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Conforto Ambiental

Material Teórico
Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Ana Cristina Gentile Ferreira

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Arquitetura Bioclimática
e Exemplos de Aplicação

• Arquitetura Bioclimática;
• Arquitetura Bioclimática.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conhecer a Arquitetura bioclimática como desenho dos edifícios, considerando as
condições climáticas e utilizando recursos disponíveis na natureza (Sol, vegetação,
chuva, vento);
• Analisar Projetos de Arquitetura e Design de Interiores com aplicação dos conceitos
como soluções de Projeto.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação

Arquitetura Bioclimática
Importante! Importante!

Arquitetura bioclimática é o desenho dos edifícios considerando as condições climáticas,


utilizando recursos disponíveis na natureza (Sol, vegetação, chuva, vento). É uma ferra-
menta importante para diminuir os impactos ambientais e reduzir o consumo energético.

O profissional de Projeto, os Arquitetos e os Designers devem ter como objetivo


atender tanto as condições de conforto do usuário como a eficiência da edificação.
Para isso, entender as condições do clima e relacioná-las aos materiais escolhidos
nos Projetos de interiores é essencial para o profissional e para o usuário.

O primeiro trabalho registrado de cartas bioclimáticas data da década de 1960,


pelos irmãos Olgyay, na publicação “Design with climate: bioclimatic approach
to architectural regionalism”.

“As cartas bioclimáticas são representações gráficas da relação entre clima e


conforto térmico. Tais métodos passaram a ser desenvolvidos visando a interligar
de forma visual, variáveis como: condições climáticas, padrões fisiológicos de con-
forto térmico e estratégicas de Projeto” (FERNANDES, p. 42).

A figura a seguir representa a Carta Climática de Olgyay e está relacionada à


temperatura do ar e à umidade relativa.

Analisando os valores dessas variáveis para os principais períodos do ano climá-


tico de cada localidade, o profissional poderá ter indicações fundamentais sobre a
estratégia a ser adotada no Projeto.

Figura 1
Fonte: LAMBERTS, 2014

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Carta Bioclimática Aplicada no Brasil
No Brasil, o trabalho mais utilizado para discutir a Carta Climática no Brasil foi
desenvolvido por Givoni, em 1992, a partir de uma adaptação da Carta criada
por Olgyay:
[...] Givoni (1992) explica que o conforto térmico interno em edifícios não
condicionados depende muito da variação do clima externo e da experi-
ência de uso dos habitantes. Pessoas que moram em edifícios sem condi-
cionamento e naturalmente ventilados, usualmente aceitam uma grande
variação de temperatura e velocidade do ar como situação bioclimática
adequada para os países em desenvolvimento (LAMBERTS, 2014, p. 84).

Baseada nas temperaturas internas e considerando as demais variáveis, a Carta Cli-


mática é dividida por Zonas de Conforto.

Na Tabela a seguir, desenvolvida pelo estudo Comparação entre necessidade


e disponibilidade de vento e radiação solar para fins de análise bioclimática de
edificações em Florianópolis, os autores Carolina Cannella Peña, Enedir Ghisi
e Cláudia Donald Pereira (PEÑA; GHISI; PEREIRA, 2014, p. 89) fizeram uma
releitura das principais estratégias bioclimáticas para cada Zona de Conforto es-
tudadas por Givoni.

Tabela 1 – Estratégias indicadas na carta bioclimática de Givoni


Nº Zonas Estratégias bioclimáticas
1 Zona de conforto Há grande probabilidade de sensação de conforto térmico no ambiente.
Recomenda-se o uso de ventilação para melhorar a sensação térmica
2 Zona de ventilação
(ventilação de cobertura, cruzada, captadores de vento, etc.).
Recomenda-se o uso de evaporação de água para reduzir a temperatura
3 Zona de resfriamento evaporativo e aumentar a umidade relativa do ambiente (uso de vegetação e fontes
de água.)
Recomenda-se o uso da inércia térmica da edificação para diminuir a
4 Zona de massa térmica para resfriamento
amplitude da temperatura interior em relação à exterior, evitando os picos.
Recomenda-se o uso de aparelhos de ar condicionado para climatização
5 Zona de ar condicionado dos ambientes, pois os sistemas passivos de resfriamento podem não ser
suficientes para melhorar as condições de conforto.
6 Zona de umidificação Recomenda-se a umidificação do ar para melhorar a sensação de conforto.
Recomenda-se o uso de massa térmica junto ao aquecimento solar
7 Zona de massa térmica para aquecimento
passico ou o aquecimento solar passivo com o isolamento térmico.
Recomenda-se a incorporação de elementos ao projeto que permitam a
8 Zona de aquecimento solar passivo
máxima captação do sol no período frio.
Recomenda-se o uso de aquecimento artificial para climatização dos
9 Zona de aquecimento artificial ambientes, pois o aquecimento solar passivo pode não ser suficiente para
melhorar as condições de conforto.
Fonte: Lamberts et al. (1997)

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Importante! Importante!

Para entendermos quais as opções de Projetos e escolha de materiais adequados, faz-se


necessário conhecer as principais características de cada Zona de Conforto.

O diagrama a seguir descreve a divisão dos tipos de Zonas climáticas.

Figura 2 – Carta climática adotada no Brasil


Fonte: LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014

A seguir, veremos as principais características dos seguintes tipos de Zonas:


1. Zona de conforto;
2. Zona de ventilação natural;
3. Zona de ar condicionado;
4. Zona de inércia térmica para resfriamento;
5. Zona de umidificação;
6. Zona de resfriamento evaporativo;
7. Zona de inércia térmica para aquecimento;
8. Zona de aquecimento solar;
9. Zona de aquecimento artificial.

Tipos de Zonas
Zona de Conforto
A Área de Conforto, localizada próxima ao centro do diagrama, é caracterizada
por maior probabilidade de sensação de conforto térmico em seu interior.

Os dados de temperatura e umidade relativa são os que mais se aproximam da


sensação de conforto do corpo humano: temperatura variando entre 18oC e 29oC
e umidade relativa entre 20% e 80%; portanto, são as edificações com soluções
mais apropriadas em relação à localização e ao clima.

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Zona de Ventilação Natural
Nessa Área, o princípio bioclimático irá acontecer por meio do resfriamento
natural do ambiente, pela mudança do ar quente para o ar frio, ou seja, substituição
entre o ar interno da edificação, aproveitando o ar fresco presente do exterior do
edifício como resfriador da temperatura interna.

Normalmente, os edifícios estão localizados em locais de clima quente e úmido, com


temperaturas internas maiores que 29oC e umidade relativa do ar superior a 80%.

A ventilação cruzada se apresenta como eficiente alternativa para melhorar a


sensação de conforto, assim com a ventilação pela cobertura:
No clima quente e úmido, a ventilação cruzada é a estratégia mais simples
a ser a adotada, porém fazendo com que a temperatura interior acompa-
nhe a variação da temperatura exterior (...) Em todos os casos, os espaços
exteriores devem ser amplos, evitando barreiras edificadas para favorecer
a boa distribuição do ar (LAMBERTS, 2014, p. 87).

A seguir, observe exemplos de tipos de aberturas capazes de auxiliar a ventilação


por meio da removação do ar quente interno pelo ar frio externo.

Figura 3 – Exemplos de ventilação


Fonte: LAMBERTS, 2014

A foto a seguir mostra um tipo de cobertura com aberturas reguláveis de vidro,


permitindo o controle de iluminação e ventilação natural.
Explor

Casa Onda – Rio de Janeiro: https://goo.gl/sNQUKj

As fotos a seguir mostram exemplos de ventilação cruzada plana, que acontece


por meio do uso de aberturas como portas de venezianas, que permitem a ventila-
ção natural constante.

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UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação

Explor
Casa Macana – Colômbia: https://goo.gl/zDzDVJ e https://goo.gl/F9TZdL

Zona de Ar Condicionado
De fácil entendimento, a Zona de ar condicionado é caracterizada por regiões
em que o resfriamento e a ventilação naturais não se mostram eficazes; portanto,
o resfriamento artificial deve ser aplicado.
Em algumas regiões, o clima pode ser muito severo, ultrapassando os
limites de temperatura e umidade relativa que tornam possível a aplica-
ção de algum sistema passivo para resfriamento. Nestes casos, quando a
temperatura de bulbo seco for maior que 44oC e a do bulbo úmido for
superior a 24oC, recomenda-se o uso de aparelhos de ar condicionado
para climatização (LAMBERTS, 2014, p. 90).

Figura 4
Fonte: Acervo do Conteudista

Atualmente, os novos edifícios já têm em seus Projetos “Áreas Técnicas”, espa-


ços já definidos no momento do Projeto, para que os aparelhos de ar condicionado
façam parte da composição do Projeto das fachadas dos prédios:
Em apartamentos novos, os elementos para a instalação do ar-condicio-
nado costumam vir prontos: tubulação, pontos de dreno e de energia
elétrica, além da chamada varanda técnica, uma espécie de laje externa
para abrigar a condensadora (MEDEIROS; RAITZIK; CANATO; VENE-
RANDO, Casa Cláudia, 2013).

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Explor
Exemplo de projeto com Área/Varanda Técnica: https://goo.gl/E3t992

Figura 5 – Fachada com área técnica


Fonte: Acervo do Conteudista

Zona de Inércia Térmica para Resfriamento


A Zona de Inércia Térmica para Resfriamento é aquela em que o calor armaze-
nado durante o dia é devolvido ao ambiente à noite, período em que as temperatu-
ras externas diminuem, para gerar o conforto térmico dessas edificações por meio
de elementos construtivos que deverão auxiliar a diminuição da temperatura, por
exemplo, solo e sombra.

As aplicações de soluções nos Projetos das edificações são várias, como o uso
de água, a utilização de vegetação em paredes e tetos e a posição e os tipos de
aberturas para melhoria de ventilação, entre outras:
A inércia térmica total da edificação depende das características do enve-
lope (do tipo de piso, parede e cobertura) que devem ser compostos por
materiais geralmente densos, de elevada capacidade térmica. Além dela,
a admitância térmica do material vai influenciar na sua capacidade de ab-
sorver e armazenar calor. Um material de alta admitância térmica absorve
e libera o calor rapidamente.

(PROJETEEE – Disponível em: http://projeteee.mma.gov.br/estrategia)

A seguir, as figuras mostram diferentes alternativas de Projeto que podem ser


utilizadas nas edificações.

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Figura 6
Fonte: Adaptado de LAMBERTS, 2014

Zona de Umidificação
Está localizada onde a umidade relativa do ar é muito baixa e a temperatura é
inferior a 27oC. O tempo seco causa desconfortos devido à secura do ar, que pode
produzir efeito evaporativo indesejável. Umidade relativa a seguir de 20o deve re-
correr a artifícios de umidificação para melhorar a sensação de conforto, por meio
da utilização de recipientes com água.

A umidificação dos ambientes através de soluções arquitetônicas, como a utiliza-


ção de torres e a presença de água, são comuns em países de clima seco.

As figuras a seguir mostram soluções historicamente utilizadas em países como


Egito e Arábia Saudita.

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Ventos dominantes
Sesção da chaminé
Espessura da paredes
1.0X0.6m
e tectos aprox. 0.40m
Ânforas porosas
com água
Grade com carvão

Tanque

Figura 7

O uso de piscinas e espelhos d’água nas edificações também são soluções biocli-
máticas importantes para umidificar os ambientes.

As fotos a seguir são exemplos de tais soluções e apresentam espelho d’água


como solução em edifícios de Brasília, utilizados para auxiliar no tempo seco
da cidade.
Explor

Museu Nacional de Brasília: https://goo.gl/xdxccg


Explor

Catedral de Brasília: https://goo.gl/xDoxAP

Figura 8 – Arquitetura e Design de Interiores


Fonte: Acervo do Conteudista

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Zona de Resfriamento Evaporativo


A principal característica da Zona de Resfriamento Evaporativo é a redução da
temperatura e o aumento da umidade de um ambiente.

É importante registrar que ao aumentar a umidade de um ambiente, é essencial


a presença de boa ventilação, para afastar o acúmulo de vapor de água e, assim,
evitar patologias e problemas, como a presença de fungos e de mofos que, normal-
mente, estão presentes em locais úmidos e mal ventilados.

As figuras mostram exemplos de resfriamento evaporativo, seja pela presença


de água e de vapores, seja pela vegetação.

O resfriamento pode acontecer de forma direta e indireta, e com diferentes so-


luções aplicadas ao Projeto.

Figura 9 – Exemplos de resfriamento evaporativo


Fonte: LAMBERTS, 2014

Figura 10 – Exemplos de resfriamento indireto, através da cobertura


Fonte: Acervo do Conteudista

Figura 11 – Exemplos de resfriamento direto com microaspersão de água no ar


Fonte: Acervo do Conteudista

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Figura 12 – Exemplo do sistema de funcionamento de climatização evaporativa

Figura 13 – Exemplo de resfriamento evaporativo a partir da presença de vegetação


Fonte: BATISTA; LAMBERTS, 2007

Zona de Inércia Térmica para Aquecimento


As Áreas de Zona de Inércia Térmica para Aquecimento têm temperaturas que
variam entre 14oC e 20oC; portanto, faz-se necessário o aquecimento solar passivo
com isolamento térmico.

A massa térmica com ganho solar pode compensar as baixas temperaturas pelo
armazenamento do calor solar, que fica retido nas paredes da edificação, e pode
ser devolvido ao interior nos horários mais frios; geralmente, à noite.

As figuras a seguir mostram alguns tipos de ganho de calor. No primeiro caso,


temos o ganho de grandes aberturas, seja por meio de janelas, seja por paredes
transparentes, com aplicação de tijolos de vidro e fechamentos com bandeira fixa,
entre outros.

Além de aberturas de coberturas, chamadas zenitais, domos e clarabóias tam-


bém são soluções que devem ser aplicadas.

A existência de paredes de acumulação, ou seja, paredes que absorvem o calor so-


lar aquecendo o ambiente interno, e a presença de jardim de inverno como ambiente
que também funciona como acumulador de calor são outros exemplos de solução.

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UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação

Em todos os casos, a transparência do material permitirá aquecer os ambientes


com o chamado “efeito estufa”, ou seja, a forte incidência do Sol somada à trans-
parência das aberturas resultará no aquecimento dos ambientes.

Figura 14
Fonte: LAMBERTS, 1997

Zona de Aquecimento Solar


Caracterizada por baixas temperaturas, entre 10,5oC e 14oC, são locais que
necessitam de aquecimento solar passivo e isolamento térmico do edifício, como
superfícies envidraçadas orientadas para o Sol e aberturas zenitais controladas.

O aquecimento solar passivo pode ser feito utilizando diversas técnicas no Pro-
jeto arquitetônico:

O aquecimento solar passivo deve ser adotado para os casos com baixa tempe-
ratura do ar. Recomenda-se que a edificação tenha superfícies envidraçadas orien-
tadas para o sol e aberturas reduzidas nas fachadas que não recebem insolação
para evitar perdas de calor. Esta estratégia pode ser conseguida através de orienta-
ção adequada da edificação e de cores que maximizem os ganhos de calor, através
de aberturas zenitais, de coletores de calor colocados no telhado e de isolamento
para reduzir perdas térmicas (LAMBERTS, 1997, p. 110).

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Explor
Exemplos de aquecimento solar passivo: https://goo.gl/qRS9Qw

Zona de Aquecimento Artificial


A Zona de Aquecimento Artificial ocorre em locais com temperaturas a seguir de
10,5oC, ou seja, de extremo frio e, portanto, o aquecimento solar não é suficiente.

Nesses casos, o aquecimento artificial é necessário, pois as demais alternativas


não se mostram suficientemente eficientes para aquecer os ambientes.

Além do uso dos tradicionais aquecedores e ladeiras, atualmente, é possível uti-


lizar aquecedores de pisos para melhorar o conforto interno dos ambientes.

As figuras a seguir mostram alguns exemplos de como aquecer os ambientes:


Explor

Exemplo de aquecedor de piso: https://goo.gl/zRGvX3

Figura 15 – Exemplo de aquecedor


Fonte: iStock/Getty Images

Figura 16 – Exemplo de lareira


Fonte: iStock/Getty Images

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UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação

Arquitetura Bioclimática
Importante! Importante!

Para finalizar a Unidade, devemos falar de Arquitetura bioclimática. Baseada em todos


os conceitos teóricos citados durante o texto, a Arquitetura bioclimática irá aplicar so-
luções de Arquitetura e Design de Interiores, visando a um maior conforto do usuário,
respeitando as variáveis climáticas e de localização.

Na Arquitetura Bioclimática
[...] o principal aspecto é a relação com os fatores climáticos e com o
que a natureza oferece de maneira gratuita e genuína, de acordo com a
localização geográfica. A ideia é que respeitar e agregar esses elementos
à construção garante mais conforto para as pessoas (ARCHTRENDS
PORTOBELLO, 2017).

As aplicações quanto à Arquitetura bioclimática pode ser observada nos materiais


escolhidos, nos isolamentos provenientes da escolha desses materiais, nas abertu-
ras que controlam a ventilação, nos tipos de ventilação, na incidência de radiação e
nas formas de utilização e aproveitamento da radiação solar e do controle de aber-
turas, entre outras estratégias.

No exemplo a seguir, podemos observar diversas estratégias de Projeto, como


posição de aberturas para aproveitar a ventilação e a iluminação naturais, umidifi-
cação dos ambientes por meio do uso de água e vegetação, aberturas na cobertura
para saída de ar quente e utilização de captadores solares para gerar energia limpa,
entre outras.
Explor

Exemplo dd croqui bioclimático: https://goo.gl/7VbNWv

Uma sequência de algumas soluções utilizadas num Projeto de reforma no Bair-


ro de Jabaquara, em São Paulo, com aplicações bioclimáticas, pode ser observada
nas fotos a seguir.

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Figura 17
Fonte: Acervo do Conteudista

Para saber alguns materiais que podem auxiliar em soluções ecoeficientes, baixe o Guia de
Explor

Soluções Ecoeficientes. Disponível em: https://goo.gl/2Zpj7M.

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UNIDADE Arquitetura Bioclimática e Exemplos de Aplicação

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites
Laboratório de Eficiência Energética em Edificações – LabEEE
Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima Trindade. Florianópolis, Santa
Catarina, Brasil. Publicações.
https://goo.gl/Ri6GNw
Guia de Soluções Ecoeficientes
https://goo.gl/2Zpj7M
Projeteee
Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Ministério do Meio Ambiente.
https://goo.gl/KxzTfW

 Vídeos
Título do vídeo
TV Cultura. Reportagem Arquitetura Bioclimática. Vídeo.
https://youtu.be/0wgRfTEnNkY
ARQ. 3. CASA REPORT. Casa Bioclimática, Pedro Santiago. Vídeo
https://youtu.be/pfaC1VGx0Do

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Referências
AMBIENTE CONSTRUÍDO, Porto Alegre, v. 8, n. 4, p. 87-101, out./dez. 2008.
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído.

BITTENCOURT, Leonardo; CÂNDIDO, Christina. Ventilação Natural em Edifi-


cações. Rio de Janeiro: PROCEL EDIFICA, 2010.

FERNANDES, Julia T. Código de Obras e Edificações do DF: inserção de con-


ceitos bioclimáticos, conforto térmico e eficiência. 2009. 249p. (Dissertação de
Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de Brasília, Brasília, 2009.

FROTA, A. B. Manual de conforto térmico. São Paulo: Studio Nobel, 2009.

LAMBERTS Roberto. Apostila de Desempenho Térmico das Edificações. Aula


3 – Arquitetura e Clima. ECV 5161. Florianópolis: UFSC, 2013. Disponível em:
<http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula-Arquitetura%20
e%20Clima_0.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2018.

LAMBERTS, R., DUTRA, L., PEREIRA, F. Eficiência Energética na Arquitetu-


ra. 3.ed. Brasília: ELETROBRAS/PROCEL/Ministério de Minas e Energia, 2014.

______. Eficiência Energética na Arquitetura. São Paulo: PW, 1997.

LAMBERTS, Roberto; BATISTA, Juliana Oliveira. Estimativas de Redução da


Temperatura do Ar: uso do resfriamento evaporativo direto no semi-árido alago-
ano. IX ENCONTRO NACIONAL E V LATINO AMERICANO DE CONFORTO
NO AMBIENTE CONSTRUÍDO. Ouro Preto, Minas Gerais, 2007.

MEDEIROS, Edson G.; RAITZIK, Simone; CANATO, Olivia (Reportagem Vi-


sual); VENERANDO, Daniela (Texto), Casa Cláudia, 17 jan. 2013. Disponível
em: <https://casaclaudia.abril.com.br/moveis-acessorios/ar-condicionado-mod-
elos-e-formas-de-instalar/>. Acesso em: 18 jul. 2018.

PEÑA, Carolina Cannella; GHISI, Enedir; PEREIRA, Cláudia Donald. Comparação


entre necessidade e disponibilidade de vento e radiação solar para fins de análise
bioclimática de edificações em Florianópolis, Associação Nacional de Tecnologia
do Ambiente Construído, Porto Alegre, out./dez. 2008

PROJETEEE. Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Ministério


do Meio Ambiente. Disponível em: <http://projeteee.mma.gov.br/estrategia/>.
Acesso em: 1 set 2018.

SIMÕES, Fausto. Introdução à Arquitetura Bioclimática. Disponível em:


<http://www.arquitecologia.org/>. Acesso em: 30 ago. 2018.

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