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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE

METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – INMETRO – DE MATO GROSSO

Autos de Infração: 2929903

Processo IPEM – MT 52625.007460/2016-91

URSÃO AUTO POSTO LTDA, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ nº. 24.671.085/0001-06, estabelecido na Rodovia BR 163, Parque Industrial
Vetorasso, município de Rondonópolis, Estado do Mato Grosso, CEP 78.746-055, vem
respeitosamente a Vossa Senhoria, oferecer sua

DEFESA ADMINISTRATIVA

em epígrafe, lavrado pelo INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E


TECNOLOGIA – INMETRO – DE MATO GROSSO, pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos:

1. DOS FATOS
O Posto Autuado, possui como atividade principal o comercio de
combustíveis, conforme se verifica nos atos constitutivos em anexo.

Aos dias, 26/12/2016, a empresa foi notificada do presente Auto de


Infração sob o nº 2929903, o qual afirma em seu teor que o Posto Autuado, infringiu norma
disposta nos artigos 1º e 5º da Lei 9.933/1999, bem como, os subitens 11.2.1 e 11.2.2 da Portaria
Inmetro nº 23/1985.

Deste modo, em exercício de seu direito do contraditório e ampla defesa, o


Posto Autuado vem apresentar a real situação dos fatos mencionados no auto de infração, como
também os fundamentos legais aplicáveis a este caso.

2. DA IMPUGNAÇÃO AO AUTO DE INFRAÇÃO

As autuações tiveram como fundamento as seguintes irregularidades:

“Irregularidade (620): A bomba medidora apresentava erro


relativo superior ao erro máximo admitido pela legislação
metrológica. ” O que constitui infração ao disposto no(s) Artigos 1º
e 5º da Lei 9.933/1999, c/c o subitem 11.2.1 das instruções
aprovadas pela Portaria Inmetro nº 23/1985.

“Irregularidade (621): A bomba medidora apresentava divergência


entre os erros relativos dos volumes entregues, nas vazões máxima e
mínima, superior ao erro máximo admissível pela legislação
metrológica. ” O que constitui infração ao disposto no(s) Artigos 1º
e 5º da Lei 9.933/1999, c/c o subitem 11.2.2 das instruções
aprovadas pela Portaria Inmetro nº 23/1985.

Ao contrário do que foi afirmado pela autoridade Autuante, com relação a


bomba fiscalizada, nº de série 548016, nº de INMETRO 10816039, a qual apresentava supostas
irregularidade aos subitens 11.2.1 e 11.2.2 da instrução aprovada da Portaria referida inicialmente,
é ínfimo e insignificante os referidos erros relativos a vazões máximas e mínima a serem
entregues pelos volumes, a quantidade do referido desvio pela notificação é mínima.

Sendo assim, a bomba fiscalizada encontra-se, dentro dos padrões


normativamente aceitáveis, pois encontrava-se de acordo coma legislação, não trazendo inclusive,
quaisquer prejuízos ou risco ao consumidor, nem mesmo, qualquer tipo de benefício financeiro ao
estabelecimento, ora defendente.

Apesar dos equipamentos encontrarem-se legalmente regulares, foram


realizadas algumas correções imediatas dos itens apontados como supostas irregularidades,
conforme faz prova com: Relatórios de Manutenção Corretiva de Equipamento, que seguem
em anexo.

Destaca-se que o Posto autuado realiza regularmente as manutenções em


seus equipamentos, conforme os relatórios de manutenções anexos, sendo inclusive fiscalizado
periodicamente por este órgão, o qual sempre atestou a situação regular do Posto Autuado, no que
tange as normas acima mencionadas.

Destarte, nota-se que não há razões para a lavratura dos presentes Autos de
Infração e eventual emissão de multas, uma vez que o Posto Autuado providenciou imediatamente
as alterações conforme determinação legal, encontrando-se devidamente regularizado.

Sendo assim, considerando que as falhas apontadas, mesmo que ínfimas,


foram devidamente corrigidas, estando o Posto autuado legalmente em com as citadas normas,
assim, requer seja considerado nulo o Auto de Infração acima indicado.

3. DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE NA APLICAÇÃO DE EVENTUAL


PENALIDADE

Embora este Posto tenha sido autuado expressamente, tal ato ocorreu de
maneira equivocada, pois não houve a prática de qualquer infração, quanto mais, dano ao
consumidor.

Caso Vossa Senhoria não considere as informações acima relatadas, o que


não se espera, a de se considerar o princípio da proporcionalidade na aplicação de eventual
penalidade, EMBORA NÃO HAJA RAZÕES PARA TAL.

Vale lembrar que, conforme o princípio da proporcionalidade a


gravidade da sanção deve ser equivalente à gravidade da infração praticada, sendo assim diante da
infração mínima, que sequer causou danos ao consumidor, a multa deve ser imposta com base no
mínimo legal, sendo vedado que a Administração Pública aja com excesso ou valendo-se de atos
inúteis, desvantajosos, desarrazoados e desproporcionais.

Além do mais, cumpre especificar que o princípio da


razoabilidade adquire um papel ainda mais forte com a Jurisprudência dos Valores, justamente
porque, nesta visão do direito administrativo e tributário, as ideias de ponderação, de equilíbrio, e
de harmonização ganham força e é, através da razoabilidade, que se consegue estabelecer
balizamentos mínimos quanto ao equilíbrio entre os poderes do Estado. É através da razoabilidade
que se vai ponderar entre os princípios da capacidade contributiva/justiça e o da segurança
jurídica.

Assim, caso eventualmente entenda ser o caso de aplicação de multa,


DEVE a autoridade considerar que o Posto Autuado providenciou imediatamente as alterações/
correções conforme determinação legal, que não houve nenhum prejuízo ao consumidor, eis que
este claramente a todo instante sempre esteve ciente do valor do produto que consumia,
consequentemente não houve qualquer vantagem indevida auferida por parte da Empresa.

De outra parte, o Posto Autuado é empresa que sempre busca estar


adequando-se as normas técnicas em seus vários anos de mercado, pois sempre busca se manter de
acordo com as exigências legais determinadas, prezando sempre a satisfação de seus clientes.

Além, do mais frisa-se, quanto a necessidade de fundamentação de toda e


qualquer decisão a ser tomada no presente caso, por Vossa Senhoria, sob pena de incorrer em
nulidade.

Posto isso, caso não seja observado tais apontamento, decisão em contrário
ferirá os princípios administrativos da proporcionalidade e da razoabilidade, podendo gerar
fortuita reforma, ou até mesmo anulação da decisão.

4. DOS REQUERIMENTOS

Tendo em vista as alegações de defesa expendidas, requer à Vossa


Senhoria sejam julgadas improcedentes ou revogadas (anuladas), ou tornadas sem eficácia, a
autuação, objeto da presente defesa, decidindo-se pela não infração do Posto autuado à Lei
9.933/1999 e Portaria do INMETRO nº 23/1985, na qual foi enquadrado, tendo em vista seu
histórico de sempre acatar as normas do INMETRO, a ausência de prejuízos ao consumidor
e de efetivo benefício à empresa, com imediata correção das irregularidades apontadas,
devendo assim, considerar a cobrança inconsistente e irregular.

Ad cautelam, em sendo aplicada eventual penalidade, o que não se espera,


requer seja aplicada no valor mínimo legal, obedecendo os critérios da proporcionalidade e da
razoabilidade.
Termos em que
Pede deferimento.

Rondonópolis-MT, 31 de dezembro de 2016.

URSÃO AUTO POSTO LTDA


CNPJ nº. 24.671.085/0001-06

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