabendo que uma hipérbole equilátera .
9y2 − 16x2 − 144y + 224x − 352 = 0 é a equação de uma É INCORRETO afirmar que
hipérbole, calcule sua distância focal. (A)     = 
(B)    = {F1, F2}
4. EFOMM O valor de b para que a reta y = x + b não intercepte
(C)   = {A, B, C, D}, sendo A, B, C, D pontos distintos
os ramos da hipérbole x2 − y 2 = 1 é: (D)     
(A) –1. (B) 0. (C) 1.
(D) 2. (E) 2 . 10. ITA O lugar geométrico da interseção de duas retas, uma
passando pelo ponto (0, −1) com coeficiente angular a1, a outra
5. AFA Analise as proposições abaixo, classificando-as em (V) passando pelo ponto (0,1) com coeficiente angular a2 tal que
verdadeiras ou (F) falsas.
( ) Considere a circunferência  e a hipérbole 2y 2 − x2 = 8 a12 + a 22 = 2 , é:
tendo mesmo centro. Se  passa pelos focos da hipérbole, (A) (x − a1)2 + (y − a 2 )2 = 1 . (B) x2 − y2 = 1 .
uma de suas equações é x + y = 12 .
2 2
(C) x 2 + y2 = 1 . (D) y = a1x 2 .
( ) Numa hipérbole equilátera, uma das assíntotas tem
x2 y2
coeficiente angular igual a
2
. (E) + =1.
2 a12 a 22
3
( ) A excentricidade da elipse x2 + 4y 2 = 4 é igual a GABARITO
2
Tem-se a sequência: 1. C
(A) F, V, F. 2. D
(B) F, F, V. 3. 10
(C) V, F, V. 4. B
(D) V, V, F. 5. C
6. A
6. AFA A equação reduzida da hipérbole, cujos focos são os 7. A
extremos do eixo menor da elipse de equação 16x2 + 25y 2 = 625 , De acordo com as informações do problema, concluímos que a
e cuja excentricidade é igual ao inverso da excentricidade da elipse representação da hipérbole no plano cartesiano será dada pelo
dada, é: seguinte gráfico.
(A) 16y2 − 9x 2 = 144 .
(B) 9y2 − 16x 2 = 144 .
(C) 9x 2 − 16y2 = 144 .
(D) 16x 2 − 9y2 = 144 .

MAT 191
GEOMETRIA ANALÍTICA
b 2 + 3 = 52  b = 4 Como x2 = −252,    = 
Portanto a equação da hipérbole será dada por; x − y = 1
2 2
Assim, é INCORRETO dizer que     .
2 2
3 4
Logo, o ponto Q de abscissa 4 será dada por: 10. B
4 2
y 2
y2
16 y 2
7 4 7 .
− =1 = −1 = y=
32 42 16 9 16 9 3
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
Como y  0 o ponto Q será dado por: Q  4, 4 7

 3 

Portanto, a área do triângulo pedida será dada por:
1. IME Seja A(a,b) o ponto da cônica x2 − y 2 = 27 mais
próximo da reta 4x − 2y + 3 = 0 . O valor de a + b é:
(A) 9. (B) 4. (C) 0. (D) −4 .(E) −9.

2. IME 2019 A reta r é normal à cônica C, de equação


 3 5
4 7 9x2 − 4y2 = 36, no ponto A =  3,  e intercepta o eixo das
1
S = 8  2 
2 3
abscissas no ponto B. Sabendo que F é o foco da cônica C mais
16 7
S= . próximo ao ponto A, determine a área do triângulo ABF.
3
8. D
3. IME 2013 Considere uma haste AB de comprimento 10 m. Seja
9. D
um ponto P localizado nesta haste a 7 m da extremidade A. A
x 2 y2 posição inicial desta haste é horizontal sobre o semieixo x positivo,
Da equação + = 1,
36 32 com a extremidade A localizada na origem do plano cartesiano. A
haste se desloca de forma que a extremidade A percorra o eixo y, no
a = 6, b = 4 2, a 2 = b2 + c2 e c  0, sentido positivo, e a extremidade B percorra o eixo x, no sentido
( )
2 negativo, até que a extremidade B esteja sobre a origem do plano
62 = 4 2 + c2
cartesiano. A equação do lugar geométrico, no primeiro quadrante,
36 = 32 + c 2 traçado pelo ponto P ao ocorrer o deslocamento descrito é
(A) 49x 2 + 9y2 – 280x + 120y – 441 = 0
c2 = 4
c=2 (B) 49x 2 – 406x – 49y2 + 441 = 0
Logo, (C) 9x2 + 49y2 – 441 = 0
F1 = ( −2, 0) e F2 = ( 2, 0).
(D) 9x2 + 9y2 + 120y – 441 = 0
Sendo C = ( xC , yC ) o centro da circunferência ,
(E) 9x2 – 49y2 – 441 = 0
−2 + 2
xC =
2
4. UNESP 2018 O gráfico representa uma hipérbole, dada pela
xC = 0
3
função real f (x) = x + . Sabe-se que ABCD é um
2−x
0+0
yC =
2 retângulo, que EC é diagonal do retângulo EBCF e que a área da
yC = 0 região indicada em rosa é igual a 4,7 cm2 .
C = ( 0, 0)
Sendo r a medida do raio da circunferência ,
r 2 = ( 2 − 0) + ( 0 − 0)
2 2

r2 = 4

Portanto,  : x 2 + y2 = 4
Como F1 e F2 coincidem com as extremidades do eixo real de
uma hipérbole equilátera, a = b = 2
2 2
Logo,  : x − y = 1
4 4
Vamos examinar   
 x 2 y2
 + = 1 (i )
 36 32
 x 2 + y 2 = 4 ii a) Determine as coordenadas (x, y) do ponto A.
 ( )
b) Calcule a área da região indicada em amarelo no gráfico.
Das equações (i) e (ii),
x2 4 − x2 5. IME 2010 Considere as hipérboles que passam pelos pontos
+ =1
36 32 ( −4,2) e ( −1, − 1) e apresentam diretriz na reta y = −4 . Determine
8x 2 + 9  4 − x 2 ( ) =1 a equação do lugar geométrico formado pelos focos dessas
288 hipérboles, associados a esta diretriz, e represente o mesmo no plano
8x 2 + 36 − 9x 2 = 288 cartesiano.
x 2 = −252

MAT 192
GEOMETRIA ANALÍTICA
GABARITO 117 5 − 12 65
Resposta: S = .
16
1. E
3. C
2. De 9x2 − 4y2 = 36,
d  2 d  2 d
9x − 4y = 36
dx   dx   dx  
d  2  dy
18x − 4y  =0
dy   dx
dy
18x − 8y  =0
dx
dy 9x
=
dx 4y
X 7 10X
Sendo m o coeficiente angular da reta normal à cônica, ANP ~ AOB  =  XB =
−4y X B 10 7
m= . y 3 10X
9x ANP ~ AOB  =  yA =
Daí, y A 10 3
Log o, ( x B ) + ( y A ) = 102
3 5 2 2
3 5 4 2
y− =−   ( x − 3) 2 2
2 9 3  10x   10y 
 7  +  3  = 10
2
3 5 2 5    
y− =− ( x − 3)
2 9 x 2 y2
+ = 1  9x 2 + 49y 2 − 441 = 0
Fazendo y = 0, 49 9
3 5 2 5 4. a) Desde que a abscissa do ponto A corresponde a um dos
0− =−  ( x − 3)
2 9 zeros de f , temos
27 3
= x −3 x+ = 0  x 2 − 2x − 3 = 0
4 2−x
39  x = −1 ou x = 3.
x=
4 Logo, como o ponto A se encontra no semieixo negativo das
 39  abscissas, vem A = (−1, 0).
Logo, B =  , 0  .
 4  b) Observando que C e D possuem a mesma ordenada,
encontramos
Da equação 9x − 4y = 36, 2 2
3
4=x+  x 2 − 6x + 5 = 0
9x 2 4y2 36 2−x
− =
36 36 36  x = 1 ou x = 5.
x 2 y2 Assim, temos x C = 5 e, portanto, se G é o centro do retângulo
− =1
4 9 ABCD, então
Como c = a + b , a = 2, b = 3 e c  0,
2 2 2
 x + x C y A + yC 
G= A , 
c = 2 +3
2 2 2  2 2 
 −1 + 5 0 + 4 
c = 13 = , 
 2 2 
Assim, os focos são: F1 = − 13, 0 e F2 = ( ) ( )
13, 0 . = (2, 2).
Note que F2 está mais próximo do ponto A do que F1 , logo, Portanto, como o ponto de encontro das assíntotas é o centro da
hipérbole, segue que x E = x G = 2.
F= ( 13, 0 . ) Finalmente, como a hipérbole é simétrica em relação a G,
1
Finalmente, a área S do triângulo ABF é dada por: S =  D , podemos concluir que a área pedida é dada por
2 3 4
onde, (EBC) − 4,7 = − 4,7
2
3 5
3
2
1 = 1,3cm 2 .
39
D=
4
0 1 5. x2 + (y + 2)2 = 8
13 0 1

39
3 5 1+ 2 1
D=  ( −1)  4
2
13 1
3 5  39 
D=−  − 13 
2  4 
−117 5 + 12 65
D=
8
117 5 − 12 65
S=
16

MAT 193
GEOMETRIA ANALÍTICA

MAT 194
FÍSICA 1

Movimentos circulares 197

Composição de movimentos e cinemática vetorial 207

Lançamento horizontal e lançamento oblíquo 216

Estática e centro de massa 226


CINEMÁTICA

TÓPICO: CINEMÁTICA
SUBTÓPICO: MCU E MCUV IMPORTANTE
CAPÍTULO: MOVIMENTOS CIRCULARES
Podemos achar uma relação entre a velocidade escalar
instantânea e a velocidade angular instantânea de uma partícula:

1. ESPAÇO ANGULAR Tem-se que:



Considere uma partícula em uma trajetória circular de raio =
R. Sabemos que num instante qualquer a posição desta partícula t
pode ser definida pelo espaço linear s, porém em uma trajetória
s
circular é mais conveniente trabalhar com grandezas angulares. mas  = , logo:
Começaremos definindo o espaço angular, que é o ângulo , cujo R
vértice está localizado no centro da circunferência e marcado a partir
s v
de um raio de origem. Vamos convencionar que o sentido do
movimento da partícula é o sentido positivo.
= =  v = R
Rt R

3. ACELERAÇÃO ANGULAR

Considere uma partícula numa circunferência em dois


instantes distintos t1 e t2:

IMPORTANTE

Se o ângulo  estiver em radianos podemos escrever a seguinte


relação entre o espaço angular () e o espaço linear (s):
s
=
R
2. VELOCIDADE ANGULAR

Considere uma partícula numa circunferência em dois A aceleração angular média (m) é dada por:
 2 − 1
instantes distintos t1 e t2:
m = =
t t 2 − t1
A aceleração angular instantânea é dada pela seguinte
fórmula:

 = lim
t →0 t

IMPORTANTE

Podemos achar uma relação entre a aceleração escalar


instantânea (ou aceleração tangencial) e a aceleração angular
A velocidade angular média (m) é dada por: instantânea de uma partícula:
 2 − 1
m = = Tem-se que:
t t 2 − t1 
=
fórmula:
A velocidade angular instantânea é dada pela seguinte t
 v
 = lim mas = , logo:
t →0 t R
 v a
= = = T  a T = R
t Rt R

FIS 197
CINEMÁTICA

Movimento Circular Uniforme 6. Relação entre frequência e velocidade angular

1. Definição No movimento circular uniforme podemos escrever uma


relação muito útil entre a velocidade angular e a frequência do
É aquele em que a velocidade angular da partícula é movimento:
constante e diferente de zero.
Conseqüentemente a partícula sofre deslocamentos Tem-se que:
angulares iguais em tempos iguias.

=
t
2. Período e frequência
mas em todo MCU a partícula percorre uma volta (2 rad) em um
intervalo de tempo igual ao período (T), logo:
Período(T) de um movimento circular uniforme é o
2
=
intervalo de tempo que a partícula leva para completar uma volta
completa.
A unidade SI do período é o segundo (s). T
Freqüência (f) de um movimento circular é o número de 1
voltas que uma partícula executa na unidade de tempo. mas f = , logo:
T
Quando a unidade de tempo é o segundo a freqüência é
medida em hertz (Hz), que é a unidade SI desta grandeza:  = 2f
Hz = s-1
7. Acoplamento de polias

OBSERVAÇÃO Polias podem ser acopladas através de correias ou por


contado direto. Desta maneira, se uma delas girar fará com que a
Uma unidade de freqüência muito utilizada é a rpm outra gire também. Estamos interessados em achar uma relação
(rotações por minuto). entre a freqüência de rotação das duas polias.
Temos que: A figura abaixo mostra duas polias acopladas:
60ciclos 60ciclos
60 rpm = = = 1ciclo / s =1 Hz
1min 60s
Portanto:
60 rpm = 1 Hz

Podemos achar uma relação entre o período e a freqüência


através de uma regra de três simples. Assim:

TEMP0 Nº DE VOLTAS

T → 1

1 → f
Note que, para que não haja escorregamento entre a correia e a
1 polia tem-se que:
f.T = 1  f =
T
vA = vB

mas v = R , logo:
3. Função horária do espaço angular
A R A = B R B
Para qualquer movimento uniforme, tem-se que:
s = so + v t
mas  = 2f , logo:
dividindo ambos os lados da equação acima por R, tem-se que:
s s0 v 2 f A R A = 2 f B R B
= + t   = o + t
R R R
simplificando, tem-se que:

fA R A = fBR B

FIS 198
CINEMÁTICA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. UEL 2020 No Museu de Ciência e Tecnologia da UEL, existem


experimentos que possibilitam ao público visitante entender a Física
de maneira divertida. Um deles é a base giratória usada para explicar
situações nas quais as grandezas físicas se relacionam no
movimento circular.

Nesse caso, como as plias giram solidárias ao eixo, elas possuirão


mesma velocidade angular, logo:

A = B
mas  = 2f , logo:

fA = fB
v
mas  = , logo:
R
Sobre movimento circular em mecânica, considere as afirmativas a
vA v
= B seguir.
RA RB
I. No movimento circular, a resultante das forças que agem
sobre o visitante é orientada para a direção tangencial.
Movimento Circular Uniformemente Variado II. No movimento circular e uniforme, a aceleração linear média
será maior quando o intervalo de tempo para percorrer o
1. Definição ângulo descrito for menor.
III. No movimento circular retardado, a força tangencial deverá
É aquele em que a aceleração angular da partícula é ter sentido contrário ao da velocidade vetorial.
constante e diferente de zero. IV. No movimento circular e uniforme, a aceleração centrípeta
terá um valor maior quando o raio da trajetória for menor.
 = constante  0
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
Podemos obter as equações cinemáticas do M.C.U.V.
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
através das equações já conhecidas de qualquer M.U.V. Observe no
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
quadro abaixo, que as equações angulares podem ser obtidas pela
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
divisão de ambos os lados das equações lineares por R:
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

MCUV 2. FCMSCSP 2021 Duas pessoas se deslocam por uma avenida,


MRUV Equações Equações uma de bicicleta, com velocidade de 30 km h , e a outra de patinete,
Lineares Angulares com velocidade de 20 km h. Se os diâmetros dos pneus da bicicleta
v = v0 + at v = v0 + at  = 0 +  t
e da patinete são, respectivamente, 66 cm e 22 cm, a relação entre
1 1 
s = v0 t + at 2 s = v0 t + at 2  = 0 t + t 2 as velocidades angulares dos pneus da patinete, P , e dos pneus da
2 2 2
bicicleta, B , é
v2 = v02 + 2a s v2 = v02 + 2a s 2 = 02 + 2
(A) P = B
s v0 + vF s v0 + vF  1 + 2
= = = (B) P = 3B
t 2 t 2 t 2
(C) P = 4B
(D) P = 6B
(E) P = 2B

3. ESPCEX (AMAN) 2021 Se um corpo descreve um movimento


circular uniforme, então:

- o módulo da força que age sobre o corpo é ____I____ zero;


- o vetor quantidade de movimento ____II____ com o tempo;
- o trabalho realizado pela força é ____III____;
- a energia cinética é ____IV____.

FIS 199
CINEMÁTICA

A opção que corresponde ao preenchimento correto das lacunas (I), 8. MACKENZIE 2019
(II), (III) e (IV) é:

(A) I - diferente II - não III - nulo IV -


de muda constante
(B) I - diferente II - muda III - diferente IV - variável
de de zero
(C) I - igual a II - muda III - nulo IV -
constante
(D) I - diferente II - muda III - nulo IV -
de constante
(E) I - igual a II - não III - constante IV - variável
muda

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Sempre que necessário, use  = 3 e g = 10 m s2 .


As engrenagens A, B e C, de raios R A , R B e R C , acima
4. UNICAMP 2021 Ao passar pelo sensor magnético, a velocidade desenhadas, fazem parte de um conjunto que funciona com um
linear de um ponto de uma fita cassete é v = 0,045 m s. Depois de motor acoplado à engrenagem de raio R A = 20 cm, fazendo-a girar
passar pelo sensor, a fita é enrolada em uma bobina circular de com frequência constante de 120 rpm, no sentido horário.
diâmetro d = 6,0 cm. Em quanto tempo a bobina completa uma Conhecendo-se o raio R B = 10 cm e R C = 25 cm, pode-se afirmar
volta? que no SI (Sistema Internacional de Unidades) a aceleração de um
(A) 0,65 s. (B) 1,3 s. (C) 4,0 s. (D) 0,27 s. ponto da periferia da engrenagem C, tem módulo igual a
(Considere 2 = 10)
5. ESPCEX (AMAN) 2020 Duas polias, A e B, ligadas por uma
(A) 1,6 (B) 16,0
correia inextensível têm raios R A = 60 cm e R B = 20 cm,
(C) 25,6 (D) 32,0
conforme o desenho abaixo. Admitindo que não haja
(E) 2560
escorregamento da correia e sabendo que a frequência da polia A
é f A = 30 rpm, então a frequência da polia B é
9. EFOMM 2018 Um automóvel viaja em uma estrada horizontal
com velocidade constante e sem atrito. Cada pneu desse veículo tem
raio de 0,3 metros e gira em uma frequência de 900 rotações por
minuto. A velocidade desse automóvel é de aproximadamente:
(Dados: considere  = 3,1.)
(A) 21 m s
(B) 28 m s
(C) 35 m s
(D) 42 m s
(A) 10 rpm. (B) 20 rpm. (C) 80 rpm.
(E) 49 m s
(D) 90 rpm. (E) 120 rpm.
10. EEAR 2018 Um ponto material descreve um movimento
6. (UFU 2020) Um satélite geoestacionário corresponde aquele que circular uniforme com o módulo da velocidade angular igual a
fica permanentemente sobre uma dada região do planeta Terra, e por 10 rad s. Após 100 s, o número de voltas completas percorridas
isso é muito utilizado para suprir serviços específicos para aquela
região como, por exemplo, monitoramento e comunicações. por esse ponto material é
A respeito dos satélites geoestacionários, é correto afirmar que
possuem Adote  = 3.
(A) velocidade nula em relação a um observador em repouso em (A) 150
relação ao Sol. (B) 166
(B) órbitas que ficam permanentemente sobre a região polar da (C) 300
Terra. (D) 333
(C) órbitas cujo período é equivalente ao período de rotação da
Terra.
GABARITO
(D) raio de órbita inversamente proporcional à massa do satélite.
1. C
7. UERJ 2019 Em um equipamento industrial, duas engrenagens,
2. E
A e B, giram 100 vezes por segundo e 6.000 vezes por minuto, 3. D
respectivamente. O período da engrenagem A equivale a TA e o 4. C
da engrenagem B, a TB. 5. D
6. C
TA 7. C
A razão é igual a:
TB 8. C
1 3 9. B
(A) (B) (C) 1 (D) 6 10. B
6 5

FIS 200
CINEMÁTICA

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2. UNESP 2016 Um pequeno motor a pilha é utilizado para


movimentar um carrinho de brinquedo. Um sistema de engrenagens
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: transforma a velocidade de rotação desse motor na velocidade de
rotação adequada às rodas do carrinho. Esse sistema é formado por
Analise as figuras a seguir e responda à(s) questão(ões). quatro engrenagens, A, B, C e D, sendo que A está presa ao eixo
do motor, B e C estão presas a um segundo eixo e D a um terceiro
eixo, no qual também estão presas duas das quatro rodas do
carrinho.

Nessas condições, quando o motor girar com frequência f M , as


duas rodas do carrinho girarão com frequência f R . Sabendo que as
engrenagens A e C possuem 8 dentes, que as engrenagens B e
D possuem 24 dentes, que não há escorregamento entre elas e que
f M = 13,5 Hz, é correto afirmar que f R , em Hz, é igual a
(A) 1,5. (B) 3,0. (C) 2,0.
(D) 1,0. (E) 2,5.

3. UPF 2015 Recentemente, foi instalada, em Passo Fundo, uma


ciclovia para que a população possa andar de bicicleta. Imagine que,
em um final de semana, pai e filho resolveram dar uma volta, cada
um com sua respectiva bicicleta, andando lado a lado, com a mesma
velocidade. Admitindo-se que o diâmetro das rodas da bicicleta do
pai é o dobro do diâmetro das rodas da bicicleta do filho, pode-se
afirmar que as rodas da bicicleta do pai, em relação às da bicicleta
do filho giram com:
(A) o dobro da frequência e da velocidade angular.
(B) a metade da frequência e da velocidade angular.
(C) a metade da frequência e a mesma velocidade angular.
(D) a mesma frequência e a metade da velocidade angular.
1. (UEL 2018) Suponha que a máquina de tear industrial (na figura (E) a mesma frequência e o dobro da velocidade angular.
acima), seja composta por 3 engrenagens (A, B e C), conforme a
figura a seguir. 4. UNESP 2015 A figura representa, de forma simplificada, parte
de um sistema de engrenagens que tem a função de fazer girar duas
hélices, H1 e H 2 . Um eixo ligado a um motor gira com velocidade
angular constante e nele estão presas duas engrenagens, A e B.
Esse eixo pode se movimentar horizontalmente assumindo a
posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B acopla-se à
engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem A acopla-se à
engrenagem D. Com as engrenagens B e C acopladas, a hélice
H1 gira com velocidade angular constante 1 e, com as
engrenagens A e D acopladas, a hélice H 2 gira com velocidade
Suponha também que todos os dentes de cada engrenagem são
angular constante 2 .
iguais e que a engrenagem A possui 200 dentes e gira no sentido
anti-horário a 40 rpm. Já as engrenagens B e C possuem 20 e
100 dentes, respectivamente.

Com base nos conhecimentos sobre movimento circular, assinale a


alternativa correta quanto à velocidade e ao sentido.
(A) A engrenagem C gira a 800 rpm e sentido anti-horário.
(B) A engrenagem B gira 40 rpm e sentido horário.
(C) A engrenagem B gira a 800 rpm e sentido anti-horário.
(D) A engrenagem C gira a 80 rpm e sentido anti-horário.
(E) A engrenagem C gira a 8 rpm e sentido horário.

FIS 201
CINEMÁTICA
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

As bicicletas possuem uma corrente que liga uma coroa dentada


dianteira, movimentada pelos pedais, a uma coroa localizada no
eixo da roda traseira, como mostra a figura.

Considere rA , rB , rC , e rD , os raios das engrenagens A, B, C O número de voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada
e D, respectivamente. Sabendo que rB = 2  rA e que rC = rD , é depende do tamanho relativo destas coroas.
1
correto afirmar que a relação é igual a 7. ENEM 1998 Em que opção a seguir a roda traseira dá o maior
2 número de voltas por pedalada?
(A) 1,0. (A)
(B) 0,2.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 2,2.
(B)
5. ENEM 2013 Para serrar ossos e carnes congeladas, um
açougueiro utiliza uma serra de fita que possui três polias e um
motor. O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes,
P e Q. Por questão de segurança, é necessário que a serra possua
menor velocidade linear.
(C)

(D)

Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a justificativa


desta opção?
(A) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares iguais em
pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor frequência. (E)
(B) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais e a que tiver
maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico.
(C) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes e a que
tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto
periférico.
(D) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades lineares
em pontos periféricos e a que tiver menor raio terá maior
frequência. 8. ENEM 1998
(E) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades lineares
em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá menor
frequência.

6. UFPR 2007 Recentemente, o ônibus espacial Discovery levou


tripulantes ao espaço para realizarem reparos na estação espacial
internacional. A missão foi bem-sucedida e o retorno ocorreu com
segurança. Antes de retornar, a nave orbitou a Terra a cerca de
400 km de altitude em relação a sua superfície, com uma velocidade
tangencial de módulo 26000 km/h. Considerando que a órbita foi
Quando se dá uma pedalada na bicicleta da figura acima (isto é,
circular e que o raio da Terra vale 6400 km, qual foi o número de
quando a coroa acionada pelos pedais dá uma volta completa), qual
voltas completas dadas em torno da Terra num período de 6,8π
é a distância aproximada percorrida pela bicicleta, sabendo-se que
horas?
(A) 10. o comprimento de um círculo de raio R é igual a 2R, onde
(B) 12.  3?
(C) 13. (A) 1,2 m (B) 2,4 m (C) 7,2 m
(D) 15. (D) 14,4 m (E) 48,0 m
(E) 17.
FIS 202
CINEMÁTICA

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: GABARITO

Adote os conceitos da Mecânica Newtoniana e as seguintes 1. D


convenções: 2. A
3. B
1. O valor da aceleração da gravidade: g = 10 m/s2 ; 4. D
5. A
2. A resistência do ar pode ser desconsiderada.
6. C
7. A
8. C
9. UFPB 2012 Em uma bicicleta, a transmissão do movimento das
9. C
pedaladas se faz através de uma corrente, acoplando um disco
10. D
dentado dianteiro (coroa) a um disco dentado traseiro (catraca), sem
que haja deslizamento entre a corrente e os discos. A catraca, por
sua vez, é acoplada à roda traseira de modo que as velocidades
angulares da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a seguir figura
representativa de uma bicicleta).
EXERCÍCIOS DE CONCURSO

1. EPCAR (AFA) 2022 Na Figura 1, a seguir, tem-se uma vista de


cima de um movimento circular uniforme descrito por duas
partículas, A e B, que percorrem trajetórias semicirculares, de raios
R A e R B , respectivamente, sobre uma mesa, mantendo-se sempre
alinhadas com centro C.

Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com velocidade


escalar constante, mantendo um ritmo estável de pedaladas, capaz
de imprimir no disco dianteiro uma velocidade angular de 4 rad/s,
para uma configuração em que o raio da coroa é 4R, o raio da catraca
é R e o raio da roda é 0,5 m. Com base no exposto, conclui-se que a
velocidade escalar do ciclista é:
(A) 2 m/s
(B) 4 m/s
(C) 8 m/s
(D) 12 m/s
(E) 16 m/s Ao chegarem à borda da mesa, conforme ilustra a Figura 2, as
partículas são lançadas horizontalmente e descrevem trajetórias
10. UNICAMP 2015 Considere um computador que armazena parabólicas, livres de quaisquer forças de resistência, até chegarem
informações em um disco rígido que gira a uma frequência de ao piso, que é plano e horizontal. Ao longo dessa queda, as
120 Hz. Cada unidade de informação ocupa um comprimento físico partículas A e B percorrem distâncias horizontais, X A e X B ,
de 0, 2 m na direção do movimento de rotação do disco. Quantas respectivamente.
informações magnéticas passam, por segundo, pela cabeça de
leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do centro de seu eixo,
como mostra o esquema simplificado apresentado abaixo?

(Considere   3.)

XB
Considerando R B = 4R A , a razão será igual a
XA
1 1
(A) (B)
(A) 1,62 10 .
6
(B) 1,8 10 .
6 4 2
(C) 2 (D) 4
(C) 64,8 108. (D) 1,08 108.

FIS 203
CINEMÁTICA
2. ESC. NAVAL 2020 Na figura abaixo é apresentada uma roda A, 5. ESC. NAVAL 2015 Analise a figura abaixo.
que transmite seu movimento para um conjunto de rodas B, C e D
através de uma fita F, que permanece sempre esticada e não desliza.
Se a roda A parte do repouso com aceleração constante e leva 40 s
para atingir sua velocidade final efetuando 180 rotações, qual deve
ser a velocidade angular final da roda D?

(Dados: o raio da roda A é R A = 0,3 m; o raio da roda B é


R B = 0,2 m; o raio da roda C é R C = 0,25 m; e o raio da roda D é
R D = R A = 0,3 m)

Na figura acima temos um dispositivo A que libera partículas a


partir do repouso com um período T = 3 s. Logo abaixo do
dispositivo, a uma distância H, um disco contém um orifício que
permite a passagem de todas as partículas liberadas pelo dispositivo.
Sabe-se que entre a passagem das duas partículas, o disco executa 3
(A) 11,3 rad s voltas completas em torno de seu eixo. Se elevarmos o disco a uma
altura H 4 do dispositivo, qual das opções abaixo exibe o conjunto
(B) 18,0 rad s
de três velocidades angulares w', em rad s, possíveis para o disco,
(C) 22,5 rad s
de forma tal, que todas as partículas continuem passando pelo seu
(D) 27,0 rad s orifício?
(E) 45,0 rad s
Dado: considere  = 3
3. EFOMM 2018 Um automóvel viaja em uma estrada horizontal (A) 2 3, 5 3, e 8 3
com velocidade constante e sem atrito. Cada pneu desse veículo tem (B) 2, 3 e 5
raio de 0,3 metros e gira em uma frequência de 900 rotações por
(C) 4 3, 8 3, e 12 3
minuto. A velocidade desse automóvel é de aproximadamente:
(D) 4, 7 e 9
(Dados: considere  = 3,1.) (E) 6, 8 e 12
(A) 21 m s
(B) 28 m s 6. ESC. NAVAL 2014 Observe o gráfico a seguir.
(C) 35 m s
(D) 42 m s
(E) 49 m s

4. EFOMM 2017 Considere uma polia girando em torno de seu


eixo central, conforme figura abaixo. A velocidade dos pontos A e
B são, respectivamente, 60 cm s e 0,3 m s.

O gráfico da figura acima mostra a variação do raio da Terra (R)


com a latitude (). Observe que foram acrescentadas informações
para algumas latitudes, sobre a menor distância entre o eixo da Terra
e um ponto P na superfície da Terra ao nível do mar, ou seja,
R cos . Considerando que a Terra gira com uma velocidade
angular T =  12(rad h), qual é, aproximadamente, a latitude de
P quando a velocidade de P em relação ao centro da Terra se
aproxima numericamente da velocidade do som?
Dados:
vsom = 340 m s
=3
A distância AB vale 10 cm. O diâmetro e a velocidade angular da (A) 0 (B) 20
polia, respectivamente, valem: (C) 40 (D) 60
(A) 10 cm e 1,0 rad s (E) 80
(B) 20 cm e 1,5 rad s
7. EFOMM Um vagão de metrô desloca-se horizontalmente com
(C) 40 cm e 3,0 rad s aceleração a, sendo g a aceleração da gravidade no local. Em seu
(D) 50 cm e 0,5 rad s interior, presa no teto, encontra-se uma corda ideal de comprimento
(E) 60 cm e 2,0 rad s L, que sustenta uma massa m puntiforme. Em um determinado

FIS 204
CINEMÁTICA
instante, o vagão passa a se deslocar com velocidade constante, GABARITO
mantendo a direção e o sentido anteriores. Nesse momento, a
aceleração angular  da massa m, em relação ao ponto do vagão 1. D
em que a corda foi presa, é: 2. C
(A)  = 0 3. B
a 4. C
(B)  =
L 5. E
L  a 6. C
(C)  = cos arctg  7. E
g  g
8. D
g  a 9. D
(D)  = cos arctg 
L  g  10. C
g  a
(E)  = sen arctg 
L  g
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
8. EFOMM No sistema de transmissão de movimento da figura
abaixo, a polia motora “A” tem 500 mm de diâmetro e gira a 120
rpm. As polias intermediárias “B” e “C”, solidárias entre si 1. ITA 2018 Num plano horizontal liso, presas cada qual a uma
(soldadas uma na outra), têm, respectivamente, 1000 mm e 200 mm. corda de massa desprezível, as massas m1 e m2 giram em órbitas
A rotação da polia “D”, de diâmetro 400 mm, é de:
circulares de mesma frequência angular uniforme, respectivamente
(A)120 rpm
(B) 80 rpm com raios r1 e r2 = r1 2. Em certo instante essas massas colidem-
(C) 60 rpm se frontal e elasticamente e cada qual volta a perfazer um
(D) 30 rpm movimento circular uniforme. Sendo iguais os módulos das
(E) 20 rpm velocidades de m1 e m2 após o choque, assinale a relação
m2 m1 .
(A) 1
(B) 3 2
(C) 4 3
(D) 5 4
(E) 7 5

2. ITA 2001 No sistema convencional de tração de bicicletas, o


ciclista impele os pedais, cujo eixo movimenta a roda dentada
9. AFA Duas partículas partem da mesma posição, no mesmo (coroa) a ele solidária. Esta, por sua vez, aciona a corrente
instante, e descrevem a mesma trajetória circular de raio R. Supondo responsável pela transmissão do movimento a outra roda dentada
que elas girem no mesmo sentido a 0,25 rps e 0,2 rps, após quantos (catraca), acoplada ao eixo traseiro da bicicleta. Considere agora um
segundos estarão juntas novamente na posição de partida? sistema duplo de tração, com 2 coroas, de raios R1 e R2 (R1<R2) e
(A) 5 2 catracas R3 e R4 (R3<R4), respectivamente. Obviamente, a
(B) 10 corrente só toca uma coroa e uma catraca de cada vez, conforme o
(C) 15 comando da alavanca de câmbio. A combinação que permite
(D) 20 máxima velocidade da bicicleta, para uma velocidade angular dos
pedais fixa, é
10. ITA Em um farol de sinalização, o feixe de luz está acoplado a (A) coroa R1 e catraca R3.
um mecanismo rotativo que realiza uma volta completa a cada T (B) coroa R1 e catraca R4.
segundos. O farol se encontra a uma distância R do centro de uma (C) coroa R2 e catraca R3.
praia de comprimento 2L, conforme a figura. O tempo necessário (D) coroa R2 e catraca R4.
para o feixe de luz "varrer" a praia, em cada volta, é (E) é indeterminada já que não se conhece o diâmetro da roda
traseira da bicicleta.

3. ITA Uma partícula move – se ao longo de uma circunferência


circunscrita em um quadrado de lado L com velocidade angular
constante. Na circunferência inscrita nesse quadrado, outra partícula
move – se com a mesma velocidade angular. A razão entre os
módulos das respectivas velocidades lineares dessas partículas é:
(A) 2
(B) 2 2
2
(A) arctg (L/R) T/(2) (C)
2
(B) arctg (2L/R) T/(2)
(C) arctg (L/R) T/ 3
(D)
(D) arctg (L/2R) T/(2) 2
(E) arctg (L/R)/T 3
(E)
2

FIS 205
CINEMÁTICA
4. MACK-SP O motor de um ventilador é ligado e, do repouso, seu GABARITO
eixo gasta 4,0 s para atingir uma velocidade cujo módulo
permanecerá constante, proporcionando um movimento periódico 1. E
de 10 Hz. A aceleração angular média desse eixo, nos referidos
2. C
4,0 s é:
(A) 5,0 rad/s2 3. A
(B) 5,0  rad/s2 4. B
(C) 10 rad/s2
(D) 20 rad/s2 5. E
(E) 20  rad/s2

5. OBF Uma partícula inicialmente em repouso executa um


movimento circular uniformemente variado ao longo de uma
circunferência de raio R. Após uma volta completa, o módulo de sua
velocidade é igual a v. Nesse instante, o módulo de sua aceleração
total vale:
v2
(A)
R
v2
(B) 2
R
v2
(C) 4
R
1 v2
(D) 1+
4 R
v2
1
(E) 1+
16 R 2

FIS 206
CINEMÁTICA
TÓPICO: CINEMÁTICA 3. Velocidade
SUBTÓPICO: COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS E
CINEMÁTICA VETORIAL A velocidade instantânea é dada pela seguinte fórmula:

CAPÍTULO: COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS E  r
CINEMÁTICA VETORIAL v = lim
t →0 t
Como vimos anteriormente o vetor velocidade média é
1. Deslocamento Vetorial secante a trajetória, mas quando o t tende a zero o vetor velocidade
passa a ser tangente a trajetória.
Considere uma partícula em movimento em um referencial
fixOxyz na Terra.

Quando pegamos valores cada vez menores de t, o ponto



P2 se aproximará de P1 e o vetor r tenderá a ficar tangente a
trajetória o mesmo acontecendo com o vetor velocidade média.

`
4. Aceleração Vetorial Média

  É dada pelo quociente entre a variação da velocidade


Os vetores r1 e r2 são os vetores posição da partícula nos instantânea e o respectivo intervalo de tempo.
  
 v v 2 − v1
pontos P1 e P2, respectivamente nos instantes t1 e t2.
 am = =
O vetor deslocamento r é definido por: t t 2 − t1
  
 r = r 2 − r1 Considere a seguinte trajetória:
ou seja, é um vetor que tem origem no ponto de partida da partícula
e sua extremidade no ponto de chegada.


Observe que o módulo de r é sempre menor ou igual ao
  
módulo de S : 
Primeiramente calculamos o vetor v = v 2 − v1 :
| r |  | S |

O módulo de r será igual o de S quando o movimento
for retilíneo.

2. Velocidade Vetorial Média

É dada pelo quociente entre o vetor deslocamento e o  


respectivo intervalo de tempo: O vetor a m terá a mesma direção e sentido do vetor v ,
 pois t é um escalar positivo.
 r
vm =
t

Como t é um escalar positivo o vetor v m terá a mesma



direção e o mesmo sentido do vetor r .

A aceleração instantânea é dada pela seguinte fórmula:



 v
a = lim
t →0 t

 
Como | r |  | S | , então | v m |  | v m |
FIS 207
CINEMÁTICA
A figura abaixo mostra o vetor aceleração de uma partícula segundo o homem se movimenta 3 metros dentro do caminhão para
em um determinado instante, bem como as retas tangente e normal a direita.
a trajetória no ponto P.
Observe a figura:

É conveniente decompor a aceleração em duas



componentes, uma tangente a trajetória ( a t )e uma perpendicular a Se o caminhão (c) começar a se mover com velocidade de 6 m/s
   para a direita em relação ao solo (s), designaremos essa velocidade
mesma a n . a t an
por 𝑣⃗𝑐𝑠 , em que |𝑣⃗𝑐𝑠 | = 6 m/s. Assim, a cada segundo, enquanto o
homem se movimenta 3 metros para a direita dentro do caminhão,
este se move 6 metros em relação ao solo.


A componente a n é chamada de componente centrípeta,
já que está sempre apontando para o centro. A partir de agora
 Desse modo, o homem (h) se move 9 metros em 1 segundo em
representaremos a componente centrípeta por a cp , desta maneira: relação ao solo (s). Essa velocidade é designada por 𝑣⃗ℎ𝑠 , em que
   |𝑣⃗ℎ𝑠 | = 9 m/s. Teremos então:
a = a t + a cp
𝑣⃗ℎ𝑠 = 𝑣⃗ℎ𝑐 + 𝑣⃗𝑐𝑠
e
Mesmo que os movimentos não aconteçam na mesma direção,
a 2 = a 2t + a cp
2
podemos considerar as seguintes velocidades:

Em um movimento circular a aceleração centrípeta é • 𝑣⃗𝐴𝐵 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎 𝐵


calculada por: • 𝑣⃗𝐴𝐶 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐴 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎 𝐶
• 𝑣⃗𝐶𝐵 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝐶 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑎 𝐵
v2
a cp = • Podemos escrever a seguinte relação:
R •
𝑣⃗𝐴𝐵 = 𝑣⃗𝐴𝐶 + 𝑣⃗𝐶𝐵
onde R é o raio da trajetória. A aceleração centrípeta é sempre
perpendicular a velocidade. Veja também que, ao aplicar essa relação, estamos fazendo uma
mudança de referencial: a velocidade de A medida pelo referencial
C passa a ser medida pelo referencial B.

• Princípio da Independência dos Movimentos de


Galileu:

“Se um corpo apresenta um movimento composto, cada um dos


movimentos componentes se realiza como se os demais não
existissem e no mesmo intervalo de tempo.”

Vamos pensar na seguinte situação problema para compreender


melhor esse princípio:
Imaginemos um pequeno barco que realizará a travessia de um rio.
Nessa situação, temos duas velocidades atuando juntas: a
COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS
velocidade do barco e a velocidade da correnteza do rio.
Veja a figura:
Já vimos anteriormente que a escolha de um referencial é
fundamental para definirmos como as grandezas posição,
velocidade e aceleração variam em função do tempo. Ao mudarmos
o referencial, as grandezas mencionadas podem apresentar novos
valores.
Agora, estudaremos um exemplo. Imagine um homem (h) que se
movimenta, dentro de um caminhão (c), com velocidade de 3 m/s
para a direita. A velocidade do homem em relação ao caminhão é
designada por 𝑣⃗ℎ𝑐 , em que |𝑣⃗ℎ𝑐 | = 3 m/s. Sendo assim, em 1
FIS 208
CINEMÁTICA
O barco mantém a sua velocidade na direção AB (𝑣⃗𝑏 ), e a correnteza Além do movimento de translação, podemos representar o
atua para a direita (𝑣⃗𝑐 ), perpendicularmente ao sentido AB. O movimento de rotação, supondo que o sentido de rotação seja
movimento resultante do barco é um deslocamento que ocorre na horário:
diagonal AC e apresenta uma velocidade resultante (𝑣⃗𝑟 ) que é fruto
da composição dos movimentos da correnteza e do barco. Do ponto
de vista vetorial, podemos dizer que a velocidade resultante do
barco é a soma das velocidades ao longo dos pontos AB e da
correnteza.

Seja a velocidade da correnteza de 3 m/s e a velocidade do barco


de 4 m/s. A determinação da velocidade resultante é feita por meio
da lei dos cossenos, nesse caso, reduzida ao teorema de Pitágoras,
já que o ângulo entre as velocidades é de 90°. Assim, temos:

𝑣⃗𝑟 = 𝑣⃗𝑏 + 𝑣⃗𝑐

|𝑣⃗𝑟 |2 = |𝑣⃗𝑏 |2 + |𝑣⃗𝑐 |²


Vamos desenhar a mesma roda novamente, porém dessa vez,
|𝑣⃗𝑟 |2 = 42 + 32 desenharemos marcando os vetores que representam o movimento
de translação e os vetores que representam o movimento de rotação.
|𝑣⃗𝑟 |2 = 25

|𝑣⃗𝑟 | = 5 m/s

O barco deslocar-se-ia em direção ao ponto C com uma velocidade


de 5 m/s. Se o barco estivesse navegando a favor da correnteza, a
sua velocidade resultante seria a soma da sua própria velocidade
com a da correnteza. Se ele estivesse navegando no sentido oposto
ao da correnteza, a velocidade resultante seria dada pela subtração
dos mesmos valores.

Navegando a favor da correnteza: |𝑣⃗𝑟 | = 7 m/s

Navegando contra a correnteza: |𝑣⃗𝑟 | = 1 m/s

• Conclusões: Por fim, desenharemos a roda mostrando os vetores velocidade


resultante devido a composição dos movimentos de rotação com a
1) A velocidade do barco na direção vertical não é alterada pela translação:
presença da velocidade da correnteza, que ocorre na horizontal, pois
os movimentos são independentes.

2) Se o barco demora um tempo 𝑡1 para ir do ponto A até o ponto


B, sem que haja correnteza, e um tempo 𝑡2 para ir do ponto A até o
ponto C, com a presença da correnteza, podemos afirmar que 𝑡1 =
𝑡2 .

Composição de Movimentos em Rodas

Vamos entender como funciona o movimento de uma roda, que


além de girar, possui um movimento de translação, como a roda de
um carro em movimento. • Conclusões

Uma roda de um carro em movimento possui um movimento de 1) O ponto do centro da roda possui apenas uma velocidade
translação, que pode ser representado em alguns de seus pontos: ⃗⃗ .
de translação, que pode ser representado por um vetor 𝑉

2) Quando o movimento da roda acontece sem deslizamento,


o módulo dos vetores velocidade de translação é igual ao
módulo dos vetores velocidade de rotação.

3) O ponto superior da roda possui uma velocidade duas


vezes maior que a velocidade do centro da roda.

4) O ponto inferior da roda, ou seja, o ponto que toca o solo,


possui velocidade nula em relação ao solo. Portanto, a
força de atrito que atua no ponto inferior da roda é estático
máximo, já que esse ponto não possui velocidade em
relação ao solo, porém está sempre na iminência de se
mover.
5) Quando a roda começa a deslizar, o módulo dos vetores
velocidade de translação se diferenciam do módulo dos
FIS 209
CINEMÁTICA
vetores velocidade de rotação, fazendo com que o ponto 3. INSPER 2019 Existem cidades no mundo cujo traçado visto de
inferior da roda adquira uma velocidade em relação ao cima assemelha-se a um tabuleiro de xadrez. Considere um ciclista
solo. Assim, quando a roda desliza, a força de atrito que trafegando por uma dessas cidades, percorrendo, inicialmente,
atua no ponto inferior da roda deixa de ser estático e passa 2,0 km no sentido leste, seguindo por mais 3,0 km no sentido
a ser dinâmico. norte. A seguir, ele passa a se movimentar no sentido leste,
percorrendo, novamente, 1,0 km e finalizando com mais 3,0 km
6) A questão do freio ABS é estudada em relação ao ponto
inferior da roda. Quando o motorista aciona o freio que no sentido norte. Todo esse percurso é realizado em 18 minutos. A
não possui sistema ABS e a roda trava, impedindo o relação percentual entre o módulo da velocidade vetorial média
movimento de rotação, o ponto inferior adquire apenas desenvolvida pelo ciclista e a respectiva velocidade escalar média
velocidade de translação, criando o deslizamento da roda deve ter sido mais próxima de
e fazendo com que a força de atrito atuante nele seja (A) 72%. (B) 74%. (C) 77%.
dinâmica. O sistema ABS evita o travamento da roda com (D) 76%. (E) 70%.
objetivo de não impedir o movimento de rotação. Dessa
maneira, o ponto inferior mante-se com velocidade nula 4. EEAR 2019 Dois vetores V1 e V2 formam entre si um ângulo
em relação ao solo, fazendo com que a força de atrito
atuante seja estática máxima  e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12 unidades,
respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13
unidades, podemos afirmar corretamente que o ângulo  entre os
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO vetores V1 e V2 vale:
(A) 0
1. UFJF-PISM 1 2021
(B) 45
(C) 90
(D) 180

5. FAC. PEQUENO PRÍNCIPE - MEDICI 2016 Em


determinadas situações, os pilotos de aviões ficam sujeitos a
condições desfavoráveis de vento durante o processo de
aterrissagem. A fotografia mostra um avião se aproximando da pista
de pouso enquanto tem que enfrentar um forte vento lateral. Para
compensar o vento, o piloto tem que aproximar o avião da pista
obliquamente em relação à direção da pista, de modo que o avião
possa prosseguir paralelamente a ela. Suponha uma situação similar,
A primeira lei de Kepler do movimento planetário afirma que a na qual, durante a aproximação da pista de pouso, um piloto mantém
órbita de um planeta ao redor do Sol é dada por uma elipse, com o um ângulo de 30 entre o eixo longitudinal do avião e a direção da
Sol em um dos focos. Com boa aproximação, podemos supor que a pista, conforme esquematizado na figura. Se o módulo da
Terra executa um movimento circular uniforme, com o Sol no velocidade do avião em relação à pista for v = 80 km h, qual é o
centro da circunferência. Considere um sistema de coordenadas cuja
módulo da velocidade do vento transversal (Vt )?
origem está no centro do Sol (que aqui pode ser considerado um
referencial inercial), de modo que o movimento de translação da
Terra se dá no sentido anti-horário, como indicado pelas setas na
órbita tracejada da figura. No instante em que a Terra encontra-se
em um ponto sobre o eixo x, podemos afirmar corretamente sobre a
direção e o sentido da velocidade e aceleração da Terra:
(A) Tanto a velocidade quanto a aceleração têm a direção do eixo y
e apontam no sentido positivo do eixo y.
(B) Tanto a velocidade quanto a aceleração têm a direção do eixo x
e apontam no sentido negativo do eixo x.
(C) A velocidade tem a direção do eixo y e aponta no sentido
negativo do eixo y e a aceleração tem a direção do eixo x e aponta
no sentido positivo do eixo x.
(D) A velocidade tem a direção do eixo y e aponta no sentido
positivo do eixo y e a aceleração tem a direção do eixo x e aponta
no sentido negativo do eixo x.
(E) A velocidade tem a direção do eixo y e aponta no sentido
positivo do eixo y e a aceleração tem a direção do eixo x e aponta
no sentido positivo do eixo x.

2. ENEM DIGITAL 2020 No Autódromo de Interlagos, um carro


de Fórmula 1 realiza a curva S do Senna numa trajetória curvilínea.
Enquanto percorre esse trecho, o velocímetro do carro indica
velocidade constante.

Quais são a direção e o sentido da aceleração do carro?


(A) Radial, apontada para fora da curva. (A) 30 km h.
(B) Radial, apontada para dentro da curva. (B) 40 km h.
(C) Aceleração nula, portanto, sem direção nem sentido.
(C) 46 km h.
(D) Tangencial, apontada no sentido da velocidade do carro.
(E) Tangencial, apontada no sentido contrário à velocidade do (D) 55 km h.
carro. (E) 69 km h.
FIS 210
CINEMÁTICA
6. Uma jovem viaja de uma cidade A para uma cidade B, dirigindo 10. Uma pedra se engasta no pneu de um automóvel que está com
um automóvel por uma estrada muito estreita. Em um certo trecho velocidade uniforme de 90 km/h. Suponde que o pneu não patina
em que a estrada é reta e horizontal, ela percebe que seu carro está nem escorrega, e que o sentido de movimento do automóvel é o
entre dois caminhões-tanque bidirecionais e iguais. A jovem positivo, os valores algébricos mínimo e máximo de velocidade da
observa que os dois caminhões, um visto por meio do espelho pedra em relação ao solo, e em km/h, são:
retrovisor plano, e o outro, através do para-brisa, parecem (A) -180 e 180 (B) -90 e 90
aproximar-se dela com a mesma velocidade. (C)-90 e 180 (D) 0 e 90
(E) 0 e 180

GABARITO

1. D
2. B
Como o automóvel e o caminhão de trás estão viajando no mesmo 3. B
sentido, com velocidade de 40 km/h e 50 km/h, respectivamente, 4. C
pode-se concluir que a velocidade do caminhão que está à frente é: 5. C
(A) 50 km/h, com sentido de A para B. 6. E
(B) 50 km/h, com sentido de B para A. 7. 50 s
(B) 40 km/h, com sentido de a para B. 9. a) 2h
(C) 30 km/h, com sentido de B para A. b) 1 km
(D) 30 km/h, com sentido de A para B. 9. D
10. E
7. A figura abaixo mostra dois barcos que se deslocam em um rio
em sentidos opostos. Suas velocidades são constantes e a distância
entre eles, no instante t é igual a 500 m. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1.

Nesse sistema, há três velocidades paralelas, cujos módulos, em


relação às margens do rio, são:

|𝑉𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 1 | = |𝑉𝑏𝑎𝑟𝑐𝑜 2 | = 5 m/s


|𝑉á𝑔𝑢𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑟𝑖𝑜 | = 3 m/s

Estime, em segundos, o tempo necessário para ocorrer o encontro


dos barcos, a partir de t.
No instante apresentado na figura dada, a partícula (A) que realiza
8. Um barco atravessa um rio de margens paralelas de largura 𝑑 = um deslocamento com taxa de variação da velocidade constante,
4 𝑘𝑚. Devido à correnteza, a componente da velocidade do barco tem o seu movimento classificado como retrógrado retardado. Sabe-
ao longo das margens é 𝑣𝑎 = 0,5 km/h em relação às margens. Na se que, no momento representado, o módulo da aceleração vetorial
direção perpendicular às margens a componente da velocidade é da partícula vale 10 m/s² e o da velocidade vetorial, 𝑉0 . Sendo seis
𝑣𝑏 = 2 km/h. Pergunta-se: metros o raio (R) da trajetória circular da figura e adotando-se
a) Quanto tempo leva o barco para atravessar o rio? cos 𝜃 = 0,8 pode-se afirmar corretamente que, no segundo seguinte
b) Ao completar a travessia, qual é o deslocamento do ao da representação da figura, os valores da velocidade e da
barco na direção das margens? aceleração tangencial são, respectivamente, em unidades do SI
(Sistema Internacional de Unidades):
9. Um barco sai de um ponto P para atravessar um rio de 4,0 km de (A) -14; 6,0 (B) 8,0; 6,0
largura. A velocidade da correnteza, em relação às margens do rio, (C) 6,0; 7,0 (D) 2,0; 8,0
é de 6,0 km/h. A travessia é feita segundo a menor distância PQ, (E) -6,0; 8,0
como mostra o esquema representado abaixo, e dura 30 minutos.
2. Uma partícula realiza um movimento circular conforme mostra a
figura abaixo.

A velocidade do barco em relação a correnteza, em km/h, é de:


(A) 4 Sabendo que o percurso levou 2 s para ser realizado e que
(B) 6 | v1 | = | v2 | = 3m / s . Calcule o módulo da aceleração vetorial média
(C) 8
(D) 10 neste percurso.
(E) 12
FIS 211
CINEMÁTICA
3. A figura mostra a velocidade e aceleração de uma partícula em 7. Um homem, em pé sobre uma plataforma que se move
um instante qualquer de seu movimento circular. O raio da trajetória horizontalmente para a direita com velocidade constante v = 4 m/s,
vale: observa que, ao inclinar 45° um tubo cilíndrico oco, permite que
uma gota de chuva, que cai verticalmente com velocidade c
constante em relação ao solo, atravesse o tubo sem tocar suas
paredes.

(A) zero (B) 8 m


(C) 32 m (D) 64 m

4. Num certo instante, estão representadas a aceleração e a


velocidade vetoriais de uma partícula. Os módulos dessas grandezas
estão também indicados na figura
Dados: sen 60° = 0,87
cos 60° = 0,50 Determine a velocidade c da gota de chuva, em m/s.

8. Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um


mesmo trecho do rio Amazonas, mantendo constante o módulo de
sua velocidade em relação à água. Quanto tempo o barco leva para
descer esse trecho com os motores desligados?
(A) 14 horas e 30 minutos.
(B) 13 horas e 20 minutos.
(C) 7 horas e 20 minutos.
(D) 10 horas.
No instante considerado, o módulo da aceleração escalar, em m/s2, (E) Não é possível resolver porque não foi dada a distância
e o raio de curvatura, em metros, são, respectivamente, percorrida pelo barco.
(A) 3,5 e 25 (B) 2,0 e 2,8 (C) 4,0 e 36
(D) 2,0 e 29 (E) 4,0 e 58 9. A figura mostra uma montagem em que uma moeda rola sobre a
régua A, partindo da posição mostrada na figura, "empurrada" pela
5. Uma partícula descreve movimento circular passando pelos régua B, sem que haja deslizamento dela em relação a qualquer uma
  das réguas. Quando a moeda estiver na posição "2 cm" em relação
pontos A e B com velocidades VA e VB , conforme a figura abaixo. à régua A, a régua B terá percorrido, em relação à mesma régua A:
A opção que representa o vetor aceleração média entre A e B é:

(A) 2 cm (B) 1 cm (C) 4 cm


(A) (B) (D) 6 cm (E) 3 cm

10. Um carro move-se com velocidade constante de 60 km/h.


Começa a chover e o motorista observa que as gotas de água da
(C) (D) chuva caem formando um ângulo de 30° com a vertical.
Considerando que, em relação à Terra, as gotas caem verticalmente,
qual a velocidade em que as gotas de água caem em relação ao
carro?
6. Um motorista viaja em um carro, por uma estrada em linha reta, (A) 30 3 km/h.
sob uma chuva que cai verticalmente a uma velocidade constante de (B) 60 km/h.
10 m/s (em relação ao solo). Se o carro se move da esquerda para a (C) 120 km/h.
direita com velocidade constante igual a 72 km/h, para o motorista, (D) 30 km/h.
as gotas de chuva parecem estar caindo na direção I, II, III, IV ou (E) nenhuma das respostas anteriores.
V, conforme o esquema?
(A) I
(B) II GABARITO
(C) III
3 2
(D) IV 1. D 2. m / s2
(E) V 2
3. A 4. D
5. C 6. E
7. 4m/s 8. B

9. C
10. C

FIS 212
CINEMÁTICA

EXERCÍCIOS DE CONCURSO 3. ESC. NAVAL 2017 Dois navios da Marinha de Guerra, as


Fragatas Independência e Rademaker, encontram-se próximos a um
farol. A Fragata Independência segue em direção ao norte com
1. ESC. NAVAL 2019 Analise a figura abaixo. velocidade 15 2 nós e a Fragata Rademaker, em direção ao
nordeste com velocidade de 20 nós. Considere que ambas as
velocidades foram medidas em relação ao farol. Se na região há uma
corrente marítima de 2,0 nós no sentido norte-sul, qual o módulo
da velocidade relativa da Fragata Independência, em nós, em
relação à Fragata Rademaker?
(A) 10,0 (B) 12,3 (C) 13,7
(D) 15,8 (E) 16,7

4. EPCAR (AFA) 2012 Os vetores A e B, na figura abaixo,


representam, respectivamente, a velocidade do vento e a velocidade
de um avião em pleno voo, ambas medidas em relação ao solo.
Sabendo-se que o movimento resultante do avião acontece em uma
direção perpendicular à direção da velocidade do vento, tem-se que
o cosseno do ângulo  entre os vetores velocidades A e B vale
A figura acima ilustra o movimento de uma partícula P que se B
move no plano xy, com velocidade escalar constante sobre uma (A) −
A
circunferência de raio r = 5 m. Sabendo-se que a partícula completa
A
uma revolução a cada 20 s e que em t = 0 ela passa pela origem (B) −
do sistema de coordenadas xy, o módulo do vetor velocidade média B
da partícula, em m s, entre os instantes 2,5 s e 7,5 s é igual a: (C) − A  B
1 1 2
(A) 2 (B) 2 (C) 2 (D) A  B
10 5 5
3
(D) 2 (E) 2 5. ESPCEX (AMAN) 2011 Um bote de assalto deve atravessar um
5 rio de largura igual a 800m, numa trajetória perpendicular à sua
margem, num intervalo de tempo de 1 minuto e 40 segundos, com
2. ESC. NAVAL 2019 Analise a figura abaixo. velocidade constante.
Considerando o bote como uma partícula, desprezando a resistência
do ar e sendo constante e igual a 6 m/s a velocidade da correnteza
do rio em relação à sua margem, o módulo da velocidade do bote
em relação à água do rio deverá ser de:

A figura acima mostra um sistema cartesiano xyz, onde três


partículas, em repouso, ocupam as seguintes posições:
(A) 4 m/s (B) 6 m/s (C) 8 m/s
(D) 10 m/s (E) 14 m/s
- no ponto (0,2 m, 3 m), a partícula A de massa mA = 1,0 kg;
- no ponto (6 m, 2 m, 0), a partícula B de massa mB = 2,0 kg; 6. EFOMM Observe as figuras a seguir.
- no ponto (5 m, 4 m, 3 m), a partícula C de massa mC = 3,0 kg.

A partir do instante t = 0, três forças constantes, medidas em


newtons, são aplicadas às partículas, conforme relato abaixo:

F1 = 2iˆ + 3j,
ˆ aplicada partícula A;

F2 = −3jˆ − k,
ˆ aplicada à partícula B;
ˆ aplicada à partícula C.
F3 = k,

Sendo assim, o vetor posição, em metros, do centro de massa desse Numa região de mar calmo, dois navios, A e B, navegam com
sistema de três partículas, no instante t = 3 segundos, é igual a: velocidades, respectivamente, iguais a vA = 5,0 nós no rumo norte e
(A) 6iˆ + 3jˆ + 2kˆ (B) 5iˆ + 3jˆ + 2kˆ vB = 2,0 nós na direção 60º NEE, medidas em relação à terra,
conforme indica a figura acima. O comandante do navio B precisa
(C) 6iˆ + ˆj + 2kˆ (D) 5iˆ + 2jˆ + kˆ medir a velocidade do navio A em relação ao navio B. Que item
(E) 4iˆ + 3jˆ + 2kˆ informa o módulo, em nós, e esboça a direção e sentido do vetor
velocidade a ser medido?
FIS 213
CINEMÁTICA
Dado: cos60º = 0,5.

(A) 2,2 (B) 4,4 (C) 4,4

(D) 6,6 (E) 6,6

7. AFA Considere um pequeno avião voando em trajetória retilínea


Onde o vetor V representa o movimento resultante do avião.
com velocidade constante nas situações a seguir.
(1) A favor do vento. Como  e  são ângulos suplementares, teremos:  = 180 − .
(2) Perpendicularmente ao vento. A A
cos  = → cos(180 − ) = .
Sabe-se que a velocidade do vento é 75% da velocidade do avião. B B
Para uma mesma distância percorrida, a razão Δt1/Δt2 entre os Como cos(180 − ) = − cos , teremos:
intervalos de tempo nas situações (1) e (2), vale
1 3 5 7 A A A A
(A) (B) (C) (D) cos(180 − ) = → − cos  = → cos  = − → cos  = −
3 5 7 9 B B B B
Alternativa: B
8. AFA Sob a chuva que cai verticalmente a 10 3 m/s, um carro se 5. D
desloca horizontalmente com velocidade de 30 m/s. Qual deve ser a 6. C
inclinação do vidro traseiro (em relação à horizontal) para que o 7. C
mesmo não se molhe? 8. A
(A) 300 (B) 450 9. B
0
(C) 60 (D) 900 10. C

9. AFA Um avião voa na direção leste a 120 km/h para ir da cidade


A à cidade B. Havendo vento para o sul com velocidade de 50 km/h, EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
para que o tempo de viagem seja o mesmo, a velocidade do avião
deverá ser: 1. ITA Um barco, com motor em regime constante, desce um
(A) 145 km/h (B) 130 km/h trecho de um rio em 2,0 horas e sobe o mesmo trecho em 4,0
(C) 170 km/h (D) 185 km/h horas. Quanto tempo levará o barco para percorrer o mesmo
trecho, rio abaixo, com o motor desligado?
10. AFA Um carro percorre uma curva circular com velocidade (A) 3,5 horas (B) 6,0 horas
linear constante de 15 m/s completando-a em 5 2 s , conforme (C) 4,5 horas (D) 4,0 horas
figura abaixo. (E) 8,0 horas

2. EN Uma partícula move – se ao longo de uma circunferência de


raio igual a 1,0 m e, num certo instante, quando ela passa por um
ponto A, sua aceleração vetorial a tem módulo 20 m/s2 e orientação
conforme representa a figura abaixo. Sabendo que senθ = 0,60 e
cosθ = 0,80, aponte a alternativa que traz o valor correto da relação
entre o módulo da componente tangencial de a e o módulo da
velocidade da partícula no ponto A em m. s-1:
(A) 12
(B) 4,0
(C) 3,0
(D) 2,0
É correto afirmar que o módulo da aceleração média experimentada (E) 1,5
pelo carro nesse trecho, em m/s², é
(A) 0 (B) 1,8 (C) 3,0 (D) 5,3

GABARITO
3. IME Uma gota de chuva cai verticalmente com velocidade
1. E constante igual a v. Um tubo retilíneo está animado de translação
2. A horizontal com velocidade constante v 3 .
3. D
4. Questão anulada no gabarito oficial.
O movimento resultante de um avião é sempre representado por sua
velocidade em relação ao solo, assim sendo, de acordo com o
enunciado, se o vetor B for a velocidade do avião em relação ao
solo, este é o movimento resultante do avião, ou seja,  = 90 e
consequentemente cos  = 0.
A questão poderia ter uma solução se o vetor B representasse a
velocidade do avião em relação ao vento, e não em relação ao solo
como informado no enunciado. Assim sendo, teremos a seguinte
resolução:
A+B=V:
Determine o ângulo , de modo que a gota de chuva percorra o
eixo do tubo.

FIS 214
CINEMÁTICA
4. ITA Uma ventania extremamente forte está soprando com uma GABARITO
velocidade v na direção da seta mostrada na figura. Dois aviões
saem simultaneamente do ponto A e ambos voarão com uma 1. E
velocidade constante c em relação ao ar. O primeiro avião voa
contra o vento até o ponto B e retorna logo em seguida ao ponto A, 2. C
demorando para efetuar o percurso total um tempo t1. O outro voa
perpendicularmente ao vento até o ponto D e retorna ao ponto A, 3. Como vchuva/tubo = vchuva − vtubo , podemos montar o diagrama
num tempo total t2. As distâncias AB e AD são iguais a L. Qual é a abaixo:
razão entre os tempos de vôo dos dois aviões?

Portanto:
vchuva v 3
tg = = =
vchuva / tubo v 3 3
(A) t2/t1 = (1 - v2/c2)1/2  = 30o
(B) t2/t1 = (1 + v2/c2)1/2
(C) t2/t1 = v/c 4. B
(D) t2/t1 = 1
(E) t2/t1 = (2- v2/c2)1/2 5. D

5. AFA Um operário puxa a extremidade de um cabo que está


enrolado num cilindro. À medida que o operário puxa o cabo o
cilindro vai rolando sem escorregar. Quando a distância entre o
operário e o cilindro for igual a 2 m (ver figura abaixo), o
deslocamento do operário em relação ao solo será de

(A) 1 m
(B) 2 m
(C) 6 m
(D) 4 m

FIS 215
CINEMÁTICA
TÓPICO: CINEMÁTICA
SUBTÓPICO: LANÇAMENTO HORIZONTAL E Onde 𝑣𝑥 é a velocidade horizontal do corpo.
LANÇAMENTO OBLÍQUO
CAPÍTULO: LANÇAMENTO HORIZONTAL E
LANÇAMENTO OBLÍQUO • Movimento Vertical

Como foi dito anteriormente, o movimento na vertical obedece a


Lançamento Horizontal uma queda livre. Sendo assim, podemos usar as equações da queda
livre para entendermos como o corpo se comporta na vertical.
Primeiramente, vamos observar o que é um lançamento horizontal.
Considere um helicóptero de salvamento, que precisa descarregar 𝑔. 𝑡²
pacotes de suprimentos em uma região, como mostra a ilustração: ℎ=
2

𝑣𝑦 = 𝑔. 𝑡

𝑣𝑦2 = 2. 𝑔. 𝛥ℎ

Agora, podemos montar uma equação para compor o movimento.


Para isso, vamos isolar o tempo t na função da posição para o
movimento horizontal:

𝐷 = 𝑣𝑥 . 𝑡

𝑡 = 𝐷/𝑣𝑥
Podemos entender o movimento de um dos pacotes de suprimentos
como uma composição de dois movimentos:
Agora, vamos substituir o tempo determinado na função da posição
1) O movimento horizontal, pois quando o helicóptero para o movimento vertical:
abandona o pacote, o pacote possui a velocidade
horizontal do helicóptero nesse instante. 𝑔. 𝑡 2
ℎ=
2) O movimento vertical, pois como existe gravidade no local, 2
o pacote inicia um movimento de queda livre.
𝑔. (𝐷/𝑣𝑥 )²
Sendo assim, pelo Princípio da Independência dos Movimentos de ℎ=
2
Galileu, sabemos que o movimento horizontal do pacote não
interfere no movimento vertical do pacote. Assim, para estudarmos 𝑔. 𝐷²
o lançamento horizontal, vamos separar o movimento vertical do ℎ=
2. 𝑣𝑥 ²
movimento horizontal e estudá-los de maneira separada.
Podemos substituir h por 𝑆𝑦 e D por 𝑆𝑥 , para escrevermos a posição
• Movimento Horizontal vertical do corpo em função da posição horizontal do corpo:
Vamos desconsiderar os efeitos de resistência do ar. Assim, como a 𝑔.𝑆𝑥 ²
gravidade atua exclusivamente na direção vertical, a direção 𝑆𝑦 =
2.𝑣𝑥 ²
horizontal fica isenta de qualquer força resultante, portanto, não
possuindo aceleração. Dessa maneira, podemos considerar que o Lançamento Oblíquo
movimento na horizontal é um movimento uniforme.
1. Introdução
Como na direção horizontal o movimento é uniforme, podemos usar
a função horária da posição para descrever o espaço horizontal em A figura abaixo mostra uma partícula que foi lançada do solo
função do tempo: com velocidade v0 formando um ângulo  com a horizontal.

Assim, a distância D, que chamaremos de alcance, pode ser


determinada por:

𝑆 = 𝑆0 + 𝑣. 𝑡
Na figura estão representadas a altura máxima atingida pela
𝐷 = 0 + 𝑣𝑥 . 𝑡 partícula (H) e o alcance horizontal (A).

𝐷 = 𝑣𝑥 . 𝑡
FIS 216
CINEMÁTICA
2. Equações do movimento Lembrando que:

Na direção Ox: 2sen cos  = sen2


x = v o cos  t Portanto:
v x = v0 cos 
v02 sen2
A=
Na direção Oy: g
1
y = v 0 sen t − gt 2
2 IMPORTANTE
v y = v 0 sen + gt

v 2y = v 02 sen 2  − 2 g y

Velocidade em qualquer instante:

v2 = v2x + v2y

3. Aplicações das equações do movimento

3.1 Tempo de subida (tS), de descida (tD) e tempo total (tT)

Para calcularmos o tempo de subida utilizaremos o fato de que


no ponto mais alto da trajetória a componente vertical da velocidade
é nula, assim: Considere dois lançamentos com velocidades de mesmo
vy = v0 sen − g t  0 = v0 sen − g t S  módulo e ângulos de lançamentos 1 e 2, conforme a figura acima.
Queremos encontrar uma relação entre os ângulos 1 e 2, para que
v0sen
 tS = os alcances A1 e A2, sejam iguais.
g
Desta maneira:
O tempo de descida é igual ao tempo de subida, assim:
A1 = A 2
v sen
t D = tS = 0 v02 sen21 v02sen22
g =
g g
sen21 = sen22
O tempo total (tT) é o intervalo de tempo compreendido entre o
instante do lançamento e o instante da chegada da partícula ao solo, 21 = 22 1 = 2
assim: ou
2v sen 21 + 22 = 180o 1 + 2 = 90o
t T = tS + t D = 0
g
Ou seja,
3.2 Altura máxima Duas partículas lançadas com velocidades de mesmo módulo,
no mesmo local e com ângulos de lançamentos complementares
Para calcularmos o valor da altura máxima utilizaremos a terão o mesmo alcance.
equação de Torricelli segundo o eixo Oy e lembrando que quando a
partícula atinge sua altura máxima vy = 0, assim:
v2y = v02 sen 2  − 2 g y  0 = v02 sen 2  − 2g h máx  3.4 Alcance Máximo

Queremos saber qual deve ser o ângulo de lançamento que torna


v 2 sen 2  o Alcance o maior possível.
 h máx = 0
2g Temos que:

3.3 Alcance Horizontal v 02sen 2


A=
Para calcularmos o valor do Alcance Horizontal, utilizaremos o g
fato de que A é o valor de x quando o instante de tempo vale t T,
assim:
Ou seja, o Alcance será máximo quando o valor de sen2 for
2v0sen máximo, logo:
x = v0 cos  t  A = v0 cos  . 
g
v02 sen2 = 1 2 = 900   = 45o
 A= .2sen.cos 
g

FIS 217
CINEMÁTICA
Ou seja, teremos: (B) A energia potencial gravitacional de uma gotícula expelida
𝑣02 durante o espirro é maior que a de uma gotícula expelida durante
𝐴= a tosse.
𝑔
(C) A energia potencial gravitacional de uma gotícula expelida
durante a exalação é menor que a de uma gotícula expelida
3.5 Equação da Trajetória durante a tosse.
(D) Uma gotícula lançada durante a tosse, simultaneamente com
Queremos encontrar uma expressão que relacione y em função uma gotícula da exalação, atinge o chão antes que a gotícula da
de x. exalação.
Temos que: (E) Uma gotícula lançada durante o espirro, simultaneamente com
uma gotícula da tosse, atinge o chão depois da gotícula da tosse.
 x = vo cos  t

 1 2 2. FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN 2021 Em uma aula de
 y = v0 sen t − 2 gt
 tênis, um aprendiz, quando foi sacar, lançou a bola verticalmente
Isolando o tempo na primeira equação e substituindo na para cima e a golpeou com a raquete exatamente no instante em que
segunda, vem: ela parou no ponto mais alto, a 2, 45 m de altura em relação ao piso
da quadra. Imediatamente após esse movimento, a bola partiu com
x uma velocidade inicial horizontal V0 e tocou o solo a 16,8 m de
t=
v 0 cos  distância da vertical que passava pelo ponto de partida.
2
x 1  x 
y = v 0sen . − g 
v 0 cos  2  v 0 cos  

g
y = tg .x − x2
2.v .cos 
2
0
2

Da expressão acima concluímos que a trajetória de uma


partícula lançada obliquamente é sempre um arco de parábola.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Adotando-se g = 10 m s2 , desprezando-se a resistência do ar e a


rotação da bola ao longo de seu trajeto, o módulo de V0 quando a
1. UEL 2021 Durante a pandemia da Covid-19, cientistas têm bola perdeu contato com a raquete foi de
apresentado estudos confiáveis sobre as condutas seguras que (A) 20 m s. (B) 24 m s. (C) 22 m s.
podem evitar a transmissão do novo coronavírus. O uso obrigatório (D) 28 m s. (E) 26 m s.
de máscaras em áreas de convivência pública é uma das medidas
eficazes e validadas pela ciência. Porém, o espaçamento entre os
3. UNISINOS 2017 Anita (A) e Bianca (B) estão no alto de um
indivíduos é a fronteira mais segura para evitar o possível contágio.
Tais recomendações são baseadas em resultados experimentais do edifício de altura H. Ambas arremessam bolinhas de gude,
alcance de fluidos corporais na forma de gotículas expelidas pela horizontalmente, conforme mostrado no esquema da figura abaixo.
boca e pelo nariz de uma pessoa, conforme a figura a seguir. Bianca arremessa sua bolinha com o dobro da velocidade com que
Anita arremessa a sua.

Com base nos conhecimentos sobre mecânica e conservação de


energia e considerando que, na figura, as gotículas saem pela boca
e pelo nariz (despreze a diferença de altura entre a boca e nariz) com
velocidade constante, a aceleração da gravidade no local é
A respeito do esquema, leia as seguintes afirmações.
g = 9,8 m s2 e a resistência do ar é desprezada, assinale a
alternativa correta. I. O tempo que a bolinha arremessada por Bianca leva para atingir
(A) Uma gotícula lançada durante a tosse e outra durante o espirro, o solo é o dobro do tempo que a bolinha arremessada por Anita
simultaneamente, atingem o chão ao mesmo tempo. leva.

FIS 218
CINEMÁTICA
II. A distância do edifício até o ponto em que a bolinha arremessada 6. UFRGS 2020 Dois projéteis são disparados simultaneamente no
por Bianca atinge o solo é o dobro da distância alcançada pela vácuo, a partir da mesma posição no solo, com ângulos de
bolinha arremessada por Anita. lançamento diferentes, 1  2 , conforme representa a figura
III. A velocidade com que a bolinha arremessada por Bianca atinge abaixo.
o solo é o dobro da velocidade com que a bolinha arremessada
por Anita atinge o solo.

Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que


(A) apenas I está correta.
(B) apenas II está correta.
(C) apenas III está correta.
(D) apenas I e II estão corretas.
(E) I, II e III estão corretas.

4. FAMERP 2017 Uma bola rola sobre uma bancada horizontal e


a abandona, com velocidade V0 , caindo até o chão. As figuras
representam a visão de cima e a visão de frente desse movimento,
mostrando a bola em instantes diferentes durante sua queda, até o
momento em que ela toca o solo.

Os gráficos a seguir mostram, respectivamente, as posições verticais


y como função do tempo t, as posições horizontais x como
função do tempo t e as posições verticais y como função das
posições horizontais x, dos dois projéteis.

Desprezando a resistência do ar e considerando as informações das


figuras, o módulo de V0 é igual a
(A) 2,4 m s. (B) 0,6 m s. (C) 1,2 m s. Analisando os gráficos, pode-se afirmar que

(D) 4,8 m s. (E) 3,6 m s. I. o valor inicial da componente vertical da velocidade do projétil 2
é maior do que o valor inicial da componente vertical da
5. (UFJF-PISM 1 2016) Galileu, em seu livro “Diálogo sobre os velocidade do projétil 1.
Dois Principais Sistemas do Mundo”, apresentou a independência II. o valor inicial da componente horizontal da velocidade do projétil
dos movimentos para, entre outras coisas, refutar a imobilidade da 2 é maior do que o valor inicial da componente horizontal da
Terra. Em um de seus exemplos, ele descreve o seguinte: imagine velocidade do projétil 1.
um canhão na posição horizontal sobre uma torre, atirando III. os dois projéteis atingem o solo no mesmo instante.
paralelamente ao horizonte. Não importa se a carga da pólvora é
grande ou pequena, e o projétil caia a 100 m ou 500 m, o tempo Quais estão corretas?
(A) Apenas I. (B) Apenas II.
que os projéteis levam para chegar ao chão é o mesmo.
(Texto adaptado do Livro Diálogo sobre os dois Principais Sistemas do
(C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III.
Mundo). (E) I, II e III.

Em relação ao texto e à independência dos movimentos, julgue os 7. ENEM PPL 2020 Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong
itens abaixo: tornou-se o primeiro homem a pisar na superfície da Lua. Ele foi
seguido por Edwin Aldrin, ambos da missão Apollo 11. Eles, e os
I. o texto apresenta uma ideia errada, pois a bala de canhão que astronautas que os seguiram, experimentaram a ausência de
percorre o maior trajeto permanece por maior tempo no ar; atmosfera e estavam sujeitos às diferenças gravitacionais. A
II. os tempos de lançamento das duas balas de canhão são os aceleração da gravidade na Lua tem 1 6 do valor na Terra.
mesmos quando comparados ao tempo de queda de uma terceira
bola que é abandonada da boca do canhão e cai até a base da Em relação às condições na Terra, um salto oblíquo na superfície da
torre; Lua teria alcance
III. o texto não apresenta uma ideia correta sobre o lançamento de (A) menor, pois a força normal com o solo é menor.
projéteis, pois quanto maior a carga, maior o tempo que a bala (B) menor, pois a altura do salto seria maior.
de canhão permanece no ar; (C) igual, pois o impulso aplicado pelo astronauta é o mesmo.
IV. o movimento da bala de canhão pode ser dividido em dois (D) maior, pois a aceleração da gravidade é seis vezes menor.
movimentos independentes: um na vertical, e outro na (E) maior, pois na ausência de atmosfera não há resistência do ar.
horizontal.
8. UECE 2020 Considere uma bola de futebol que, após o chute,
Os seguintes itens são CORRETOS: descreve uma trajetória parabólica em relação à superfície
(A) I, II e III horizontal de lançamento. Desprezando todos os atritos e
(B) II e IV. considerando a bola como um ponto material, é correto afirmar que
(C) II, III e IV a componente
(D) I, II e IV (A) horizontal do seu vetor velocidade não muda ao longo da
(E) I e IV trajetória.
FIS 219
CINEMÁTICA
(B) vertical do seu vetor velocidade não muda ao longo da trajetória.
(C) horizontal do seu vetor aceleração muda ao longo da trajetória. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
(D) vertical do seu vetor aceleração muda ao longo da trajetória.

9. FAMERP 2018 No interior de um vagão hermeticamente 1. ACAFE 2020 Em um parque de diversões, João tenta ganhar um
fechado que se move horizontalmente em trajetória retilínea com prêmio no jogo dos dardos. Para isso, deve acertar um ponto situado
velocidade 4,0 m s em relação ao solo, uma pessoa arremessa uma na periferia do disco do alvo. O disco gira em MCU com a
pequena esfera verticalmente para cima, com velocidade 3,0 m s velocidade de 4,5 m s e possui um raio de 45 cm.
em relação ao vagão.
João lança o dardo horizontalmente na direção do centro do alvo,
distante 6 m, quando o ponto está passando na extremidade
superior do disco, como mostra a figura abaixo.

Desprezando o atrito com o ar, os módulos das velocidades da


esfera, em relação ao solo, no ponto mais alto de sua trajetória e no
instante em que retorna à mão da pessoa são, respectivamente,
(A) 4,0 m s e 3,0 m s.
(B) zero e 5,0 m s.
(C) 4,0 m s e 5,0 m s.
(D) zero e 3,0 m s. Com base no exposto, marque a alternativa que indica o módulo da
(E) 5,0 m s e zero. velocidade de lançamento horizontal do dardo, em m/s, para que
João acerte o ponto na extremidade inferior do disco do alvo.
10. G1 - IFBA 2017 Uma jogadora de vôlei rebate uma bola na (A) 35
linha da rede, a uma altura de 2,60 m, com módulo da velocidade (B) 30
(C) 25
inicial V0 , formando ângulo  com a direção vertical, num local
(D) 20
onde a gravidade vale 10,0 m s2 .
2. UEFS 2018 Da borda de uma mesa, uma esfera é lançada
horizontalmente de uma altura h, com velocidade inicial v0 . Após
cair livre de resistência do ar, a esfera toca o solo horizontal em um
ponto que está a uma distância d da vertical que passa pelo ponto
de partida, como representado na figura.

A distância máxima da rede à linha de fundo é de 9,0 m.


Considerando que a bola leva 0,2 s para atingir esta marca e que a
resistência do ar é desprezível, pode-se afirmar que o módulo das
componentes iniciais (v0x e v 0y ) da velocidade da bola, em m s,
são respectivamente: Considerando que a aceleração da gravidade local tem módulo g,
(A) 45,0 e 12,0 (B) 0, 4 e 0, 2 o valor de v0 é
(C) 2,6 e 2, 4 (D) 9,0 e 3,0 h
(A) d 
(E) 10,0 e 5,0 2g
g
GABARITO (B) h 
2d
1. A g
2. B (C) d 
h
3. B
4. D 2g
(D) h 
5. B d
6. A
g
7. D (E) d 
8. A 2h
9. C
10. A
FIS 220
CINEMÁTICA
3. FAMEMA 2017 Um helicóptero sobrevoa horizontalmente o 5. UERJ 2012 As relações entre os respectivos tempos de queda
solo com velocidade constante e, no ponto A, abandona um objeto t x , t y e t z das bolas X, Y e Z estão apresentadas em:
de dimensões desprezíveis que, a partir desse instante, cai sob ação (A) t x < t y < t z
exclusiva da força peso e toca o solo plano e horizontal no ponto B.
Na figura, o helicóptero e o objeto são representados em quatro (B) t y < t z < t x
instantes diferentes. (C) t z < t y < t x
(D) t y = t x = t z

6. UERJ 2012 As relações entre os respectivos alcances horizontais


A x , A y e A z das bolas X, Y e Z, com relação à borda da mesa,
estão apresentadas em:
(A) A x < A y < A z
(B) A y = A x = A z
(C) A z < A y < A x
(D) A y < A z < A x

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Aceleração da gravidade na superfície da Terra: gT = 10 m s2 ;


aceleração da gravidade na superfície da Lua: g L = 1,6 m s2 ;
Considerando as informações fornecidas, é correto afirmar que a massa da Terra igual a 81 vezes a massa da Lua;
altura h de sobrevoo desse helicóptero é igual a sen 45 = cos 45 = 2 2.
(A) 200 m. (B) 220 m. (C) 240 m.
(D) 160 m. (E) 180 m.
7. FGV 2014 Na superfície lunar, uma pequena bola lançada a
4. G1 - IFBA 2016 Um garoto, treinando arremesso de pedras com partir do solo com velocidade inicial inclinada de 45 com a
uma atiradeira, gira o dispositivo de 0,80 m de comprimento sobre horizontal voltou ao solo 8,0 m adiante do ponto de lançamento. A
sua cabeça, descrevendo um movimento circular com velocidade velocidade inicial, em metros por segundo, e o tempo de
constante e aceleração radial de 370,00 m s2 , conforme diagrama. permanência dela em movimento, em segundos, foram,
respectivamente,
Num certo instante de tempo, a pedra é lançada tangencialmente à
(A) 8  5 e 5.
trajetória e atinge o solo numa posição de 10,00 m em relação ao
garoto. Considere desprezível a resistência do ar e g = 10,00 m s2 . ( )
(B) 8  5 5 e 5.

Assim, podemos afirmar que a altura do garoto, em metros, é, (C) 8  5 e 10.


aproximadamente, igual a:
( )
(D) 8  5 5 e 10.

(E) 2  5 e 10.

8. UFU 2011 Uma pedra é lançada do solo com velocidade de


36 km/h fazendo um ângulo de 45° com a horizontal. Considerando
g = 10 m/s2 e desprezando a resistência do ar, analise as afirmações
abaixo.

I. A pedra atinge a altura máxima de 2,5 m.


II. A pedra retorna ao solo ao percorrer a distância de 10 m na
horizontal.
(A) 1,50 (B) 1,58 III. No ponto mais alto da trajetória, a componente horizontal da
(C) 1,69 (D) 1,81
velocidade é nula.
(E) 1,92

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Usando as informações do enunciado, assinale a alternativa correta.
(A) Apenas I é verdadeira.
Três bolas − X, Y e Z − são lançadas da borda de uma mesa, com (B) Apenas I e II são verdadeiras.
velocidades iniciais paralelas ao solo e mesma direção e sentido. A (C) Apenas II e III são verdadeiras.
tabela abaixo mostra as magnitudes das massas e das velocidades (D) Apenas II é verdadeira.
iniciais das bolas.
9. UFPR 2011 No último campeonato mundial de futebol, ocorrido
Massa Velocidade inicial na África do Sul, a bola utilizada nas partidas, apelidada de Jabulani,
Bolas
(g) (m/s) foi alvo de críticas por parte de jogadores e comentaristas. Mas
X 5 20 como a bola era a mesma em todos os jogos, seus efeitos positivos
Y 5 10 e negativos afetaram todas as seleções.
Z 10 8

FIS 221
CINEMÁTICA
Com relação ao movimento de bolas de futebol em jogos, considere
as seguintes afirmativas:
1. Durante seu movimento no ar, após um chute para o alto, uma
bola está sob a ação de três forças: a força peso, a força de atrito
com o ar e a força de impulso devido ao chute.
2. Em estádios localizados a grandes altitudes em relação ao nível
do mar, a atmosfera é mais rarefeita, e uma bola, ao ser chutada,
percorrerá uma distância maior em comparação a um mesmo
chute no nível do mar. (C)
3. Em dias chuvosos, ao atingir o gramado encharcado, a bola tem
sua velocidade aumentada.
4. Uma bola de futebol, ao ser chutada obliquamente em relação ao
solo, executa um movimento aproximadamente parabólico,
porém, caso nessa região haja vácuo, ela descreverá um
movimento retilíneo.

Assinale a alternativa correta.


(A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. (D)
(B) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
(C) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

10. UFAL 2007 Uma pedra é atirada obliquamente com velocidade


de 20 m/s, formando ângulo de 53° com a horizontal. Adote g = 10
m/s2, sen 53° = 0,80 e cos 53° = 0,60. O alcance horizontal, desde o
lançamento da pedra até retornar à altura do ponto de lançamento é,
em metros, 12. MACKENZIE 1996 Um balão (aerostato) parte do solo plano
(A) 38 com movimento vertical, subindo com velocidade constante de
(B) 44 14 m s. Ao atingir a altura de 25 m, seu piloto lança uma pedra
(C) 50 com velocidade de 10 m s, em relação ao balão e formando 37
(D) 58
(E) 64 acima da horizontal. A distância entre a vertical que passa pelo balão
e o ponto de impacto da pedra no solo é:
11. UFMG 2007 Uma caminhonete move-se, com aceleração Adote:
constante, ao longo de uma estrada plana e reta, como representado g = 10 m s 2
na figura: cos37 = 0,8
A seta indica o sentido da velocidade e o da aceleração dessa
sen 37 = 0,6
caminhonete.
Ao passar pelo ponto P, indicado na figura, um passageiro, na (A) 30 m
carroceria do veículo, lança uma bola para cima, verticalmente em (B) 40 m
relação a ele. (C) 70 m
Despreze a resistência do ar.
Considere que, nas alternativas a seguir, a caminhonete está (D) 90 m
representada em dois instantes consecutivos. (E) 140 m

Assinale a alternativa em que está MAIS BEM representada a GABARITO


trajetória da bola vista por uma pessoa, parada, no acostamento da
estrada. 1. D
2. E
3. E
4. C
5. D
(A)
6. C
7. D
8. B
9. B
10. A
11. B
12. B
(B)

FIS 222
CINEMÁTICA

EXERCÍCIOS DE CONCURSO 3. EFOMM 2016 Uma bola é lançada do topo de uma torre de
85 m de altura com uma velocidade horizontal de 5,0 m s (ver
figura). A distância horizontal D, em metros, entre a torre e o ponto
1. EPCAR (AFA) 2022 Na Figura 1, a seguir, tem-se uma vista de onde a bola atinge o barranco (plano inclinado), vale
cima de um movimento circular uniforme descrito por duas
partículas, A e B, que percorrem trajetórias semicirculares, de raios Dado: g = 10 m s2
R A e R B , respectivamente, sobre uma mesa, mantendo-se sempre (A) 15
alinhadas com centro C. (B) 17
(C) 20
(D) 25
(E) 28

4. ESPCEX (AMAN) 2014 Uma esfera é lançada com velocidade


horizontal constante de módulo v=5 m/s da borda de uma mesa
horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 m do pé da mesa
Ao chegarem à borda da mesa, conforme ilustra a Figura 2, as conforme o desenho abaixo.
partículas são lançadas horizontalmente e descrevem trajetórias
parabólicas, livres de quaisquer forças de resistência, até chegarem
ao piso, que é plano e horizontal. Ao longo dessa queda, as
partículas A e B percorrem distâncias horizontais, X A e X B ,
respectivamente.

Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a


esfera atinge o solo é de:

Dado: Aceleração da gravidade: g=10 m/s2


(A) 4 m / s
XB (B) 5 m / s
Considerando R B = 4R A , a razão será igual a
XA (C) 5 2 m / s
1 1 (D) 6 2 m / s
(A) (B) (C) 2 (D) 4
4 2
(E) 5 5 m / s
2. EPCAR (AFA) 2017 Uma partícula de massa m, presa na
extremidade de uma corda ideal, descreve um movimento circular 5. ITA 2018 A partir de um mesmo ponto a uma certa altura do
acelerado, de raio R, contido em um plano vertical, conforme solo, uma partícula é lançada sequencialmente em três condições
diferentes, mas sempre com a mesma velocidade inicial horizontal
figura a seguir.
v0 . O primeiro lançamento é feito no vácuo e o segundo, na
atmosfera com ar em repouso. O terceiro é feito na atmosfera com
ar em movimento cuja velocidade em relação ao solo é igual em
módulo, direção e sentido à velocidade v0 . Para os três
lançamentos, designando-se respectivamente de t1, t 2 e t 3 os
tempos de queda da partícula e de v1, v2 e v3 os módulos de suas
respectivas velocidades ao atingir o solo, assinale a alternativa
correta.
(A) t1  t 3  t 2 ; v1  v3  v2
Quando essa partícula atinge determinado valor de velocidade, a
corda também atinge um valor máximo de tensão e se rompe. Nesse (B) t1  t 2 = t 3; v1  v3  v2
momento, a partícula é lançada horizontalmente, de uma altura 2R, (C) t1 = t 3  t 2 ; v1 = v3  v2
indo atingir uma distância horizontal igual a 4R. Considerando a (D) t1  t 2  t 3; v1 = v3  v2
aceleração da gravidade no local igual a g, a tensão máxima (E) t1  t 2 = t 3; v1  v2 = v3
experimentada pela corda foi de
(A) mg (B) 2 mg (C) 3 mg (D) 4 mg

FIS 223
CINEMÁTICA
6. ESPCEX (AMAN) 2016 Um projétil é lançado obliquamente, a 9. ESC. NAVAL 2013 Conforme mostra a figura abaixo, em um
partir de um solo plano e horizontal, com uma velocidade que forma jogo de futebol, no instante em que o jogador situado no ponto A
com a horizontal um ângulo  e atinge a altura máxima de 8, 45 m. faz um lançamento, o jogador situado no ponto B, que inicialmente
Sabendo que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade escalar estava parado, começa a correr com aceleração constante igual a
do projétil é 9,0 m / s, pode-se afirmar que o alcance horizontal do 3,00 m s 2 , deslocando-se até o ponto C. Esse jogador chega em C
lançamento é: no instante em que a bola toca o chão no ponto D. Todo o
Dados: movimento se processa em um plano vertical, e a distância inicial
intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m / s2 entre A e E vale 25,0 m. Sabendo-se que a velocidade inicial da
despreze a resistência do ar bola tem módulo igual a 20,0 m s, e faz um ângulo de 45º com a
(A) 11,7 m horizontal, o valor da distância, d, entre os pontos C e D, em metros,
(B) 17,5 m é
(C) 19,4 m Dado: g = 10,0 m s2
(D) 23,4 m
(E) 30,4 m

7. ESC. NAVAL 2015 Analise a figura abaixo.

(A) 1,00
(B) 3,00
(C) 5,00
(D) 12,0
(E) 15,0

10.ESPCEX (AMAN) 2012 Um lançador de granadas deve ser


posicionado a uma distância D da linha vertical que passa por um
ponto A. Este ponto está localizado em uma montanha a 300 m de
altura em relação à extremidade de saída da granada, conforme o
Conforme indica a figura acima, no instante t = 0, uma partícula é desenho abaixo.
lançada no ar, e sua posição em função do tempo é descrita pela
equação r(t) = (6,0t + 2,5)i + (−5,0t 2 + 2,0t + 8,4) j, com r em
metros e t em segundos. Após 1,0 segundo, as medidas de sua
altura do solo, em metros, e do módulo da sua velocidade, em m s,
serão, respectivamente, iguais a
(A) 3, 4 e 10
(B) 3,6 e 8,0
(C) 3,6 e 10
(D) 5,4 e 8,0
(E) 5,4 e 10 A velocidade da granada, ao sair do lançador, é de 100 m s e forma
um ângulo “  ” com a horizontal; a aceleração da gravidade é igual
8. ESC. NAVAL 2013 Os gráficos abaixo foram obtidos da
a 10 m s2 e todos os atritos são desprezíveis. Para que a granada
trajetória de um projétil, sendo y a distância vertical e x a distância
horizontal percorrida pelo projétil. A componente vertical da atinja o ponto A, somente após a sua passagem pelo ponto de maior
velocidade, em m/s, do projétil no instante inicial vale: altura possível de ser atingido por ela, a distância D deve ser de:
Dados: Cos  = 0,6; Sen  = 0,8.
Dado: g = 10 m s2
(A) 240 m
(B) 360 m
(C) 480 m
(D) 600 m
(E) 960 m

GABARITO

1. D
2. C
(A) zero 3. A
(B) 5,0 4. E
(C) 10 5. B
(D) 17 6. D
(E) 29 7. E
8. E
9. B
10. D

FIS 224
CINEMÁTICA
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 4. AFA Um audacioso motociclista deseja saltar de uma rampa de
4 m de altura e inclinação 300 e passar sobre um muro (altura igual
1. Calcule a velocidade mínima com a qual o motociclista, ao subir a 34 m) que está localizado a 50 3 m do final da rampa.
a rampa, deverá passar pelo ponto A, para que salte o fosso.
Dados: sen = 0,60 e cos = 0,80, g = 10 m/s2.

2. AFA Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na Para conseguir o desejado, a velocidade mínima da moto no final da
figura após ser arremessada por um jovem atleta que tenta bater um rampa deverá ser igual a
recorde de arremesso. (A) 144 km/h. (B) 72 km/h.
(C) 180 km/h. (D) 50 km/h.

5. Uma partícula pontual é lançada de um plano inclinado conforme


esquematizado na figura a seguir. O plano tem um ângulo de
inclinação è em relação à horizontal, e a partícula é lançada, com
velocidade de módulo v, numa direção que forma um ângulo de
inclinação á em relação ao plano inclinado. Despreze qualquer
efeito da resistência do ar. Considere que a aceleração da gravidade
local é constante (módulo igual a g, direção vertical, sentido para
baixo).

A bola é lançada com uma velocidade de 10 m/s e, ao cair na cesta,


sua componente horizontal vale 6,0 m/s. Despreze a resistência do
ar e considere g = 10 m/s2. Pode-se afirmar que a distância
horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na
cesta, em metros, vale:
(A) 3,0 (B) 6,0 (C) 4,8 (D) 3,6
a) Considerando o eixo x na horizontal, o eixo y na vertical e a
3. UFTM Num jogo de vôlei, uma atacante acerta uma cortada na origem do sistema de coordenadas cartesianas no ponto de
bola no instante em que a bola está parada numa altura h acima do lançamento, determine as equações horárias das coordenadas
solo. Devido à ação da atacante, a bola parte com velocidade inicial da partícula, assumindo que o tempo é contado a partir do
V0, com componentes horizontal e vertical, respectivamente em instante de lançamento.
módulo, Vx = 8 m/s e Vy = 3 m/s, como mostram as figuras 1 e 2. b) Determine a equação da trajetória da partícula no sistema de
coordenadas definido no item (a).
c) Determine a distância, ao longo do plano inclinado, entre o
ponto de lançamento (ponto A) e o ponto no qual a partícula
 
toca o plano inclinado (ponto B). Considere á = eè= .
12 4

GABARITO

1.10 m/s
2.B
Após a cortada, a bola percorre uma distância horizontal de 4 m, 3.C
tocando o chão no ponto P. 4.C
1 2
5.a) x = [v cos (α + θ)] t e y = [v sen (α + θ)] t - gt
2
b)

Considerando que durante seu movimento a bola ficou sujeita


apenas à força gravitacional e adotando g = 10 m/s2, a altura h, em
m, onde ela foi atingida é
 ( 2v 2 ) 
(A) 2,25. (B) 2,50. (C) 2,75. c) d =   . ( 3 - 1)
(D) 3,00. (E) 3,25.  ( 2g ) 

FIS 225
MECÂNICA
TÓPICO: MECÂNICA Observe, que cada produto massa com velocidade representa a
SUBTÓPICO: ESTÁTICA E CENTRO DE MASSA quantidade de movimento da partícula pertencente ao sistema.
CAPÍTULO: ESTÁTICA E CENTRO DE MASSA
⃗⃗1 = 𝑚1 𝑣⃗1 ; 𝑄
𝑄 ⃗⃗2 = 𝑚2 𝑣⃗2 ; 𝑄
⃗⃗3 = 𝑚3 𝑣⃗3 ; ...; 𝑄
⃗⃗𝑛 = 𝑚𝑛 𝑣⃗𝑛

CENTRO DE MASSA Logo, podemos concluir que:

O centro de massa de um sistema é o ponto do espaço onde podemos ⃗⃗1 + 𝑄


𝑀. 𝑣⃗𝐶𝑀 = 𝑄 ⃗⃗2 + 𝑄
⃗⃗3 + ⋯ + 𝑄
⃗⃗𝑛 → 𝑄
⃗⃗𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑀. 𝑣⃗𝐶𝑀
considerar concentrada toda a sua massa.
Em um sistema constituído de várias partículas, o centro de massa é Assim, a quantidade de movimento total do sistema é igual ao
igual a média ponderada entre as posições, tomando como pesos de produto da massa total do sistema pela velocidade do seu centro de
ponderação as suas massas. massa.

Resultante de Forças Externas

𝑚1 𝑎⃗1 + 𝑚2 𝑎⃗2 + 𝑚3 𝑎⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑎⃗𝑛


𝑎⃗𝐶𝑀 =
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛

Novamente, vamos trocar a soma das massas pela massa total do


sistema:

𝑚1 𝑎⃗1 + 𝑚2 𝑎⃗2 + 𝑚3 𝑎⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑎⃗𝑛


𝑎⃗𝐶𝑀 =
𝑀

𝑀. 𝑎⃗𝐶𝑀 = 𝑚1 𝑎⃗1 + 𝑚2 𝑎⃗2 + 𝑚3 𝑎⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑎⃗𝑛


A partícula 𝑃1 tem massa 𝑚1 e posições 𝑥1 , 𝑦1 𝑒 𝑧1 .
A partícula 𝑃2 tem massa 𝑚2 e posições 𝑥2 , 𝑦2 𝑒 𝑧2 , e assim por
Observe, que cada produto massa com aceleração representa a
diante.
resultante de força externa atuante em cada partícula pertencente ao
O centro de massa tem massa 𝑀 = 𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛 e
sistema.
posições 𝑥𝐶𝑀 , 𝑦𝐶𝑀 𝑒 𝑧𝐶𝑀 , em que:

𝑚1 𝑥1 + 𝑚2 𝑥2 + 𝑚3 𝑥3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑥𝑛 𝐹⃗1 = 𝑚1 𝑎⃗1 ; 𝐹⃗2 = 𝑚2 𝑎⃗2 ; 𝐹3 = 𝑚3 𝑎⃗3 ; ...; 𝐹⃗𝑛 = 𝑚𝑛 𝑎⃗𝑛


𝑥𝐶𝑀 =
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛
Logo, podemos concluir que:
𝑚1 𝑦1 + 𝑚2 𝑦2 + 𝑚3 𝑦3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑦𝑛
𝑦𝐶𝑀 = 𝑀. 𝑎⃗𝐶𝑀 = 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 + ⋯ + 𝐹⃗𝑛 → 𝐹⃗𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑀. 𝑎⃗𝐶𝑀
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛

𝑚1 𝑧1 + 𝑚2 𝑧2 + 𝑚3 𝑧3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑧𝑛 Assim, a resultante de forças que atua no sistema é igual ao produto


𝑧𝐶𝑀 = da massa total do sistema pela aceleração do seu centro de massa.
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛
Se o sistema for isolado de forças externas, temos:
Se representarmos a posição de cada partícula pelo vetor posição,
teremos:
𝐹⃗𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 0 → 𝑎⃗𝐶𝑀 = 0 → 𝑣⃗𝐶𝑀 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.
𝑟⃗1 = (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ); 𝑟⃗1 = (𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 ); 𝑟⃗3 = (𝑥3 , 𝑦3 , 𝑧3 ); ...; 𝑟⃗𝑛 =
(𝑥𝑛 , 𝑦𝑛 , 𝑧𝑛 ) Conservação da Posição do Centro de Massa

𝑚1 𝑟⃗1 + 𝑚2 𝑟⃗2 + 𝑚3 𝑟⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑟⃗𝑛 Partindo do princípio que um sistema de partículas é isolado, tendo
𝑟⃗𝐶𝑀 = a velocidade do seu centro de massa constante, podemos considerar
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛
um caso especial onde o sistema encontra-se em repouso.
Ou seja, se o sistema está em repouso, podemos considerar que a
Assim, podemos escrever a velocidade e a aceleração do centro de
velocidade inicial do seu centro de massa é nula. Considerando a
massa:
Terceira Lei de Newton, sabemos que o sistema permanecerá em
repouso até que uma força externa atue nele. Dessa forma, podemos
dizer que:
𝑚1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑣⃗2 + 𝑚3 𝑣⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑣⃗𝑛
𝑣⃗𝐶𝑀 =
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑟⃗𝐶𝑀0 = 𝑟⃗𝐶𝑀𝑓
𝑚1 𝑎⃗1 + 𝑚2 𝑎⃗2 + 𝑚3 𝑎⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑎⃗𝑛
𝑎⃗𝐶𝑀 = Conclusão:
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛
Considerando um sistema de partículas isolado de forças externas:
Quantidade de Movimento do Centro de Massa
i. Se 𝑣⃗𝐶𝑀 = 0, a posição do centro de massa irá
⃗⃗1 +𝑚2 𝑣
𝑚1 𝑣 ⃗⃗2 +𝑚3 𝑣
⃗⃗3 +⋯+𝑚𝑛 𝑣
⃗⃗𝑛
Como 𝑣⃗𝐶𝑀 = , podemos trocar a soma das permanecer a mesma.
𝑚1 +𝑚2 +𝑚3 +⋯+𝑚𝑛
ii. Se 𝑣⃗𝐶𝑀 ≠ 0 e for constante, o centro de massa
massas pela massa total do sistema:
manterá seu movimento.
𝑚1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑣⃗2 + 𝑚3 𝑣⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑣⃗𝑛
𝑣⃗𝐶𝑀 =
𝑀

𝑀. 𝑣⃗𝐶𝑀 = 𝑚1 𝑣⃗1 + 𝑚2 𝑣⃗2 + 𝑚3 𝑣⃗3 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑣⃗𝑛


FIS 226
MECÂNICA
Estática Momento de uma Força ou Torque

Em dinâmica, aprendemos que, para um referencial inercial, se a Por definição Física, é a capacidade de fazer um corpo
resultante de forças que atua em um corpo for nula, esse corpo extenso girar.
permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Assim quanto maior é a capacidade de fazer com que o
corpo entre em Rotação, maior o momento da força.
Para garantirmos o equilíbrio translacional em situações nas quais Percebemos, claramente q0ue o momento depende de duas
existem várias forças atuando em um corpo extenso ou em um corpo grandezas básicas: a força e as dimensões do corpo
pontual, consideramos que todas as forças saem do mesmo ponto e (distância).
realizam decomposição vetorial nos eixos cartesianos, de tal forma
que a resultante de forças em cada eixo seja nula. Para o cálculo do momento de uma força, devemos
observar que a força deve ser sempre perpendicular (90o) a
distância, para que a capacidade de giro seja a maior
possível.

Assim, temos:

𝐹𝑅𝑥 = 0 → 𝐹1𝑥 = 𝐹3 Para o seu cálculo teremos:

𝐹𝑅𝑦 = 0 → 𝐹1𝑦 = 𝐹2
Teorema de Lamy

Quando um ponto material está em equilíbrio e submetido à ação de


três forças coplanares e concorrentes, a razão entre o módulo de
cada força e o seno do ângulo oposto é constante.

Obs.: Essa convenção é feita pelo autor, podendo ser


alterada em qualquer problema.

Então para que um corpo extenso fique em equilíbrio são


necessárias duas condições:

1a) Que a soma das forças seja nula.

𝑓⃗1 𝑓⃗2 𝑓⃗3


= =
sen 𝐴̂1 sen 𝐴̂2 sen 𝐴̂3 2a) Que a soma dos momentos também seja nula.

Equilíbrio do Corpo Extenso

Caso o corpo seja extenso, devemos considerar o equilíbrio Ex.:


rotacional para garantir totalmente o equilíbrio do corpo. Um menino sentado num banco de praça de peso
desprezível, possui peso igual a 40N. Dada as dimensões
Para o caso do corpo extenso devemos levar em consideração o do banco, determine as forças de reações dos apoios A e B
tamanho do corpo, ou seja, suas dimensões. sobre o banco.

Teorema das Três Forças

"Se um sistema em equilíbrio translacional e rotacional está sob


influência de três forças, tal que duas delas são não paralelas, então
a linha de ação das três forças se cruza num dado ponto do espaço"

Para sua resolução:

FIS 227
MECÂNICA
O que não resolve o problema. Assim teremos que lançar III. Equilíbrio Indiferente: Quando um objeto tem a sua posição
mão da outra condição de equilíbrio: M = 0, mas devemos escolher alterada e, mesmo assim, mantém a sua situação de equilíbrio,
um ponto (fixo) para usarmos essa condição, então escolheremos A, dizemos que existe o equilíbrio indiferente. Isso ocorre sempre
e a partir desse ponto devemos fazer com que todas as forças girem que o ponto de suspensão do corpo coincide com o seu centro
em torno dele. de gravidade. É o caso de uma caneta “deitada” sobre uma mesa.
Mesmo que haja mudança em sua posição, a situação de
equilíbrio será mantida.

Observe a ilustração a seguir para que se tenha uma melhor


compreensão dos tipos de equilíbrio:

Tipos de Equilíbrio

O comportamento de um corpo rígido (conjunto de partículas cuja


posição não varia com o tempo), em uma situação em que a sua
posição original é alterada, determina tipos diferentes de equilíbrio.

I. Equilíbrio Estável: Se um objeto, após ser afastado de sua


posição de equilíbrio, retornar a ela, dizemos que há equilíbrio
estável. Corpos em equilíbrio estável, após serem retirados de
sua posição inicial, têm o centro de massa (ou centro de Tipos de Alavancas
gravidade) alterado para posições superiores. Assim, o torque
da força peso faz com que o objeto retorne à sua posição inicial. A alavanca é uma máquina simples que tem a função de facilitar a
É o que acontece com o brinquedo joão-bobo. execução de um trabalho. Ela pode ser de três tipos: interfixa, inter-
resistente ou interpotente.

A alavanca é constituída por três elementos:

PA – Ponto de apoio: o ponto ao redor do qual a alavanca pode girar;

FR – Força resistente: Peso do objeto que se pretende movimentar;

FP – Força potente: Exercida com o objetivo de mover o objeto.

I. Alavanca interfixa: Quando o ponto de apoio está situado entre


os pontos de aplicação de força e o objeto a ser movimentado,
como mostra a figura a seguir. São exemplos desse tipo de
alavanca: o alicate, a tesoura e a gangorra.
II. Equilíbrio Instável: Se um objeto, após ser afastado de sua
posição de equilíbrio, continuar afastando-se cada vez mais,
dizemos que o equilíbrio é do tipo instável. Isso acontece com
corpos que possuem seu centro de massa acima do ponto onde
estão suspensos. Na imagem abaixo, qualquer força aplicada
sobre o elefante pode fazê-lo cair da bola, logo, seu equilíbrio é
instável.
II. Alavanca inter-resistente: A força resistente está entre o ponto
de apoio e a força potente. Os exemplos desse tipo de alavanca
são: o quebra-nozes, abridores de garrafa e o carrinho de mão.

FIS 228
MECÂNICA
III. Alavanca interpotente: Nesse tipo de alavanca, a força 3. UFRGS 2020 A figura abaixo representa esquematicamente o
potente está entre o ponto de apoio e a força resistente. São braço e o antebraço de uma pessoa que está sustentando um peso
exemplos desse tipo de alavanca: a pinça e o cortador de P. O antebraço forma um ângulo de 90 com o braço.
unhas. FB é a força exercida pelo bíceps sobre o antebraço, e FC é a força
na articulação do cotovelo.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. FUVEST-ETE 2022 Um pai brinca puxando uma criança sobre


um skate com uma corda que faz um ângulo de 25° com o plano da
superfície horizontal, segundo o desenho. Se a massa da criança for
de 20 kg, qual a força máxima que o pai pode fazer antes das rodas
dianteiras perderem contato com o chão?

Sendo o módulo do peso P = 50 N e o módulo do peso do antebraço


Pa = 20 N, qual é o módulo da força FB ?
(A) 70 N.
(B) 370 N.
(C) 450 N.
(D) 460 N.
(E) 530 N.
Note e Adote:
cos(25) = 0,9; sen(25) = 0,4; g = 10 m s2 . 4. MACKENZIE 2018 Com o intuito de facilitar seu trabalho,
O atrito com a superfície é desprezível, e CM é o centro de massa um operário construiu um artifício com cordas e polias fixas ideais
do sistema, exatamente no meio do skate. e ainda uma barra homogênea de comprimento L = 20 m,
Despreze a massa do skate em relação à da criança.
articulada no ponto A. A massa da barra vale MB = 60 kg e o peso
(A) F  10N
(B) 10N  F  25N do bloco levantado tem módulo Q = 500 N. .
(C) 25N  F  100N
(D) 100N  F  250N
(E) F  250N

2. FMP 2022 Na Figura abaixo, apresenta-se o esquema de um


atleta sobre o trampolim horizontal de uma piscina.

Considerando-se que o sistema está em equilíbrio no instante em


que é retratado, que o módulo da aceleração gravitacional local seja
g = 10 m s2 , que o trecho BC da corda esteja perpendicular à
barra e que o valor do ângulo é  = 53, afirma-se corretamente que
o módulo da reação horizontal da força na barra no ponto A vale,
em N (newton),

Dados: sen 53 = 0,80; cos 53 = 0,60


O trampolim pesa 200 N, e o atleta pesa 800 N.
A intensidade da força que o apoio P exerce sobre o trampolim vale, (A) 650
em N, aproximadamente, (B) 534
(A) 750 (C) 400
(B) 4.050 (D) 384
(C) 4.800 (E) 250
(D) 5.550
(E) 6.300
FIS 229
MECÂNICA
5. ENEM 2018 As pessoas que utilizam objetos cujo princípio de 8. UFRGS 2019 Um bloco B está suspenso por um fio de massa
funcionamento é o mesmo do das alavancas aplicam uma força, desprezível e apoiado sobre um plano inclinado P, conforme
chamada de força potente, em um dado ponto da barra, para superar
ou equilibrar uma segunda força, chamada de resistente, em outro representa a figura abaixo. Não há atrito entre o bloco e o plano nem
ponto da barra. Por causa das diferentes distâncias entre os pontos entre o plano e a superfície horizontal. O sistema está inicialmente
de aplicação das forças, potente e resistente, os seus efeitos também em repouso.
são diferentes. A figura mostra alguns exemplos desses objetos.

Assinale a alternativa que indica, respectivamente, através das setas,


a trajetória seguida pelos centros de massa do bloco e do sistema
bloco + plano inclinado, quando o fio é cortado.
Em qual dos objetos a força potente é maior que a força resistente?
(A) Pinça.
(B) Alicate. (A)
(C) Quebra-nozes.
(D) Carrinho de mão.
(E) Abridor de garrafa. (B)
(C)
6. EEAR 2021 Centro de Massa (CM) é definido como o ponto
geométrico no qual se pode considerar toda a massa do corpo, ou do
sistema físico, em estudo. Na figura a seguir, têm-se três partículas (D)
A, B e C contidas em um mesmo plano e de massas,
respectivamente, iguais a 1 kg, 2 kg e 2 kg. As coordenadas, em
(E)
metros, de cada partícula são dadas pelos eixos coordenados x e
y, dispostas no gráfico da figura. Portanto, as coordenadas do 9. ENEM 2018 Visando a melhoria estética de um veículo, o
centro de massa do sistema, na sequência (x CM , yCM ), serão vendedor de uma loja sugere ao consumidor que ele troque as rodas
______ . de seu automóvel de aro 15 polegadas para aro 17 polegadas, o
que corresponde a um diâmetro maior do conjunto roda e pneu.

Duas consequências provocadas por essa troca de aro são:


(A) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o
mais instável e aumentar a velocidade do automóvel em
relação à indicada no velocímetro.
(B) Abaixar a posição do centro de massa do veículo tornando-o
mais instável e diminuir a velocidade do automóvel em relação
à indicada no velocímetro.
(C) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o
mais estável e aumentar a velocidade do automóvel em relação
à indicada no velocímetro.
(D) Abaixar a posição do centro de massa do veículo tornando-o
mais estável e diminuir a velocidade do automóvel em relação
à indicada no velocímetro.
(E) Elevar a posição do centro de massa do veículo tornando-o
mais estável e diminuir a velocidade do automóvel em relação
à indicada no velocímetro.
(A) (2, 3)
(B) (2, 4) 10. UFRGS 2014 Uma bomba é arremessada, seguindo uma
(C) (4, 2) trajetória parabólica, conforme representado na figura abaixo. Na
(D) (4, 4) posição mais alta da trajetória, a bomba explode.

7. UECE 2019 Suponha que a construção de uma chaminé de


tijolos seja realizada pelo acréscimo sucessivo de camadas
circulares concêntricas de tijolos, com raios sempre decrescentes. À
medida que a construção é erguida, com a finalização de cada
camada, o centro de massa da chaminé se desloca
(A) verticalmente para baixo.
(B) horizontalmente.
(C) verticalmente para cima.
(D) simultaneamente na vertical e na horizontal.

FIS 230
MECÂNICA
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do 3. MACKENZIE 2020
enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.
A explosão da bomba é um evento que __________ a energia
cinética do sistema. A trajetória do centro de massa do sistema
constituído pelos fragmentos da bomba segue __________.
(A) não conserva – verticalmente para o solo
(B) não conserva – a trajetória do fragmento mais massivo da
bomba
(C) não conserva – a mesma parábola anterior à explosão
(D) conserva – a mesma parábola anterior à explosão
(E) conserva – verticalmente para o solo

GABARITO

1. D
2. D
3. E
4. D A barra da figura acima é homogênea, possui massa m = 30 kg e
5. A comprimento L = 4,0 m. Ela está apoiada sobre o ponto A em um
6. C
plano horizontal rugoso e é vinculada pelo ponto C, a um metro de
7. C
topo da barra, a uma mola de constante elástica K.
8. E
9. A Sabe-se que o campo gravitacional local tem módulo g = 10 m s2
10. C e que o sistema encontra-se em equilíbrio quando  = 45 e a mola
tem sua extensão máxima x máx = 0,20 m. Com base nos dados
EXERCÍCIOS PROPOSTOS fornecidos, pode-se afirmar que o valor de K, em kN m, é
(A) 5,0
(B) 4,0
1. UECE 2009 Uma escada está apoiada entre uma parede vertical (C) 3,0
sem atrito e o chão (horizontal), conforme mostra a figura a seguir. (D) 2,0
(E) 1,0

4. UNIOESTE 2018 Uma pessoa usa uma chave de boca para


apertar um parafuso, conforme a figura abaixo. A distância do
centro do parafuso até a extremidade do cabo da chave de boca é de
30 cm e a força F, vertical, aplicada a 5 cm da extremidade do
cabo da chave, possui intensidade F = 20 N.

Considerando que a escada se comporta como uma barra


homogênea de 5 m e peso 100 N, e sabendo que o coeficiente de
atrito estático entre a escada e o chão é 0,5, a distância máxima x
que a base da escada pode estar da parede, sem deslizar, é,
aproximadamente, igual a
(A) 1,5 m. (B) 2,5 m.
(C) 3,5 m. (D) 4,5 m.

2. FCMSCSP 2022 A figura mostra uma prateleira horizontal


formada por uma tábua homogênea de peso 20 N sustentada por dois
apoios, X e Y, equidistantes das extremidades da tábua. Sobre a Assinale a alternativa CORRETA.
prateleira, há dois vasos, V1 e V2, de pesos 50 N e 40 N, (A) O torque gerado por F tem módulo igual a 2,5 2 N  m e
respectivamente.
orientação paralela à F.
(B) O torque gerado por F atua ao longo do eixo do parafuso,
sendo sua orientação perpendicular à F e ao plano da página.
(C) A orientação da força F representada na figura é aquela que
fornece a situação de torque máximo, pois o ângulo entre o
torque e o vetor força F é de 90.
(D) Na situação apresentada na figura, a componente de F paralela
ao eixo do cabo da chave é nula, por esse motivo essa
componente não gera torque.
(E) Após uma rotação no parafuso em 45 no sentido horário, de
As intensidades das forças aplicadas na tábua pelos apoios X e Y forma que o cabo da chave de boca esteja na posição horizontal
valem, respectivamente, e mantendo F na vertical, o torque terá módulo nulo.
(A) 52 N e 38 N.
(B) 62 N e 48 N.
(C) 45 N e 45 N.
(D) 50 N e 40 N.
(E) 55 N e 55 N.
FIS 231
MECÂNICA
5. MACKENZIE 2018 7. UECE 2020 Noticiou-se, recentemente, que duas composições
do VLT (veículo leve sobre trilhos) em Fortaleza colidiram
frontalmente. Suponha que os dois trafegavam em uma única linha
reta antes do choque e que as composições eram idênticas, viajavam
vazias e à mesma velocidade. Assim, é correto concluir que, nesse
trecho reto descrito, o centro de massa do sistema composto pelos
dois trens
(A) se deslocou somente antes da colisão e com velocidade
constante.
(B) se deslocou somente após a colisão e com velocidade
constante.
(C) não se deslocou até a ocorrência da colisão.
(D) se deslocou com velocidade variável.

8. FCMMG 2017 O brasileiro Arthur Zanetti tem se destacado no


cenário da ginástica olímpica, especialmente na modalidade das
A escada rígida da figura acima de massa 20,0 kg, distribuída argolas. As figuras destacam quatro posições clássicas dessa
modalidade.
uniformemente ao longo de seu comprimento, está apoiada numa
parede e no chão, lisos, e está impedida de deslizar por um cabo de
aço AC. Uma pessoa de massa 80,0 kg se posiciona no ponto D,
conforme indicado na figura. Considerando que a aceleração da
gravidade local é de 10 m s2 , pode-se afirmar que a força de tração
no cabo AC, nessas condições, será de
(A) 100 N.
(B) 150 N.
(C) 200 N.
(D) 250 N.
(E) 300 N.

6. FGV 2020 Uma criança de massa 40 kg estava em pé no centro


de uma prancha plana, de massa 12 kg, que flutuava em repouso na Para que o ginasta, que será considerado como corpo rígido,
permaneça em equilíbrio nas posições indicadas, é necessário que
superfície da água de uma piscina. Em certo instante, a criança
(A) o centro de massa do atleta esteja situado fora de seu corpo
saltou, na direção do comprimento da prancha, com velocidade
apenas na posição 4.
horizontal constante de 0,6 m s em relação ao solo, ficou no ar por
(B) o ginasta se encontre em condição de equilíbrio instável na
1,0 s e caiu na piscina a 1,7 m da extremidade da prancha. posição 3 e equilíbrio estável em 4.
(C) a força das mãos aplicadas sobre as argolas seja superior ao
peso do ginasta nas posições 2 e 3.
(D) a linha imaginária que liga suas mãos passe pelo centro de
massa de seu corpo apenas na posição 1.

9. UPE-SSA 1 2016

Em um experimento utilizando bolas de bilhar, uma bola A é


v ,
arremessada com velocidade horizontal de módulo A em uma
superfície horizontal fixa e sem atrito. A bola A colide elasticamente
com outra bola idêntica, B. Sobre o movimento do centro de massa
do conjunto de bolas, sabendo que a bola B está sempre em contato
com a superfície, assinale a alternativa CORRETA.
De acordo coma as informações e desprezando as perdas de energia, (A) Permanece em repouso, durante o movimento de A e B na
o comprimento dessa prancha é plataforma.
(A) 0,9 m. (B) Permanece em repouso, durante o movimento na rampa da
(B) 1,2 m. partícula B.
(C) Está em movimento uniformemente variado, antes da colisão.
(C) 1,6 m. (D) Está em movimento uniforme, depois da colisão, enquanto B
(D) 1,8 m. ainda está na plataforma.
(E) 2, 2 m. (E) Está em movimento uniforme, durante o movimento
descendente da partícula B.

FIS 232
MECÂNICA
10. ITA 2018 Sobre uma prancha horizontal de massa desprezível tensionadas:
e apoiada no centro, dois discos, de massas m A e mB ,
respectivamente, rolam com as respectivas velocidades v A e v B ,
constantes, em direção ao centro, do qual distam LA e L B ,
conforme a figura. Com o sistema em equilíbrio antes que os discos
colidam, a razão v A v B é dada por

(A) 1.
(B) m A m B .
(C) m B m A .
(D) LA mA LBmB . d1 : distância horizontal entre o ponto A e a corda 1
(E) LBmB LA mA . d 2 : distância horizontal entre o ponto A e a corda 2
h1 : distância vertical entre o ponto A e o ponto de contato da corda
GABARITO 1 na porção suspensa
h 2 : distância vertical entre o ponto A e o ponto de contato da corda
1. C 2 na porção suspensa
2. B
3. E Se a estrutura está em equilíbrio, então a tensão na corda 2 vale:
4. B (A) Pd1d2 [h1(d2 − d1)]
5. D
(B) Pd 2h1 [d 2 (d2 − d1)]
6. D
7. C (C) Pd2 (d2 − d1)
8. D (D) Pd2h 2 [h1(d2 − d1)]
9. D
10. C (E) Pd1 (d 2 − d1)

2. ESC. NAVAL 2020 A figura abaixo mostra o esquema de uma


EXERCÍCIOS DE CONCURSO prensa hidráulica.

1. EFOMM 2021 A tensegridade (ou integridade tensional) é uma


característica de uma classe de estruturas mecânicas cuja
sustentação está baseada quase que exclusivamente na tensão de
seus elementos conectores. Estruturas com essa propriedade,
exemplificadas nas imagens abaixo, parecem desafiar a gravidade,
justamente por prescindirem de elementos rígidos sob compressão,
como vigas e colunas:

Uma bomba manual é utilizada para gerar uma força de intensidade


F1 , que é aplicada ao pistão menor, com diâmetro 2 cm, quando
aplicada uma força Fa na extremidade da alavanca dessa bomba,
cujas dimensões estão expressas na figura acima. Uma mola, com
constante de mola 1,5 104 N m, está presa a uma viga, fixa e
rígida, e ao pistão maior, com diâmetro 20 cm. Desprezando o peso
dos pistões, qual deve ser o valor da força aplicada Fa na alavanca
para que a mola sofra uma compressão de 20 cm?
(A) 7,5 N
(B) 15 N
A figura abaixo representa uma estrutura de tensegridade formada (C) 30 N
por uma porção suspensa (as duas tábuas horizontais junto da coluna (D) 300 N
vertical à esquerda), de peso P e com centro de massa no ponto A,
(E) 750 N
que se liga a uma parede fixa e ao chão através de 2 cordas
FIS 233
MECÂNICA

3. ESC. NAVAL 2020 Urna barra homogênea de comprimento 5. EFOMM 2017 Uma haste homogênea de peso P repousa em
1,0 m, cuja massa é 1,0 kg, está fixa por um pino. Essa barra equilíbrio, apoiada em uma parede e nos degraus de uma escada,
sustenta uma placa homogênea e quadrada com 0,5 m de lado e conforme ilustra a figura abaixo. A haste forma um ângulo  com
a reta perpendicular à parede. A distância entre a escada e a parede
massa 1,0 kg. O sistema é mantido em equilíbrio com a barra na
é L. A haste toca a escada nos pontos A e B da figura.
horizontal tendo um fio de sustentação, inextensível e de massa
desprezível, exercendo uma tensão sobre a barra, conforme
apresentado na figura abaixo.

Utilizando as informações contidas na figura acima, determine o


peso P da haste, admitindo que FA é a força que a escada faz na
haste no ponto A e FB é a força que a escada faz na haste no ponto
Determine a força que o pino exerce sobre a barra e marque a opção
B.
correta. (Considere a aceleração da gravidade g = 10,0 m s2 )
2
(A) P = (FA + FB )
(A) (12,5 ˆi + 20,0 ˆj) N 3cos 
(B) 25,0 ˆi N
2
(B) P= (FA + 2FB )
3cos 
(C) 10,0 ˆj N 3
(C) P= (FA + FB )
(D) (5 3 ˆi + 10,0 ˆj) N 2cos 
2
(E) (12,5 3 ˆi + 7,5 ˆj) N (D) P= (FA + FB )
3cos 
3
4. EFOMM 2020 A figura abaixo mostra uma barra de massa (E) P= (FA + 2FB )
2cos 
desprezível apoiada sobre o vértice do triângulo. L1 e L2 são as
distâncias das extremidades esquerda e direita da barra até seu
centro. Os blocos de massas m1 e m2 estão ligados por um fio 6. EPCAR (AFA) 2017 Em feiras livres ainda é comum encontrar
balanças mecânicas, cujo funcionamento é baseado no equilíbrio de
inextensível de massa desprezível suspenso por uma roldana, corpos extensos. Na figura a seguir tem-se a representação de uma
também com massa desprezível. dessas balanças, constituída basicamente de uma régua metálica
homogênea de massa desprezível, um ponto de apoio, um prato fixo
em uma extremidade da régua e um cursor que pode se movimentar
desde o ponto de apoio até a outra extremidade da régua. A distância
do centro do prato ao ponto de apoio é de 10 cm. O cursor tem
massa igual a 0,5 kg. Quando o prato está vazio, a régua fica em
equilíbrio na horizontal com o cursor a 4 cm do apoio.

Para que a barra permaneça equilibrada, é necessário que a massa


m3 seja igual a
4m1 m2 L2
(A)
m1 + m2 L1
2m1 m2 L2
(B)
m1 + m2 L1 Colocando 1 kg sobre o prato, a régua ficará em equilíbrio na
L2 horizontal se o cursor estiver a uma distância do apoio, em cm,
(C) (m1 + m2 ) igual a
L1
4m1 m2 L2 (A) 18
(D) (B) 20
m1 − m2 L1
(C) 22
4m1 m2 L1 (D) 24
(E)
m1 − m2 L2
FIS 234
MECÂNICA
7. ESC. NAVAL 2014 Observe a figura a seguir. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Nas questões a seguir, quando necessário, use:

- Aceleração da gravidade: g = 10 m s2 ;
- Calor específico da água: c = 1,0 cal g C;
- sen 45 = cos 45 = 2 2.

9. EPCAR (AFA) 2019 Um armário, cujas dimensões estão


indicadas na figura abaixo, está em repouso sobre um assoalho
plano e horizontal.

Na figura acima, temos um disco de raio R = 0,1 m e espessura


R 3 com um buraco circular de raio R 4. A distância entre o
centro do disco e o centro do buraco é R 2. A massa específica do
material do disco é  = 9,6 103 kg m3 . Qual o módulo, em
newtons, da força que, aplicada ao ponto A, garante o equilíbrio
estático do disco na configuração representada acima?

Dados:
g = 10m s 2
Uma pessoa aplica uma força F constante e horizontal, cuja linha
=3
de ação e o centro de massa (CM) do armário estão num mesmo
(A) 1,2 (B) 2, 4
plano vertical. Sendo o coeficiente de atrito estático entre o assoalho
(C) 3,0 (D) 3,6 e o piso do armário igual a  e estando o armário na iminência de
(E) 4,0
escorregar, a altura máxima H na qual a pessoa poderá aplicar a
força para que a base do armário continue completamente em
8. ESC. NAVAL 2019 Analise a figura abaixo. contato com o assoalho é
h h
(A) (B) (C) (D)
2  2 

10. ESC. NAVAL 2018 Analise a figura a seguir.

A figura acima mostra um sistema cartesiano xyz, onde três


partículas, em repouso, ocupam as seguintes posições:

- no ponto (0,2 m, 3 m), a partícula A de massa mA = 1,0 kg;


- no ponto (6 m, 2 m, 0), a partícula B de massa mB = 2,0 kg;
- no ponto (5 m, 4 m, 3 m), a partícula C de massa mC = 3,0 kg.

A partir do instante t = 0, três forças constantes, medidas em


A figura acima mostra a seção reta longitudinal de uma caçamba
newtons, são aplicadas às partículas, conforme relato abaixo: rígida preenchida com troncos de madeira e apoiada sobre o plano
F = 2iˆ + 3j,
1
ˆ aplicada partícula A; inclinado de  por meio de pés retangulares transversais distantes
D = 3,0 m um do outro. O equilíbrio estático da caçamba é mantido
F2 = −3jˆ − k,
ˆ aplicada à partícula B;
utilizando vários calços fixos. Considere o centro de massa CM
ˆ aplicada à partícula C.
F3 = k, distante h = 1,0 m do plano inclinado e equidistante dos pontos A
e B nos quais estão aplicadas as resultantes das forças de contato,
Sendo assim, o vetor posição, em metros, do centro de massa desse
sendo A, B e CM pertencentes ao mesmo plano perpendicular ao
sistema de três partículas, no instante t = 3 segundos, é igual a:
plano inclinado. Desprezando o atrito, na iminência de a caçamba
(A) 6iˆ + 3jˆ + 2kˆ tombar (reação normal NB = 0), a tangente do ângulo  vale:
(B) 5iˆ + 3jˆ + 2kˆ 3
(A) 2,0 (B) 1,5 (C)
(C) 6iˆ + ˆj + 2kˆ 3
(D) (E) 0,50
(D) 5iˆ + 2jˆ + kˆ 3
(E) 4iˆ + 3jˆ + 2kˆ

FIS 235
MECÂNICA
GABARITO A nessa nova situação de equilíbrio, a tangente do ângulo que a
direção do segmento de reta AC passa a fazer com a vertical é
1. E 3
(A)
2. A 4 − 3
3. E 4
(B)
3 − 4
4. A

5. B (C)
−3
6. D 4
(D)
7. C 3 − 4
4
8. A (E)
4−
9. B
10. B 3. ITA 2021

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

1. EFOMM 2019 Duas pessoas – A e B – de massas m A e mB ,


estão sobre uma jangada de massa M, em um lago. Inicialmente,
todos esses três elementos (jangada e pessoas) estão em repouso em
relação à água. Suponha um plano coordenado XY paralelo à
superfície do lago e considere que, em determinado momento, A e
B passam a se deslocar com velocidades (em relação à água) de
módulos VA e VB , nas direções, respectivamente, dos eixos
perpendiculares x e y daquele plano coordenado.
A figura mostra uma barra AB de comprimento L, articulada na
A velocidade relativa entre a pessoa A e a jangada tem módulo: extremidade A e presa a uma parede por um cabo BC. Na
1 extremidade B da barra, suspende-se uma massa m por uma corda.
(A) (m A VA )2 + (m BVB ) 2
M O ângulo entre o cabo BC e a barra é dado por 1, e o ângulo entre
(B)
1
(m A + M) 2 VA2 + (m BVB ) 2 a barra e a corda que suspende a carga é dado por 2 , como mostra
M a figura. A barra, o cabo e a corda têm massas desprezíveis.
1 Determine, em termos das grandezas física envolvidas:
(C) (mAVA )2 + (mBVB )2
M + mA
1 a) o ângulo  entre a barra AB e a força F, exercida pela
(D) (mA + M)2 VA2 + (mBVB )2
M + mA articulação sobre a barra;
1 b) a intensidade da força F.
(E) (mAVA )2 + (mBVB )2
M(mA + mB )
4. IME 2021
2. IME 2015

Um corpo de gelo está disposto na extremidade de uma gangorra


que possui uma barra de comprimento C, cuja massa é
uniformemente distribuída. Inicialmente, o sistema está em repouso,
conforme mostra a figura acima. Em t = 0, o gelo é aquecido por
um resistor de resistência R, percorrido por uma corrente elétrica
A figura acima representa uma lâmina de espessura e densidade
contínua i.
constantes na forma de um semicírculo de raio a. A lâmina está
suspensa por um fio no ponto A e o seu centro de massa está a uma
Dados:
4a
distância de da reta que contém o segmento DB. Uma das - calor latente de fusão do gelo = L f ;
3
- massa da barra da gangorra: m; e
metades da lâmina é retirada após um corte feito ao longo do
segmento AC. Para a metade que permanece suspensa pelo ponto - massa inicial do bloco de gelo: 4 m.

FIS 236
MECÂNICA
Considerando que a água proveniente do gelo não se acumula na Em x :
gangorra e que todo o calor proveniente do aquecimento da m A VA t
Mx + ( m A + m B ) 
resistência é empregado para aquecer o gelo, o instante de tempo t Mx + ( m A + m B ) x AB mA + mB m V t
= =0 x =− A A
em que a barra iniciará seu movimento será: M + mA + mB M + mA + mB M
mL f
(A)
2Ri 2 Em y :
m BVBt
3mL f My + ( m A + m B ) 
(B) My + ( m A + m B ) y AB mA + mB m V t
Ri 2 = =0 y=− B B
M + mA + mB M + mA + mB M
5mL f
(C)
2Ri 2 Componentes da velocidade da jangada:
11mL f x m V
(D) VJx =  VJx = − A A
2Ri 2 t M
2mL f y m BVB
(E) VJy =  VJy = −
Ri 2 t M

5. ITA 2019 Uma barra rígida, homogênea, fina e de comprimento Componentes da velocidade de A :
, é presa a uma corda horizontal sem VAx = VA
massa e toca a quina de uma superfície horizontal livre de atrito, VAy = 0
fazendo um ângulo  como mostra a figura. Considerando a barra
em equilíbrio, assinale a opção correta para o valor da razão d , Componentes da resultante entre as velocidades da jangada e da
em que d é a distância da quina ao centro de gravidade (CG) da pessoa A :
barra. m V  M + mA 
Vx = VAx − VJx = VA + A A = VA  
M  M 
m V m V
Vy = VAy − VJy = 0 + B B = B B
M M

Portanto, o módulo da velocidade relativa entre a jangada e a pessoa


A é de:
2 2
 M + mA   mBVB 
V = Vx 2 + Vy 2 = VA 2   + 
 M   M 
1
V = ( mA + M )2 VA 2 + ( mBVB )2
M

tg 2 2. D
(A)
2 A figura mostra o centro de massa (C1) conforme indica o
cos 2  enunciado.
(B)
4
sen 2
(C)
4
cos 2 
(D)
2
sen 2
(E)
2

GABARITO
Imaginemos que após o corte as metades fossem novamente coladas
1. B e penduradas como antes. O centro de massa continuaria a ser o
Centro de massa entre A e B (supondo inicialmente na origem): ponto C1. Como as duas partes são idênticas, por simetria o centro
Em x :
de massa de cada metade, quando penduradas, também está à
m  ( VA t ) + m B  0 m A VA t
x AB = A = distância
4a
da reta que contém o segmento DB.
mA + mB mA + mB 3

Em y : Novamente por simetria, o centro de massa C2 da metade suspensa,


m A  0 + m B  ( VBt ) m V t
y AB = = B B está sobre uma reta que forma 45 com o segmento CB, como
mA + mB mA + mB indicado na figura que detalha as medidas relevantes.

Centro de massa (x, y) da jangada (supondo inicialmente na


origem, deve permanecer nesta):

FIS 237
MECÂNICA
Substituindo (III) e (IV) em (I), chegamos a:
sen 2  sen 2 cos 1 + sen 1 cos 2 
Fcos0 = mg cos 1 + mg cos 2  F = mg  
1 sen 1  sen 1 
sen ( 1 + 2 )
 F = mg
sen 1

4. C
Na iminência do movimento, a força que o chão faz na barra é nula,
assim como o torque em relação ao ponto de apoio. Logo, sendo 
Quando livre, a peça gira de um ângulo  até que o centro de massa o ângulo que a barra faz com o chão, a massa final de gelo será:
C2 esteja sobre a vertical pelo ponto de suspensão (A). gelo + barra = 0
mgelo  g  0,2C  cos  − m  g  0,3C  cos  = 0
3m
mgelo =
2

E a massa de gelo que derrete é de:


3m 5m
m' = 4m − =
2 2

Da potência dissipada pelo resistor, obtemos:


Q = Pot  t
5m
 Lf = R  i 2  t
2
5mLf
t =
2Ri 2

5. E
Ilustrando e decompondo as forças na barra, temos:

Na figura acima:
4a 4a
3 3 4a
tg = = = 
a−
4a 3  a − 4a ( − 4) a
3 
3 3
4
tg = .
3 − 4

3. Das forças sobre a barra representadas na figura abaixo, obtemos:

Para o equilíbrio translacional na direção da barra:


T
Psen  = T cos   = tg (I)
P
Para o equilíbrio rotacional em torno do ponto no qual a barra toca
a superfície:
l 
Pcos   d = Tsen    − d  (II)
 2 
Dividindo (II) por P e substituindo o resultado de (I), obtemos:
T l  cos d l  d l 
cos d = sen   − d   = tg  − d   = tg  − d  
Equilíbrio translacional: P 2  sen  2  tg 2 

Fcos  = Tcos 1 + mgcos 2




(I) l
( )
 d = tg 2 − tg 2d  1 + tg 2 d =
2
tg 2l
2
d
 =
tg 2 1 sen 2 cos 2 
= 
l 2sec2  2 cos 2 

1
Fsen  + Tsen 1 = mgsen 2
 (II)
d sen  2
 =
l 2
Equilíbrio rotacional em relação ao ponto A :
sen 2
Tsen 1  L − mgsen 2  L = 0  T = mg (III)
sen 1

Substituindo (III) em (II), vem:


sen 2
Fsen  + mg sen 1 = mgsen 2  F sen  = 0   = 0 (IV)
sen 1

FIS 238
FÍSICA 2

Força de atrito 241

Trabalho, potência e rendimento 250

Energia mecânica 261


DINÂMICA
TÓPICO: DINÂMICA Enquanto a força F for menor que a força de atrito estático máxima,
SUBTÓPICO: ATRITO ESTÁTICO E ATRITO DINÂMICO o bloco permanecerá em repouso e a força de atrito que atuará no
CAPÍTULO: FORÇA DE ATRITO bloco será igual a força F.
Ou seja, nem sempre o atrito estático que atua em um corpo possui
valor máximo.
1) FORÇA DE ATRITO
Imagine que, para o exemplo do bloco, a força de atrito estático
A força de atrito é uma força que se opõe ao escorregamento dos máxima seja de 50 N. Assim, para manter o bloco em repouso, o a
corpos. força de atrito que atua nele deverá ser igual a força feita sobre ele
Estamos acostumados a dizer que o atrito é uma força de oposição para colocá-lo em movimento. Sendo assim, teremos:
ao movimento, mas isso nem sempre é verdade. Quando andamos,
nós exercemos uma força sobre o solo e este, pelo Princípio da Ação 𝐹 = 20 𝑁 → 𝐹𝑎 = 20 𝑁
e Reação, exerce uma força que nos impulsiona. Nesse caso, nosso
pé não desliza no solo e, devido a isso, nós conseguimos andar. A 𝐹 = 30 𝑁 → 𝐹𝑎 = 30 𝑁
força que impede o deslizamento do pé em relação ao solo é o atrito.
𝐹 = 40 𝑁 → 𝐹𝑎 = 40 𝑁

Por mais que uma superfície seja bem polida, ela sempre apresenta 𝐹 = 50 𝑁 → 𝐹𝑎 = 50 𝑁 = 𝐹𝑎𝑀Á𝑋
irregularidades:
Quando a força F feita no bloco alcança um valor igual a força de
atrito estático máxima, dizemos que o bloco está na iminência de
movimento. Ou seja, qualquer acréscimo de força colocará o bloco
em movimento e a força de atrito que atuará sob o bloco passará a
ser a força de atrito dinâmico.

• ATRITO DINÂMICO

Ocorre quando há movimento relativo entre corpos.


A força de atrito dinâmico é um pouco diferente da força de atrito
estático.
Imagine agora dois corpos em contato. Quando as superfícies
que estão em contato escorregam ou tendem a escorregar uma em Primeiramente, podemos observar que um corpo ficará sujeito ao
relação à outra, as irregularidades de cada uma se interpenetram atrito dinâmico apenas quando ele estiver se movimento em uma
provocando uma força chamada força de atrito. superfície que possua um coeficiente de atrito.
Didaticamente dividimos as forças de atrito em dois tipos: força Outro ponto importante é que, a força de atrito dinâmico é constante
de atrito estático, enquanto não houver escorregamento entre as durante o movimento, ou seja, não varia seu módulo, que pode ser
superfícies em contato e força de atrito cinético, quando há calculado da seguinte maneira:
escorregamento entre as superfícies.
𝐹𝑎𝑑 = µ𝑑 . 𝑁
• ATRITO ESTÁTICO

Ocorre quando não há movimento relativo entre corpos. Onde:


𝐹𝑎𝑑 é a força de atrito dinâmico
µ𝑑 é o coeficiente de atrito dinâmico entre as superfícies
𝑁 é a força normal.

Por fim, ao observar a natureza dos materiais, observamos que o


coeficiente de atrito dinâmico entre duas superfícies é sempre menor
que o coeficiente de atrito estático entre essas mesmas superfícies.
Ou seja, a força de atrito dinâmico é sempre menor que a força de
atrito estático máxima.

µ𝑑 < µ𝐸 → 𝐹𝑎𝑀Á𝑋 > 𝐹𝑎𝑑


Nesse caso, ao fazermos uma força de intensidade F no bloco,
causamos nele uma tendência de deslizamento sobre o solo
horizontal. A força de atrito estático 𝐹𝑎 aparece para impedir esse Podemos desenhar um gráfico relacionando a força F, feita no bloco,
deslizamento. com a força de atrito 𝐹𝑎 que atua no mesmo.
A força de atrito estático pode variar até alcançar seu valor máximo,
que pode ser calculada pela relação:
𝐹𝑎𝑀Á𝑋 = µ𝐸 . 𝑁
Onde:
𝐹𝑎𝑀Á𝑋 é a força de atrito estático máxima
µ𝐸 é o coeficiente de atrito estático entre as superfícies
𝑁 é a força normal

Ou seja, existe um máximo valor para o atrito estático e, caso a força


F ultrapasse esse valor, o bloco começará a se mover.
Assim, vamos observar o que ocorre com bloco quando fazemos a
força F variar.

𝑭 < 𝑭𝒂𝑴Á𝑿

FIS 241
DINÂMICA

• Afinal, a força de atrito é ou não é contrária ao movimento? TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Sempre que necessário, use  = 3 e g = 10 m s2 .
Para responder essa pergunta, vamos observar duas situações
diferentes:
2. UNICAMP 2021 A força de atrito cinético entre a agulha e um
• 1ª: Quando forçamos um bloco a deslizar sobre uma disco de vinil tem módulo | Fat |= 8,0 10−3 N. Sendo o módulo da
superfície pela aplicação de uma força F
força normal | N |= 2,0 10−2 N, o coeficiente de atrito cinético,
c , entre a agulha e o disco é igual a
(A) 1,6 10−5. (B) 5,0 10−2.
(C) 4,0 10−1. (D) 2,5 100.

Nesse caso, a força de atrito é contrária ao movimento dos blocos, e 3. UECE 2020 Em um campeonato de futebol, como o Brasileiro,
isso ocorre pois o atrito é uma força que se opõe ao deslizamento de 2019, bolas são chutadas e arremessadas milhares de vezes, quase
dos corpos. Como estamos empurrando ou puxando um bloco, todas como lançamentos oblíquos ou variações mais elaboradas. De
forçamos o bloco a deslizar sobre a superfície em que ele está modo simplificado, lances de longo alcance podem ser tratados
apoiado. Assim, o deslizamento e o movimento acontecem na como massas puntiformes lançadas sob a ação da gravidade e da
mesma direção e no mesmo sentido. Como o atrito se opõe ao força de atrito do ar. Essa força de atrito pode, dentro de certos
deslizamento, e o deslizamento está no mesmo sentido do limites, ser tratada como proporcional ao módulo da velocidade da
movimento, o atrito termina sendo contrário ao movimento também. bola. Dado isso, é correto afirmar que
(A) mesmo com a força de atrito, a trajetória continua parabólica.
• 2ª: Quando o movimento é gerado no sentido oposto ao (B) a força de atrito tem sempre direção horizontal.
deslizamento (C) o alcance de um dado lançamento é reduzido pela força de atrito.
(D) a força de atrito tem sempre direção vertical.

4. ENEM PPL 2019 O curling é um dos esportes de inverno mais


antigos e tradicionais. No jogo, dois times com quatro pessoas têm
de deslizar pedras de granito sobre uma área marcada de gelo e
tentar colocá-las o mais próximo possível do centro. A pista de
curling é feita para ser o mais nivelada possível, para não interferir
no decorrer do jogo. Após o lançamento, membros da equipe varrem
(com vassouras especiais) o gelo imediatamente à frente da pedra,
porém sem tocá-la. Isso é fundamental para o decorrer da partida,
pois influi diretamente na distância percorrida e na direção do
movimento da pedra. Em um lançamento retilíneo, sem a
interferência dos varredores, verifica-se que o módulo da
desaceleração da pedra é superior se comparado à desaceleração da
Nesse caso, a força de atrito que atua sobre os corpos é a força de mesma pedra lançada com a ação dos varredores.
atrito estática e está no mesmo sentido do movimento, contrária ao
deslizamento. A atuação dessa força é o que permite o movimento
dos corpos, pois ela impede que os corpos deslizem sobre o solo,
proporcionando assim o movimento.
Conclusão: quando o movimento e o deslizamento possuem a
mesma direção e o mesmo sentido, a força de atrito que atua é
contrária ao movimento. Quando o movimento e o deslizamento
possuem a mesma direção, mas sentidos opostos, a força de atrito
que atua é contrária ao deslizamento e a favor do movimento.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. FMJ 2021 Uma pessoa desceu uma ladeira, inclinada de um


ângulo 30 em relação à horizontal, em um carrinho de rolimã, com
aceleração média de 1,5 m s 2 . Considere que a aceleração A menor desaceleração da pedra de granito ocorre porque a ação
dos varredores diminui o módulo da
2
gravitacional fosse 10 m s , que a massa do conjunto pessoa e (A) força motriz sobre a pedra.
carrinho fosse 60 kg, que sen30 = 0,50 e que cos30 = 0,87. Se, (B) força de atrito cinético sobre a pedra.
(C) força peso paralela ao movimento da pedra.
durante a descida, o conjunto foi impulsionado apenas pelo próprio
(D) força de arrasto do ar que atua sobre a pedra.
peso, a intensidade média da resultante das forças de resistência que
(E) força de reação normal que a superfície exerce sobre a pedra.
atuaram sobre o conjunto foi de
(A) 300 N.
5. ENEM (LIBRAS) 2017 Em dias de chuva ocorrem muitos
(B) 210 N.
acidentes no trânsito, e uma das causas é a aquaplanagem, ou seja,
(C) 520 N.
a perda de contato do veículo com o solo pela existência de uma
(D) 390 N.
camada de água entre o pneu e o solo, deixando o veículo
(E) 90 N.
incontrolável.

FIS 242
DINÂMICA
Nesta situação, a perda do controle do carro está relacionada com (C) estático na superfície rugosa, devido à roda.
redução de qual força? (D) dinâmico na superfície rugosa, devido à roda.
(A) Atrito. (E) dinâmico na roda, devido à superfície rugosa.
(B) Tração.
(C) Normal. 10. ENEM 2016 Uma invenção que significou um grande avanço
(D) Centrípeta. tecnológico na Antiguidade, a polia composta ou a associação de
(E) Gravitacional. polias, é atribuída a Arquimedes (287 a.C. a 212 a.C.). O aparato
consiste em associar uma série de polias móveis a uma polia fixa. A
6. ENEM 2013 Uma pessoa necessita da força de atrito em seus figura exemplifica um arranjo possível para esse aparato. É relatado
pés para se deslocar sobre uma superfície. Logo, uma pessoa que que Arquimedes teria demonstrado para o rei Hierão um outro
sobe uma rampa em linha reta será auxiliada pela força de atrito arranjo desse aparato, movendo sozinho, sobre a areia da praia, um
exercida pelo chão em seus pés. navio repleto de passageiros e cargas, algo que seria impossível sem
Em relação ao movimento dessa pessoa, quais são a direção e o a participação de muitos homens. Suponha que a massa do navio era
sentido da força de atrito mencionada no texto? de 3.000 kg, que o coeficiente de atrito estático entre o navio e a
(A) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do movimento. areia era de 0,8 e que Arquimedes tenha puxado o navio com uma
(B) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao movimento.
(C) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento. força F, paralela à direção do movimento e de módulo igual a
(D) Horizontal e no mesmo sentido do movimento. 400 N.
(E) Vertical e sentido para cima.
Considere os fios e as polias ideais, a aceleração da gravidade igual
7. ENEM PPL 2012 O freio ABS é um sistema que evita que as
rodas de um automóvel sejam bloqueadas durante uma frenagem a 10m s2 e que a superfície da praia é perfeitamente horizontal.
forte e entrem em derrapagem. Testes demonstram que, a partir de
uma dada velocidade, a distância de frenagem será menor se for
evitado o bloqueio das rodas.

O ganho na eficiência da frenagem na ausência de bloqueio das


rodas resulta do fato de
(A) o coeficiente de atrito estático tornar-se igual ao dinâmico
momentos antes da derrapagem.
(B) o coeficiente de atrito estático ser maior que o dinâmico,
independentemente da superfície de contato entre os pneus e o
pavimento.
(C) o coeficiente de atrito estático ser menor que o dinâmico,
independentemente da superfície de contato entre os pneus e o
pavimento. O número mínimo de polias móveis usadas, nessa situação, por
(D) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser maior Arquimedes foi
com as rodas desbloqueadas, independentemente do coeficiente (A) 3.
de atrito. (B) 6.
(E) a superfície de contato entre os pneus e o pavimento ser maior (C) 7.
com as rodas desbloqueadas e o coeficiente de atrito estático ser (D) 8.
maior que o dinâmico. (E) 10.
8. ENEM PPL 201) Com um dedo, um garoto pressiona contra a
GABARITO
parede duas moedas, de R$ 0,10 e R$ 1,00, uma sobre a outra,
mantendo-as paradas. Em contato com o dedo estás a moeda de 1. B 2. C 3. C 4. B 5. A
R$ 0,10 e contra a parede está a de R$ 1,00. O peso da moeda de 6. C 7. B 8. E 9B. 10. B
R$ 0,10 é 0,05 N e o da de R$1,00 é 0,09 N. A força de atrito
exercida pela parece é suficiente para impedir que as moedas caiam. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Qual é a força de atrito entre a parede e a moeda de R$1,00?
(A) 0,04 N 1. UCPEL 2021 Durante uma aula de física um grupo de estudantes
(B) 0,05 N monta o dispositivo mostrado abaixo com a intenção de determinar
os coeficientes de atrito estático e cinético do corpo A com o plano
(C) 0,07 N horizontal.
(D) 0,09 N
(E) 0,14 N

9. ENEM PPL 2018 Um carrinho de brinquedo funciona por


fricção. Ao ser forçado a girar suas rodas para trás, contra uma
superfície rugosa, uma mola acumula energia potencial elástica. Ao
soltar o brinquedo, ele se movimenta sozinho para frente e sem
deslizar.

Quando o carrinho se movimenta sozinho, sem deslizar, a energia


potencial elástica é convertida em energia cinética pela ação da
força de atrito
(A) dinâmico na roda, devido ao eixo.
(B) estático na roda, devido à superfície rugosa. O corpo A tem massa igual a 2,0 kg e a aceleração da gravidade é
FIS 243
DINÂMICA

considerada igual a 10 m s2 . Ao suspender o corpo B, os 4. FAMERP 2018 Um caminhão transporta em sua carroceria um
bloco de peso 5.000 N. Após estacionar, o motorista aciona o
estudantes percebem que para valores até 1,0 kg o corpo A
mecanismo que inclina a carroceria.
permanece em repouso, mas para qualquer valor superior o corpo A
entra em movimento. Na etapa seguinte os estudantes verificam que
quando o corpo B tem massa de 1,5 kg a aceleração do corpo A é
de 2,0 m s2 . Com base nos valores obtidos os estudantes
concluíram, corretamente, que os coeficientes de atrito estático e
cinético do corpo A com a superfície horizontal valem,
respectivamente
(A) 0,50 e 0,30 (B) 0,50 e 0,40
(C) 0,25 e 0,20 (D) 1,0 e 0,80
(E) 0,80 e 0,40
Sabendo que o ângulo máximo em relação à horizontal que a
2. FMP 2019 Um carro de massa 1,00 103 kg é rebocado ladeira carroceria pode atingir sem que o bloco deslize é , tal que
acima com velocidade constante, conforme mostra a figura abaixo. sen = 0,60 e cos  = 0,80, o coeficiente de atrito estático entre o
bloco e a superfície da carroceria do caminhão vale
(A) 0,55. (B) 0,15. (C) 0,30.
(D) 0,40. (E) 0,75.

5. UFU 2017 Ao se projetar uma rodovia e seu sistema de


sinalização, é preciso considerar variáveis que podem interferir na
distância mínima necessária para um veículo parar, por exemplo.
Considere uma situação em que um carro trafega a uma velocidade
constante por uma via plana e horizontal, com determinado
Durante o movimento, o módulo da tração na corda que liga os dois coeficiente de atrito estático e dinâmico e que, a partir de um
carros vale 5,00 103 N. A inclinação da ladeira com relação à determinado ponto, aciona os freios, desacelerando uniformemente
até parar, sem que, para isso, tenha havido deslizamento dos pneus
horizontal e o ângulo entre a corda e o plano da ladeira valem, do veículo. Desconsidere as perdas pela resistência do ar e pelo
ambos, 25,0. atrito entre os componentes mecânicos do veículo.

O módulo da resultante das forças de atrito que atuam sobre o carro A respeito da distância mínima de frenagem, nas situações descritas,
rebocado vale, em N, aproximadamente são feitas as seguintes afirmações:

Dados I. Ela aumenta proporcionalmente à massa do carro.


sen 25,0 = 0, 400 II. Ela é inversamente proporcional ao coeficiente de atrito estático.
cos 25,0 = 0,900 III. Ela não se relaciona com a aceleração da gravidade local.
IV. Ela é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade
Aceleração da gravidade = 10,0 m  s −2 inicial do carro.
(A) 4,50 103 (B) 4,10 103 Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas corretas.
(C) 5,00 103 (D) 5,00 102 (A) I e II (B) II e IV
(C) III e IV (D) I e III
(E) 7,00 103
6. G1 - IFSUL 2017 Um trabalhador está puxando, plano acima,
3. EPCAR (AFA) 2022 Dois blocos, A e B, de dimensões uma caixa de massa igual a 10 kg, conforme indica a figura abaixo.
desprezíveis são abandonados, partindo do repouso, do topo de um
plano inclinado de 30 em relação à horizontal; percorrendo, depois
de um mesmo intervalo de tempo, as distâncias indicadas conforme
ilustra a figura seguinte.

A força de atrito cinético entre as superfícies de contato da caixa e


do plano tem módulo igual a 6 N. Considere a aceleração da
gravidade igual a 10 m s2 , o cos 30,0 = 0,87, o sen 30,0 = 0,5,
Sejam A e  B , os coeficientes de atrito cinético entre a superfície
do plano inclinado e os blocos A e B, respectivamente. o cos 20,0 = 0,94 e o sen 20,0 = 0,34.
Considerando A = 2B , então  B vale
Após colocar a caixa em movimento, o módulo da força F que ele
3 1 precisa aplicar para manter a caixa em movimento de subida com
(A) (B)
15 5 velocidade constante é aproximadamente igual a
3 3 (A) 200 N. (B) 115 N.
(C) (D)
5 4 (C) 68 N. (D) 46 N.
FIS 244
DINÂMICA

7. UNESP 2017 Na linha de produção de uma fábrica, uma esteira 9. UEFS 2016
rolante movimenta-se no sentido indicado na figura 1, e com
velocidade constante, transportando caixas de um setor a outro. Para
fazer uma inspeção, um funcionário detém uma das caixas,
mantendo-a parada diante de si por alguns segundos, mas ainda
apoiada na esteira que continua rolando, conforme a figura 2.

Dois blocos, A e B, de massas, respectivamente, iguais a 10,0 kg


e 30,0 kg, são unidos por meio de um fio ideal, que passa por uma
polia, sem atrito, conforme a figura.
No intervalo de tempo em que a esteira continua rolando com Considerando-se o módulo da aceleração da gravidade local igual a
velocidade constante e a caixa é mantida parada em relação ao
funcionário (figura 2), a resultante das forças aplicadas pela esteira 10,0 m s 2 , o coeficiente de atrito cinético entre os blocos e as
sobre a caixa está corretamente representada na alternativa superfícies de apoio igual a 0,2, sen 37 = cos 53 = 0,6 e
(A) (B) (C) sen 53 = cos 37 = 0,8, é correto afirmar que o módulo da tração
no fio que liga os dois blocos, em kN, é igual a
(A) 0,094
(B) 0,096
(C) 0,098
(D) (E) (D) 0,102
(E) 0,104

10. ENEM PPL 2015 Num sistema de freio convencional, as rodas


do carro travam e os pneus derrapam no solo, caso a força exercida
8. UNESP 2017 Um homem sustenta uma caixa de peso 1.000 N, sobre o pedal seja muito intensa. O sistema ABS evita o travamento
que está apoiada em uma rampa com atrito, a fim de colocá-la em das rodas, mantendo a força de atrito no seu valor estático máximo,
um caminhão, como mostra a figura 1. O ângulo de inclinação da sem derrapagem. O coeficiente de atrito estático da borracha em
rampa em relação à horizontal é igual a 1 e a força de sustentação contato com o concreto vale e = 1,0 e o coeficiente de atrito
aplicada pelo homem para que a caixa não deslize sobre a superfície cinético para o mesmo par de materiais é c = 0,75. Dois carros,
inclinada é F, sendo aplicada à caixa paralelamente à superfície com velocidades iniciais iguais a 108 km h , iniciam a frenagem
inclinada, como mostra a figura 2. numa estrada perfeitamente horizontal de concreto no mesmo ponto.
O carro 1 tem sistema ABS e utiliza a força de atrito estática máxima
para a frenagem; já o carro 2 trava as rodas, de maneira que a força
de atrito efetiva é a cinética. Considere g = 10 m s2 .

As distâncias, medidas a partir do ponto em que iniciam a frenagem,


que os carros 1 (d1) e 2 (d 2 ) percorrem até parar são,
respectivamente,
(A) d1 = 45 m e d2 = 60 m.
(B) d1 = 60 m e d 2 = 45 m.
(C) d1 = 90 m e d2 = 120 m.

Quando o ângulo 1 é tal que sen 1 = 0,60 e cos 1 = 0,80, o (D) d1 = 5,8 102 m e d2 = 7,8 102 m.
valor mínimo da intensidade da força F é 200 N. Se o ângulo for (E) d1 = 7,8 102 m e d2 = 5,8 102 m.
aumentado para um valor 2 , de modo que sen 2 = 0,80 e
GABARITO
cos 2 = 0,60, o valor mínimo da intensidade da força F passa a
ser de 1. B
(A) 400 N. 2. D
(B) 350 N. 3. A
4. E
(C) 800 N. 5. B
(D) 270 N. 6. D
(E) 500 N. 7. C
8. E
9. D
10. A

FIS 245
DINÂMICA

Teoria de Aprofundamento EXERCÍCIOS DE CONCURSO

FORÇAS EM REFERENCIAIS NÃO INERCIAIS TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Sabemos que as Leis de Newton são válidas para referenciais Na(s) questão(ões) a seguir, quando necessário, use:
inerciais. Então, como proceder quando o referencial em si for não
inercial? - densidade da água: d = 1  103 km m3
- aceleração da gravidade: g = 10 m s2
Princípio da Equivalência de Einstein
3
- cos 30 = sen 60 =
Quando um sistema contido em um referencial não inercial que 2
1
possui uma aceleração constante 𝑎⃗ relativa a um referencial inercial - cos 60 = sen 30 =
e se passa a observar o movimento a partir do mesmo referencial 2
não inercial, é necessária a adição de uma aceleração −𝑎⃗ a todos os 2
- cos 45 = sen 45 =
componentes do sistema, para que possam ser aplicadas as Leis de 2
Newton.
Por exemplo, imagine uma bolinha presa ao teto de um ônibus, em 1. EPCAR (AFA) 2020 A figura a seguir, em que as polias e os
repouso em relação ao solo, por um fio de massa desprezível. fios são ideais, ilustra uma montagem realizada num local onde a
aceleração da gravidade é constante e igual a g, a resistência do ar
Quando o motorista do ônibus arranca gerando uma aceleração 𝑎⃗
e as dimensões dos blocos A, B, C e D são desprezíveis.
para a direita, observamos que a bolinha move-se lentamente para
a esquerda.

O bloco B desliza com atrito sobre a superfície de uma mesa plana


e horizontal, e o bloco A desce verticalmente com aceleração
Vimos que, a partir do Princípio da Equivalência, podemos nos valer constante de módulo a. O bloco C desliza com atrito sobre o bloco
das Leis de Newton em um referencial não inercial. Então, a B, e o bloco D desce verticalmente com aceleração constante de
Segunda Lei de Newton passará a ser válida quando nos valermos módulo 2a.
dele.
Como todos os componentes do sistema contido no referencial não As massas dos blocos A, B e D são iguais, e a massa do bloco C
inercial vão receber uma aceleração contrária à aceleração do é o triplo da massa do bloco A. Nessas condições, o coeficiente de
sistema, e a Segunda Lei de Newton é válida, sabemos que para essa atrito cinético, que é o mesmo para todas as superfícies em contato,
nova aceleração adicionada ao sistema haverá associada a ela uma pode ser expresso pela razão
“força extra”. Essa “força extra” é chamada de força inercial. Essa (A)
a
(B)
g
(C)
2g
(D)
3a
extensão da Segunda Lei de Newton para referenciais não inerciais g a 3a 2g
a partir de forças inerciais é chamada de Princípio de D´Alembert.
2. EPCAR (AFA) 2017 Na situação da figura a seguir, os blocos
A e B têm massas mA = 3,0 kg e mB = 1,0 kg. O atrito entre o
∑ 𝐹 − 𝑚. 𝑎⃗1 = 𝑚. 𝑎⃗2
bloco A e o plano horizontal de apoio é desprezível, e o coeficiente
de atrito estático entre B e A vale e = 0,4. O bloco A está preso
Seja um sistema físico que possua uma aceleração 𝑎⃗1 em relação a
numa mola ideal, inicialmente não deformada, de constante elástica
um referencial inercial. Ao tomarmos um corpo de massa m
K = 160 N m que, por sua vez, está presa ao suporte S.
pertencente a esse sistema, que é não inercial, observamos que esse
corpo possui uma aceleração 𝑎⃗2 , que é a aceleração em relação ao
referencial não inercial considerado agora como inercial.
Observe que ∑ 𝐹 é o somatório de todas as forças que já atuavam
no corpo antes da troca de referencial.

O conjunto formado pelos dois blocos pode ser movimentado


produzindo uma deformação na mola e, quando solto, a mola
produzirá certa aceleração nesse conjunto. Desconsiderando a
resistência do ar, para que B não escorregue sobre A, a
deformação máxima que a mola pode experimentar, em cm, vale
(A) 3,0 (B) 4,0 (C) 10 (D) 16
FIS 246
DINÂMICA

3. EPCAR (AFA) 2017 Um bloco escorrega, livre de resistência Sendo as massas dos corpos A e B iguais a m, determine o
do ar, sobre um plano inclinado de 30, conforme a figura (sem coeficiente de atrito cinético .
escala) a seguir. y 2d
(A)  = (B)  =
(y+ 2d) (y+ 2d)
(2d + y) y
(C)  = (D)  =
y 2d
d
(E)  =
(2d + y)

6. ESC. NAVAL 2016 Analise a figura abaixo.


No trecho AB não existe atrito e no trecho BC o coeficiente de
3
atrito vale  = .
2

O bloco é abandonado, do repouso em relação ao plano inclinado,


no ponto A e chega ao ponto C com velocidade nula. A altura do
ponto A, em relação ao ponto B, é h1, e a altura do ponto B, em
relação ao ponto C, é h 2 .
h1
A razão vale
h2
1 3 A figura acima mostra um bloco de massa 7,0 kg sob uma
(A) (B) (C) 3 (D) 2
2 2 superfície horizontal. Os coeficientes de atrito estático e cinético
entre o bloco e a superfície são, respectivamente, 0,5 e 0,4. O
4. ESC. NAVAL 2017 Analise a figura a seguir.
bloco está submetido à ação de duas forças de mesmo módulo,
F = 80 N, mutuamente ortogonais. Se o ângulo  vale 60, então,
pode-se afirmar que o bloco

Dado: g = 10 m s2
(A) desloca-se da superfície, caindo verticalmente.
A figura acima exibe um bloco de 12 kg que se encontra na (B) desliza sob a superfície com aceleração constante para a direita.
horizontal sobre uma plataforma de 3,0 kg. O bloco está preso a (C) não se move em relação à superfície.
(D) desliza sob a superfície com velocidade constante para a direita.
uma corda de massa desprezível que passa por uma roldana de
(E) desliza sob a superfície com aceleração constante para a
massa e atrito desprezíveis fixada na própria plataforma. Os
esquerda.
coeficientes de atrito estático e cinético entre as superfícies de
contato (bloco e plataforma) são, respectivamente, 0,3 e 0,2. A
7. EFOMM 2016 Os blocos A e B da figura pesam 1,00 kN, e
plataforma, por sua vez, encontra-se inicialmente em repouso sobre
uma superfície horizontal sem atrito. Considere que em um dado estão ligados por um fio ideal que passa por uma polia sem massa e
sem atrito. O coeficiente de atrito estático entre os blocos e os planos
instante uma força horizontal F passa a atuar sobre a extremidade
é 0,60. Os dois blocos estão inicialmente em repouso. Se o bloco
livre da corda, conforme indicado na figura.
B está na iminência de movimento, o valor da força de atrito, em
Para que não haja escorregamento entre o bloco e a plataforma, o newtons, entre o bloco A e o plano, é
maior valor do módulo da força F aplicada, em newtons, é
Dado: cos 30  0,87
Dado: g = 10 m s2
(A) 4 9 (B) 15 9 (C) 10
(D) 20 (E) 30

5. EFOMM 2017 Na situação apresentada no esquema abaixo, o


bloco B cai a partir do repouso de uma altura y, e o bloco A
percorre uma distância total y + d. Considere a polia ideal e que
existe atrito entre o corpo A e a superfície de contato.

(A) 60
(B) 70
(C) 80
(D) 85
(E) 90

FIS 247
DINÂMICA
8. ESC. NAVAL 2015 Analise a figura abaixo. Dados: g = 10,0 m s2 ; sen = 0,600; cos  = 0,800

Um bloco A de massa 20 kg está ligado a um bloco B de massa


10 kg por meio de uma mola. Os blocos foram empurrados um
(A) 85,0
contra o outro, comprimindo a mola pela ação de duas forças de
(B) 145
mesma intensidade F = 60 N e em seguida colocados sobre a
(C) 170
superfície horizontal, conforme indicado na figura acima. Nessas (D) 190
circunstâncias, os blocos encontram-se em repouso. Sabendo-se que (E) 340
o coeficiente de atrito estático entre os blocos e a superfície é
e = 0,4, e que g = 10m s2 , é correto afirmar que se as forças F
GABARITO
forem retiradas, simultaneamente,
(A) os dois blocos permanecerão em repouso.
1. A
(B) o bloco A se deslocará para a esquerda e o bloco B para a direita.
2. D
(C) o bloco A se deslocará para a esquerda e o bloco B permanecerá
3. C
em repouso.
4. A
(D) o bloco A permanecerá em repouso e o bloco B se deslocará
5. D
para a direita.
6. A
(E) os dois blocos se deslocarão para a direita.
7. E
8. B
9. ESC. NAVAL 2014 Observe a figura a seguir.
9. D
10. D

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

1. ITA 2017

Na figura acima, o bloco de massa m = 2,0 kg que está encostado


na parede é mantido em repouso devido à ação de duas forças, F1 e Na figura, o vagão move-se a partir do repouso sob a ação de uma
aceleração a constante. Em decorrência, desliza para trás o
F 2 , cujos módulos variam no tempo segundo as respectivas pequeno bloco apoiado em seu piso de coeficiente de atrito . No
equações F1 = F0 + 2,0t e F2 = F0 + 3,0t, onde a força é dada em instante em que o bloco percorrer a distância L, a velocidade do
newtons e o tempo, em segundos. Em t = 0, o bloco está na bloco, em relação a um referencial externo, será igual a
iminência de entrar em movimento de descida, sendo o coeficiente (A) g L a − g
de atrito estático entre o bloco e a parede igual a 0,6. Em t = 3,0 s,
(B) g L a + g
qual o módulo, em newtons, a direção e o sentido da força de atrito?
(C) g L a − g
Dado: g = 10m s 2
(D) g 2L a − g
(A) 7,5 e vertical para cima. (E) g 2L a + g
(B) 7,5 e vertical para baixo.
(C) 4,5 e vertical para cima. 2. IME 2012
(D) 1,5 e vertical para cima.
(E) 1,5 e vertical para baixo.

10. ESC. NAVAL 2013 Considere uma força horizontal F aplicada


sobre a cunha 1, de massa m1 = 8,50 kg, conforme mostra a figura
abaixo. Não há atrito entre a cunha e o chão, e o coeficiente de atrito
estático entre a cunha e o bloco 2, de massa m2 = 8,50 kg, vale
A figura 1 mostra dois corpos de massas iguais a m presos por uma
0,200. O maior valor de F, em newtons, que pode ser aplicado à
haste rígida de massa desprezível, na iminência do movimento sobre
cunha, sem que o bloco comece a subir a rampa é um plano inclinado, de ângulo  com a horizontal. Na figura 2, o
FIS 248
DINÂMICA
corpo inferior é substituído por outro com massa 2m. Para as duas 5. ITA 1997 Um antigo vaso chinês está a uma distância d da
situações, o coeficiente de atrito estático é  e o coeficiente de extremidade de um forro sobre uma mesa. Essa extremidade, por
atrito cinético é  para a massa superior, e não há atrito para a
sua vez, se encontra a uma distância D de uma das bordas da mesa,
2 como mostrado na figura. Inicialmente tudo está em repouso. Você
massa inferior. A aceleração do conjunto ao longo do plano apostou que consegue puxar o forro com uma aceleração constante
inclinado, na situação da figura 2 é. a (veja figura), de tal forma que o vaso não caia da mesa. Considere
(A) ( 2gsen) / 3 que ambos os coeficientes de atrito, estático e cinético, entre o vaso
e o forro tenham o valor μ e que o vaso pare no momento que toca
(B) (3gsen) / 2 na mesa. Você ganhará a aposta se a magnitude da aceleração estiver
(C) ( gsen) / 2 dentro da faixa:

(D) g ( 2sen − cos)


(E) g ( 2sen + cos)

3. ITA 2008 Na figura, um bloco sobe um plano inclinado, com


velocidade inicial v0 . Considere  o coeficiente de atrito entre o
bloco e a superfície. Indique a sua velocidade na descida ao passar
pela posição inicial. d
(A) a <   μg
D
d
(B) a >   μg
D
(C) a > μg
D
(D) a >   μg
d
 D 
(E) a >   μg
(A) v0
(sen − sen)  ( D − d ) 
(cos − cos)
(sen − cos)
(B) v0 GABARITO
(sen + cos)
(sen + cos) 1. D
(C) v0
(sen − cos) 2. A
(sen + cos)
(D) v0 3. B
(sen − cos)
(sen − cos) 4. D
(E) v0
(sen + cos)
5. E
4. ITA 1998 Um caixote de peso W é puxado sobre um trilho
horizontal por uma força de magnitude F que forma um ângulo θ em
relação a horizontal, como mostra a figura a seguir. Dado que o
coeficiente de atrito estático entre o caixote e o trilho é μ, o valor
mínimo de F, a partir de qual seria possível mover o caixote, é:

2W
(A)
( − )
1
Wsen
(B)
(1 −  tan )

Wsen
(C)
(1 −  tan )
Wsec
(D)
(1 −  tan )

FIS 249
MECÂNICA
TÓPICO: MECÂNICA 3. Com o trabalho representa uma quantidade de energia, essa
SUBTÓPICO: TRABALHO, POTÊNCIA E RENDIMENTO grandeza é escalar, afinal, não faz sentido imaginarmos
CAPÍTULO: TRABALHO, POTÊNCIA E RENDIMENTO energia como um vetor, pois os parâmetros direção e sentido
não são definidos.

TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE (W) Agora, vamos finalmente calcular o trabalho realizado pela força F
durante um deslocamento d.
Primeiramente, vamos definir o que é o trabalho de uma força. O
trabalho de uma força é a grandeza escalar que representa a 𝑊 = 𝐹. cos 𝜃 . 𝑑 ⇒ 𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 𝜃
quantidade de energia transferida de um corpo, quando este sofre a
aplicação de uma força que causa um deslocamento. Veja o exemplo • θ é o ângulo entre os vetores 𝐹⃗ e 𝑑⃗.
a seguir:
• Definição: o ângulo entre dois vetores 𝑢
⃗⃗ e 𝑣⃗ é definido como o
menor ângulo entre suas representações geométricas. Sendo
assim, o ângulo θ entre dois vetores está contido em um
intervalo entre 0° e 180°.
0° ≤ 𝜃 ≤ 180°

CASOS POSSÍVEIS PARA O ÂNGULO θ

Como o ângulo θ varia entre 0° e 180°, temos alguns casos


importantes para analisarmos.

1. 𝜽 = 0° ⇒ 𝒄𝒐𝒔 𝜽 = 𝟏

𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 𝜃 ⇒ 𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 0° ⇒ 𝑊 = 𝐹. 𝑑

Quando ocorre essa situação, temos uma máxima quantidade de


energia sendo transferida para o corpo que sofre a aplicação da força
A pessoa ao empurrar o carro, transfere ao carro uma quantidade de
F.
energia ao empurra-lo com uma determinada força. Essa energia
transferida ao carro causa no mesmo um deslocamento. Vamos
Quando o ângulo θ está contido no primeiro quadrante, podendo
agora tentar calcular essa quantidade de energia transferida.
valer 0° mas não podendo valer 90°, teremos que a força aplicada
possui a mesma direção e sentido do deslocamento. Assim, teremos
o trabalho chamado trabalho motor.

0° ≤ 𝜃 < 90° ⇒ 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑀𝑜𝑡𝑜𝑟

2. 𝜽 = 𝟗𝟎° ⇒ 𝒄𝒐𝒔 𝜽 = 𝟎

𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 𝜃 ⇒ 𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 90° ⇒ 𝑊 = 0

Na figura, uma força F constante é aplicada ao bloco, inclinada de Quando a força F é perpendicular a direção de movimento d, o corpo
um ângulo 𝜃 com a horizontal. Considerando que o bloco se desloca não consegue realizar nenhum deslocamento. Devido a isso,
apenas na horizontal, precisamos calcular a representação dessa dizemos que a força F não realiza trabalho. Existem muitas forças
força F na direção do movimento. Para isso, vamos decompor a que exemplificam esse resultado, como: força normal, força
força F. resultante centrípeta, força magnética etc.
Para tornar mais visível esse fato, imagine que você tente empurrar
• Decompondo a força F na direção horizontal, teremos: para baixo seu celular que está em cima da mesa, com o objetivo de
movê-lo para frente ou em qualquer outra direção do plano da mesa.
Verá que isso é impossível, pois como a força que você aplica ao
celular é vertical, perpendicular à qualquer direção do plano da
mesa, o celular não conseguirá realizar nenhum deslocamento.

3. 𝜽 = 𝟏𝟖𝟎° ⇒ 𝒄𝒐𝒔 𝜽 = −𝟏

𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 𝜃 ⇒ 𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 180° ⇒ 𝑊 = −𝐹. 𝑑

Nesse caso, o trabalho é negativo pois a força empregada ao corpo


é contrária ao deslocamento sofrido pelo corpo. Quando ocorre essa
Para calcularmos o trabalho, precisamos pensar na quantidade de situação, dizemos que o trabalho realizado pela força F é um
energia transferida pela aplicação da força F ao bloco, que causará trabalho resistente.
um deslocamento d no mesmo. Para que uma força realize um trabalho resistente, basta que ela seja
oposta ao deslocamento sofrido pelo corpo. Assim, para qualquer
1. Quanto maior a força F, maior sua componente 𝐹⃗𝑥 e, com isso, valor de θ entre 90° e 180°, não podendo valer 90°, teremos um
maior a quantidade de energia transferida. Assim, o trabalho é trabalho resistente.
diretamente proporcional à componente da força F.
2. Quanto maior o deslocamento d, maior será a quantidade de 90° < 𝜃 ≤ 180° ⇒ 𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒
energia transmitida para o bloco. Portanto, o trabalho também
é diretamente proporcional ao deslocamento d. TRABALHO DE UMA FORÇA VARIÁVEL (W)

FIS 250
MECÂNICA
Quando uma força de módulo, direção ou sentido variável atuar TRABALHO DA FORÇA ELÁSTICA
sobre um corpo ao longo de seu deslocamento, o trabalho dessa Vamos considerar um sistema composto de uma mola presa a uma
força deve ser calculado de outra maneira. parede de suas extremidades e a uma massa em outra.
Usaremos um recurso muito comum na física, o cálculo de uma
grandeza através da área de um gráfico.
Precisamos conhecer o gráfico da força pelo deslocamento e, com
isso, o trabalho será numericamente igual a área delimitada pela
curva com o eixo das abscissas.

• Observe o exemplo onde uma força F varia em módulo


quando aplicada ao bloco: Se a massa for puxada até um dado ponto, distendendo a mola de
uma deformação x, a mola exerce uma força elástica (𝐹𝑒𝑙 ) sobre o
corpo, tentando trazê-lo para à posição de equilíbrio da mola.

Já sabemos que a força elástica exercida pela mola é dada por:


Vamos desenhar o gráfico dessa força.
𝐹𝑒𝑙 = 𝑘. 𝑥

Onde k é a constante elástica da mola.

Para calcularmos o trabalho da força elástica, devemos utilizar o


gráfico da força pela deformação x da mola, pois a força elástica é
variável.

Como dito, o trabalho será numericamente igual a área do gráfico.

TRABALHO DA FORÇA PESO


Utilizando o recurso da área do gráfico, teremos:
Se um corpo de massa m vai de um ponto A a outro ponto B, com
desnível h, então, como consideramos o peso uma força constante, 𝑥. 𝑘. 𝑥
o trabalho da força peso pode ser calculado como sendo o produto 𝑊𝐹𝑒𝑙 =
2
da força pela projeção do deslocamento na direção da força, que tem
módulo igual a h. Veja: 𝑘. 𝑥²
𝑊𝐹𝑒𝑙 = ±
2

O trabalho da força elástica será positivo se a mola estiver


retornando para a posição de equilíbrio e será negativo se a mola
estiver se afastando da posição de equilíbrio.

Caso a mola já esteja distendida de uma deformação 𝑥1 e inicie uma


nova deformação até uma posição 𝑥2 , teremos o seguinte gráfico:

Como a força tem o mesmo sentido do deslocamento, então o


trabalho é positivo, pois o ângulo entre os vetores força e
deslocamento é de 0°.

𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 𝜃 ⇒ 𝑊 = 𝑃. ℎ. cos 0°

𝑊𝑃 = 𝑃. ℎ ou 𝑊𝑃 = 𝑚. 𝑔. ℎ

Caso o corpo estivesse subindo um desnível h, a força peso estaria


Agora, o trabalho será calculado pela área de um trapézio:
contrária ao deslocamento, fazendo com que o ângulo entre os
vetores força e deslocamento fosse de 180°. Assim, o trabalho (𝑘. 𝑥2 + 𝑘. 𝑥1 ). (𝑥2 − 𝑥1 )
ficaria negativo: 𝑊𝐹𝑒𝑙 = ⇒ 𝑊𝐹𝑒𝑙
2
𝑘. (𝑥2 + 𝑥1 ). (𝑥2 − 𝑥1 )
𝑊 = 𝐹. 𝑑. cos 𝜃 ⇒ 𝑊 = 𝑃. ℎ. cos 180° =
2
𝑘. (𝑥22 − 𝑥12 )
𝑊𝑃 = −𝑃. ℎ ou 𝑊𝑃 = −𝑚. 𝑔. ℎ 𝑊𝐹𝑒𝑙 =
2
FIS 251
MECÂNICA

Importante Unidades de Potência

A expressão anterior nos mostra que o trabalho da força •cavalo-vapor (cv) →. 1 cv  735,5 W .
elástica independe da trajetória, só dependendo apenas das
posições inicial e final.
•horse-power (HP) → 1 HP  745,7 W

TRABALHO DA FORÇA DE ATRITO Potência Instantânea


Será que o trabalho da força de atrito é sempre negativo? Será que A potência de uma força em um determinado instante é
ele sempre irá dissipar energia do sistema? dada pela seguinte expressão:
Observe o exemplo abaixo, onde um bloco A repousa
sobre um bloco B e ambos estão inicialmente em repouso sobre uma W
P = lim
superfície horizontal lisa. Há atrito somente entre os blocos A e B. t → 0 t

A Considere uma partícula que esteja descrevendo a


trajetória abaixo sob a atuação de um sistema de forças.
B

Num determinado instante aplica-se uma força horizontal


F no bloco B para direita. Os blocos começarão a se mover para
direita. Isolemos o bloco A:

Considere um deslocamento d bem pequeno, tal que


possamos considerar a força F praticamente constante. Já sabemos
que o trabalho realizado por F no deslocamento d vale
W = Fd cos  , logo:
Observe que o sentido da força de atrito no bolo A é para
direita bem como o sentido do seu deslocamento, portanto, nesse W Fd cos  d
. P = lim = lim = Fcos . lim .
caso, o trabalho da força de atrito é positivo, aumentando a energia t →0 t t →0 t t →0 t
cinética do bloco A.
Portanto a expressão que determina a potência instantânea
Assim, o trabalho da força de atrito poderá ser calculado por: de F será:

𝑊𝐹𝑎𝑡 = ±𝐹𝑎𝑡 . 𝑑. cos 𝛼 P = Fvcos 


Se F tiver o mesmo sentido de v , a potência será dada por:
Onde α é o ângulo entre a força de atrito e o deslocamento do corpo.
P = Fv
POTÊNCIA MÉDIA

Considere um sistema S1 que transfere uma quantidade de energia Se F tiver sentido oposto ao de v , a potência será dada por:
E para um sistema S2 durante um intervalo de tempo t.
P = −F v

Se F e v forem perpendiculares, a potência será nula.

Gráfico da Potência em função do tempo


Define-se potência média (Pm) como sendo o quociente
entre a energia Ee o intervalo de tempo t. No gráfico da potência instantânea em função do tempo,
a área entre o gráfico e o eixo horizontal, num intervalo de tempo
E t, é numericamente igual ao trabalho realizado por essa força nesse
Pm = intervalo de tempo.
t

Agora considere que essa energia transferida se deve a um


trabalho W realizado por uma força F durante um intervalo de
tempo t. A potência média de F é dada por:

A unidade de Potência no Sistema Internacional é o watt, cujo


N
símbolo é W. W=A
FIS 252
MECÂNICA
RENDIMENTO O trabalho realizado pela força de atrito sobre o bloco no percurso
A definição de rendimento pode ser utilizada tanto para potência fechado ABA é
quanto para trabalho. Se uma máquina recebe uma potência total 𝑃𝑇 ,
mas utiliza apenas uma potência útil 𝑃𝑈 e perde uma potência 𝑃𝑃 , Note e Adote:
então, definimos o rendimento da máquina como: Num percurso fechado, o bloco parte do ponto A, atinge o ponto B
e, em seguida, retorna à sua posição inicial A.
𝑃𝑈 (A) igual ao trabalho da força Peso do bloco neste mesmo percurso.
ƞ= (B) igual ao trabalho da força Normal que atua no bloco neste
𝑃𝑇
mesmo percurso.
O rendimento também pode ser definido como a razão entre o (C) nulo.
trabalho útil 𝑊𝑈 e o trabalho total 𝑊𝑇 . (D) não nulo, de valor negativo e diferente dos trabalhos das forças
Peso e Normal.
𝑊𝑈 (E) não nulo, de valor positivo e diferente dos trabalhos das forças
ƞ= Peso e Normal.
𝑊𝑇

Por ser o quociente entre duas grandezas de mesma dimensão, o 3. UNICAMP 2022 A figura a seguir mostra a temperatura da
rendimento é uma grandeza adimensional e não possui unidade. tigela de uma panela de arroz elétrica em função do tempo de
Como 0 ≤ ƞ ≤ 1, podemos representar o rendimento como uma cozimento. Ligando-se a panela, uma resistência elétrica aumenta a
porcentagem. temperatura da tigela contendo arroz e água até que a água entre em
ebulição. Depois que toda a água é consumida – por evaporação e
INTENSIDADE por absorção pelo arroz –, a temperatura da tigela volta a subir, o
que é detectado por um sensor, e a panela é então desligada. A
É muito comum em alguns problemas aparecer no enunciado a potência elétrica dissipada pela resistência elétrica, na forma de
grandeza intensidade. De maneira geral, a intensidade é razão obtida calor, é P = 400 W, constante durante todo o cozimento. Quanto vale
entre potência e área. a energia elétrica dissipada desde o início do processo até que toda
a água seja consumida?
𝑃𝑜𝑡
𝐼=
𝐴
• Unidade: W/m²

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. FUVEST-ETE 2022 Uma força F atua sobre uma partícula e


a desloca por 8,0 m numa trajetória retilínea. Durante todo o
intervalo, F possui a mesma direção do deslocamento da partícula,
porém sua intensidade varia como mostrado a seguir:
(A) 13,3 kJ. (B) 240 kJ.
(C) 720 kJ. (D) 2000 kJ.

4. UFJF-PISM 1 2021 Um jardineiro, andando a uma velocidade


de módulo constante de 4,0 km h , aplica uma força horizontal de
magnitude constante ao cortador de grama, de modo que essa força
tem o mesmo sentido da sua velocidade instantânea. Sabendo que o
módulo dessa força é 20 N e que o jardineiro percorreu uma
trajetória fechada qualquer no gramado plano, retornando ao seu
ponto de partida num intervalo de 6,0 minutos, marque a única
opção inteiramente correta, tomando-se o solo como sistema de
referência:
O trabalho total realizado pela força F sobre a partícula no percurso
inteiro é de:
Note e Adote:
Considere F como a única força que atua sobre a partícula
(A) 4,0 J
(B) 8,0 J
(C) 12 J
(D) 16 J (A) O trabalho que o jardineiro realiza sobre o cortador é nulo e a
(E) 20 J força que ele exerce sobre o cortador é conservativa.
(B) O trabalho que o jardineiro realiza sobre o cortador é igual a
2. FUVEST-ETE 2022 Um bloco de massa m se movimenta entre 4,0 kJ e a força que ele exerce sobre o cortador não é
os pontos A e B sobre uma superfície horizontal rugosa, cujo conservativa.
coeficiente de atrito cinético com o bloco é c . A trajetória do (C) O trabalho que o jardineiro realiza sobre o cortador é igual
bloco é mostrada a seguir: 8,0 kJ e a força que ele exerce sobre o cortador não é
conservativa.
(D) O trabalho que o jardineiro realiza sobre o cortador é igual a
4,0 kJ e a força que ele exerce sobre o cortador é conservativa.
(E) O trabalho que o jardineiro realiza sobre o cortador é igual
8,0 kJ e a força que ele exerce sobre o cortador é conservativa.
FIS 253
MECÂNICA
5. FAMERP 2021 Em uma sessão de fisioterapia, um paciente Em ambos os casos, o bloco parte da altura h e desliza até o final
executa um movimento lateral com a perna, alongando uma fita das rampas. O coeficiente de atrito entre a superfície do bloco e as
elástica, como mostra a figura. superfícies das duas rampas é o mesmo. Considerando os módulos
dos trabalhos realizados pela força peso do bloco quando ele desce
as rampas 1 e 2, P1 e P2 , respectivamente, e os módulos dos
trabalhos realizados pela força de atrito entre o bloco e a superfície
das rampas quando o bloco desce as rampas 1 e 2,  A1 e A2 ,
respectivamente, pode-se afirmar que
(A) P1 = P2 e A1  A2
(B) P1 = P2 e A1 = A2
(C) P1 = P2 e A1  A2
(D) P1  P2 e A1 = A2
(E) P1  P2 e A1  A2

7. UFRGS 2020 A figura abaixo representa um pêndulo cônico:


A variação da força elástica exercida pela fita sobre a perna do um pequeno corpo de massa m, preso à extremidade de um fio,
paciente, em função da elongação da fita, é dada pelo gráfico a gira, descrevendo uma circunferência horizontal com velocidade
seguir. constante em módulo, e o fio forma um ângulo  com a vertical.

Suponha que a força aplicada pela fita seja sempre perpendicular à


superfície da perna do paciente. No deslocamento da posição X, na
qual a fita tem elongação 20 cm, até a posição Y, em que a fita tem
elongação 60 cm, o valor absoluto do trabalho realizado pela força T e P são, respectivamente, a força de tração, exercida pelo fio, e
elástica da fita sobre a perna do paciente é igual a a força peso.
(A) 2,0 J. (B) 12 J. (C) 8,0 J.
(D) 4,0 J. (E) 18 J. Considere as afirmações sobre o trabalho realizado por essas forças.

6. FGV 2020 A figura mostra o mesmo bloco deslizando sobre I. O trabalho realizado pela componente vertical da força de
duas rampas. A primeira está inclinada de um ângulo 1 em relação tração, T cos , é nulo.
à horizontal e a segunda está inclinada de um ângulo 2 , também II. O trabalho realizado pela componente radial da força de
em relação à horizontal, sendo 1 menor que 2 . tração, T sen , é nulo.
III. O trabalho realizado pela força P é nulo.

Quais estão corretas?


(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

8. UECE 2020 Um elevador, de modo simplificado, pode ser


descrito como um sistema composto por duas massas ligadas por
uma corda inextensível e suspensas por uma polia de eixo fixo. Uma
das massas é um contrapeso e a outra massa é a cabine com seus
passageiros. Considerando uma situação em que a cabine executa
uma viagem de subida, é correto afirmar que
(A) o trabalho realizado pela força peso é negativo sobre a cabine
e positivo sobre o contrapeso.
(B) o trabalho total realizado pela força peso sobre o conjunto
cabine e contrapeso é sempre nulo.
(C) a energia cinética do contrapeso tem sempre o mesmo valor da
energia cinética da cabine, pois as duas velocidades têm o
mesmo módulo.
(D) a energia potencial da cabine é sempre decrescente nessa
viagem.

FIS 254
MECÂNICA
9. UECE 2019 Uma criança desce um tobogã por uma extensão reservatório, como representado na figura. Ele necessita de uma
de 3 m. Suponha que a força de atrito entre a criança e o tobogã vazão constante de 3.600 litros de água por hora.
seja 0,1 N e que o ângulo de inclinação da superfície seja 30 em Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m  s−2.
relação à horizontal. O trabalho realizado pela força de atrito nessa
descida é, em Joules,
(A) 0,3.
(B) 3.
(C) 3 cos(30).
(D) 0,3 cos(30).

10. UECE 2019 Considere duas rampas de acesso, uma curta (C)
e outra longa (L), que ligam o primeiro andar ao térreo de um Considerando a situação apresentada e desprezando efeitos de
prédio. A diferença de altura entre o primeiro andar e o térreo, perdas mecânicas e elétricas, qual deve ser a potência mínima do
independente da rampa usada, é a mesma. A rampa C tem menor motor para realizar a operação?
extensão que a rampa L. Assim, a rampa L, por ter maior extensão, (A) 1,0  101 W
tem menor inclinação, o que a torna mais confortável na subida. (B) 5,0  101 W
Caso um móvel seja arrastado do primeiro andar para o térreo, o
trabalho realizado pela força de atrito entre o móvel e o piso, em (C) 3,0  102 W
módulo,
(A) é maior, caso seja usada a rampa menos inclinada. (D) 3,6  104 W
(B) é maior, caso seja usada a rampa mais inclinada.
(E) 1,1  106 W
(C) não depende da inclinação da rampa; depende apenas da
diferença de altura entre o primeiro andar e o térreo.
(D) é nula, pois a força de atrito não realiza trabalho. 3. UFJF-PISM 1 2019 A Usina de Jaguará está instalada na bacia
hidrográfica do Rio Grande, entre os estados de São Paulo e Minas
GABARITO Gerais. A usina tem potência instalada de aproximadamente
424 MW (megawatts). Além disso, sua eficiência é da ordem de
1. C 90% da energia da queda d'água no início do processo, que se
2. D transforma em energia elétrica, sendo a altura da barragem igual a
3. C
4. C 40 m. Adote g = 10 m s2 e considere que 1 (um) litro de água
5. C corresponde a uma massa de 1 (um) quilograma.
6. A
7. E Nessas condições, é CORRETO afirmar que a vazão de água do Rio
8. A Grande em litros por segundo deve ser da ordem de:
9. A (A) 954.000
10. A
(B) 1.200.000
(C) 1.526.000
EXERCÍCIOS PROPOSTOS (D) 1.696.000
(E) 1.850.000
1. FUVEST 2021 Uma comunidade rural tem um consumo de
energia elétrica de 2 MWh por mês. Para suprir parte dessa 4. FAMERP 2018 A figura mostra o deslocamento horizontal de
demanda, os moradores têm interesse em instalar uma miniusina um bloco preso a uma mola, a partir da posição A e até atingir a
hidrelétrica em uma queda d'água de 15 m de altura com vazão de posição C.
10 litros por segundo. O restante do consumo seria complementado
com painéis de energia solar que produzem 40 kWh de energia por
mês cada um.

Considerando que a miniusina hidrelétrica opere 24h por dia com


100% de eficiência, o número mínimo de painéis solares necessários
para suprir a demanda da comunidade seria de:

Note e adote:
Densidade da água: 1 kg litro.
O gráfico representa o módulo da força que a mola exerce sobre o
1 mês = 30 dias. bloco em função da posição deste.
Aceleração da gravidade: g = 10 m s2 .
(A) 12 (B) 23 (C) 30
(D) 45 (E) 50

2. ENEM PPL 2020 Um agricultor deseja utilizar um motor para


bombear água (água = 1 kg L−1) de um rio até um reservatório
onde existe um desnível de 30 m de altura entre o rio e o

FIS 255
MECÂNICA
O trabalho realizado pela força elástica aplicada pela mola sobre o A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
bloco, quando este se desloca da posição A até a posição B, é a
(A) 0,60 J. (A) F – V – V – F
(B) F – F – V – V
(B) −0,60 J. (C) F – V – F – V
(C) −0,30 J. (D) V – F – V – V
(D) 0,80 J. (E) V – V – F – F
(E) 0,30 J. 7. G1 - IFBA 2016 Uma campanha publicitária afirma que o
veículo apresentado, de 1.450,0 kg, percorrendo uma distância
5. ULBRA 2016 Um corpo de massa 5 kg move-se ao longo do horizontal, a partir do repouso, atinge a velocidade de 108,0 km h
eixo x e sua aceleração em função da posição é variável. Qual é o em apenas 4,0 s. Desprezando as forças dissipativas e
trabalho total realizado sobre esse corpo quando ele se desloca desde
x = 0 até x = 10 m? considerando g = 10 m s2 , podemos afirmar que, a potência
média, em watts, desenvolvida pelo motor do veículo, neste
intervalo de tempo é, aproximadamente, igual a:

(A) 1,47 105


(B) 1,63  105
(C) 3,26 105
(A) 100 J (D) 5,87 105
(B) 200 J (E) 6,52 105
(C) 400 J
(D) 500 J 8. UFPB 2007 Uma força horizontal, constante e de intensidade
20 N, atua sobre um corpo de 10 kg de massa, inicialmente em
(E) 1.000 J repouso, que desliza sem atrito sobre uma superfície horizontal. A
potência média transmitida ao corpo, ao longo dos primeiros 100 m,
6. UEFS 2016 é
(A) 500 W
(B) 300 W
(C) 100 W
(D) 400 W
(E) 200 W

9. UNESP 2008 O teste Margaria de corrida em escada é um meio


rápido de medida de potência anaeróbica de uma pessoa. Consiste
em fazê-la subir uma escada de dois em dois degraus, cada um com
18 cm de altura, partindo com velocidade máxima e constante de
uma distância de alguns metros da escada. Quando pisa no 8 0.
degrau, a pessoa aciona um cronômetro, que se desliga quando pisa
no 120. degrau. Se o intervalo de tempo registrado para uma pessoa
de 70 kg foi de 2,8 s e considerando a aceleração da gravidade igual
a 10 m/s2, a potência média avaliada por este método foi de
Considere uma partícula que se desloca sobre o eixo horizontal x (A) 180 W. (B) 220 W. (C) 432 W.
sob a ação de uma força horizontal que varia com a posição x da (D) 500 W. (E) 644 W.
partícula, de acordo com o gráfico representado. Sabe-se que o
tempo gasto pela partícula para chegar à posição x igual a 10,0 m 10. UFPR 2007 Um engenheiro mecânico projetou um pistão que
se move na direção horizontal dentro de uma cavidade cilíndrica.
é de 4,0 s. Ele verificou que a força horizontal F, a qual é aplicada ao pistão
por um agente externo, pode ser relacionada à sua posição
Com base nessas informações, analise as afirmativas e marque com horizontal x por meio do gráfico a seguir. Para ambos os eixos do
V as verdadeiras e com F, as falsas. gráfico, valores positivos indicam o sentido para a direita, enquanto
valores negativos indicam o sentido para a esquerda. Sabe-se que a
( ) A partícula realiza um movimento uniforme entre as posições massa do pistão vale 1,5 kg e que ele está inicialmente em repouso.
x = 0 m e x = 4,0 m. Com relação ao gráfico, considere as seguintes afirmativas:
( ) O trabalho realizado sobre a partícula entre as posições
x = 4,0 m e x = 6,0 m é igual a 4,0 kJ.
( ) A potência média necessária para a partícula se deslocar de
x = 0 m até x = 10,0 m é igual a 4,0 kW.
( ) No intervalo entre x = 6,0 m e x = 10,0 m, a partícula
desenvolveu uma velocidade constante de módulo igual a 4,0 m s.

FIS 256
MECÂNICA
1. O trabalho realizado pela força sobre o pistão entre x = 0 e x = 1 2. ESPCEX (AMAN) 2019 Um motor tem uma potência total
cm vale 7,5 × 10-2J. igual a 1.500 W e eleva de 15 m um volume de 9 104 L de água
2. A aceleração do pistão entre x = 1 cm e x = 2 cm é constante e
vale 10 m/s2. de um poço artesiano durante 5 horas de funcionamento. O
3. Entre x = 4 cm e x = 5 cm, o pistão se move com velocidade rendimento do motor, nessa operação, é de
constante.
4. O trabalho total realizado pela força sobre o pistão entre x = 0 e Dados: considere a aceleração da gravidade igual a 10 m s2 e a
x = 7 cm é nulo.
densidade da água igual a 1 kg L.
(A) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. (A) 30%. (B) 50%. (C) 60%.
(C) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. (D) 70%. (E) 80%.
(D) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 3. ESPCEX (AMAN) 2012 Uma força constante F de intensidade
25 N atua sobre um bloco e faz com que ele sofra um deslocamento
GABARITO
horizontal. A direção da força forma um ângulo de 60° com a
1. B direção do deslocamento. Desprezando todos os atritos, a força faz
2. C o bloco percorrer uma distância de 20 m em 5 s.
3. B
4. A
5. D
6. A
7. B
8. E
9. A
10. E

A potência desenvolvida pela força é de:


EXERCÍCIOS DE CONCURSO Dados: Sen 60 = 0,87; Cos60º = 0,50.
(A) 87 W
(B) 50 W
1. ESPCEX (AMAN) 2020 No plano inclinado abaixo, um bloco (C) 37 W
homogêneo encontra-se sob a ação de uma força de intensidade (D) 13 W
F = 4 N, constante e paralela ao plano. O bloco percorre a distância (E) 10 W
AB, que é igual a 1,6 m, ao longo do plano com velocidade
4. ESPCEX (AMAN) 2011 Um bloco, puxado por meio de uma
constante.
corda inextensível e de massa desprezível, desliza sobre uma
superfície horizontal com atrito, descrevendo um movimento
retilíneo e uniforme. A corda faz um ângulo de 53° com a horizontal
e a tração que ela transmite ao bloco é de 80 N. Se o bloco sofrer
um deslocamento de 20 m ao longo da superfície, o trabalho
realizado pela tração no bloco será de:
(Dados: sen 53° = 0,8 e cos 53° = 0,6)
(A) 480 J (B) 640 J
(C) 960 J (D) 1280 J
(E) 1600 J

5. UPE 2010 No dispositivo representado na figura a seguir, um


bloco de granito de massa 1500 kg é puxado para cima em um plano
inclinado, com uma velocidade constante de 2,0 m/s por uma força
Desprezando-se o atrito, então a massa do bloco e o trabalho F aplicada ao cabo. As distâncias indicadas são d1 = 40 m e
realizado pela força peso quando o bloco se desloca do ponto A d2 = 30 m, e o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano
para o ponto B são, respectivamente, inclinado é 0,50. Considere g = 10 m/s2. O atrito na roldana e as
massas da corda e da roldana são desprezíveis. Nessas condições, a
Dados: adote a aceleração da gravidade g = 10 m s2 , potência desenvolvida pela força F aplicada ao bloco pelo cabo vale
em kW:
3 1
sen 60 = e cos 60 =
2 2
4 3
(A) kg e −8,4 J.
15
4 3
(B) kg e −6,4 J.
15
2 3
(C) kg e −8,4 J.
5
8 3 (A) 30
(D) kg e 7, 4 J.
15 (B) 40
4 3 (C) 50
(E) kg e 6, 4 J. (D) 70
15 (E) 10
FIS 257
MECÂNICA
6. UESC 2011 Muitas vezes, uma pessoa se surpreende com o ll. A energia potencial do carrinho não é a mesma nos pontos A,
aumento de consumo de combustível apresentado por um veículo B, C e D, porém, sua quantidade de movimento é a mesma
que faz uma viagem em alta velocidade. Considere uma situação em
nesses pontos.
que a intensidade da força total de resistência ao movimento, Fr,
seja proporcional ao quadrado da intensidade da velocidade v do Ill. A energia mecânica do carrinho no ponto B vale 92 J.
veículo. lV. Quando o carrinho estiver sobre o ponto B a superfície da mini
Se o veículo descrever movimento retilíneo e uniforme e duplicar o montanha russa aplica sobre ele uma força normal de 62 N.
módulo da sua velocidade, V. No ponto B, a força peso e a força de reação da superfície da
então a potência desenvolvida pelo motor será multiplicada por
(A) 4 (B) 6 (C) 8 mini montanha russa sobre o carrinho possuem a mesma
(D) 10 (E) 12 direção e o mesmo sentido.

7. UPE 2011 Um corpo de massa m desliza sobre o plano Todas as afirmações corretas estão em:
horizontal, sem atrito ao longo do eixo AB, sob ação das forças (A) IV - V (B) II - III - IV
(C) I - II - III (D) I - IV - V
F1 e F2 de acordo com a figura a seguir. A força F1 é constante, tem
módulo igual a 10 N e forma com a vertical um ângulo  = 30º . TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).

Um dos principais impactos das mudanças ambientais globais é o


aumento da frequência e da intensidade de fenômenos extremos, que
quando atingem áreas ou regiões habitadas pelo homem, causam
danos. Responsáveis por perdas significativas de caráter social,
econômico e ambiental, os desastres naturais são geralmente
associados a terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, furacões,
A força F2 varia de acordo com o gráfico a seguir: tornados, temporais, estiagens severas, ondas de calor etc.
(Disponível em: <www.inpe.br>. Acesso em: 20 maio 2015.)

9. UEL 2016 É possível relacionar o caos de um desastre natural


com o fenômeno de um terremoto. O sismógrafo vertical,
representado na imagem a seguir, é um dos modelos utilizados para
medir a intensidade dos tremores.

Dados sem 30º = cos = 60º = 1/2

O trabalho realizado pelas forças ()para que o corpo sofra um


deslocamento de 0 a 4m, em joules, vale
(A) 20
(B) 47
(C) 27
(D) 50
(E) 40

8. ACAFE 2015 Em um experimento de Física um carrinho de


massa 1 kg desce uma mini montanha-russa passando pelos pontos
A, B, C e D, conforme a figura. Suas velocidades estão
indicadas e as alturas dos pontos A, B, C e D são 5 m, 4 m, A massa que está na ponta da haste tem 100 g, e o comprimento da

3 m e 2 m, respectivamente. haste, da ponta até o pivô de articulação, é de 20 cm. Durante um


tremor, a haste se move para baixo e isso causa um deslocamento

de rad entre a sua posição de equilíbrio e a nova posição.
6
 1
Considerando que sen   = ,
6 2

assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a energia


despendida no processo.
Verifique quais das suposições levantadas estão corretas. (A) 0,01 J
l. A energia mecânica do carrinho não se conserva ao longo do (B) 0,10 J
trajeto de A até D e o trabalho das forças dissipativas de A (C) 1,10 J
até B vale −10 J. (D) 10,001 J
(E) 100,10 J

FIS 258
MECÂNICA
10. ENEM 2016 A usina de Itaipu é uma das maiores hidrelétricas TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
do mundo em geração de energia. Com 20 unidades geradoras e
14.000 MW de potência total instalada, apresenta uma queda de Considere o módulo da aceleração da gravidade como
g = 10,0 m s 2 e utilize  = 3, (3)1 2 = 1,7 e 1 hp = 746 W.
118,4 m e vazão nominal de 690 m3 s por unidade geradora. O
cálculo da potência teórica leva em conta a altura da massa de água
represada pela barragem, a gravidade local (10 m s2 ) e a densidade 2. UPE-SSA 1 2018.
3
da água (1.000 kg m ). A diferença entre a potência teórica e a
instalada é a potência não aproveitada.

Disponível em: www.itaipu.gov.br. Acesso em: 11 mai. 2013


(adaptado).

Qual e a potência, em MW, não aproveitada em cada unidade


geradora de Itaipu?
(A) 0
(B) 1,18
(C) 116,96
(D) 816,96 Um bloco de massa m = 4 kg está apoiado sobre um plano
(E) 13.183,04 inclinado, de um ângulo  = 30, que se encontra fixado ao piso de
um elevador. Sabendo que existe atrito entre o bloco e o plano e que
GABARITO eles não se movem um em relação ao outro, analise as afirmativas a
seguir para um observador no solo:
1. B
2. B I. Se a velocidade de subida do elevador é constante e igual a 1 m s,
3. B
4. C o trabalho da força de reação normal sobre o bloco em 5
5. A segundos de movimento é igual a 150 J.
6. C
II. Se o elevador desce com uma aceleração de a = 10,0 m s2 , a
7. B
8. D força de reação normal sobre o bloco tem módulo nulo.
9. B III. Se o elevador parte do repouso e desce com uma aceleração de
10. C módulo a constante, desprezando os efeitos do atrito, a distância
percorrida pelo bloco no plano inclinado é proporcional a
(g − a)t 2 4.
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
Está CORRETO o que se afirma em
1. IME 2022. Você está desenvolvendo um sistema embarcado (A) I e II, apenas.
autônomo para desinfecção de ambientes. O sistema é composto por (B) II e III, apenas.
um carrinho elétrico com uma lâmpada e uma bateria. Para que o (C) I e III, apenas.
processo de desinfecção funcione apropriadamente, o sistema (D) III, apenas.
deverá deslocar-se com velocidade constante por um piso rugoso. (E) I, II e III.
Dados: 3. IME 2016.
1. massa do carrinho: 6 kg;
2. massa da bateria: 4 kg;
3. tensão da bateria: 24 V;
4. massa da lâmpada: 2 kg;
5. coeficiente de atrito cinético: 0,2;
6. aceleração da gravidade: 10 m s2 ;
7. velocidade do sistema: 0,5 m s; e
8. potência da lâmpada: 96 W.

Considerações:
1. as perdas do motor do carrinho são desprezíveis; e
2. a energia da bateria necessária para fazer o carrinho chegar a Um corpo de carga positiva, inicialmente em repouso sobre uma
velocidade de funcionamento do sistema é desprezível. rampa plana isolante com atrito, está apoiado em uma mola,
comprimindo-a. Após ser liberado, o corpo entra em movimento e
Sabendo que a bateria fornece energia para o carrinho e para a atravessa uma região do espaço com diferença de potencial V,
lâmpada e que, para a perfeita desinfecção da sala, o sistema deve sendo acelerado. Para que o corpo chegue ao final da rampa com
trabalhar durante 90 minutos, a mínima capacidade da bateria do velocidade nula, a distância d indicada na figura é
sistema, em mAh, é:
(A) 6370 Dados:
(B) 6375 - deformação inicial da mola comprimida: x;
(C) 6500 - massa do corpo: m;
(D) 6625
(E) 6750 - carga do corpo: +Q;
FIS 259
MECÂNICA
- aceleração da gravidade: g;
- coeficiente de atrito dinâmico entre o corpo e a rampa: ;
- ângulo de inclinação da rampa: ;
- constante elástica da mola: K.

Considerações:

- despreze os efeitos de borda;


- a carga do corpo permanece constante ao longo da trajetória.
1
Kx 2 + 2QV Na resolução desse problema considere sen 30 = e
(A) 2
2(1 + )mgsen()
3
Kx 2 + QV cos 30 = .
(B) 2
2(1 + )mg sen() 1
(A) mgL. (B) mgL.
Kx 2 2
+ QV
2 2 3
(C) (C) mgL. (D) mgL.
2(1 + )mg cos() 3 2
Kx 2 − 2QV (E) 2mgL.
(D)
2mg(sen() +  cos())
GABARITO
Kx 2 + 2QV
(E)
2mg(sen() +  cos())
1. E
2. E
4. UFPE 2008. Um elevador de massa me = 200 kg tem 3. E
capacidade máxima para 6 pessoas, cada uma com massa 4. A figura mostra as forças exercidas sobre o motor pelos cabos
mp = 70 kg. Como forma de economizar energia, há um contrapeso ligados ao contrapeso e ao elevador.
de massa mcp = 220 kg.

Calcule a potência mínima que o motor deve desenvolver para fazer


com que o elevador possa subir com a carga máxima e velocidade
constante v = 0,5 m s. Expresse o resultado em kW.
Como o movimento é uniforme, podemos afirmar:
Considere g = 10 m s2 . T1 = Pcp = 220  10 = 2.200 N
T2 = Pe = (200 + 6  70)  10 = 6.200 N
5. UFPR 2015 Um objeto de massa m está em movimento circular,
deslizando sobre um plano inclinado. O objeto está preso em uma
das extremidades de uma corda de comprimento L, cuja massa e Para compensar a diferença o motor deve fazer uma força de:
Fmotor = T2 − T1 = 4.000 N
elasticidade são desprezíveis. A outra extremidade da corda está
fixada na superfície de um plano inclinado, conforme indicado na Como P = Fv, vem: P = 4.000  0,5 = 2.000 W = 2,0 kW
figura a seguir. O plano inclinado faz um ângulo  = 30 em relação
ao plano horizontal. Considerando g a aceleração da gravidade e 5. D
1
= o coeficiente de atrito cinético entre a superfície do plano
 3
inclinado e o objeto, assinale a alternativa correta para a variação da
energia cinética do objeto, em módulo, ao se mover do ponto P,
cuja velocidade em módulo é v P , ao ponto Q, onde sua velocidade
tem módulo v Q .

FIS 260
MECÂNICA
TÓPICO: MECÂNICA A figura mostra um corpo de massa igual a 1 kg em três
SUBTÓPICO: ENERGIAS posições: A, B e C. Todas as alturas estão indicadas na figura, bem
CAPÍTULO: ENERGIA MECÂNICA como o plano de referência para a energia potencial gravitacional.
Vamos calcular o valor da energia potencial do corpo em
ENERGIA CINÉTICA cada uma das situações:

A energia cinética é a energia associada à velocidade de um corpo. • Posição A:


Se existe velocidade, certamente haverá esse tipo de energia. Para
objetos que estão em repouso, a energia cinética é nula, pois a Ep, A = mgh = 1.10.2 = 20 J
velocidade de tais corpos é zero.
𝑚. 𝑣 2
𝐸𝑐 = • Posição B:
2

TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA E p, B = mg h = 1.10.0 = 0

Para que um corpo sofra uma variação na sua velocidade, é • Posição C:


necessário que um trabalho seja realizado sobre ele. Essa variação
na velocidade do corpo faz com que sua energia cinética varie. Ep, A = mg h = 1.10.( −1) = −10 J
O teorema da energia cinética indica que a variação da energia
cinética é igual ao trabalho, ou seja:
Note que a energia potencial gravitacional pode ser
𝑉 2 = 𝑉02 + 2. 𝑎. 𝛥𝑆 negativa.
Suponha agora, que o corpo sofreu um deslocamento de
Multiplicando a equação toda por m: uma posição, onde sua altura vale hA, para outra posição onde sua
altura valha hB.
𝑚. 𝑉 2 = 𝑚. 𝑉02 + 2. 𝑚. 𝑎. 𝛥𝑆

Podemos dividir a equação inteira por 2:

𝑚. 𝑉 2 𝑚. 𝑉02 2. 𝑚. 𝑎. 𝛥𝑆
= +
2 2 2
𝑚.𝑉 2 𝑚.𝑉 2 Note que o trabalho do peso ao longo do deslocamento
Observe que e 0 são os valores finais e iniciais de energia
2 2 AB vale:
cinética e 𝑚. 𝑎. 𝛥𝑆 é o produto da força resultante (m.a) pelo
WAB = mg ( hA − hB ) = mghA − mgh B
deslocamento (𝛥𝑆), que representa o trabalho da força resultante.
Assim:
𝐸𝑐𝑓 = 𝐸𝑐0 + 𝑊𝑅
Só que E p, A = mg h A e E p, B = m g h B , logo:
𝑊𝑅 = 𝐸𝑐𝑓 − 𝐸𝑐0
WAB = E p, A − E P, B
𝑊𝑅 = 𝛥𝐸𝑐

ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL Ou seja, o trabalho do peso ao longo de um deslocamento


também pode ser determinado pela diferença entre as energias
Energia potencial gravitacional é a energia que o corpo possui potenciais inicial e final do corpo.
devido a atração gravitacional da Terra.
Desta forma, a energia potencial gravitacional depende da posição ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA
do corpo em relação a um nível de referência.
𝐸𝑝𝑔 = 𝑚. 𝑔. ℎ Energia potencial elástica é a energia associada as propriedades
elásticas de uma mola.
Como é uma energia que depende de posição, a altura h é o valor da Um corpo possui a capacidade de produzir trabalho quando está
distância do corpo em relação a um nível de referência. ligado a extremidade comprimida ou esticada de uma mola.

Importante! Considere um bloco preso a uma mola e abandonado de um ponto


O plano de referência é o plano onde a energia potencial será nula. P, onde a mola encontra-se inicialmente contraída, conforme mostra
Ele pode ser escolhido por você, caro aluno, e não precisa ser a figura abaixo:
necessariamente no solo.
Exemplo:

FIS 261
MECÂNICA
O bloco ao chegar na posição O possuirá velocidade Nesses casos, a energia mecânica final do corpo é menor que a
escalar v e consequentemente, possuirá também energia cinética. energia mecânica inicial do corpo. Assim, podemos escrever:
Mas de onde “surgiu” essa energia que o corpo adquiriu?
Dizemos que essa energia cinética veio da transformação 𝐸𝑚𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 = 𝐸𝑚0 − 𝐸𝑚𝑓
de uma energia que o corpo possuía quando estava em sua posição
inicial. A essa energia chamamos de energia potencial elástica. Dessa maneira, podemos calcular o trabalho das forças dissipativas
por uma simples equação:
A energia potencial elástica é calculada pela seguinte
expressão: 𝑊𝐹𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑠 = −𝛥𝐸𝑚
1
EP = k x 2
2
Onde EP é o valor da energia potencial elástica do corpo, EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
k é a constante elástica da mola e x é a deformação da mola.
1. FUVEST-ETE 2022 Um bloco de 5,0 kg oscila preso a uma
Analogamente à força Peso, o trabalho da força elástica mola que está fixa no alto de um edifício pela sua outra extremidade.
entre duas posições A e B é dado por: A constante elástica da mola é de 200 N/m. Num dado instante,
quando o bloco se encontra a 4,0 m de altura em relação ao solo, ele
1 2 1 2 apresenta velocidade de 20 m/s, e a mola está alongada de 1,0 m em
WAB = k x A − k x B = E PA − E PB relação a sua posição de repouso.
2 2

ENERGIA MECÂNICA

A energia mecânica de um corpo é a energia corresponde a soma da


energia cinética do corpo com suas energias potenciais.
É muito comum os alunos pensarem, que no cálculo da energia
mecânica sejam somadas, apenas, as energias potencial
gravitacional, potencial elástica e cinética. No entanto, caso o corpo
possua outras energias potenciais, como a energia potencial elétrica,
essa energia deverá entrar no cálculo da energia mecânica do corpo.

𝐸𝑚 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝𝑔𝑠

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA Neste instante, a energia mecânica do bloco em relação ao solo é de:
Forças conservativas e sistemas conservativos Note e Adote:
Forças conservativas são forças cujo trabalho ao longo Admita g = 10 m s2
de um deslocamento de um ponto A para um ponto B independe da (A) 0,13 J
trajetória que une esses dois pontos. As forças que não são (B) 1,3 J
conservativas são chamadas de forças não-conservativas. (C) 13 J
Força peso, força elástica e força elétrica são forças (D) 130 J
conservativas. (E) 1300 J
Forças de atrito e força de resistência do ar são forças não-
conservativas. Essas forças também são chamadas de forças TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
dissipativas.
Um sistema é dito conservativo quando somente as forças Em abril de 2021 faleceu o astronauta norte-americano Michael
conservativas realizam trabalho. Collins, integrante da missão Apolo 11, que levou o primeiro
Pode haver forças não-conservativas, mas se elas não homem à Lua. Enquanto os dois outros astronautas da missão, Neil
realizarem trabalho ou se o trabalho resultante for nulo, o sistema Armstrong e Buzz Aldrin, desceram até a superfície lunar, Collins
será conservativo. permaneceu em órbita lunar pilotando o Módulo de Comando
Columbia.
Assim, para os sistemas conservativos, temos:
𝐸𝑚𝑜 = 𝐸𝑚𝑓 2. UNICAMP 2022 A viagem desde o Columbia até a superfície
da Lua foi realizada no Módulo Lunar Eagle, formado por dois
𝐸𝑚𝑓 − 𝐸𝑚𝑜 = 0 estágios: um usado na descida e outro, na subida. A massa seca do
estágio de subida, ou seja, sem contar a massa do combustível
(quase totalmente consumido na viagem de volta), era
𝛥𝐸𝑚 = 0
m 2500 kg. Considere que o módulo da aceleração gravitacional
DISSIPAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA seja aproximadamente constante e dado por g gorb = 1,4 m s2
desde a superfície lunar até a órbita do Columbia, que se situava a
Quando um sistema físico fica submetido a forças não
uma altitude h = 110 km. Qual é a variação da energia potencial
conservativas, ocorre a dissipação da energia mecânica. Isso
significa, que a energia mecânica se transforma em outros tipos de gravitacional do estágio de subida (massa seca que reencontra o
energia como: energia sonora, energia térmica, energia química etc. Columbia) na viagem de volta?
Uma força não conservativa é aquela cujo trabalho realizado (A) 3,85  105 J. (B) 2,75 108 J.
depende da trajetória descrita. Assim, para diferentes caminhos
realizados, teremos valores diferentes para o trabalho realizado pela (C) 3,85  108 J. (D) 2,75 109 J.
força. Um bom exemplo de força não conservativa é a força de
atrito.
FIS 262
MECÂNICA
3. FMJ 2021 O gráfico mostra a velocidade em função do tempo Dados: 1 cal = 4,19 J
de um atleta de massa 80 kg em uma corrida de 100 metros rasos. (A) 2600 m
(B) 3600 m
(C) 3900 m
(D) 4100 m
(E) 5500 m

6. FAMEMA 2020 A figura mostra uma esfera, de 250 g, em


repouso, apoiada sobre uma mola ideal comprimida. Ao ser
liberada, a mola transfere 50 J à esfera, que inicia, a partir do
repouso e da altura indicada na figura, um movimento vertical para
cima.

O trabalho resultante realizado sobre o atleta no intervalo de tempo


entre 0 e 2 segundos foi de
(A) 1.200 J.
(B) 1.600 J.
Desprezando-se a resistência do ar e adotando-se g = 10 m s2 , a
(C) 800 J.
(D) 2.800 J. máxima altura que a esfera alcança, em relação à altura de sua
(E) 4.000 J. partida, é
(A) 40 m.
4. UNESP 2021 Em uma pista de patinação no gelo, um rapaz e (B) 25 m.
uma garota estão inicialmente em repouso, quando ele começa a (C) 20 m.
empurrá-la, fazendo com que ela percorra cinco metros em linha
reta. O gráfico indica a intensidade da resultante das forças (D) 10 m.
aplicadas sobre a garota, em função da distância percorrida por ela. (E) 50 m.

7. FUVEST 2020 Um equipamento de bungee jumping está sendo


projetado para ser utilizado em um viaduto de 30 m de altura. O
elástico utilizado tem comprimento relaxado de 10 m. Qual deve
ser o mínimo valor da constante elástica desse elástico para que ele
possa ser utilizado com segurança no salto por uma pessoa cuja
massa, somada à do equipamento de proteção a ela conectado, seja
de 120 kg?

Note e adote:
Despreze a massa do elástico, as forças dissipativas e as dimensões
da pessoa;
Aceleração da gravidade = 10 m s2 .
Sabendo que a massa da garota é 60 kg, sua velocidade escalar, (A) 30 N m
após ela ter percorrido 3,5 m, será (B) 80 N m
(A) 0, 4 m s. (C) 90 N m
(B) 0,6 m s. (D) 160 N m
(C) 0,8 m s. (E) 180 N m
(D) 1,2 m s.
(E) 1,0 m s. 8. EEAR 2020 Um corpo de massa igual a 80 kg, após sair do
repouso, percorre uma pista retilínea e horizontal até colidir a
5. UEL 2021 Entre dietas e calorias nessa fronteira do 108 km h com um anteparo que está parado. Qual o valor, em
conhecimento, a Física tem muito a contribuir. Ao realizar a proeza metros, da altura que este corpo deveria ser abandonado, em queda
de tirar 10 na prova de Física, um estudante resolveu comemorar em livre, para que ao atingir o solo tenha o mesmo valor da energia
casa comendo uma barra inteira de chocolate de 590 kcal. Suponha mecânica do corpo ao colidir com o anteparo?
que ele tenha 70 kg de massa e que seu objetivo seja mantê-la.
Após comer o chocolate, ele decide queimar essas calorias subindo Adote a aceleração da gravidade no local igual a 10 m s2 .
várias vezes a escadaria do seu prédio (na descida, usa o elevador). (A) 36
(B) 45
Com base nos conhecimentos sobre Termodinâmica e somando (C) 58
todas as vezes que ele subiu a escada, assinale a alternativa que (D) 90
apresenta correta e aproximadamente, a altura total (h) para
conquistar o seu objetivo.

FIS 263
MECÂNICA
9. FMJ 2020 Uma pessoa descarrega galões de água de um EXERCÍCIOS PROPOSTOS
caminhão utilizando uma canaleta por onde os galões deslizam,
como mostra a figura.
1. ACAFE 2020 Um sagui se locomove pelas árvores, mas em
alguns momentos tem que saltar de árvore em árvore por falta de
galhos para atravessar. Na figura abaixo, tem-se a representação de
um sagui de massa m, que usa um pouco de sua energia para saltar,
a partir do repouso, do ponto A para o B e em seguida para o C.
Considera-se que nesta série de saltos não houve perda de energia
A pessoa empurra o galão do alto do caminhão, imprimindo-lhe a mecânica e que a energia cinética, imediatamente, antes de chegar
velocidade de 3,0 m s. Deslizando pela canaleta, o galão desce de em C é 1 3 da energia mecânica em A.
uma altura de 2,0 m e chega ao final da canaleta com velocidade de
2,0 m s. Considerando-se a aceleração gravitacional igual a
10 m s2 e a massa do galão igual a 20 kg, a energia mecânica
dissipada durante a descida do galão pela canaleta é igual a
(A) 400 J.
(B) 490 J.
(C) 50 J.
(D) 200 J.
(E) 450 J.

10. UDESC 2019 Um pequeno bloco com 300 g de massa


comprime em 2,0 cm uma mola de constante elástica de 10 N m. Com base no exposto, marque a alternativa que indica a energia
O bloco é solto e sobre por uma superfície curva, como mostra a mecânica do sagui, imediatamente, antes dele chegar em C.
figura abaixo. 5
(A) E mC = mgH
21
20
(B) E mC = mgH
7
22
(C) E mC = mgH
21
6
(D) E mC = mgH
7
Desconsiderando quaisquer forças de atrito, assinale a alternativa
que corresponde à velocidade do bloco ao passar pela metade da 2. UDESC 2019 A figura abaixo mostra um carrinho de montanha-
altura máxima h max a ser atingida no plano inclinado. russa que inicia seu movimento a partir da altura h em direção a
200 uma volta de diâmetro D.
(A) cm s
3
100
(B) cm s
3
2
(C) cm s
30
2
(D) cm s
3
10
(E) cm s
3 Desconsiderando todas as forças dissipativas, se o carrinho parte de
h com velocidade inicial nula, o valor mínimo de h para que o
carrinho consiga dar uma volta é:
GABARITO (A) 2D
(B) 5D 4
1. E
(C) 3D 2
2. C
3. E (D) 4D 5
4. E (E) 2D 3
5. B
6. C
3. G1 - CFTRJ 2019 A unidade caloria (cal) utilizada nas
7. E
8. B embalagens dos alimentos ilustra a quantidade de energia que um
9. E alimento fornece após a sua ingestão. Essa unidade é expressa em
10. A termos de um múltiplo da caloria. Para que possamos viver bem, de
forma saudável, devemos consumir a necessidade diária de calorias
considerando a ingestão de proteínas, carboidratos e gorduras.

FIS 264
MECÂNICA
Tendo em conta a idade, altura, sexo e tipo de atividade executada 6. UFRGS 2018 O uso de arco e flecha remonta a tempos
por cada indivíduo, é possível determinar suas necessidades anteriores à história escrita. Em um arco, a força da corda sobre a
calóricas diárias. Em média, um indivíduo adulto deve consumir flecha é proporcional ao deslocamento x, ilustrado na figura
2000 kcal por dia. Qualquer dieta deve ser acompanhada por um abaixo, a qual representa o arco nas suas formas relaxada I e
médico. distendida II.
Imagine que uma pessoa de 80 kg consuma 800 cal hora subindo
uma escada, em local onde a aceleração da gravidade é de 10 m s2 .
Após duas horas subindo a escada, que altura esta pessoa terá
alcançado? (1 cal = 4 J)
(A) 2 m. (B) 4 m.
(C) 6 m. (D) 8 m.

4. UNESP 2019 Uma criança está sentada no topo de um


escorregador cuja estrutura tem a forma de um triângulo ABC, que
pode ser perfeitamente inscrito em um semicírculo de diâmetro
AC = 4 m. O comprimento da escada do escorregador é AB = 2 m.

Uma força horizontal de 200 N, aplicada na corda com uma flecha


de massa m = 40 g, provoca um deslocamento x = 0,5 m.

Supondo que toda a energia armazenada no arco seja transferida


para a flecha, qual a velocidade que a flecha atingiria, em m s, ao
abandonar a corda?
Considerando que a energia potencial gravitacional da criança no (A) 5  103.
ponto B, em relação ao solo horizontal que está em AC, é igual a (B) 100.
(C) 50.
342 joules, e adotando g = 5,7 3 m s 2 , a massa da criança é
(D) 5.
igual a
(A) 30 kg. (E) 101 2.
(B) 25 kg.
7. FUVEST 2018 O projeto para um balanço de corda única de
(C) 20 kg. um parque de diversões exige que a corda do brinquedo tenha um
(D) 24 kg. comprimento de 2,0 m. O projetista tem que escolher a corda
(E) 18 kg. adequada para o balanço, a partir de cinco ofertas disponíveis no
mercado, cada uma delas com distintas tensões de ruptura.
5. MACKENZIE 2019 Um garoto posta-se sobre um muro e, de
posse de um estilingue, mira um alvo. Ele apanha uma pedrinha de A tabela apresenta essas opções.
massa m = 10 g, a coloca em seu estilingue e deforma a borracha
Corda I II III IV V
deste em x = 5,0 cm, soltando-a em seguida.
Tensão
de
ruptura 4.200 7.500 12.400 20.000 29.000
(N)

Ele tem também que incluir no projeto uma margem de segurança;


esse fator de segurança é tipicamente 7, ou seja, o balanço deverá
suportar cargas sete vezes a tensão no ponto mais baixo da trajetória.
Admitindo que uma pessoa de 60 kg, ao se balançar, parta do
repouso, de uma altura de 1, 2 m em relação à posição de equilíbrio
do balanço, as cordas que poderiam ser adequadas para o projeto são

Note e adote:
- Aceleração da gravidade: 10 m s2 .
Considera-se que a pedrinha esteja inicialmente em repouso, que a
força resultante sobre ela é a da borracha, cuja constante elástica - Desconsidere qualquer tipo de atrito ou resistência ao movimento
e ignore a massa do balanço e as dimensões da pessoa.
vale k = 1,0 102 N m, e que a interação borracha/pedrinha dura - As cordas são inextensíveis.
1,0 s. Assim, até o instante em que a pedrinha se desencosta da (A) I, II, III, IV e V.
borracha, ela adquire uma aceleração escalar média que vale, em (B) II, III, IV e V, apenas.
(C) III, IV e V, apenas.
m s2 , (D) IV e V, apenas.
(A) 5,0 (B) 5,5 (C) 6,0 (D) 6,5 (E) 7,0 (E) V, apenas.

FIS 265
MECÂNICA
8. FMP 2018 Um elevador de carga de uma obra tem massa total Considere que, ao saltar sobre uma dessas minicamas, uma pessoa
de 100 kg. Ele desce preso por uma corda a partir de uma altura de transfira para ela uma quantidade de energia igual a 160 J, que
12 m do nível do solo com velocidade constante de 1,0 m s. Ao 45% dessa energia seja distribuída igualmente entre as 32 molas
chegar ao nível do solo, a corda é liberada, e o elevador é freado por e que cada uma delas se distenda 3,0 mm.
uma mola apoiada num suporte abaixo do nível do solo. A mola Nessa situação, a constante elástica de cada mola, em N m, vale
pode ser considerada ideal, com constante elástica k, e ela afunda
uma distância de 50 cm até frear completamente o elevador. (A) 5,0 105.

Considerando que a aceleração da gravidade seja 10 m s2 , e que (B) 1,6 101.


todos os atritos sejam desprezíveis, o trabalho da força de tração na (C) 3,2 103.
corda durante a descida dos 12 metros e o valor da constante da (D) 5,0 103.
mola na frenagem valem, respectivamente, em kilojoules e em
newtons por metro, (E) 3,2 100.
(A) 0; 400
(B) 12; 400
GABARITO
(C) −12; 4400
(D) −12; 400 1. C
(E) 12; 4400 2. B
3. D
4. C
9. UDESC 2018 Considere o bloquinho sobre a rampa na figura.
5. A
O bloquinho parte do repouso da altura h 0 e não há qualquer tipo
6. C
2h 0 7. C
de força de atrito no movimento. Sabe-se que h1 = e que
3 8. C
h1 9. D
h2 = . 10. A
2

EXERCÍCIOS DE CONCURSO

1. ESC. NAVAL 2020 Laura está brincando em um escorregador


que faz um ângulo de inclinação de 30 com a horizontal. Partindo
do repouso no topo do brinquedo, ela escorrega até a base desse
escorregador. Sua amiga Ana Clara sugere que será bem mais
Com base nas informações, é correto afirmar que a velocidade do divertido se elas descerem juntas sobre um tapete. Ao fazerem isso,
bloquinho nas alturas h1 e h 2 é respectivamente: elas chegam à base do escorregador, partindo do repouso no topo,
2gh 0 16gh 0 com o dobro da velocidade com que Laura chegou quando desceu
(A) e sozinha. Considerando que não existe atrito entre o tapete e a
3 9
superfície do escorregador, determine o coeficiente de atrito entre
gh 0 2gh 0 Laura e a superfície do escorregador e marque a opção correta.
(B) e
3 3 3 3
(A) (B) (C) 0,5
gh 0 8gh 0 6 4
(C) 2 e
3 9 3
(D) (E) 3
2gh 0 gh 0 2
(D) e 2
3 3
2. ESC. NAVAL 2019 Analise a figura abaixo
gh 0 2gh 0
(E) 2 e
3 3

10. UNESP 2018 Uma minicama elástica é constituída por uma


superfície elástica presa a um aro lateral por 32 molas idênticas,
como mostra a figura. Quando uma pessoa salta sobre esta
minicama, transfere para ela uma quantidade de energia que é
absorvida pela superfície elástica e pelas molas.
A figura mostra um pequeno bloco de massa m, que inicialmente
estava em repouso na posição A, e deslizou sobre a superfície sem
atrito em uma trajetória circular ADB de raio r. Sendo g a
aceleração da gravidade, qual o módulo da força exercida pela
superfície sobre o bloco, ao passar pelo ponto C, em função do
ângulo  indicado na figura?
mg  sen  mg  cos 
(A) (B)
2 2
(C) mg  cos  (D) 2mg  sen 
(E) 3mg  sen 
FIS 266
MECÂNICA
3. EFOMM 2019 A figura abaixo mostra a vista superior de um - sen 19 = cos 71 = 0,3;
anel de raio R que está contido em um plano horizontal e que serve - sen 71 = cos 19 = 0,9;
de trilho, para que uma pequena conta de massa m se movimente
sobre ele sem atrito. Uma mola de constante elástica k e o - Velocidade da luz no vácuo: c = 3,0  108 m s;
comprimento natural R, com uma extremidade fixa no ponto A
- Constante de Planck: h = 6,6  10−34 J  s;
do anel e com a outra ligada à conta, irá movê-la no sentido anti-
horário. Inicialmente, a conta está em repouso e localiza-se no ponto - 1 eV = 1,6  10−19 J;
B, que é diametralmente oposto ao ponto A. Se P é um ponto - Potencial elétrico no infinito: zero.
qualquer e  é o ângulo entre os segmentos AB e AP, a
velocidade da conta, ao passar por P, é 5. EPCAR (AF(A) 2018) Uma partícula é abandonada sobre um
plano inclinado, a partir d repouso no ponto A, de altura h, como
indicado pela figura (fora de escal(A). Após descer o plano
inclinado, a partícula se move horizontalmente até atingir o ponto
B. As forças de resistência ao movimento de A até B são
desprezíveis. A partir do ponto B, a partícula então cai, livre da
ação de resistência do ar, em um poço de profundidade igual a 3h
e diâmetro x. Ela colide com o chão do fundo do poço e sobe, em
uma nova trajetória parabólica até atingir o ponto C, o mais alto
dessa nova trajetória.

Na colisão com o fundo do poço a partícula perde 50% de sua


energia mecânica. Finalmente, do ponto C ao ponto D, a partícula
move-se horizontalmente experimentando atrito com a superfície.
Após percorrer a distância entre C e D, igual a 3h, a partícula
atinge o repouso.
k
(A) R | cos  |
m
k
(B) 2R sen 
m
k
(C) R | cos  + sen  − 1|
m
k
(D) 2R (cos  − cos 2 )
m
k
(E) R sen  cos  Considerando que os pontos B e C estão na borda do poço, que o
m
coeficiente de atrito dinâmico entre a partícula e o trecho CD é
4. EFOMM 2018 Em uma mesa de 1,25 metros de altura, é igual a 0,5 e que durante a colisão com o fundo do poço a partícula
colocada uma mola comprimida e uma esfera, conforme a figura. não desliza, a razão entre o diâmetro do poço e a altura de onde foi
Sendo a esfera de massa igual a 50 g e a mola comprimida em x
abandonada a partícula, vale
h
10 cm, se ao ser liberada a esfera atinge o solo a uma distância de
(A) 1 (B) 3 (C) 3 3 (D) 4 3
5 metros da mesa, com base nessas informações, pode-se afirmar
que a constante elástica da mola é:
6. EPCAR (AF(A) 2018 Uma rampa, homogênea, de massa m e
(Dados: considere a aceleração da gravidade igual a 10 m s2 .) comprimento L, é inicialmente colocada na horizontal. A
extremidade A, dessa rampa, encontra-se acoplada a uma
articulação sem atrito. Na extremidade B está sentado, em repouso,
um garoto, também de massa m. Essa extremidade B está presa ao
chão, por um fio ideal, e ao teto, por uma mola ideal, de constante
elástica k, conforme ilustra a Figura 1.

(A) 62,5 N m
(B) 125 N m
(C) 250 N m
(D) 375 N m
(E) 500 N m
Na(s) questão(ões) a seguir, quando necessário, use:
Em um determinado instante o garoto corta o fio. A mola, que está
- Aceleração da gravidade: g = 10 m s2 ; inicialmente deformada de um valor x, passa a erguer lentamente
FIS 267
MECÂNICA
a extremidade B da rampa, fazendo com que o garoto escorregue, 8. EFOMM 2017 Na situação apresentada no esquema abaixo, o
sem atrito e sem perder o contato com a rampa, até a extremidade bloco B cai a partir do repouso de uma altura y, e o bloco A
A, conforme Figura 2. percorre uma distância total y + d. Considere a polia ideal e que
existe atrito entre o corpo A e a superfície de contato.

Quando o garoto, que neste caso deve ser tratado como partícula,
atinge a extremidade A, a mola se encontra em seu comprimento Sendo as massas dos corpos A e B iguais a m, determine o
natural (sem deformação) e a rampa estará em repouso e inclinada coeficiente de atrito cinético .
de um ângulo . y
(A)  =
(y+ 2d)
Considerando g o módulo da aceleração da gravidade local, nessas
2d
condições, a velocidade do garoto em A, vale (B)  =
(y+ 2d)
k L
(A) x sen  −g (2d + y)
m 2 (C)  =
y
k L
(B) x + g cos  y
m 2 (D)  =
2d
k
(C) x + gL cos  (E)  =
d
m (2d + y)
k
(D) x 2 − gL sen 
m 9. ESC. NAVAL 2016 Analise a figura abaixo.

7. EPCAR (AF(A) 2017 Um bloco escorrega, livre de resistência


do ar, sobre um plano inclinado de 30, conforme a figura (sem
escal(A) a seguir.

No trecho AB não existe atrito e no trecho BC o coeficiente de


A figura acima mostra um pequeno bloco, inicialmente em repouso,
3 no ponto A, correspondente ao topo de uma esfera perfeitamente
atrito vale  = .
2 lisa de raio R = 135 m. A esfera está presa ao chão no ponto B. O
bloco começa a deslizar para baixo, sem atrito, com uma velocidade
O bloco é abandonado, do repouso em relação ao plano inclinado, inicial tão pequena que pode ser desprezada, e ao chegar ao ponto
no ponto A e chega ao ponto C com velocidade nula. A altura do C, o bloco perde contato com a esfera. Sabendo que a distância
ponto A, em relação ao ponto B, é h1, e a altura do ponto B, em horizontal percorrida pelo bloco durante seu voo é d = 102 m, o
relação ao ponto C, é h 2 . tempo de voo do bloco, em segundos, ao cair do ponto C ao ponto
D vale
h1
A razão vale
h2 Dado: g = 10 m s2
1 (A) 1,3
(A)
2 (B) 5,1
3 (C) 9, 2
(B)
2 (D) 13
(C) 3 (E) 18
(D) 2

FIS 268
MECÂNICA

10. EFOMM 2016 Um pequeno bloco de massa 0,500 kg está 3. ITA 2020 Um bloco de massa m sustentado por um par de
suspenso por uma mola ideal de constante elástica 200 N m. A molas idênticas, paralelas e de constante elástica k, desce
verticalmente com velocidade constante e de módulo v controlada
outra extremidade da mola está presa ao teto de um elevador que,
inicialmente, conduz o sistema mola/bloco com uma velocidade de por um motor, conforme ilustra a figura.
descida constante e igual a 2,0 m s. Se, então, o elevador parar
subitamente, a partícula irá vibrar com uma oscilação de amplitude,
em centímetros, igual a
(A) 2,00 (B) 5,00 (C) 8,00
(D) 10,0 (E) 13,0

GABARITO

1. B
2. E
3. D
4. E
5. C
6. D
7. A
8. A
9. B Se o motor travar repentinamente, ocorrerá uma força detração
10. D máxima no cabo com módulo igual a
(A) mg + (mg)2 + 2kmv2 . (B) mg + (mg) 2 + kmv 2 .

(C) mg + 2kmv2 . (D) mg + 4kmv2 .


EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
(E) mg + kmv 2 .

1. IME 2022
4. ITA 2020 Uma pequena esfera com peso de módulo P é
arremessada verticalmente para cima com velocidade de módulo
V0 a partir do solo. Durante todo o percurso, atua sobre a esfera
uma força de resistência do ar de módulo F constante. A distância
total percorrida pela esfera após muitas reflexões elásticas com o
solo é dada aproximadamente por
V02 (P − F) V02 (P + F) 2V02P
(A) . (B) . (C) .
2gF 2gF gF
V02 P V02 P
(D) . (E) .
2gF gF
Um bloco cúbico homogêneo de aresta L parte do repouso em uma
rampa de altura h. O bloco desliza sem atrito até que seu vértice P 5. IME 2020
alcance a coordenada x = 0 em uma superfície plana. Sabendo que
o coeficiente de atrito cinético é  para x  0, a coordenada xP do
vértice P em que o bloco estaciona, considerando que x P  L, é :
h L h L hL L
(A) + (B) − (C) +
 2  2  2
2hL h
(D) (E)
 

2. ITA 2021 Um trem parte do repouso sobre uma linha horizontal A figura acima mostra a energia cinética de um atleta de 60 kg,
e deve alcançar a velocidade de 72 km h. Até atingir essa durante uma corrida de 2700 m, em função da distância percorrida.
velocidade, o movimento do trem tem aceleração constante de O tempo gasto para o atleta completar a corrida foi de:
0,50 m s 2 , sendo que resistências passivas absorvem 5,0% da (A) 09 min e 00 s
energia fornecida pela locomotiva. O esforço médio, em N, (B) 08 min e 10 s
fornecido pela locomotiva para transportar uma carga de 1,0 ton é (C) 08 min e 20 s
(A) 2,5 102. (B) 4,8 102. (D) 08 min e 34 s
(E) 08 min e 50 s
(C) 5,0 10 . 2
(D) 5,3 10 .
2

(E) 1,0 103. GABARITO

1. A 2. D 3. C 4. D 5. E

FIS 269
MECÂNICA

FIS 270
FÍSICA 3

Propagação de calor 273

MHS 282

MHS II - Energia e complementos 297

Ondas – fundamentos e fenômenos 307


TERMOLOGIA

TÓPICO: TERMOLOGIA Condutibilidade


SUBTÓPICO: CALORIMETRIA
CAPÍTULO: PROPAGAÇÃO DE CALOR Existe uma propriedade dos materiais chamada condutibilidade
térmica. Materiais com alta condutibilidade são chamados de bons
A propagação de calor ocorre devido a diferenças de temperatura. condutores, enquanto que materiais com baixa condutibilidade são
Os três processos são: condução térmica, convecção térmica e chamados maus condutores. Como exemplo, podemos citar o
irradiação. Para estudá-los em detalhes, usaremos o conceito de alumínio (como bom condutor) e a madeira (como mau condutor).
fluxo de calor (Φ). Como nos sólidos as moléculas estão mais próximas do que nos
Considere uma superfície S, atravessada por uma quantidade Q de líquidos e nos gases, os sólidos conduzem o calor de forma melhor
calor, durante certo intervalo de tempo Δt. do que líquidos e melhor ainda do que em gases.

Lei de Fourier
Quando a transmissão de energia ocorre com fluxo constante ao
longo do condutor, sem que as temperaturas das extremidades
variem, dizemos que a condução ocorre em regime estacionário ou
permanente. Nesta situação, existe a Lei de Fourier, que quantifica
o calor que flui por condução através de uma barra homogênea e
isotrópica de comprimento L e área de secção transversal A,
submetida a uma diferença de temperaturas em suas extremidades.

Define-se o fluxo de calor através de S:


𝑄
𝛷=
𝛥𝑇

A unidade de fluxo de calor, no Sistema Internacional, é o watt (W).


Porém, são muito usadas também as unidades caloria por segundo
(cal/s) e caloria por minuto (cal/min).

Lembrete: O sentido obrigatório do calor é Tmaior para a Tmenor. 𝑘. 𝐴. 𝛥𝑇


𝛷=
𝐿
1. Condução
𝑊 𝑐𝑎𝑙
K —> coeficiente de condutividade térmica ( 𝑜𝑢 )
Quando colocamos uma panela na chama de um fogão ou café 𝑚𝐾 𝑐𝑚.𝑠.°𝐶
quente no interior de um copo de vidro, verificamos que é necessário
um certo tempo para que todo o sistema seja aquecido. Essas 2. Convecção
experiências nos mostram que ocorre propagação de calor através
do meio material que constitui os corpos. Nesse processo, a energia é transportada através do movimento das
No processo de condução, a energia térmica é transferida através massas de fluido (líquidos ou gases) de diferentes temperaturas. A
das interações dos átomos ou moléculas vizinhas, mesmo que não diferença de densidade entre as partes do fluido, acusada pela
haja transporte destes átomos ou moléculas, apenas energia de diferença de temperaturas, gera o movimento cíclico conhecido
vibração. Ao receber energia, cada molécula aumenta sua agitação como correntes de convecção.
e este processo se transmite para as moléculas vizinhas. A massa de líquido no fundo ao ser aquecida, torna-se menos
densa e sobe, enquanto a parte superior, mais fria e mais densa,
desce.

Portanto, ao contrário da condução térmica, a convecção é


caracterizada pelo arraste de matéria. Devido à esse arraste, ela não
pode ocorrer em sólidos, sendo um processo característico de
O processo de condução térmica necessita, portanto, de matéria líquidos e gases.
para se propagar. Este processo ocorre nos meios sólidos.
Existem várias aplicações para a convecção térmica. Entre elas, o
fato de o congelador dos refrigeradores ficar na parte de cima e os
aparelhos condicionadores de ar, que devem ser instalados na parte
Condução térmica é um processo de transporte de energia sem superior da parede.
transporte de matéria, que ocorre principalmente nos meios sólidos.
Convecção térmica é um processo de transferência de calor por
meio do transporte de matéria devido a uma diferença de
densidade e à ação da gravidade.

FIS 273
TERMOLOGIA
3. Irradiação térmica 4. Uma barra metálica de alumínio com 1 m de comprimento e 20
cm2 de área de secção transversal tem uma de suas extremidades
A transmissão do calor também pode ser realizada através de ondas conectado a uma chama de potência constante a 120 °C e a outra
eletromagnéticas, principalmente na faixa dos raios infravermelhos. em contato com gelo fundente a 0 °C.
Por exemplo, o calor que recebemos do Sol nos chega através da a) Qual o sentido do calor na barra?
irradiação térmica que atravessa o vácuo. Logo, a irradiação térmica b) Determine o fluxo do calor ao longo da barra, sendo a constante
não precisa de meio material para sua propagação (diferentemente de condutibilidade do alumínio dado por 0,5 cal/cm.s.°C.
dos processos de condução e de convecção). c) Determine a temperatura em uma secção transversal da barra a
Exemplos: raios luminosos, infravermelhos, raios X e microondas. 30 cm da extremidade quente (120 °C).

Os corpos de uma forma geral absorvem ou emitem irradiação 5. FEI Para melhorar o isolamento térmico de um ambiente,
eletromagnética, pois as partículas que constituem um corpo estão mantendo o material de que são feitas as paredes, deve-se:
em constante estado de agitação. Quando um corpo encontra-se em (A) aumentar o volume das paredes.
equilíbrio térmico com sua vizinhança, suas taxas de emissão e (B) aumentar a área externa da parede e manter sua espessura.
absorção são iguais. (C) diminuir a espessura das paredes.
(D) aumentar a espessura e diminuir a área das paredes.
O corpo que emite a energia é chamado de emissor ou radiador. (E) nenhuma das anteriores.
O corpo que recebe energia é chamado de receptor.
6. Quando numa noite de baixa temperatura, vamos para a cama,
Quanto mais elevada a temperatura do corpo, maior será a nós a encontramos fria, mesmo que sobre ela estejam vários
intensidade de energia radiante emitida. Além disso, a emissão de cobertores de lã. Passado algum tempo, temos a sensação de
energia ocasiona diminuição de temperatura, enquanto que absorção aquecimento porque:
de energia radiante ocasiona elevação de temperatura (energia (A) o cobertor de lã impede a entrada do frio.
radiante não altera temperatura do seu meio de propagação). (B) o cobertor de lã não é um aquecedor, mas sim um bom isolante
térmico.
Irradiação térmica transfere calor através de ondas (C) o cobertor de lã só produz calor em contato com o nosso corpo.
eletromagnéticas (que não precisam de meio para se propagarem), (D) o cobertor de lã não é um bom absorvedor de frio.
denominadas ondas de calor ou calor radiante. (E) o corpo humano é um bom absorvedor de frio.

7. FUVEST Nas geladeiras, o congelador fica sempre na parte de


cima para:
(A) manter a parte de baixo mais fria que o congelador.
(B) manter a parte de baixo mais quente que o congelador.
(C) que o calor vá para o congelador.
(D) acelerar a produção de cubos de gelo.
(E) que o frio vá para o congelador.

8. CEFET Sobre a radiação do calor, podemos afirmar que:


(A) só ocorre nos sólidos.
(B) só ocorre nos líquidos.
(C) só ocorre nos gases sob baixa pressão.
(D) só ocorre no vácuo.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (E) não necessita de meio material para ocorrer.

1. Considere três fenômenos simples: 9. Uma barra de ferro de secção transversal circular de área A e
I. Circulação de ar em uma geladeira. comprimento L = 4,0 m está em contato térmico, nas suas
II. Aquecimento de uma barra de ferro. extremidades, com dois reservatórios em cujas temperaturas são
III. Variação da temperatura do corpo humano no banho de sol. mantidas constantes. O regime é estacionário e a barra de ferro
está envolta em material isolante.
Associe, nesta mesma ordem, o principal tipo de transferência de
calor que ocorre nesses fenômenos: Determine:
(A) Convecção – condução - irradiação. a) a temperatura do ponto médio M;
(B) Convecção – irradiação – condução. b) a temperatura do ponto A.
(C) Condução – convecção – irradiação.
(D) Irradiação – convecção – condução.
(E) Condução – irradiação – convecção.

2. Uma placa é atravessada por uma quantidade de calor igual a


3,0.103 cal em um intervalo de tempo de 5 minutos. Determine o
fluxo de calor através desta placa, expresso em cal/s e watt.
Considere 1 cal = 4 J. 10. Dois ambientes A e B estão separados por uma parede metálica
dupla, isto é, formada pela junção de duas placas, conforme mostra
3. Uma das extremidades de uma barra de cobre, com 100 cm de a figura abaixo.
comprimento e 5 cm2 de seção transversal, está situada num banho
de vapor d’água sob pressão normal, e a outra extremidade, numa
mistura de gelo fundente e água. Despreze as perdas de calor pela
superfície lateral da barra. Sendo 0,92 cal/s.cm.°C o coeficiente de
condutibilidade térmica do cobre, determine:
a) o fluxo de calor através da barra;
b) a temperatura numa seção da barra situada a 20 cm da
extremidade fria.

FIS 274
TERMOLOGIA
Para as placas, são dados: Considerando-se essa situação, é correto afirmar que isso ocorre
A = 20 m2 (área de cada parede) porque:
e1 = 10 cm, k1 = 40 J/s.m.°C (A) a capacidade térmica do tabuleiro é maior que a do bolo.
e2 = 20 cm, k2 = 50 J/s.m.°C. (B) a transferência de calor entre o tabuleiro e a mão é mais rápida
que entre a mão e o bolo.
Admitindo ser estacionário o regime de condução, determine: (C) o bolo esfria mais rapidamente que o tabuleiro, depois de os
a) a temperatura na junção das paredes; dois serem retirados do forno.
b) o fluxo que atravessa a parede dupla. (D) o tabuleiro retém mais calor que o bolo.

GABARITO 4. AFA Quando usamos um termômetro clínico de mercúrio para


medir a nossa temperatura, esperamos um certo tempo para que o
1. A mesmo possa indicar a temperatura correta do nosso corpo. Com
2. 10 cal/s ou 40 W base nisso, analise as proposições a seguir.
0,92.5.100 𝑐𝑎𝑙
3. Calculando o fluxo: 𝛷 = = 4,6
100 𝑠
I. Ao indicar a temperatura do nosso corpo, o termômetro entra
Calculando a temperatura no ponto de interesse considerando
0,92.5 em equilíbrio térmico com ele, o que demora algum tempo
regime estacionário: 4,6 = . (T − 0)— > T = 20 °C para acontecer.
20
4. a) O calor flui da a extremidade com a chama (120 °C) até a II. Inicialmente, a indicação do termômetro irá baixar, pois o
extremidade com gelo fundente (0 °C) vidro transmite mal o calor e se aquece primeiro que o
𝑘.𝐴.𝛥𝑇 0,5.20.120 𝑐𝑎𝑙 mercúrio, o tubo capilar de vidro se dilata e o nível do líquido
b) 𝛷 = = = 12
𝐿 100 𝑠
desce.
c) Considerando o regime estacionário, temos que:
0,5. 20 III. Após algum tempo, como o mercúrio se dilata mais que o
12 = . |𝑇 − 120|— > 𝑇 = 84 °𝐶 vidro do tubo, a indicação começa a subir até estabilizar,
30 quando o termômetro indica a temperatura do nosso corpo.
5. D
Podemos afirmar que são corretas as afirmativas
6. B
(A) I e II apenas. (B) I e III apenas.
7. C
(C) II e III apenas. (D) I, II e III.
8. E
9. Considerando regime estacionário, temos que:
𝑘. 𝐴. 120 𝑘. 𝐴. (180 − 𝑇𝐴 ) 𝑘. 𝐴. (180 − 𝑇𝑀 ) 5. O vidro de uma janela possui área transversal de 12 m2 e tem uma
𝛷= = = espessura de 12 cm. Se a superfície exterior está a uma temperatura
4 1 2 de 23 °C e a superfície interior a 25 °C, determine a quantidade de
TA = 150 °C e TM = 120 °C.
calor que é transferido pelo vidro em uma hora.
Dado: Kvidro = 0,2 cal/s.m.°C
10. a) 77,78 °C b) 577,76 W
(A) 13,2 kcal. (B) 14 kcal.
(C) 13 kcal. (D) 144 kcal.
(E) 13,4 kcal.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
6. ITA Duas salas idênticas estão separada por uma divisória de
espessura de 5 cm, área 100 m2 e condutividade térmica k = 2
1. G1 - UTFPR A garrafa térmica tem como função manter seu W/m.K. O ar contido em cada sala encontra-se, inicialmente, à
conteúdo em temperatura praticamente constante durante um longo temperatura T1 = 47 °C e T2 = 27 °C, respectivamente.
intervalo de tempo. É constituída por uma ampola de vidro cujas Considerando o ar como um gás ideal é o conjunto das duas salas
superfícies interna e externa são espelhadas para impedir a como um sistema isolado, calcule o fluxo de calor através da
propagação do calor por __________. As paredes de vidro são más divisória.
condutoras de calor evitando-se a __________ térmica. O vácuo
entre as paredes da ampola dificulta a propagação do calor por 7. Num dia quente, você estaciona o carro num trecho descoberto e
___________ e ____________. sob o sol causticante. Sai e fecha todos os vidros. Quando volta, o
carro “parece um forno”. Este fato se dá porque:
Marque a alternativa que completa o texto corretamente: (A) O vidro é transparente à luz solar e opaco ao calor.
(A) reflexão – transmissão – condução – irradiação. (B)O vidro é transparente apenas às radiações infravermelhas.
(B) condução – irradiação – irradiação – convecção. (C) O vidro é transparente e deixa a luz entrar.
(C) irradiação – condução – convecção – condução. (D) O vidro não deixa a luz de dentro brilhar fora.
(D) convecção – convecção – condução – irradiação.
(E) reflexão – irradiação – convecção - condução. 8. UEM Quando saímos de uma piscina, sentimos uma sensação de
frio na pele. Isso ocorre mesmo que a temperatura fora da piscina
2. UPE Sobre os processos de transmissão do calor, analise as esteja um pouco maior que a temperatura da água. Isso ocorre
proposições a seguir e conclua. porque:
(A) O calor sempre se propaga de um corpo com maior temperatura (A) a água sobre a pele absorve calor do corpo para evaporar.
para um corpo de menor temperatura. (B) a água é um mau condutor de calor.
(B) Na transmissão de calor por condução, a energia térmica se (C) o suor da pele mistura-se com a água e esfria-se.
propaga de partícula para partícula, sem que elas sejam (D) a água é pouco volátil.
transladadas. (E) a água possui calor específico muito baixo, causando sensação
(C) Na convecção, o calor se propaga por meio do movimento de de frio.
fluidos de densidades diferentes.
(D) A irradiação térmica exige um meio material, para que ocorra 9. UFPB Em uma fábrica, utiliza-se uma barra de alumínio de
a propagação de calor. 80 cm2 de seção reta e 20 cm de comprimento, para manter
constante a temperatura de uma máquina em operação. Uma das
3. UFMG Depois de assar um bolo em um forno a gás, Zulmira extremidades da barra é colocada em contato com a máquina que
observa que ele queima a mão ao tocar no tabuleiro, mas não opera à temperatura constante de 400 °C, enquanto a outra
queima a mão ao tocar no bolo. extremidade está em contato com uma barra de gelo na sua

FIS 275
TERMOLOGIA
temperatura de fusão. Sabendo que o calor latente de fusão do gelo Teoria Específica – Irradiação (Parte 2)
é de 80 cal/g, que o coeficiente de condutibilidade térmica do
alumínio é de 0,5 cal/s.cm.°C e desprezando as trocas de calor do 4. Poder emissivo
sistema máquina-gelo com o meio ambiente, é correto afirmar que
o tempo necessário para derreter 500 g de gelo é: O poder emissivo (E) de um corpo é dado por:
(A) 10 s. (B) 20 s. (C) 30 s. (D) 40 s. (E) 50 s. 𝑃
𝐸=
𝐴
10. Uma placa de alumínio de 1,0 m2 de área superficial e de 10 cm Onde P é a potência emitida e A é a área emitente. A unidade de
de espessura foi usada para separar dois meios de temperaturas poder emissivo, no Sistema Internacional de Unidades, é watts por
constantes e iguais a 20 °C e 100 °C. Determine o tempo necessário metro quadrado (W/m2).
para haver uma transferência de calor de 16 kJ.
Dados: KAl = 0,5 cal/s.cm.°C. 1 cal = 4 J. Experimentalmente, podemos ver que o poder emissivo varia
bastante conforme varia-se a temperatura, além disso ele depende
11. UFMG Um estudante aprendendo a esquiar em Bariloche, da natureza do corpo. Tal dependência está relacionada com a
Argentina, veste uma roupa especial de 8,0 cm de espessura e grandeza denominada emissividade (e), entre 0 e 1 , a qual indica a
2,4 m2 de área. O material com que foi feita a roupa tem taxa de irradiação emitida pelo corpo em relação ao corpo ideal com
condutibilidade térmica de 5,0. 10-5 cal/s.cm.°C. Sabendo que a mesma área de superfície e temperatura.
temperatura corporal é de 37 °C e a temperatura ambiente é de
-30 °C, determine a quantidade de calor conduzida através do tecido Esse corpo ideal absorve totalmente a energia que incide sobre ele
durante 1 minuto. e é conhecido como corpo negro (e = 1). Este corpo negro, além de
ser o melhor receptor, também é o melhor emissor.
12. A condutividade térmica do cobre é aproximadamente quatro
vezes maior que a do latão. Duas placas, uma de cobre e outra de Para este corpo, vale a Lei de Stefan-Boltzmann:
latão, com 100 cm2 de área e 2,0 cm de espessura, são justapostas
colocadas em série. Considerando-se que as faces externas do
conjunto sejam mantidas a 0 °C e 100 °C, qual será a temperatura 𝐸𝐶𝑁 = 𝜎. 𝑇 4
na interface da separação das placas quando for atingido o regime
estacionário?

GABARITO
Sendo σ uma constante física chamada de constante de Stefan-
1. C Boltzmann, que possui valor de:
As paredes espelhadas refletem ondas eletromagnéticas evitando σ = 5,67.10-8 W/m2.K4
propagação por radiação, as paredes são más condutoras de calor
para evitar e propagação por condução e, finalmente, o vácuo entre
as paredes impede a propagação por convecção e condução. Assim, a emissividade de um corpo qualquer é dada em referência
ao poder emissivo do corpo negro, à mesma temperatura.
2. V–V–V–F. 𝐸
𝑒=
(V) Isto acontece visando o equilíbrio térmico; 𝐸𝐶𝑁
(V) Como em uma onda;
(V) Correntes de convecção; Costumamos descrever que um corpo com área de superfície A, a
(F) O calor do Sol chega à Terra, propagando-se pelo vácuo.
uma temperatura T e possuindo uma emissividade e em relação ao
Para que uma onda eletromagnética se propague, não é necessário
meio material. corpo negro irradia energia térmica a uma potência de:

3. B E = e.ECN

4. D P = σ.e.A.T4
I. Correta. Como o termômetro e o corpo estão a diferentes
temperaturas, há transferência de calor do corpo para o termômetro.
Devido à condutividade térmica, leva algum tempo para que o Comentário: A emissividade de uma superfície escura costuma ser
equilíbrio térmico seja atingido. maior do que a de uma superfície clara.
II. Correta. Sem comentários, pois a alternativa auto se explica.
III. Correta. Sem comentários, pois a alternativa auto se explica. A Potência Líquida (Pliq) emitida pelo corpo é dada por:

5. D
Pliq = σ.e.A.(T4 – T’4)
4
6. 8.10 J/s

7. A Sendo T’ a temperatura do ambiente. Dessa forma, pode-se ver que


o corpo emite e absorve energia térmica.
8. A
Comentário: Note que se o corpo está em equilíbrio com o
9. E ambiente (mesma temperatura), então a potência líquida é zero.
10. 40000 cal/s

11. 603 cal

12. 80 °C

FIS 276
TERMOLOGIA
5) Lei de Wien 4. Um corpo negro esférico de raio 12 cm irradia uma potência de
450 W a uma temperatura de 500 K. Se o raio do corpo for
Quando analisamos o espectro do corpo negro utilizamos um reduzido à metade e a temperatura for dobrada, a potência
gráfico para analisar a distribuição dos comprimentos de onda em irradiada será:
relação as intensidades das radiações emitidas. (A) 450 W
(B) 700 W
(C) 1500 W
(D) 1800 W
(E) 750 W

5. A Figura 1 mostra o gráfico da intensidade de radiação por


comprimento de onda emitida por um corpo negro para diferentes
temperaturas.

Com base nas informações do gráfico, analise as afirmativas


abaixo.

A partir do gráfico podemos comprovar alguns resultados:


• Conforme aumenta a temperatura, a área abaixo da curva
aumenta rapidamente.
• Aumento de temperatura desloca o comprimento de onda
que gera a intensidade máxima para à esquerda. Nesse,
gráfico em questão, temos que T1 > T2.
• Pela Lei de Stefan-Boltzmann, a área abaixo da curva é
dada por σ.T4, que é igual ao nosso ECN.
• Lei de Wien: o comprimento de onda que gera a I. A temperatura T1 é maior que a temperatura T3.
intensidade máxima, denotado por λmax é inversamente II. A intensidade total de radiação emitida é maior para
proporcional a temperatura absoluta: temperatura T3.
III. O comprimento de onda para o qual a radiação é máxima é
λmax.T = b maior para temperatura T3.
IV. As temperaturas T1, T2 e T3 são iguais.
Sendo b constante e igual a 2,897.10-3 m.K V. As intensidades totais de radiação emitida são iguais para T1,
T2 e T3.

Assinale a alternativa correta.


EXERCÍCIOS DA TEORIA ESPECÍFICA (A) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
(C) Somente a afirmativa I é verdadeira.
1. Um estudante está em uma sala com temperatura de 20 °C. Se a (D) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
temperatura do corpo do estudante é de 36 °C, determine a energia (E) Somente a afirmativa II é verdadeira.
perdida por ele em 10 minutos. A emissividade da
pele é 0,9 e a área do corpo do estudante é 1,5m2 . 26. Faça uma estimativa da temperatura do filamento de uma
lâmpada de incandescência, supondo que:
2. A superfície do Sol tem temperatura próxima de 5800 K. O raio • a potência total irradiada seja Pot = 60 W;
do Sol é 6,96.108 m. Determine a energia irradiada pelo Sol por • a emissividade do filamento seja e = 0,30;
segundo, sabendo que sua emissividade é de 0,965. • o filamento seja um fio cilíndrico de comprimento h = 20 cm e
seção transversal de raio r = 50 μm.
3. UEM Em relação as radiações térmicas, assinale o que for Constante de Stefan-Boltzmann: σ = 5,7 · 10-8 (SI)
correto.
01) Todo corpo emite energia na forma de radiações térmicas se sua 7. Uma esfera metálica sólida de diâmetro 20cm e massa 10kg é
temperatura (medida na escala Kelvin) não for nula. aquecida até a temperatura de 327°C e colocada em uma caixa onde
02) Quando a superfície de um corpo está na temperatura ambiente, a temperatura é igual a 27 °C. Encontre a taxa com que a esfera tem
a radiação térmica emitida por ele é predominantemente sua temperatura diminuída em função do tempo. Considere o calor
infravermelha. específico do metal igual a 420 J/Kg.°C e a constante de Stefan-
04) A quantidade total de energia emitida por unidade de tempo e Boltzmann igual a 5,67.10-8 W/m2 K4
por unidade de área da superfície externa de um corpo a uma
temperatura (medida na escala Kelvin) é diretamente proporcional 8. Óleo quente está circulando através de um contêiner, que é
ao quadrado dessa temperatura. vedado em seu topo com uma tampa de condutividade térmica igual
08) Se a temperatura de um corpo permanece constante ao longo do a k, espessura de d e emissividade e. A temperatura do topo da
tempo, então ele não emite nem absorve energia na forma de tampa é constante e igual a T1 e a temperatura das faces laterais do
radiação térmica. contêiner é constante e igual a T2. Se a área da tampa exposta à
16) Em uma mesma temperatura, as radiações emitidas por qualquer temperatura lateral é A, encontre a temperatura do óleo. Use a
corpo negro são independentes do material de que ele é feito. constante de Stefan- Boltzmann igual a σ.

FIS 277
TERMOLOGIA
GABARITO 4. UFG O corpo humano consegue adaptar-se a diferentes
temperaturas externas, mantendo sua temperatura aproximadamente
1. 8,04.104 J constante em 37 °C por meio da produção de energia por processos
2. 3,79.1010 J metabólicos e trocas de calor com o ambiente. Em uma situação
3. 01 + 02 + 16 = 19 típica, em que um indivíduo esteja em re- pouso em um ambiente a
4. D 25 °C, ele libera calor para o ambiente por condução térmica a uma
5. E taxa de 15 J/s e por evaporação de água por meio da pele a uma taxa
6. 2700 K de 60 kJ/hora.
7. 0,206 °C/s Considerando o exposto, calcule:
8. Tóleo = T1 +
k
(
e.  .d 4
T1 − T24 ) a) a quantidade de água, em ml, que o indivíduo deve ingerir para
compensar a perda por evaporação em duas horas.
b) a espessura média da pele do indivíduo, considerando a área
total da superfície da sua pele igual a 1,5 m2 e a condutibilidade
térmica (k) da mesma igual a 2 x 10-3 W·m-1·°C-1
EXERCÍCIOS DE CONCURSO
5. MACK Adaptada Tem-se três cilindros de secções transversais
1. CN Sobre calor, luz, som, analise as afirmativas abaixo e assinale
iguais de cobre, latão e aço, cujos comprimentos são,
a opção que apresenta o conceito correto.
respectivamente, 46cm, 13cm e 12cm. Soldam-se os cilindros,
(A) Temperatura é a energia contida em um corpo aquecido.
formando o perfil em Y da figura. O extremo livre do cilindro de
(B) Ao ferver água destilada em uma panela com tampa aberta e ao
cobre é mantido a 100°C, e os cilindros de latão e aço a 0°C.
nível do mar, após a água atingir e permanecer em ebulição sua
Suponha que a superfície lateral dos cilindros esteja isolada
temperatura se mantém constante.
termicamente. As condutividades térmicas do cobre, latão e aço
(C) Um raio de luz de luz se propaga em linha reta em meios
valem, respectivamente, 0,92, 0,26 e 0,12, expressas em cal.cm-1.s-
homogêneos e opacos. 1.°C-1. No regime estacionário de condução, a temperatura na junção
(D) Um raio de luz ao atravessar de um meio material para outro
é igual a:
tem necessariamente a sua direção de propagação e velocidade
alteradas.
(E) O som e a luz se propagam no vácuo.

2. PUCMG Ainda nos dias atuais, povos que vivem no deserto


usam roupas de lã branca como parte de seu vestuário para se
protegerem do intenso calor, já que a temperatura ambiente pode
chegar a 50 °C durante o dia. Para nós, brasileiros, que utilizamos a
lã principalmente no inverno, a atitude dos povos do deserto pode
parecer estranha ou equivocada, contudo ela pode ser explicada pelo
fato de que:
(A) a lã é um excelente isolante térmico, impedindo que o calor
externo chegue aos corpos das pessoas e a cor branca absorve
toda a luz evitando que ela aqueça ainda mais as pessoas.
(B) a lã é naturalmente quente e, num ambiente a 50 oC, ela
contribui para resfriar um pouco os corpos das pessoas.
(C) a lã é um excelente isolante térmico, impedindo que o calor
externo chegue aos corpos das pessoas e a cor branca reflete
toda a luz, diminuindo assim o aquecimento da própria lã. (A) 100 °C (B) 80 °C (C) 67 °C
(D) a lã é naturalmente quente, e o branco é uma “cor fria.” Esses (D) 50 °C (E) 40 °C
fatos combinados contribuem para o resfriamento dos corpos
daquelas pessoas. 6. UFG O corpo humano consegue adaptar-se a diferentes
temperaturas externas, mantendo sua temperatura aproximadamente
3. AFA Com base nos processos de transmissão de calor, analise as constante em 37 °C por meio da produção de energia por processos
proposições a seguir. metabólicos e trocas de calor com o ambiente. Em uma situação
típica, em que um indivíduo esteja em re- pouso em um ambiente a
I. A serragem é melhor isolante térmico do que a madeira, da 25 °C, ele libera calor para o ambiente por condução térmica a uma
qual foi retirada, porque entre as partículas de madeira da taxa de 15 J/s e por evaporação de água por meio da pele a uma taxa
serragem existe ar, que é um isolante térmico melhor que a de 60 kJ/hora.
madeira. Considerando o exposto, calcule:
II. Se a superfície de um lago estiver congelada, a maior a) a quantidade de água, em ml, que o indivíduo deve ingerir para
temperatura que a camada de água do fundo poderá atingir é compensar a perda por evaporação em duas horas.
2 °C. b) a espessura média da pele do indivíduo, considerando a área
III. O interior de uma estufa de plantas é mais quente que o total da superfície da sua pele igual a 1,5 m2 e a condutibilidade
exterior, porque a energia solar que atravessa o vidro na forma térmica (k) da mesma igual a 2 x 10-3 W·m-1·°C-1
de raios infravermelhos é parcialmente absorvida pelas
plantas e demais corpos presentes e depois emitida por eles na 7. UPE Uma das extremidades de uma barra metálica isolada é
forma de raios ultravioletas que não atravessam o vidro, mantida a 100 °C, e a outra extremidade é mantida a 0 °C por uma
aquecendo assim o interior da estufa. mistura de gelo e água. A barra tem 60,0 cm de comprimento e uma
IV. Durante o dia, sob as túnicas claras que refletem boa parte da seção reta com área igual a 1,5 cm2. O calor conduzido pela barra
energia do sol, os beduínos no deserto usam roupa de lã, para produz a fusão de 9,0 g de gelo em 10 minutos. A condutividade
minimizar as trocas de calor com o ambiente. térmica do metal vale em W/mK:
Dado: calor latente de fusão da água = 3,5 x 105 J/kg
São verdadeiras apenas as proposições
(A) I e II (B) I e IV 8. UPE Dois cilindros feitos de materiais A e B têm os mesmos
(C) II e III (D) III e IV comprimentos; os respectivos diâmetros estão relacionados por
dA = 2 dB. Quando se mantém a mesma diferença de temperatura
FIS 278
TERMOLOGIA
entre suas extremidades, eles conduzem calor à mesma taxa. As 08) Para que a energia potencial gravitacional (em relação ao solo)
condutividades térmicas dos materiais estão relacionadas por: de um corpo de 200g seja equivalente a Q, esse corpo deve estar a
(A)kA=kB /4 (B) kA = kB / 2 (C) kA = kB uma altura maior que 30 km em relação ao solo.
(D) kA = 2 kB (E) kA = 4 kB 16) Se, em vez de usar o fogo, usarmos um aquecedor elétrico de
imersão de 200W para aquecer a água, o processo durará menos de
9. ITA adaptada Uma empresa planeja instalar um sistema de 5 minutos.
refrigeração para manter uma sala de dimensões
4,0 m x 5,0 m x 3,0 m a uma temperatura controlada em torno de 2. Uma peça de pedra, que tem área de 0,34 m2 e espessura 10 cm,
10°C. é colocada em contato pela face inferior com vapor d’água a 100 °C.
A temperatura média do ambiente não controlado é de 20°C e a sala Um bloco de gelo é colocado em repouso sobre a face superior da
é revestida com um material de 20 cm de espessura e coeficiente de peça de pedra. Em uma hora, 3,6 kg de gelo são derretidos. Assuma
condutibilidade térmica de 0,60 W/m°C. Sabendo que a eficiência que a perda de calor pelas faces laterais da pedra são desprezíveis.
do sistema de refrigeração escolhido é igual a 2,0 e que o custo de O latente de fusão do gelo é 3,4.104 J/kg. Qual é a condutividade
1 kWh é de R$ 0,50, estime o custo diário de refrigeração da sala. térmica da pedra, em J.s-1.m-1.°C-1?
(A) R$ 18,70 (A) 1,0 (B) 1,5 (C) 2,0 (D) 2,5
(B) R$ 12,40
(C) R$ 13,57 3. Quatro pedaços quadrados de isolantes feitos de dois materiais
(D) R$ 16,92 diferentes, todos com a mesma espessura e área A, estão disponíveis
(E) R$ 18,64 para cobrir uma abertura de área 2A. Isto pode ser feito de duas
maneiras mostradas na figura a seguir.
10. IME A figura composta por dois materiais sólidos diferentes A Que arranjo, (a) ou (b), fornece o menor fluxo de energia se k 1 e k2
e B, apresenta um processo de condução de calor, cujas são diferentes?
temperaturas não variam com o tempo. É correto afirmar que a
temperatura T2 da interface desses materiais, em kelvins, é:
Observações:
- T1 Temperatura da interface do material A com o meio externo
- T3 Temperatura da interface do material B com o meio externo
- KA Coeficiente de condutividade térmica do material A
- KB Coeficiente de condutividade térmica do material B
(A) 400 . (B) 500. (C) 600.
(D) 700. (E) 800.

GABARITO

1. B
2. C
3. B 4. Numa sauna, para separar a sala de banho do escritório, usou-se
4. a) 50 mL uma parede de tijolos com 12 cm de espessura. A parede foi
b) 2,4 mm revestida do lado mais quente com uma camada de madeira com 6
cm de espessura e, do lado mais frio, com uma camada de cortiça
5. E com 3 cm de espessura. A temperatura da sauna é mantida a 70 °C,
6. a) 50 mL enquanto a do ambiente do escritório, a 20 °C. Determine as
b) 2,4 mm temperaturas nos pontos de separação madeira/tijolo e tijolo/cortiça,
após ser estabelecido o regime permanente.
7. 210 Dados:
8. A Kmadeira = 2.10-4 cal/s.cm.°C
9.D Ktijolo = 15.10-4 cal/s.cm.°C
10. B Kcortiça = 1.10-4 cal/s.cm.°C

5. Uma fábrica produz um tipo de resíduo industrial na fase líquida


EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO que, devido à sua toxidade, deve ser armazenado em um tanque
especial monitorado à distância, para posterior tratamento e
1. UEM Ao se preparar um café, um recipiente usual com 200g de descarte. Durante uma inspeção diária, o controlador desta operação
água é levado ao fogo e, após certo tempo, a temperatura da água verifica que o medidor de capacidade do tanque se encontra
passa de 20 °C C para 100 °C (sem mudança de estado). Durante o inoperante, mas uma estimativa confiável indica que 1/3 do volume
processo, uma quantidade total de calor igual a Q é transferida para do tanque se encontra preenchido pelo resíduo. O tempo estimado
a água. Desconsidere as perdas de calor para o ambiente e a para que o novo medidor esteja totalmente operacional é de três dias
capacidade térmica do recipiente. Use c = 4,2J/g.°C para o calor e neste intervalo de tempo a empresa produzirá, no máximo, oito
específico da água e g =10m/s2 para o módulo da aceleração litros por dia de resíduo.
gravitacional. Sobre o calor envolvido nesse processo, assinale o
que for correto. Durante o processo de tratamento do resíduo, constata-se que, com
o volume já previamente armazenado no tanque, são necessários
01) No processo de aquecimento da água, o calor Q se propaga dois minutos para que uma determinada quantidade de calor eleve a
principalmente por condução e por convecção. temperatura do líquido em 60 °C . Adicionalmente, com um corpo
02) Se Q fosse convertido em energia cinética de translação de um feito do mesmo material do tanque de armazenamento, são
corpo de 200g de massa (que parte do repouso), a velocidade desse realizadas duas experiências relatadas abaixo:
corpo seria maior que 25√103 m/s.
Experiência 1: Confecciona-se uma chapa de espessura 10 mm cuja
04) Para uma lâmpada de 20W emitir uma energia equivalente a Q,
área de seção reta é um quadrado de lado 500 mm. Com a mesma
ela deve ficar acesa por 56 minutos.
taxa de energia térmica utilizada no aquecimento do resíduo, nota-

FIS 279
TERMOLOGIA
se que a face esquerda da chapa atinge a temperatura de 100 °C 2. A
enquanto que a face direita alcança 80 °C
3. Arranjo (b)

4. 42 °C e 48 °C

5. Cálculo o fluxo de calor (  ) necessário para provocar a


elevação da temperatura do resíduo.
Dados:  = 60 C; d = 1 200kg/m3; c = 5000J kg  C.

Sendo V0 o volume inicial do resíduo, aplicando a definição de


fluxo térmico, tem-se:
Q m c  d V0 c 
= = = 
t t t
1200  V0  5000  60
= 
120
Experiência 2: A chapa da experiência anterior é posta em contato  = 3  106 V0 .
com uma chapa padrão de mesma área de seção reta e espessura
210mm. Nota-se que, submetendo este conjunto a 50% da taxa de
calor empregada no tratamento do resíduo, a temperatura da face Experiência 1
livre da chapa padrão é 60 °C enquanto que a face livre da chapa da
experiência atinge 100 °C .

Com base nestes dados, determine se o tanque pode acumular a


produção do resíduo nos próximos três dias sem risco de
transbordar. Justifique sua conclusão através de uma análise
termodinâmica da situação descrita e levando em conta os dados
abaixo:
Dados:
- calor específico do resíduo: 5000 J / kg °C;
- massa específica do resíduo: 1200 kg/m3 ;
- condutividade térmica da chapa padrão: 420 W/m°C.

GABARITO

1. 01 + 02 + 04 + 08 = 15

[01]Verdadeiro. A troca de calor se dá principalmente por


condução (já que o recipiente esquenta não apenas na sua parte
mais baixa) e por convecção (pois há troca de calor entre os
fluidos de densidades diferentes).
[02]Verdadeiro. Calculando Q e igualando-o à energia cinética,
obtemos:
Q = mc = 200 . 4,4 . 80  Q = 67200 J
mv2 0,2v 2
Q = Ec =  67200 =  v = 672.103  625.103
2 2
 v > 25 25 103 m/s
[04]Verdadeiro. Sabemos que E = Pt, portanto: - o fluxo de calor é igual ao calculado acima: 1 =  = 3  106 V0 ;
E 67200 - gradiente de temperatura: 1 = 100 − 80 = 20 C;
t = =
P 20
- espessura da chapa: e 1 = 10mm = 10−2 m;
t = 3360 s = 56 min
- lado da chapa: L = 500mm = 5 10−1 m;
[08] Verdadeiro
( )
2
Ep = mgh = Q  0,2 . 10 . h = 67200 - área da secção transversal: A = L2 = 5  10−1 = 25  10−2 m2 .
h = 33,6 km > 30km

[16]Falso

67200
Q = Pt  t =  t = 336s
200
t = 5,6 min > 5 min

FIS 280
TERMOLOGIA
Pela equação de Fourier, calcula-se a condutividade térmica ( kT ) Recorrendo novamente à equação de Fourier:
da chapa do tanque: k A 2 420  25  10−2  30
2 = P  1,5  106 V0 = 
k A 1 k  25  10−2 20 e1 21  10−2
1 = T  3  106 V0 = T 
e1 10−2 15  103
V0 = = 0,01 m3 
3  10  10
6 −2
V0 1,5  106
kT = 
5 V0 = 10L.
Mas V0 representa 1/3 do volume do V do tanque. Então:
k T = 6  103 V0 .
V V
V0 =  10 =  V = 30L.
3 3
Experiência 2
São despejados diariamente no tanque, no máximo, 8 L de resíduo.
Então volume máximo de resíduo no tanque após 3 dias é:
Vmáx = V0 + V = 10 + 3  8  Vmáx = 34L.
Sendo
Vmáx  V, o tanque corre o risco de transbordar.

- o fluxo de calor é igual 50% do fluxo anterior:


(
2 = 0,5 1 = 0,5 3  106 V0 )   2 = 1,5  106 V0 ;

- espessura da chapa do tanque: e 1 = 10mm = 10−2 m;


- lado da chapa: L = 500mm = 5 10−1 m;
- área da secção transversal:

( )
2
A = L2 = 5  10−1 = 25  10−2 m2 .

Para o cálculo da temperatura ( ) na junção da chapa do tanque


com a chapa padrão, aplica-se novamente a equação de Fourier.
k T A T 6  103 V0  25  10−2 (100 −  )
2 =  1,5  106 V0 = 
e1 10−2
(100 −  ) = 10
 = 10C.
Para o fluxo através da chapa padrão, têm-se:
- o fluxo de calor é igual ao calculado acima: 2 = 1,5 106 V0 ;
- gradiente de temperatura: 2 = 90 − 60 = 30 C;
- espessura da chapa padrão: e 1 = 210mm = 21  10−2 m;

- lado da chapa padrão: L = 500mm = 5 10−1 m;

( )
2
- área da secção transversal: A = L2 = 5  10−1 = 25  10−2 m2 .

- Condutividade térmica da chapa padrão: k P = 420 W m  C.

FIS 281
MHS
TÓPICO: MHS CONCEITOS BÁSICOS DO MHS
SUBTÓPICO: MHS
CAPÍTULO: MHS Oscilação: o elemento retorna ao ponto inicial da trajetória, tendo
passado por todos os pontos pelo menos uma vez.

MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) Período (T): tempo para completar uma oscilação
Para começar a tratar do MHS, é necessário relembrar alguns
conceitos do Movimento Circular Uniforme (MCU).
Frequência (f): número de oscilações por intervalo de tempo

n 1
f = =
t T

Posição de equilíbrio ou origem (O): posição em que a força


resultante sobre o corpo que oscila é nula.

Em um movimento circular uniforme (MCU), a velocidade angular Ao associarmos o MHS a um MCU, a posição de equilíbrio é aquela
 é constante e pode ser calculada por: em que o móvel que executa o MCU passa pelas posições angulares

 2 de forma geral  = k + , onde k .
= = = 2 f 2
t T
Onde T é o período do MCU (tempo para completar uma volta) e f Amplitude (A): máximo deslocamento em relação à posição
é a freqüência do MCU (número de voltas por intervalo de tempo). de equilíbrio

A posição angular  do móvel que executa MCU é determinada, em


função do tempo, por:
CINEMÁTICA DO MHS

 =  0 + t POSIÇÃO (X)

Seja P0 a posição inicial do ponto que executa MCU, cuja posição


angular é 0. No instante posterior t, o móvel ocupa a posição P,
cuja posição angular é .

No MCU, a aceleração é centrípeta, tendo seu módulo calculado


por:
acp =  2 R

Daí, temos:
TODO MHS PODE (e deve) SER TRATADO COMO UMA  =  0 + t
PROJEÇÃO DE UM MCU Do triângulo retângulo OPQ, temos: x = A cos  . Logo, vem:

X = A.cos (0 + t )

FIS 282
MHS
VELOCIDADE (V) Como já encontramos as equações horárias da posição e da
velocidade, podemos eliminar a variável tempo utilizando estas
duas equações. Para isto, temos:
O móvel que executa MCU tem velocidade tangencial vP . A
x
componente horizontal desta velocidade é a velocidade escalar do cos(0 + t ) =
ponto Q, que executa MHS. A
−v
sen(0 + t ) =
A
Elevando as duas equações ao quadrado e somando, temos:

x2 v2
1= 2 + 2 2
A A
De onde vem:

Da figura, vem:
v 2 =  2 ( A2 − x 2 )
v = −vP .sen
Assim, temos:
Conhecida como Equação de Torricelli para o MHS.

V = − A.sen (0 + t ) Analisando pontos especiais do MHS, temos resultados que


merecem ser destacados:

Na origem:
ACELERAÇÃO ESCALAR (a)
x=0
→ V =  A
O móvel que executa MCU tem aceleração centrípeta aP . A (
V 2 = 2 A 2 − 0 )
componente horizontal desta aceleração é a aceleração escalar do
ponto Q, que executa MHS.
Nos extremos:
x= A
→V=0
(
V 2 = 2 A 2 − A 2 )
Porém, nos pontos em que a velocidade é máxima, a aceleração é
nula. E vice-versa. Daí, temos:

Da figura, vem:
a = −aP .cos 
Assim, temos:
Além disso, vale destacar os valores máximos das três funções:
a = − A .cos (0 + t )
2 posição, velocidade e aceleração.

X máx = A
Vmáx = A
amáx = A 2

FIS 283
MHS

DINÂMICA DO MHS 2. Oscilador massa-mola vertical

Já vimos que em um MHS, a posição e a aceleração são calculadas Considere o mesmo corpo preso à mesma mola do caso anterior.
por: Porém, o conjunto está na vertical.

x = A.cos(0 + t )
a = − A 2 .cos(0 + t )

Daí, podemos concluir que: a = − 2 x


Considerando que o MHS seja executado por um corpo de massa m,
concluímos que existe uma força resultante atuando nele, da forma:

FR = ma  FR = −m 2 x
Esta força é chamada de força restauradora, uma vez que aponta
sempre para a posição de equilíbrio. Como a massa do corpo e a
velocidade angular são constantes, a força restauradora pode ser A posição de equilíbrio está mostrada na figura (a) acima. Ao
escrita: deslocar o corpo desta posição e liberá-lo (figura b), o corpo executa
um MHS em torno da posição de equilíbrio. Daí, o período de
oscilações é calculado por:
FR = −kx
m
Onde k = m2 . T = 2
kmola
2
Como = , podemos calcular o período do MHS a partir da
T 3. Pêndulo Simples
seguinte equação:
O pêndulo simples é constituído de um fio ideal, de comprimento
, preso a um ponto fixo, sustentando um corpo de massa m.
m
T = 2 Na situação de equilíbrio, o fio fica na vertical. Ao deslocarmos o
k corpo da situação de equilíbrio, ele realizará pequenas oscilações,
praticamente ao longo de uma reta.
A partir de agora, temos condições de identificar se determinado
movimento é um MHS e calcular seu período. Vamos a alguns casos
conhecidos e importantes.

OSCILADORES MAIS COMUNS

1. Oscilador massa-mola horizontal

Considere uma mola, de comprimento relaxado L0 e constante


elástica k, colocada em uma mesa lisa horizontal. Um corpo de
massa m é acoplado a esta mola, de forma que ela continue relaxada.
(Fig 1) Assim, o corpo executa um MHS. Daí, o período das pequenas
oscilações é:

T = 2
g
Ao deslocarmos o corpo da posição de equilíbrio, este começará a
Obs.: Para que um pêndulo simples possa ser considerado MHS, é
oscilar em torno dela, em MHS. Daí, o período das oscilações é:
necessário que as oscilações sejam pequenas, com pequenos
ângulos em relação à vertical, com movimento aproximadamente
m
T = 2 retilíneo.
kmola

FIS 284
MHS

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Considere que não existam forças dissipativas nos quatro
experimentos; que, nos experimentos II e IV, as molas sejam ideais
e que as massas oscilem em trajetórias perfeitamente retilíneas; que
1. G1 - IFSUL O pêndulo simples é um sistema ideal constituído no experimento III o fio conectado à massa seja ideal e inextensível;
de uma partícula suspensa a um fio flexível, inextensível e de massa e que nos experimentos I e III a massa descreva uma trajetória que
desprezível. Quando o sistema é afastado de sua posição de é um arco de circunferência.
equilíbrio e liberado a oscilar, seu período de oscilação é
(A) independente do comprimento do pêndulo. Nessas condições, os experimentos em que a partícula oscila
(B) diretamente proporcional à massa pendular. certamente em movimento harmônico simples são, apenas
(C) inversamente proporcional à amplitude de oscilação. (A) I e III
(D) inversamente proporcional à raiz quadrada da intensidade do (B) II e III
campo gravitacional. (C) III e IV
(D) II e IV
2. FGV Um bloco de massa 100 g, apoiado sobre uma superfície
5. G1 - IFSUL Uma partícula oscila em movimento harmônico
horizontal sem atrito, está preso à extremidade de uma mola de
simples ao longo de um eixo x entre os pontos x1 = −35 cm e
constante elástica 1,6 N m, que tem a outra extremidade presa a
um suporte vertical fixo. O bloco realiza movimento harmônico x 2 = 15 cm. Sabe-se que essa partícula leva 10 s para sair da
simples, e sua posição x é dada pela equação posição x1 e passar na posição x = −10 cm.
x = 0,20cos(4,0  t + 0,80). A máxima aceleração a que o bloco está
sujeito nesse movimento tem módulo igual a Analise as seguintes afirmativas referentes ao movimento dessa
2
(A) 0,2 m s . (B) 0,4 m s .2
(C) 0,8 m s .2 partícula:
2 2
(D) 1,6 m s . (E) 3,2 m s . I. A amplitude do movimento é igual a 50 cm e a posição de
equilíbrio é o ponto x = 0.
3. UFJF-PISM 3 Uma criança está brincando em um balanço no II. Na posição x = −10 cm, a velocidade da partícula atinge o valor
parque, ao meio dia, com o sol a pino. A posição de sua sombra,
projetada no chão, executa um movimento harmônico simples e é máximo.
descrita pela função x(t) = a cos (bt + d), onde x é dado em metros III. Nos pontos x1 = −35 cm e x 2 = 15 cm, a velocidade da
e t em segundos, a = 1,2 m, b = 0,8 rad s e d =  4. partícula é nula.
IV. O período do movimento é 10 s.
Indique a opção que corresponde CORRETAMENTE aos valores
do período, velocidade e aceleração máximas que a sombra atinge. Estão corretas apenas as afirmativas
(A) I e II.
(A) 1,5 s; 4,0 m s; 9,6 m s2 (B) II e III.
(B) 2,5 s; 3,0 m s; 7,6 m s2 (C) I e IV.
(D) III e IV.
(C) 3,5 s; 2,0 m s; 7,6 m s2
6. UFJF-PISM 3 Suponha que um poste de iluminação pública
(D) 0,4 s;1,0 m s; 3,14 m s2 emita um feixe cilíndrico e vertical de luz dirigido contra o solo,
(E) 2,5 s; 3,0 m s;10 m s2 plano e horizontal. Suponha, agora, que uma pequena esfera opaca
execute movimento circular e uniforme no interior desse feixe. A
trajetória da esfera está contida em um plano vertical, conforme a
4. AFA Uma partícula de massa m pode ser colocada a oscilar em
figura abaixo.
quatro experimentos diferentes, como mostra a Figura 1 abaixo.

Com base nessa situação, analise as afirmativas, a seguir, e


Para apenas duas dessas situações, tem-se o registro do gráfico considere-as verdadeiras ou falsas.
senoidal da posição da partícula em função do tempo, apresentado
na Figura 2. I. O movimento da sombra projetada pela esfera é periódico e
oscilatório.
II. O movimento da sombra tem o mesmo período do movimento da
esfera.
III. Enquanto a esfera descreve uma semicircunferência, a sombra
completa uma oscilação.
IV. A amplitude do movimento da sombra é igual ao diâmetro da
circunferência descrita pela esfera.
V. O movimento da sombra é harmônico simples.

FIS 285
MHS
Assinale a alternativa CORRETA. GABARITO
(A) Todas as afirmativas são verdadeiras.
(B) Apenas as afirmativas I, III e V são verdadeiras. 1. D
(C) Apenas as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras. O período (T) de um pêndulo simples de comprimento (L), para
(D) Apenas as afirmativas I, II e V são verdadeiras. oscilações de pequena amplitude é dado pela expressão:
(E) Apenas a afirmativa V é verdadeira.
L
T = 2 , sendo g a intensidade do campo gravitacional local.
7. Uma partícula realiza um M.H.S. (movimento harmônico g
  Analisando essa expressão, conclui-se que o período é diretamente
simples), segundo a equação x = (0, 2)cos( + .t) , no S.I.. A
4 2 proporcional à raiz quadrada do comprimento, inversamente
partir da posição de elongação máxima, o menor tempo que esta proporcional à raiz quadrada da intensidade do campo
partícula gastará para passar pela posição de equilíbrio é: gravitacional local e independe da massa e da amplitude (desde que
(A) 0,5 s pequena, como já frisado).
(B) 1 s 2. E
(C) 2 s A partir da equação da posição dada, é possível concluir que
(D) 4 s A = 0,20m e  = 4rad/s . Com isso, a aceleração máxima é
(E) 8 s
calculada: a máx = A2 = 0,20.42  a máx = 3,2m/s2
8. MACKENZIE Um corpo, preso a uma mola conforme figura a 3. B
seguir, executa na Terra um M. H. S. de frequência 30 Hz. Levando- a) Cálculo do período:
1 Usando a função de posição dada,  = 0,8 rad/s . Mas sabemos
se esse sistema à Lua, onde a aceleração da gravidade é da
6 2
que  = . Assim o período será: T = 2,5 s
aceleração da gravidade da Terra, a frequência do M. H. S. descrito T
lá é: b) Cálculo da velocidade máxima:
A velocidade máxima, em módulo, é:
vmáx = A  vmáx = 1,2 m.0,8 rad s  vmáx = 3,0 m s
c) Cálculo da aceleração máxima:
A aceleração máxima, em módulo, é:
a máx = A.2  a máx = 1, 2 m. ( 0,8 rad s )  a máx = 7,6 m s 2
2

4. D
O movimento harmônico simples é um movimento oscilatório sobre
trajetória retilínea, em que a aceleração é diretamente proporcional
à elongação. Isso ocorre apenas nas situações [II] e [IV].
5. B
(A) 5 Hz [I] Falsa. A amplitude é igual a 25 cm e a posição de equilíbrio é
(B) 10 Hz
igual a x = −10 cm. Perceba que de x até x1 e de x até x 2 a
(C) 30 Hz
(D) 60 Hz partícula se desloca 25 cm.
(E) 180 Hz [II] Verdadeira. A posição de equilíbrio é o ponto que fica “no meio
−35 + 15
do caminho” x =  x = −10 cm e é justamente nesse
9. UFPR Um técnico de laboratório comprou uma mola com 2
determinada constante elástica. Para confirmar o valor da constante ponto que sua velocidade é máxima.
elástica especificada pelo fabricante, ele fez o seguinte teste: fixou [III] Verdadeira. A velocidade instantânea é zero nos pontos onde
a mola verticalmente no teto por uma de suas extremidades e, na x =  A. Esses são os pontos de retorno do movimento.
outra extremidade, suspendeu um bloco com massa igual a 10 kg. [IV] Falsa. O tempo necessário para completar um ciclo completo,
Imediatamente após suspender o bloco, ele observou que este ou uma oscilação, é chamado de período do movimento, em outras
oscilava com frequência de 2 Hz. Com base nesses dados, o valor palavras, 10 s foi o tempo pra realizar um quarto de período, assim
da constante elástica vale:
um período completo é 40 s.
(A) 16 π2 N/m.
6. D
(B) 1,6 π2 N/m.
[I] Verdadeiro. A sombra projetada descreverá um movimento
(C) (16 π)2 N/m. periódico e oscilatório.
(D) 160 π2 N/m. [II] Verdadeiro. Enquanto a esfera completa uma volta, a sombra
(E) 0,16 π2 N/m. completa uma oscilação.
[III] Falso. De acordo com a resposta do item anterior.
10. UFPEL Um pêndulo simples é formado por um pequeno corpo [IV] Falso. A amplitude do movimento da sombra é igual ao raio da
de massa igual a 100 g, preso a um fio de massa desprezível e circunferência descrita pela esfera.
comprimento igual a 2 m, oscilando com uma amplitude de 10 cm. [V] Verdadeiro. A sombra descreve um MHS.
Querendo-se diminuir o período de oscilação, basta
7. B
(A) diminuir a massa do corpo.
(B) diminuir a amplitude da oscilação. 8. C
(C) aumentar o comprimento do fio. 9. D
(D) diminuir o comprimento do fio. 10. D

FIS 286
MHS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS A respeito desses dois osciladores, assinale a alternativa
INCORRETA.
1. FAMERP Uma mola ideal tem uma de suas extremidades presa (A) A razão entre os períodos dos osciladores A e B é igual a 1 2.
em uma parede e a outra conectada a um bloco, ambos colocados (B) No tempo t = 2 s, a energia cinética do oscilador B é maior
sobre uma superfície horizontal, com a mola em seu comprimento
natural, como mostra a figura 1. Em seguida, o bloco é deslocado que a do oscilador A.
até a posição mostrada na figura 2. (C) A razão entre as frequências angulares dos osciladores A e B é
igual a 2.
(D) Se K A = K B , necessariamente mA  mB.
(E) O ângulo de fase inicial dos osciladores A e B tem valores 0
e  2 respectivamente.

4. UEPG-PSS 2 A equação de um movimento harmônico simples


(MHS) para determinada partícula é dada, no SI, por

 
x = 5cos 100t + 
 6

Então, assinale o que for correto.


01) A frequência angular do movimento vale 50 Hz.
No instante t = 0, o bloco, ainda na posição mostrada na figura 2, 02) A posição da partícula no tempo de um décimo de segundo vale
é abandonado, a partir do repouso, e passa a se deslocar em 5 3
m.
movimento harmônico simples com frequência igual a 20 Hz. A 2
equação que descreve esse movimento no referencial do eixo x, em 04) Graficamente, as funções que representam os movimentos
função do tempo e em unidades do Sistema Internacional de harmônicos simples podem ser senoides ou cossenoides.
Unidades, é: 08) A máxima amplitude vale 5 m.
 
(A) x = 0,30 + 0,45sen  40t − 
 2 5. MACKENZIE
 
(B) x = 0,30 + 0,15sen  40t + 
 2
 
(C) x = 0,30 + 0,45sen  20t − 
 2
 
(D) x = 0,15sen  20t − 
 2
 
(E) x = 0, 45sen  20t + 
 2
Um corpo C, de massa 1,00.10-1 kg, está preso a uma mola
2. UPF Um pêndulo simples, de comprimento de 100 cm, executa helicoidal de massa desprezível e que obedece à Lei de Hooke. Num
determinado instante, o conjunto se encontra em repouso, conforme
uma oscilação completa em 6 s, num determinado local. Para que ilustra a figura 1, quando então é abandonado e, sem atrito, o corpo
esse mesmo pêndulo, no mesmo local, execute uma oscilação passa a oscilar periodicamente em torno do ponto O. No mesmo
completa em 3 s, seu comprimento deverá ser alterado para: intervalo de tempo em que esse corpo vai de A até B, o pêndulo
simples ilustrado na figura 2 realiza uma oscilação completa. Sendo
(A) 200 cm. (B) 150 cm. (C) 75 cm.
g = 10 m/s2, a constante elástica da mola é:
(D) 50 cm. (E) 25 cm. (A) 0,25 N/m (B) 0,50 N/m (E) 1,0 N/m
(D) 2,0 N/m (E) 4,0 N/m
3. UNIOESTE Dois osciladores harmônicos, A e B, tem suas
posições em função do tempo representadas pelas funções 6. UFC Uma partícula, de massa m, movendo-se num plano
periódicas mostradas na figura. O oscilador A é composto por uma horizontal, sem atrito, é presa a um sistema de molas de quatro
massa m A presa a uma mola de constante elástica K A . O oscilador maneiras distintas, mostradas a seguir.
B é composto por uma massa m B presa a uma mola de constante
elástica K B . As massas das molas são desprezíveis. Para cada
oscilador a massa oscila em torno da posição de equilíbrio
(x = 0 cm), sobre superfície horizontal sem atrito.

FIS 287
MHS

Com relação às frequências de oscilação da partícula, assinale a 10. CEFET Um estudante utilizou uma mola de constante elástica
alternativa correta. k e um bloco de massa m para montar dois experimentos
(A) As frequências nos casos II e IV são iguais.
conforme ilustra a figura.
(B) As frequências nos casos III e IV são iguais.
(C) A maior frequência acontece no caso II.
(D) A maior frequência acontece no caso I.
(E) A menor frequência acontece no caso IV.

7. UFPE Um corpo de massa 1 kg é preso a uma mola e posto a


oscilar sobre uma mesa sem atrito, como mostra a figura. Sabendo
que, inicialmente, o corpo foi colocado à distância de 20 cm da
posição de equilíbrio e, então, solto, determine a velocidade máxima
do corpo ao longo do seu movimento, em m/s.
Inicialmente, o sistema foi colocado para oscilar na vertical e a
Considere que quando o corpo é pendurado pela mola e em frequência observada foi f . Ao Montar o sistema no plano inclinado
equilíbrio, a mola é alongada de 10 cm e com atrito desprezível, a frequência de oscilação observada foi
(A) f . (B) f  tg.
(C) f  sen. (D) f  cos .
(E) f  sen 2.

11. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo.

8.

Um corpo de 50 g, preso à extremidade de uma mola ideal Na figura acima, temos dois sistemas massa-mola no equilíbrio,
(constante elástica = 3,2 N/m) comprimida de 30 cm, é abandonado onde ambos possuem a mesma massa m = 4,0 kg, no entanto, o
do repouso da posição A da figura. A partir desse instante, o corpo coeficiente elástico da mola do sistema 1 é k1 = 36 N m e o do
inicia um movimento harmônico simples. Despreze os atritos e sistema 2 é k 2 = 100 N m. No ponto de equilíbrio, ambas as
adote o eixo x com origem no ponto de equilíbrio do corpo (ponto massas possuem a mesma posição vertical e, no instante t = 0, elas
O) e sentido para a direita. A função que mostra a velocidade desse
são liberadas, a partir do repouso, após sofrerem um mesmo
corpo em função do tempo, no Sistema Internacional, é: deslocamento vertical em relação aos seus respectivos pontos de
(A) v = -2,4 sen (8.t +π) equilíbrio. Qual será o próximo instante, em segundos, no qual elas
(B) v = -0,3 sen (3,2.t + π /2) estarão novamente juntas na mesma posição vertical inicial, ou seja,
(C) v = -7,2 sen (4. π.t + π) na posição vertical ocupada por ambas em t = 0?
(D) v = -2,7 sen (4.t + π) Dado: considere  = 3
(E) v = -1,2 sen (2.t + π /4) (A) 3,0 (B) 4,5
(C) 6,0 (D) 7,5
9. EFOMM Analise as afirmativas abaixo. (E) 9,0
Um MCA (motor auxiliar para a geração de energia elétrica) em um
navio mercante apresenta oscilação no eixo principal definida pela 12. AFA Um sistema massa-mola é composto de uma mola ideal
função y = 0,1 cos 40πt. A respeito desta constatação, pode-se de constante elástica k e de um recipiente, de volume interno V e
afirmar que massa desprezível, que é totalmente preenchido com um líquido
I. a projeção da ponta do eixo descreveria círculo homogêneo X de densidade constante e desconhecida.
Verifica-se que, ao se colocar esse primeiro sistema para oscilar, seu
equivalente de raio 0,2.
período de oscilação se iguala ao período de oscilação de um
II. a velocidade angular do movimento oscilatório é de 40π segundo sistema, formado de um pêndulo simples de comprimento
radianos por segundo. L e massa m.
III. o ângulo de fase inicial é nulo. Considere que os dois sistemas oscilam em movimento harmônico
IV. o tempo para que a ponta do eixo sujeito à vibração simples em um local em que a aceleração gravitacional vale g; e
percorra a metade da distância em direção à posição de que o recipiente preenchido pelo líquido comporte-se como uma
equilíbrio é de 1/120 s. massa pontual.
Nessas condições, a densidade do líquido X pode ser expressa por
Assinale a alternativa correta.
VL kL
(A) As afirmativas I e IV são verdadeiras. (A) (B)
(B) As afirmativas I, II e III são verdadeiras. gk gV
(C) As afirmativas II, III e IV são verdadeiras. gk Vk
(D) As afirmativas I,III e IV são verdadeiras. (C) (D)
LV gL
(E) Apenas a afirmativa IV é verdadeira.

FIS 288
MHS
GABARITO 4. 02 + 04 + 08 = 14.
[01] Falsa. A equação geral para a posição de determinada partícula
1. B em movimento harmônico simples (MHS), no SI, é dada por:
Temos que:  
x 0 = 0,30 m x = A  cos ( t +  )  5cos 100t + 
 6
A = 0,45 − 0,30  A = 0,15 m Comparando a equação geral com a dada, notamos que a
 = 2f = 2  20   = 40 rad s frequência angular ou velocidade angular representada por
 ( ) que vale 100  rad s.
0 =
2 [02] Verdadeira. Substituindo o tempo dado na equação:
Logo:  
x ( 0,1 s ) = 5  cos 100  0,1 + 
x = x 0 + Asen ( t + 0 )  6
   
 x = 0,30 + 0,15sen  40t +   x ( 0,1 s ) = 5  cos 10 + 
 2  6
Como 10 rad representa 5 voltas completas, então:
2. E
   3
Para o pêndulo simples, a expressão que relaciona seu período de cos 10 +   cos   =
oscilação T com o seu comprimento L é:  6   
6 2
L Então:
T = 2 
  5 3
g x ( 0,1 s ) = 5  cos 10 +  = 5  cos   = m
Usando os dados fornecidos e fazendo a razão entre as expressões,  6  6 2
temos: [04] Verdadeira. Sim, senoides e cossenoides possuem entre si uma
L defasagem de 90.
2 1 [08] Verdadeira. Como o cosseno varia de −1 a +1 a máxima
T1 g T L1 T L T 2L
=  1 =  L2 = 2 1  L2 = 2 2 1 amplitude será 5.
T2 L T2 L2 T1 T1
2 2
g 5. B

 L2 =
( 3 s ) 100 cm
2
 L 2 = 25 cm 6. B
( 6 s )2
3.D 7. Dados: d = 10 cm = 0,1 m; m = 1 kg; A = 20 cm= 0,2 m;
Do gráfico, temos os períodos (T) para cada oscilador: g = 10 m/s2.
A constante elástica da mola é determinada a partir da condição de
TA = 2 s; TB = 4 s equilíbrio do corpo suspenso, conforme mostrado na figura.
TA 2 s TA 1
[A] Correta. A razão é: =  = .
TB 4 s TB 2
[B] Correta. No tempo t = 2 s, a energia cinética do oscilador B é
maior que a do oscilador A, pois B está na posição de equilíbrio
(velocidade máxima) enquanto A está na elongação máxima
(velocidade nula), sendo verdadeira a afirmação.
2
[C] Correta. A frequência angular é dada por:  = , logo para
T
cada oscilador, temos:
2 2
A = = A =  rad s
TA 2 s mg 10
Fel = P  kd = mg  k = =  k = 100 N / m.
2 2  d 0,1
B = = B = rad s
TB 4 s 2 No MHS horizontal, a energia mecânica se conserva. A velocidade
Assim, a razão entre as frequências angulares é: é máxima no ponto de abscissa x = 0, onde a energia cinética é
A  rad s A máxima e igual à energia potencial elástica nos pontos de
=  = 2. deformação máxima, que são os extremos da trajetória (x = A).
B  rad s B
Assim:
2
mv2máx kA 2 k 100
[D] Incorreta. Se K A = K B = K, relacionamos as frequências =  v máx = A = 0, 2 = 0, 2 (10 ) 
2 2 m 1
angulares com a seguinte expressão que as relaciona com a
massa e a constante elástica: vmáx = 2 m / s.
K
= 8. A
m
Assim, fazendo a razão: 9. C
A
=2
A K mA B mB
= ⎯⎯⎯→ 2 =  mB = 4 mA 10. A
B K mB mA Em um sistema massa-mola em MHS, o período do movimento é
[E] Correta. Pela análise gráfica, temos uma função cosseno e uma dado por:
função seno em que as diferenças de fase são de  2 rad, com isso m
T = 2
a afirmativa é a verdadeira. k

FIS 289
MHS
Ou seja, o período (e consequentemente a frequência) do afirmar que f é dada por
movimento depende somente da massa do bloco e da constante da 2Mf
Mf Mf
mola. (A) . (B) . (C) .
Como nos dois casos a mola é a mesma assim como a massa do 2m 2m m
bloco, é fácil observar que a frequência de oscilação será a mesma 2Mf 2Mf
em ambos o caso. (D) . (E) .
m m

11. C 3. ITA Uma partícula de massa m move-se sobre uma linha reta
Calculando respectivos os períodos: horizontal num Movimento Harmônico Simples (MHS) com centro
 4 2 2 O. Inicialmente, a partícula encontra-se na máxima distância x0 de
T1 = 2  = 2  T1 = s. O e, a seguir, percorre uma distância a no primeiro segundo e uma
m  36 6 3
T = 2   distância b no segundo seguinte, na mesma direção e sentido.
k  4 2 2
T2 = 2  100 = 2  10  T2 = 5 s.
Quanto vale a amplitude x0 desse movimento?
 (A) 2a³/(3a² - b²) (B) 2b²/(4a – b)
Fazendo a razão entre ambos: (C) 2a²/(3a - b) (D) 2a²b/(3a² - b²)
T1 2  5 T 5 (E) 4a²/(3a - b)
=   1 =  3T1 = 5T2.
T2 3 2 T2 3
4. ITA Uma partícula P1 de dimensões desprezíveis oscila em
As duas massas estarão novamente na mesma posição vertical no movimento harmônico simples ao longo de uma reta com período
instante t correspondente a 5 oscilações do pêndulo 2 e 3 de 8/3 s e amplitude a. Uma segunda partícula, P2 , semelhante a P1
oscilações do pêndulo 1. oscila de modo idêntico numa reta muito próxima e paralela à
Assim, fazendo  = 3, vem: primeira, porém com atraso de π/12 rad em relação a P1 . Qual a
 2   2  distância que separa P1 de P2, 8/9 s depois de P2 passar por um ponto
t = 3  = 5  = 2 = 2 ( 3 )  t = 6s. de máximo deslocamento?
 3   5  (A) 1,00 a (B) 0,29 a (C) 1,21 a
(D) 0,21 a (E) 1,71 a
12. B
Sendo M e , respectivamente, a massa e a densidade do líquido, 5. IME
M
temos:  =  M = V
V
Tmassa − mola = Tpêndulo
M L V L
Logo: 2 = 2  =
k g k g
kL
 =
gV

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO A figura acima apresenta um pêndulo simples constituído por um


corpo de massa 4g e carga +50C e um fio inextensível de 1 m.
1. FUVEST Um pêndulo simples, constituído por um fio de
comprimento L e uma pequena esfera, é colocado em oscilação. Esse sistema se encontra sob a ação de um campo elétrico E de
Uma haste horizontal rígida é inserida perpendicularmente ao plano 128 kN C, indicado na figura.
de oscilação desse pêndulo, interceptando o movimento do fio na Considerando que o pêndulo oscile com amplitude pequena e que o
metade do seu comprimento, quando ele está na direção vertical. campo gravitacional seja desprezível, o período de oscilação, em
A partir desse momento, o período do movimento da esfera é dado segundos, é
por   
(A) (B) (C)
20 10 5
Note e adote:
2 4
- A aceleração da gravidade é g. (D) (E)
5 5
- Ignore a massa do fio.
- O movimento oscilatório ocorre com ângulos pequenos.
- O fio não adere à haste horizontal. Requisito: Força elétrica
L L
(A) 2 (B) 2 GABARITO
g 2g
1. E
L L L L
(C)  + (D) 2 + O período de oscilações de pequena amplitude para um pêndulo
g 2g g 2g simples é
 L L  L
(E)   +  T = 2 .
 g 2g g
 
Na situação descrita, o período é dado pela soma do tempo de meia
2. ITA Um objeto de massa M, preso a uma mola ideal, realiza uma oscilação com comprimento L com o tempo da outra meia
oscilação livre de frequência f . Em um determinado instante, um oscilação com comprimento L 2. Assim:
segundo objeto de massa m é fixado ao primeiro. Verifica-se que
2 L 2 L  L L 
o sistema tem sua frequência de oscilação reduzida de f , muito T= + 2  T =  + .
2 g 2 g  g 2g 
menor que f . Sabendo que (1 + x)n  1 + nx, para | x | 1, pode-se  

FIS 290
MHS
2. E 2. AFA Três pêndulos simples 1, 2 e 3 que oscilam em MHS
Sendo k a constante elástica da mola e f ' a frequência de oscilação possuem massas respectivamente iguais a m, 2m e 3m são
para o objeto de massa M + m, temos:
mostrados na figura abaixo.
1 k 1 k
f = f − f ' = −
2 M 2 M + m
 
 
1 k  M  1 k
1 − 1 
f = 1 −  =
2 M  M+m  2 M  m 
 1+ 
 M 
 − 
1
1 k   m  2  1 m
f = 1 − 1 +    f 1 − 1 +
2 M  2 M 
 
M 
 Os fios que sustentam as massas são ideais, inextensíveis e possuem
comprimento respectivamente L1, L 2 e L3.
2Mf
f = Para cada um dos pêndulos registrou-se a posição (x), em metro,
m
em função do tempo (t), em segundo, e os gráficos desses registros
3. C são apresentados nas figuras 1, 2 e 3 abaixo.
4. D
5. A
Como o campo gravitacional é desprezível, a força restauradora do
movimento oscilatório é a força elétrica. Assim existe uma
gravidade aparente (g ap ) agindo sobre a esfera pendular.
q E
Então: m gap = Felet  m g ap = q E  g ap = .
m
Usando a expressão do pêndulo simples para oscilações de pequena
amplitude:
L L mL
T = 2 = 2 = 2
g ap q E q E
m
−3
4  10 1
= 2 −6
=
50  10  128  103
4 1 2
2  T = 2 =
6400 1600 40

 T= s.
20

EXERCÍCIOS DE CONCURSO
Considerando a inexistência de atritos e que a aceleração da
gravidade seja g = 2m / s2 , é correto afirmar que
1. ESC. NAVAL Um sistema massa-mola e um pêndulo simples L 2
executam um movimento harmônico simples. Conforme mostra (A) L1 = 2 ; L2 = L3 e L3 = 3L1
3 3
figura a seguir.
L
(B) L1 = 2L2 ; L 2 = 3 e L3 = 4L1
2
L2 L3
(C) L1 = ; L2 = e L3 = 16 L1
4 4
(D) L1 = 2 L2 ; L2 = 3 L3 e L3 = 6 L1

3. AFA Num local onde a aceleração da gravidade é constante, um


corpo de massa m, com dimensões desprezíveis, é posto a oscilar,
unido a uma mola ideal de constante elástica k, em
Sabendo que em t = 0 s os dois sistemas estão na posição de um plano fixo e inclinado de um ângulo θ, como mostra a
figura abaixo.
amplitude máxima de seus movimentos, como na figura, determine
o tempo em segundos que eles levarão para se encontrarem
novamente nessa mesma posição, e marque a opção correta.
k = 144 N m; m = 4 kg; = 10 cm;
(Dados:
A = 5 cm;  = 3; g = 10 m s2 )
(A) 0,6 s (B) 1s (C) 3 s
(D) 6 s (E) 10 s

FIS 291
MHS
Nessas condições, o sistema massa-mola executa um movimento 5. EFOMM Um bloco está sobre uma mesa horizontal que oscila
harmônico simples de período T. Colocando-se o mesmo sistema para a esquerda e para a direita em um Movimento Harmônico
massa-mola para oscilar na vertical, também em movimento Simples (MHS) com amplitude de 10 cm. Determine a máxima
harmônico simples, o seu novo período passa a ser T’. frequência com que a oscilação pode ocorrer sem que o bloco
Nessas condições, a razão T’ /T é: deslize sabendo que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a
(A) 1 (B) 1/2
1 mesa vale 0,6. Considere g = 10 m s2
(C) sen (D)
sen (A) 2 Hz
(B) 3 Hz
4. AFA Um corpo de massa m = 1 kg movimenta-se no sentido
(C) 5 Hz
horário, ao longo de uma trajetória circular de raio A, em
movimento circular uniforme com velocidade angular igual a 15
(D) Hz
2 rad s, conforme a figura abaixo. 
(E) 15 Hz

Requisito: Força de atrito

6. ESC. NAVAL Analise o gráfico abaixo.

Nessas condições, os sistemas massa-mola oscilando em


movimento harmônico simples, a partir de t = 0, que podem
representar o movimento dessa partícula, respectivamente, nos
eixos x e y, são
(A) O gráfico acima representa a posição x de uma partícula que realiza
um MHS (Movimento Harmônico Simples), em função do tempo
t. A equação que relaciona a velocidade v, em cm s, da partícula
com a sua posição x é
(A) v2 = 2 (1 − x 2 )
2  x2 
(B) v 2 = 1 − 
2  2 

(B) (C) v2 = 2 (1 + x 2 )
 x2 
(D) v 2 = 2 1 − 
 4 

2
(E) v 2 = (1 − x 2 )
4

7. EsPCEx Em um sistema massa-mola ideal, sem forças


dissipativas, a frequência de oscilação f de uma massa m é dada por
(C) 1 k
f= , onde k representa a constante elástica da mola. Nos
2 m
sistemas A e B representados abaixo, as forças dissipativas são
nulas, as molas são ideais, X1 e X2 representam a posição de
elongação máxima das molas e as massas m1 e m2 são iguais. Para
que a situação indicada na figura se repita a cada 3 oscilações do
sistema A e 2 oscilações do sistema B, a razão entre k1 e k2 é igual
a:

(D)

(A) 0,667 (B) 1,500 (C) 0,444


(D) 1,120 (E) 2,250

8. AFA Considere o sistema apresentado na figura abaixo formado


por um conjunto de três molas ideais e de constantes elásticas iguais
acopladas em paralelo e ligadas por meio de uma haste de massa
desprezível a um segundo conjunto, formado por duas massas M e
m, tal que M = 2m. Considere, ainda, que o sistema oscila

FIS 292
MHS
verticalmente em MHS (movimento harmônico simples) com 12. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo.
frequência f1.

Se o fio ideal que une a massa m ao sistema for cortado


simultaneamente com a mola central da associação de molas, o A figura acima mostra um pêndulo oscilando em movimento
sistema passará a oscilar com uma nova freqüência f2, tal que a razão harmônico simples. Sua equação de posição angular em função do
f2/f1 seja tempo é dada por: (t) = ( 30) sen(t) radianos. Sabe-se que
1 2
(A) (B) 1 (C) 2 (D) . L = 2,5 m é o comprimento do pêndulo, e g = 10 m s2 é a
2 3
aceleração da gravidade local. Qual a velocidade linear, em m s,
9. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo. da massa m = 2,0 kg, quando passa pelo ponto mais baixo de sua
trajetória?
Dado: considere  = 3
(A) 0,30
(B) 0,50
(C) 0,60
(D) 0,80
A figura acima mostra duas molas ideais idênticas presas a um bloco
(E) 1,0
de massa m e a dois suportes fixos. Esse bloco está apoiado sobre
uma superfície horizontal sem atrito e oscila com amplitude A em
13. EFOMM Observe as figuras a seguir.
torno da posição de equilíbrio x = 0.
A
Considere duas posições do bloco sobre o eixo x : x1 = e
4
3A
x2 = . Sendo v1 e v2 as respectivas velocidades do bloco nas
4
v
posições x1 e x 2 , a razão entre os módulos das velocidades, 1 ,
v2
é Considere que a maré em um porto oscile em movimento harmônico
15 7 7 simples. Num certo dia, sabe-se que a profundidade máxima será de
(A) (B) (C) 12m às 12:30 e a profundidade mínima será de 8,0 m às 18:30. O
7 15 16 horário, antes do por do Sol, em que um navio de 8,5m de calado
15 16 poderá entrar neste porto, com uma margem de segurança mínima
(D) (E) de 0,50m de água entre o fundo do navio e o fundo do mar, é de
16 7
(A) 7:30 às 17:30
(B) 8:00 às 18:00
10. EFOMM 2006 Um bloco de madeira de massa 100 g está preso
(C) 8:30 às 16:00
a uma mola de constante elástica 14,4 N/m; o sistema é posto a
(D) 8:30 às 16:30
oscilar, com amplitude A = 15 cm. A aceleração do bloco em m/s2,
(E) 9:00 às 15:00
no tempo t = π/5 segundos, é (dado cos 72° = 0,309)
(A) –6,7 (B) –7,8 (C) –8,8
14. EFOMM Um cubo de 25,0 kg e 5,0 m de lado flutua na água.
(D) –9,4 (E) –10,3.
O cubo é, então, afundado ligeiramente para baixo por Dona Marize
11. EFOMM Um relógio de pêndulo, constituído de uma haste e, quando liberado, oscila em um movimento harmônico simples
metálica de massa desprezível, é projetado para oscilar com período com uma certa frequência angular. Desprezando-se as forças de
de 1,0 s, funcionando como um pêndulo simples, a temperatura de atrito, essa frequência angular é igual a:
(A) 50 rad s
20 C. Observa-se que, a 35 C, o relógio atrasa 1,8 s a cada
(B) 100 rad s
2,5 h de funcionamento. Qual é o coeficiente de dilatação linear do
(C) 150 rad s
material que constitui a haste metálica?
−5 −1 (D) 200 rad s
(A) 0,7  10 C
(E) 250 rad s
(B) 1,2 10−5 C−1
(C) 1,7 10−5 C−1 Requisito: Hidrostática
−5 −1
(D) 2,2  10 C 15. AFA A figura abaixo mostra uma pequena esfera vazada E,
−5
(E) 2,7  10 C−1 com carga elétrica q = +2,0  10−5 C e massa 80 g, perpassada por
um eixo retilíneo situado num plano horizontal e distante D = 3 m
Requisito: Dilatação térmica
FIS 293
MHS

de uma carga puntiforme fixa Q = −3,0  10−6 C. Através dos gráficos, retiramos os períodos de oscilação de cada
pêndulo:
T1 = 1 s; T2 = 2 s; T3 = 4 s
Finalmente:
T12 1
L1 = = m
4 4
T22
L2 = =1 m
4
T32
L3 = =4m
4
Relacionando os comprimentos, ficamos com:
L L
L1 = 2 ; L 2 = 3 e L3 = 16 L1
4 4
Se a esfera for abandonada, em repouso, no ponto A, a uma
distância x, muito próxima da posição de equilíbrio O, tal que, 3. A
4. C
x
1 a esfera passará a oscilar de MHS, em torno de O, cuja O Movimento harmônico simples (MHS) pode ser analisado
D fazendo-se uma projeção do movimento circular uniforme (MCU)
pulsação é, em rad / s, igual a nas direções x e y. Assim, com a velocidade angular podemos
1 encontrar o valor da constante elástica (k), sabendo-se que os
(A)
3 períodos (T) de ambos os movimentos devem, necessariamente,
1 ser iguais.
(B)
4 TMCU = TMHS
1
(C) 2 m 1 1 1 1
2 = 2  =  =
 k 2 k 4 k
1
(D) k = 4 N m
5
Requisito: Força elétrica
Observando as associações de molas das alternativas e suas
constantes elásticas equivalentes (k eq ), podemos verificar que
GABARITO todas as opções correspondem ao valor encontrado para a constante
elástica (k).
1. C Para a associação em série:
Período do sistema massa-mola:
m
Tmola = 2
k
4 2
Tmola = 2  3 = 6
144 12 1 1 1 1 2
= +  =  k eq = 4 N m
Tmola = 1 s k eq 8 8 k eq 8
Para a associação em paralelo:
Período do pêndulo:

Tpêndulo = 2
g
0,1 1
Tpêndulo = 2  3 = 6
10 10 k eq = 2 + 2  k eq = 4 N / m
Tpêndulo = 0,6 s Finalmente, como não é possível descartar nenhuma alternativa pelo
Para que ambos se encontrem novamente nesta posição, o tempo valor de k, devemos acoplar os movimentos dos dois eixos e
decorrido deve equivaler ao mmc entre os dois períodos. verificar qual deles está realizando um movimento no sentido
t = mmc (1s; 0,6 s ) = 3 s horário como sugere o enunciado.
Assim, a alternativa correta é da letra [C].
2. C 5. D
Para a situação-problema, devemos explorar a relação entre o A aceleração máxima do MHS é dada por:
período de oscilação T de um pêndulo simples em relação ao
a máx = 2A = ( 2f ) A
2
comprimento L, que é dado por:
L a máx = 42f 2A
T = 2
g Mas, como a força de atrito é a resultante das forças, também temos
que:
De acordo com o dado: g = 2m / s2 , temos então T = 2 L Fat e = FR  emg = ma máx
T2 a máx = eg
E isolando L : L =
4

FIS 294
MHS
Portanto: Pela equação da dilatação linear, obtemos:
4 2f 2 A =  e g L = L0    
0,001 2,5
f=
1 eg
=
1 0,6  10 =    ( 35 − 20 )
2 A 2 0,1 2 2
0,001
15 =
f = Hz 2,5  15

  2,7  10 −5 C −1
6. D
7. E 12. B
8. B Para o valor máximo da função (t) = ( 30) sen(t), obtemos o
9. A
ângulo inicial de lançamento (0 ) e isto ocorre quando
10. A
Cálculo do período do MHS sen(t) = 1. Assim,
Sabemos que o período de um MHS é calculado por 
0 = rad.
m 30
T = 2 . Logo, temos:
k O módulo da velocidade máxima ocorre no ponto de mínima altura,
ou seja, quando o ângulo de oscilação é zero. Da equação da
100.10−3  velocidade para um movimento harmônico simples, para termos a
T = 2 →T= s
14, 4 6 velocidade máxima, o termo cos (t + 0 ) também deverá ser
máximo e igual a 1.
Cálculo da aceleração do bloco v(t) =  A  cos (t + 0 )
vmáx (t) =  A
Em um MHS, a aceleração do corpo é calculada por
A pulsação ou frequência angular () pode ser obtida com a
a = −A 2 .cos ( 0 + t ) , onde A é a amplitude do movimento, ω é
expressão de seu módulo do movimento circular uniforme (MCU)
a velocidade angular e φ0 é a fase inicial. e o período de um pêndulo simples.
Cálculo da velocidade angular
2 2 1 g
2 2 = = =  =
Sabemos que  = . Logo, vem:  =  = 12rad/s T 2 L g Lg L
T 
6 A amplitude (A) é obtida quando temos a elongação máxima, ou
Substituindo os valores conhecidos, temos:
seja, o ângulo é (0 ). Por trigonometria, temos a relação entre estas
 
a = −(15.10−2 ).122.cos  0 + 12.  duas grandezas.
 5
A
Como o enunciado não informa a fase inicial, sen 0 =  A = L  sen 0
L
precisamos supor que é nula. Além disso, temos a seguinte
 12   2  2 
identidade trigonométrica: cos    = cos  2 +   = cos   
 5   5  5  Para ângulos pequenos podemos aproximar o seno do ângulo pelo
. Transformando o arco de radianos para graus, temos próprio ângulo em radianos.
2  sen 0  0  A = L  0
cos    = cos72 = 0,309 .
5  Juntando as expressões, obtemos:
Assim, a aceleração vale: g
vmáx (t) =  A =  L  0  v máx (t) = 0 Lg
a = −(15.10−2 ).122.(0,309) L

a = −6,7 m/s2 Substituindo os valores fornecidos pelo enunciado, finalmente,


chegamos a
11. E  3 15
Comprimento inicial do pêndulo: v máx (t) = 2,5  10 = 25 =
30 30 30
L L 10 2,5  v máx (t) = 0,5 m s
T0 = 2 0  1 = 2 0  L0 = 2 = 2
g 10 4 
Atraso do pêndulo após o aquecimento a cada segundo: 13. D
1,8 s 2,5  3600 s
14. B
x 1s
1ª Solução:
x = 2  10−4 s Primeiramente, é necessário mostrar que o movimento é harmônico
Portanto, o novo período do pêndulo será: simples (MHS). No MHS o módulo da aceleração (a) é diretamente
T = 1s + 2 10−4 s = 1,0002 s proporcional à elongação (x) e a constante de proporcionalidade é
Comprimento final do pêndulo: o quadrado da frequência angular (), ou seja:

L L 1,00022  10 2,501 | a | = 2 x. (I)


T = 2  1,0002 = 2  L0 = =
g 10 42 2
A densidade do corpo (dc ) deve ser menor que a densidade da água
para que ele flutue.
m 25
d c = = 3  d c = 0, 2 kg m3. O corpo flutua (até no ar).
V 5

FIS 295
MHS
Sejam, então: Nesse ponto, o empuxo se anula e a aceleração máxima tem módulo
d = 103 kg m3 , densidade da água; h : altura imersa no equilíbrio; igual ao da gravidade.
| a | máx= g. ( II )
A = 25 m2 , área da secção transversal do cubo; x : elongação num
ponto qualquer de oscilação; m = 25 kg, massa do cubo; Mas, no MHS, tem-se:
g = 10 m s , gravidade local.
2 | a |máx = 2 x máx . ( III )

Combinando (I), (II) e (III):


10
2 x máx = g   = = 104   = 100 rad s.
10−3

15. C
Conforme a figura abaixo, a componente da força elétrica na direção
horizontal é a força restauradora do MHS, que é dada em módulo
por:
Analisando a condição de equilíbrio na situação mostrada na figura
1. Fr = Fe  sen 
E = P  d Vim g = m g  d A h = m ( II )

Na figura 2, o corpo está oscilando e sua base está passando por um


ponto de elongação x abaixo da posição de equilíbrio, sendo, então,
a intensidade do empuxo maior que a do peso.
Assim, aplicando o princípio fundamental da dinâmica:
E − P = m | a | d A ( h + x ) g − m g = m | a |
d A h g+d A g x −mg = m|a |

Usando a expressão (II), temos:


m g + d A g x − m g = m | a | d A g x = m | a |
dag
 | a |= x. ( III ) Considerando ângulos pequenos sen  
x
e a Lei de Coulomb
m D
Qq
O módulo da aceleração é diretamente proporcional à elongação: o Fe = k 0
D2
movimento é harmônico simples.
Qq x Qq
Fr = k 0 2   Fr = k 0 3  x
D D D
Então, comparando (I) e (III):
| a |= 2 x
 dAg dAg
 dAg  2 = = 
 | a |= x m m
 m
Qq
Sendo k = k 0 a constante do MHS e sabendo que a frequência
103  25  10 D3
= 104 
25 k
de oscilação  é dada por  = , substituindo os valores,
m
 = 100 rad s. obtemos:

k k 0 Qq 9  109 N  m 2 / C2  2  10−5 C  3  10−6 C


2ª Solução: Assumindo que o movimento seja harmônico simples, = = =
m D3 8  10−2 kg  ( 3 m )
m 3
a máxima elongação possível ocorre quando a base do cubo atinge
o nível da água, ou seja: 1
x máx = h. = rad / s
2

Calculando h :
P = E  m g = d Vim g  25 = 103 25 h 
1
h= m  x máx = 10−3 m. (I)
1.000

FIS 296
MHS
TÓPICO: MHS 2. UECE Considere uma massa m acoplada a uma mola de
SUBTÓPICO: MHS constante elástica k. Assuma que a massa oscila harmonicamente
CAPÍTULO: MHS II – ENERGIA E COMPLEMENTOS
com frequência angular  = k m. Nesse sistema, a posição da
massa é dada por x = A sen (t) e sua velocidade é
MHS II – Energia e complementos v =  A cos (t).
Analisando um corpo que executa MHS num plano horizontal,
sabemos que a velocidade dele é nula nos pontos x = –A e x = A. A energia mecânica desse sistema é dada por
Assim como também sabemos que a velocidade é máxima em (A) kA 2 2. (B) k[A sen (t)]2 2.
x = 0.
(C) k[A cos (t)]2 2. (D) k2 2.

3. UFRGS A figura abaixo representa o movimento de um pêndulo


que oscila sem atrito entre os pontos x1 e x 2 .

Portanto, podemos dizer que:

 Ec max  Ec = 0
x = 0 x =  A
 Ep = 0  E p max Qual dos seguintes gráficos melhor representa a energia mecânica
total do pêndulo – E T – em função de sua posição horizontal?
A ENERGIA MECÂNICA É CONSERVADA EM UM
(A) (B)
MHS.

Por isso, a energia mecânica pode ser calculada em qualquer posição


e este valor será o mesmo em todos os pontos. Assim, calculando a
energia mecânica em x = A, temos:

 Ec = 0
 1 2 (C) (D)
x = A→ 1 2  EM = 0 + kx
 EP = 2 kx 2

Como estamos tratando de x = A, a energia vale:

1 2 (E)
EM = kA
2

4. UDESC Um pêndulo é formado por uma haste rígida inextensível


de massa desprezível e em uma das extremidades há uma esfera
sólida de massa m. A outra extremidade é fixada em um suporte
horizontal. A haste tem comprimento L e a esfera tem raio r. O
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
pêndulo é deslocado da sua posição de equilíbrio de uma altura H
e executa um movimento harmônico simples no plano, conforme
mostra a figura.
1. UECE Em um oscilador harmônico simples, a energia potencial
na posição de energia cinética máxima
(A) tem um máximo e diminui na vizinhança desse ponto.
(B) tem um mínimo, aumenta à esquerda e se mantém constante à
direita desse ponto.
(C) tem um mínimo e aumenta na vizinhança desse ponto.
(D) tem um máximo, aumenta à esquerda e se mantém constante à
direita desse ponto.

FIS 297
MHS

Com relação ao movimento desse pêndulo, analise as proposições. EXERCÍCIOS PROPOSTOS


1.
I. A energia mecânica em A e B são iguais.
II. As energias cinética e potencial em A e B são iguais. 1. UEPG-PSS 2 Uma mola ideal encontra-se na posição horizontal,
III. A energia cinética em A é mínima. sendo que uma de suas extremidades está presa a um anteparo e a
IV. A energia potencial em B é máxima. outra está conectada a um bloco de 100 g. O bloco é deslocado a
partir da posição de equilíbrio do sistema, de modo que o sistema
Assinale a alternativa correta. passa a oscilar, realizando um movimento harmônico simples
(A) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. (MHS). Sabendo que o período de oscilação do sistema é  2 s,
(B) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. que a energia potencial elástica máxima da mola é 32  10−6 J e
(D) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. desprezando efeitos dissipativos, assinale o que for correto.
(E) Todas afirmativas são verdadeiras. (A) A constante elástica da mola é 16  10−2 N m.
5. UECE Um sistema oscilante massa-mola possui uma energia (B) A pulsação é 4 rad s.
mecânica igual a 1,0 J, uma amplitude de oscilação 0,5 m e uma (C) O período do MHS é diretamente proporcional à amplitude da
velocidade máxima igual a 2 m/s. Portanto, a constante da mola, a oscilação.
massa e a frequência são, respectivamente, iguais a: (D) A amplitude da oscilação é 2 cm.
(A) 8,0 N/m, 1,0 kg e 4/π Hz
(B) 4,0 N/m, 0,5 kg e 4/π Hz 2. UFPR Dois osciladores harmônicos simples são formados por
(C) 8,0 N/m, 0,5 kg e 2/π Hz
objetos A e B de massas m A e m B ligados a molas de constantes
(D) 4,0 N/m, 1,0 kg e 2/π Hz
de mola k A e k B , respectivamente. Os objetos executam
movimentos harmônicos simples ao longo de linhas retas
GABARITO horizontais e paralelas de forma independente um do outro, e os
gráficos para as suas posições x A e x B em função do tempo t,
1. C
Como se trata de um sistema conservativo, no ponto central, a medidas por um referencial inercial, são apresentados na figura a
energia cinética é máxima e diminui nos pontos vizinhos, então a seguir, em que a linha cheia refere-se ao objeto A e a linha
energia potencial tem um mínimo nesse ponto, aumentando na tracejada, ao objeto B.
vizinhança desse ponto.

2. A
A energia mecânica em um MHS é constante e igual a kA 2 2.

3. C
Como se trata de sistema conservativo, a energia mecânica é
constante.

4. C
Por tratar-se de uma MHS, pode-se dizer que há conservação de
energia neste movimento.
Analisando as afirmativas, temos que:
Considerando os dados apresentados na figura, determine:
[I] CORRETA. Devido a conservação de energia mecânica, a
energia mecânica nos pontos A e B são iguais.
[II] INCORRETA. É fácil observar que existe uma diferença de a) A frequência f A das oscilações executadas pelo objeto A.
altura entre os pontos A e B. Como E p = m  g  h, onde h é a EA
b) A razão entre as energias mecânicas dos dois osciladores,
altura, a energia potencial nos dois pontos é diferente. EB
Sendo B o ponto mais baixo da trajetória, é direto observar que supondo que as molas têm constantes de mola que seguem a
a energia potencial que existia inicialmente no corpo é k 1
convertida em energia cinética. Desta forma, é possível dizer relação A = .
kB 2
que neste ponto tem-se que a energia cinética é máxima e a
energia potencial é mínima.
Sendo A o ponto mais alto da trajetória, a energia potencial será 3. UFPE Um corpo de massa 1 kg é preso a uma mola e posto a
máxima e a energia cinética mínima. oscilar sobre uma mesa sem atrito, como mostra a figura. Sabendo
[III] CORRETA. Ver explicação afirmativa [II]. que, inicialmente, o corpo foi colocado à distância de 20 cm da
[IV] INCORRETA. Ver explicação afirmativa [II]. posição de equilíbrio e, então, solto, determine a velocidade máxima
do corpo ao longo do seu movimento, em m/s.
Portanto, as afirmativas corretas são [I] e [III].
Considere que quando o corpo é pendurado pela mola e em
5. C equilíbrio, a mola é alongada de 10 cm

FIS 298
MHS
08) O módulo da força elástica exercida pela mola para um
4. UEPG Uma mola ideal possui uma de suas extremidades fixa a alongamento de 10 cm é 2  10−2 2 N.
uma parede e na outra há um bloco cuja massa é 100 g. A mola é
16) A energia cinética do objeto no ponto de equilíbrio é
distendida horizontalmente e o bloco oscila, realizando um
4  10−2 2 J.
movimento harmônico simples, com uma amplitude de 10 cm,
sobre uma superfície horizontal sem atrito.
8. PUCMG Uma partícula de massa 0,50kg move-se sob a ação
apenas de uma força, à qual está associada uma energia potencial
Sabendo que a energia cinética máxima do bloco é 0,2 J e
U(x), cujo gráfico em função de x está representado na figura
desprezando efeitos dissipativos, assinale o que for correto. adiante. Esse gráfico consiste em uma parábola passando pela
01) A constante elástica da mola é 40 N m. origem. A partícula inicia o movimento a partir do repouso, em
 x = –2,0m. Sobre essa situação, é FALSO afirmar que:
02) O período próprio da oscilação é s.
10
04) A energia mecânica desse sistema massa-mola é 0, 4 J.
08) A pulsação do movimento harmônico simples em questão é
20 rad s.
16) O módulo da força elástica máxima exercida pela mola sobre o
bloco é 8 N.

5. UEPG Uma massa de 100 g está conectada a duas molas ideais,


uma à sua direita e outra à esquerda. Inicialmente, nenhuma mola
está distendida e cada uma é paralela ao eixo horizontal. A massa é
deslocada horizontalmente em 10 cm a partir do ponto de equilíbrio
e deixada oscilar.
(A) a energia mecânica dessa partícula é 8,0J.
(B) a velocidade da partícula, ao passar por x=0, é 4,0m/s.
Considerando que a constante elástica de cada mola é 2  10 N m
3
(C) em x=0, a aceleração da partícula é zero.
e desprezando efeitos dissipativos, assinale o que for correto. (D) quando a partícula passar por x=1,0m, sua energia cinética é
01) A amplitude da oscilação é 20 cm.
3,0J.
02) Para um deslocamento de 10 cm em relação à origem, a força
total sobre a massa é nula. 9. MACKENZIE Um corpo de 100 g, preso a uma mola ideal de
04) O sistema oscila com uma frequência de 100 Hz. constante elástica 2.103 N/m, descreve um MHS de amplitude 20
08) A frequência angular do sistema é 200 rad s. cm, como mostra a figura. A velocidade do corpo quando sua
16) A energia potencial máxima do sistema é 20 J. energia cinética é igual à potencial, é:

6. UEG A posição em função do tempo de um sistema massa-mola


em um MHS é representada no gráfico a seguir.
Admita que a inércia translacional do sistema seja 0,70 kg e
responda ao que se pede.

(A) 20 m/s
(B) 16 m/s
(C) 14 m/s
(D) 10 m/s
(E) 5 m/s
a) Qual é a amplitude e o período do MHS?
b) Qual é a constante elástica da mola? 10. UNESP Num sistema massa-mola, conforme a figura
c) Qual é o módulo da aceleração da massa quando a sua energia (superfície horizontal sem atrito) onde k é a constante elástica da
cinética for a metade da energia total do sistema? mola, a massa é deslocada de uma distância x0, passando a oscilar.

7. UEPG Um objeto de massa m = 0,1 kg está preso a uma mola


de constante elástica k = 0,42 N m. A mola é esticada em
10 cm, pela aplicação de uma força externa, o conjunto é então
solto e começa a oscilar, efetuando um movimento harmônico
simples. Na ausência de forças dissipativas, assinale o que for
a) Em que ponto, ou pontos, a energia cinética da massa é igual a
correto.
7
01) O período do movimento é 1 s. da energia potencial do sistema?
9
02) A amplitude de oscilação é 10 cm. b) A energia cinética pode ser superior à potencial em algum
04) A energia potencial elástica da mola quando ela está esticada ponto? Explique sua resposta.
em 10 cm é 4  10−2 2 J.

FIS 299
MHS
GABARITO kx 2 2E 2  0,2
Ee = Ec  = Ec  k = 2 c =  k = 40 N m
1. B 2 x 0,12
(A) Falsa. Pela equação do período da mola, temos: [02] Verdadeira. Para o cálculo do período precisa-se
m  0,1 1 0,1 primeiramente da velocidade máxima, que representa a
T = 2  = 2  = velocidade de um movimento circular uniforme (MCU) sendo
k 2 k 2 k o MHS a sua projeção.
 k = 0,2 N m
mv2 2  Ec 2  0,2
(B) Verdadeira. Calculando: = Ec  v = = v = 2 m s
2 m 0,1
2 2
= =  = 4 rad s Relacionando a velocidade linear com o período, obtemos:
T 
2R 2R 2  0,1 
2 v= T= = T = s
T v 2 10
(C) Falsa. O período independe da amplitude de oscilação.
(D) Falsa. Da energia potencial elástica máxima, obtemos: [04] Falsa. A energia mecânica é igual a energia cinética máxima,
ou seja, 0, 2 J.
kx 2 0,2x 2
Ep =  32  10−6 = [08] Verdadeira. A pulsação equivale a velocidade angular ( )
2 2
para o MCU, então:
 x = 320  10−6  x  1,8 cm
v 2
v =  R   = =  = 20 rad s
R 0,1
2. a) Do gráfico:
1 1 [16] Falsa. O módulo da força elástica máxima será:
TA = 40 s  f A = =  f A = 2,5  10−2 Hz Fe = k  x = 40  0,1 Fe = 4 N
TA 40
A A = 5 cm 5. 08 + 16 = 24.
b) Também do gráfico, tiram-se as amplitudes:
A B = 10 cm [01] Falsa. A amplitude é igual à deformação inicial da mola.
Energias Mecânicas: [02] Falsa. Sendo a origem o ponto para o qual a mola está em
equilíbrio, para o deslocamento dado, a força sobre a massa
 k A2 será igual a força elástica.
E A = A A 2 2
 2 E k A  1 5  1 1 [04] Falsa. Constante elástica equivalente:
  A = A  A  =   = 
 k B A 2B EB k B  AB  2  10  2 4 k eq = 2  2  103 N m = 4  103 N m
E B = 2
 Período de oscilação:
m 0,1 
EA 1 T = 2 = 2 T= s
 = k eq 4  103 100
EB 8
Logo, a frequência é igual a:
1 100
3. Dados: d = 10 cm = 0,1 m; m = 1 kg; A = 20 cm= 0,2 m; f= = Hz
g = 10 m/s2. T 
A constante elástica da mola é determinada a partir da condição de [08] Verdadeira. A frequência angular é dada por:
equilíbrio do corpo suspenso, conforme mostrado na figura. 100
 = 2f = 2    = 200 rad s

[16] Verdadeira. Energia potencial máxima do sistema:
k eq  A 2 4  103  0,12
Ep = =  E p = 20 J
2 2

6. a) A amplitude é igual à abscissa do ponto de elongação máxima.


Do gráfico: A = 0,70 m.
O período corresponde ao tempo para uma oscilação completa.
Também do gráfico, T = 2 s.
m
b) O período de um sistema massa-mola é dado por: T = 2 .
mg 10 k
Fel = P  kd = mg  k = =  k = 100 N / m.
d 0,1 Assim:
No MHS horizontal, a energia mecânica se conserva. A velocidade m 42 m 42 (0,7)
T2 = 42 k= =  k = 0,7 N/m.
é máxima no ponto de abscissa x = 0, onde a energia cinética é k T 2
(2) 2
máxima e igual à energia potencial elástica nos pontos de
c) Supondo que o sistema esteja oscilando sobre uma superfície
deformação máxima, que são os extremos da trajetória (x = A).
Assim: horizontal, a energia total (mecânica) do sistema massa-mola é igual
à energia potencial elástica no ponto de elongação máxima (x = A).
mv2máx kA 2 k 100
=  v máx = A = 0, 2 = 0, 2 (10 )  Assim:
2 2 m 1 kA 2 1
vmáx = 2 m / s. Emec =
2
. Como o sistema é conservativo, se Ecin = Emec, a
2
4. 01 + 02 + 08 = 11. energia potencial elástica corresponde à outra metade. Ou seja: Ecin
Análise das afirmativas:
1 kA 2 kA 2
[01] Verdadeira. Por conservação da energia mecânica, a energia = Epot = =
cinética máxima é convertida em energia potencial elástica 2 2 4
máxima, assim: kx 2
Mas: Epot = .
2

FIS 300
MHS

kx 2 kA 2 A2 A Quando o fio encontra o prego, a partícula continua seu movimento


Então: =  x2 = x= até atingir o ponto mais alto de seu percurso. Calcule o tempo que
2 4 2 2
ela leva desde o ponto inicial até esse ponto final. Considere
Propriedade fundamental do MHS: o módulo da aceleração é
diretamente proporcional ao módulo da elongação (x): g = 10m/s2, a aceleração da gravidade no local.
42 A 42 0,7 0,7
|a| = 2x  |a| = =  = 0,5 m/s2. 3. ITA Uma partícula em movimento harmônico simples oscila com
T2 2 42 2 1,4
freqüência de 10Hz entre os pontos L e -L de uma reta. No instante
7. 01 + 02 = 03. t1 a partícula está no ponto 3 L/2 caminhando em direção a
[01] Verdadeira: O período é calculado com a expressão:
valores inferiores, e atinge o ponto - 2 L/2 no instante t2. O tempo
m 0,1 kg
T = 2  T = 2 T = 1 s gasto nesse deslocamento é:
k N
0, 4  2 (A) 0,021 s
m
(B) 0,029 s
[02] Verdadeira: A amplitude de oscilação para um sistema sem a
presença de atrito corresponde à elongação máxima, ou seja, (C) 0,15 s
10 cm. (D) 0,21 s
(E) 0,29 s
[04] Falsa: A energia potencial elástica calculada para as condições
apresentadas resulta:
4. ITA
k  x2 0,42 N m  (0,1 m)2
E pe =  E pe =  E pe = 2  10−3 2 J
2 2

[08] Falsa: Calculando o módulo da força elástica, temos:


Fe = k  x  Fe = 0,42 N m  0,1 m  Fe = 4 10−2 2 N.

[16] Falsa: No ponto de equilíbrio, a energia cinética é igual a


energia potencial elástica no ponto de elongação máxima, isto
é: Ec = E pe  Ec = 2  10−3 2 J

8. A Uma massa m suspensa por uma mola elástica hipotética, de


constante de mola k e comprimento d, descreve um movimento
9. A
oscilatório de frequência angular w = k m quando ela é
10. a) x = 3x0/4 e x = -3x0/4
deslocada para uma posição z0 = 2ze , abaixo de sua posição de
b) Sim. Por exemplo, no ponto O quando toda a energia mecânica
estará na forma de energia cinética. equilíbrio em z = ze , e solta em seguida. Considerando nula a força
da mola para z  0, determine o período de oscilação da massa e os

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO valores de z entre os quais a mesma oscila.


5. ITA Uma partícula de massa m está sujeita exclusivamente à
1. Certa partícula executa um MHS de período 8 segundos. No ação da força F = F(x)e x , que varia de acordo com o gráfico da
instante t = 0, ela está na posição de equilíbrio. A razão entre as
distâncias percorridas no 1º e no 2º segundo é: figura, sendo ex o versor no sentido positivo de x. Se em t = 0, a
1 1 partícula se encontra em x = 0 com velocidade v no sentido positivo
(A) (B) de x, pedem-se:
2 2
1 1
(C) (D)
2 −1 3
1
(E)
5

2. UFC Uma partícula é suspensa por um fio, de massa desprezível,


de 1,6m de comprimento, formando um pêndulo, como mostra a
figura. No ponto P, situado 1,2m, verticalmente, abaixo do ponto O,
há um prego que impede a passagem do fio. A partícula é liberada
quando o fio forma um ângulo θ, muito pequeno, com a vertical.

1. O período do movimento da partícula em função de F1, F2, L e m.


2. A máxima distância da partícula à origem em função de F1, F2, L,
m e v.
3. Explicar se o movimento descrito pela partícula é do tipo
harmônico simples.

FIS 301
MHS
GABARITO 4 m
T1 = 2 t  T1 = .
3 k
1. C
2. t = 0,94 s A segunda parte do período (T2 ) é igual a duas vezes o tempo de
3. B subida entre os pontos D e E.
4. A figura mostra o sistema massa-mola em quatro diferentes
2 vD 2 3m 3m
posições. T2 = 2 t sub  T1 = = g  T2 = 2 .
g g k k

O período do movimento (T) é:


4 m 3m
T = T1 + T2 = + 2 
3 k k

 4  m
T= +2 3  .
 3  k

Calculando as cotas máxima é mínima (z C e z E ) :

mg
zC = 3 ze  z C = 3 .
k

Entre os pontos D e E temos um lançamento vertical, com


velocidade inicial v D . O deslocamento z entre esses pontos pode
Na figura (II):
ser obtido pela equação de Torricelli:
mg
F = P  kz e = m g  ze = .
k 2
 3 m
Entre os pontos C e D o sistema é conservativo, atuando sobre a v 2E = v D
2
− 2 g z  0 =  g  − 2 g z
 k 
massa apenas o peso e a força elástica. Então, pela conservação da 
energia mecânica:
1 g2 3 m 3 mg
m v 2D k ( 3 ze )
2  z =  z = .
mec = E mec 
ED C
+ m g ( 3 ze )=  2g k 2k
2 2 3 mg
z E = −z  z E = − .
 m v2 2 2
D + 3 mg  m g  = 9 k m g  2 
2k
   ( )
 2  k  2 k 2 
Então o intervalo de oscilação é:
9 m g2 6 m g2 3 m g2 3m
v 2D = − =  vD = g . 3mg 3mg
k k k k zE  z  zD  −  z  .
2k k

Usando as expressões destacadas acima, calculemos o tempo (t)


gasto entre os pontos C e D. 5. De acordo com o gráfico, podemos imaginar o seguinte esquema:

Onde:
– De 0 a L temos a metade de um M.H.S., com uma força
restauradora de intensidade máxima F1 em x = L .
– De 0 a -L temos a metade de um M.H.S., com uma força
Na figura acima: restauradora de intensidade máxima F2 em x = −L .
 ze 1  [1]
sen  = 2 z  sen  =  = .
Como de 0 a L podemos imaginar a metade de um M.H.S., o tempo
 e 2 6
 da partícula equivale a metade do período, ou seja:
 =  +    =  +  = 4   = 2  T T
 t1 = 1 e t 2 = 2
 2 2 6 6 3 2 2
Como, nesse intervalo, o movimento é harmônico simples, temos: T1 T2 T + T2
 T = t1 + t 2 = + →T= 1
k 2 2 2
= k 2 k 2 m
 m   = t  = t  t = .
 =  t m 3 m 3 k m
Do M.H.S. temos que T = 2 , ou seja:
 k
m m
A primeira parte do período (T1) corresponde ao tempo de ida e T1 = 2 e T2 = 2
k1 k2
volta entre os pontos C e D.

FIS 302
MHS
F
2
m
+ 2
m módulo de F2, para o mesmo valor de x = L ( k = ), o que
T1 + T2 k1 k2 m m x
T= = = + também não caracteriza um M.H.S.
2 2 k1 k2
 m m  Resposta: o movimento descrito não é do tipo harmônico simples.
=  + 
 k1 k2 
 
F F EXERCÍCIOS DE CONCURSO
Como F = k.x → k = , para x = L → F = F1 →| k1 |= 1 e para
x L
F2
x = −L → F = F2 →| k 2 |= . 1. AFA O gráfico da energia potencial (E p ) de uma dada partícula
L
em função de sua posição x é apresentado na figura abaixo.
 
 m m   m m   m.L m.L 
T =  +  =  +  =  + 
 k1 k 2  F F2  F1 F2 
  1L  
 L 
 1 1 
T = . m.L. + 
 F1 F2 

[2]
Podemos concluir que a partícula passa pela origem 0 com
velocidade V e atinge a distância máxima em x com velocidade
nula, devido a atuação da força restauradora, conforme figura
abaixo:
Quando a partícula é colocada com velocidade nula nas posições
x1, x 2 , x3 , x 4 e x5 , esta permanece em repouso de acordo com a
1ª Lei de Newton.

Considerando essas informações, caso haja uma perturbação sobre


a partícula, ela poderá oscilar em movimento harmônico simples em
torno das posições
Como o gráfico apresentado no exercício é de força (F) em função (A) x1 e x5 (B) x 2 e x3
do deslocamento (X), sua área (área de um triângulo) equivale ao (C) x 2 e x 4 (D) x3 e x5
trabalho da força que faz a partícula parar. Analisando apenas a
metade do movimento, analogamente a pergunta [1], teremos: 2. EsPCEx Um objeto preso por uma mola de constante elástica
2 igual a 20 N m executa um movimento harmônico simples em
x.F m.V
 = Ec → área = Ecfinal − Ecinicial → =0− torno da posição de equilíbrio. A energia mecânica do sistema é de
2 2
0,4 J e as forças dissipativas são desprezíveis. A amplitude de
Como F = k.x :
oscilação do objeto é de:
x.F m.V 2 x.k.x m.V 2
=− → =− → x 2 .k = −m.V 2 (A) 0,1 m (B) 0,2 m
2 2 2 2 (C) 1,2 m (D) 0,6 m
F (E) 0,3 m
x 2 .k = −m.V 2 → x12 . 1 = m.V 2
F L
Como k1 = 1 : 2
3. AFA Uma carga positiva Q distribui-se uniformemente ao longo
L L.m.V L.m de um anel fixo não-condutor de centro C.
→ x1 = → x1 = V.
F1 F1
No ponto P, sobre o eixo do anel, abandona-se em repouso uma
L.m
Analogamente: x 2 = V. partícula com carga elétrica q, conforme ilustrado na figura abaixo.
F2
Como | F1 || F2 | para o mesmo valor de x = L | x1 || x 2 |
L.m
Ou seja: d máx = x1 = V.
F1
L.m
Resposta: d máx = V.
F1
[3]
As forças restauradoras do movimento são representadas no gráfico
por F1 e F2. Observamos que para o mesmo valor de x = L ,
| F1 || F2 | , o que não caracteriza um M.H.S.
Outra possível análise é pelo período de cada movimento. Como
m m
T1 = 2 e T2 = 2 , T1 passa a ser diferente de T2, visto
k1 k2
que k1 é diferente de k2, devido ao módulo de F1 ser diferente do Sabe-se que depois de um certo tempo essa partícula passa pelo
centro C do anel. Considerando apenas as interações elétricas entre
as cargas Q e q, pode-se afirmar que
FIS 303
MHS
(A) quando a partícula estiver no centro C do anel, ela m w 2g
experimentará um equilíbrio instável. (D) v' = g (2 − m) e amplitude = 2
k k
(B) quando a partícula estiver no centro C do anel, ela
m g
experimentará um equilíbrio estável. (E) v ' = g e amplitude = 2
k w
(C) à medida que a partícula se desloca em direção ao centro C do
anel, a energia potencial elétrica das cargas Q e q aumenta. 7. AFA A figura abaixo apresenta os gráficos da posição (x) em
(D) à medida que a partícula se desloca em direção ao centro C do função do tempo (t) para dois sistemas A e B de mesma massa
anel, a energia potencial elétrica das cargas Q e q é igual à m que oscilam em MHS, de igual amplitude.
energia potencial do início do movimento.

4. EFOMM O bloco de massa M da figura é, em t = 0, liberado do


repouso na posição indicada ( x = – A) e a seguir executa um MHS
com amplitude A = 10 cm e período de 1,0 s. No instante t = 0,25 s
, o bloco se encontra na posição onde

(A) a energia mecânica é o dobro da energia cinética.


(B) a energia mecânica é o dobro da energia potencial elástica.
(C) a energia cinética é o dobro da energia potencial elástica.
(D) a energia mecânica é igual à energia potencial elástica.
(E) a energia mecânica é igual à energia cinética. Sendo E CA e ECB as energias cinéticas dos sistemas A e B
5. EFOMM Um pequeno bloco de massa 0,500 kg está suspenso respectivamente no tempo t1; EPA e EPB as energias potenciais
por uma mola ideal de constante elástica 200 N/m. A outra dos sistemas A e B respectivamente no tempo t 2 , é correto
extremidade da mola está presa ao teto de um elevador que, afirmar que
inicialmente, conduz o sistema mola/bloco com uma velocidade de (A) ECA =ECB
descida constante e igual a 2,00 m/s. Se, então, o elevador parar (B) E PA  E PB
subitamente, a partícula irá vibrar com uma oscilação de amplitude,
(C) ECA  ECB
em centímetros, igual a
(A) 2,00 (B) 5,00 (C) 8,00 (D) E PB  E PA
(D) 10,0 (E) 13,0
8. AFA Um par de blocos A e B, de massas mA = 2 kg e mB = 10 kg,
6. ESC. NAVAL Analise as figuras abaixo. apoiados em um plano sem atrito, é acoplado a duas molas ideais de
mesma constante elástica K = 50 N/m, como mostra a figura abaixo.

Afastando-se horizontalmente o par de blocos de sua posição de


equilíbrio, o sistema passa a oscilar em movimento harmônico
simples com energia mecânica igual a 50 J.
Considerando g = 10 m/s2, o mínimo coeficiente de atrito estático
A figura (2) acima mostra um sistema massa-mola em equilíbrio
que deve existir entre os dois blocos para que o bloco A não
estático, cuja mola possui constante elástica k e o bloco, massa m, escorregue sobre o bloco B é
prestes a ser atingido por um projétil, de massa desprezível, que em (A) 1/10 (B) 5/12 (C) 1 (D) 5/6.
seguida no bloco se aloja, passando o sistema mola+projétil+bloco
a oscilar em MHS com uma frequência angular w. Sendo g a Requisito: Força de atrito
aceleração da gravidade local e sabendo que o ponto mais alto que
o bloco+projétil atinge coincide com o zero da mola, conforme a 9. AFA Dois corpos, de dimensões desprezíveis, A e B presos a
figura (4), qual a velocidade v ' adquirida pelo bloco+projétil molas ideais, não deformadas, de constantes elásticas k A e k B ,
imediatamente após a colisão figura (3) e, qual é a amplitude do respectivamente, estão, inicialmente, separados de uma distância d
MHS executado pelo sistema? numa plataforma sem atrito como mostra a figura a seguir.
m g
(A) v' = g(2 − m) e amplitude = 2
k w
m w 2g
(B) v' = g(2 − m) e amplitude = 2
k k
A partir dessa situação, os blocos são então lentamente puxados por
m g
(C) v' = g (2 − m) e amplitude = 2 forças de mesma intensidade, aproximando-se, até se encostarem.
k w Em seguida, são abandonados, passando a oscilar em movimento
harmônico simples.
FIS 304
MHS
Considere que não haja interação entre os blocos quando esses se 12. EN Observe as figuras a seguir.
encontram.
Nessas condições, a soma das energias mecânicas dos corpos A e B
será
k A k Bd 2 k 2A d 2
(A) (B)
2(kA + kB ) 2k B ( k A + k B )
2

k A k Bd 2 As figuras acima mostram um pêndulo simples formado por uma


(C) (D) 2k A ( k A + k B ) pequena esfera de massa m e carga elétrica positiva q. O pêndulo é
2(kA + kB )
2
posto para oscilar, com pequena amplitude, entre as placas paralelas
de um capacitor plano a vácuo. A esfera é suspensa por um fio fino,
10. ESC. NAVAL Considere uma partícula que se move sob a ação isolante e inextensível de comprimento L. Na figura 1, o capacitor
de uma força conservativa. A variação da energia cinética, E c , em está descarregado e o pêndulo oscila com um período Tl. Na figura
2, o capacitor está carregado, gerando em seu interior um campo
joules, da partícula em função do tempo, t, em segundos, é dada
elétrico constante de intensidade E, e observa-se que o pêndulo
2  oscila com um período T2. Sabendo-se que a aceleração da
por Ec (t) = 4,0 sen 2  t −  . Sendo assim, o gráfico que pode
 3 2 gravidade é g, qual é a expressão da razão entre os quadrados dos
representar a energia potencial, E p (t), da partícula é períodos, (T1/T2)2?
qE qE qE
(A) (A) 1 + (B) 1 – (C) L +
mg mg mgL
qE qE
(D) L – (E) 1 –
mgL mgL

GABARITO
(B)
1. C
A posição x3 corresponde a uma situação de equilíbrio instável,
uma vez que quando submetida a uma perturbação, ela jamais volta
espontaneamente ao ponto de equilíbrio inicial. As posições x1 e
x5 correspondem à situações de equilíbrio indiferente, que é
(C)
quando uma perturbação não é capaz de gerar variações na energia
potencial. Já as posições x 2 e x 4 correspondem à situações de
equilíbrio estável, pois quando submetidas a uma perturbação,
sofrem a ação de uma força restauradora, gerando assim um MHS
em torno de suas posições de equilíbrio.
2. B
(D) A energia mecânica (potencial) armazenada em uma mola é dada
k.x 2
por: E = Analisando o enunciado e fazendo as devidas
2
substituições, teremos:
k.x 2 20.x 2
(E) E= → 0,4 = → x 2 = 0,04 → x = 0,2m em que x
2 2
representa a amplitude de oscilação do objeto que se encontra em
M.H.S.
3. B
Como a partícula é abandonada e é atraída pelo anel, podemos
concluir que q  0. A medida que ela se aproxima do centro do anel,
a energia potencial das cargas vai se transformando em cinética, ou
11. EFOMM Um pêndulo simples de comprimento L está fixo ao seja, diminuindo. E quando a partícula estiver em C, a resultante
teto de um vagão de um trem que se move horizontalmente com das forças que atuam sobre ela acarretará num equilíbrio estável na
aceleração a. Assinale a opção que indica o período de oscilações
direção PC.
do pêndulo.
4. E
1
5. D
 2
  6. E
 4 L 
2 2
L Por conservação de energia entre as figuras (3) e (4), temos:
(A)   (B) 2
 a2  2g mv'2 kx 2 mg
−1  + = mgx Mas: mg = kx  x =
 2  2 2 k
 g  Logo:
1 2
 mg  mg
mv '2 + k   = 2mg  k
2L  L2  2  k 
(C) 2 (D) 2  2 
 g + a2  m 2g 2 2m 2g 2
g + a2
2
  mv '2 +
k
=
k
mg 2
L v '2 =
(E)  k
2g m
v' = g
Requisito: Dinâmica em referenciais não-inerciais k

FIS 305
MHS
E a amplitude é igual a: 10. A
T = 2
m

T 1
= =
m
 k = mw 2 2 
k 2 w k
Dado: Ec (t) = 4,0 sen 2  t −  .
3 2
mg mg
x= = O valor máximo da energia cinética ocorre nos instantes em que:
k mw 2
2 
x = 2
g sen 2  t −  = 1 
w  3 2
Nesses instantes: Ecmáx = 4 (1)  Ecmáx = 4 J.
7. D
Analisando o gráfico, em um ponto de cada curva onde a elongação Determinando esses instantes:
2  2 
da mola é igual para os dois osciladores, notamos que a maior sen 2  t −  = 1  sen  t −  = 1 
inclinação corresponde à maior velocidade em módulo. 3 2 3 2
 2  2    2
sen  t −  = −1   t −  = −  t = 0
 3 2 3 2  2 3

 t = 0.
     2
sen 2 2 2
  3 t − 2  = 1   3 t − 2  = 2  3 t = 2
   

 2 3
t =1  t =  t = 1,5 s.
 3 2
Portanto:
Com isso, temos que vB  vA e logicamente ECB  ECA . Ec = 4 J  E p = 0  t = ( 0; 1,5; 3; 4,5...) s

máx

Ec = 0  E pmáx = 4 J  t = ( 0,75; 2,25; 3,75...) s


Da observação do gráfico, temos que as relações entre os períodos
dos dois osciladores é:
TA = 2TB
Sabendo que a expressão do período de um oscilador em MHS é: Através desses cálculos, chega-se à alternativa [A].
m
T = 2 11. D
k Quando um pêndulo oscila com o ponto de suspensão em repouso
m m ou em movimento retilíneo e uniforme, o período das oscilações de
2 = 2  2  kB = 4 kA  kB  kA pequena amplitude ( 1  10) é dado pela expressão:
kA kB
Para um instante de mesma elongação da mola x, a energia L
T=2 , sendo L o comprimento do fio e g a intensidade do
potencial elástica depende da constante da mola k, sendo assim, g
EPB  EPA . campo gravitacional local e o pêndulo oscila simetricamente em
relação a vertical que passa pelo ponto de suspensão, como ilustrado
8. D na Figura 1.
9. A Quando o ponto de suspensão sofre uma aceleração horizontal, em
Sejam xA e xB as respectivas deformações sofridas pelas molas relação ao vagão, o pêndulo fica sujeito a uma gravidade aparente
ligadas ao corpos A e B, até que encostem um no outro. Temos, ( g ap ) igual à soma vetorial da gravidade local (g) com a
então:
aceleração do vagão (a), oscilando simetricamente em relação à
x A + x B = d  x A = d − x B. (I)
linha que passa pelo ponto de suspensão e contém o vetor gravidade
As forças aplicadas aos blocos têm mesma intensidade: aparente. A Figura 2 ilustra essa nova situação.
kB
FA = FB  k A x A = k Bx B  x A = x B. (II)
kA
Igualando (I) e (II):
kB kB k 
xB = d − xB  x B + x B = d  x B  B + 1 = d
kA KA  A
k 
 k + kA 
 x B  B  = d
 kA 
kA
xB = d. (III)
kA + kB
Substituindo (III) em (II); A intensidade da gravidade aparente é:
1
k  kA
x A = B 
kA  kA + kB 

d   x A =
kB
kA + kB
d. (IV) gap = g 2 + a 2  g ap = g 2 + a 2 ( ) 2.

A soma das energias mecânicas é: Considerando 2  10, o período do pêndulo é:


2 2 L L
kA xA kB xB T = 2  T = 2
E Mec = E MecA + E MecB = + 1

(g )
g ap
2 2 2
+ a2 2
2 2
kA  kB d  k  k Ad 
 E Mec =   + B   1
2  k A + k B  2  k A + k B   L2 2
 T = 2  2  .
 g + a2 
2 2
kA kB d 2 2
kB kA d k A k B d2 ( k A + k B )  
 E Mec = + = 
2(kA + kB ) 2(kA + kB ) 2(kA + kB )
2 2 2

12. A
k A k B d2
E Mec = .
2(kA + kB )

FIS 306
ONDAS
TÓPICO: ONDAS
SUBTÓPICO: ONDAS
CAPÍTULO: ONDAS – FUNDAMENTOS E FENÔMENOS

ONDAS – Fundamentos e fenômenos

Certamente você já teve a oportunidade de atirar uma pedra na água


tranqüila de um lago, e observou que, após o impacto, formam-se
na superfície da água, ondulações que se afastam do ponto onde a
pedra caiu.

Onda sonora

O choque entre a pedra e a água perturbou o estado de


equilíbrio da superfície tranqüila da água, e essa perturbação
propagou-se através dela, sendo percebida depois de certo tempo, Onda eletromagnética
em um ponto distante daquele onde se originou.

Analogia: Propagação de uma perturbação Ondas transversais e longitudinais

Movimento ondulatório

Vamos obter, através de um modelo simples, uma ideia inicial


a respeito da propagação de uma perturbação ao longo de um meio:
a propagação ondulatória ou, simplesmente, onda.

CONCEITOS BÁSICOS
A partir da figura acima, fica evidente uma importante
característica da propagação ondulatória: Período (T) é o intervalo de tempo gasto entre a emissão de
dois pulsos consecutivos
As ondas se propagam sem transportar matéria. Elas
transportam apenas energia. Frequência (f) é o número de vibrações efetuadas pro
unidade de tempo
CLASSIFICAÇÃO

Ondas Mecânicas Ondas Eletromagnéticas n 1


Aquelas em que a agitação de São compostas de um campo f = → f =
uma partícula causa o elétrico e um campo t T
movimento de sua vizinha magnético variáveis.
Não dependem de meio A frequência da onda só depende da fonte emissora.
material para se propagar.
Não se propagam no vácuo Comprimento de onda () é a distância percorrida pela onda
No vácuo, todas têm a em um período.
velocidade 3.108 m/s.
Podem ser: Todas são transversais.
• Longitudinais
❖ Ex.: Som Ex.: luz, ondas de rádio,
• Transversais microondas e raios-X
❖ Ex.: Onda na corda
Para o som: Para a luz:
Vágua > Var Vágua < Var

FIS 307
ONDAS
Observações: • Refração: A onda muda de meio de propagação. Com isso, ocorre
mudança na velocidade da onda.
1. A amplitude é o máximo deslocamento sofrido pelos pontos do
meio, em relação à sua posição de equilíbrio. No caso da onda
A frequência não se altera nas refrações.
transversal da figura anterior, a amplitude é representada por A.

2. O topo e a região inferior da onda são denominados,


respectivamente, crista e vale. Note que a distância entre duas
cristas consecutivas (ou entre dois vales consecutivos) é igual a
um comprimento de onda .

Dado o perfil da corda em um certo instante e o sentido de pro-


pagação dos pulsos nela, podemos traçar o seu novo perfil após um
certo intervalo de tempo t, como mostra o exemplo da figura
seguinte:

Lei de Snell-Descartes
Velocidade da onda (V) é constante para cada onda no meio
seni V1 1
em que ela estiver. Não tem relação com a velocidade de
= =
oscilação das partículas. sen r V2 2

S 
 V = =f
Para ondas eletromagnéticas, também é utilizado o índice de
V= refração do meio (nMEIO). Ele é definido por:
t T
c
nmeio =
Vmeio
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS Assim, a Lei de Snell-Descartes pode ser reescrita:

• Reflexão: A onda encontra um obstáculo e retorna ao meio seni V1 1 n2


original de propagação. = = =
Para ondas bi ou tridimensionais, temos: sen r V2 2 n1

Princípio de Huygens
Quando uma frente de onda se propaga em um meio, todo ponto
atingido por ela se comporta como um novo centro emissor de
ondas secundárias de mesmas características que a onda que o
atingiu. Após um intervalo de tempo t, a nova frente de onda será
a superfície tangente às ondas secundárias emitidas por esses
pontos.

Ângulo de incidência → i
Ângulo de reflexão → r

i=r

FIS 308
ONDAS
• Difração • Interferência de ondas

Verifica-se, experimentalmente, que toda onda contorna os A experiência mostra que, quando duas ondas se encontram, elas
obstáculos colocados em seu caminho. Esse fenômeno recebe o agem independentemente uma da outra e continuam a se propagar
nome de difração. posteriormente como se a outra não existisse, mantendo as mesmas
A figura representa um caso de difração: na água, as ondas retas, ao características que possuíam antes do encontro.
atingirem a abertura O do obstáculo, se propagam, em seguida, em Entretanto, no ponto em que as ondas se encontram, os seus efeitos
todas as direções. se superpõem, dando origem ao fenômeno da interferência.

Obs.: O fenômeno da difração é observado mais facilmente quando


a abertura tem dimensões da mesma ordem de grandeza do
comprimento de onda, como mostra a figura.

Difração: através da aplicação do Princípio de


Huygens, podemos observar que o fenômeno da
difração fica mais bem caracterizado quando a EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
abertura tem a mesma ordem de grandeza do
comprimento de onda. 1. FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN A utilização de
termômetros digitais infravermelhos (de testa ou auriculares)
tornou-se comum para a aferição de temperatura à distância.
• Polarização de ondas

Consiste na filtragem da onda, para que apenas uma direção de


oscilação (ou de campo elétrico) seja transmitida.

A polarização só ocorre em ondas transversais.

Os modelos mais simples desses termômetros possuem uma lente


que focaliza a energia infravermelha irradiada por uma pessoa no
detector do instrumento, convertendo-a em um sinal elétrico que
pode ser exibido em unidades de temperatura. O funcionamento do
termômetro digital infravermelho baseia-se em um tipo de onda
(A) longitudinal, como a ultravioleta, que não pode ser detectada
pela retina do olho humano.
(B) cujas frequências são próximas às das ondas sonoras, o que
facilita sua focalização no detector do instrumento.
(C) também utilizada nos sonares, instrumento que permite
determinar a distância de um obstáculo por meio da
ecolocalização.
(D) mecânica, que por propagar-se na atmosfera, pode facilmente
ser detectada.
(E) que se propaga no vácuo com a mesma velocidade das ondas
de raios X, de micro-ondas e de rádio.
FIS 309
ONDAS
2. FAMERP A imagem mostra a onda obtida em um 6. UPF As ondas de rádio, os raios infravermelhos, os raios
eletrocardiograma. ultravioleta e os raios gama formam parte do espectro
eletromagnético. Sobre as ondas eletromagnéticas, é correto afirmar
que:
(A) apresentam igual comprimento de onda no vácuo.
(B) apresentam igual frequência no vácuo.
(C) se propagam com a mesma velocidade no vácuo.
(D) apresentam igual período no vácuo.
(E) podem ser classificadas unicamente como longitudinais.

7. UECE Dispositivos Bluetooth operam em uma faixa de


frequência de rádio conhecida como ISM (industrial, scientific,
medical), localizada entre 2,400 GHz e 2,485 GHz. Sobre o
Sabendo que o intervalo de tempo entre o primeiro e o quarto pico
é igual a 2,4 segundos, o período e a frequência da onda do comprimento de onda  no extremos inferior e superior
eletrocardiograma são, respectivamente, ( INFERIOR e SUPERIOR ) dessa faixa, é correto afirmar que
(A) 0,8 s e 1,25 Hz. (B) 0,6 s e 72 Hz. (A) INFERIOR  SUPERIOR , sendo a velocidade de propagação
(C) 0,6 s e 36 Hz. (D) 0,8 s e 72 Hz.
(E) 0,6 s e 1,67 Hz. igual à da luz, que é variável em função do movimento do
dispositivo Bluetooth.
3. UCPEL Ondas retilíneas geradas na superfície da água podem (B) INFERIOR  SUPERIOR , sendo a velocidade de propagação
transformar-se em ondas circulares após passarem por uma pequena igual à da luz, que é variável em função do movimento do
abertura em um anteparo, como mostra a figura abaixo. dispositivo Bluetooth.
(C) INFERIOR  SUPERIOR , sendo a velocidade de propagação
constante e igual à da luz.
(D) INFERIOR  SUPERIOR , sendo a velocidade de propagação
constante e igual à da luz.

8. ENEM PPL Um professor percebeu que seu apontador a laser,


de luz monocromática, estava com o brilho pouco intenso. Ele
trocou as baterias do apontador e notou que a intensidade luminosa
aumentou sem que a cor do laser se alterasse. Sabe-se que a luz é
uma onda eletromagnética e apresenta propriedades como
Esse fenômeno é denominado
amplitude, comprimento de onda, fase, frequência e velocidade.
(A) Polarização e pode ser explicado pelo princípio de Huygens.
(B) Interferência e pode ser explicado pelo princípio de Huygens.
(C) Difração e pode ser explicado pelo princípio da superposição. Dentre as propriedades de ondas citadas, aquela associada ao
(D) Polarizaçăo e pode ser explicado pelo princípio da superposiçăo. aumento do brilho do laser é o(a)
(E) Difração e pode ser explicado pelo princípio de Huygens. (A) amplitude.
(B) frequência.
4. FCMMG A figura abaixo mostra um alto-falante que emite um (C) fase da onda.
som de apenas uma frequência. Os pequenos pontos da figura
(D) velocidade da onda.
representam as partículas do ar que estão vibrando com a passagem
da onda sonora. (E) comprimento de onda.

9. UFRGS Assinale a alternativa que preenche corretamente as


lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.

Na propagação de uma onda mecânica longitudinal, o meio é


deslocado __________ à direção de propagação, __________ ao
transporte de energia. Nessa propagação, __________ transporte de
matéria.
Essa onda sonora longitudinal é equivalente a outra transversal (A) paralelamente – perpendicular – ocorre
constituída de cristas e vales. Duas cristas consecutivas da onda
(B) paralelamente – paralela – ocorre
transversal correspondente estarão situadas nas regiões indicadas
pelas setas das letras P e: (C) paralelamente – paralela – não ocorre
(A) T. (B) S. (C) R. (D) Q. (D) perpendicularmente – paralela – não ocorre
(E) perpendicularmente – perpendicular – não ocorre
5. G1 – IFSUL De acordo com a teoria ondulatória, analise as
afirmações abaixo 10. UFMG Enquanto brinca, Gabriela produz uma onda transversal
em uma corda esticada. Em certo instante, parte dessa corda tem a
I. A velocidade de onda emitida por uma fonte depende do meio forma mostrada na figura a seguir.
de propagação. A direção de propagação da onda na corda também está indicada na
II. Uma onda é uma perturbação que sempre necessita de um figura.
meio material para se propagar.
III. O som é uma onda de natureza eletromagnética.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)


(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e III.
FIS 310
ONDAS
Assinale a alternativa em que estão representados Dentre as propriedades da luz, a característica responsável pelo seu
CORRETAMENTE a direção e o sentido do deslocamento do ponto brilho é a amplitude.
P da corda, no instante mostrado.
(A) (B) 9. C
Ondas mecânicas longitudinais como o som, se propagam e
transportam energia paralelamente à direção de deslocamento no
meio, porém a matéria não é transportada.

(C) (D) 10.B

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. ENEM PPL Alguns cinemas apresentam uma tecnologia em que


as imagens dos filmes parecem tridimensionais, baseada na
GABARITO utilização de óculos 3D. Após atravessar cada lente dos óculos, as
ondas luminosas, que compõem as imagens do filme, emergem
1. E vibrando apenas na direção vertical ou apenas na direção horizontal.
A radiação infravermelha é uma onda eletromagnética, portanto,
transversal. Ela propaga-se no vácuo com a mesma velocidade que Com base nessas informações, o funcionamento dos óculos 3D
as demais ondas de mesma natureza. ocorre por meio do fenômeno ondulatório de
(A) difração.
2. A (B) dispersão.
Entre o primeiro e o quarto pico há três ciclos, portanto, o período é (C) reflexão.
2, 4 s (D) refração.
dado por: T = = 0,8 s
3 (E) polarização.
1 1
E a frequência vale: f = =  f = 1,25 Hz 2. EEAR Analise as seguintes afirmações:
T 0,8 s
I. Ondas mecânicas se propagam no vácuo, portanto não necessitam
3. E de um meio material para se propagarem.
O fenômeno descrito é denominado difração e é explicado pelo II. Ondas longitudinais são aquelas cujas vibrações coincidem com
princípio de Huygens que afirma: Cada ponto de uma linha de onda a direção de propagação.
comporta-se como uma fonte elementar para a linha de onda III. Ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para
seguinte. se propagarem.
IV. As ondas sonoras são transversais e não se propagam no vácuo.
4. C
Como a região P representa uma crista, podemos concluir que as Assinale a alternativa que contém todas as afirmações verdadeiras.
regiões mais escuras são as cristas e as mais claras, os vales. Dessa (A) I e II (B) I e III
forma, a crista consecutiva à da região P está na região R. (C) II e III (D) II e IV

5.A 3. UEPG-PSS 2 - ADAPTADA Onda é qualquer perturbação que


Análise das afirmativas. se propaga em um meio. Ondulatória é a parte da Física que estuda
[I] Verdadeira. Por exemplo: a onda sonora no ar tem velocidade esses fenômenos. Nesse âmbito, assinale a alternativa
menor que na água e está menor que no sólido. INCORRETA.
[II] Falsa. As ondas eletromagnéticas se propagam também no (A) Ondas mecânicas não se propagam no vácuo.
vácuo. A afirmação seria verdadeira somente para as ondas (B) A velocidade de propagação do som é maior no ar que na água.
mecânicas. (C) Para ondas de mesma natureza, em cada meio, o comprimento
[III] Falsa. O som é de natureza mecânica. de onda é inversamente proporcional à frequência.
(D) Ondas longitudinais não sofrem o fenômeno da polarização.
6. C
Ondas eletromagnéticas são ondas transversais que possuem 4. ENEM DIGITAL Para se deslocar e obter alimentos, alguns
velocidades iguais no vácuo, mas ao sofrer refração, mantém suas mamíferos, como morcegos e golfinhos, contam com a sofisticada
frequências, variando velocidade, período e comprimento de onda. capacidade biológica de detectar a posição de objetos e animais pela
emissão e recepção de ondas ultrassônicas.
7. D
As ondas se propagarão com velocidade constante e igual à da luz. O fenômeno ondulatório que permite o uso dessa capacidade
Sendo c a velocidade da luz, pela equação fundamental da biológica é a
ondulatória, temos: (A) reflexão. (B) difração.
c (C) refração. (D) dispersão.
 INFERIOR =
2400 (E) polarização.
c
SUPERIOR = 5. UECE Ondas eletromagnéticas diferem de ondas sonoras por
2485 diversos aspectos, dentre os quais encontra-se o fato de que
 INFERIOR  SUPERIOR (A) ondas eletromagnéticas têm comprimento de onda, e ondas
sonoras têm apenas frequência.
(B) ondas eletromagnéticas podem se propagar no vácuo e as
sonoras, não.
8. A (C) apenas ondas eletromagnéticas sofrem refração.
(D) apenas ondas sonoras sofrem interferência.

FIS 311
ONDAS
6. FAMERP A figura representa, na mesma escala, duas ondas
sonoras que se propagam no ar.

Com relação a essas ondas, pode-se afirmar que apresentam


(A) o mesmo período e a mesma velocidade de propagação. Com base no exposto acima e nas figuras 1 e 2, é correto afirmar
(B) a mesma amplitude e a mesma frequência. que:
(C) o mesmo comprimento de onda e o mesmo período. 01) a velocidade do papel milimetrado é de 15 mm s.
(D) a mesma frequência e o mesmo comprimento de onda. 02) a amplitude da onda do eletrocardiograma modelizado é de
(E) a mesma velocidade de propagação e a mesma amplitude. 22 mm.
04) a frequência cardíaca do paciente, com base no
7. S1 - IFSUL Uma onda senoidal propaga-se, da esquerda para a
eletrocardiograma modelizado, é de 100 batimentos por
direita, em uma corda e o formato da corda em um determinado
minuto.
instante de tempo é ilustrado no gráfico abaixo.
08) se o paciente estivesse correndo, o comprimento de onda do
eletrocardiograma modelizado seria maior.
16) o comprimento de onda do eletrocardiograma modelizado é de
15  10−3 m.
32) o período da onda do eletrocardiograma modelizado é 0,04 s.

9. G1 - COTIL O uso de celulares se popularizou na última década.


Vemos, atualmente, pessoas por todos os lados fazendo uso de
smartphones conectados à internet ou em ligações telefônicas. As
tecnologias mais usadas são 3G e 4G e suas características
Sabendo-se que a onda se propaga com velocidade de 4 m s, o principais são:
comprimento de onda, o período e a frequência do movimento săo Transmissão Frequência de transmissão
respectivamente iguais a 3G 144 kbps 850 MHz
(A) 2 m, 2 Hz e 0,5 s.
4G 0,1 a 1 Gbps 2.500 MHz
(B) 2 m, 1,33 Hz e 0,75 s.
(C) 8 m, 0,75 Hz e 1,33 s. Dados: (bps = bites por segundo); k = 1.000; M = 1.000.000;
(D) 8 m, 0,5 Hz e 2 s. G = 1.000.000.000

8. UFSC O papel no qual se marca a atividade elétrica do coração Podemos concluir que:
ou eletrocardiograma (ECG) é um papel milimetrado, onde cada (A) a transmissão no sistema 3G é feita por uma onda
quadrado pequeno mede 1 mm, que se movimenta sob uma ponteira eletromagnética mais lenta e então o aparelho celular recebe
menos dados por segundo.
que registra a atividade do coração. De modo geral, o eixo vertical
(B) a tecnologia fez a velocidade de propagação da onda
mede o valor da diferença de potencial, em mV, onde 10 mm de
eletromagnética aumentar aproximadamente 3 vezes ao mudar
altura é igual a 1 mV e o eixo horizontal mede o tempo, em de 3G para 4G.
segundos, onde 1 mm horizontal equivale a 0,04 s. (C) a natureza da transmissão no sistema 3G é a mesma do sonar;
a do 4G, a mesma que a da luz; a luz é mais rápida que o som.
Disponível em: http://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/papel-ecg.html.
[Adaptado]. Acesso em: 28 mar. 2019. (D) em sistema 4G, a frequência é maior, isto é, mais ondas se
formam por segundo, portanto a transmissão de dados é mais
Um professor de Física utilizou um exame de eletrocardiograma rápida.
modelizado (figura 2) para fazer afirmações a seus alunos. Sua
modelização manteve as distâncias entre duas cristas consecutivas 10. PUCMG Uma martelada é dada na extremidade de um trilho.
do eletrocardiograma original (figura 1) de um paciente em repouso, Na outra extremidade, encontra-se uma pessoa que ouve dois sons
de tal forma que a frequência da onda modelizada equivale, separados por um intervalo de tempo de 0,18s. O primeiro dos sons
aproximadamente, à frequência cardíaca do coração do paciente, se propaga através do trilho com uma velocidade de 3400m/s, e o
conforme mostrado abaixo. segundo através do ar, com uma velocidade de 340m/s. O
comprimento do trilho em metros será de:
(A) 340 m (B) 68 m (C) 168 m (D) 170 m

11. PUCRS Para a percepção inteligível de dois sons consecutivos,


o intervalo de tempo entre os mesmos deve ser igual ou maior que
0,100s. Portanto, num local onde a velocidade de propagação do
som no ar é de 350m/s, para que ocorra eco, a distância mínima entre
uma pessoa gritando seu nome na direção de uma parede alta e a
referida parede deve ser de
(A) 17,5 m (B) 35,0 m
(C) 175 m (D) 350 m
(E) 700 m
FIS 312
ONDAS
12. A figura abaixo representa uma onda harmônica que se propaga, GABARITO
para a direita, em uma corda homogênea. No instante representado,
considere os pontos da corda indicados: 1, 2, 3, 4 e 5. 1. E
O fenômeno associado à propagação de uma onda num único plano
chama-se polarização.

2. C
[I] Falsa. Ondas mecânicas necessitam de meio material para se
propagar. Portanto, não se propagam no vácuo.
[II] Verdadeira. Descrição correta de ondas longitudinais.
[III] Verdadeira. Ao contrário das ondas mecânicas, as ondas
eletromagnéticas se propagam no vácuo, não precisando de um
Assinale a afirmativa correta. meio material para se propagarem.
(A) Os pontos 1 e 3 têm velocidade nula [IV] Falsa. As ondas sonoras não se propagam no vácuo, mas são
(B) Os pontos 2 e 5 têm velocidade máxima longitudinais.
(C) O ponto 4 tem velocidade maior que o ponto 1
(D) O ponto 2 tem velocidade maior que o ponto 3 3. B
(E) Os pontos 1 e 3 têm velocidade máxima. (A) Verdadeira. Ondas mecânicas necessitam de meio material
para se propagar.
13. A figura I mostra, em um determinado instante de tempo, uma (B) Falsa. A velocidade do som na água é maior que no ar.
mola na qual se propaga uma onda longitudinal. Uma régua de (C) Verdadeira. A proporcionalidade inversa entre comprimento
1,5 m está colocada a seu lado. A figura II mostra como o de onda e frequência da onda é comprovada pela equação que
deslocamento de um ponto P da mola, em relação a sua posição de relaciona a velocidade a essas duas variáveis:
equilíbrio, varia com o tempo. v = f

(D) Verdadeira. A polarização é realiza em ondas transversais, o


exemplo são os óculos de sol, que limitam a vibração em apenas
uma direção da onda. Para o som, que é uma onda longitudinal, isso
não ocorre.

4. A
Após emitidas, as ondas são refletidas para que possam retornar ao
animal para o seu reconhecimento da posição dos objetos. Ou seja,
esta capacidade é permitida através da reflexão das ondas
ultrassônicas.

5. B
As ondas sonoras são ondas mecânicas, e como tal, precisam de um
meio material para se propagar. Já as ondas eletromagnéticas podem
As MELHORES estimativas para o comprimento de onda λ e para se propagar no vácuo.
o período T dessa onda são:
(A) λ = 0,20 m e T = 0,50 s. 6. E
(B) λ = 0,20 m e T = 0,20 s. As duas ondas são sonoras (mesma natureza) e se propagam no
(C) λ = 0,50 m e T = 0,50 s. mesmo meio, portanto apresentam a mesma velocidade.
Das figuras, a primeira onda apresenta menor período, portanto
(D) λ = 0,50 m e T = 0,20 s.
maior frequência e menor comprimento de onda; ambas apresentam
a mesma amplitude.
14. FUVEST Um alto-falante fixo emite um som cuja frequência
F, expressa em Hz, varia em função do tempo t na forma 7. A
F(t) = 1000 + 200t. Num determinado momento, o alto-falante está Diretamente do gráfico, obtemos o comprimento de onda ()
emitindo um som com uma frequência F1 = 1080 Hz. Nesse mesmo medindo a distância entre dois picos ou dois vales sucessivos, tendo
instante, uma pessoa P, parada a uma distância D = 34 m do alto-  = 2 m.
falante, está ouvindo um som com uma frequência F2, Da equação fundamental das ondas que relaciona a velocidade (v),
aproximadamente, igual a: (Velocidade do som no ar = 340 m/s) comprimento de onda () e a frequência (f ), temos:
(A) 1020 Hz v 4m s
v = f  f = =  f = 2 Hz
(B) 1040 Hz  2m
(C) 1060 Hz Como o período (T) é o inverso da frequência:
(D) 1080 Hz 1 1
(E) 1100 Hz T= =  T = 0,5 s
f 2 Hz
8. 04 + 16 = 20.
15. ITA Uma onda acústica plana de 6,0 kHz, propagando-se no ar
[01] Falsa. A velocidade do papel milimetrado é:
a uma velocidade de 340 m/s, atinge uma película plana com um d 30 mm
ângulo de incidência de 60°. Suponha que a película separa o ar de v= =  v = 25 mm s
t 30 mm  0,04 s
uma região que contém o gás CO2, no qual a velocidade de 1 mm
propagação do som é de 280 m/s. Calcule o valor aproximado do [02] Falsa. A amplitude é o tamanho do ponto de equilíbrio até a
ângulo de refração e indique o valor da frequência do som no CO2. crista da onda ou até o vale, assim o valor da amplitude é de
11 mm.

FIS 313
ONDAS
[04] Verdadeira. O número de batimentos equivale ao número de 3. INSPER Algumas pessoas apreciam assistir a eventos esportivos
comprimentos de ondas em um minuto. Na figura 1 temos pela TV enquanto ouvem sua narração pelo rádio.
como tirar o tempo entre dois comprimentos de onda.
0,04 s
t = 30 mm  = 1,2 s
1 mm
nº bat 2 bat 60 s nº bat
Logo, =   = 100 bat min
min 1,2 s 1 min min
[08] Falsa. Neste caso o comprimento de onda seria menor, pois
aumentaria a frequência cardíaca.
[16] Verdadeira. O comprimento de onda (  ) é:

30 mm 10−3 m
=   = 15  10−3 m
2 1 mm
[32] Falsa. O período (T) é o tempo entre dois batimentos
1,2 s
sucessivos, então: T =  T = 0,6 s
2 bat
9. D Entretanto, ocorre uma defasagem entre as recepções da imagem
Ondas eletromagnéticas propagam-se com a mesma velocidade num gerada pela TV e o som emitido pelo rádio. Essa defasagem ocorre
mesmo meio, no caso o ar, aproximadamente 3  108 m s. A porque
frequência sendo maior, são geradas mais ondas por unidade de (A) as ondas de rádio são mecânicas, e as de TV são
tempo, aumentando a velocidade de transmissão. eletromagnéticas, mas ambas viajam à mesma velocidade no
ar; as ondas de rádio são refletidas pela ionosfera, enquanto as
10. B de TV são refletidas por satélites artificiais mais distantes da
superfície terrestre.
11. A (B) ambas as ondas são eletromagnéticas, vibram com a mesma
frequência diferindo pelos seus comprimentos de onda e pelas
12. E velocidades de propagação no ar; ambas são refletidas apenas
por satélites artificiais.
13. D (C) ambas são eletromagnéticas e, apesar de vibrarem com
frequências diferentes, viajam no ar com a mesma velocidade;
14. C as de rádio são refletidas pela ionosfera, enquanto as de TV são
refletidas por satélites artificiais mais distantes da superfície
15. r ≈ 45º e f = 6,0 kHz terrestre.
(D) ambas as ondas são eletromagnéticas, mas, por vibrarem com
frequências diferentes, viajam no ar a velocidades diferentes,
EXERCÍCIOS DE CONCURSO mesmo sendo ambas refletidas pela ionosfera.
(E) as ondas de rádio são mecânicas e viajam no ar mais devagar
1. EsPCEx Com relação às ondas, são feitas as seguintes do que as de TV, que são eletromagnéticas, embora ambas
afirmações: sejam refletidas pela ionosfera.
I. As ondas mecânicas propagam-se somente em meios materiais.
II. As ondas eletromagnéticas propagam-se somente no vácuo. 4. EFOMM O comprimento de onda da luz emitida por um laser é
III. As micro-ondas são ondas que se propagam somente em meios de 675 nm no ar, onde a velocidade de propagação de ondas
materiais. eletromagnéticas é de 3,0 108 m s. Com base nessas informações,
Das afirmações acima está(ão) correta(s) apenas a(s) pode-se afirmar que a velocidade de propagação e a frequência da
(A) I. luz emitida por esse laser, em um meio onde o comprimento de onda
(B) II. é 450 nm, são, respectivamente
(C) I e III. (A) 2,0  108 m s e 4,0  108 Hz
(D) I e II.
(E) II e III. (B) 2,5  108 m s e 4,4  1014 Hz

2. ITA "Cada ponto de uma frente de onda pode ser considerado (C) 2,0  108 m s e 4,4  108 Hz
como a origem de ondas secundárias tais que a envoltória dessas (D) 2,0  108 m s e 4,4  1014 Hz
ondas forma a nova frente de onda".
(E) 2,5  108 m s e 4,0  108 Hz
I. Trata-se de um Princípio aplicável somente a ondas
transversais. 5. AFA Um instantâneo de uma corda, onde se estabeleceu uma
II. Tal Princípio é aplicável somente a ondas sonoras. onda estacionária, é apresentado na figura abaixo.
III. É um Princípio válido para todos os tipos de ondas tanto
mecânicas quanto ondas eletromagnéticas.

Das afirmativas feitas pode-se dizer que:


(A) Somente I é verdadeira
(B) todas são falsas
(C) Somente III é verdadeira
(D) Somente II é verdadeira
(E) I e II são verdadeiras Nesta situação, considerada ideal, a energia associada aos pontos 1,
2 e 3 da corda é apenas potencial.
FIS 314
ONDAS
3 8. AFA A figura abaixo apresenta a configuração instantânea de
No instante igual a de ciclo após a situação inicial acima, a uma onda plana longitudinal em um meio ideal. Nela, estão
4
configuração que melhor representa a forma da corda e o sentido representadas apenas três superfícies de onda ,  e  , separadas
das velocidades dos pontos 1, 2 e 3 é respectivamente por  e  2, onde  é o comprimento de onda
(A) da onda.

(B)
Em relação aos pontos que compõem essas superfícies de onda,
pode-se fazer as seguintes afirmativas:

I. estão todos mutuamente em oposição de fase;


II. estão em fase os pontos das superfícies  e  ;
III. estão em fase apenas os pontos das superfícies  e  ;
IV. estão em oposição de fase apenas os pontos das superfícies  e
.
(C)
Nessas condições, é (são) verdadeira(s)
(A) I
(B) I e II
(C) III
(D) III e IV

9. AFA Considere uma superfície de separação plana e horizontal


entre o ar e a água. Se uma onda luminosa (L) e uma onda sonora
(S) incidem sobre essa superfície, com um ângulo de incidência , a
(D) opção que MELHOR ilustra a configuração física das ondas
luminosa e sonora, que se refratam é
(A) (B)

(C) (D)

6. ESC. NAVAL A velocidade do som na água líquida é de


1,48km s, enquanto que no ar ela vale 343m s, ambas à
temperatura de 20 C e à pressão de 1,0atm. Podemos afirmar que
a diferença citada acima se deve, principalmente, ao fato da água ser
um meio que apresenta em relação ao ar: 10. EFOMM
(A) maior atrito e maior calor específico.
(B) maior densidade e menor compressibilidade.
(C) maior frequência da onda sonora.
(D) maior comprimento da onda sonora.
(E) menor ocorrência de ondas estacionárias.

7. G1 - IFSUL Uma onda propaga-se em um meio A com uma


velocidade de 100 m s e um comprimento de onda igual a 50 cm.
A partir de um certo instante, a onda passa a se propagar em um
meio B com uma velocidade de 150 m s. Na figura acima, tem-se duas cordas e uma fonte que vibra na
frequência de 15 Hz. Pode-se afirmar que, neste caso, a velocidade
É correto afirmar que o comprimento de onda no meio B é igual a na corda A e a frequência na corda B valem, respectivamente,
(A) 150 cm. (A) 60 km/h e 15Hz.
(B) 75 cm. (B) 90 km/h e 15Hz.
(C) 60 km/h e 20Hz.
(C) 100 cm.
(D) 166 km/h e 20Hz.
(D) 50 cm. (E) 216 km/h e 15Hz.

FIS 315
ONDAS
11. EFOMM Correlacione os conceitos às suas definições e o orifício circular de diâmetro d pode-se afirmar que, na região do
assinale a seguir a alternativa correta. outro lado do anteparo:
(A) apenas a onda sonora pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido
CONCEITOS à difração.
I. É a mudança de direção dos raios luminosos quando da (B) apenas a onda luminosa pode ser detectada se d << 1,7 cm,
passagem de um meio para outro. devido à refração.
II. É a mudança de direção em um mesmo meio. (C) a propagação das duas ondas é aproximadamente retilínea se d
III. É a distância entre dois picos positivos consecutivos de uma >> 1,7 cm.
onda senoidal. (D) a propagação das duas ondas é aproximadamente esférica se d
IV. É o inverso do período de uma onda. >> 1,7 cm.
V. Não depende de meio material para sua propagação. (E) nenhuma das ondas pode ser plana.

GRANDEZA OU FENÔMENO FÍSICO 15. EFOMM Observe a figura a seguir.


( ) difração
( ) comprimento de onda
( ) refração
( ) onda eletromagnética
( ) frequência
( ) onda sonora
(A) (I) (IV) (-) (III) (II) (V)
Uma mola ideal tem uma de suas extremidades presa ao teto e a
(B) (II) (-) (I) (IV) (III) (V)
outra a uma esfera de massa m que oscila em movimento harmônico
(C) (V) (I) (II) (IV) (-) (III)
simples. Ligada à esfera, tem-se um fio muito longo de massa
(D) (II) (III) (I) (V) (IV) (-)
desprezível, e nele observa-se, conforme indica a figura acima, a
(E) (II) (III) (-) (I) (IV) (V).
formação de uma onda harmônica progressiva que se propaga com
velocidade V. Sendo assim, a constante elástica da mola é igual a
12. EFOMM Seja um rádio VHF de bordo operando com
frequência portadora de 75 MHz. Ao visualizar este sinal 16V 2  2 m
(A) k =
estacionário, projetado sobre o convés de 400 m do futuro navio L2
ULOC (seiscentas mil toneladas), quantos dos seus picos positivos
podem-se contar? 9V 2  2 m
(B) k =
(A) 50 L2
(B) 100
4V 2  2 m
(C) 150 (C) k =
(D) 200 L2
(E) 250 2V 2  2 m
(D) k =
13. EEAR Em um exercício conjunto envolvendo a Força Aérea, o L2
Exército e a Marinha, foram realizadas transmissões de rádio entre V 2 2 m
controladores de tráfego em terra e dentro de submarinos. Sabendo (E) k =
L2
que a antena do submarino funciona adequadamente para sinais de
rádio com comprimentos de onda iguais a 2 m e o índice de refração Obs.: Na figura, L é a distância entre uma crista e o vale
da água no local era igual a 1,5, assinale a alternativa que indica, consecutivo.
corretamente, a frequência, em MHz, que deve ser usada para que o
sinal seja recebido pela antena submersa do submarino.
(A) 100 GABARITO
(B) 200
(C) 300 1. A
(D) 400 Analisando as afirmativas:
[I] Verdadeira. As ondas mecânicas necessitam de um meio material
14. EN Analise a figura abaixo. para se propagarem, não sendo capazes de se propagar no vácuo.
[II] Falsa. As ondas eletromagnéticas se propagam em meios
materiais, e inclusive no vácuo.
[III] Falsa. As micro-ondas são ondas eletromagnéticas. Portanto,
se propagam também no vácuo.

2. C

3. C
Ambas as ondas são eletromagnéticas e viajam com uma velocidade
próxima a da luz apesar de vibrarem com frequências distintas. A
defasagem ocorre devido aos diferentes meios pelos quais elas são
transmitidas, as ondas de rádio são refletidas pela ionosfera
enquanto que as ondas de TV são refletidas por satélites distantes
da Terra.

4. D
Pela equação fundamental da ondulatória, obtemos:
Considere duas ondas planas, uma de luz visível e outra de som v1 = 1  f
audível, oscilando com comprimento de onda iguais a λL=10-4 cm e
λS = 1,7 cm, respectivamente. No mesmo instante, ambas incidem 3  108 = 675  10−9  f
perpendicularmente sobre um mesmo lado do anteparo plano, opaco  f  4, 4  1014 Hz
e bom absorvente acústico mostrado na figura acima. Atravessando
FIS 316
ONDAS
A frequência não se altera com a mudança entre os meios, logo: 12. B
v v
f= 1= 2 13. A
1  2
3  108 v2 14. C
=
675  10−9 450  10−9
15. E
 v 2 = 2  108 m s

5. C
Na primeira metade do período, os pontos 1 e 3 descem e o ponto 2 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
sobe. Na segunda metade do período, ocorre o inverso: 1 e 3 sobem
e 2 desce.
A cada um quarto de período da onda, cada ponto da corda desloca 1. ITA Considere uma sala à noite iluminada apenas por uma
verticalmente 1 4 da amplitude, o que corresponde a uma divisão lâmpada fluorescente. Assinale a alternativa correta.
(A) A iluminação da sala é proveniente do campo magnético
na figura dada. Assim, no instante igual a 3 4 do período, a partir gerado pela corrente elétrica que passa na lâmpada.
(B) Toda potência da lâmpada é convertida em radiação visível.
da situação mostrada, os pontos 1 e 3 desceram duas divisões e
(C) A iluminação da sala é um fenômeno relacionado a ondas
subiram uma divisão, estando sobre a linha central; o ponto 2
eletromagnéticas originadas da lâmpada.
subiu duas divisões e desceu uma, estando também sobre a linha
(D) A energia de radiação que ilumina a sala é exatamente igual à
central. Ou seja, a corda está coincidindo com a linha central, com
energia elétrica consumida pela lâmpada.
os pontos 1 e 3 subindo e o ponto 2 descendo, como mostrado na
(E) A iluminação da sala deve-se ao calor dissipado pela lâmpada.
opção C.
2. ITA Considere as afirmativas:
6. B
O som é uma onda mecânica, portanto propaga-se melhor em meios
I. Os fenômenos de interferência, difração e polarização
materiais. Quanto mais material for o meio, ou seja, quanto maior
ocorrem com todos os tipos de onda.
for sua densidade, melhor a onda mecânica irá propagar-se neste
II. Os fenômenos de interferência e difração ocorrem apenas com
meio. Isto se deve ao fato de as partículas do meio estarem mais
ondas transversais.
próximas umas das outras, facilitando a transmissão do som de
III. As ondas eletromagnéticas apresentam o fenômeno de
partícula à partícula.
polarização, pois são ondas longitudinais.
Em relação ao aspecto da compressibilidade, quanto menor for este
IV. Um polarizador transmite os componentes da luz incidente
valor, o meio estará suscetível a menores variações de densidade.
Ou seja, quanto mais comprimido um material é, menos não polarizada, cujo vetor campo elétrico E é perpendicular
compressível ele se torna (menor compressibilidade) e portanto tem à direção de transmissão do polarizador.
menor variação de densidade.
Então, está(ão) correta(s)
7. B (A) nenhuma das afirmativas.
Na refração a frequência da onda não se altera, assim: (B) apenas a afirmativa I.
v (C) apenas a afirmativa II.
v = f  f = (D) apenas as afirmativas I e II.
 (E) apenas as afirmativas I e IV.
vA vB
fA = fB  = 3. ITA Considere as seguintes afirmações relativas às formas de
A B ondas mostradas na figura a seguir:
Assim, substituindo os valores informados no enunciado:
100 m s 150 m s 50 cm 150 m s I. A onda A é conhecida como onda longitudinal e seu
=  B =  B = 75 cm comprimento de onda é igual à metade do comprimento de
50 cm B 100 m s
onda da onda B.
II. Uma onda sonora propagando-se no ar é melhor descrita pela
8. C onda A, onde as regiões escuras são chamadas de regiões de
O critério estabelecido é dado abaixo, sendo p um número par, i um compressão e as regiões claras, de regiões de rarefação.
número ímpar e x a distância entre os pontos: III. Se as velocidades das ondas A e B são iguais e permanecem
  constantes e ainda, se o comprimento de onda da onda B é
 x = p , os pontos estão em fase.
 2 duplicado, então o período da onda A é igual ao período da
Se  onda B.

 x = i , os pontos estão em oposição de fases.

 2

Verifiquemos as distâncias (x) entre os pontos dessas superfícies:


 
x , =   x , = 2 2 (em fase).

 
x,  = 1 (em oposição de fases).
 2
  
x ,  =  + 2  x ,  = 3 2 (em oposição de fases).

9. C
Então, pode-se concluir que:
10. E (A) somente II é correta.
(B) I e II são corretas.
11. D (C) todas são corretas.
FIS 317
ONDAS
(D) II e III são corretas. GABARITO
(E) I e III são corretas.
1. C
4. ITA Os físicos discutiram durante muito tempo sobre o modelo
mais adequado para explicar a natureza da luz. Alguns fatos 2. A
experimentais apóiam um modelo de partículas (modelo
corpuscular) enquanto que outros são coerentes com um modelo 3. A
ondulatório. Existem também fenômenos que podem ser explicados
tanto por um quanto por outro modelo. Considere, então, os 4. D
seguintes fatos experimentais:
5. A
I. a luz se propaga em linha reta nos meios homogêneos.
II. os ângulos de incidência e de reflexão são iguais.
III. a luz pode exibir o fenômeno da difração.
IV. a luz branca refletida nas bolhas de sabão apresenta-se colorida.

Neste caso, pode-se afirmar que o modelo ondulatório é adequado


para explicar:
(A) somente I
(B) somente III e IV
(C) somente III
(D) todos eles
(E) nenhum deles

5. ITA Considere que num tiro de revólver, a bala percorre


trajetória retilínea com velocidade V constante, desde o ponto
inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura, o aparelho M1 registra
simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do impacto da bala
no alvo, o mesmo ocorrendo com o aparelho M 2 .

Sendo VS a velocidade do som no ar, então a razão entre as


respectivas distâncias dos aparelhos M1 e M 2 em relação ao alvo
Q é
(A) VS (V − VS ) / (V2 − VS2 ).
(B) VS (VS − V) / (V2 − VS2 ).
(C) VS (V − VS ) / (VS2 − V2 ).
(D) VS (V + VS ) / (V2 − VS2 ).
(E) VS (VS − V) / (V2 + VS2 ).

FIS 318
FÍSICA 4

Técnicas de resolução de circuitos 321

Processos de eletrização e lei de coulomb 332

Campo elétrico 347

Potencial elétrico 362


ELETRICIDADE

TÓPICO: ELETRICIDADE Vamos chamar de I1 a corrente no ramo ABFE, orientada


SUBTÓPICO: ELETRODINÂMICA arbitrariamente no sentido horário. A corrente no ramo BE foi
CAPÍTULO: TÉCNICAS DE RESOLUÇÃO DE chamada de I2, orientada de B para E. Finalmente, a corrente no
CIRCUITOS ramo BCDE foi chamada de I3, sendo orientada no sentido anti-
horário. A malha da esquerda – ABEFA – foi chamada de , já a
A partir de agora, analisaremos circuitos com mais de uma malha da direita – BCDE – foi chamada de .
malha (caminho fechado), que não podem ser resolvidos com as Observe que temos três incógnitas: I1, I2 e I3, portanto
técnicas que aprendemos até agora. Mas antes, vamos formalizar precisaremos de três equações para conseguirmos resolver o
algumas definições: sistema.
Ramo: trecho de um circuito constituído por um ou mais A primeira equação envolvendo as correntes pode ser obtida
elementos conectados em série. aplicando a Lei dos Nós (1ª Lei de Kirchhoff) no nó B:
Nó: interceção de três ou mais ramos. I1 = I2 + I3 (Eq. 01)
Malha: toda poligonal fechada (circuito fechado), cujos lados Uma dica importante para você não se enrolar nas contas é
são constituídos de ramos. eliminar o quanto antes qualquer uma das três correntes. Para fazer
Considere o cicuito abaixo: isso, toda vez que aparecer I1 nas próximas equações, já substitirei
por I2 + I3, conforme a Eq. 01.
Com a prática, você conseguirá determinar a Eq. 01
mentalmente, não sendo necessária a criação de três correntes, mas
sim, de apenas duas, sendo a terceria corrente obtida pela aplicação
da Leis dos Nós mentalmente.
Voltando a resolução do circuito, precisamos encontrar mais
outras duas equações, as quais são obtidas aplicando-se a Leis das
Malhas para as malhas  e :

Malha :
6 − 3I1 − 6I 2 − 4 − 5I1 = 0
2 = 8(I 2 + I3 ) + 6I 2 = 0
7I 2 + 4I3 = 1 (Eq. 02)
São ramos: AB, BC, ADC, BCEF e ABGHIJ Malha :
São nós: A, B e C −22 − 2I3 + 4 + 6I2 − I3 = 0
São Malhas: ABGHIJA, ABCDA, BCFEB, ABFECDA, etc
2I2 − I3 = 6 (Eq. 03)
Vamos resolver um circuito constituído por duas malhas Resolvendo o sistema composto pelas Eq. 02 e Eq. 03 e depois
utilizando uma técnica conhecida como Método das Malhas. O substituindo os valores encontrados na Eq. 01, teremos:
método consiste em arbitrarmos os sentidos das correntes nas
5 8
malhas e aplicarmos a Lei das Malhas (2ª Lei de Kirchhoff) para I1 = −1A; I2 = A; I3 = − A
cada uma, obtendo assim um sistema de equações a ser solucionado. 3 3
Considere o circito abaixo:
Os valores negativos das correntes I1 e I3 indicam que o sentido
delas é o contrário do adotado, logo o circuito com todas as
correntes com o sentido certo fica assim:

Note que existem três correntes a serem determinadas, uma para


cada ramo do circuito. Como o sentido dessas correntes é
desconhecido, podemos escolher um sentido qualquer. Caso a nossa
escolha tenha sido a errada, um sinal negativo aparecerá no valor da
corrente, indicando que o sentido correto é o oposto do escolhido
inicialmente.
Desenhando as coorentes no circuito acima, o desenho fica
assim:

FIS 321
ELETRICIDADE
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 4. UEL Um circuito de malha dupla é apresentado na figura a
seguir.

1. UDESC De acordo com a figura, os valores das correntes


elétricas i1, i 2 e i3 são, respectivamente, iguais a:

Sabendo-se que R1 = 10Ω, R2 = 15Ω, 1 = 12V e 2 = 10V , o


(A) 2,0 A, 3,0 A, 5,0 A valor da corrente i é:
(B) −2,0 A, 3,0 A, 5,0 A (A) 10 A (B) 10 mA (C) 1 A
(D) 0,7 A (E) 0,4 A
(C) 3,0 A, 2,0 A, 5,0 A
(D) 5,0 A, 3,0 A, 8,0 A 5. UEPG As ramificações presentes nas redes elétricas,
(E) 2,0 A, −3,0 A, −5,0 A transformam-na em um circuito complexo. Como existem vários
caminhos fechados para que a corrente elétrica percorra com
geradores, receptores e resistores, uma possibilidade para a
2. MACKENZIE compreensão do que ocorre no circuito é empregar as Leis de
Kirchhoff. Com base na figura abaixo, na qual os geradores e
receptores são considerados ideais, assinale o que for correto.

No circuito anterior, os geradores são ideais. A d.d.p entre os


pontos A e B é:
(A) zero
(B) 6,0 V
(C) 12 V
01) A 1ª Lei de Kirchhoff decorre do princípio da conservação da
(D) 18 V
carga elétrica e a 2ª Lei de Kirchhoff decorre do princípio da
(E) 36 V
conservação da energia.
02) Os três geradores presentes no circuito apresentam ddp de:
3. UFC Considere o circuito da figura a seguir.
E1 = 220 V, E2 = 220 V e E3 = 80 V.
04) O módulo da diferença de potencial (ddp) no ramo central vale
150 V.
08) Receptor elétrico é qualquer dispositivo que transforma a
energia elétrica recebida da fonte (gerador) para uma outra
modalidade de energia, que não seja exclusivamente térmica.
16) As intensidades de corrente nos ramos valem: 5,5 A, 5,5 A e
3,5 A.

GABARITO

1. A
Pela lei das malhas de Kirchoff:

a) Utilize as leis de Kirchhoff para encontrar as correntes


I1, I2 , I3.
b) Encontre a diferença de potencial VA − VB .

FIS 322
ELETRICIDADE
6 + 4 − 5  i1 = 0  i1 = 2 A Portanto, no ramo central:
8 + 4 − 4  i2 = 0  i2 = 3 A U = 220 + 20i1 − 20i 2 = 220 + 20  (3,5 − 7 )
Pela lei dos nós de Kirchoff no ponto B, temos:  U = 150 V
i1 + i2 = i3 i3 = 2 + 3 = 5 A [08] Verdadeira. O receptor elétrico transforma a energia elétrica
recebida em outras formas de energia, que não apenas
2. C térmica devido ao efeito Joule.
[16] Falsa. Como calculado anteriormente, as intensidades das
3. a) I1 = 1 A; correntes nos ramos valem:
Ramo de esquerda:
I2 = 0,5 A;
ie = i1 = 3,5 A
I3 = 1,5 A. Ramo central:
b) VA − VB = 8 V. ic = i2 − i1 = 3,5 A
Ramo da direita:
4. E id = i 2 = 7 A
Dados: R1 = 10 , R2 = 15 , 1 = 12 V e 2 = 10 V

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Determine as correntes que passam pelas baterias ideais do


circuito abaixo:

Apliquemos as leis de Kirchoff.


– Malha abcdefa:
2 2 = ( R1 + R 2 ) i + R1 ( i + i ' )  20 = (10 + 15 ) i + 10 ( i + i ' ) 
20 = 10i + 15i + 10i + 10i ' 
20 = 35i + 10i ' (I)
– Malha defgd:
1 +  2 = R1 ( i + i ') + R 2i '  12 + 10 = 10 ( i + i ') + 15i ' 
22 = 10i + 10i '+ 15i ' 
22 = 10i + 25i ' (II)
Multiplicando a equação (I) por -2,5 e montando o sistema:

−50 = −87,5i − 25i' 2. Determine os valores da f.e.m.  e da diferença de potencial entre
  − 28 = −77,5i  i  0,36 A. os pontos x e y (Vx – Vy), sabendo que a corrente que passa pelo
22 = 10i + 25i'
 resistor de 14 Ω vale 2 A e tem sentido para direita.
5. 01 + 04 + 08 = 13.
[01] Verdadeira. A 1ª lei diz que o somatório das correntes elétricas
que entram num nó é igual ao somatório das que saem, não
havendo acúmulo de cargas no nó. A 2ª lei diz que a soma das
forças eletromotrizes numa malha é igual à soma algébrica das
quedas de potencial nessa malha.
[02] Falsa. De acordo com a figura, não há como os três serem
geradores (pela 2ª lei de Kirchhoff).
[04] Verdadeira. Sendo i1 e i 2 , respectivamente, as correntes nas
malhas da esquerda e da direita e adotando ambos os sentidos
como horários, aplicando a 2ª lei de Kirchhoff, temos:
3. No circuito mostrado a figura abaixo, quanto valem os valores
medidos pelo amperímetro e voltímetro ideais?

Malha esquerda:
220 − 15i1 − 5i1 − 10i1 − 220 − 10i1 + 10i 2 + 10i 2 = 0
−40i1 + 20i 2 = 0  i 2 = 2i1 (I)
Malha direita:
220 − 10i 2 − 6i 2 − 80 − 1i 2 − 3i 2 − 10i 2 + 10i1 + 10i1 = 0
140 − 30i 2 + 20i1 = 0  14 − 3i 2 + 2i1 = 0 (II)
Resolvendo para (I) e (II), obtemos:
i1 = 3,5 A e i2 = 7 A

FIS 323
ELETRICIDADE
4. No circuito da figra abaixo, uma fonte de tensão de 12 V com 7. O circuito esquematizado a seguir contém duas baterias
resistência interna r desconhecida está conectada a uma bateria consideradas ideais e três resistores R1, R2 e R3, de resistências
recarregável de 1 Ω de resistência interna e f.e.m.  e a uma lâmpada iguais a 6 Ω, 3 Ω e 2 Ω, respectivamente.
de resistência 3 Ω. Se os amperímetros ideais (1) e (2) indicam 1 A
e 2 A, respectivamente, determine a intensidade da corrente na fonte
de 12 V, sua resistência interna r e f.e.m. da bateria recarregável .

Calcule as intensidades e os sentidos das correntes elétricas em R1,


R2e R3.

8. FEI No circuito esquematizado na figura, sabemos que I = 2 A.


O valor de R e a potência dissipada na resistência de 20 Ω valem,
respectivamente:

5. Determine a leitura do amperímetro ideal e o potencial no ponto


P.

(A) 15 Ω e 240 W. (B) 15 Ω e 20 W.


(C) 10 Ω e 240 W. (D) 10 Ω e 20 W.
(E) 15 Ω e zero.

9. O valor da tensão entre os pontos A e B (VA – VB) vale:

(A) 1 A; – 4 V
(B) 0,5 A; 3 V
(C) 1,5 A; 2,5 V
(D) 3 A; 5 V
(E) 2 A; 4 V

6. ESPCEX (AMAN) O desenho abaixo representa um circuito


elétrico composto por gerador, receptor, condutores, um voltímetro
(V), todos ideais, e resistores ôhmicos.

(A) – 1,25 V (B) 1,25 V


(C) 5,0 V (D) – 5,0 V

10. Dado que R1 = 20 Ω e R2 = 10 Ω, o valor da tensão entre os


terminais A e B (VA – VB) será igual a:

O valor da diferença de potencial (ddp), entre os pontos F e G


do circuito, medida pelo voltímetro, é igual a
(A) 1,0 V
(B) 3,0 V
(C) 4,0 V (A) 45 V
(B) 35 V
(D) 5,0 V
(C) 30 V
(E) 8,0 V (D) 40 V

FIS 324
ELETRICIDADE
11. ESPCEX (AMAN) Considere o circuito elétrico ABCD 14. No circuito da figura abaixo, o potencial elétrico no ponto P é
abaixo, que é formado por 4 (quatro) resistores ôhmicos sendo 30 V. O valor de V é igual a:
R1 = 0,5 , R 2 = 1 , R 3 = 2 , R 4 = 4  e 2 (dois) geradores
ideais E1 e E 2 .

(A) 8 V (B) 6 V (C) 10 V


(D) 9 V (E) 7,5 V

Sabendo que a diferença de potencial entre os terminais do resistor 15. Assinale a alternativa que diz o que ocorre com a corrente i logo
R1 é zero, isto é, (VCD = 0) e que o valor da ddp (diferença de que se fecha o interruptor (S).
potencial) de E 2 = 4 V então a ddp de E1 vale:
(A) 1 V
(B) 2 V
(C) 5 V
(D) 8 V
(E) 10 V

12. UFPR A figura mostra um circuito formado por uma fonte de


força eletromotriz e cinco resistores. São dados:  = 36 V, R1 = 2
 , R2 = 4  , R3 = 2  , R4 = 4  e R5 = 2  .

(A) Se duplica e inverte de sentido.


(B) Se reduz a metade e inverte seu sentido.
(C) Não muda de valor, mas inverte seu sentido.
(D) Não muda de valor nem de sentido.
(E) Se reduz a metade e não muda de sentido.

GABARITO

1. Nesse caso em particular, podemos resolver o circuito sem que


seja necessário resolver um sistema de equações.
Com base nessas informações determine: Observe que as baterias estão conectadas umas às outras sem estar
a) A corrente elétrica que passa em cada um dos resistores. em série com nenhum resistor, portanto conseguimos escolher um
b) A resistência equivalente do circuito formado pelos resistores caminho sem passar por nenhum resistor, como por exemplo, o
R1 a R5. caminho ABCD.
Para facilitar os cálculos, podemos arbitrar um ponto qualquer como
13. Se o voltímetro ideal do circuito da figura abaixo indica 8 V, referência. Escolheremos o ponto C, pois está conectado ao polo
determine a leitura do amperímetro ideal. negativo das baterias.

(A) 0,1 A
(B) 0,15 A
(C) 0,2 A
(D) 0,25 A
(E) 0,3 A
FIS 325
ELETRICIDADE
Para o nó B:

Para o nó D:

Conhecendo o potencial em todos os pontos do circuito, fica fácil


identificar o sentido das correntes, que, no resistor, vão sempre do
maior para o menor potencial:

2.  = 18 V e Vx – Vy = – 6 V.

3. 2 A e 12 V.

4. 3 A, r = 2 Ω e  = 5 V

5. A
Utilizando a Lei de Ohm em cada resistor, determinamos o valor
6. D
das correntes:
Redesenhando o circuito, temos:

Por último, para calcularmos a corrente em cada bateria, usaremos


a Lei dos nós para cada nó no qual as baterias estão conectadas.
Para o nó A:
Obtemos assim as equações:
 V = 8 − 2i1

 V = 4 − 4i 2

 V = 4 ( i1 + i 2 )

Resolvendo o sistema, chegamos a:


3 1
i1 = A, i 2 = − A e V = 5 V
2 4

FIS 326
ELETRICIDADE
7. Sendo assim, a ddp de E1 vale:
E1 = 4 − ( 4 − 2 )
 E1 = 2 V

12. Dados:  = 36 V, R1 = 2  , R2 = 4  , R3 = 2  , R4 = 4  e
R5 = 2  .

1ª Resolução:

a) Como
R1 = R5 e R2 = R4,
o circuito apresenta simetria, ou seja:
i1 = i5 e i2 = i4.

Assim, podemos transformar o circuito da Fig. 1 no circuito da


Fig. 2, fazendo:
i1 = i5 = x;
i2 = i4 = y;
i3 = z.

Aplicando a lei dos nós em B:


x=y+z
z = x – y (I).

Aplicando a lei das malhas:


Malha MABCNM  R1 x + R2 y –  = 0 
2 x + 4 y = 36 (II).

Malha ABEFA  R1 X + R3 z – R4 y = 0 
2 x + 2 z – 4 y = 0 (III).

Substituindo (I) em (III):


8. E
9. A 2 x + 2(x – y) – 4 y = 0  2 x + 2 x – 2 y – 4 y = 0  4 x – 6 y
10. D
=0 
11. B
-2 x + 3 y = 0 (IV).
Corrente elétrica em R 4 : Montando o sistema com (II) e (IV) e somando:
VAC = VAD = R 4i
4 = 4i 2 x + 4 y = 36
 36
  7 y = 36  y = .
i =1A −2x + 3 y = 0
 7
Sendo i ' a corrente que passa por R 2 , temos:
Substituindo em (II):
 36  144 108 54
2 x + 4   = 36  2 x = 36 −  x=  x= .
 7  7 14 7
Em (I):
54 36 18
z=x−y= −  z= .
7 7 7
Assim:
54
i1 = i 5 = x = A;
7
36
i2 = i 4 = y = A;
7
18
i3 = z = A.
No ramo de AB, vem: 7
4 − i '− 0 = 2 ( i '− 1) b) a corrente total é:
36 54 90
4 − i ' = 2i '− 2 i=x+y= +  i= A.
7 7 7
i' = 2 A

FIS 327
ELETRICIDADE
Aplicando a lei de Ohm-Pouillet ao circuito: Se a potência dissipada por R2 é nula, então a razão entre as f.e.m.
 36 de G1 e G2 é
 = R eq i  R eq = =  R eq = 2,8 . 1 1
i 90 (A) (B)
7 4 2
2ª Resolução
(C) 2 (D) 4.
Aplicando a lei dos nós:

 Nó C : i = i 2 + i5 3. EFOMM Calcule a potência (em Watts) na resistência R2 no
  i 2 + i5 = i1 + i 4 (I).
 Nó A : i = i1 + i 4
 circuito misto abaixo e assinale a alternativa correta.
Aplicando a lei das malhas na Fig.1:
Malha MABCNM  R1 i1 + R2 i2 –  = 0  2 i1 + 4 i2 = 36

i1 + 2 i2 = 18 (II).
Malha MAFEDCNM  R4 i4 + R5 i5 –  = 0  4 i4 + 2 i5 =
36 
2 i4 + i5 = 18 (III).

Igualando (II) e (III):


i1 + 2 i2 = 2 i4 + i5 (IV). (A) 29 (B) 36 (C) 42
Montando o sistema com (I) e (IV): (D) 54 (E) 62.
−i 2 − i5 = − i1 − i 4
i 2 + i5 = i1 + i 4  4. EFOMM O valor da força eletromotriz E e da resistência R
   2 i 2 + i5 = i1 + 2 i 4  i1 = i5 . no circuito da figura apresentado abaixo, são, respectivamente,
2 i 2 + i5 = i1 + 2 i 4 
 i2 = i4
A partir dessa conclusão, recaímos na 1ª solução fazendo:
i1 = i5 = x;
i2 = i4 = y;
i3 = z.

13. C

14. B

15. E

EXERCÍCIOS DE CONCURSO (A) E = 4,0 V e R = 4,0 


(B) E = 4,0 V e R = 16,0 
1. EFOMM - Na figura, temos o esquema de um circuito, onde (C) E = 8,0 V e R = 4,0 
R = 4,0 Ω, E1 = 8,0 V e E2 = 4,0 V.
Qual a diferença de potencial, em volts, entre os pontos A e B? (D) E = 8,0 V e R = 12,0 
(E) E = 8,0 V e R = 16,0 

5. ITA

(A) 2,0 (B) 4,0 (C) 6,0


No circuito da figura, têm-se as resistências R, R1, R2 e as fontes
(D) 8,0 (E) 10
V1 e V2 aterradas, A corrente é
2. AFA No circuito representado abaixo, os geradores G1 e G2 são (A)
( V1R 2 − V2R1 )
ideais e os resistores têm a mesma resistência R. ( R1R 2 + RR 2 + RR1 )
(B)
( V1R1 + V2R 2 )
( R1R 2 + RR 2 + RR1 )
(C)
( V1R1 − V2R 2 )
( R1R 2 + RR 2 + RR1 )
(D)
( V1R 2 + V2R1 )
( R1R 2 + RR 2 + RR1 )
(E)
( V2R1 − V1R 2 )
( R1R 2 + RR 2 + RR1 )

FIS 328
ELETRICIDADE
6. ITA No circuito esquematizado, a corrente i através da resistência 9. AFA No circuito abaixo, para que a bateria de f.e.m. 1 e
R é dada por: resistência interna r1 funcione como receptor, o valor da resistência
R poderá ser igual a

(A) 30 (B) 20 (C) 25 (D) 15

(A) R2V2 – R1V1 / R1R2 + R1R + RR2 10. Determine todas as correntes do circuito abaixo.
(B) R2V1 – R1V2 / R1R2 + R1R + RR2
(C) R1V2 + R2V1 / R1R2 + R1R + RR2
(D) R1V2 – R2V1 / R1R2 + R1R + RR2
(E) R1V1 – R2V2 / R1R2 + R1R + RR2

7. IME O elemento passivo k, cuja potência máxima de utilização


é de 30 watts, tem a característica tensão-corrente dada pelo gráfico
a seguir:
GABARITO

1. B
2. B
3. D
4. C
Tensão sobre o resistor de 2  :
U = 2  (1 + 2 )
U=6V

Como os ramos estão em paralelo, a ddp sobre elas é a mesma.


Logo, pela equação do gerador:
No ramo de cima:
6 = 10 − R  1
R = 4 

No ramo do meio:
6 = E − 1 2
Determine o maior valor positivo que se pode permitir para a tensão E = 8 V
V da bateria. 5. D
6. B
8. IME 7. 135 V
8. C
9. A
10. ia = 4 A; ib = 2 A; ic = 2 A; id = 3 A e ie = - 1 A.

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

1. IME

Um sistema composto por dois geradores denominados G1 e G2,


cuja tensão de saída é VG, é apresentado na figura acima. Este
sistema alimenta uma carga que opera com uma tensão V e demanda
da rede uma corrente I. O valor de R2 em função de R1, de modo que
o gerador G2 atenda 40% da potência da carga, é:
(A) 1/2 R1
(B) R1
(C) 3/2 R1 A figura ilustra um circuito resistivo conectado a duas fontes de
(D) 2 R1 tensão constante. Considere as resistências em ohms. O módulo da
(E) 5/2 R1 corrente I que atravessa o resistor de 2 ohms é, aproximadamente,
(A) 0,86 A (B) 1,57 A
(C) 2,32 A (D) 2,97 A
(E) 3,65 A
FIS 329
ELETRICIDADE
2. ITA Considere o circuito elétrico mostrado na figura formado por dissipada, em W, no resistor de 10  do circuito é
quatro resistores de mesma resistência, R = 10 , e dois geradores (A) 3,42 (B) 6,78 (C) 9,61
ideais cujas respectivas forças eletromotrizes são 1 = 30 V e (D) 12,05 (E) 22,35
2 = 10 V. Pode-se afirmar que as correntes i1, i2, i3 e i4 nos trechos
indicados na figura, em ampères, são respectivamente de GABARITO
(A) 2, 2/3, 5/3 e 4.
(B) 7/3, 2/3, 5/3 e 4. 1. C
(C) 4, 4/3, 2/3 e 2. 2. B
(D) 2, 4/3, 7/3 e 5/3. Redesenhando o circuito, já com os dados.
(E) 2, 2/3, 4/3 e 4.

3. IME

Aplicando as leis Kirchoff:

Nó D:
i1 = i2 + i3 ( I)

A figura acima mostra um circuito formado por quatro resistores e Malha CDBC:
duas baterias. Sabendo que a diferença de potencial entre os 10 i1 + 10 i2 − 30 = 0  i1 + i2 = 3 (II ).
terminais do resistor de 1  é zero, o valor da tensão U, em volts,
é: (I) em (II):
(A) 154 15 (B) 30 4 (C) 70 9 (i2 + i3 ) + i2 = 3  2 i2 + i3 = 3 ( III).
(D) 10 (E) 154 30
Malha ABCDA:
4. No circuito elétrico mostrado na figura abaixo, determine a razão −10 i2 + 10 i3 − 10 = 0  i2 − i3 = −1 ( IV).
entre as eficiências das fontes 1 e 2.
R−r Somando (III) e (IV):
(A)
R + 3r 2 i 2 + i3 = 3 ( III )
 2
  3 i 2 = 2  i 2 = A.
(B)
R
i −
2 3
i = − 1 ( )
IV 3
r
 R−r 
(C) 2   Substituindo em (IV):
 R + 3r  2 5
3R − r i 2 + 1 = i3  + 1 = i3  i3 = .
(D) 3 3
3R + 3r
6R − 2r Malha CABC:
(E)
6R + r 10 i4 − 10 − 30 = 0  10 i 4 = 40  i 4 = 4 A.
Voltando em (I):
5. IME 2 5 7
i1 = i 2 + i3  i1 = +  i1 = A.
3 3 3
3. C

A figura acima mostra um circuito elétrico composto por


resistências e fontes de tensão. Diante do exposto, a potência

FIS 330
ELETRICIDADE
Como a d.d.p entre os pontos A e B é zero, o resistor de 1  Os pontos dos vértices têm todos o mesmo potencial. Assim a ddp
pode ser excluído do circuito. entre esses pontos e o ponto central e a mesma nos quatro ramos.
Relação entre as correntes (lei dos nós): Apliquemos a lei dos nós no ponto central e equacionemos as
tensões entre cada vértice e o ponto central B, indo sempre do
Nó A : i5 = i4
vértice para o centro.
Nó B : i 2 = i1
Nó C : i 2 = i3 + i5  i3 = i1 − i5  U A B = U A B  − 10 + 5i 2 = −15 + 10 i 1  i 2 = −1 + 2i 1 ( I )
 1 2


Nó D : i3 + i4 = i1  i3 = i1 − i 4 = i1 − i5 (mesmo resultado do  U A1B = U A3B  − 5 + 15i 3 = −15 + 10 i 1  i3 =
−2 + 2i 1
( II )
 3 ( I ) , ( II ) e ( III ) em ( IV ) 
anterior) U = U A 4 B  − 5i 4 = −15 + 10 i 1  i 4 = 3 − 2i 1 ( III )
 A1B

Na malha ADCA : i1 + i 2 + i3 = i 4 ( IV )

5 + 2i1
10 − 2i 4 + 4i3 = 0  10 − 2i5 + 4 ( i1 − i5 ) = 0  i5 =  −2 + 2 i1 
3 ( )
i1 + −1 + 2 i1 + 
 3
 = 3 − 2 i1  3 i1 − 3 + 6 i1 − 2 + 2 i1 = 9 − 6 i1 
 
14
i1 = A.
Na malha ABCA : 17

10 Calculando a potência dissipada no resistor de 10  :


10 − 3i 2 = 0  i 2 = i1 = A 2
3  14  1960
P = R i 12 = 10   =  P = 6,78 W.
 
17 278
35 5 35
Logo: i5 = A ; i3 = − A ; i 4 = A.
9 9 9

Na malha BCDB :
10  5
U − 3i 2 − 4i3 = 0  U = 3  + 4− 
3  9
70
U = V
9

4. E

5. B
A figura mostra os sentidos das correntes entre cada um dos pontos
dos vértices (A1, A2 e A3 ) e o ponto central (B) em cada um
dos ramos que formam as diagonais do losango.

FIS 331
ELETRICIDADE

TÓPICO: ELETRICIDADE Princípios da Eletrostática


SUBTÓPICO: ELETROSTÁTICA
CAPÍTULO: PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO E LEI DE A Eletrostática fundamenta-se em dois princípios:
COULOMB
• Princípio da atração e repulsão

PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO Partículas eletrizadas com cargas de mesmo sinal de repelem,


enquanto partículas eletrizadas com cargas de sinais contrários se
Noções de Carga Elétrica atraem.

No século VI a.C., o matemático e filósofo grego Tales,


natural da cidade de Mileto, observou que ao atritar uma resina
fóssil (o âmbar) com tecido, esta adquiria a propriedade de atrair
pequenos pedaços de palha. Daí iniciou-se a história da eletricidade.
A palavra grega que significa âmbar é "elektron", que deu origem
as palavras "elétron" e "eletricidade".
Se pegarmos dois bastões de âmbar (ou de vidro) e
atritarmos com tecido, notremos que estes bastões se atraem. Para
explicar tal fenômeno é necessária a compreensão da estrutura da
matéria. Figura 1. Cargas de mesmo sinal se atraem e de
Todos os corpos são constituídos por inúmeros átomos. sinais contrários se repelem.
Os átomos são constituídos principalmente por três partículas
elementares: prótons, elétrons e nêutrons. Para entendermos como • Princípio das conservação das cargas elétricas
estas partículas se distribuem nos átomos podemos pensar no
seguinte modelo: Os prótons e os nêutrons estão fortemente coesos Num sistema eletricamente isolado, a soma algébrica das cargas
numa região central chamada de núcleo, enquanto os elétrons giram elétricas é constante.
ao redor deste núcleo, constituindo a eletrosfera.
Por meio de experiências constatou-se que os elétrons se Se colocarmos alguns corpos em um sistema eletricamente isolado,
repelem, o mesmo acontecendo com os prótons. O elétron e o poderá ocorrer troca de cargas elétricas entre eles, mas a soma
próton se atraem. Para explicar estes acontecimentos, estabeleceu- algébrica dessas cargas será a mesma durante toda a troca.
se que prótons e elétrons possuem uma propriedade física,
denominada carga elétrica. Outras experiências mostram que os
prótons e os elétrons possuem comportamentos elétricos opostos,
por isso devem possuir cargas elétricas de sinais opostos. Sendo
assim, convencionou-se que o próton teria carga positiva e o elétron
carga negativa.
Os nêutrons não são nem atraídos nem repelidos por
nenhuma carga elétrica, por isso o nêutrons é eletricamente neutro.
No átomo o número de prótons é igual ao número de Figura 2 Corpos eletrizados em um sistema
elétrons e ele é eletricamente neutro, daí pode-se concluir que o eletricamente isolado antes da troca de cargas.
módulo da carga do próton é igual ao módulo da carga do elétron.
O valor absoluto dessas cargas é denominado carga elétrica
elementar e é simbolizado por e.
Ela recebe este nome, pois é a menor quantidade de carga
que podemos encontrar na natureza.
A unidade de medida de carga elétrica no SI é o Coulomb
(C), em homenagem ao físico francês Charles Augustin de Coulomb
(1736 - 1806)
O valor de e no SI tem o seguinte valor aproximado: Figura 3 Corpos eletrizados em um sistema
eletricamente isolado após a troca de cargas.
e = 1,6 . 10–19 C
Para estes dois corpos:
Como os prótons estão presos no núcleo, os elétrons é que
são transferidos de um corpo para o outro quando atritamos dois QA + QB = Q'A + Q'B
orpos. Um corpo com excesso ou falta de elétrons é chamado de
corpo eletrizado. Quando há mais corpos, podemos escrever:

Q =  Q'depois da troca
Quantização da Carga Elétrica
antes da troca
Quando um corpo é eletrizado, ele recebe ou perde um
número inteiro de elétrons. Por isso a carga elétrica de um corpo é Condutores e Isolantes Elétricos
quantizada, ou seja, é um múltiplo inteiro da carga elétrica
elementar. Em alguns materiais, os elétrons mais afastados dos
Representando por Q a carga elétrica de corpo eletrizado, temos: núcleos estão fracamente ligados a eles, por isso apresentam grande
liberdade de movimentação. Esses elétrons são chamados de
Q =  ne (n = 1, 2, 3, ...) elétrons livres e os materiais são chamados de condutores
elétricos. Nos demais materiais, essa liberdade de movimentação
praticamente não existe, pois os elétrons estão fortemente ligados
ao núcleo. Esses materiais não possuem elétrons livres e são
denominados isolantes elétricos ou dielétricos.

FIS 332
ELETRICIDADE
É importante ressaltar que tanto um condutor como um
isolante podem ser eletrizados. Só que numisolamnte as cargas
permanecem na região onde ocorreu o processo de eletrização, já
nos condutores a carga elétrica se distribui por toda a superfície
externa.
Na prática não existem condutores e isolantes perfeitos e
sim bons condutores, como os metais e o grafite, e bons
Figura 6 Eletrização por contato
isolantes, como a borracha e o vidro.

Processos de Eletrização
Condutores em contato com a Terra
Como vimos, os elétrons é que são transferidos para que um
Quando um condutor eletrizado entra em contato com a
corpo seja eletrizado. Desta maneira um corpo neutro deve receber
Terra le se torna neutro. Se ele tiver eletrizado com carga negativa,
elétrons, para ficar eletrizado negativamente, e ceder elétrons, para
o excesso de elétrons escoará para a Terra. Caso o condutor esteja
ficar eletrizado positivamente.
eletrizado com carga positiva, os elétrons subirão da terra para
neutralizá-lo. Pode-se dizer então que todo corpo eletrizado de
• Eletrização por atrito
desarrega ao entrar em contato com a Terra.
Ao atritarmos dois corpos neutros de diferentes materiais, um
deles recebe elétrons do outro, ficando eletrizado negativamente,
enquanto o outro que cedeu os elétrons, fica carregado
positivamente.
Os corpos atritados adquirem cargas de mesmo módulo e
sinais contrários.
Ao se atritar, por exemplo, lã com um bastão de vidro, este passa a
apresentar carga positiva, enquanto a lã apresentará carga negativa.
Agora, se eletrizarmos um pedaço de lã com um bastão de ebonite,
Figura 7 Condutores carregados em contato com a Terra
este passará a ter carga negativa, enquanto a lã passará a ter carga
positiva.
Nota-se do experimento acima que um corpo pode
• Eletrização por indução
adquirir carga positiva ou negativa dependendo do material que é
atritado com ele. Convencionou-se então, uma lista
Quando aproximamos um condutor eletrizado (A) de um
chamanadasérie triboelétrica, que funciona da seguinte maneira:
condutor neutro (B), provocamos no condutor neutro uma
Um dado material fica eletrizado positivamente ao ser atritado com
redistribuição dos seus elétrons livres. Este fenômeno é chamado
outro material que sucede na lista, e fica elretrizado negativamente
de indução eletrostática. Considerando que A esteja eletrizado
ao ser atritado com outro material que o precede.
positivamente, os elétrons livres de B se acumulam na região de B
mais próxima de A, enquanto que a região de B mais afastada fica
Exemplo de materiais dispostos numa série triboelétrica:
com falta de elétrons. O condutor eletrizado é chamado de indutor
...vidro, cabelo humano, lã, seda, algodão, âmbar, ebonite, isopor,
e o condutor é chamado de induzido.
plástico, ...

• Eletrização por contato

Colocando-se dois comdutores em contato, um eletrizado (A)


e outro neutro (B), B se eletrizará com carga de mesmo sinal de A.

Figura 8 Fenômeno da indução eletrostática

Para eletrizarmos o condutor B utilizando a indução


eletrostática devemos seguir os seguintes passos:

Figura 4 Eletrização por contato 1. Aproxima-se o indutor do induzido

Considerando condutores esféricos e de mesmo raio, após


o contato as esferas apresentaram cargas iguais:

Figura 9 Eletrização por indução


Figura 5 Eletrização por contato
FIS 333
ELETRICIDADE
2. Na presença do indutor, liga-se o induzido à Terra. O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da
força elétrica de interação entre cargas puntiformes é diretamente
proporcional ao produto dos módulos de cada carga e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.
Ou seja:
K 0 Q1Q 2
F=
d2

O valor mais usual da constante K0, denominada


constante eletrsitática do vácuo, é considerado quando as cargas
Figura 10 Eletrização por indução estão no vácuo, e seu valor é igual a:
K0 = 9x109 N.m2.C-2
3. Ainda na presença do indutor, desliga-se o induzido da Terra.

Figura 11 Eletrização por indução

4. Afasta-se o indutor do induzido

Outra forma de representar a constante K que pode


aparecer nos exercícios é seguinte:

1
K0 =
40
Onde 0 é uma outra constante denomida permissividade
Figura 12 Eletrização por contato
elétrica do vácuo e seu valor é:
É importante ressaltar que a carga adquirida pelo induzido
0 = 8,85 x 10-12 N-1 m-2 C2
tem sinal contrário à do indutor.
Se o indutor tivesse carga negativa, após seguir o
Repare que:
procedimento acima, o induzido ficaria com carga positiva.

1 1
K0 = =  9,0 109
40 4  3,14  8,85 10−12
LEI DE COULOMB

Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb com A permissividade elétrica () é uma grandeza física
base experimentos de laboratório, refere-se às forças de interação associada ao meio onde as cargas elétricas se encontram: vácuo,
(atração e repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou ar, água, álcool, vidro, ...
seja, com dimensão desprezível. A maneira mais usual de caracterizar os demiais meios é
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, por meio da constante dielétrica ou permissividade relativa
cargas com sinais opostos são atraídas e com sinais iguais são definida pela razão entre a permissividade do meio e a
repelidas, ou seja, a direção da força é reta que une as partículas, e permissividade do vácuo:
estas forças de interação têm intensidades iguais. 
=
0
Note que a constante dielétrica é adimensional e,
portanto, não possui unidade.
A tabela abaixo mostra os valores da permissividade elétrica e
da constante dielétrica de alguns dielétricos:
Meio Material r (ou ) (F/m)
vácuo 1,0 8,854 . 10-12
ar 1,0 8,854 . 10-12
água 81,5 721 . 10-12
etanol 25 221 . 10-12
ebonite 2,8 24,8 . 10-12
vidro 5,0 44,3 . 10-12

Um alterta com relação à Lei de Coulomb. Ela só é


válida para apenas para o caso de partículas carregadas ou para
esferas cerregadas. Se quisermos calcular a força elétrica entre

FIS 334
ELETRICIDADE
dois suchis carregados, não podemos usar a Lei de Coulomb, e EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
teremos de recorrer ao cálculo diferencial e integral. Mas fique
tranquilo, caro aluno, pois esta última situação não cairá na sua 1. ENEM
prova.

Densidade linear de cargas

Quando um fio está eletrizado, usamos a grandeza


densidade linear de cargas para nos referirmos ao modo que as
cargas estão distribuídas ao longo do fio.

Por qual motivo ocorre a eletrização ilustrada na tirinha?


(A) Troca de átomos entre a calça e os pelos do gato.
(B) Diminuição do número de prótons nos pelos do gato.
(C) Criação de novas partículas eletrizadas nos pelos do gato.
(D) Movimentação de elétrons entre a calça e os pelos do gato.
(E) Repulsão entre partículas elétricas da calça e dos pelos do gato.

q 2. G1 - IFCE Um corpo que estava inicialmente neutro, após


= eletrização passou a ter uma carga líquida de −8 10−16 C. Sabendo
C que a carga elétrica elementar (= módulo da carga do elétron, ou do
A unidade SI da densidade linear de cargas é . próton) vale 1,6  10−19 C, é correto afirmar-se que o corpo
m
A interpretação física dessa grandeza é seguinte: quanto (A) perdeu 5  10 4 elétrons.
maior o valor da densidade, mais próximas cas cargas estarão
umas das outras (que nem quando pegamos a condução lotada) (B) ganhou 5  103 elétrons.
(C) perdeu 5  103 elétrons.
Densidade superficial de cargas
(D) perdeu 2,5 104 elétrons.
Quando uma chapa metálica ou isolante está eletrizada, (E) ganhou 2,5 103 elétrons.
usamos a grandeza densidade superficial de cargas para nos
referirmos ao modo que as cargas estão distribuídas ao longo da 3. G1 - IFSP A tabela a seguir mostra a série triboelétrica.
chapa.
Pele de coelho
Vidro
Cabelo humano
Mica

Pele de gato
Seda
Algodão
Âmbar
Ebonite
q Poliéster
= Isopor
A
C Plástico
A unidade SI da densidade superficial de cargas é .
m2 Através dessa série é possível determinar a carga elétrica adquirida
por cada material quando são atritados entre si. O isopor ao ser
Densidade volumétrica de cargas atritado com a lã fica carregado negativamente.

Quando um objeto isolante tridimensional está O vidro ao ser atritado com a seda ficará carregado:
eletrizado, usamos a grandeza densidade volumétrica de cargas (A) positivamente, pois ganhou prótons.
para nos referirmos ao modo que as cargas estão distribuídas ao (B) positivamente, pois perdeu elétrons.
longo do objeto. (C) negativamente, pois ganhou elétrons.
(D) negativamente, pois perdeu prótons.
(E) com carga elétrica nula, pois é impossível o vidro ser eletrizado.

4. EEAR Considere quatro esferas metálicas idênticas, A, B, C e


D, inicialmente separadas entre si. Duas delas, B e D, estão
inicialmente neutras, enquanto as esferas A e C possuem cargas
elétricas iniciais, respectivamente, iguais a 3Q e −Q. Determine a
carga elétrica final da esfera C após contatos sucessivos com as
esferas A, B e D, nessa ordem, considerando que após cada
C contato, as esferas são novamente separadas.
A unidade SI da densidade volumétrica de cargas é . Q Q
m3 (A) (B) (C) 2Q (D) 4Q
4 2

FIS 335
ELETRICIDADE
5. ULBRA Considere duas cargas, QA = 4C e QB = −5C, força medida pela ponta de prova.
(A)
separadas por 3 cm no vácuo. Elas são postas em contato e, após,
separadas no mesmo local, por 1 cm. Qual o sentido e o valor da
força eletrostática entre elas, após o contato?

Nm 2
Considere: 1C = 10−6 C, k 0 = 9x109
c2
(A) Atração; 0,2 N.
(B) Atração; 2,5 N.
(C) Atração; 200,0 N.
(D) Repulsão; 0,2 N. (B)
(E) Repulsão; 22,5 N.

6. UPE Duas esferas isolantes, A e B, possuem raios iguais a RA e


RB e cargas, uniformemente distribuídas, iguais a QA e QB,
respectivamente.
Sabendo-se que 5QA = 2QB e ainda que 10RA = 3RB, qual a relação
entre suas densidades volumétricas de cargas A / B ?
(A) 100/9
(B) 15/8
(C) 200/6
(D) 400/27 (C)
(E) 280/9

7. EEAR Duas cargas são colocadas em uma região onde há


interação elétrica entre elas. Quando separadas por uma distância
d, a força de interação elétrica entre elas tem módulo igual a F.
Triplicando-se a distância entre as cargas, a nova força de interação
elétrica em relação à força inicial, será
(A) diminuída 3 vezes
(B) diminuída 9 vezes
(C) aumentada 3 vezes
(D) aumentada 9 vezes (D)

8. EEAR Os microscópios de força atômica funcionam com base


na força de repulsão (Força de Coulomb) entre os núcleos atômicos
e uma haste muito fina carregada, chamada de ponta de prova.
Uma dessas pontas de prova é colocada verticalmente sobre uma
amostra plana fixada na horizontal. A ponta de prova varre a
amostra horizontalmente, conforme figura a seguir.

9. EEAR Quatro esferas idênticas (A, B, C e D) têm cargas elétricas


respectivamente iguais a 8Q, 4Q, 2Q e Q.
Determine a carga final de D após contatos sucessivos com A em
seguida com B, e finalmente com C, uma esfera de cada vez.
(A) 3,125 (B) 3,750
(C) 5,000 (D) 7,500

10. UFF A figura representa quatro esferas metálicas idênticas


penduradas por fios isolantes elétricos.

Suponha que essa ponta de prova esteja carregada positivamente e


ao aproximar de um núcleo atômico meça a força de repulsão ao
mesmo. E que essa força seja marcada no eixo y do gráfico como
positiva e que o movimento de aproximação da ponta de prova se
dê no eixo x do valor − d ao valor + d. Nessas condições, assinale
a alternativa que apresenta o gráfico que corresponde ao valor da

FIS 336
ELETRICIDADE
O arranjo está num ambiente seco e as esferas estão inicialmente em 5. E
contato umas com as outras. A esfera 1 é carregada com uma carga O enunciado não informa, mas assumiremos que as cargas são
elétrica +Q. idênticas e condutoras, assim podemos dizer que as cargas se
dividem igualmente após a separação.
Escolha a opção que representa a configuração do sistema depois de Pela conservação da carga elétrica:
atingido o equilíbrio. Qantes = Qdepois
(A) (B)
4C − 5C = QA(final) + QB(final)
Como, por suposição
QA(final) = Q B(final)
Fica,
−1C = 2QA(final)  QA(final) = QB(final) = −0,5C
Logo, como as cargas são negativas, teremos uma repulsão
eletrostática atuando nas duas cargas após o contato e separação.
(C) (D) A intensidade da força eletrostática é calculada com a Lei de
Coulomb:
(0,5 10 C)
2
2 −6
QA  QB QA Nm2
F = k0  F = k0  F = 9  109   F = 22,5 N
d2 d2 C2
(110 m)
2
−2

6. D
 5
 5 Q A = 2 Q B  QB = 2 Q A .
(E) Do enunciado: 
10 R = 3 Q 10
B  RB = RA.
 A
3
4
Lembrando que o volume da esfera é  R3 :
3
 QA
A = 4
.
  R 3A
 3

 5 5 
QA QA
 QB 5 QA QA
B = = 2 = 2 = = .
4 4  10 
3 4 1000 3 4 2000 3 4 400 3
  R 3B  R A  RA  RA  RA
GABARITO  3 3 3 
3 27 3 27 3 27

4 400 3
A QA
 RA
1. D = 3 27 
B 4  R 3 QA
Quando o gato se esfrega na calça, ocorre o processo de eletrização 3A

por atrito, havendo movimento de elétrons entre ambos.


A 400
= .
2. B B 27
Se o corpo estava eletricamente neutro e ficou eletrizado
negativamente, ele ganhou elétrons.
7. ]
Q 8  10−16
Q = ne  n = =  n = 5  103 elétrons.
e 1,6  10−19 k  q1  q 2
F1 =
d2
3. B k  q1  q 2 1 k  q1  q 2
O vidro precede a sede na série triboelétrica. Portanto, ele é mais F2 =  F2 = 
eletropositivo (perde elétrons, ficando eletrizado positivamente) que (3d)2 9 d2
a seda, que é mais eletronegativa (recebe elétrons ficando eletrizada
negativamente). 8. A

4. A A intensidade da força coulombiana é inversamente proporcional ao


Dado que a carga resultante em cada esfera idêntica é resultado da quadrado da distância de acordo com a expressão:
média aritmética das cargas iniciais, temos que a carga da esfera C k Q1 Q 2
F= .
será: d2
−Q + 3Q
Após o contato com a esfera A : QC1 = =Q
2 Assim, à medida que a ponta de prova se aproxima de x = 0, a
Q+0 Q distância entre os núcleos atômicos diminui aumentando a
Após o contato com a esfera B : QC2 = =
2 2 intensidade da força repulsiva. Após passar por x = 0, a distância
Q aumenta, diminuindo a intensidade dessa força. A curva obtida é
+0
Q impropriamente chamada de “hipérbole cúbica”.
Após o contato com a esfera D : QC3 = 2 =
2 4
9. A
Q
Portanto, a carga final da esfera C será . 10. C
4

FIS 337
ELETRICIDADE
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 6. MACK-SP Duas cargas elétricas positivas e iguais, cada uma de
valor Q, são fixadas nos vértices opostos de um quadrado. Nos
1. EsPCEx Três esferas condutoras A, B e C, de mesmo raio, outros dois vértices colocam-se duas outras cargas iguais q,
possuem cargas elétricas respectivamente iguais a -2 μC, -10 μC e conforme mostra a figura. Para que as cargas q fique em equilíbrio
+12 μC. A esfera A é colocada em contato com a esfera B e, em sob a ação das forças elétricas somente, deve-se ter:
seguida, as duas são afastadas. Após um intervalo de tempo, a esfera (A) q = –2 2Q (B) q = 2 2Q
A é posta em contato com a esfera C. Considerando que as esferas
trocaram cargas apenas entre si, ao final do processo, a carga elétrica (C) q = – 2Q (D) q = 2Q
de A será:
(A) +6 μC 7. Três pequenas esferas isoladas carregadas com cargas idênticas
(B) +3 μC localizadas como mostra a figura; A força resultante exercida sobre
(C) 0 μC a esfera B pelas esferas A e C é de 54 N. Qual a força resultante
(D) –3 μC exercida sonre a esfera A?
(E) –6 μC

2. Uma carga elétrica puntiforme positiva QA = 4Q é colocaga na


origem do eixo Ox. Uma carga negativa QB = - Q é colocada no
ponto de abcissa x = 6 m. Determine a abcissa do ponto onde deve
ser colocada uma terceira carga positiva q de modo que ela
permaneça em equilíbrio.
(A) x = 4 m
(B) x = - 6 m
(C) x = - 12 m
(A) 80 N (B) 32 N (C) 36 N
(D) x = 8 m
(D) 27 N (E) 9 N
(E) x = 12 m
8. EN Duas pequenas esferas condutoras idênticas estão
3. AFA As cargas Q1 = 9 C e Q3 = 25 C estão fixas nos pontos inicialmente eletrizadas com as cargas Q1 = 2,0 . 10-6C e Q2 = 8,0 .
A e B. Sabe-se que a carga Q2 = 4 C está em equilíbrio sob a ação 10-6C, situadas sobre a superfície lisa de uma mesa horizontal. As
de forças elétricas somente na posição indicada. Nestas condições: esferas são ligadas entre si por intermédio de uma mola ideal,
condutora, de capacidade eletrostática desprezível (não armazena
cargas) e comprimento natural 0 Quando atinge a posição de
equilíbrio, verifica-se que o comprimento da mola é =2 0 A
constante elástica da mola (em N/m) é
 0 = 5,0cm
`

(A) x = 1,85 cm (B) x = 2,30 cm Dado: 
K 0 = 9,0  10 N  m / C
9 2 2
(C) x = 3,38 cm (D) x = 4,81 cm 

4. U. E. Londrina-PR Quatro esferas condutoras iguais têm, (A) 450 (B) 125 (C) 90
Q (D) 45 (E) 30
respectivamente, cargas elétricas , Q, 2Q e X (desconhecida).
2
Pondo-se todas em contato e depois separando-as, cada uma ficou 9. FUVEST-SP Aproximando-se uma barra eletrizada de duas
7Q esferascondutoras, inicialmente descarregadas e encostadas uma
com uma carga elétrica igual a . Supondo que as esferas tenham naoutra, observa-se a distribuição de cargas esquematizada a seguir.
8
trocado cargas elétricas somente entre si, a carga elétrica X, da
quarta esfera, era igual a:
Q
(A) zero (B) (C) Q
2
3Q
(D) (E) 2Q
2
Em seguida, sem tirar do lugar a barra eletrizada, afasta-se um
5. EsPCEx Três cargas eletricas puntiformes QA , QB e Qc estão pouco uma esfera da outra. Finalmente, sem mexer mais nas esferas,
fixas, respectivamente, em cada um dos vértices de um triângulo remove--se a barra, levando-a para muito longe das esferas. Nessa
equilátero de lado L. Sabendo que QA < 0, QB > 0, QC = 2 QB e que situação final,a figura que melhor representa a distribuição de cargas
a constante eletrostática do meio é K, o módulo da forca eletrica nas duasesferas é:
resultante em QA devido a interacao com QC e QB é: (A)
Dados: considere sen 60° = cos 30° = 0,86 e
cos 60° = sen 30°= 0,50
(A) ( 7KQAQC ) ( 2L2 )
(B) ( 6KQAQC ) ( 2L2 ) (B)

(C) ( 5KQAQC ) ( 2L2 )

(D) ( 4KQAQC ) ( 2L2 )

(E) ( 3KQAQC ) ( 2L2 )

FIS 338
ELETRICIDADE
(C) 13. ITA Um objeto metálico carregado positivamente, com carga
+ Q, é aproximado de um eletroscópio de folhas, que foi
previamente carregado negativamente com carga igual a - Q.

I. À medida que o objeto for se aproximando do eletroscópio, as


folhas vão se abrindo além do que já estavam.
(D) II. À medida que o objeto for se aproximando, as folhas
permanecem como estavam.
III. Se o objeto tocar o terminal externo do eletroscópio, as folhas
devem necessariamente fechar-se.

(E) Neste caso, pode-se afirmar que:

10. EFOMM Duas pequenas esferas (seus diâmetros são


desprezíveis) não condutoras carregadas positivamente com cargas
q1 e q2, encontram-se em equilíbrio eletrostático penduradas por fios
isolantes de massa desprezível e comprimento  = 1,0 m cada,
fixados no mesmo ponto do teto. Considerando que o módulo da
força eletrostática que atua sobre cada esfera é igual ao seu peso, a
distância d, em metros, entre os centros das esferas, é
(A) 2/3
(B) 1,0 (A) somente a afirmativa I é correta.
(C) 2 (B) as afirmativas II e III são corretas.
(D) 2,0 (C) afirmativas I e III são corretas.
(E) 2 3 (D) somente a afirmativa III é correta.
(E) nenhuma das alternativas é correta.

14. Duas pequenas esferas de carga +q e massa 600 g cada,


11. Duas esferas condutoras de raios 2R e 3R possuem cargas iguais penduradas em cordões de comprimento L = 2 m , giram em
a – 1,0 C e 6,0 C, respectivamente. Elas são postas em contato. movimento circular num plano horizontal com velocidade angular
Determine a carga de cada esfera após o contato.  = 2 rad/s. Sendo g = 10 m/s2 a aceleração da gravidade, determine
+q
12. ESPCEX (AMAN) O desenho abaixo mostra uma barra K = 9.109 N.m2.C-2 e g = 10 m/s2.
homogênea e rígida “AB” de peso desprezível, apoiada no ponto
“O” do suporte.

A distância da extremidade “B” ao ponto de apoio “O” é o triplo da 15. EsPCEx Uma partícula com carga elétrica negativa igual a
distância de “A” a “O”. –10-8 C encontra-se fixa num ponto do espaço. Uma segunda
No lado esquerdo, um fio ideal isolante e inextensível, de massa partícula de massa igual a 0,1 g e carga elétrica positiva igual
desprezível, prende a extremidade “A” da barra a uma carga elétrica a +10-8 C descreve um movimento circular uniforme de raio 10 cm
puntiforme positiva de módulo “Q”. A carga “Q” está situada a uma em torno da primeira partícula. Considerando que elas estejam
distância “d” de uma outra carga elétrica fixa puntiforme negativa isoladas no vácuo e desprezando todas as interações gravitacionais,
de módulo “q”. o módulo da velocidade linear da partícula positiva em torno da
No lado direito, um fio ideal inextensível e de massa desprezível partícula negativa é igual a
prende a extremidade “B” da barra ao ponto “C”.
A intensidade da força de tração no fio “BC”, para que seja mantido Dado: considere a constante eletrostática do vácuo igual a
o equilíbrio estático da barra na posição horizontal, é de:
N.m 2
sen 30 = cos 60 = 1 2 9 . 109 .
Dados: C2
cos 30 = sen 60 = 3 2 (A) 0,3 m/s
K 0 é a constante eletrostática do meio (B) 0,6 m/s
(C) 0,8 m/s
K 0Qq K 0Qq 3 K 0Qq
(A) 2
(B) 2
(C) (D) 1,0 m/s
2d 4d 3d 2 (E) 1,5 m/s
3 K 0Qq K 0Qq
(D) (E)
9d 2
d2
FIS 339
ELETRICIDADE

GABARITO EXERCÍCIOS DE CONCURSO

1. B
1. EFOMM Duas esferas condutoras idênticas de carga
2. E q = 2,0 C estão penduradas em fios não condutores de

3. C
comprimento D = 30,0 cm, conforme apresentado na figura
abaixo. Se o ângulo entre os fios vale  = 90, qual é o valor das
4. C massas das esferas?
Dado: constante dielétrica k = 9,0 109 N  m2 C2 ; aceleração da
5. A
gravidade g = 10,0 m s 2
6. A
(A) 20 g
7. A (B) 40 g
(C) 60 g
8. D
(D) 80 g
9. A (E) 100 g

10. C
2. AFA Na figura a seguir, a esfera A suspensa por um fio flexível
11. QA = 2 C e QB = 3 C e isolante, e a esfera B, fixa por um pino também isolante, estão em
equilíbrio
12. C
Comentário: O enunciado pede a intensidade da força de tração
no fio. Para que haja equilíbrio da barra, o fio ligado à extremidade
A deve estar tracionado. Para tal, as cargas elétricas das pequenas
esferas devem ser de sinais opostos. Se na expressão da força
elétrica as cargas não forem colocadas em módulo, a intensidade A
da tração será negativa, o que é um absurdo. B

A intensidade da força de tração no fio ligado na extremidade A é à


da força elétrica entre as cargas.
A figura ilustra a situação: É correto afirmar que:
(A) é possível que somente a esfera A esteja eletrizada;
(B) a esfera A pode estar neutra, mas a esfera B certamente estará
eletrizada;
(C) as esferas A e B devem estar eletrizadas com cargas de mesma
natureza;
(D) as esferas devem estar eletrizadas com cargas de mesmo
módulo.

3. EFOMM Observe a figura a seguir.

Como a barra está em equilíbrio, o somatório dos momentos das


forças em torno do ponto E é nulo. Seja FB a intensidade da força
de tração no fio “BC”
MCFAy = M FBy  FAy D = FBy 3 D  FA cos 30 = 3 FB cos60  Duas esferas condutoras, A e B, idênticas e ligadas por um cabo
C
rígido isolante, estão em repouso sobre uma superfície isolante de
K 0 | Q || q | 3 1 atrito desprezível, como indica a figura acima. Se a esfera A for
= 3 FB 
d2 2 2 carregada com carga +Q, a energia B mantida neutra, e em seguida
o cabo isolante removido, qual das opções abaixo, que expõe uma
sequência de três fotos consecutivas, melhor descreve o que
3 K 0 | Q || q | ocorrerá com as esferas?
FB = .
3 d2 (A)
(B)
13. D

14. 40 C

15. A

FIS 340
ELETRICIDADE
(C) (D) Duas esferas iguais estão em equilíbrio e suspensas por dois fios
isolantes de mesmo comprimento L = 20 cm, conforme mostra a
figura acima. Sabendo que elas estão carregadas com cargas de
sinais opostos, mas de mesmo valor absoluto
Q = 2C, e que a distância entre os pontos de apoio dos fios é 2L,
qual é o módulo, em newtons, da tração em cada fio?
Dado: k0 = 9 x 109N . m2/C2
(A) 0,9 (B) 1,2 (C) 1,6 (D) 1,8 (E) 2,0

7. AFA Um corpo B, de massa igual a 4 kg e carga elétrica +6 C,


distam 30 mm do corpo A, fixo e com carga elétrica –1 C. O corpo
(E) B é suspenso por um fio isolante, de massa desprezível ligado a uma
mola presa ao solo, como mostra a figura. O comprimento natural
da mola é L0 = 1,2 m e ao sustentar estaticamente o corpo B ela se
distende, atingindo o comprimento L = 1,6 m. Considerando-se a
constante eletrostática do meio k = 9 . 109 N.m2/C2, que as cargas
originais dos corpos pontuais A e B são mantidas e desprezando-se
os possíveis atritos, o valor da constante elástica da mola, em N/m,
é

4. EFOMM Duas cargas elétricas puntiformes +16q e +4q foram


colocadas sobre uma reta horizontal nas posições 2 cm e 17 cm,
respectivamente . Uma carga de +8q permanece em repouso quando
colocada sobre um ponto da reta horizontal. A posição desse ponto,
em cm, é de
(A) 4 (B) 8 (C) 12
(D) 18 (E) 24
(A) 320 (B) 600 (C) 200 (D) 800
5. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo.
8. AFA Três esferas condutoras de raio R, 3R e 5R e eletrizadas,
respectivamente, com quantidade de cargas iguais a –10 C,
–30 C e +13 C estão muito afastadas entre si. As esferas são,
então, interligadas por fios metálicos de capacitância desprezível até
que o sistema atinja completo equilíbrio. Nessa situação, o valor da
quantidade de carga, em microcoulombs, da esfera de raio 3R é:
(A) –9 (B) –3 (C) 3 (D) 9

9. ESC. NAVAL Na figura abaixo é apresenta uma carga q1 = q


e massa M pendurada por um fio, inextensível e de massa
desprezível, e presa a uma mola de constante elástica K M ambos
de material isolante.
A figura acima mostra um sistema formado por duas pequenas
esferas idênticas, de massa m cada uma, condutoras, neutras,
suspensas por fios ideais e mantidas separadas uma da outra por um
agente externo. Ao se eletrizar uma das esferas com carga −q e
liberando o sistema da posição indicada na figura, após um pequeno
intervalo de tempo, as esferas atingem novamente o repouso,
estabelecendo uma distância x entre elas, sem o auxilio de um
agente externo. Sendo k a constante elétrica e g a aceleração da
gravidade local, qual a tangente do ângulo  nessa nova situação?
k  2q 
2
k  q 
2
k q
2
A uma distancia d, existe uma carga q 2 = q que está fixa. O
(A) (B) (C)
mg  x  mg  2x  mg  x  sistema se encontra em equilíbrio com o fio formando um ângulo 
2 2 com a vertical e a mola na direção horizontal. Nessas condições,
2k  2q  k q
(D) (E) quanto vale a elongação x da mola (considere a aceleração da
mg  x  2mg  x  gravidade como g e a constante de Coulomb como k)?
kq 2 Mg kq 2
6. EFOMM Observe a figura a seguir. − − Mg tg 
2 tg  2
(A) d (B) d
KM KM
2 2
kq kq Mg
+ Mg tg  +
2 2 tg 
(C) d (D) d
KM KM
 kq 2 
 2 − Mg  tg 
 d 
(E)  
KM

FIS 341
ELETRICIDADE
10. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo. 13. ESC. NAVAL Analise a figura a seguir.

As cargas pontuais Q1 = +q0 e Q2 = −q0 estão equidistantes da


Na figura acima temos uma esfera AB, maciça, de material isolante carga Q3 , que também possui módulo igual a q0 , mas seu sinal é
elétrico, dividida em duas regiões concêntricas, A e B. Em B há desconhecido. A carga Q3 está fixada no ponto P sobre o eixo y,
um excesso de carga elétrica Q, de sinal desconhecido. A região
conforme indica a figura acima. Considerando D = 2,0 m e
A está eletricamente neutra. No pêndulo eletrostático temos a
esfera metálica C aterrada por um fio metálico. Ao se aproximar a kq02 = 10 N  m2 (k é a constante eletrostática), qual a expressão
esfera isolante AB da esfera metálica C pela direita, conforme do módulo da força elétrica resultante em Q3 , em newtons, e em
indica a figura, qual será a inclinação  do fio metálico? função de y?
(A) Negativa, se Q  0. 20y 20
(B) Nula, se Q  0. (A) 2 (B)
y +1 (y + 1)3
2
(C) Positiva, independente do sinal de Q.
20 20y
(D) Negativa, se Q  0. (C) (D)
(E) Nula, independente do sinal de Q. y +1
2
(y 2 + 1)3
(E) Depende do sinal de Q 3 .
11. EFOMM A figura abaixo mostra um pêndulo em equilíbrio com
outra pequena esfera carregada B. Suponha que a esfera B tenha, em 14. EN Considere 3 pequenas esferas de mesma massa m e mesma
módulo, okdobro de carga que a esfera A, e que a esfera A possua carga q, penduradas por fios idênticos, não condutores e de
massa 180 3 103 kg . Qual é a carga da esfera A? comprimento L, como ilustrado na figura abaixo. Qual a expressão
que representa o módulo da força elétrica sentida por uma das
Dados: k = 9 109 N.m2 / C2 ; g = 10m / s 2 esferas?
1
sen30o = ; cos30o =
3
; tan30o =
3 4 3kq 2 3kq 2
(A) (B)
2 2 3 3L2 3L2
12kq 2 12kq 2
(C) (D)
3L 2
L2
4kq 2
(E)
3L2

(A) 1 mC (B) 2 mC (C) 4 mC


(D) 6 mC (E) 8 mC 15. EPCAR (AFA) Uma pequena esfera C, com carga elétrica de
+5  10−4 C, é guiada por um aro isolante e semicircular de raio R
12. EFOMM Considere que o Gerador de Van de Graaff da figura
está em funcionamento, mantendo constante o potencial elétrico de igual a 2,5 m, situado num plano horizontal, com extremidades A
sua cúpula esférica de raio R 0 metros. Quando, então, é fechada a e B, como indica a figura abaixo.
chave CH1, uma esfera condutora de raio R1=R 0 4 metros,
inicialmente descarregada, conecta-se à cúpula por meio de fios de
capacidade desprezível (também é desprezível a indução
eletrostática). Atingido o equilíbrio eletrostático, a razão 1 0 ,
entre as densidades superficiais de carga elétrica da esfera e da
cúpula, vale

A esfera pode se deslocar sem atrito tendo o aro como guia. Nas
extremidades A e B deste aro são fixadas duas cargas elétricas
puntiformes de +8  10−6 C e +1  10−6 C, respectivamente. Sendo
N  m2
a constante eletrostática do meio igual a 4 5  109 , na
C2
posição de equilíbrio da esfera C, a reação normal do aro sobre a
esfera, em N, tem módulo igual a
(A) 4 (B) 2 (C) 1 (D) 1 2 (E) 1 4 (A) 1 (B) 2 (C) 4 (D) 5
FIS 342
ELETRICIDADE
GABARITO  kq 2
T sen  = K M x − 2
1. A  d
T cos  = Mg
Analisando as forças em uma das esferas, temos: 
kq 2
K M x −
T sen  d2
=
T cos  Mg
2
kq
K M x − = Mg tg 
d2
kq 2
2
+ Mg tg 
 x = d
( )
2
kq 2 9  109  2  10−6 KM
Fel = =  Fel = 0,2 N
( 2Dsen 45)  2
2 10. C
 2  0,3   A esfera B induzirá cargas de sinal oposto em C, e, após a conexão
 2 
desta com o fio terra, C ficará com o excesso de cargas de sinal
Tsen 45 = Fel F 0,2 contrário ao da esfera B.
  tg 45 = el  1 =
T cos 45 = mg mg 10m
 m = 0,02 kg = 20 g 11. A
12. A
Atingindo o equilíbrio eletrostático, os potenciais das esferas são
2. D
iguais entre si:
3. B
4. C V0 = V1
5. B Q0 Q Q Q
k = k  1  0 = 1 (1)
Isolando uma das esferas, temos: R0 R1 R 0 R1
Pela conservação de carga, podemos dizer que:
Q0 + Q1 = Q (2)
Combinando as duas equações, podemos obter expressões para cada
carga final, usando as informações dos raios entre as esferas:
R0 R1 R0
Q0 =  Q e Q1 =  QQ1 =  Q (3)
R 0 + R1 R 0 + R1 4 ( R 0 + R1 )
E, finalmente, sabendo que a densidade de carga superficial  é a
razão entre a quantidade de carga de cada esfera e sua área:
Q0 Q1 Q1 4Q1
0 = e 1 = = 1 = (4)
4R 02 4R12  R0 
2
R 02
4  
 4 
Logo: Substituindo as expressões das respectivas cargas (3) em suas
T sen  = Fel densidades superficiais de carga (4), temos:
F
  tg  = el R0 R0
 T cos  = mg mg Q 4 Q
R + R1 4 ( R 0 + R1 )
1 kq 2 0 = 0 e 1 =
tg  =  4R 02 R 02
mg ( 2x )2
Fazendo a razão entre as duas densidades de cargas superficiais
2 R0
k  q  4 Q
 tg  =   4 ( R 0 + R1 )
mg  2x 
1  R 02 1
6. D , encontramos: 1 =  =4
7. C 0 0 R0
Q 0
8. A R 0 + R1
9. C 4R 02
Ilustrando as forças em q1, temos:
13. B
14. A
15. B
A figura mostra a situação de equilíbrio da esfera C.

O triângulo OAC é isóscele, daí as igualdades de ângulos

FIS 343
ELETRICIDADE
mostradas na figura. O triângulo ABC é retângulo, pois está 2. EPCAR (AFA) A figura abaixo mostra uma pequena esfera
inscrito num semicírculo. Logo as forças FA e FB são vazada E, com carga elétrica q = +2,0  10−5 C e massa 80 g,
perpendiculares entre si. perpassada por um eixo retilíneo situado num plano horizontal e
Então: distante D = 3 m de uma carga puntiforme fixa Q = −3,0  10−6 C.
 dB d 1
 tg  =  A = (I)
 dA d B tg 
 k Q B QC
 2  (I) em (II) 
 tg  = FB d 2B Q d 
 =  tg  = B   A  (II)
FA k Q A QC QA  d B 
 2
 dA

2
QB  1  QB 1 Q 1  10−6
tg  =    tg  =  tg 3 = B  tg  = 3 
Q A  tg   Q A tg 2 QA 8  10−6
1
tg  = . (III)
2

Combinando (I) e (III):


 dB 1
 tg  = d = 2  d A = 2 d B . (IV)
 A
 Se a esfera for abandonada, em repouso, no ponto A, a uma
 tg  = FB = 1  F = 2 F . (V)
 A B distância x, muito próxima da posição de equilíbrio O, tal que,
FA 2
x
Aplicando Pitágoras no triângulo ABC e usando (IV) : 1 a esfera passará a oscilar de MHS, em torno de O, cuja
D
d 2A + d 2B = D 2  ( 2 d B ) + d 2B = D 2  5 d 2B = D 2 
2
pulsação é, em rad / s, igual a
D 5 1 1
dB =  dB = m. (V) (A)
3
(B)
4
5 5
1 1
Pitágoras, novamente e usando (V) : (C) (D)
2 5
= ( 2 FB ) + FB2  FAB
2
2
FAB = FA2 + FB2  FAB
2 2
= 5 FB2  FAB = 5 FB 
k Q B QC 4  5  19−9  1  10−6  5  10−4 50 3. EPCAR (AFA) Três cargas elétricas puntiformes q A, q B e q C
FAB = 5  FAB = 5 =  FAB = 2 N.
d 2B  5 
2 25
  estão fixas, respectivamente, nos vértices A, B e C de um
 5
triângulo isósceles, conforme indica a figura abaixo.
Como a esfera C está em equilíbrio:
N = FAB = 2 N.

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO

1. EPCAR (AFA) Uma pequenina esfera vazada, no ar, com carga


elétrica igual a 1 C e massa 10 g, é perpassada por um aro
semicircular isolante, de extremidades A e B, situado num plano
vertical.
Uma partícula carregada eletricamente com carga igual a 4 C é
fixada por meio de um suporte isolante, no centro C do aro, que
tem raio R igual a 60 cm, conforme ilustra a figura abaixo. Considerando FA o módulo da força elétrica de interação entre as
cargas q A e q C ; FB o módulo da força elétrica de interação entre
as cargas q B e q C e sabendo-se que a força resultante sobre a carga
q C é perpendicular ao lado AB e aponta para dentro do triângulo,
pode-se afirmar, certamente, que a relação entre os valores das
cargas elétricas é
q + qC
(A) A 0
qB
q A + qC
(B) 0
Despreze quaisquer forças dissipativas e considere a aceleração da qB
gravidade constante. qA F
Ao abandonar a esfera, a partir do repouso, na extremidade A, (C) 0  4 A
qB FB
pode-se afirmar que a intensidade da reação normal, em newtons,
exercida pelo aro sobre ela no ponto mais baixo (ponto D) de sua | q A | FB
(D) 0  
trajetória é igual a | q B | FA
(A) 0,20 (B) 0,40
(C) 0,50 (D) 0,60

FIS 344
ELETRICIDADE
4. EN - Na figura abaixo, uma corda inextensível ABC (densidade Fr = Fc
linear igual a 20,0g/m) tem uma extremidade presa na parede e,
depois de passar por uma polia ideal, é tracionada por uma pequena m  vD2
N − P − Fe = (1)
0,700 R
esfera metálica (1), que possui massa m1 = kg e carga
3
A força elétrica Fe é dada pela Lei de Coulomb
elétrica ql = + 2,50 C. Outra pequena esfera metálica (2), de mesmo
raio, está presa na base do plano inclinado, possuindo massa rn 2 = q1  q 2q q
Fe = k 0 = k 0 1 2 2 (2)
0,500 kg e carga elétrica q2 = - 2,00 C. Sabe-se que: a distância d2 R
entre os centros das esferas é de 10,0 cm, o meio entre as esferas Por conservação de energia, calculamos a velocidade da esfera no
possui constante eletrostática K = 9,0.109 N .rn2 /C2 e o trecho AB ponto D
da corda, de comprimento igual a 50,0 cm, vibra num padrão de
onda estacionária de frequência igual a 100 Hz. O harmônico vD = 2gR (3)
correspondente é o
E, ainda P = m  g (4)
Dado: g = 10,0 m/s2
Substituindo as equações 2, 3 e 4 na equação 1 e isolando a força
normal:

( )
2
m 2gR q1  q 2
N= + m  g + k0
R R2
q1  q 2
N = 3m  g + k 0
R2
(A) primeiro (B) segundo (C) terceiro
(D) quinto (E) sexto 1  10−6  4  10−6
N = 3  0,010  10 + 9  109 
0,62
5. IME N = 0,3 + 0,1  N = 0, 4 N

2. C
Conforme a figura abaixo, a componente da força elétrica na direção
horizontal é a força restauradora do MHS, que é dada em módulo
por:

Fr = Fe  sen 

A figura acima mostra um sistema em equilíbrio composto por três


corpos presos por tirantes de comprimento L cada, carregados com
cargas iguais a Q. Os corpos possuem massas m1 e m2 , conforme
indicados na figura.
Sabendo que o tirante conectado à massa m2 não está tensionado,
determine os valores de m1 e m2 em função de k e Q.
Dados:
- constante dielétrica do meio: k[Nm2 C2 ];
- carga elétrica dos corpos: Q[C];
x
- comprimento dos tirantes: L = 2 m; Considerando ângulos pequenos sen   e a Lei de Coulomb
D
 3 Qq
- altura: h =  2 −  m; Fe = k 0
 3
  D2
- Aceleração da gravidade: g = 10 m s2 ; e Qq x Qq
Fr = k 0 2   Fr = k 0 3  x
-  = 30. D D D

GABARITO Qq
Sendo k = k 0 a constante do MHS e sabendo que a frequência
D3
1. B
k
A força resultante no ponto D é a força centrípeta conforme de oscilação  é dada por  = , substituindo os valores,
diagrama: m
obtemos:

k k 0 Qq 9  109 N  m 2 / C2  2  10−5 C  3  10−6 C


= = =
m D3 8  10−2 kg  ( 3 m )
m 3

1
= rad / s
2

FIS 345
ELETRICIDADE
3. C Da equação (3), isolamos cos 2  e aplicamos na inequação (4):
Sabendo o sentido em que aponta a força resultante em C podemos
q F
concluir que as cargas nos pontos A e B têm o mesmo sinal e no cos 2  = A  B
ponto C a carga tem sinal diferente dos outros dois pontos q B 4  FA
mencionados. q A FB
0  cos 2   1  0   1
q B 4  FA
q A 4  FA
0  
qB FB
4. D

5. Pelos dados do enunciado, temos:

Conforme a figura, o ângulo  deve ser menor que 90, pois a


resultante aponta para o centro do triângulo, mas  não deve ser
igual a 60 devido a termos um triângulo equilátero.

Quando 60    90 → qB  qA .


x 1 x
E quando 0    60 → qA  qB . sen 30 =  =  x =1m
2 2 2
3
Aplicando a Lei de Coulomb na razão do módulo das forças FA e tg = 3 = 3   = 30
FB. x 3
x 3 1 2 3
k0
q AqC qA cos  =  = d= m
d 2 d 3
FA 2
F y2 F q x2
=
y
 A =  A = A 2 (1)
FB k q Bq C FB qB FB q B y Para o equilíbrio da massa m2 , temos:
0
x2 x2
Existe uma relação entre x e y com a utilização da trigonometria: 2kQ2 1
2F12sen  = m 2g  2
 = m 2  10
2 3 2
 
 3 
3kQ2
 m2 =
40

Para o equilíbrio de uma das massas m1 , temos:


m1g + F12sen  = Tcos30 (I)


F11 + F12 cos  = Tsen 30 (II)

Onde:
kQ2 kQ2 kQ2 3kQ2
F11 = 2
= e F12 = 2
=
2 4 2 3 4
 
Ao traçar uma reta perpendicular ao lado AC passando pelo vértice  3 
B temos um triângulo retângulo.
y Fazendo (I)  (II), vem:
cos  =  x  y = 2x  cos  ( 2 )
2 m1g + F12 sen  1 1  F + F cos  
=  m1 =  11 12 − F12 sen   
F11 + F12 cos  tg 30 g tg 30 
Substituindo (2) em (1):
 kQ 2
3kQ 2
3 
+ 
1  4 3kQ 2 1 
FA q A x2 F q x2  m1 = 4 2 − 
=   A = A 2  10  3 4 2
FB q B ( 2x  cos  ) 2 FB q B 4x  cos 2   
 3 
(3 + 3 ) kQ2
FA q A 1
=  ( 3)
FB q B 4  cos 2   m1 =
40
Analisando a função cosseno para o intervalo em que pode existir
:
0    90→ 1  cos   0 → 1  cos 2   0  0  cos 2   1 ( 4)
FIS 346
ELETRICIDADE
TÓPICO: ELETRICIDADE As figuras a seguir ilustram as orientações do vetor campo
SUBTÓPICO: ELETROSTÁTICA
CAPÍTULO: CAMPO ELÉTRICO
elétrico E gerados por uma carga puntiforme Q:

TEORIA

1. Definição de Campo Elétrico

Considere um região do espaço livre de qualquer tipo de


interação (força). Colocaremos uma cara q, chamada de carga de
prova, em um ponto P dessa região:

Vetores força elétrica e campo elétrico com mesmo sentido.

Note que essa carga de prova não sofre nenhum tipo de força.
Colocaremos agor uma carga Q a uma distância de da carga q:

Vetores força elétrica e campo elétrico com sentidos opostos.

Observe que agora a carga de prova sofre uma força elétrica.


Podemos interpretar essa situação da seguinte forma:A presença da
carga Q modificou as propriedades da região do espaço ao redor
dela, acrescentando uma propriedade física nova, que denominamos
campo elétrico.
Portanto podemos definir campo elétrico da seguinte maneira:
Vetores força elétrica e campo elétrico com mesmo sentido.
Campo elétrico é a região do espaço que influencia um carga
elétrica colocada nele.

A região ao redor da carga Q é um exemplo de campo elétrico,


pois uma carga q colocada nessa região sofreu uma influência.

2. Vetor Campo Elétrico

Por definição, o vetor campo elétrico gerado pela carga Q no


ponto P é dado por:

Fel Vetores força elétrica e campo elétrico com sentidos opostos.


E=
q Observação

Ou seja, é a razão entre a força elétrica sofrida por uma carga • O campo elétrico não depende da carga de prova,
de prova e sua carga. apesar de ela aparecer na fórmula da definição.
A partir dessa fórmula podemos obter as três características do
vetor campo elétrico E no ponto P: A unidade do campo elétrico é dada por:
1. Módulo – O módulo ou intensidade do vetor E é dado pela
Fel Fel F F F = 1N 1N
E=  E = el  E =  E= =1 N / C
seguinte expressão: E = q q q q = 1 C 1C
q
2. Direção – A direção do vetor E é a mesa da força Fel . Portanto a unidade do campo elétrico é o Newton por Coulomb
(N/C).
3. Sentido – o sentido do vetor E é dado pelas seguintes regras:
a. Se a carga de prova for positiva, ou seja, q > 0, a força Posteriormente mostraremos que o campo elétrico pode ser
elétrica terá mesmo sentido do campo elétrico. expresso em volt por metro (V/m), que é a unidade oficial de campo
elétrico no SI.
b. Se a carga de prova for negativa, ou seja, q < 0, a força
elétrica terá sentido oposto ao do campo elétrico
FIS 347
ELETRICIDADE
3. Linha de Força Observações:

Linhas de força são linhas imaginárias que facilitam a • O campo elétrico é mais intenso onde as linhas de força são mais
representação do campo elétrico em uma região, a fim de mostrar a próximas.
sua direção e seu sentido.
• Duas linhas de força nunca se cruzam.
Por definição, as linhas de força são traçadas de modo a
possuir, em cada ponto, a mesma direção e sentido do vetor campo
elétrico. 4. Campo Elétrico gerado por uma carga puntiforme

Dessa maneira, o vetor campo elétrico é tangente à linha de Considere uma carga elétrica puntiforme Q (podendo ser
força. positiva ou negativa) criando, na região ao seu redor, um campo
elétrico. Queremos saber as característica do vetor campo elétrico
em um ponto P situado a uma distância d da carga Q.

4.1 Direção e sentido do campo elétrico

Observação

• O campo elétrico criado por uma carga puntiforme positiva é


3.1 Densidade de linhas de força sempre de afastamento (divergente).
• O campo elétrico criado por uma carga puntiforme negativa é
Quando as linhas de força estão mais próximas uma da outra, sempre de aproximação.
dizemos que nessa região há uma maior densidade de linha de
forças. Observe que as linhas de força serão radiais e os sentidos
Por outro lado, quando as linhas de força estão mais afastadas estão mostrados na figura abaixo:
uma da outra, dizemos que nessa região há uma menor densidade de
linha de forças.
A figura a seguir mostra as linhas de força de um campo
elétrico qualquer:

Observe que as linhas de força estão mais próximas uma da outra


no ponto B (menor densidade de linhas de força) e mais afastadas
uma da outra no ponto A (maior densidade de linhas de força). Linhas de força radiais e de afastamento (divergentes)
Por definição, a intensidade do campo elétrico é maior nas representando o campo elétrico gerado por uma partícula
regiões com maior densidade de linhas de força, logo: eletrizada com carga positiva.

EB  EC  EA

Se tivermos uma região em que vetor campo elétrico for


constante em todos os pontos, estamos diante de um campo elétrico
uniforme. Suas linhas de força são linhas paralelas e igualmente
espaçadas.

Linhas de força radiais e de aproximação (convergentes)


representando o campo elétrico gerado por uma partícula
eletrizada com carga negativa.

FIS 348
ELETRICIDADE
4.2 Intensidade do campo elétrico 5.1 Linhas de força de um campo elétrico gerado por duas
cargas puntiformes
Coloquemos no ponto P uma carga de prova q. Essa carga de
prova vai sofrer a atuação de uma força elétrica, cujo módulo é De mesmo módulo
dado pela lei de Coulomb:

K | Q || q |
F=
d2

Para determinar o módulo do campo elétrico, fazemos:

K| Q || q |
F d2 K| Q |
E= =  E= 2
|q| |q| d

• A intensidade do campo elétrico só depende de três


fatores:

o da carga elétrica Q fonte do campo;


o da distância d do ponto à carga fonte Q
o do meio, já que a constante eletrostática K
dependo do meio onde a carga fonte está.

A intensidade do campo elétrico é inversamente proporcional


ao quadrado da distância do ponto à carga, portanto sua
representação gráfica em função da distância fica assim:

Caso as cargas das partículas tenham módulos diferentes, não


5. Campo elétrico gerado por diversas cargas puntiformes
será mais observada a si metria das figuras anteriores.

O campo elétrico resultante é a soma dos campos elétricos


gerados por cada carga individualmente, ou seja:
Observe que o número de linhas de força que saemda carga
E res = E1 + E 2 + E 3 positiva é o dobro do número que chega à negativa. Isso ocorre
porque o número de linhas de força em cada partícula
deve ser proporcional à sua carga.

Observação:

As linhas de força sempre “nascem” nas cargas positivas e


“morrem” nas cargas negativas.

FIS 349
ELETRICIDADE
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO permanecia com velocidade constante no interior da câmara. Essa
esfera tem
1. UECE Considere uma carga elétrica puntiforme, Q, na presença Note e adote:
de um campo elétrico constante e de módulo E. Sobre o vetor força - carga do elétron = −1,6 10−19 C
elétrica atuante na carga devido a esse campo, é correto afirmar que
seu módulo é dado por - carga do próton = +1,6 10−19 C
(A) EQ, e sua direção é perpendicular às linhas de campo elétrico.
- aceleração local da gravidade = 10 m / s2
(B) Q E , e sua direção é perpendicular às linhas de campo elétrico.
(A) o mesmo número de elétrons e de prótons.
(C) Q E , e sua direção é tangente às linhas de campo elétrico. (B) 100 elétrons a mais que prótons.
(D) EQ, e sua direção é tangente às linhas de campo elétrico. (C) 100 elétrons a menos que prótons.
(D) 2000 elétrons a mais que prótons.
2. FAMERP Nas Ciências, muitas vezes, se inicia o estudo de um (E) 2000 elétrons a menos que prótons.
problema fazendo uma aproximação simplificada. Um desses casos
é o estudo do comportamento da membrana celular devido à 5. UFSM A tecnologia dos aparelhos eletroeletrônicos está baseada
distribuição do excesso de íons positivos e negativos em torno dela. nos fenômenos de interação das partículas carregadas com campos
A figura mostra a visão geral de uma célula e a analogia entre o elétricos e magnéticos. A figura representa as linhas de campo de
modelo biológico e o modelo físico, o qual corresponde a duas um campo elétrico.
placas planas e paralelas, eletrizadas com cargas elétricas de tipos
opostos.

Assim, analise as afirmativas:


Com base no modelo físico, considera-se que o campo elétrico no
interior da membrana celular tem sentido para I. O campo é mais intenso na região A.
(A) fora da célula, com intensidade crescente de dentro para fora da II. O potencial elétrico é maior na região B.
célula. III. Uma partícula com carga negativa pode ser a fonte desse campo.
(B) dentro da célula, com intensidade crescente de fora para dentro
da célula. Está(ão) correta(s)
(C) dentro da célula, com intensidade crescente de dentro para fora (A) apenas I. (B) apenas II. (C) apenas III.
da célula. (D) apenas II e III. (E) I, II e III.
(D) fora da célula, com intensidade constante.
(E) dentro da célula, com intensidade constante. 6. ESPCEX (AMAN) Uma partícula de carga q e massa 10−6 kg
3. G1 - IFSUL As cargas elétricas puntiformes q1 = 20 C e foi colocada num ponto próximo à superfície da Terra onde existe
um campo elétrico uniforme, vertical e ascendente de intensidade
q 2 = 64 C estão fixas no vácuo (k 0 = 9  109 Nm2 C2 ,) E = 105 N C.
respectivamente nos pontos A e B, conforme a figura a seguir.

Sabendo que a partícula está em equilíbrio, considerando a


O campo elétrico resultante no ponto P tem intensidade de
intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m s2 , o valor da
(A) 3,0 106 N C
carga q e o seu sinal são respectivamente:
(B) 3,6 106 N C
(A) 10−3 C, negativa (B) 10−5 C, positiva
(C) 4,0 106 N C
(C) 10−5 C, negativa (D) 10−4 C, positiva
(D) 4,5 106 N C
(E) 10−4 C, negativa
4. FUVEST Em uma aula de laboratório de Física, para estudar
propriedades de cargas elétricas, foi realizado um experimento em 7. UEMG “Fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, o
que pequenas esferas eletrizadas são injetadas na parte superior de projeto PhET Simulações Interativas da Universidade de Colorado
uma câmara, em vácuo, onde há um campo elétrico uniforme na Boulder (EUA) cria simulações interativas gratuitas de matemática
mesma direção e sentido da aceleração local da gravidade. e ciências. As simulações PhET baseiam-se em extensa pesquisa em
Observou-se que, com campo elétrico de módulo igual a educação e envolvem os alunos através de um ambiente intuitivo,
estilo jogo, onde os alunos aprendem através da exploração e da
2  103 V / m, uma das esferas, de massa 3,2  10−15 kg, descoberta”.
Disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/. Acesso: 11 dez. 2018.
FIS 350
ELETRICIDADE
A figura a seguir foi obtida pelo PhET, sendo que duas partículas Nas figuras __________, as cargas são de mesmo sinal e, nas figuras
A e B, eletricamente carregadas, foram colocadas em uma __________, as cargas têm magnitudes distintas.
determinada região do espaço. As setas indicam a direção e o (A) 1 e 4 - 1 e 2 (B) 1 e 4 - 2 e 3
sentido das linhas de força do vetor campo elétrico do sistema. (C) 3 e 4 - 1 e 2 (D) 3 e 4 - 2 e 3
(E) 2 e 3 - 1 e 4

10. AFA Uma gota de óleo de massa m e carga q é solta em uma


região de campo elétrico uniforme E, conforme mostra a figura.

Mesmo sob o efeito da gravidade a gota move-se para cima com


aceleração g. O módulo do campo elétrico é
A respeito das cargas elétricas A e B, é CORRETO afirmar que: 2mg 2mq
(A) E = (B) E =
(A) Ambas são eletricamente positivas. q g
(B) Ambas são eletricamente negativas. 2qg 2m
(C) B é eletricamente positiva e A é negativa. (C) E = (D) E =
m qg
(D) A é eletricamente positiva e B é negativa.
GABARITO
8. UEFS Duas cargas elétricas puntiformes, Q1 e Q 2 , estão fixas
sobre uma circunferência de centro O, conforme a figura. 1. D
A força elétrica é dada por:
Fel = EQ
Ou seja, o seu módulo é EQ e a sua direção é tangente às linhas de
campo elétrico.

2. E
O sentido do campo elétrico é da placa positiva para a placa
negativa, como mostra a figura abaixo.

Considerando que E representa o vetor campo elétrico criado por


uma carga elétrica puntiforme em determinado ponto e que E
representa o módulo desse vetor, é correto afirmar que, no ponto
O:
(A) E2 = −2  E1 (B) E2 = 2  E1 (C) E2 = E1
(D) E 2 = −E1 (E) E2 = −2  E1

9. UFRGS Na figura abaixo, está mostrada uma série de quatro Assim, com base no modelo físico, a membrana celular é formada
configurações de linhas de campo elétrico. por campos elétricos uniformes (de intensidades constantes) que
apontam para dentro da célula.

3. B
Cálculo do campo elétrico E1 no ponto P gerado pela carga q1 :
Nm 2
9  109  20  10−6 C
k 0  q1 C2
E1 =  E1 = 
d12
( 2 10 )
2
−1
m2

N m2
9  109  20  10−6 C
2 N
C
E1 =  E1 = 45  105 de intensidade
−2
4  10 m 2 C
e sentido para direita de q1.
Cálculo do campo elétrico E 2 no ponto P gerado pela carga q 2 :
Nm 2
9  109  64  10−6 C
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da k0  q2 C2
E2 =  E2 = 
(8 10 )
sentença abaixo, na ordem em que aparecem.
d 22 −1
m2
2

FIS 351
ELETRICIDADE
A partícula está em equilíbrio sob ação de duas forças: a força
N m2
9  109  64  10−6 C elétrica Fel , provocada pelo campo E; e a força peso W.
C2 N
E2 =  E 2 = 9  105 de intensidade Para que Fel equilibre W, é necessário que seja vertical e
−2
64  10 m 2 C
ascendente, conforme a figura.
e sentido para esquerda de q 2 .
Assim, Fel e E possuem mesmo sentido, do que se conclui que
Cálculo do campo elétrico resultante de acordo com o esquema q  0.
abaixo:
Do equilíbrio das forças, tem-se que:
mg
Fel = W  qE = mg  q = (1)
E
Substituindo-se os valores numéricos em (1), tem-se que:
10−6  10
q= = 10−10 C
105
Logo, o campo resultante tem direção horizontal, no sentido de A
para B, cuja intensidade é dada pela soma vetorial dos campos de
Convertendo-se o valor para C, tem-se:
cada carga em P :
106 C
N N N
E r = E1 − E 2 = 45  105 − 9  105 = 36  105  E r = 3,6  106
N q = 10−10 C  = 10−4 C
C C C C 1C

4. B 7. D
Dados: Como as linhas de força do vetor campo elétrico “saem” das cargas
q = e = 1,6  10−19 C; positivas e “entram” nas negativas, temos que a carga A é positiva
e a B negativa.
g = 10 m/s 2 ;
8. B
E = 2  103 N/m;
O módulo do campo elétrico para cada carga, no ponto O é dado
m = 3, 2  10−15 kg. por:
Como a velocidade é constante, a resultante das forças que agem Q
E = k0  2
sobre essa esfera é nula. Isso significa que o peso e a força elétrica r
têm mesma intensidade e sentidos opostos. Assim, a força elétrica Então:
tem sentido oposto ao do campo elétrico, indicando que a carga
Q 2Q
dessa esfera é negativa. Portanto, a esfera tem mais elétrons que E1 = k 0  2 e E 2 = k 0  2
prótons. r r
A figura ilustra a situação. A razão entre esses campos é:
2Q
k0  2
E2 r  E2 = 2  E = 2  E
= 2 1
E1 Q E1
k0  2
r
Assim: E2 = 2  E1

9. A
Na figura 1 as linhas de força emergem das duas cargas,
demonstrando que elas são positivas. Observe que o número de
Sendo n o número de elétrons a mais, temos: linhas de força emergente da carga da direita é maior do que as que
mg 3,2  10−15  10 “morrem” na carga da esquerda evidenciando que o módulo da
F = P  q E = m g  n eE = m g  n =  n= 
eE 1,6  10−19  2  103 carga da direita é maior
n = 100. Na figura 2 as linhas de força emergem da carga da esquerda
(positiva) e “morrem” na carga da direita (negativa). Observe que o
número de linhas de força “morrendo” na carga da direita é maior
5. C do que as que emergem da carga da esquerda evidenciando que o
[I] INCORRETA. O campo é mais intenso na região onde as linhas módulo da carga da direita é maior
estão mais próximas. Portanto, na região B (EB > EA).
[II] INCORRETA. No sentido das linhas de força o potencial Na figura 3 as linhas de força emergem da carga da esquerda
elétrico é decrescente, sendo, então, maior na região A (VA > (positiva) e “morrem” na carga da direita (negativa). Observe que o
VB). número de linhas de força “morrendo” na carga da direita é igual
[III] CORRETA. Carga negativa cria linhas de aproximação, àquele do que as que emergem da carga da esquerda evidenciando
portanto esse campo pode ser gerado por uma carga negativa à que os módulos das cargas são iguais.
direita da região B.
Na figura 4 as linhas de força emergem de ambas as cargas
6. D evidenciando que elas são positivas. Observe que o número de
linhas de força que emergem das cargas é igual evidenciando que os
módulos das cargas são iguais.

10. A

FIS 352
ELETRICIDADE

EXERCÍCIOS PROPOSTOS Dados: cos  = 0,8 e sen  = 0,6


intensidade da aceleração da gravidade
g = 10 m / s 2
1. ESPCEX (AMAN) Considere uma esfera metálica de massa
igual a 10−6 kg e carga positiva de 10−3 C. Ela é lançada
verticalmente para cima com velocidade inicial v0 = 50 m s, em
uma região onde há um campo elétrico uniforme apontado
verticalmente para baixo, de módulo E = 10−2 N C.

A máxima altura que a esfera alcança, em relação ao ponto de onde


foi lançada, é de

Dado: considere a aceleração da gravidade igual a 10 m s2 .


(A) 32,5 m.
(B) 40,5 m. (A) 5  105 N / C, horizontal, da direita para a esquerda.
(C) 62,5 m.
(B) 5  105 N / C, horizontal, da esquerda para a direita.
(D) 70,0 m.
(E) 82,7 m. (C) 9  105 N / C, horizontal, da esquerda para a direita.
(D) 9  105 N / C, horizontal, da direita para a esquerda.
2. ESPCEX (AMAN) No triângulo retângulo isóceles XYZ,
(E) 5  105 N / C, vertical, de baixo para cima.
conforme desenho abaixo, em que XZ = YZ = 3,0 cm, foram
colocadas uma carga elétrica puntiforme Qx = +6 nC no vértice X
4. UFMS Uma partícula de massa 2,5  10−21 kg move-se 4 cm, a
e uma carga elétrica puntiforme Qy = +8 nC no vértice Y. partir do repouso, entre duas placas metálicas carregadas que geram
um campo elétrico uniforme de módulo igual a 1  105 N C.
Considerando que para percorrer essa distância a partícula gasta um
tempo de 4  10−6 s, a opção que dá corretamente o valor da carga
elétrica é:
(A) 1,25  10−16 C.
(B) 1,75 10−16 C.
(C) 2,25  10−15 C.
(D) 1,45  10−15 C.
(E) 1,15  10−15 C.

5. PUC-RS Duas cargas elétricas de valores + Q e + 4Q estão fixas


nas posições 3 e 12 sobre um eixo, como indica a figura.

A intensidade do campo elétrico resultante em Z, devido às cargas


já citadas é

Dados: o meio é o vácuo e a constante eletrostática do vácuo é O campo elétrico resultante criado por essas cargas será nulo na
posição:
Nm 2
k 0 = 9  109 (A) 3 (B) 4 (C) 5
C2 (D) 6 (E) 7
(A) 2  10 N C.
5
6. UERN Os pontos P, Q, R e S são equidistantes das cargas
(B) 6  103 N C. localizadas nos vértices de cada figura a seguir:
(C) 8  104 N C.
(D) 104 N C.
(E) 105 N C.

3. ESPCEX (AMAN) Uma pequena esfera de massa M igual a


Sobre os campos elétricos resultantes, é correto afirmar que
0,1 kg e carga elétrica q = 1,5  C está, em equilíbrio estático, no
(A) é nulo apenas no ponto R.
interior de um campo elétrico uniforme gerado por duas placas
(B) são nulos nos pontos P, Q e S.
paralelas verticais carregadas com cargas elétricas de sinais opostos.
A esfera está suspensa por um fio isolante preso a uma das placas (C) são nulos apenas nos pontos R e S.
conforme o desenho abaixo. A intensidade, a direção e o sentido do (D) são nulos apenas nos pontos P e Q.
campo elétrico são, respectivamente,

FIS 353
ELETRICIDADE
7. CEFET MG Duas cargas elétricas fixas estão separadas por uma 11. UNESP Duas pequenas esferas de material plástico, com
distância d conforme mostra o esquema seguinte. massas m e 3 m, estão conectadas por um fio de seda inextensível
de comprimento a. As esferas estão eletrizadas com cargas iguais a
+Q, desconhecidas inicialmente. Elas encontram-se no vácuo, em
equilíbrio estático, em uma região com campo elétrico uniforme E,
vertical, e aceleração da gravidade g, conforme ilustrado na figura.
Os pontos sobre o eixo x, onde o campo elétrico é nulo, estão
localizados em
(A) x = (2 − 2 )  d e x = (2 + 2 )  d.
(B) x = −(2 − 2 )  d e x = −(2 + 2 )  d.
(C) x = −(2 − 2 )  d e x = (2 + 2 )  d.
(D) x = (2 − 2 )  d.
(E) x = (2 + 2 )  d.
Considerando que, no Sistema Internacional (SI) de unidades, a
8. AMAN Duas cargas idênticas negativas, simetricamente força elétrica entre duas cargas q1 e q2, separadas por uma distância
dispostas, conforme mostra a figura, produzem no ponto P um d, é dada por k (q1q2/d2), calcule
campo elétrico resultante de módulo E. Para uma carga apenas, o a) a carga Q, em termos de g, m e E.
módulo do vetor campo elétrico em P, vale: b) a tração no fio, em termos de m, g, a, E e k.

12. UFMG A figura mostra uma balança na superfície da Terra


(g = 10 m/s2) colocada em uma região onde existe um campo
elétrico uniforme de intensidade E = 2,0.106 N/C. Nas extremidades
do braço isolante da balança existem duas esferas metálicas de
massas iguais. A esfera do lado esquerdo tem uma carga positiva
q = 3,0.10-10 C, e a esfera do lado direito é ele tricamente neutra. Do
lado direito do braço, a uma distância x do ponto de apoio, está um
3 1 corpo de massa m = 0,10 g. O comprimento de cada lado do braço
(A) E (B) E (C) 3E
3 2 da balança é L = 0,20 m.
(D) 2E (E) E

9. MACK-SP)Nos vértices A e C do quadrado a seguir, colocam-


se cargas elétricas de valor +q. Para que no vértice D do quadrado o
campo elétrico tenha intensidade nula, a carga elétrica que deve ser
colocada no vértice B deve ter o valor:
(A) 2 q
(B)– 2q
3 2
(C) − q
2
(D) 2 2 q
Calcule o valor do comprimento x na situação de equilíbrio.
(E)– 2 2 q 13. ITA Uma esfera homogênea de carga q e massa m de 2 g está
suspensa por um fio de massa desprezível em um campo elétrico
cujas componentes x e y têm intensidade Ex = 3.105 N / C e
10. AFA Uma partícula de carga q e massa m é lançada com E y = 1.105 N / C , respectivamente, como mostra a figura abaixo.
velocidade v, perpendicularmente ao campo elétrico uniforme
produzido por placas paralelas de comprimento L e separadas por Considerando que a esfera está em equilíbrio para  = 60º, qual é a
uma distância D. força de tração no fio?
A partícula penetra no campo num ponto equidistante das placas e
sai tangenciando a borda da placa superior, conforme representado
na figura.

(A) 9,80.10-3 N (B) 1,96.10-2 N


Desprezando ações gravitacionais, a intensidade do campo elétrico (C) nula (D) 1,70.10-3 N.
pode ser calculada por: (E) 7,17.10-3 N.
mLv 2 mv2 2mDv mDv 2
(A) 2
(B) (C) (D)
qD qLD qL qL2

FIS 354
ELETRICIDADE
14. ITA Em uma região do espaço onde existe um campo elétrico k 0Q x 9  109  6  10−9
Ex = =  E x = 6  104 N C
(3 10 )
uniforme E , dois pêndulos simples de massas m = 0,20 kg e 2 2
d −2
comprimento são postos a oscilar. A massa do primeiro pêndulo
está carregada com q1 = +0,20 C e a massa do segundo pêndulo com
k 0Q y 9  109  8  10−9
q2 = -0,20 C. São dados que a aceleração da gravidade local é g = Ey = =  E y = 8  104 N C
(3 10 )
2 2
10,0 m/s2, que o campo elétrico tem mesmas direção e sentido que d −2
g e sua intensidade é | E | = 6,0 V/m. A razão p1/p2, entre os
Logo:
períodos p1 e p2 dos pêndulos 1 e 2, é:
( 6 10 ) + (8 10 )
2 2
(A) 1/4 (B) 1/2 (C) 1 (D) 2 (E) 4 ER = 4 4

15. Uma partícula de massa m = 6 g e carga q = + 3µC foi lançada  E R = 105 N C


com velocidade inicial V0 numa direção normal a uma placa
eletrizada uniformemente com carga positiva. A partícula, freada
3. B
pelo campo elétrico da placa, de intensidade E = 4000 N/C, percorre
Como a carga é positiva (enunciado), as polaridades das placas só
uma distância D = 9 m até parar.
podem ser conforme figura abaixo, para que a placa da esquerda
“empurre” a carga para a direita.

Desprezando efeitos gravitacionais, a velocidade inicial V0 da carga


vale:
(A) 2 m/s (B) 4 m/s
(C) 6 m/s (D) 8 m/s
Assim, podemos dizer que a força elétrica atuando na carga é da
(E) 10 m/s
esquerda para a direita.
Como para uma carga positiva o campo elétrico e a força elétrica
têm a mesma direção e sentido, o campo elétrico terá direção
GABARITO
horizontal.
Assim, utilizando as relações de um triângulo, podemos dizer que
1. C
as forças atuando na esfera eletrizada, são:
Após lançado, a partícula estará sob a influência das forças peso e
Fe sen (  )
elétrica, ambas na direção vertical e com sentido para baixo. Sendo = tg (  ) =
assim, a sua aceleração possui módulo igual a: P cos (  )
FR = P + Fel = ma E  q 0,6
mg + qE = ma =
m  g 0,8
qE 0,6  0,1  10
a =g+ E=
m
10−3  10−2
(
0,8  1,5  10−6 )
a = 10 +
10−6 E = 5  10 N C
5

a = 20 m s 2
4. A
Portanto, a esfera alcançará uma altura de: Cálculo da aceleração da partícula:
v 2 = v0 2 + 2as at 2
s = v0 t +
0 = 50 − 2  20  h máx
2 2
2
40h máx = 2500
( )
2
a  4  10−6
 h máx = 62,5 m 0,04 =
2
2. E 0,08 = a  16  10−12
Teremos a seguinte situação: a = 5  109 m s 2
O enunciado não descreveu a posição das placas que resultam no
campo elétrico. Supondo que elas estejam na vertical, a força
resultante sobre a partícula será a soma entre o seu peso e a força
elétrica. Portanto:
P + Fe = ma  mg + qE = ma
2,5  10−21  10 + q  105 = 2,5  10−21  5  109
2,5  10−20 + 105 q = 1, 25  10−11

FIS 355
ELETRICIDADE

Como 1,25 10−11  2,5 10−20 , vem: Percebe-se que, as forças irão anular-se e, portanto, não haverá
−11 campo elétrico.
1, 25  10
q= Desta forma, nos pontos P, Q e S os campos elétricos são nulos.
105 7. E
 q = 1, 25  10−16 C Lembrando,
- Cargas Positivas → Campo Elétrico Divergente
5. D - Cargas Negativas → Campo Elétrico Convergente
6. B
Adotando,
F k Q
Sabendo que o campo elétrico é dado por: E = = 2 Q1 = −4q
q d
Q 2 = 2q
Pode-se afirmar que se as contribuições de cada uma das cargas se
anularem mutuamente, não existirá força agindo no ponto a ser Antes de qualquer análise numérica, se faz necessário uma análise
analisado e, consequentemente, não haverá campo elétrico. quanto as possibilidades de se ter um campo elétrico nulo nesta
Considerando que as cargas em cada um dos vértices são iguais e situação.
que em cada caso a distância do vértice ao ponto seja igual, a força 1. Em um ponto a esquerda da carga Q1 , o campo elétrico nunca
elétrica que cada uma das cargas exercerá no ponto será igual a F.
Assim, analisando o ponto P, temos as seguintes forças atuando será nulo, pois o módulo de Q1 é maior que o de Q 2 e a
nele:
distância de Q1 sempre será menor que a de Q 2 .
2. Em um ponto entre Q1 e Q 2 , os campos elétricos irão se somar,
portanto este nunca será nulo.
3. Em um ponto a direita de Q 2 , é possível se ter um ponto em que
o campo elétrico resultante seja nulo.

Desta forma, para que o campo elétrico seja nulo, o campo elétrico
gerado por Q1 tem que ser igual ao campo elétrico gerado por Q2 :
Decompondo as forças, tem-se que:
E1 = E 2
kQ1 kQ 2
=
d12 d 22
4q 2q
=
x2 ( x − d )2
2 1
=
x2 x 2 − 2dx + d 2
Assim, a força no ponto P é nula e, por conseguinte, o campo 2x 2 − 4dx + 2d 2 = x 2
elétrico também é.
De forma análoga, pode-se chega à conclusão que no ponto Q tem- x 2 − 4dx + 2d 2 = 0
se o mesmo resultado que o ponto P. Resolvendo a equação, obtém-se as seguintes respostas:
No ponto R, temos que: x ' = 2d + d 2 = d 2 + 2 ( )
x '' = 2d − d 2 = d (2 − 2 )

Nota-se que x’’ é um ponto a esquerda da carga Q1 , não sendo uma

( )
resposta factível. Logo, a única resposta é x ' = d 2 + 2 .

8. E
9. E
Fazendo a decomposição dos vetores, é fácil de verificar que a força 10. D
no Ponto R não será nula, existindo assim um campo elétrico nele. 11. a) Q = 2mg/E
Por fim, no ponto S, temos que:

b) T = 
(
 4K m2g 2 
 )
( )
+ mg
2 2
E a

12. 0,12 m
13. B
14. B
15. C

FIS 356
ELETRICIDADE

EXERCÍCIOS DE CONCURSO 3. EFOMM

1. EFOMM

Uma partícula é lançada horizontalmente com velocidade inicial


100 m/s numa região que possui um campo gravitacional uniforme
g de 10 m/s2 vertical e apontando para baixo. Nessa mesma região,
há um campo elétrico uniforme vertical que aponta para cima. A
massa da partícula é 9,1 x 10-31 kg e sua carga é 1,6 x 10-19 C. A
partícula segue em movimento uniforme. Qual é o valor do campo
elétrico?
(A) 5,7 x 10-11 V/m. (B) 6,3 x 10-11 V/m.
(dado → cos 45º ≈ 0,7) (C) 5,7 x 10-10 V/m. (D) 9,1 x 10-10 V/m.
10
Sejam as cargas acima dispostas; o campo elétrico resultante (em (E) 1,8 x 10 V/m.
N/C) no ponto P é, aproximadamente,
(A) 3,2 x 103 4. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo.
(B) 4,6 x 103
(C) 5,3 x 103
(D) 6,2 x 103
(E) 7,1 x 103

2. AFA Um elétron desloca-se na direção x, com velocidade inicial


v0 . Entre os pontos x1 e x2, existe um campo elétrico uniforme,
conforme mostra a figura abaixo.
Duas cargas puntiformes desconhecidas (Q0 , Q1) estão fixas em
pontos distantes, d0 e d1, do ponto P, localizado sobre a reta que
une as cargas (ver figura). Supondo que, se um elétron é
cuidadosamente colocado em P e liberado do repouso, ele se
desloca para direita (no sentida da carga Q1), sendo assim, pode-se
afirma que, se Q0 e Q1
(A) são positivas, então d1  d0 .
(B) são negativas, então d0  d1.
(C) têm sinais contrários, Q1 é a carga negativa.
(D) têm sinais contrários, Q0 é a carga positiva.
Desprezando o peso do elétron, assinale a alternativa que
(E) têm o mesmo sinal, o campo elétrico resultante em P aponta
MELHOR descreve o módulo da velocidade v do elétron em
para a esquerda.
função de sua posição x.
(A) (B)
5. ESC. NAVAL Observe as figuras a seguir.

(C) (D)
As figuras acima mostram um pêndulo simples formado por uma
pequena esfera de massa m e carga elétrica positiva q. O pêndulo
é posto para oscilar, com pequena amplitude, entre as placas
paralelas de um capacitor plano a vácuo. A esfera é suspensa por um
fio fino, isolante e inextensível de comprimento L. Na figura 1, o
capacitor está descarregado e o pêndulo oscila com um período T1.
Na figura 2, o capacitor está carregado, gerando em seu interior um
campo elétrico constante de intensidade E, e observa-se que o
pêndulo oscila com um período T 2. Sabendo-se que a aceleração

FIS 357
ELETRICIDADE
da gravidade é g, qual é a expressão da razão entre os quadrados que o corpo fique suspenso em equilíbrio no ar?
dos períodos, (T1 T 2) ? 2 Dado g = 10 m s2 .
qE qE (A) 1,0 mC (B) 2,0 mC
(A) 1 + (B) 1 −
mg mg (C) 4,0 mC (D) 6,0 mC
qE qE (E) 8,0 mC
(C) L + (D) L −
mgL mgL
qE 9. AFA – Modificada Uma partícula de carga q e massa m penetra
(E) 1 − perpendicularmente às linhas de força de um campo elétrico
mgL
uniforme E com a menor velocidade suficiente para sair sem tocar
as placas, como mostra a figura abaixo.
6. AFA A intensidade, direção e sentido do campo elétrico no ponto
P da figura abaixo é:

A velocidade que ela deixa o campo elétrico é:


1 1
 Eq  L2 + 4 d 2   2  Eqd  2
Dado: K = 9.109 N.m2/C2 (A)    (B)  2 
(A) 2,25.106 N/C, direção da reta BD e sentido de B para D.  m  2 d    m 
(B) 2,25.106 N/C, direção da reta BD e sentido de D para B.
1 1
(C) 4,5.106 N/C, direção da reta BD e sentido de B para D.
 Eq  L + d   2  EqL2 2
(D) 4,5.106 N/C, direção da reta BD e sentido de D para B. (C)   2   (D)  
 2md 
 m  L   
7. AFA Uma fonte emite dois tipos de partículas eletricamente
1
carregadas, P1 e P2, que são lançadas no interior de uma região onde  EqL2 2
atua somente um campo elétrico vertical e uniforme E . Essas (E)  
 md 
partículas penetram perpendicularmente ao campo, a partir do ponto  
A, com velocidade V A , indo colidir num anteparo vertical nos
pontos S e R, conforme ilustrado na figura. 10. Considere que uma pequena esfera de massa 0,5 kg e carga
elétrica desconhcecida é solta de uma certa altura, a partir do
repouso, em uma região de campo elétrico unidorme com
intensidade de 3,75x105 N/C apontando para cima. Nessa situação,
a esfera leva o dobro do tempo que levaria sem o campo elétrico
para atingir o solo. Desconsiderando quaisquer efeitos devido à
resistência do ar, qual é a energia elétrica da esfera? Considere
g = 10 m/s2
(A) 37,5 mC
(B) 10,0 mC
(C) – 10,0 mC
(D) – 20,0 mC
(E) – 37,5 mC

11. A figura dada apresenta um hexágono regular de lado R em


cujos vértices estão dispostas cargas elétricas puntiformes.
Observando as medidas indicadas na figura acima e sabendo que a Considere que há vácuo entre as cargas e que seus valores são os
partícula P1 possui carga elétrica q1 e massa m1 e que a partícula P2 dados na figura:
possui carga elétrica q2 e massa m2, pode-se afirmar que a razão
q1
vale:
q2
m1 1 m2
(A) 2 (B)
m2 4 m1
1 m1 m2
(C) (D 4
2 m2 m1

8. EFOMM Considere um corpo cúbico de lado 20 cm, massa de


20 g e uniformemente carregado, localizado nas proximidades da Considerando K como sendo a constante de Coulomb, o módulo do
superfície terrestre. Não despreze o ar, mas considere sua densidade campo elétrico no centro da figura vale
(A) zero (B) KQ/R2
igual a 1,2 kg m3 . Se na região existe um campo elétrico uniforme, 2
(C) 2KQ/R (D) 6KQ/R2
voltado para cima, de módulo 52 N C, qual deve ser a carga para (E) 8KQ/R2
FIS 358
ELETRICIDADE

12. EFOMM Um pequeno bloco de massa m = 40,0g e carga (A) q1


elétrica positiva q = 2,00 C é colocado sobre um plano inclinado
(B) 3 q1
de 45 em relação à horizontal, conforme a figura. Sabendo que o
(C) 2 2 q1
coeficiente de atrito estático é e = 1/3, o módulo do campo elétrico
horizontal mínimo, em kN/C, atuando sobre o bloco, de modo a 3 3 q1
mantê-lo em equilíbrio estático, é (D)
2
(E) 4 3q1

15. AFA Na figura abaixo, uma partícula com carga elétrica positiva
q e massa mé lançada obliquamente de uma superfície plana, com
velocidade inicial de módulo v0, no vácuo, inclinada de um ângulo
θ em relação à horizontal.
Dado: g = 10,0 m/s2. Considere que, além do campo gravitacional de intensidade g, atua
(A) 100 (B) 150 (C) 175 também um campo elétrico uniforme de módulo E. Pode-se afirmar
(D) 220 (E) 225 que a partícula voltará à altura inicial de lançamento após percorrer,
horizontalmente, uma distância igual a
13. EPCAR (AFA) Uma partícula de massa m e carga elétrica
−q é lançada com um ângulo  em relação ao eixo x, com
velocidade igual a v0 , numa região onde atuam um campo elétrico
E e um campo gravitacional g, ambos uniformes e constantes,
conforme indicado na figura abaixo.
v0  qE  v02  qE 
(A) 1 + sen2  (B) sen  cos  + sen 
2g  m  2g  m 
v0  qE  v02  qE 
(C)  sen2 +  (D) sen2 1 + tg  .
g  mg  g  mg 

GABARITO

1. A
2. A
3. A
4. E
Desprezando interações de quaisquer outras naturezas com essa A força elétrica sobre carga negativa é oposta ao campo elétrico.
partícula, o gráfico que melhor representa a variação de sua energia Então, se o elétron desloca-se para a direita, o campo elétrico
potencial (  E p ) em função da distância (d) percorrida na direção resultante em P aponta para a esquerda.
As possibilidades são:
do eixo x, é
Q0 Q1
(A) (B) 1ª ) Q0  0 e Q1  0, sendo 
( d0 ) ( d1 )2
2

 E
Q0 Q1
2ª ) Q0  0 e Q1  0, sendo 
( d0 )2 ( d1 )2
3ª ) Q0  0 e Q1  0
5. A
Na 1ª Situação, tem-se um pêndulo simples (Depende somente da
(C) (D) Força Peso). Logo,
FR = P = m  g
ma = mg
a =g
Assim,
L
T1 = 2   
a
L
T1 = 2   
g
14. EFOMM Considere um hexágono regular, de lado r, com
Na 2ª Situação, além da força peso, existe a força elétrica do
partículas carregadas mantidas fixas sobre seus vértices, conforme capacitor. Por ser uma carga elétrica positiva, a força elétrica sobre
mostra a figura. Uma sétima carga q é posicionada a uma distância a carga irá se somar ao peso da mesma.
r 2 das cargas vizinhas. Qual deve ser o módulo da carga q, para
que o campo elétrico no ponto P, no centro do hexágono, seja nulo?
Considere cos60 = 1 2.

FIS 359
ELETRICIDADE
FR = P + Fel Nesta questão, temos uma composição de movimentos, pois se trata
ma = mg + qE de um lançamento oblíquo em que devido ao campo elétrico surge
uma força elétrica de mesma direção e sentido da força gravitacional
mg + qE
a= atuando na vertical para baixo. Assim, temos uma aceleração
m resultante obtida pela soma da aceleração da gravidade com a
Substituindo na equação do período, aceleração elétrica que aponta no mesmo sentido que a força
L qE
T2 = 2    elétrica, cujo módulo é: a = g +
 mg + qE  m
 
 m  O movimento da partícula representa uma parábola com a
concavidade voltada para baixo, mas precisamos de uma função que
Lm
T2 = 2    relacione a variação da energia potencial gravitacional com o eixo
mg + qE x.
Assim, com os valores de T1 e T2 : Decompondo a velocidade inicial v0 nos eixos x e y:
2 v0x = v0  cos 
 L 
 T1 
2
T12  2 g  v0y = v0  sen 
 
  = 2 = 2 Para o eixo x, temos um MRU, sendo a equação dada por:
 T2  T2  mL 
 2  x = x 0 + v0x t  x = v0  t cos 

 ( m  g + q  E) 
 x
Isolando t: t = (1)
L v0  cos 
2 42   
 T1  g Para o eixo y, temos um MRUV, sendo a equação da posição
  =
 2
T  mL  a
vertical com o tempo dada por: y = y0 + v0y t − t 2
42   
 mg + qE 
2
a 2
y = v0  sen   t − t (2)
L (m  g + q  E) m  g q  E
2
 T1  2
  =  = +
 T2  g mL mg mg Substituindo a equação (1) na equação (2):

 T1 
2 a x2
qE y = t g   x − (3)
  = 1 + 2 v0  cos2 
2
 2
T m g
E, como a variação da energia potencial gravitacional é dada por:
6. B qE
E p = m  a  y onde a = g +
7. A m
8. B
A figura mostra as forças atuantes no cubo: Substituindo y finalmente ficamos com:
 a x2 
E p = m  a   t g   x − 
 2 v0  cos  
2 2

m  a2 x2
E p = m  a  t g   x −
2 v0  cos 2 
2

Logo, temos uma equação representativa de uma parábola cuja


concavidade está voltada para baixo. Alternativa [B].

Valores para o cubo: 14. D


−3 −2 Seja E1 a intensidade do campo elétrico devido a carga − q1. .
Massa: m = 20 g = 20 10 kg = 2 10 kg.
−2
Considerando − q1 uma carga negativa, seu campo é de
Peso: P = m g = 2  10  10  P = 0, 2 N
k − q1 kq
aproximação. E1 =  E1 = 2 1
Volume: V = 203 cm3 = 8.000 cm3 = 8 10−3 m3. r2 r
Empuxo: Far =  V g = 1, 2  8  10−3  10  Far = 0,096 N Calculando o campo elétrico resultante de cada duas cargas nos
vértices opostos em relação ao centro do hexágono, em função de
Como o peso tem maior intensidade que a do empuxo aplicado pelo
E1 :
ar, a força elétrica tem que ter sentido para cima, ou seja, no mesmo E AD = 4E1 − 2E1  E AD = 2E1
sentido do vetor campo elétrico, para cima. Logo, a carga do cubo 

deve ser positiva. E BE = 2E1 − 2E1  E BE = 0

Do equilíbrio de forças:
 E = 3E1 − E1  E CF = 2E1
P − Far 200  10−3 − 96  10−3 104  10−3
 CF
Fe + Far = P  q E + Far = P  q = = = 
E 52 52 Aplicando a lei dos cossenos à soma vetorial indicada na figura:
E = E AD + E BE  E 2 = ( 2 E1 ) + ( 2 E1 ) + 2 ( 2 E1 )( 2 E1 ) cos60 
2 2
q = 2  10−3 C

E 2 = 12 E12  E = 2 3 E1
9. E
10. B A distância do centro do hexágono (ponto P) até a carga q é igual à
11. C 3
12. A altura (h) do triângulo equilátero de lado r. h = r
2
13. B

FIS 360
ELETRICIDADE
Para que o campo elétrico no centro do hexágono seja nulo: 3. ITA Duas placas planas e paralelas, de comprimento L’, estão
kq k q 2 3 k q1 carregadas e servem como controladoras em um tubo de raios
E ' = E  2 = 2 3 E1  =  catódicos. A distância das placas até a tela do tubo é L. Um feixe de
h r 3  2 r2
 2 
elétrons de massa m penetra entre as placas com uma velocidade V0,
 como mostra a figura. Qual é o campo elétrico entre as placas se o
deslocamento do feixe na tela é igual a d?
4q 2 3 q1 3 3 q1
=  q =
3 r2 r2 2
Pela figura, conclui-se que essa carga é negativa ( q  0).

(A) E = mV02 d /[ eL’( L - L’/2 ) ]


(B) E = mV02 /[ eL’( L + L’/2 )]
(C) E = mV02 d /[ eL’( L + L’/2 )]
(D) E = mV02 d /[ eL’( mL + L’/2 )]
(E) E = mV02 d /[ eL’( mL - L’/2 )]
15. B
4. Três cargas puntiformes +Q estão fixas nos vértices da base de
um tetraedro regular de aresta a. Determine a intensidade do vetor
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO campo elétrico no vértice sem carga.
1. IME Um corpo de massa m1 está preso a um fio e descreve uma 5. Um anel de raio a está uniformemente carregado com carga
trajetória circular de raio 1/ m. O corpo parte do repouso em  = positiva Q. Encontre o módulo do vetor campo elétrico em um ponto
0º. (figura a) e se movimenta numa superfície horizontal sem atrito, localizado no eixo perpendicular que passa pelo centro do anel e
sendo submetido a uma aceleração angular  = 6/5 rad/s2. Em  = distante z dele.
300º. (figura b) ocorre uma colisão com um outro corpo de massa
m2 inicialmente em repouso. Durante a colisão o fio é rompido e os GABARITO
dois corpos saem juntos tangencialmente à trajetória circular inicial 300 5
do primeiro. Quando o fio é rompido, um campo elétrico E (figura 1.  = 300º = .2 = rad ; por Torricelli:
360 3
b) é acionado e o conjunto, que possui carga total +Q, sofre a ação
da força elétrica. 2 = o2 + 2 . 
6  5
Determine a distância d em que deve ser colocado um anteparo para 2 = 2 . . = 42  = 2 rad / s
que o conjunto colida perpendicularmente com o mesmo. 5 3
1
v =  . R = 2 . = 2 m/s.

Conservação da quantidade de movimento.
m1 Qa = Qd  2m1 = (m1 + m2) . v
 = 0º 2m1
v= .
m1 + m 2
m2 Q.E
F = m . a  Q . E = (m1 + m2) . a  a =
m1 + m 2
Figura a 2m1 1 QE
vy = v sem 30º + at  0 = . − .t
Anteparo
(m1 + m2 ) 2 m1 + m2
m1
→ t=
E QE
m12 3
d = vx . t  d = v . cos 30º . t  d = .
QE(m1 + m2 )
Obs.: Os valores de m1, m2, Q e E, são tomados no S.I.
m1 + m 2 Anteparo

 = 300º E

Figura b +Q
d → →
v vx

vy
2. CESGRANRIO Um sistema tridimensional de coordenadas 30º
ortogonais, graduadas em metros, encontra-se em um meio cuja →
vx

Nm 2 d
constante eletrostática é 1,3  109 2
. Nesse meio, há apenas 2. E
C
3. C
três cargas positivas puntiformes Q1, Q2 e Q3, todas com carga igual
a 1,44  10–4 C. Essas cargas estão fixas, respectivamente, nos Q 6
4.
pontos (0,b,c), (a,0,c) e (a,b,0). Os números a, b e c (c < a < b) são 4 0 a 2
as raízes da equação x3 – 19x2 + 96x – 144 = 0. O vetor campo Q z
elétrico resultante no ponto (a,b,c) é paralelo ao vetor 5. E =
40
(z )
3/2
(A) (1,5,9) (B) (5,9,16) (C) (5,12,13) 2
+ a2
(D) (9,16,1) (E) (9,1,16)

FIS 361
ELETRICIDADE
TÓPICO: ELETRICIDADE Ao colocarmos uma carga de prova q num ponto P que dista d
SUBTÓPICO: ELETROSTÁTICA de Q, vimos que o sistema adquire energia potencial elétrica dada
CAPÍTULO: POTENCIAL ELÉTRICO K Qq
por E p =
d
TEORIA
Por definição o potencial elétrico que a carga Q gerou no
1. Energia potencial eletrostática EP
ponto P é dado por V = , logo:
q
Considere um condutor eletrizado positivamente com carga Q
fixo no espaço e gerando um campo elétrico ao seu redor. KQ q
d KQ
V=  V=
Se abandonarmos uma carga de prova q, seja ela positiva ou q d
negativa, num ponto P próximo ao condutor eletrizado, essa carga
entrará em movimento devido à força elétrica (seja de repulsão ou
atração) e, consequentemente, irá adquirir energia cinética. Observe que o potencial gerado por uma carga puntiforme em
um ponto não depende da carga de prova e é proporcional ao
De onde veio essa energia cinética? Sabemos que na natureza a inverso da distância do ponto até a carga.
energia não pode ser perdida e nem criada, mas sim transformada
de uma forma de energia em outra. Por isso, dizemos que aenergia As figuras abaixo mostram que o gráfico que representa como o
cinética da carga de prova veio de uma energia potencial potencial varia com a distância para cargas geradoras positivas e
eletrostática ou elétrica armazenada no sistema, que vamos negativas é uma hipérbole equilátera:
simbolizar por EP.

Observe que o potencial, em ambos os casos, tende a zero


conforme a distância aumenta, assim podemos concluir que o nível
Considere a figura abaixo onde duas partículas eletrizadas com de referência do potencial elétrico está no “infinito”.
cargas Q e q estão separadas por uma distância d. Vamos considerar
que, por definição, esse sistema possui energia potencial elétrica A unidade do potencial elétrico no SI é o volt, cujo símbolo é
dada por: V, assim denominado em homenagem a Alessandro Volta (1745-
1827).
K Qq
Ep = V=
EP
 1volt =
1 joule
d q 1coulomb
onde K é a constante eletrostática do meio.

A demonstração dessa fórmula exige o conhecimento de cálculo Para concluir repare que tanto potencial elétrico, que é uma
diferencial e integral e, por isso, não será apresentada nesse tópico. grandeza escacalar, quanto o campo elétrico, que é uma grandeza
vetorial, são propriedades de cada ponto, independentemente de
É importante destacar que a energia potencial é do sistema, ou existir ou não uma carga elétrica ali.
seja, é adquirido pelas duas cargas Q e q. Caso as duas cargas Já a energia potencial elétrica, que é uma grandeza escalar, é
sejam abandonadas, a energia cinética das duas irá aumentar a partir uma propriedade das partículas que constutuem o sistema.
da diminuição dessa energia potencial. Quando somente uma delas
é abandonada e a outra permanece fixa, somente aquela “usa” a 3. Potencial elétrico gerado por várias cargas puntiformes
energia potencial do sistema para adquirir energia cinética.
A figura abaixo mostra uma região do espaço onde encontram-
se várias cargas. O Potencial elétrico no ponte L é dado pela soma
2. Potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme algébrica de todos os potenciais gerados por todas as cargas tomadas
individualmente.
Considere uma carga puntiforme Q que está gerando um
campo elétrico ao seu redor.

V = V1 + V2 + V3 + ... + Vn
FIS 362
ELETRICIDADE
4. Trabalho da força elétrica 3ª Propriedade:

Vimos em aulas anteriores que o trabalho realizado pela Quando uma partícula eletrizada com carga positiva é
força elétrica que atua em uma carga elétrica q ao longo de um abandonada sob a ação exclusiva de um campo elétrico, ela
percurso qualquer AB é dado por: movimenta-se no sentido da linha de força, dirigindo-se para
pontos de menor potencial.
WAB = E P, A − E P, B
4ª Propriedade:
Só que temos que:
Quando uma partícula eletrizada com carga negativa é
E P, A = qVA abandonada sob ação exclusiva de um campo elétrico, ela
movimenta-se no sentido oposto ao da linha de força, dirigindo-
E P, B = qVB se para pontos de maior potencial.

onde VA e VB são os potenciais elétricos nos pontos A e B, 5ª Propriedade:


respectivamente. Logo:
Tanto uma partícula eletrizada com carga negativa quanto
WAB = E P, A − E P, B = qVA − qVB  positiva, quando abandonadas sob ação exclusiva de um campo
elétrico, movimentam-se para pontos de menor energia potencial
 WAB = q ( VA − VB )  elétrica.
 WAB = qU

Ou seja, o trabalho da força elétrica para deslocar uma carga


entre A e B é igual ao produto da carga pela d.d.p. entre os pontos
A e B.

Importante

O trabalho da força elétrica independe da trajetória e isso


acontece porque ela é uma força conservativa. A demonstração das propriedades 3, 4 e 5 podem ser realizadas
a partir da situação mostrada na figura acima, onde duas partículas
eletrizadas são abandonadas no campo elétrico uniforme gerado por
duas placas A (positiva) e B (negativa).
A partícula com carga negativa é atraída pela placa A e repelida
pela placa B, sofrendo uma força resultante no sentido oposto ao
campo elétrico. Como vimos na 1ª propriedade, o potencial elétrico
aumenta no sentido oposto ao campo elétrico, logo a carga negativa
está se dirigindo para pontos de maior potencial elétrico.
Analogamente para a carga positiva, repare que ela sofre uma
força resultante no sentido do campo elétrico, portanto dirigindo-se
para pontos de menor potencial elétrico.
No exemplo acima, uma mesma partícula com carga q é Em ambas as situações a partícula adquire energia cinética que
deslocada de um ponto A com pontencial vA até outro ponto B com veio da transformação da energia potencial. Portanto a enrgia
pontencial vB por meio de três trajetórias distintas I, II e III. Porém potencial elétrica sempre diminui em movimentos de cargas
o trabalho realizado pela força elétrica ao longo de cada trajetória é elétricas que estão sob a atuação exclusiva de forças elétricas.
calculado pela mesma relação WAB = q ( VA − VB ) .
6. Superfícies Equipotenciais
5. Propriedades do potencial elétrico
A superfície equipotencial é constituída por pontos que possuem
1ª Propriedade: o mesmo potencial.
Usando como exemplo o caso de uma carga puntiforme
O potencial elétrico é decrescente no sentido da linha de força. geradora de campo, todos os pontos situados à mesma distância da
carga geradora possuem o mesmo potencial. Logo, a figura formada
por estes pontos é uma esfera (no espaço) ou uma circunferência (no
plano).

VA> VB>VC

2ª Propriedade:

As linhas de força de um campo elétrico, gerado por cargas


elétricas em repouso, não podem ser linhas fechadas.

FIS 363
ELETRICIDADE
A figura a seguir mostra as superfícies equipotenciais para o Suponha que uma partícula com carga q está subemetida apenas
caso de um dipolo elétrico, ou seja, duas partículas eletrizadas com à atuação da força elétrica Fe provocada pelo campo elétrico E .
cargas de mesmo módulo e sinais opostos.
Ela, portanto, irá se deslocar horizontalmente ao longo de uma lina
de força.
Vimos agora há pouco que o trabalho da força elétrica Fe para
deslocar essa carga q de A para B vale:

WAB = q ( VA − VB ) = qU

Como a força elétrica Fe é constante, seu trabalho também


pode ser calculado desta forma:

WAB = Fëd

Lembrando que Fe = qE e igualando as duas expressões,


temos:

qU = Fed  qU = qEd  U = Ed

Ou seja, num campo elétrico uniforme a diferença de


potencial entre dois pontos A e B é igual ao produto do módulo do
IMPORTANTE campo elétrico E pela distância entre as duas superfícies
equipotenciais que passam por A e B. É importante destacar que o
• As superfícies equipotenciais são perpendiculares às linhas de valor de U, nessa fórmula, deve ser sempre usado em módulo
força. Dessa relação podemos entender o porquê de a unidade do

• O trabalho da força elétrica durante o deslocamento de uma


volt newton
campo elétrico também ser além de .
carga elétrica puntiforme entre dois pontos pertencentes a mesma metro coulomb
superfície equipotencial é nulo. De fato:
U V
U = E.d  E =  
Em um campo elétrico uniforme, as superfícies equipotenciais d m
são superfícies planas. As interseções dessas superfícies planas
com o plano do papel formam as linhas retas tracejadas, motradas V
Vale destacar que a unidade SI do campo elétrico é o .
na figura a seguir, denomiadas linhas equipontenciais: m
Assim, um campo elétrico uniforme de 20 V/m, por
exemplo, indica que, ao percorrermos uma linha de força, no sentido
dela, o potencial elétrico diminui 20 V a cada metro percorrido.

7. Diferença de potencial entre dois pontos de um campo OBSERVAÇÃO:


elétrico uniforme
Observe a figura a seguir:
Considere um campo elétrico uniforme, como mostra a figura
abaixo. As linhas tracejadas representam duas superfícies
equipotenciais A e B com VA > VB.

Note que os pontos B e C estão na mesma superfície equipotencial,


ou seja, B e C possuem o mesmo potencial. Logo, a diferença de
potencial entre A e B é a mesma que entre A e C.
A distância deve ser medida ao longo do campo elétrico. Neste
caso, a distância a ser utilizada é dx.
VA VB = Edx
FIS 364
ELETRICIDADE
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 5. AFA Uma carga Q = 400 C produz um campo elétrico na região
do espaço próxima a ela. A diferença de potencial, produzida pela
1. Uma partícula eletrizada com carga positiva Q = 2 x 10-6 C foi carga entre os pontos A e B do esquema abaixo, é, em kV:
fixada. De um ponto A foi abandonada a partir do repouso outra Dados: K0 = 9.109 Nm2/C2
partícula eletrizada com carga positiva q = 2 x 10 -6 C e massa igual 1 C = 10-6 C
a m = 2 g. Desconsidere os efeitos gravitacionais. O valor da
máxima velocidade escalar adquirida pela partícula q vale:
Dado: K0 = 9 x 109 N.m2.C-2

(A) 450 (B) 480 (C) 560 (D) 740

6. UNIFESP A presença de íons na atmosfera é responsável pela


existência de um campo elétrico dirigido e apontado para a Terra.
Próximo ao solo, longe de concentrações urbanas, num dia claro e
limpo, o campo elétrico é uniforme e perpendicular ao solo
(A) 2 m/s (B) 3 m/s horizontal e sua intensidade é de 120V m. A figura mostra as
(C) 4 m/s (D) 5 m/s
(E) 6 m/s linhas de campo e dois pontos dessa região, M e N.

2. EEAR São dadas duas cargas, conforme a figura:

O ponto M está a 1,20 m do solo, e N está no solo. A diferença


de potencial entre os pontos M e N é:
Considerando E1 o módulo do campo elétrico devido à carga Q1 ,
(A) 100 V. (B) 120 V. (C) 125 V.
E 2 o módulo do campo elétrico devido à carga Q 2 , V1 o potencial
(D) 134 V. (E) 144 V.
elétrico devido à carga Q1 e V2 o potencial elétrico devido à carga
Q 2 . Considere E p o campo elétrico e Vp o potencial resultantes 7. (MACKENZIE) Uma partícula de massa 1 g, eletrizada com
no ponto P. carga elétrica positiva de 40 μC, é abandonada do repouso no ponto
Julgue as expressões abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F). A de um campo elétrico uniforme, no qual o potencial elétrico é
300 V. Essa partícula adquire movimento e se choca em B, com um
( ) E p = E1 + E 2 anteparo rígido. Sabendo-se que o potencial elétrico do ponto B é
de 100 V, a velocidade dessa partícula ao se chocar com o obstáculo
( ) Vp = V1 + V2 é de
( ) E p = E1 + E 2
( ) Vp = V1 + V2

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.


(A) V – V – F – F (B) V – F – F – V
(C) F – F – V – V (D) F – V – V – F

3. MACKENZIE Duas cargas elétricas puntiformes, (A) 4 m/s (B) 5 m/s (C) 6 m/s
q1 = 3,00 C e q2 = 4,00 C, encontram-se num local onde (D) 7 m/s (E) 8 m/s
k = 9  109 N.m2 / C2 . Suas respectivas posições são os vértices dos 8. MACKENZIE Considere os pontos A e B do campo elétrico
ângulos agudos de um triângulo retângulo isósceles, cujos catetos gerado por uma carga puntiforme positiva Q no vácuo
medem 3,00mm cada um. Ao colocar-se outra carga puntiforme,
(k 0 = 9 109 N  m2 C2 ). Uma outra carga puntiforme, de 2 C.
q3 = 1,00 C, no vértice do ângulo reto, esta adquire uma energia
em repouso, no ponto A, é levada com velocidade constante ao
potencial elétrica, devido à presença de q1 e q 2 , igual a
ponto B, realizando-se o trabalho de 9 J.
(A) 9,0 J (B) 12,0 J
(C) 21,0 J (D) 25,0 J
(E) 50,0 J

4. MACKENZIE A intensidade do campo elétrico (E) e do


potencial elétrico (V) em um ponto P gerado pela carga
N
puntiforme Q são, respectivamente, 50 e 100 V. A distância d
C
que a carga puntiforme se encontra do ponto P, imersa no ar, é
(A) 1,0 m (B) 2,0 m (C) 3,0 m
(D) 4,0 m (E) 5,0 m
FIS 365
ELETRICIDADE
O valor da carga Q, que cria o campo, é: 4. B
(A) 10 C (B) 20 C (C) 30 C
(D) 40 C (E) 50 C 5.

9. UFPE Duas cargas elétricas -Q e +q são mantidas nos pontos A 6. E


e B, que distam 82cm um do outro (ver figura). Ao se medir o U = Ed
potencial elétrico no ponto C, à direta de B e situado sobre a reta U = 120  1,2 = 144 V
que une as cargas, encontra-se um valor nulo. Se |Q|=3|q|, qual o
valor em centímetros da distância BC?
7. A
Dados: m = 1 g = 10-3 kg; q = 40 C = 410-5 C; VA = 300 V e
VB = 100 V.
Aplicando o Teorema da Energia Cinética a essa situação:
Fel = ECin  (VA – VB)
−5
q = mv  v = 2(VA − VB )q = 2(300 − 100)4  10 = 16 = 4 m/s.
2
10. UPE Considere três cargas elétricas puntiformes, positivas e
iguais a Q, colocadas no vácuo, fixas nos vértices A, B e C de um 2 m −3
10
triângulo equilátero de lado d, de acordo com a figura a seguir:
8. C
O trabalho realizado por forças elétricas em um campo uniforme é
dado por T = q  V, onde q é a carga transportada através do
campo e  V é a diferença de potencial elétrico entre os pontos de
partida e chegada da carga.
Considerado ainda que o potencial gerado por uma carga Q em um
ponto a uma distância d é dado por
k Q
A energia potencial elétrica do par de cargas, disponibilizadas nos V= , onde k é a constante eletrostática do meio.
vértices A e B, é igual a 0,8 J. Nessas condições, é correto afirmar d
que a energia potencial elétrica do sistema constituído das três Desta forma:
cargas, em joules, vale T = q  V
(A) 0,8 (B) 1,2 (C) 1,6 (D) 2,0 (E) 2,4
 k Q k Q 
T = q   − 
 dA d B 
GABARITO  1 1 
T = q  k  Q  − 
1. E  A
d d B
Considerados os valores apresentados:
2. D
 1 1 
Pelo principio da superposição E p = E1 + E 2 e Vp = V1 + V2 . 9 = 2  10−6  9  109  Q   − 
 0,02 0,03 
Vale a pena observar que para resolver essa questão basta saber que
o campo elétrico é uma grandeza vetorial e o potencial elétrico uma 9 = 18  103  Q  (50 − 33,33)
grandeza escalar. 0,5  10−3 = Q  16,67
3. C 0,5  10−3
Q= = 30 C
Dados: q1 = 3,00 C = 3,00  10–6 C; q2 = 4,00 C = 4,00  10–6 16,67
C; q3 = 1,00 C = 1,00  10–6 C; 9. 41 cm

k = 9  109 N.m2/C; r = 3 mm = 3  10–3 m. 10. E


A figura abaixo ilustra a situação descrita. Observe a figura abaixo.

A energia potencial elétrica adquirida pela carga q3 é devida à


presença de q1 e q2.
Cada par de cargas armazena uma energia potencial de 0,8J.
k q3q1 kq 3q 2 kq 3
E Pot 3 = E Pot 31 + E Pot 32 = + = ( q1 + q 2 )  U total = 3U par = 3x0,8 = 2,4J
r r r
9  109  10−6 9  109  10−6
E Pot 3 =
3  10 −3 (3 10 −6
)
+ 4  10−6 =
3  10−3
( 7  10 )
−6

E Pot 3 = 21 J.

FIS 366
ELETRICIDADE
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 4. UFRGS Considere que U é a energia potencial elétrica de duas
partículas com cargas +2Q e -2Q fixas a uma distância R uma da
1. UECE Considere a energia potencial elétrica armazenada em outra. Uma nova partícula de carga +Q é agregada a este sistema
dois sistemas compostos por: (i) duas cargas elétricas de mesmo entre as duas partículas iniciais, conforme representado na figura a
sinal; (ii) duas cargas de sinais opostos. A energia potencial no seguir.
primeiro e no segundo sistema, respectivamente,
(A) aumenta com a distância crescente entre as cargas e diminui
com a redução da separação.
(B) diminui com a distância decrescente entre as cargas e não
depende da separação.
(C) aumenta com a distância crescente entre as cargas e não depende
da separação. A energia potencial elétrica desta nova configuração do sistema é
(D) diminui com o aumento da distância entre as cargas e aumenta (A) zero. (B) U/4. (C) U/2. (D) U. (E) 3U.
se a separação cresce.
5. ESPCEX (AMAN) Um campo elétrico é gerado por uma
2. UFAL Um canhão de elétrons lança um elétron em direção a partícula de carga puntiforme Q = 5,0 10−6 C no vácuo.
outros dois elétrons fixos no vácuo, como mostra a figura. Considere
que o elétron lançado se encontra apenas sob a ação das forças O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar a carga de
elétricas dos elétrons fixos. Sabendo que o elétron lançado atinge prova q = 2 10−8 C do ponto X para o ponto Y, que estão a 0, 20 m
velocidade nula exatamente no ponto médio entre os elétrons fixos, e 1,50 m da carga Q, respectivamente, conforme o desenho abaixo
qual a velocidade do elétron quando ele se encontra a 2 3 cm deste é:
ponto (ver figura)? Considere: constante eletrostática no vácuo
= 9 × 109 Nm2/C2; massa do elétron = 9 × 10−31 kg; carga do
elétron = −1,6 × 10−19 C.

Dado: Constante eletrostática do vácuo k0 = 9 109 N m2 C2


(A) 4,3  10−3 J (B) 5,4  10−3 J
(A) 160 m/s (B) 250 m/s (C) 360 m/s
(D) 640 m/s (E) 810 m/s (C) 6,3  10−6 J (D) 6,0 10−3 J

3. UNESP Três esferas puntiformes, eletrizadas com cargas (E) 3,9  10−3 J
elétricas q1 = q 2 = +Q e q3 = –2Q, estão fixas e dispostas sobre
uma circunferência de raio r e centro C, em uma região onde a 6. PUC-SP Um elétron-volt (eV) é, por definição, a energia
adquirida por um elétron quando acelerado, a partir do repouso, por
constante eletrostática é igual a k 0 , conforme representado na uma diferença de potencial de 1,0 volt. Considerando a massa do
figura. elétron igual a 9,0 . 10-31 kg e sua carga igual a 1,6 . 10-19 C, qual o
valor aproximado da velocidade de um elétron com energia de
1,0 eV?

7. Em todas as figuras a seguir, as cargas elétricas utilizadas


possuem o mesmo módulo e são puntiformes. Quando a carga é
negativa, o sinal está indicado.

Considere VC o potencial eletrostático e EC o módulo do campo


elétrico no ponto C devido às três cargas. Os valores de VC e EC
são, respectivamente,
4  k0  Q
(A) zero e
r2
4  k0  Q k Q
(B) e 02
r r
(C) zero e zero
2  k0  Q 2  k0  Q
(D) e
r r2 Levando em conta a posição das cargas em cada situação e
2  k0  Q considerando os pontos A, B e C centros das circunferências e D e
(E) zero e E centros dos quadrados, determine:
r2 a) em quais desses pontos o vetor campo elétrico é nulo;
b) em quais desses pontos o potencial elétrico é nulo.

FIS 367
ELETRICIDADE
8. EN Considere a distribuição de cargas elétricas, no vácuo, abaixo: 12. Se o potencial resultante no ponto P é nulo, o valor da carga q
coloca da no ponto A vale:

A diferença de potencial (VA – VB), medida em Volts, será:


(A) zero (B) 9,0 x 103 (C) –9,0 x 103 Considere que todas as cargas estejam fixas.
(D) 7,2 x 103 (E) 14 x 103 (A) 1 C (B) 2 C (C) 3 C
(D) 4 C (E) 5 C
9. Uma partícula de massa m e carga elétrica negativa gira em órbita
circula com velocidade escalar constante de módulo igual a v, 13. Determine o potencial elétrico no ponto P sabendo que o campo
próxima a uma carga elétrica positiva fixa, conforme ilustra a figura elétrico nesse ponto tem direção vertical.
abaixo. Dado: Q = 10-6 C; K0 = 9 x 109 N.m2.C-2
(A) – 3 x 104 V
(B) 2,5 x 105 V
(C) – 3 x 105 V
(D) 1,5 x 10 5 V
(E) – 9 x 104 V

Desprezando a interação gravitacional entre as partículas e adotando


a energia potencial elétrica nula quando elas estão infinitamente
afastadas, é correto afirmar que a energia deste sistema é igual a
1 1
(A) + mv 2 (B) − mv2
2 2 14. Um bloco de madeira de 1 kg tem, colada nele, uma partícula
2 2 eletrizada com carga de 40 C e massa desprezível, O bloco é
(C) + mv2 (D) − mv2 liberado do ponto P a partir do repouso e passa pelo ponto M com
2 2
velocidade escalar de 6 m/s.
10. A figura abaixo mostra as linhas de força de um campo elétrico.
Assinale a alternativa que contém as afirmações falsas.

Determine o trabalho realizado pela força de atrtto ao longo desse


I. Se o potencial elétrico em A vale zero, então a intensidade do trajeto.
campo elétrico em A é nula.
Dados: g = 10 m/s2; tan = 2
II. Comparando os potenciais elétricos, temos VA = VB
(A) + 9,2 J (B) + 2,3 J (C) – 4,1 J
III. O trabalho realizado pela força elétrica ao longo das trajetórias
(D) – 9,2 J (E) – 6,2 J
(1) e (2) é o mesmo.
(A) III (B) I e II (C) II e III
15. Determine o trabalho necessário que um agente externo deve
(D) I (E) II
realizar sobre uma partícula eleteizada com carga 5 C para
deslocá-la desde o infinito até o ponto A mostrado na figura abaixo.
11. Considere que um elétron gira ao redor de um próton em uma
órbita circular de 0,5 Å de raio. Quanta energia deve ser fornecida Despreze os efeitos gravitacionais e considere q = 20 C.
ao sistema oara que o elétron orbite com um raio de 1 Å?
Dado: 1 Å = 10-10 m

(A) 18 J (B) 1,8 J (C) 180 J


(A) 12 x 10-20 J (B) 8,2 x 10-19 J
(D) 90 J (E) 9 J
(C) 10 x 10-18 J (D) 11,52 x 10-19 J
(E) 13 x 10-17 J
FIS 368
ELETRICIDADE
GABARITO

1. D
A energia potencial elétrica de um sistema de duas cargas, q1 e q 2 ,
é dada pela expressão:
k q1 q 2
Ep = .
d
- Se as cargas têm mesmo sinal, a energia potencial é positiva.
Assim:
- se a distância aumenta, a energia potencial diminui;
- se a distância diminui, a energia potencial aumenta.
A intensidade do vetor campo elétrico resultante nesse ponto é:
- Se as cargas têm sinais opostos, a energia potencial é negativa. k 0  | q3 | k 0  | −2Q | 2  k0  Q
Assim: E C = E3 = 2
= 2
 EC =
- se a distância aumenta, a energia potencial aumenta; r r r2
- se a distância diminui, a energia potencial diminui.
4. D
2.A A energia potencial elétrica inicial é:
Dados: k = 9 × 109 N.m2/C2; m = 9 × 10−31 kg; q = −1,6 × 10−19 C; b k ( 2 Q )( −2 Q ) k Q2
= 2 cm = 2 × 10–2 m; vB = 0. U=  U = −4 .
R R

Para o novo sistema, a energia potencial elétrica é U’:


k ( 2 Q )( −2 Q ) k ( 2 Q )( Q ) k ( −2 Q )( Q )
U' = + + 
R R/2 R/2
k ( Q )( Q ) k ( Q )( Q ) k ( Q )( Q )
U ' = −4 +4 −4 
R R R
k Q2
U ' = −4 .
R
Aplicando Pitágoras no triângulo ABC:
Portanto, U’ = U.
( )
2
a2 = b2 + c2  a2 = 2 3 + 22 = 16  a = 4 cm = 4  10–2 m.
Calculemos o potencial elétrico (V) nos pontos A e B devido às 5. E
cargas presentes em C e D. O trabalho é dado por:
 1 1 
kq 9  109  (−1,6  10−19 )  = q ( VX − VY ) = qk 0Q  − 
VA = 2 =2 = −7,2  10−8 V.
a 4  10−2  X
d d Y 
 1 1 
kq 9  109  (−1,6  10−19 )  = 2  10−8  9  109  5  10 −6  − 
VB = 2 =2 = −14, 4  10−8 V.  0, 2 1,5 
b 2  10−2
13
Ignorando a ação de outras forças, a força elétrica é a força  = 9  10−4 
resultante. Aplicando, então, o teorema da energia cinética entre os 3
pontos A e B, vem:   = 3,9  10−3 J
mv 2B mv 2A
WFA,B = E cin  q(VA – VB) = − 
2 2 6. 6,0.105 m/s
mv 2A
− = q ( VA − VB )  7. a) 2 e 4 b) 4 e 5
2
q ( VA − VB ) −1,6  10−19  −7, 2 − ( −14, 4 ) 10 −8 8. B
vA = −2 = −2 −31
=
m 9  10
9. B
25.600  v = 160 m/s.
10.
3. E
O potencial elétrico de uma carga puntiforme é uma grandeza 11. D
escalar dado pela expressão:
k Q 12. B
V= 0 . Assim, o potencial elétrico resultante no centro C da
r
circunferência é: 13. E
k  Q k 0  Q k 0  ( −2Q )
VC = 0 + +  VC = 0 14. D
r r r
A figura mostra o vetor campo elétrico no centro C da 15. B
circunferência devido a cada uma das cargas.

FIS 369
ELETRICIDADE

EXERCÍCIOS DE CONCURSO 4. EPCAR (AFA) A figura abaixo representa as linhas de força de


um determinado campo elétrico.
1. EFOMM Em um experimento de Millikan (determinação da
carga do elétron com gotas de óleo), sabe-se que cada gota tem uma
massa de 1,60 pg e possui uma carga excedente de quatro elétrons.
Suponha que as gotas são mantidas em repouso entre as duas placas
horizontais separadas de 1,8 cm. A diferença de potencial entre as
placas deve ser, em volts, igual a
Dados: carga elementar e = 1,60  10−19 C;
Sendo VA , VB e VC os potenciais eletrostáticos em três pontos
1 pg = 10−12 g; g = 10m s2
A, B e C, respectivamente, com 0  VA – VC  VB – VC , pode-se
(A) 45,0 (B) 90,0 (C) 250 afirmar que a posição desses pontos é melhor representada na
(D) 450 (E) 600 alternativa
(A) (B)
2. ESC. NAVAL Analise a figura abaixo.

(C) (D)

5. EPCAR (AFA) A figura abaixo ilustra um campo elétrico


uniforme, de módulo E, que atua na direção da diagonal BD de um
quadrado de lado .
Na figura acima, a linha pontilhada mostra a trajetória de uma
partícula de carga −q = −3,0 C que percorre 6,0 metros, ao se
deslocar do ponto A, onde estava em repouso, até o ponto B, onde
foi conduzida novamente ao repouso. Nessa região do espaço, há
um campo elétrico conservativo, cujas superfícies equipotenciais
estão representadas na figura. Sabe-se que, ao longo desse
deslocamento da partícula, atuam somente duas forças sobre ela,
onde uma delas é a força externa Fext . Sendo assim, qual o trabalho,
em quilojoules, realizado pela força Fext no deslocamento da
partícula do ponto A até o ponto B?
(A) −0,28 (B) +0,28
(C) −0,56 (D) +0,56
(E) −0,85
Se o potencial elétrico é nulo no vértice D, pode-se afirmar que a
3. ESC. NAVAL Observe a figura a seguir. ddp entre o vértice A e o ponto O, intersecção das diagonais do
quadrado, é
2
(A) nula (B) E
2
(C) 2E (D) E
A figura acima mostra uma região de vácuo onde uma partícula
puntiforme, de carga elétrica positiva q1 e massa m, está sendo 6. EFOMM Duas cargas elétricas puntiformes, de valores +3q
(positiva) e –5q (negativa), estão separadas por uma distância linear
lançada com velocidade v0 em sentido ao centro de um núcleo de 120 cm. Considere o potencial elétrico nulo no infinito (potencial
atômico fixo de carga q 2 . Sendo K 0 a constante eletrostática no de referência) e as cargas isoladas. Nessas condições, um ponto A,
pertencente ao segmento de reta que une as cargas terá potencial
vácuo e sabendo que a partícula q1 está muito longe do núcleo, qual
elétrico nulo se sua distância, em cm, à carga positiva +3q for de
será a distância mínima de aproximação, x, entre as cargas? (A) 75,0 (B) 60,0 (C) 50,0
K qq 2K 0 q1q 2 (D) 48,0 (E) 45,0
(A) 0 12 2 (B)
mv0 mv02
7. AFA Uma esfera de massa m, eletrizada positivamente com carga
K 0 q1q 2 K 0 q1q 2 q, está fixada na extremidade de um fio ideal e isolante de
(C) (D)
2mv02 mv02 comprimento . O pêndulo, assim constituído, está imerso em uma

K 0 q1q 2 região onde além do campo gravitacional g atua um campo elétrico


(E)
2mv02
FIS 370
ELETRICIDADE
horizontal e uniforme E . Este pêndulo é abandonado do ponto A e 11. EN Duas pequenas esferas, de raios desprezíveis, estão
faz um ângulo θ com a vertical conforme mostra a figura. carregadas com cargas elétricas de mesmo valor absoluto e sinais
contrários, sendo mantidas afastadas, uma da outra, por meio de
uma mola ideal não condutora de constante elástica igual a
25,0N/m. Sabe-se que a distância L = 36,0 cm. As duas cargas
elétricas formam um sistema, no vácuo, que possui energia
potencial eletrostática de valor absoluto igual a 0,90J. O
comprimento Lo, em centímetros, da mola não deformada é
Dado: Kvácuo = 9,0.109 N.m2/C2
(A) 41,0
(B) 46,0
Desprezando-se quaisquer resistências, ao passar pelo ponto B, (C) 51,0
simétrico de A em relação à vertical, sua energia cinética vale (D) 56,0
(A) 2qE (senθ) (E) 61,0

(B) (mg + qEsenθ)


(C) 2 (mgcosθ + qEsenθ) 12. EPCAR (AFA) Duas partículas eletrizadas A e B,
(D) qE(cos θ) localizadas num plano isolante e horizontal , estão em repouso e
interligadas por um fio ideal, também isolante, de comprimento
8. AFAUma partícula eletrizada positivamente com carga q é igual a 3 cm, conforme ilustrado na figura abaixo.
lançada em um campo elétrico uniforme de intensidade E,
descrevendo o movimento representado na figura abaixo.

A variação da energia potencial elétrica da partícula entre os pontos


A partícula A está fixa e B pode mover-se, sem quaisquer
A e B é:
(A) qEy resistências sobre o plano. Quando B, que tem massa igual a 20 g,
está em repouso, verifica-se que a força tensora no fio vale 9 N.
(B) qE x 2 + y 2
Imprime-se certa velocidade na partícula B, que passa a descrever
(C) qEx
(D) qE(x2 + y2). um movimento circular uniforme em torno de A, de tal forma que
a força tensora no fio se altera para 15 N. Desprezando as ações
9. EFOMM Observe a figura a seguir. gravitacionais, enquanto a tensão no fio permanecer igual a 15 N,
pode-se afirmar que a energia do sistema, constituído das partículas
A e B, será, em J, de
(A) 0,09 (B) 0,18
(C) 0,27 (D) 0,36

13. EN - modificada Uma esfera isolante, de raio R, carregada


com carga Q uniformemente distribuída sobre a sua superfície, está
fixa no espaço, segundo um referencial inercial. A uma distância R
da superfície dessa esfera, uma partícula, de carga −q e massa m,
executa um movimento circular e uniforme ao redor do centro da
Uma pequena esfera está presa à extremidade de um fio flexível e esfera, sob ação exclusiva da interação elétrica entre as cargas.
isolante, cuja outra extremidade está fixa no ponto O, conforme Sendo k 0 a constante elétrica, qual o acréscimo mínimo de
indica a figura acima. Essa esfera de massa m = 3,0.10-
6 kg e carga elétrica q = 1,2.10 -6 C, está em equilíbrio estático no velocidade que deve ser imposto, por um agente externo, à partícula
de carga −q para que esta possa escapar da atração elétrica da carga
interior de um campo elétrico uniforme E . A ddp, em volts, entre
Q?
os pontos A e B, que distam 0,20 m, é
1 1
Dado: tg60º = 1,7 ; g = 10 m/s2  k Qq  2  k Qq  2
(A) 7,5 (B) 8,5 (C) 9,5 (D) 10,5 (E) 11,5 (A) 0,9  0  (B) 0,7  0 
 mR   mR 
10. EPCAR (AFA) Uma partícula eletrizada positivamente com 1 1
 k Qq  2  k Qq  2
uma carga igual a 5 C é lançada com energia cinética de 3 J, no (C) 0,5  0  (D) 0,3  0 
 mR   mR 
vácuo, de um ponto muito distante e em direção a uma outra
partícula fixa com a mesma carga elétrica. 1
 k Qq  2
Considerando apenas interações elétricas entre estas duas partículas, (E) 0,1 0 
o módulo máximo da força elétrica de interação entre elas é, em N,  mR 
igual a
(A) 15 (B) 25 (C) 40 (D) 85

FIS 371
ELETRICIDADE
14. EFOMM Uma partícula de massa 0,0015 kg, carregada com 3. B
–5 x 10-5 C, é abandonada próximo à placa negativa de um capacitor A distância mínima entre as cargas q1 e q2 acontecerá quando
(distância entre as placas 40 cm), com diferença de potencial de
toda a energia cinética que a carga tem inicialmente for convertida
200 V.
em Energia Potencial Elétrica. Logo,
E Cinética q1 = E Pelétrica
+
m  v02 K 0  q1  q 2
+ =
2 r
200 V
40 cm 2  K 0  q1  q 2
– q = –5 x 10 –5 C r=
– m  v02

4. C
Como 0  VA – VC  VB – VC , então VA > VC , VB > VC e VB >
A energia cinética aproximada de impacto na placa positiva, em
VA.
Joules, considerando g = 10 m/s2 , será de:
Em resumo, VB > VA > VC.
(A) 0,008 (B) 0,006 (C) 0,004
Deslocando-se no sentido da linha de força, temos uma diminuição
(D) 0,002 (E) 0,001
do potencial.
Portanto a ordem correta é B → A → C.
15. EPCAR (AFA) Um sistema é composto por quatro cargas
elétricas puntiformes fixadas nos vértices de um quadrado,
conforme ilustrado na figura abaixo. 5. A
Nulo, pois o segmento de reta AOC é uma equipotencial.

6. E
7. A
8. C
9. D

10. C
Por conservação de energia, temos:
As cargas q1 e q2 são desconhecidas. No centro O do quadrado o kq 2 kq 2
E pel = Ecin  =3d =
d 3
vetor campo elétrico E, devido às quatro cargas, tem a direção e o
Sendo assim, o módulo máximo da força elétrica será dado por:
sentido indicados na figura.
kq 2 kq 2 9
Fel = 2
= 2
=
A partir da análise deste campo elétrico, pode-se afirmar que o d  kq 2  kq 2
potencial elétrico em O  
 3 
(A) é positivo. (B) é negativo.  
(C) é nulo. (D) pode ser positivo. 9 1
Fel = =
( ) 25  10−3
2
−6
GABARITO 9  10  5  10
9

 Fel = 40 N
1. D
Para as gotas em repouso, temos a força resultante igual à zero,
portanto a intensidade da força elétrica é exatamente igual ao 11. B
módulo do peso de cada gota.
12. D
mg
Fe = P  qE = mg  E = (1) Para o equilíbrio estático, a tração na corda é igual a força elétrica
q entre as cargas.
Usando a equação para o campo elétrico uniforme, temos: k QA QB
U = Ed (2) Fe = T = 9 N  2
=9N

Juntando as duas equações, encontra-se a diferença de potencial U : Para o equilíbrio dinâmico, quando a partícula B executa um MCU
mg 1,6  10−15 kg 10 m / s 2 1,8 10−2 m no plano horizontal em torno da partícula A, a força resultante é a
U= dU= força centrípeta que é a diferença entre a tração nova e a força
q 4  1,6  10−19 C
m v2 m v2
 U = 450 V elétrica. Fc = T − Fe  = 15 − 9  =6N

Assim, a energia total do sistema será a soma das energias cinética


2. A
e potencial elétrica e é dada por:
Uma vez que a carga foi informada pelo seu valor oposto e este é
negativo, então a carga deslocada é positiva. m v2 k QA QB
Esistema = E c + E pe = +
−q = −3,0 C  q = 3,0 C 2
Assim, temos um trabalho resistivo em aproximar a carga para Ajustando os resultados obtidos anteriormente.
potenciais mais altos, ou seja, movimentar a carga no sentido  m v2   k QA QB 
Esistema =   + 
contrário da força elétrica que é de repulsão (  0).   2  2

 
O trabalho da força elétrica para deslocar a carga do ponto A para o
3  10−2 m
ponto B é dada pelo produto da carga pela diferença de potencial. Esistema = ( 6 N )  + ( 9 N )  3  10−2 m = 9  10−2 J + 27  10−2 J 
AB = −q  UAB  AB = −3,0 C (100 V − 6 V )  2
Esistema = 36  10−2 J = 0,36 J
AB = −282 J = −0,282 kJ

FIS 372
ELETRICIDADE
13. D 2. EPCAR (AFA)) Uma partícula A, de massa m e carga elétrica
Velocidade inicial da partícula: q, está em repouso no momento em que uma segunda partícula B,
1
mv02 k 0Qq  k Qq  2 de massa e carga elétrica iguais às de A, é lançada com velocidade
Fcp = Fel  =  v0 =  0 
2R ( )
2R
2
 2mR  de módulo igual a v0 , na direção x, conforme ilustra a figura
Velocidade mínima para que ocorra o escape: abaixo.
1
mv 2 k 0Qq  k Qq  2
Ec + E p = 0  = v= 0 
2 2R  mR 
Logo, o acréscimo de velocidade é equivalente a:
1 1 1
 k Qq  2  k Qq  2  1   k 0Qq  2 A partícula B foi lançada de um ponto muito distante de A, de tal
v − v0 =  0  − 0  = 1 −  
 mR   2mR   2   mR  forma que, no instante do lançamento, as forças elétricas
coulombianas entre elas possam ser desprezadas.
1 2 1,4
Como: 1 − =1−  1− = 0,3
2 2 2 Sendo K a constante eletrostática do meio e considerando apenas
1 interações eletrostáticas entre essas partículas, a distância mínima
 k Qq  2
Chegamos a: v − v 0  0,3  0  entre A e B será igual a
 mR  8 m v02 3 K v02
(A) (B)
3 K q2 4 m q2
14. E
Kq K q2
15. B (C) 2 (D) 4
mv 02 mv02
O enunciado sugere Q  0.
Como o vetor campo elétrico na diagonal que liga − Q e q1 é nulo,
3. EPCAR (AFA) MODIFICADA Três cargas elétricas pontuais,
tem-se que q1 = − Q. A distância de cada vértice ao centro O do q1, q 2 e q3 , estão fixas de tal forma que os segmentos de reta que
2 unem cada par de carga formam um triângulo equilátero com o
quadrado é . Então, o potencial elétrico em O é: plano na vertical, conforme ilustra a figura a seguir.
2
2kQ 2kQ 2kQ 2kq 2 2kq 2 2kQ
VO = − − +  VO = − .
2 2 2 2 2 2

Se o vetor campo elétrico na diagonal que liga + Q e q2 aponta


para q 2 , têm-se duas hipóteses:
• q 2  0. O potencial elétrico em O é negativo.

2 kq 2 2 kQ
• q 2  0 e |q2 | Q. Então:  . O potencial elétrico M é o ponto médio do segmento que une q2 e q3. A carga elétrica
2 2 q2 é positiva e igual a Q, enquanto que q1 e q são desconhecidas
em O é negativo.
.Verifica-se que o vetor campo elétrico E no ponto M, gerado por
estas três cargas, forma com o lado que une q2 e q3 um ângulo 
EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO de 19 e está apontado para baixo.

Sabendo-se, ainda, que a força elétrica de interação entre as cargas


1. EN Suponha um sistema isolado de três partículas de mesma q1 e q2 é menor que a força elétrica entre q2 e q3 , é correto
massa, m = 3,0.10-17 kg, carregadas positivamente e fixadas nos
afirmar que
vértices de um triângulo equilátero de lado a = 2,0 m, conforme
indica a figura. As partículas possuem as seguintes cargas, q 1 = (A) o potencial elétrico gerado por estas três cargas no ponto M
q28,0.10-8C e q3 = 5,0 .10-8C. Considere o sistema no vácuo e as pode ser nulo.
interações gravitacionais desprezíveis. Suponha, agora, que a (B) o potencial elétrico gerado por estas três cargas no ponto M é
partícula q3 seja liberada, enquanto q1 e q2 permanecem fixas nas positivo.
mesmas posições. Qual a velocidade da partícula q3' em m/s, quando (C) o trabalho realizado pela força aplicada por um agente externo
esta estiver a 5,0m de distância da partícula q1? para levar uma carga de prova positiva do ponto M até o
Dado: ko = 9.109 Nm²/C² infinito, com velocidade constante, é motor.
(D) a soma algébrica entre as cargas q1 e q3 é menor do que Q.

4. IME

(A) 2,4 .107 (B) 1,2.107


(C) 2,4 .106 (D) 1,2.106
(E) 2,4.105

FIS 373
ELETRICIDADE
Um corpo de carga positiva, inicialmente em repouso sobre uma v0
rampa plana isolante com atrito, está apoiado em uma mola, Q = 0  Qf − Qi = 0  mv + mv − mv0 = 0  v =
2
comprimindo-a. Após ser liberado, o corpo entra em movimento e Com a Conservação da Energia aplicada ao sistema, temos:
atravessa uma região do espaço com diferença de potencial V,
mv02 mv 2 mv 2 kq 2
sendo acelerado. Para que o corpo chegue ao final da rampa com Einicial = E final → = + + →
velocidade nula, a distância d indicada na figura é 2 2 2 d
m  v   kq 2
( )
2
Dados: m 2 kq 2
- deformação inicial da mola comprimida: x; → v0 − 2v 2 = →  v02 − 2  0   = →
2 d 2  2   d
- massa do corpo: m; 
- carga do corpo: +Q; m  v02  kq 2 4kq 2
→  = d =
- aceleração da gravidade: g; 2  2  d mv02
- coeficiente de atrito dinâmico entre o corpo e a rampa: ;
- ângulo de inclinação da rampa: ; 3. B
- constante elástica da mola: K. A interação entre q2 e q3 apenas afeta o campo elétrico na direção
paralela a q 2q 3. Como o vetor campo elétrico resultante é
Considerações:
deslocado para o interior do triângulo, q1 deve ser negativo.
- despreze os efeitos de borda;
- a carga do corpo permanece constante ao longo da trajetória. F12 = F23  q1  q3 (II)
Kx + 2QV
2
Sendo E1 e E 23 os campos elétricos devidos respectivamente às
(A)
2(1 + )mgsen() cargas q1 e q2 e q 3, temos:
Kx + QV
2
E1
(B) sen19 =  E1 = 0,3E
2(1 + )mg sen() E
E
Kx 2 cos19 = 23  E 23 = 0,9E
+ QV E
2
(C)
2(1 + )mg cos() Logo: E23 = 3E1 (III)
Se q3  0, e sendo o lado do triângulo, de (III) vem:
Kx 2 − 2QV
(D) E 2 + E3 = 3E1
2mg(sen() +  cos())
k q2 k q3 k q1 kQ k q3 k q1
Kx 2 + 2QV + =3  + =3 
d 22 d32 d12
( 2) ( 2)
(E) 2 2 2
2mg(sen() +  cos())  3 
 2 

5. ITA Assinale a alternativa que expressa o trabalho necessário
para colocar cada uma de quatro cargas elétricas iguais, q, nos

4k
2 ( Q + q3 ) = 4k2 q1  Q = q1 − q3
vértices de um retângulo de altura a e base 2a 2, sendo
Dado (II), este resultado é impossível, pois Q  0.
k = 1/ 40 , em que 0 é a permissividade elétrica do vácuo.
k(4 + 2 )q 2 k(8 + 2 2 )q 2 Se q3  0, de (III) vem:
(A) (B)
2a 2a E 2 − E3 = 3E1
k(16 + 3 2 )q 2
k(20 + 3 2 )q 2
k q2 k q3 k q1 kQ k q3 k q1
(C) (D) − =3  − =3 
6a 6a
( 2) ( 2)
2
d2 d32 d12 2 2
 3 
2

k(12 + 3 2 )q 2  2 
(E) 
2a

4k
2 ( Q − q3 ) = 4k2 q1  Q = q1 + q3
GABARITO
Desta forma, temos Q  0.
1. D Portanto, para o sistema ser possível, devemos ter q3  0.

2. D Potencial elétrico no ponto M:


Usando o Princípio da Conservação de Quantidade de Movimento kq kq kq kq1 kQ kq3
para o sistema isolado e, sabendo que a menor distância entre as VM = V1 + V2 + V3 = 1 + 2 + 3 = + +
d1 d2 d3 3
partículas será obtida quando as velocidades das mesmas forem 2 2 2
iguais, pois sendo assim, a partícula B está com movimento
2k  q1 
retardado enquanto que a partícula A está com movimento VM =  + Q + q3  (IV)
acelerado, ambas com a mesma aceleração em módulo, porém  3 
sentidos contrários. q1
Por (II): + q 3  0  VM  0. (V)
3

4. E
Pelo teorema do trabalho e da energia mecânica, temos que o
trabalho realizado pela força resultante pode ser medido pela
variação da energia. Assim,

FIS 374
ELETRICIDADE
 = E pot Pelo Teorema da Energia Potencial, o trabalho de uma força externa
necessário para formar esse sistema de quatro cargas é igual à
atrito + elétrica = E pot gravitacional + E pot elástica
Energia Potencial armazenada pelo sistema.
Notar que, segundo o enunciado, tanto no momento inicial quanto
no final a velocidade é nula e por consequência a energia cinética Assim:
também é. Fazendo a substituição, temos que: W = E12 + E34 + E13 + E 24 + E14 + E 23
1  2
−  m  g  cos   d + Q  V = m  g  d  sen − K  x 2 E12 = E34 = k q
2  a

Isolando a distância d na equação acima, temos que:  k q2 1 1 1 
= =  W = 2 kq 2  + + 
 13  a 2 a 2 3 a 
E W E4
K  x + 2QV
2  2a 2  
d=  2
2  m  g  (   cos  + sen ) E = E = k q
 14 23
 3 a

5. C  6 2 +3+ 2 2   6 2 +3+ 2 2  8 2 +3


W = 2 kq 2    W = 2 kq 2   = 2 kq
2
  
 
A figura mostra o sistema formado.  6a 2   6a 2   6a 2 
2 8 2 +3 2  16 + 3 2 
W = 2 kq  = 2 kq 2 
 6 a 2  2  12a 
   
 16 + 3 2 
W = k q2   .
 6a
 

Calculando as diagonais (d):

( )
2
d 2 = a2 + 2 a 2 = 9a2  d = 3a .

FIS 375
ELETRICIDADE

FIS 376

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