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Recife
2018
ELIZABETH LOPES SILVA
Recife
2018
Catalogação na fonte
Bibliotecária: Rosineide Mesquita Gonçalves Luz / CRB4-1361 (BCTG)
Em primeiro lugar, agradeço ao meu Deus, porque sem Ele eu nada sou. Agra-
deço aos meus pais, Macilio Carlos e Maria do Socorro, que sempre me apoiaram nas
minhas escolhas, eu sou porque eles são. Agradeço também aos amigos que fiz du-
rante a graduação em especial, Gabriel, Glaubson, Felipe, Jean, Klebson, Luís Henri-
que, Marcus e Marcos. Agradeço também as amigas de toda a vida, fico feliz em saber
que crescemos juntas e continuamos assim. Não poderia deixar de citar a minha avó,
minhas tias e primas, mulheres que me apoiaram e são para mim um exemplo.
Gostaria de agradecer ao professor Ramiro Brito Willmersdorf, por toda paci-
ência e suporte dedicado a mim ao longo deste trabalho.
RESUMO
Looking for an alternative to public transport and intense traffic, the demand for motor-
cycles has grown and so the industry has been increasingly concerned with getting to
know the dynamics of the motorcycle. Within the various elements that it composes,
suspension is of fundamental importance for the comfort and occupant safety. Thanks
to the significant advancement of computing, models closer of the real world have been
made to study the dynamic behavior of vehicles. Thus, the present work aims to verify
the importance of non-linearity in the study of the dynamic behavior motorcycles sus-
pension. One-, two-, and four-degree linear models were constructed based on Cos-
salter (2006) and simulated with the aid of Matlab and Ansys software and non-linear
models with two and four degrees of freedom in the multi-body environment within the
Ansys software. Nonlinear models based on multibody simulation are more accurate,
but much more computationally expensive and require specialized software, while sim-
plified linear models can be easily implemented in a language like Matlab and executed
very quickly. In this paper we tried to evaluate if the extra cost associated to the more
sophisticated models is justified in view of the gains in the quality of simulation results.
The results obtained through the two models were compared, thus evaluating their
behavior. The behavior of the suspension was evaluated through computational simu-
lations in a virtual lane simulating a spine and a step. The simulations were performed
at different speeds of advance to verify the behavior of the models in relation to differ-
ent levels of excitation.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 14
1.1 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ..................... 14
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................... 17
1.3 OBJETIVO GERAL ............................................................................... 17
1.4 OBJETIVO ESPECÍFICO ..................................................................... 18
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................. 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................... 19
2.1 DEFINIÇÃO DE MOTOCICLETA ......................................................... 19
2.2 GEOMETRIA DA MOTOCICLETA ....................................................... 20
2.3 SUSPENSÃO ....................................................................................... 21
2.3.1 Suspensão dianteira ........................................................................... 22
2.3.2 Suspensão traseira ............................................................................. 23
2.4 VIBRAÇÕES ......................................................................................... 25
2.4.1 Conceitos básicos .............................................................................. 25
2.4.1.1 Vibrações excitadas harmonicamente .................................................. 27
2.5 DINÂMICA DE MOTOCICLETA ............................................................ 32
2.5.1 Suspensão equivalente ...................................................................... 35
2.5.1.1 Suspensão dianteira equivalente .......................................................... 35
2.5.1.2 Suspensão traseira equivalente ............................................................ 36
2.6 ANÁLISE POR MODELOS COMPUTACIONAIS .................................. 38
3 METODOLÓGIA ………………………………………............................ 39
3.1 MODELAGEM DA MOTOCICLETA ...................................................... 39
3.1.1 Modelagem de uma mono suspensão com um grau de liberdade 39
3.1.1.1 Resposta a uma lombada ..................................................................... 40
3.1.1.1.1 Resposta sob amortecimento diferente na compressão ........................ 42
3.1.1.2 Resposta a uma entrada em rampa ...................................................... 46
3.1.1.3 Resposta com ferramenta linear ........................................................... 47
3.1.2 Modelagem de uma mono suspensão com dois graus de liber-
dade ..................................................................................................... 50
3.1.2.1 Resposta a uma entrada lombada ......................................................... 50
3.1.2.2 Resposta a uma entrada em rampa ...................................................... 51
3.1.3 Modelagem de um sistema com quatro graus de liberdade ............ 52
3.2 MODELO DA GEOMETRIA REAL ........................................................ 56
3.2.1 Modelo com dois graus de liberdade ................................................. 56
3.2.1.1 Resposta a uma entrada lombada ......................................................... 56
3.2.2 Modelo com quatro graus de liberdade ............................................. 64
3.2.2.1 Resposta a uma entrada lombada ......................................................... 64
4 CONCLUSÃO ...................................................................................... 78
REFERÊNCIAS .................................................................................... 80
14
1 INTRODUÇÃO
Fonte: Motonline1
Para poder analisar como a suspensão reage ao meio externo, em especial no ponto
de vista do conforto, será utilizado neste estudo um dos modelos apresentados por
Cossalter (2006), que consiste em um modelo matemático de parâmetros concentra-
dos composto por molas, massas e amortecedores. Estes modelos podem ser cons-
truídos com diferentes níveis de aproximação, em termos do número de graus de
De acordo com Felício (2010), o mundo real é sempre não linear, pelo menos
em pequeno grau. Mas apesar de se aproximarem mais da realidade os modelos não
lineares são mais complexos, de mais difícil construção e levam mais tempos para
simular.
17
Assim, o presente trabalho tem por objetivo verificar se existe uma diferença
apreciável entre os resultados fornecidos por modelos lineares e não lineares e se a
diferença compensa o aumento do esforço computacional necessário para a implan-
tação e solução de modelos não lineares. Para isso, serão utilizados o software vol-
tado para cálculo numérico Matlab na resolução de modelos lineares de simulação e
o programa de Engenharia Assistida por Computador (CAE, da sigla em inglês) Ansys,
que permite a modelagem do sistema e a sua resolução, tanto para modelos lineares
como para os modelos não lineares.
1.2 Justificativa
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Apesar da análise dinâmica ser o foco desse trabalho, de início serão aborda-
dos de forma abreviada alguns termos e conceitos da cinemática da motocicleta. A
análise cinemática de uma motocicleta é importante porque é o caminho pelo qual
obtém-se várias das relações entre variáveis de movimento e geométricas (RO-
BLEDO, 2013).
Cossalter (2006) considera que é possível construir um modelo dinâmico de
uma motocicleta como um mecanismo espacial formado de 4 corpos rígidos, são eles:
Conjunto traseiro (quadro, selim, tanque e grupo conjunto de transmis-
são de potência);
Conjunto dianteiro (garfo, caixa de direção e guidão);
Roda dianteira;
Roda traseira.
Esse grupo de corpos rígidos estão conectados por 3 conexões do tipo pivô,
eixo da direção e os eixos das rodas, e estão em contato com o solo pelos pontos de
contato roda/chão (Figura 3).
Os corpos rígidos sem restrição possuem 6 graus de liberdade cada, como o sis-
tema possui 3 pares de revolução, tem-se então 15 graus de liberdade restringidos,
restando dos 24, 9. Ainda, observa-se o contato do solo com as rodas, que reduz 6
graus de liberdade do sistema, totalizando em 3 o número de graus de liberdade da
motocicleta.
20
Avanço;
Rolagem;
Esterço;
2.3 Suspensão
Figura 7. Esquema de uma suspensão dianteira com articulação de quatro barras com pares
prismáticos.
Articulação de quatro barras com cabeça de Articulação de quatro barras com cabeça de
direção no chassi direção no elo de conexão
Fonte: Adaptado de COSSALTER, 2006.
chassi chassi
biela
balancim
braço oscilante
2.4 Vibrações
Esta seção tem como intuito esclarecer alguns conceitos que serão utilizados
posteriormente neste trabalho, colaborando assim com a compreensão deste.
Rao (2010) define como vibração todo movimento que se repete dentro de um
intervalo de tempo e que a teoria de vibrações lida com o estudo de movimentos os-
cilatórios de corpos e as forças associadas a estes. Um sistema vibratório, em geral,
inclui um meio que estoca energia potencial (mola ou elasticidade), um meio que es-
toca energia cinética (massa ou inercia) e um meio que dissipa energia gradualmente
(amortecedor).
Define-se os elementos que constituem o sistema vibratório, como:
Mola: tipo de conexão mecânica que armazena energia potencial. Qualquer
elemento elástico ou deformável pode ser considerado uma mola. Quando
possui comportamento linear, a deformação da mola é proporcional a força
aplicada.
Massa: trata-se de um corpo rígido que é capaz de ganhar ou perder energia
26
cinética.
Amortecedor: energia vibracional, geralmente, é convertida em calor ou
som. O mecanismo pelo qual essa conversão é possível é chamado de
amortecimento. Um amortecedor não possui massa ou elasticidade e a
força de amortecimento existe quando há velocidade relativa entre as duas
extremidades do amortecedor.
Um sistema vibratório pode ser classificado como discreto, que possui um nú-
mero finito de graus de liberdade, ou continuo, que possui um número infinito de graus
de liberdade. O número de graus de liberdade é dado pela quantidade de coordenadas
generalizadas independentes necessárias para descrever completamente o sistema.
Costuma-se aproximar sistemas contínuos por sistemas discretos, obtendo res-
postas satisfatórias. A solução analítica de sistemas contínuos pode ser realizada,
mas de forma limitada.
As vibrações possuem diversas classificações, aborda-se aqui quatro delas.
São essas:
De acordo com as forças externas: quando o sistema é sujeito a uma força
externa temos um problema chamado de vibração forçada, caso não haja
uma força agindo, além da perturbação inicial, a vibração é classificada
como livre.
De acordo com a perda de energia: se energia é perdida pelo sistema a
vibração é amortecida, caso contrário, ela é definida como não-amortecida.
De acordo com a linearidade do sistema: se os componentes do sistema
têm comportamento linear, a vibração resultante será também linear, se
qualquer um dos componentes for não linear, a vibração resultante será não
linear.
De acordo com o determinismo: se a magnitude ou amplitude da excitação
é conhecida em qualquer instante de tempo no futuro, a vibração é determi-
nística. Caso a excitação seja conhecida apenas de forma probabilística, a
vibração é probabilística.
Segundo Rao (2010), um sistema vibratório é dinâmico quando as suas variá-
veis de excitação e resposta são dependentes do tempo. A análise de sistemas vibra-
tórios geralmente compreende modelagem matemática, derivação das equações de
movimento, solução das equações e interpretação dos resultados.
27
Onde,
𝜁= é a razão de amortecimento;
√
𝛿 = é a deformação estática;
Quando r=1, sistema está na ressonância, onde pode atingir valores exagerados e
(2.9)
𝜔 = 1 − 𝜁²𝜔
Dai:
1 / (2.12)
𝑋 = (𝑥 − 𝑋 cos ϕ) + (𝜁𝜔 𝑥 + 𝑥 ̇ − 𝜁𝜔 𝑋 cos ϕ − 𝜔𝑋 sin ϕ)²
𝜔 ²
𝜁𝜔 𝑥 + 𝑥 ̇ − 𝜁𝜔 𝑋 cos ϕ − 𝜔𝑋 sin ϕ (2.13)
tan ϕ =
𝜔 (𝑥 − 𝑋 cos ϕ)
𝑌 𝑘 + (𝑐𝜔) (2.16)
𝑥 (𝑡) = sin(ωt − ϕ − α)
[(𝑘 − 𝑚𝜔²) + (𝑐𝜔) ]
𝑐𝜔 (2.17)
ϕ = tan
𝑘 − 𝑚𝜔²
𝑋 𝑘 + (𝑐𝜔)²
/
1 + (2𝜁𝑟)²
/ (2.19)
= =
𝑌 (𝑘 − 𝑚𝜔 ) + (𝑐𝜔)² (1 − 𝑟 ) + (2𝜁𝑟)²
𝑚𝑐𝜔 2𝜁𝑟 (2.20)
ϕ = tan = tan
𝑘(𝑘 − 𝑚𝜔 ) + (𝜔𝑐)² 1 + (4𝜁 − 1)𝑟²
Ângulo de fase: ϕ
𝑍=𝑌
²
e ϕ = tan (2.23)
( ) ( )²
Na figura 16, observa-se que a análise vai desde as fontes de excitação até a
percepção do motorista.
Cossalter (2006) define que do ponto de vista dinâmico, uma motocicleta com
suspensão pode ser considerada um corpo rígido conectada as rodas. O corpo rígido
é denominado massa suspensa e é composto pelos chassis, motor, caixa de direção
e piloto. E as massas conectadas as rodas são chamadas de massas não suspensas.
Para o estudo da dinâmica no plano é possível reduzir a suspensão real para a
suspensão equivalente, representada por dois conjuntos mola-amortecedor verticais
que conectam as massas não suspensas a massa suspensa (COSSALTER, 2006).
rigidez reduzida
Para a redução da suspensão traseira, primeiro a mola real será substituída por
uma mola torcional (Figura 19).
rigidez
reduzida
𝐿̇ 𝜏 , (2.33)
𝜏 , = =
𝑦̇ −𝐿 cos 𝜗
E 𝑦̇ é a velocidade vertical da roda.
A rigidez reduzida da mola:
∂F (2.34)
𝑘 = ≅ 𝑘𝜏² ,
∂𝑦
Analogamente, obtêm-se o coeficiente de amortecimento reduzido traseiro.
𝑐 = 𝑐𝜏² , (2.35)
Em que c é o coeficiente de amortecimento real.
3 METODOLOGIA
velocidade de avanço V
massa
suspensa
rigidez K
movimento imposto y=y0sin(2πvt)
comprimento da curva L
Figura 22. Deslocamento da massa suspensa com 1 grau de liberdade e entrada lombada.
0,03
0,02
0,015
0,01
0,005
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
Tempo (s)
Observando a figura 23, percebe-se que a curva calculada pelo software está
de acordo com o os resultados obtidos por Cossalter (2006), o que confirma que este
programa é uma boa escolha para a simulação veicular.
42
Figura 24. Aceleração da massa suspensa com 1 grau de liberdade e entrada lombada.
10
8
6
4
Aceleração (m/s²)
2
0
-2 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-4
-6
-8
-10
Tempo (s)
a mola terão entradas diferentes (Figura 27). No modelo anterior, as entradas eram
idênticas para a massa e a mola, estando os dois em paralelo. A mola permanece
com a entrada do sistema anterior (Figura 28), mas a entrada do amortecedor sofrerá
pequenas alterações.
massa suspensa
posição de
velocidade de avanço V
equilíbrio
altura da lombada h
amortecimento C rigidez K
comprimento da lombada L
Figura 27. Modelo gráfico de uma mono suspensão com 1 grau de liberdade e amortecimento em ex-
tensão.
Fonte:
0,01
Lombada
Amortecimento em compressão
0,005
Deslocamento (m)
Duplo efeito
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,01
Tempo (s)
15
10
5
Aceleração (m/s²)
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-5
-10
-15
Tempo (s)
Figura 33. Deslocamento da massa suspensa com 1 grau de liberdade e entrada rampa.
Figura 34. Aceleração da massa suspensa com 1 grau de liberdade e entrada rampa.
30
25
20
Aceleração (m/s²)
15
10
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-5
Tempo (s)
Figura 35. Deslocamento e aceleração da massa suspensa com entrada rampa por Cossalter.
(3.3)
ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠) = 𝑒 𝑓(𝑡) 𝑑𝑡
Abaixo são apresentadas as respostas obtidas com o auxílio dos dois softwa-
res, Matlab e Ansys. Na figura 38, comparam-se as respostas obtidas com a entrada
rampa e as respostas obtidas são semelhantes. Da mesma forma, observa-se da fi-
gura 39 que as respostas a entrada lombada são equivalentes. Assim pode-se concluir
que o esquema computacional é coerente.
0,02
0,015
Deslocamento (m)
0,01
0,005
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
Tempo (s)
0,01
0,008
Deslocamento (m)
0,006
0,004
0,002
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,002
Tempo (s)
Figura 41. Aceleração da massa suspensa e não suspensa com dois graus de liberdade e entrada
lombada.
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-20
-40
-60
Tempo (s)
Como feito para o modelo com um grau de liberdade, simula-se o mesmo sis-
tema do item anterior com uma entrada rampa.
52
Figura 42. Aceleração das massas suspensa e não suspensa com dois graus de liberdade e entrada
rampa.
40
30
20
Aceleração (m/s²)
10
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-10
-20
-30
-40
Tempo (s)
Da figura 42, destaca-se que a aceleração massa não suspensa possui uma
amplitude maior do que a massa suspensa, assim como na entrada rampa, conforme
esperado.
𝑚 0 0 0 𝑧̈
⎡0 𝐼 ⎤ 𝜇̈
⎢ 0 0 ⎥
⎢ 0 0 𝑚 0 ⎥ 𝑧̈
⎣ 0 0 0 𝑚 ⎦ 𝑧̈
𝑐 +𝑐 (𝑝 − 𝑏)𝑐 − 𝑏𝑐 −𝑐 −𝑐
⎡ ⎤ 𝑧̇
⎢(𝑝 − 𝑏)𝑐 − 𝑏𝑐 (𝑝 − 𝑏) 𝑐 + 𝑏²𝑐 −(𝑝 − 𝑏)𝑐 𝑏𝑐 ⎥ 𝜇̇
+⎢
−𝑐 −(𝑝 − 𝑏)𝑐 𝑐 +𝑐 0 ⎥ 𝑧̇
⎢ ⎥
⎣ −𝑐 𝑏𝑐 0 𝑐 + 𝑐 ⎦ 𝑧̇
(3.6)
𝑘 +𝑘 (𝑝 − 𝑏)𝑘 − 𝑏𝑘 −𝑘 −𝑘
⎡ ⎤ 𝑧
⎢(𝑝 − 𝑏)𝑘 − 𝑏𝑘 (𝑝 − 𝑏) 𝑘 + 𝑏²𝑘 −(𝑝 − 𝑏)𝑘 𝑏𝑘 ⎥ 𝜇
+⎢ ⎥ 𝑧
−𝑘 −(𝑝 − 𝑏)𝑘 𝑘 +𝑘 0
⎢ ⎥ 𝑧
⎣ −𝑘 𝑏𝑘 0 𝑘 +𝑘 ⎦
0
⎧ 0 ⎫
= 𝑐 𝑦̇ + 𝑘 𝑦
⎨ ⎬
⎩ 𝑐 𝑦̇ + 𝑘 𝑦 ⎭
Onde,
𝑘𝑟 é a rigidez da suspensão traseira;
54
Figura 44. Modelo de uma motocicleta com quatro graus de liberdade e entrada lombada.
2
Aceleração (m/s²)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-2
-4
-6
-8
-10
Tempo (s)
Figura 46. Aceleração da massa não suspensa dianteira com entrada lombada.
100
80
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-20
-40
-60
-80
-100
-120
Tempo (s)
Figura 47. Aceleração da massa não suspensa traseira com entrada lombada.
100
80
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-20
-40
-60
-80
-100
Tempo (s)
𝑘 = 𝑘 ⁄𝜏² , (3.7)
𝑐 = 𝑐 ⁄𝜏² , (3.8)
Onde,
𝐿̇ 𝐿 (𝑥 sin 𝜗 − 𝑦 cos 𝜗) 1
𝜏 , = =
𝑦̇ 𝐿² + 2𝐿 (𝑥 cos 𝜗 + 𝑦 sin 𝜗) + 𝑥² + 𝑦² 𝐿 cos 𝜗 (3.9)
10
8
6
4
Aceleração (m/s²)
2
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-2
-4
-6
-8
-10
Tempo (s)
Figura 50. Aceleração da massa não suspensa do modelo com 2 graus de liberdade.
100
80
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
-20 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-40
-60
-80
-100
Tempo (s)
Nas figuras 49 e 50, tem-se as curvas das respostas a mesma entrada lombada
do modelo multicorpos e do modelo com dois graus de liberdade. Da aceleração da
massa suspensa, obtém-se praticamente as mesmas respostas. Já para a aceleração
da massa não suspensa, as curvas são semelhantes, mas no modelo com dois graus
de liberdade os picos são maiores do que no modelo multicorpos.
59
Figura 51. Deslocamento das massas suspensa e não suspensa para motocicleta com velocidade de
avanço de 25 m/s.
0,01
Deslocamento (m)
0,005
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,005
-0,01
Tempo (s)
Figura 52. Aceleração das massas suspensa e não suspensa para motocicleta com velocidade de
avanço de 25 m/s.
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-20
-40
-60
Tempo (s)
Figura 53. Deslocamento das massas suspensa e não suspensa para motocicleta com velocidade de
avanço de 33 m/s.
0,02
0,015
Deslocamento (m)
0,01
0,005
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,005
Tempo (s)
Figura 54. Aceleração das massas suspensa e não suspensa para motocicleta com velocidade de
avanço de 33 m/s.
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-20
-40
-60
Tempo (s)
Figura 55. Deslocamento da massa suspensa com dois graus de liberdade e diferentes velocidades.
0,02
0,015
0,01
Deslocamento (m)
0,005
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,005
-0,01
-0,015
-0,02
Tempo (s)
Figura 56. Velocidade da massa suspensa com dois graus de liberdade e diferentes velocidades.
0,15
0,1
Velocidade (m/s)
0,05
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,05
-0,1
-0,15
Tempo (s)
Figura 57. Aceleração da massa suspensa com dois graus de liberdade e diferentes velocidades.
10
8
6
Aceleração (m/s²)
4
2
0
-2 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-4
-6
-8
-10
Tempo (s)
Figura 58. Deslocamento da massa não suspensa com 2 graus de liberdade e diferentes velocidades.
0,02
0,015
0,01
Deslocamento (m)
0,005
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,005
-0,01
-0,015
-0,02
Tempo (s)
Figura 59. Velocidade da massa não suspensa com 2 graus de liberdade e diferentes velocidades.
0,3
0,2
Velocidade (m/s)
0,1
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-0,1
-0,2
-0,3
Tempo (s)
Figura 60. Aceleração da massa não suspensa com 2 graus de liberdade e diferentes velocidades.
100
80
60
Aceleração (m/s²)
40
20
0
-20 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
-40
-60
-80
-100
Tempo (s)
Assim como no modelo com dois graus de liberdade, aplica-se a entrada lom-
bada. No modelo com quatro graus de liberdade inclui-se ao modelo com dois graus
65
0,02
0,01
0,005
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,005
Tempo (s)
multicorpos 4 dof
Figura 63. Deslocamento da massa não suspensa dianteira com quatro graus de liberdade.
0,02
0,015
Deslocamento (m)
0,01
0,005
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,005
-0,01
Tempo (s)
multicorpos 4 dof
Figura 64. Deslocamento da massa não suspensa traseira com quatro de liberdade.
0,02
0,01
0,005
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,005
-0,01
Tempo (s)
multicorpos 4 dof
2
Aceleração (m/s²)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-1
-2
-3
Tempo (s)
Multicorpos 4 dof
Figura 66. Aceleração da massa não suspensa dianteira com quatro graus de liberdade.
90
Aceleração (m/s²)
40
-10
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-60
-110
Tempo (s)
Multicorpos 4 dof
Figura 67. Aceleração da massa não suspensa traseira com quatro graus de liberdade.
100
80
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0 Multicorpos
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 4 dof
-20
-40
-60
-80
-100
Tempo (s)
Figura 68. Deslocamento da massa suspensa para motocicleta com velocidade de avanço de 25 m/s.
0,01
0,008
Deslocamento (m)
0,006
0,004
0,002
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,002
Tempo (s)
Figura 69. Deslocamento da massa não suspensa dianteira para motocicleta com velocidade de
avanço de 25 m/s.
0,01
0,008
0,006
Deslocamento (m)
0,004
0,002
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,002
-0,004
-0,006
Tempo (s)
Figura 70. Deslocamento da massa não suspensa dianteira para motocicleta com velocidade de
avanço de 25 m/s.
0,01
0,005
Deslocamento (m)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,005
-0,01
Tempo (s)
Massa não suspensa traseira multicorpos Massa não suspensa traseira 4 dof
Figura 71. Aceleração da massa suspensa para motocicleta com velocidade de avanço de 25 m/s.
2
Aceleração (m/s²)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-1
-2
-3
-4
Tempo (s)
4dof multicorpos
Figura 72. Aceleração da massa não suspensa dianteira para motocicleta com velocidade de avanço
de 25 m/s.
60
40
20
Aceleração (m/s²)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
-20
-40
-60
-80
Tempo (s)
4dof multicorpos
Figura 73. Aceleração da massa não suspensa traseira para motocicleta com velocidade de avanço
de 25 m/s.
100
80
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
-20 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-40
-60
-80
-100
Tempo (s)
4dof multicorpos
Figura 74. Deslocamento da massa suspensa para motocicleta com velocidade de avanço de 50 m/s.
0,01
0,008
Deslocamento (m)
0,006
0,004
0,002
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,002
Tempo (s)
Multicorpos 4dof
Figura 75. Deslocamento da massa não suspensa dianteira para motocicleta com velocidade de
avanço de 33 m/s.
0,008
0,006
Deslocamento (m)
0,004
0,002
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,002
-0,004
Tempo (s)
Figura 76. Deslocamento da massa não suspensa traseira para motocicleta com velocidade de
avanço de 33 m/s.
0,01
0,005
Deslocamento (m)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-0,005
-0,01
Tempo (s)
Massa não suspensa traseira multicorpos Massa não suspensa traseira 4dof
Figura 77. Aceleração da massa suspensa para motocicleta com velocidade de avanço de 33 m/s.
5
4
3
2
Aceleração (m/s²)
1
0
-1 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-2
-3
-4
-5
Tempo (s)
Figura 78. Aceleração da massa não suspensa dianteira para motocicleta com velocidade de avanço
de 33 m/s.
100
80
60
Aceleração (m/s²)
40
20
0
-20 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-40
-60
-80
-100
Tempo (s)
Figura 79. Aceleração da massa não suspensa traseira para motocicleta com velocidade de avanço
de 33 m/s.
80
60
40
Aceleração (m/s²)
20
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-20
-40
-60
-80
Tempo (s)
Massa não suspensa traseira multicorpos Massa não suspensa traseira 4dof
Figura 80. Aceleração da massa suspensa com 4 graus de liberdade e diferentes velocidades.
2
Aceleração (m/s²)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-1
-2
-3
Tempo (s)
Da figura 80, observa-se que os picos das curvas são menores conforme a
velocidade de avanço da motocicleta é maior. Ainda, na curva da massa suspensa
com velocidade de avanço de 25 m/s, destaca-se o ponto 0,072s em que a aceleração
é muito maior que todas os outros.
40
30
20
Aceleração (m/s²)
10
0
-10 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-20
-30
-40
-50
Tempo (s)
60
40
20
Aceleração (m/s²)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
-20
-40
-60
-80
Tempo (s)
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
JAZAR, Reza N., Vehicle Dynamics: Theory and Application, New York: Springer,
2008.
OLIVEIRA, José Vitor Mendes da Silva et al. Sistema de Suspensão Veicular Oti-
mizado Através de um Controle Eletromecânico do Conjunto Mola e Amortece-
dor – Faculdade de Engenharia de Resende